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Etielle Andrade, Kássio Araújo, Claylton Costa, Felipe Sena, Antonia

Santos, Sâmia Araújo, Lucas Uchôa, Nayla Rodrigues, João Ferreira,


Ronildo Benício, Robson Ávila

Anfíbios anuros do
Parque Nacional de

SETE CIDADES Guia ilustrado

INSTITUTO
FEDERAL
Piauí
Campus
Pedro II
Anfíbios anuros do
Parque Nacional de

SETE CIDADES Guia ilustrado

Etielle Andrade, Kássio Araújo, Claylton Costa, Felipe Sena,


Antonia Santos, Sâmia Araújo, Lucas Uchôa, Nayla Rodrigues, João
Ferreira, Ronildo Benício, Robson Ávila

Teresina - PI
2022

INSTITUTO
FEDERAL
Piauí
Campus
Pedro II
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí

Reitor Paulo Borges da Cunha


Pró-Reitora de Administração Larissa Santiago de Amorim
Pró-Reitor de Ensino Odiomogenes Soares Lopes
Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação José Luís de Oliveira e Silva
Pró-Reitora de Extensão Divamélia de Oliveira Bezerra Gomes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional Paulo Henrique Gomes de Lima

Conselho Editorial
Prof. Dr. Ricardo Martins Ramos – Presidente
Prof. Me. Alan Elias Silva – Secretário-Geral
Prof. Dr. José Carlos Raulino Lopes – Membro
Profa. Ma. Inara Erice de Souza Alves Raulino Lopes – Membro
Prof. Me. Israel Alves Correa Noleto – Membro
Bibliotecária Me. Sindya Santos Melo – Membro
Bibliotecária Me. Sônia Oliveira Matos Moutinho – Membro

Diagramação: Etielle Andrade


Capa: Etielle Andrade
Revisão de Texto: Etielle B. Andrade, Robson W. Ávila, Ronildo A. Benício, Kássio C. Araújo
Ilustrações: Etielle Andrade, Claylton Costa, Lucas Uchôa

Catalogação na Fonte
A579 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades [recurso eletrônico] / Etielle Barroso de Andrade ;
Kássio de Castro Araújo ; Clayton de Abreu Costa ... [et al]. – Teresina: IFPI, 2022.
109 p. : il. color.

Modo de acesso: World Wide Web


ISBN: 978-65-86592-34-4
DOI: 10.51361/978-65-86592-34-4

1. Anfíbios – Características. 2. Anurofauna – Pesquisa. 3. Biodiversidade. I. Andrade, Etielle


Barroso de II. Araújo, Kássio de Castro. III. Costa, Clayton de Abreu. IV. Título.

CDD 597.8

Ficha catalográfica elaborada por: Sônia Oliveira Matos Moutinho - CRB3/977

Esta obra é uma publicação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí. Os textos assinados
são de responsabilidade exclusiva dos autores e não expressam a opinião do Conselho Editorial.

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Instituto Federal do Piauí


Avenida Presidente Jânio Quadros, 330 – Bairro: Santa Isabel
E-mail: conselho.editorial@ifpi.edu.br
www.ifpi.edu.br

3
Apresentação
O Parque Nacional de Sete Cidades - PNSC é um dos quatro PARNAs
existentes no estado do Piauí e está localizado numa zona de transição
entre os biomas Caatinga e Cerrado e apresenta biodiversidade típica
de ambos biomas. Somado a isto, em toda área do Parque é possível
observar a presença de formações rochosas únicas e inscrições rupestres
que têm chamado atenção de diversos pesquisadores ao longo do tempo
para as possíveis origens dessas formações.
A biodiversidade do PNSC tem sido estudada desde sua criação
há mais de meio século. Estes estudos incluem principalmente
levantamentos de fauna e flora da região. Dentre os vertebrados
tetrápodes, existe informação sobre dados de avifauna, mastofauna
e herpetofauna. No entanto, apesar dos conhecimento taxonômico e
científico sobre as espécies do parque, pouco se é produzido com o
objetivo de aproximar a comunidade não acadêmica da biodiversidade
local (PNSC). Assim, este livro tem o objetivo de aproximar os
resultados obtidos pela científica ao público em geral.
Apresentamos aqui um guia fotográfico das espécies de anfíbios
anuros que ocorrem no PNSC, dados sobre o nome comum das espécies,
dados de distribuição no Brasil e dentro do PNSC, hábitat e origem dos
nomes científicos, além da descrição das características de cada espécie.
Este guia fotográfico visa aumentar o conhecimento local sobre os
anfíbios que ocorrem no PNSC e estimular a observação e pesquisa
sobre esses animais na natureza. Esta obra é fruto de um esforço
coletivo entre professores, pesquisadores e alunos de instituições
públicas de ensino e pesquisa e baseada no artigo "Anurans of Sete
Cidades National Park, Piauí state, northeastern Brazil" publicado no
volume 20 da revista científica Biota Neotropica.

Kássio Castro Araújo


Prefácio
Nas últimas décadas houve um crescimento exponencial na
formação de jovens pesquisadores, principalmente Herpetólogos no
Piauí, empenhados em investigar a fauna de anfíbios do Estado.
Apesar das dificuldades, estes novos pesquisadores, aliados a
paixão pelo estudo dos anfíbios e a necessidade de informações sobre
a biodiversidade das espécies locais, investigaram em diferentes
localidades os padrões de diversidade e distribuição das espécies de
anfíbios.
Graças a estes esforços tem-se atualmente registros da história
natural e ecologia de anfíbios anuros em todas as regiões, desde o sul,
centro-oeste e norte do estado, que apresentam diferentes características
climáticas e de solo, que agora são conhecidos.
Fruto do esforço destes jovens pesquisadores foi possível construir,
para uma destas localidades, este guia de anfíbios anuros ricamente
ilustrado da região norte do estado do Piauí, sobre a história natural
e ecologia das espécies numa linguagem que pode ser compreendida
tanto pela comunidade científica quanto pela comunidade local.
Fundamental o registro das espécies presentes no Parque Nacional
de Sete Cidades – PNSC, e ilustradas neste guia, pois consiste em uma
área de preservação e proteção ambiental. A riqueza de espécies neste
ambiente é maior que nas áreas não preservadas, comprovadas em
artigos e livros que investigaram em áreas antropizadas.
Daí a importância deste livro guia, que fortalece a necessidade
do “conhecer para preservar” principalmente o Bioma e
domínios morfoclimáticos da Caatinga e ambientes associados.
Que durante as próximas décadas, mais investigadores possam ter
esta formação, o mesmo ideal e paixão pelo estudo dos Anfíbios e a
Herpetofauna do Piauí.

Profa. Dra. Mariluce Gonçalves Fonseca


Universidade Federal do Piauí-UFPI
Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, Picos
Agradecimentos

Agradecemos a todos que contribuíram, direta ou indiretamente


para finalização desta obra. Todas as informações utilizadas aqui foram
retiradas da literatura vigente (disponível nas referências), e/ou da
expertise dos autores do livro.
Autores
Etielle B. Andrade
Doutor em Biodiversidade e Biotecnologia pela Universidade
Federal do Maranhão - UFMA, professor do Instituto Federal
do Piauí - IFPI Campus Pedro II e líder do Grupo de Pesquisa
em Biodiversidade e Biotecnologia do Centro-Norte Piauiense
- BIOTECPI.

Kássio C. Araújo
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal
do Piauí - UFPI, mestre e doutor em Ecologia e Recursos Naturais
pela Universidade Federal do Ceará - UFC.

Claylton A. Costa
Graduado em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal
do Piauí - IFPI Campus Pedro II, mestrando pela Universidade
Estadual de Santa Cruz - UESC e integrante do Grupo de
Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia do Centro-Norte
Piauiense - BIOTECPI.

Felipe P. Sena
Graduado em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal
do Piauí - IFPI Campus Pedro II, mestrando pela Universidade
Federal de Minas Gerais - UFMG e integrante do Grupo de
Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia do Centro-Norte
Piauiense - BIOTECPI.

Antonia Joyce S. Santos


Graduada em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal
do Piauí - IFPI Campus Pedro II, mestranda pela Universidade
Federal do Piauí - UFPI e integrante do Grupo de Pesquisa
em Biodiversidade e Biotecnologia do Centro-Norte Piauiense
- BIOTECPI.

Sâmia Caroline M. Araújo


Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade
Estadual do Piauí - UESPI, mestra pela Universidade Estadual
do Maranhão - UEMA Caxias e integrante do Grupo de Pesquisa
em Biodiversidade e Biotecnologia do Centro-Norte Piauiense
- BIOTECPI.
Autores
Lucas Rafael Uchôa
Graduado em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal
do Piauí - IFPI Campus Pedro II, mestre pela Universidade
Estadual do Maranhão - UEMA Caxias, doutorando pela
Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC e integrante
do Grupo de Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia do
Centro-Norte Piauiense - BIOTECPI.

Nayla Letícia A. Rodrigues


Graduanda em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal do
Piauí - IFPI Campus Pedro II e integrante do Grupo de Pesquisa
em Biodiversidade e Biotecnologia do Centro-Norte Piauiense
- BIOTECPI.

João Lucas Ferreira


Graduado em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal
do Piauí - IFPI Campus Pedro II, mestrando pela Universidade
Estadual de Santa Cruz - UESC e integrante do Grupo de
Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia do Centro-Norte
Piauiense - BIOTECPI.

Ronildo A. Benício
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal
do Piauí - UFPI. Mestre em Zoologia pelo Museu Paraense
Emílio Goeldi - MPEG. Doutor em Ecologia e Recursos Naturais
pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR. Atualmente
é Pesquisador Associado no Museu Paraense Emílio Goeldi
- MPEG.

Robson W. Ávila
Doutor em Biologia Geral e Aplicada pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, professor
do Departamento de Biologia e diretor do Núcleo Regional de
Ofiologia da Universidade Federal do Ceará.
Introdução 11
Características gerais dos anfíbios 19
Metodologia 23
Anurofauna do PNSC 24
Bufonidae 27
Rhinella diptycha 29 Rhinella mirandaribeiroi 31

Hylidae 33
Boana raniceps 35 Corythomantis greeningi 37
Sumário

Dendropsophus minusculus 39 Dendropsophus minutus 41


Dendropsophus rubicundulus 43 Dendropsophus soaresi 45
Scinax fuscomarginatus 47 Scinax gr. ruber 49
Scinax nebulosus 51 Scinax x-signatus 53
Trachycephalus typhonius 55

Leptodactylidae 57
Adenomera juikitam 59 Leptodactylus fuscus 61
Leptodactylus macrosternum 63 Leptodactylus mystaceus 65
Leptodactylus pustulatus 67 Leptodactylus syphax 69
Leptodactylus troglodytes 71 Leptodactylus vastus 73
Physalaemus albifrons 75 Physalaemus centralis 77
Physalaemus cuvieri 79 Pleurodema diplolister 81
Pseudopaludicola mystacalis 83

Microhylidae 85
Elachistocleis piauiensis 87 Dermatonotus muelleri 89

Odontophrynidae 91
Proceratophrys cristiceps 93

Phyllomedusidae 95
Pithecopus gonzagai 97

Referências 100
10
Introdução
O Parque Nacional de Sete Cidades (PNSC), um dos quatro
Parques Nacionais registrados em território piauiense, é uma Unidade
de Conservação (UC) de proteção integral de extensa beleza cênica,
caracterizada por apresentar grande importância ecológica e histórico-
cultural e devido às diferentes formações geológicas e por preservar a
biodiversidade local e uma parte
da história das civilizações pré-
históricas do Piauí. Assim como
os demais Parques Nacionais
(Parque Nacional Serra das
Confusões, Parque Nacional
Serra da Capivara e Parque
Nacional Nascentes do Rio
Placa evidenciando a área do Parque
Parnaíba), o PNSC tem como Nacional de Sete Cidades.
objetivo principal a preservação
de ecossistemas naturais, bem como dos valores culturais associados,
sendo permitido o uso indireto dos recursos através de atividades de
Imagem: Osiel Monteiro
educação e interpretação ambiental, recreação, turismo ecológico, além
de atividades de cunho científico.
Localizado na região norte do estado, o PNSC foi criado pelo
decreto 50.744, de 8 de junho de 1961, no qual abrangeria uma área
aproximada de 7.700 hectares, inserido inicialmente nos municípios
de Piracuruca e Piripiri. No entanto, durante a implantação do parque
foi verificado a necessidade de se modificar os limites previamente
estabelecidos no decreto para incluir toda a extensão da Serra Negra
na área de proteção do parque. Com essa modificação, uma porção de
terra (cerca de 1,480 hectares) foi desprezada, resultando nos limites
territoriais atuais. Localizado entre as coordenadas 04°05’-04°15’S e
41°30’-41°45’O, o parque possui hoje uma área territorial de 6.221,48

11 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


hectares e um perímetro de 36 Km. Após a emancipação política do
município de Brasileira em 1993, o território do PNSC passou então
a ocupar os municípios de Piracuruca (73,77%) e Brasileira (26,21%).

Localização

O PNSC possui uma localização geográfica estratégica, distante


aproximadamente 180 km da capital Teresina e cerca de 150 km da cidade
de Parnaíba, litoral piauiense. As duas cidades contam com estruturas
para recepção de turistas e visitantes, como por exemplo aeroportos
e rodoviárias interestaduais. Seguindo de Teresina, o principal acesso
ao parque ocorre através da BR-343 até a cidade de Piripiri (cerca de
160 km), seguindo pela BR-

Imagens: Lucas Uchôa


222 até a estrada de acesso
ao parque (cerca de 9 km).
Da BR-222 ao portão Sul
do PNSC são mais 9 km em
estrada asfaltada até a guarita
sul. Após identificação na
guarita, segue-se mais ou
menos 5 km por uma estrada
não pavimentada até o
centro de visitantes, ponto
Localização do Parque Nacional de Sete Cidades.
de partida para se conhecer
toda a beleza do parque. Saindo de Parnaíba, o acesso principal ao
parque ocorre através da BR-343 até o município de Piracuruca
(aproximadamente 130 km). Cruzando o centro do município são cerca
de 19 km por estrada pavimentada (em grande parte) até a guarita norte.
Após identificação na guarita, segue-se mais ou menos 4 km até o
centro de visitantes. Nesse trajeto, apesar de mais lento e sinuoso, já é
possível avistar algumas das belas formações rochosas do parque.

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 12


Histórico

Cercado por mistérios e lendas, o PNSC recebe esse nome em


alusão ao conjunto de formações geológicas que lembram muralhas
e castelos agrupados formando “cidades de pedra”. Sustentados por
informações transmitidas através de várias gerações, alguns moradores
da região afirmam que as cidades eram reinos antigos e que foram
encantadas e transformados em “pedras”. Historicamente, a primeira
referência oficial de Sete Cidades
foi o artigo “Cidade Petrificada
do Piauhi” publicado por Jacome
Avelino na gazeta “Constituição”
em 1886, e incluída na memória
“Cidades Petrificadas e Inscrições
Litográficas no Brasil” publicada
por Tristão de Alencar Araripe na
“Revista Trimestral do Instituto
Historico e Geografico Brazileiro”
Imagem: Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

em dezembro de 1886. No artigo,


Jacome Avelino descreve que na
“provincia do Piauhi [...] axa-
se o lugar denominado Sete-
Cidades, que os moradores têem
por encantado, e d’elle contam
muitas versões [...]. Não ha
ali mais do que uma cidade
petrificada ou construida por um Artigo Cidade Petrificada do Piauhi de
povo antiquissimo e civilizado 1886 onde Jacome Avelino fala sobre Sete
Cidades (parte 1).
[...], existindo sómente aquelles
vestigios” (escrita original da época).
Além do imaginário local, as “sete cidades” e os vestígios das
civilizações antigas despertaram a curiosidade e o interesse de várias

13 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


pessoas para tentar explicar de alguma forma a origem do local. O
historiador austríaco Ludwig Schwennhagen foi o primeiro a estudar
e postular uma tese para a origem dos monumentos de pedra em 1928.
Schwennhagen além de reunir informações históricas e dos habitantes
locais, associou relatos da lendária ilha oceânica das Sete Cidades (Insula
Septem Civitatum) descrita em latim numa crônica de Porto-Cale (atual
cidade do Porto, Portugal) em 740 d.C., para defender a ideia que os
monumentos de pedra eram vestígios de uma civilização fenícia que
habitou a região há mais de 3 mil anos. Apesar de ser uma das possíveis
origens históricas das “sete
cidades” e uma das boas histórias
contadas pelos condutores de
visitantes dentro parque, não há
evidência científicas suficientes
que sustentem esta tese.
Uma hipótese um pouco
mais radical para a origem dos
monumentos de pedra foi proposta
pelo teórico e escritor Erich von
Imagem: Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Däniken no qual utilizou o cenário
“místico” de Sete Cidades, até
então pouco explorado, para
sustentar sua teoria de divindades
extraterrestres publicado em seu
famoso livro “Eram os Deuses
Astronautas?”. Durante sua visita
à região do PNSC na década de
Artigo Cidade Petrificada do Piauhi de
1886 onde Jacome Avelino fala sobre Sete 70, von Däniken afirma que a
Cidades (parte 2).
constituição agrupada dos sete
conjuntos de monumentos rochosos não poderia ser produzida por
forças naturais e incontroláveis resultante de um mero capricho da
natureza, mas sim de uma ação coordenada e racional remota. Em seu

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 14


livro “Semeadura e Cosmo”, publicado em 1972, o autor narra sua
visita ao parque expondo suas impressões sobre a natureza caótica das
pedras “destruídas, torradas, fundidas por forças apocalípticas” vindas
do céu. Para sustentar sua ideia, o autor afirma, inclusive, que é possível
encontrar com frequência vestígios de metais derretidos, cobertos
com ferrugem, entre as camadas de rocha, insinuando que houve uma
paisagem antiga construída e destruída pelos “deuses astronautas”.

Livros “Eram os Deuses Astronautas?” e “Semeadura e Cosmo” do escritor Erich


von Däniken publicados na década de 70.

Além disso, utilizando-se de uma interpretação carregada de


imaginação, von Däniken afirma que as inscrições rupestres, feitas por
civilizações pré-históricas, estão cheias de informações e referências
Imagem: www.estantevirtual.com.br

aos seres extraterrestres, como por exemplo uma “máquina de voar”,


uma “estação espacial” e até mesmo um “astronauta com trajes espaciais
completos”. Essa ideia é ainda mais difícil de provar que a primeira, no
entanto, abriu caminho para que pessoas de imaginação fértil possam
viajar ainda mais nas hipóteses de natureza mística do parque.

15 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


Ainda na década de 70, o antropólogo francês Jacques de Mahieu,
reunindo informações para apoiar sua ideia sobre a presença da
civilização nórdica na América do Sul, visitou também o estado do
Piauí, em especial o PNSC em 1974. Em seu livro “Os vikings do
Brasil” o autor relata suas descobertas e interpretações a respeito das
formações rochosas, das inscrições rúnicas (língua dos antigos vikings)
e das imagens marcadas nos paredões
de pedra. Compartilhando da mesma
impressão que as diversas formações
antropomorfas (com aparência
humana) não poderiam ser mera obra
do acaso, moldadas aleatoriamente
pelo intemperismo (decomposição
das rochas) natural, mas ao contrário

Imagem: www.estantevirtual.com.br
do que defendia von Däniken, os
monumentos foram esculpidos por
mãos humanas e desgastadas pela
ação do tempo. Mahieu argumenta ter
encontrado evidências da presença dos
vikings nas inscrições deixadas nos
painéis de pedra, como por exemplo Livros “Os vikings do Brasil” do escritor
símbolos nórdicos e elementos da Jacques Mahieu publicado na década de
70.
escrita rúnica.
Segundo Mahieu, Sete Cidades era
considerado um local sagrado de culto e ponto de convergência central
para as diversas rotas de viagem dos vikings aqui no Nordeste brasileiro.
Mahieu, em vários momentos, reinterpreta as informações coletadas por
Schwennhagen para sustentar suas teorias. Independentemente de sua
origem e dos argumentos criados por diferentes pontos de vistas, o certo
é que o PNSC estimula nossa imaginação e desafia nossa compreensão
sobre o valor histórico-cultural real que este local representa.

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 16


Vegetação

A vegetação é típica de zona de transição entre os biomas Caatinga e


Cerrado, na qual seis diferentes tipos vegetacionais ocorrem no PNSC:

i) cerrado típico,
com 37,6% da área total,
com camadas herbáceo-
subarbustiva e subarbusto-
lenhosa, com até 5 m de
altura, com galhos e troncos
retorcidos e irregulares;

ii) cerradão, com


24,3% da área total, quase
sempre associado a floresta
semidecidual, com árvores
altas (até 7 m de altura) e
troncos com casca delgada,
lisa ou áspera;

iii) campo limpo,


com 14,3% da área total,
Imagens: Etielle Andrade

com vegetação herbácea


predominantemente densa, até
1,5 m de altura;

17 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


iv) cerrado rupestre,
com 10,5% da área total, com
plantas pouco desenvolvidas,

Imagens: Etielle Andrade


atingindo até 2 m de altura,
adaptadas à seca, crescendo
em afloramentos rochosos
sedimentares ou ferruginosos;

v) floresta semidecidual, com 8,4%


da área total, com árvores altas (cerca de 9
m de altura) e grande número de arbustos
e lianas no sub-bosque;

vi) mata de galeria inundada,


cobrindo apenas 3,3% da área total,
composta por faixas estreitas de floresta
ao longo dos rios.

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 18


Características gerais dos anfíbios
Os anfíbios são vertebrados que podem ser considerados de alguma
forma seres intermediários entre peixes aquáticos e os vertebrados
terrestres. A conquista do meio terrestre e independência da água
permitiu a esses seres exibirem uma grande diversidade de modos
reprodutivos e histórias de vida. A palavra anfíbio (do grego amphi =
ambos os lados ou “duplo” + bio = vida) significa
literalmente “vida dupla”, representando
os animais que possuem um modo de vida
bifásico, no qual possuem uma fase larvária aquática (chamada girino),
sofrem metamorfose e tornam-se indivíduos adultos que são, em sua
maioria, terrestres.
A classe Amphibia compreende atualmente mais de 8.451 espécies
conhecidas e são organizados em três ordens distintas: Anura, Caudata
e Gymnophiona. A ordem Anura, representada pelos sapos, rãs e
pererecas, possui como características principais a ausência de uma
cauda e presença de membros posteriores alongados, permitindo a
locomoção por meio de saltos. A ordem Caudata, constituída pelas
salamandras e tritões, possui quatro membros semelhantes e uma cauda
alongada e a ordem Gymnophiona, representadas pelas cobras-cegas
Imagens: Etielle Andrade, Kássio Araújo e Andreas Kay

ou cecílias, possuem um corpo alongado com grande número de anéis

Ordem Anura

Ordem Gymnophiona

Ordem Caudata

19 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


corporais e ausência de membros locomotores.
O Brasil é o país com a maior diversidade de anfíbios no mundo,
possuindo até a publicação da lista oficial de 2021 cerca de 1.188
espécies conhecidas. Os anuros representam cerca de 96% dos anfíbios
brasileiros, compreendendo cerca de 1.144 espécies distribuídas em
20 famílias e 107 gêneros. Os demais 4% dos anfíbios brasileiros são
representados por 39 espécies de cecílias, distribuídas em 4 famílias e 13
gêneros; e cinco espécies
de salamandras alocadas
em uma única família
e gênero. Após a
publicação da lista
oficial várias outras
espécies foram descritas,
revelando, a enorme
diversidade desse grupo
no Brasil.
Devido à deficiência
da respiração pulmonar,
Mapa de riqueza de anfíbios no mundo, evidenciando o
a pele dos anfíbios maior número de espécies no Brasil.
possui importantes
especializações que são fundamentais para a respiração cutânea desses
animais (respiração através da pele), sendo permeável e sensível a perda
Imagem: https://amphibiaweb.org/declines/conservation.html

de água. Na pele desses indivíduos podem ser encontradas glândulas


que desempenham papéis essenciais, como por exemplo, as glândulas
mucosas que são responsáveis, principalmente, por manterem a pele
sempre úmida evitando a dessecação ao sofrer estresse hídrico. Além
das glândulas mucosas, existem também as granulares ou glândulas
de “veneno” que possuem diversas substâncias bioativas utilizadas
principalmente para a proteção contra os predadores e funcionando
também na defesa contra doenças.
Em termos de reprodução, os anfíbios possuem uma diversidade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 20


singular, sendo os detentores do maior número de modos reprodutivos
entre os vertebrados tetrápodes. Modo reprodutivo é conceituado como
uma combinação de 11 características reprodutivas: tipo de reprodução,
microhabitat de oviposição, tipo de desova, substrato de oviposição,
meio envolvente de ovos, construção do ninho, desenvolvimento
embrionário, nutrição embrionária, nutrição larval e recém-nascido e
local de desenvolvimento larval. Essa combinação define as estratégias
reprodutiva de cada espécie. Atualmente são reconhecidos cerca de 74
modos reprodutivos, sendo os anuros os mais diversificados possuindo
71 modos de reprodução dos quais 56 são exclusivos para este grupo,
no qual variam desde viviparidade (os sapos nascem já no formato de
adulto sem passarem pelo estágio de girino e sem depender diretamente
de corpos d'água), deposição de ovos na água com diferentes formas de
nutrição embrionária até deposição de ovos em ninho de espuma, entre
Imagens: Kássio Araújo, Claylton Costa e Etielle Andrade

outros.

Exemplo de diferentes estratérgias reprodutivas registradas entre os anfíbios. Da


esquerda para a direita: desova na água, desova em massa gelatinosa em folhas sobre
a água, massa gelatinosa enrolada em folha, desova em ninho de espuma na água e
desova em ninho de espuma no solo.

Vários aspectos podem interferir na reprodução dos anfíbios, como


por exemplo, fatores ambientais, temporais, morfológicos e fisiológicos
e, apesar de muitas espécies de regiões tropicais possuírem atividades
reprodutivas no decorrer do ano, o período chuvoso exerce influência
significativa na reprodução dos anuros. Durante o período chuvoso, dois
padrões temporais de comportamento reprodutivo são exibidos pelos
anfíbios anuros: a reprodução do tipo explosiva e do tipo prolongada.
A reprodução explosiva se dá de forma rápida, geralmente após chuvas
torrenciais, que duram poucos dias e logo há uma baixa nas atividades

21 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


reprodutivas de espécies de um determinado local. A reprodução
prolongada é mais comum na maioria das espécies, iniciando com as
primeiras chuvas e perdurando por semanas ou durante todo o período
chuvoso.
A singularidade dos anuros está também na comunicação através
da vocalização, que são os sons produzidos por meio do
sistema respiratório desses animais, utilizando a ação das
cordas vocais, e que podem ter vários significados
dentro do contexto social destes animais. O canto
de anúncio é a vocalização mais comum, emitida
pelos machos para atrair as fêmeas e anunciar aos
outros machos que o território está ocupado. Outros
cantos tem funções diversas, como por exemplo, a
defesa do território, conquista de fêmeas próximas,
evitar amplexo (abraço nupcial) indesejado, até mesmo
em resposta a distúrbios ou ataques de predadores.
Os anfíbios desempenham papel fundamental nos ecossistemas
que habitam, uma vez que são peças fundamentais em diversas teias
ecológicas, sejam como predadores principalmente de invertebrados
(em geral apresentam hábitos alimentares generalistas e são
considerados predadores oportunistas), mas também como presas de
diversos grupos de vertebrados (répteis, aves e alguns mamíferos),
além do mais atuam como hospedeiros intermediários e permanentes
de uma grande diversidade de parasitos. Esses fatores somado ao
fato de serem animais bastante sensíveis as alterações ambientais em
virtude das suas características morfológicas, fisiológicas e diversidade
de microhabitat, podem ser considerados espécies bioindicadoras de
qualidade ambiental. Nos últimos anos, várias populações de anfíbios
estão sendo extintas devido principalmente às modificações causadas
pela ação humana, o que torna cada vez mais necessário estudos que
foquem no levantamento e conservação das espécies.

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 22


Metodologia
No PNSC foram usados dois métodos de amostragem de anfíbios,
busca visual ativa e busca auditiva em sítios de reprodução, na qual
procuramos por espécimes em lagoas temporárias e permanentes
presentes em 10 pontos específicos no parque. Os locais de coleta
foram escolhidos conforme as atividades de vocalização das espécies,
sendo cada ponto sistematicamente vistoriado (água, solo e vegetação).
O trabalho de campo foi realizado na estação chuvosa de 2018/2019
e totalizou 19 dias de
amostragem. As coletas
ocorreram em dois períodos:
a primeira campanha foi
realizada durante 11 dias
seguidos em maio de
2018, enquanto a segunda
campanha consistiu de visitas
mensais entre janeiro e maio
de 2019, com duração de dois
Mapa e localizacão dos pontos de coleta dentro dias consecutivos cada.
Imagem: Etielle Andrade

do PNSC.

Ponto de Coordenadas
coleta Descricão
S O
P1 4°06'08.82" 41°42'51.21" Poça temporária em área de cerrado ruprestre.
P2 4°06'02.23" 41°42'39.13" Nascente permanente em mata de galeria inundável.
P3 4°06'36.10" 41°42'04.70" Lagoa temporária localizada em área de cerrado típico.
P4 4°06'09.88" 41°41'33.73" Riacho temporário localizado em área de cerrado típico.
P5 4°05'50.32" 41°41'53.57" Poça temporária formada em área de cerradão.
P6 4°05'51.11" 41°41'34.36" Riacho temporário localizado em área de cerrado típico.
P7 4°06'28.73" 41°40'11.86" Cachoeira temporária em área de floresta semidecidual.
P8 4°05'58.86" 41°40'48.81" Lagoa temporária localizada em área de cerrado típico.
P9 4°05'52.02" 41°40'53.83" Lagoa temporária formada em área de cerrado típico.
P10 4°05'32.18" 41°40'48.56" Piscina natural formada em área de cerradão.

23 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


Durante as duas campanhas de amostragem, as atividades de campo
foram realizadas por quatro pesquisadores, iniciando-se as buscas às
18h e encerrando por volta das 00:00 h, período de maior atividade
reprodutiva dos anfíbios. Alguns espécimes “testemunho” foram
coletados manualmente, anestesiados e mortos, e posteriormente
depositados na Coleção Biológica do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Piauí, Campus Pedro II (CBPII) e na Coleção
da Universidade Regional do Cariri (URCA-H).

Exemplo de alguns ambientes amostrados


no PNSC, as imagens A, B, C e D
representam, respectivamente, os pontos
P1, P3, P4 e P9.

Imagem: Etielle Andrade

Anurofauna do PNSC

Atualmente existem 30 espécies de anfíbios catalogadas para o


PNSC divididas em seis famílias, sendo Leptodactylidae com 13 e
Hylidae com 11 espécies as famílias mais diversas. A maioria destes
anuros tem ampla distribuição ao longo dos biomas brasileiros e não
apresentam riscos de extinção de acordo com as categorias da IUCN
(2021). A seguir, apresentamos alista das espécies encontradas no
PNSC.

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 24


LEGENDA Nome da família

Sapo-cururu
Imagem da espécie

Nome comum da espécie

Rhinella diptycha Nome da espécie


(Cope, 1862) Descritor e ano de descrição

Tamanho Hábitos

00 mm 00 mm

Tamanho da Arbustivo Arborícola Terrestre Fossorial Semiaquático


fêmea e macho
Locais onde
a espécie Atividade
comumente
ocorre

Diurno/
Habitat noturno

Distribuição da
espécie (marrom)

Caatinga Cerrado Amazônia Noturno


Status de Horário de
atividade da
conservação espécie
Avaliação
LC do risco de Pantanal Mata Pampa
extinção Atlântica

Pouco preocupante Bioma de ocorrência

25 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


Origem do nome e descrição das
características da espécie

Imagem da espécie

Ambiente onde a espécie foi


encontrada dentro do PNSC

Floresta Cerrado Cerrado


semidecidual típico rupestre
Mata de Cerrado
galeria Cerradão campo limpo
inúndável

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 26


Família

BUFONIDAE

Família de anfíbios cosmopolita contendo aproximadamente


630 espécies, sendo 100 espécies registradas no território brasileiro.
Representam as espécies comumente conhecidas como “sapos-
cururus”, são essencialmente terrestres e apresentam a pele rugosa
com presenças de glândulas bastante evidentes em algumas espécies.

O nome desta família é derivado da palavra em latim “bufo” que


significa “sapo”.

27 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


Rhinella diptycha

Rhinella mirandaribeiroi

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 28


Família

BUFONIDAE

Sapo-cururu
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

168,7 mm 147 mm

Rhinella diptycha
(Cope, 1862)
Hábitos Atividade

Terrestre Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado Amazônia


conservação

LC
Pantanal Mata Pampa
Pouco preocupante Atlântica

29 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


O nome do gênero Rhinella é derivado de uma combinação do grego antigo
(rhis = nariz) e o sufixo diminutivo do latim (ella), significando “narizinho”. O
epíteto específico diptycha é derivado da combinação de duas palavras gregas (di =
dois + ptyx = dobra ou prega), significado “narizinho com duas pregas”.
Esta espécie tem grande porte e pode ser comumente diferenciada das demais
espécies que ocorrem no PNSC pelo seu grande tamanho, presença de cristas na
cabeça e glândulas bem desenvolvidas no dorso, nas patas e cloaca.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Claylton Costa

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 30


Família

BUFONIDAE

Cururuzinho
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

73 mm 40 mm

Rhinella mirandaribeiroi
(Gallardo, 1965) Hábitos Atividade

Terrestre Noturno

Habitat

Status de
conservação Caatinga Cerrado

DD

Dados deficientes Amazônia


Pantanal

31 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


O nome do gênero Rhinella é derivado de uma combinação do grego antigo
(rhis = nariz) e o sufixo diminutivo do latim (ella), significando “narizinho”. O
epíteto específico mirandaribeiroi é uma homenagem ao naturalista brasileiro
Alípio de Miranda-Ribeiro por sua extensa contribuição em pesquisas com peixes
e anfíbios.
Esta espécie diferencia-se facilmente de R. diptycha pelo seu pequeno
tamanho, região dorsal do corpo granulada, com manchas escuras sobre um fundo
acinzentado, e a presença de uma linha clara no dorso, iniciando no focinho e
finalizando próximo à cloaca.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Claylton Costa

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 32


Família

HYLIDAE

Uma das famílias de anfíbios mais diversa contendo aproximadamente


744 espécies. Possui ampla distribuição nas Américas, Europa, África,
Ásia e Oceania, sendo 384 espécies registradas no território brasileiro.
Representa as espécies comumente conhecidas como “pererecas” e possuem
essencialmente hábitos arborícolas, pele fina com ou sem grânulos e pupila
horizontal, apresentando discos adesivos nas pontas dos dedos, o que lhes
permite fixação em superfícies verticais.
O nome desta família é derivado do vocativo de “Hylas”, companheiro
de Hércules na mitologia Grega que foi raptado por ninfas em um curso
de água.

33 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


Boana raniceps

Corythomantis greeningi

Dendropsophus minusculus

Dendropsophus minutus

Dendropsophus rubicundulus

Dendropsophus soaresi

Scinax fuscomarginatus

Scinax gr. ruber

Scinax nebulosus

Scinax x-signatus

Trachycephalus typhonius

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 34


Família

HYLIDAE

Perereca-das-bananeiras
Imagem: Kássio Araújo

Tamanho

81 mm 70 mm

Boana raniceps
Hábitos Atividade
(Cope, 1862)

Arborícola Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Pantanal Mata Amazônia
Pouco preocupante Atlântica

35 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Boana é desconhecida sendo citada a primeira vez
por Edward Drinker Cope em 1862. O epíteto específico raniceps se origina da
contração de duas palavras latinas (rana = rã, sapo + ceps = cabeça), significando
literalmente “cabeça de sapo”.
Esta perereca diferencia facilmente dos outros hilídeos por possuir tamanho
médio, cabeça larga, dorso liso com coloração variando do cinza ao amarelo
intenso, podendo apresentar faixas transversais. Na região posterior das coxas,
possui faixas transversais escuras sobre um fundo rosado.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 36


Família

HYLIDAE

Perereca-de-capacete
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

66,1 mm 70,9 mm

Corythomantis greeningi Hábitos Atividade


Boulenger, 1896

Arbustivo Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Mata
Pouco preocupante Atlântica

37 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


O nome do gênero Corythomantis é derivado de uma combinação do grego
antigo (korythos = capacete + mantis = profeta) que significa literalmente “profeta
de capacete”, em alusão ao formato de sua cabeça deprimida, ossuda e áspera.
O epíteto greeningi é uma homenagem ao primeiro coletor da espécie, o Sr. L.
Greening.
Essa é uma espécie de grande porte que possui corpo alongado e granulado
na região dorsal, coloração variando entre o marrom-avermelhado e marrom-
esverdeado. A cabeça é longa e deprimida bastante ossificada com espinhos ósseos
cercados por glândulas granulares tóxicas. Estes espinhos que atuam como um
sistema de entrega de produtos químicos tóxicos, porém, só oferece perigo durante
manuseio inadequado.

Imagem: Kássio Araújo

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 38


Família

HYLIDAE

Pererequinha
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

23,3 mm 20 mm

Dendropsophus minusculus
(Rivero, 1971)
Hábitos Atividade

Arbustivo Noturno

Habitat

Status de
conservação Caatinga Cerrado

LC

Pouco preocupante Amazônia

39 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Dendropsophus é derivada da combinação de duas
palavras gregas (déndron = árvore + psophos = ruído, barulho) significando
“barulhos das árvores”, em virtude de serem pererecas com vocalização aguda e
estridente. O epíteto específico minusculus é de origem do Latim (minusculus =
muito pequeno) e foi dado em virtude do seu tamanho reduzido em comparação
a outras espécies.
É uma perereca que apresenta diferentes padrões de coloação, no entanto, se
diferencia facilmente das demais espécies do gênero que ocorrem no PNSC pelo
seu pequeno tamanho, coloração amarelada e presença do saco vocal (apenas
machos), palma das mãos e pés esverdeados.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 40


Família

HYLIDAE

Perereca-de-ampulheta
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

22,6 mm 20 mm

Dendropsophus minutus
(Peters, 1872) Hábitos Atividade

Arbustivo Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado Amazônia


conservação

LC
Pantanal Mata Pampa
Pouco preocupante Atlântica

41 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Dendropsophus é derivada da combinação de duas
palavras gregas (déndron = árvore + psophos = ruído, barulho) significando
“barulhos das árvores”. O epíteto específico minutus tem origem no Latim
(minutus, minuta = pequeno, diminuído) e significa “pequeno”, em referência ao
seu tamanho reduzido entre os hilídeos.
Dendropsophus minutus é uma espécie de pequeno porte e diferencia
das demais espécies do parque por apresentar dorso pouco granulado, com
polimorfismo em sua coloração, podendo variar de castanho-alaranjado, amarelo
ou bege no dorso e ventre amarelado. Porém, a característica mais marcante é a
presença de faixas dorsais marrom que lembram a forma de uma ampulheta.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Ronildo Benício

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 42


Família

HYLIDAE

Pererequinha-verde
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

23 mm 20,5 mm

Dendropsophus rubicundulus
(Reinhardt & Lutken, 2000) Hábitos Atividade

Arbustivo Noturno

Habitat

Status de
conservação Caatinga Cerrado

LC

Pouco preocupante Amazônia

43 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Dendropsophus é derivada da combinação de duas
palavras gregas (déndron = árvore + psophos = ruído, barulho) significando
“barulhos das árvores”. O epíteto específico rubicundulus tem origem no Latim
(rubeo = vermelho + cundus = preenchido de + ulus = sufixo diminutivo) e
significa “pequeno avermelhado” ou “avermelhadinho”, em referência à coloração
rosada do corpo após ser colocado em líquido conservante.
É uma perereca de pequeno porte caracterizada por apresentar coloração
dorsal esverdeada com faixa lateral do corpo de coloração rosada delimitada por
linhas brancas e discos adesivos dos pés e mãos avermelhados, sendo facilmente
diferenciadas das demais espécies do parque.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 44


Família

HYLIDAE

Perereca-musgo
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

30,9 mm

Dendropsophus soaresi
(Carmaschi & Jim, 1983)
Hábitos Atividade

Arbustivo/ Diurno/
Arborícola noturno

Habitat
Status de
conservação

LC Caatinga Cerrado

Pouco preocupante

45 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Dendropsophus é derivada da combinação de duas
palavras gregas (déndron = árvore + psophos = ruído, barulho) significando
“barulhos das árvores”. O epíteto específico soaresi é uma homenagem ao professor
Benedicto Abílio Monteiro Soares, zoólogo que foi grande colaborador na formação
de Ulisses Caramaschi e Jorge Jim, descritores da espécie.
É uma perereca de tamanho médio, facilmente diferenciada das demais espécies
por apresentar corpo robusto, focinho curto, dorso amarronzado com manchas
marrons e bordas escuras, região gular pigmentada e uma pequena membrana sob
os membros anteriores.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 46


Família

HYLIDAE

Pererequinha-do-brejo
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

23,2 mm 22,2 mm

Scinax fuscomarginatus
(Lutz, 1925)
Hábitos Atividade

Arbustivo Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Pantanal Mata Amazônia
Pouco preocupante Atlântica

47 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Scinax é deriva do grego (skinos = ágil, rápido) em
virtude de serem saltadores ágeis. O epíteto específico fuscomarginatus é derivado
da combinação de palavras que originaram do Latim (fuscus = escuro + marginis
= margem + atus = que possui) que significa “aquele que possui margens escuras”,
devido às faixas longitudinais escuras que margeiam o corpo.
É uma perereca de pequeno porte facilmente diferenciada das demais espécies
por apresentar o corpo esbelto, cabeça mais longa do que larga, coloração dorsal
com fundo pardo-amarelado e faixas longitudinais escuras margeando o corpo,
que se iniciam atrás dos olhos e se estendem até a virilha. Possui a região ventral
do corpo clara e uma mancha branca abaixo dos olhos e tímpano.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 48


Família

HYLIDAE

Perereca-de-banheiro
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

Scinax gr. ruber


Hábitos Atividade

Arbustivo Noturno

Habitat

Status de
conservação Caatinga Cerrado

NE
Não avaliada

49 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Scinax é deriva do grego (skinos = ágil, rápido) em
virtude de serem saltadores ágeis. Esta espécie faz parte do grupo de espécies Scinax
ruber que leva o nome da primeira espécie descrita. A etimologia do grupo ruber
vem do latim (rubrum = vermelho) e faz alusão a tons avermelhados existentes na
parte interna das coxas destas espécies.
Esta perereca de médio porte é uma candidata a nova espécie na região e
estudos taxonômicos e ecológicos ainda são necessários para elucidar sua correta
identificação. É conhecida popularmente como perereca-de-banheiro e pode ser
diferenciada das demais espécies pelo seu porte médio, focinho arredondado,
coloração dorsal marrom escura com pontuações irregulares mais claras e manchas
amareladas na região posterior das coxas.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Kássio Araújo

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 50


Família

HYLIDAE

Perereca-grilo
Imagem: obson Ávila

Tamanho

33,5 mm 26 mm

Scinax nebulosus Hábitos Atividade


(Spix, 1824)

Arbustivo/ Noturno
Arborícola
Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Pantanal Mata Amazônia
Pouco preocupante Atlântica

51 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Scinax é deriva do grego (skinos = ágil, rápido) em
virtude de serem saltadores ágeis. O epíteto específico nebulosus é derivado do
Latim (nebulosus = nublado, enevoado). Embora os trabalhos sobre essa espécie
não tragam informações sobre a etimologia, supomos que o nome seja por conta
da coloração branca/acinzentada da espécie.
Scinax nebulosus caracteriza-se por apresentar porte médio, focinho estreito e
pequeno, pele rugosa, coloração dorsal em tons castanho-amarelados ou marrom-
oliva com pequenas marcas escuras, e superfície posterior das coxas manchada de
marrom, amarelo ou verde claro sem formação de barras. Diferencia-se das demais
espécies do parque por seu canto bem característico e por apresentar pequenos
tubérculos no dorso e um tubérculo bastante evidente no calcanhar.

Imagem: Robson Ávila

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 52


Família

HYLIDAE

Perereca-de-banheiro
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

38,6 mm 36,7 mm

Scinax x-signatus
(Spix, 1824) Hábitos Atividade

Arbustivo Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Pantanal Mata Amazônia
Pouco preocupante Atlântica

53 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Scinax é deriva do grego (skinos = ágil, rápido) em
virtude de serem saltadores ágeis. O epíteto específico x-signatus é derivado do
Latim (signatus = marcada, assinada) que significa “marcado com x”, em referência
a um par de manchas em forma de “X” no dorso.
Scinax x-signatus é popularmente conhecida como perereca-de-banheiro
por ser uma espécie adaptada a regiões antropizadas. Esta espécie pode ser
diferenciada das outras pelo seu focinho arredondado, coloração dorsal marrom
escura com grandes manchas escuras irregulares, mostrando um par de parênteses
invertidos formando um “X”, e superfícies das coxas escuras com manchas claras
ou amareladas irregulares.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Kássio Araújo

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 54


Família

HYLIDAE

Perereca-babenta
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

103,5 mm 85,5 mm

Trachycephalus typhonius Hábitos Atividade


(Linnaeus, 1758)

Arborícola Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado Amazônia


conservação

LC
Pantanal Mata Pampa
Pouco preocupante Atlântica

55 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Trachycephalus é deriva da união de duas palavras do
Grego (trachys = áspero, duro + kephalos = cabeça) que significa “cabeça dura” em
virtude do crânio bastante ossificado. O epíteto específico typhonius é derivado do
Grego (Typhon) em referência ao monstro gigante da mitologia grega, considerado
o pai dos “ventos perigosos” (tufão).
Esta perereca de grande porte é caracterizada por apresentar coloração variando
do cinza claro uniforme ao marrom com uma mancha escura no dorso, iniciando
na cabeça e estendendo-se até a parte posterior do corpo, e faixas transversais
sobre os membros. Diferencia-se das demais espécies do parque por apresentar
saco vocal duplo, íris do olho em formato de cruz e pela produção de uma secreção
leitosa e pegajosa na pele.

Imagem: Robson Ávila

Imagem: Felipe Sena

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 56


Família

LEPTODACTYLIDAE

Família de anfíbios anuros neotropicais amplamente distribuída nas


Américas Central e do Sul e porção sul da América do Norte. Possui
atualmente 232 espécies descritas, sendo 181 espécies registradas no
território brasileiro. Esta família abriga espécies com tamanhos variados,
desde espécies de pequeno porte até espécies grandes. Apresentam dedos
longos, pele lisa com pequenos grânulos ou pregas e pernas traseiras
robustas adaptadas para o salto. No Brasil, são conhecidas popularmente
como rãs, jias e caçotes.
O nome desta família é derivado da combinação de duas palavras gregas
(leptós = fino, delgado + dáktulos = dedos) que significa “dedos finos” em
alusão aos dedos finos e compridos.

57 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


Adenomera juikitam

Leptodactylus fuscus

Leptodactylus macrosternum

Leptodactylus mystaceus

Leptodactylus pustulatus

Leptodactylus syphax

Leptodactylus troglodytes

Leptodactylus vastus

Physalaemus albifrons

Physalaemus centralis

Physalaemus cuvieri

Pleurodema diplolister

Pseudopaludicola mystacalis

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 58


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rãzinha-verrugosa
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

23,7 mm 21,3 mm

Adenomera juikitam
Carvalho & Giaretta, 2013 Atividade

Diurno/
noturno
Hábitos

Terrestre
Status de
conservação Habitat

DD

Dados deficientes Caatinga Cerrado

59 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Adenomera é deriva da união de duas palavras do
Grego antigo (aden = glândula + meros = coxa) significando algo como “glândulas
na coxa”. O epíteto específico juikitam é derivado de duas palavras da linguagem
Tupi (jui = sapo + kitam = verruga) que significa “sapo de verruga”, em referência
a textura verrugosa da pele da espécie.
Esta espécie possui um tamanho pequeno e distingue-se das demais espécies do
parque por apresentar o corpo robusto, região dorsal bastante granular, formação
de linhas granulares distintas, coloração variando entre um fundo cinza e partes
avermelhadas, principalmente nos grânulos dorsais e nos membros.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 60


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rã-piadeira
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

56,4 mm 47,2 mm

Leptodactylus fuscus
(Schneider, 1799) Hábitos Atividade

Terrestre Diurno/
noturno
Habitat

Status de Caatinga Cerrado Amazônia


conservação

LC
Pantanal Mata Pampa
Atlântica
Pouco preocupante

61 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Leptodactylus tem origem na combinação de duas
palavras gregas (leptós = fino, delgado + dáktulos = dedos) que significa “dedos
finos” em alusão aos dedos finos e compridos que as espécies apresentam,
principalmente dos pés. O epíteto específico fuscus é derivado do Latim (fuscus =
marrom, escuro) em referência a sua coloração.
Esta espécie é escavadora amplamente distribuída no Brasil e no PNSC.
Diferencia-se por possuir focinho pontiagudo, presença de seis pregas dorsolaterais,
coloração dorsal variando do cinza ao marrom claro com pequenas manchas
irregulares e faixas longitudinais nas pernas. Alguns indivíduos possuem uma
listra clara longitudinal do focinho até a região posterior do corpo.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 62


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rã-manteiga
Imagem: Kássio Araújo

Tamanho

74,0 mm 74,4 mm

Leptodactylus macrosternum Hábitos Atividade


(Miranda-Ribeiro 1926)

Terrestre Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Pantanal Mata Amazônia
Pouco preocupante Atlântica

63 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Leptodactylus tem origem na combinação de duas
palavras gregas (leptós = fino, delgado + dáktulos = dedos) que significa “dedos
finos”. O epíteto específico macrosternum é derivado da união de duas palavras
do Grego antigo (makrós = grande + sternum = peito) que significa “peito grande”
em referência a hipertrofia do peito e braço dos machos no período reprodutivo.
Esta rã caracteriza-se pela presença de oito de pregas dorsolaterais, quatro
delas bem desenvolvidas iniciando próximo aos olhos e estendendo até a região
posterior do corpo, e coloração variando entre o cinza-esverdeado ao marrom,
com manchas irregulares. Diferencia-se das demais espécies do Parque por seu
tamanho médio, presença de uma grande mancha marrom entre os olhos e por
apresentar uma coloração verde-oliva na região posterior da coxa.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 64


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rã-de-bigode
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

50,0 mm 47,4 mm

Leptodactylus mystaceus
(Spix, 1824) Hábitos Atividade

Terrestre Diurno/
noturno
Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Mata Amazônia
Pouco preocupante Atlântica

65 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Leptodactylus tem origem na combinação de duas
palavras gregas (leptós = fino, delgado + dáktulos = dedos) que significa “dedos
finos”. O epíteto específico mystaceus é derivada do Grego antigo (mystax =
bigode + ace = semelhante, parecido com) que significa “parecido com bigode” em
referência a faixa escura que inicia na ponta do focinho, passa pelos olhos e vai até
a região posterior ao tímpano.
Esta rã de médio caracteriza-se pelo focinho pontiagudo, presença de duas
dobras longitudinais na região dorsal bem definidas, coloração variando do cinza
ao castanho e faixa lateral escura na cabeça que lembra um bigode.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 66


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rã-de-barriga-pintada
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

50,4 mm 39,8 mm

Leptodactylus pustulatus
(Peters, 1870)
Hábitos Atividade

Terrestre Noturno

Habitat

Status de
conservação Caatinga Cerrado

LC

Pouco preocupante Amazônia

67 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Leptodactylus tem origem na combinação de duas
palavras gregas (leptós = fino, delgado + dáktulos = dedos) que significa “dedos
finos”. O epíteto específico pustulatus é derivado do Latim (pustula = mancha,
bolha + atus = sufixo que representa uma qualidade) que significa “empolado”
em referência a presença de pequenas manchas brancas ou amareladas na região
ventral.
Esta espécie possui colocação dorsal variando entre o cinza-esverdeado ao
marrom escuro e diferencia-se das demais espécies pela presença de manchas
arredondadas brancas e amarelas no ventre e na parte interna das coxas, a
coloração das manchas varia de amarelo, laranja ou brancas, além de ser menor
que L. macrosternum, L. syphax e L. vastus.

Imagem: Kássio Araújo

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 68


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rã-das-rochas
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

78,8 mm 72,5 mm

Leptodactylus syphax
Bokermann, 1969 Hábitos Atividade

Terrestre Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Mata
Pouco preocupante Atlântica

69 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Leptodactylus tem origem na combinação de duas
palavras gregas (leptós = fino, delgado + dáktulos = dedos) que significa “dedos
finos”. O epíteto específico syphax significa “vinho doce novo” em alusão a cor
avermelhada apresentada por esta espécie em algumas partes do corpo.
É uma rã de médio porte que é comumente encontrada em ambientes
rochosos, apresentando o dorso indistintamente estampado com tons ligeiramente
avermelhados e manchas escuras e mal definidas. Os machos durante o período
reprodutivo apresentam espinhos nas mãos e peito, e os braços ficam hipertrofiados.
Na imagem abaixo um indivíduo de L. syphax apresentando comportamento
defensivo, elevando a parte de trás do corpo e mostrando partes avermelhadas
(venenosas/impalatáveis) que representariam perigo aos seus predadores.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Robson Ávila

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 70


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rã-piadora
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

50,0 mm 48,3 mm

Leptodactylus troglodytes
Lutz, 1926 Hábitos Atividade

Terrestre Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Mata
Pouco preocupante Atlântica

71 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Leptodactylus tem origem na combinação de duas
palavras gregas (leptós = fino, delgado + dáktulos = dedos) que significa “dedos
finos”. O epíteto específico troglodytes é derivado do Grego antigo (troglodutes)
que significa literalmente “morador das cavernas”, nome adequado para a espécie
que vocaliza em dentro de pequenos buracos no solo ou embaixo de pedras.
Esta espécie típica de ambientes abertos é bastante comum em áreas
antropizadas. Caracteriza-se por apresentar o focinho pontiagudo e espatulado,
região dorsal do corpo lisa, com coloração cinza-esverdeado, pequenas manchas
escuras distribuídas uniformemente e faixas escuras transversais nas pernas.
Diferencia-se das outras espécies por apresentar um padrão de três a quatro
manchas escuras no dorso, iniciando com uma mancha entre os olhos.

Imagem: Kássio Araújo

Imagem: Kássio Araújo

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 72


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rã-pimenta
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

150,7 mm 158,2 mm

Leptodactylus vastus
Lutz, 1930 Hábitos Atividade

Semiaquático Diurno/
noturno
Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Mata Amazônia
Pouco preocupante Atlântica

73 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Leptodactylus tem origem na combinação de duas
palavras gregas (leptós = fino, delgado + dáktulos = dedos) que significa “dedos
finos”. O epíteto específico vastus é derivado do Latim (vastus) que significa
literalmente “enorme”, nome adequado para uma das maiores espécies de anfíbios
do Brasil.
Conhecida popularmente como jia, esta rã caracteriza-se pelo seu porte robusto,
tímpano bem desenvolvido, região dorsal do corpo lisa, pregas dorsolaterais
interrompidas, coloração variando entre o castanho e o marrom-avermelhado e
faixas tranversais escuras na pernas. Diferencia-se das demais espécies por seu
grande porte e pela apresença de uma coloração avermelhada na parte interna das
coxas.

Imagem: Kássio Araújo

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 74


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rã-chorona
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

26,4 mm 26,7 mm

Physalaemus albifrons
(Spix, 1824) Hábitos Atividade

Terrestre Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Mata Amazônia
Pouco preocupante Atlântica

75 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Physalaemus tem origem na combinação de duas
palavras gregas (phusallís = fole, bexiga + laimos = garganta) que significa
“garganta de fole” ou “garganta de bexiga”, em referência a capacidade de expansão
do saco vocal dos machos. O epíteto específico albifrons é derivado da união de
duas palavras do Latim (albus = branco + frons = testa, fronte) que significa “testa
branca em referência a linha clara sobre o dorso de alguns indivíduos.
Diferencia das demais espécies do parque por apresentar pequenos tubérculos
irregulares sobre o dorso e pelo seu padrão de coloração faixas e escuras sobre
um fundo castanho e duas pequenas manchas glandulares na região posterior do
corpo.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Claylton Costa

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 76


Família

LEPTODACTYLIDAE

Caçote-do-Brasil-Central
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

34,5 mm 36,3 mm

Physalaemus centralis
Bokermann, 1962 Hábitos Atividade

Terrestre Noturno

Habitat

Status de
conservação Caatinga Cerrado

LC

Pouco preocupante Amazônia

77 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Physalaemus tem origem na combinação de duas
palavras gregas (phusallís = fole, bexiga + laimos = garganta) que significa
“garganta de fole” ou “garganta de bexiga”. O epíteto específico centralis é derivado
do Latim (centrum = ponto central + alis = usado para formar adjetivos) que
significa literalmente “do centro”, em referência a ampla distribuição da espécie
pela região central do Brasil.
Esta espécie caracteriza-se por apresentar coloração dorsal cinza e saco vocal
escuro. Physalaemus centralis é muito semelhante a P. cuvieri, diferenciado-se
por possuir uma massa corpórea maior e uma listra transversal negra ou cinza
na lateral do corpo que se estende do focinho passando pelo olho, seguindo até os
flancos, e ausência de manchas avermelhadas na parte posterior da coxa.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 78


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rã-cachorro
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

29,5 mm 27,6 mm

Physalaemus cuvieri
Hábitos Atividade
Fitzinger, 1826

Terrestre Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado Amazônia


conservação

LC
Pantanal Mata Pampa
Pouco preocupante Atlântica

79 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Physalaemus tem origem na combinação de duas
palavras gregas (phusallís = fole, bexiga + laimos = garganta) que significa
“garganta de fole” ou “garganta de bexiga”. O epíteto específico, em latim cuvieri,
é uma homenagem ao zoólogo e naturalista francês Georges Cuvier, considerado
o fundador da paleontologia, devido as suas contribuições para o meio científico.
Caracteriza-se por apresentar coloração do corpo variando de esverdeada,
castanho a cinza, com um colorido avermelhado na região inguinal e posterior
da coxa. Diferencia-se das outras espécies por sua coloração uniforme com uma
mancha lateral atrás dos olhos estendendo-se até a base do membro anterior.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Kássio Araújo

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 80


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rãzinha-da-areia
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

34,6 mm 33,0 mm

Pleurodema diplolister
Hábitos Atividade
(Peters, 1870)

Terrestre Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Mata
Pouco preocupante Atlântica

81 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Pleurodema tem origem na combinação das palavras
de origem Grega e do Inglês antigo (pleura = lateral + deman = juiz, para julgar)
que significa “juiz lateral” ou “julgador lateral” em referência a duas glândulas
inguinais que se assemelham a olhos. O epíteto específico diplolister é derivado
do Grego antigo e do inglês (diploûs = duplo + lister = arado utilizado para cavar
o solo) que significa “duplo arado” em referência ao movimento de escavar o solo
com os membros posteriores.
Esta espécie é típica de áreas abertas e diferencia-se por apresentar cabeça curta,
corpo robusto, pernas curtas, e coloração variando do cinza claro ao amarelo, com
pequenas manchas irregulares sobre o dorso. Alguns indivíduos possuem uma
lista clara que vai da ponta do focinho até a região posterior do dorso.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Ocivana Pereira

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 82


Família

LEPTODACTYLIDAE

Rãzinha-grilo
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

15,8 mm 14,0 mm

Pseudopaludicola mystacalis
(Cope, 1887) Hábitos Atividade

Semiaquático Diurno/
noturno
Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Pantanal Mata Amazônia
Pouco preocupante Atlântica

83 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Pseudopaludicola vem do Grego antigo e do Latim
(pseudes = falso + paludis = pântano + cola = morador) que significa “falso
morador do pântano”. O epíteto específico mystacalis derivada do Grego antigo
(mystax = bigode + alis = usado para formar adjetivos) que significa “que tem
bigode” em referência, possivelmente, às manchas irregulares no lábio superior.
Esta pequena rã possui coloração variando entre o cinza e o castanho, com
pequenas manhas transversais nos membros e faixas sobre o lábio superior. Alguns
indivíduos possuem uma linha vertebral clara no dorso ou duas manchas mais
claras na lateral do corpo. Diferencia-se por ser a menor espécie encontrada no
parque e por possuir um par de tubérculos em forma de “X” atrás da cabeça.

Imagem: Ocivana Pereira

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 84


Família

MICROHYLIDAE

Família amplamente distribuída nas regiões Tropical e Temperada,


possui cerca de 725 espécies conhecidas, sendo 61 registradas no território
brasileiro. É a família de anfíbios com o maior número de gêneros e por
incluir uma grande diversidade com espécies com características difíceis
de distinguir de outras, é considerado um grupo de taxonomia complexa.
Possuem hábitos fossorial e terrestres, com alguns indivíduos arborícolas,
e caracterizam-se, em sua maioria, por possuir corpo arredondado, pernas
traseiras robustas, cabeças pequenas e pontiagudas, e boca estreita. Devido
ao formato do corpo, algumas espécies são conhecidas no Brasil como
“rãs-coxinha”.
O nome desta família é derivado de duas palavras gregas “mikrós” e
“Hyla” significando “pequena Hyla” referente ao tamanho reduzido de
algumas espécies na família.

85 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


Dermatonotus muelleri

Elachistocleis piauiensis

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 86


Família

MICROHYLIDAE

Sapo-hambúrguer
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho
41,1 mm
a
69 mm

Dermatonotus muelleri
(Boettger, 1885) Hábitos Atividade

Fossorial Noturno

Habitat

Status de Caatinga Cerrado


conservação

LC
Pantanal Mata Amazônia
Pouco preocupante Atlântica

87 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Dermatonotus vem do grego (Dermatonotus) que
significa “algo coriáceo” ou “semelhante a couro” em referência à sua pele lisa e
grossa. O epíteto específico muelleri é uma homenagem ao naturalista Fritz Müller,
alemão imigrante no Brasil, que descreveu várias espécies e contribuiu para a
aceitação da teoria da evolução no país.
Esta espécie possui o corpo robusto com manchas esverdeada no dorso, ventre
e patas reticuladas de branco, cabeça pequena e pontiaguda, e possui hábitos
fossoriais, saindo apenas no período reprodutivo. Diferencia-se das outras espécies
pelo padrão reticulado de coloração, uma prega de pele sobre a cabeça pequena
pequena.

Imagem: Ronildo Benício

Imagem: Kássio Araújo

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 88


Família

MICROHYLIDAE

Rã-apito
Imagem: Kássio Araújo

Tamanho

- 23 mm

Elachistocleis piauiensis Atividade


Caramaschi & Jim, 1983

Noturno

Hábitos

Status de Fossorial
conservação Habitat

LC

Pouco preocupante
Caatinga Cerrado

89 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A origem do nome Elachistocleis vem do grego (elachistos = pequeno, mínimo
+ kleis = clavícula) que significa “clavícula pequena” em referência ao estreitamento
da parte anterior do corpo. O significado do epíteto específico piauensis faz alusão
ao estado do Piauí, onde a espécie foi encontrada pela primeira vez.
Essa espécie é um microhylídeo de corpo ovoide, cabeça triangular, focinho
pontiagudo, olhos pequenos, região gular preta, ventre esbranquiçado com
pequenas manchas amarelada e possui um canto alto semelhante a um apito. Possui
região gular preta e ventre esbranquiçado com pequenas manchas amareladas.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 90


Família

ODONTOPHRYNIDAE

Família de anfíbios anuros representada por 53 espécies com


distribuição restrita à América do Sul, sendo 52 espécies encontrada no
Brasil. São espécies com tamanho variando entre pequeno e médio porte
e apresentam, de forma geral, o corpo arredondado, pela granulosa com
pequenas glândulas, cabeça larga, focinho curto e boca grande. Algumas
espécies possuem apêndices nas pálpebras que lembram pequenos chifres,
por isso, algumas espécies são conhecidas como sapos-boi ou sapos-de-
chifre. No PNSC a família é representada por uma única espécie.
O nome desta família é derivado de uma palavra latina “Odonto” e
uma grega “phrynus” que significa “sapo-de-dentes” em alusão a natureza
serrilhada de suas mandíbulas.

91 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


Proceratophrys cristiceps

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 92


Família

ODONTOPHRYNIDAE

Sapo-boi
Imagem: Etielle Andrade

Tamanho

48,3 mm 40,3 mm

Proceratophrys cristiceps Atividade


(Müller, 1883)

Noturno

Hábitos

Terrestre
Status de
Habitat
conservação

LC
Caatinga Cerrado Mata
Pouco preocupante Atlântica

93 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Proceratophrys vem da união de algumas palavras do
grego (pro = que vem antes + cerato = chifre + ophrys = sobrancelha) formando
algo como “sobrancelha com chifre direcionado para frente”. O epíteto específico
cristiceps vem da união de duas palavras do Latim (crista = crista + ceps = cabeça)
que significa “crista na cabeça” em referências ao tubérculos na cabeça da espécie.
Proceratophrys cristiceps é uma espécie com distribuição restrita ao nordeste
brasileiro e caracteriza-se pelo corpo robusto e cabeça curta e larga, dorso
verrugoso e coloração bastante variante. Diferencia-se das outras espécies do
parque por apresentar o focinho truncado com boca larga e fileiras de tubérculos
sobre a cabeça.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Etielle Andrade

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 94


Família

PHYLLOMEDUSIDAE

Essa família contém atualmente 67 espécies distribuídas pela região


Neotropical, entre essas, 42 ocorrem do território brasileiro. Conhecidas
popularmente como sapo-folha ou perereca-macaco, estes animais
possivelmente estão entre os anuros mais carismáticos para a população.
Essas espécies diferem-se de outras pererecas por se locomoverem em
marcha, possuírem pupila vertical e coloração verde. O gênero Pithecopus
é composto por espécies de médio porte que possuem o dedo opositor
maior que o segundo dedo.
O nome desta família é derivado das palavras gregas “phyllo” e
“medousa” que significa “protetora das folhas” em alusão a coloração das
espécies e ao hábito de depositar a massa de ovos gelatinosos nas folhas.

95 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


Pithecopus gonzagai

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 96


Família

PHYLLOMEDUSIDAE

Perereca-da-folhagem-
-nordestina
Imagem: Robson Ávila

Tamanho

38,0 mm 33,1 mm

Pithecopus gonzagai Atividade


Andrade, Haga, Ferreira, Recco-
-Pimentel, Toledo & Bruschi, 2020

Noturno

Hábitos

Arbustivo/Arborícola
Status de Habitat
conservação

LC
Caatinga Cerrado Mata
Pouco preocupante Atlântica

97 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


A etimologia do gênero Pithecopus é derivada do Grego (pithekodes) que
significa “semelhante a macaco”, pela forma de locomoção escalando as árvores
e dando saltos curtos. O epíteto específico gonzagai homenageia o rei do Baião,
cantor e compositor Luiz Gonzaga, um dos artistas mais completos da música
brasileira e sem dúvidas um dos símbolos nordestinos, falecido em 2 de agosto de
1989.
Essa espécie foi recentemente descrita, sendo separada da espécie P. nordestinus,
com base principalmente em dados moleculares. Pithecopus gonzagai é a única
espécie representante da família no PNSC e distingue-se das demais espécies por
sua coloração esverdeada, apresentando faixas laranjas nas partes internas dos
braços e pernas.

Imagem: Etielle Andrade

Imagem: Claylton Costa

Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades 98


99 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades
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109 Anfíbios anuros do Parque Nacional de Sete Cidades


O Parque Nacional de Sete Cidades (PNSC) é o menor
dos quatro Parques Nacionais registrados no estado do Piauí.
Possui uma extensa beleza cênica impressa nas suas formações
rochosas que lembram castelos e grande muralhas de pedras,
características que resultaram no próprio nome do parque. O
PNSC possui ainda grande importância histórico-cultural por
preservar uma parte da história das civilizações pré-históricas
do Piauí. Aliado à preservação histórica e geológica, o parque
foi criado com o objetivo de preservar também a biodiversidade
local, uma vez que possui vegetação típica de zona de transição
entre os biomas Caatinga e Cerrado. Como exemplo da elevada
biodiversidade, o PNSC apresenta uma das maiores riquezes
de anfíbios do estado, contendo 30 espécies de anfíbios
anuros distribuídos em seis famílias. Este guia apresenta de
forma simples e ilustrada informações sobre a distribuição
e história natural de todas as espécies, além de informações
gerais sobre a taxonomia e origem dos nomes científicos. Este
guia foi produzido com carinho para que o leitor possa sentir
toda a admiração que os autores carregam por esse grupo
de animais fascinantes, muitas vezes rodeados de mitos e
lendas, mas que merecem toda nossa admiração e proteção.

INSTITUTO
FEDERAL
Piauí
Campus

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