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INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA CAMPUS FREDERICO WESTPHALEN

CURSO DE GRADUAÇÃO - MEDICINA VETERINÁRIA

ANATOMIA DAS AVES


ALUNAS: Alice Buss, Anna Kelyn Braun, Isabel Heineck,
Kassiane Pelinson

DISCIPLINA: Anatomia dos animais domésticos II


PROFESSOR: Aires Santana Rumpel
INTRODUÇÃO

O estudo da anatomia animal é de extrema Domínio: Eukaryota


importância para o reconhecimento dos órgãos e Reino: Animalia
ossos, assim como localização, função e Filo: Chordata
organização desses no organismo, conhecimento Subfilo: Vertebrata
indispensável a atuação do profissional veterinário. Superclasse: Tetrapoda
Classe: Aves
Galiformes Anseriformes Columbiliformes

Passeriformes Psittaciformes
PARTE I
Vamos Iniciar?

1 Sistema Digestivo 6 Sistema Respiratório

2 Sistema Circulatório 7 Sistema Urinário

3 Sistema Imune 8 Sistema Nervoso

4 Sistema Endócrino 9 Órgãos Sensorias

5 Sistema Reprodutivo
SISTEMA DIGESTÓRIO

Os órgãos deste sistema são relativamente leves, o que contribui para a leveza
essencial para o vôo, e são altamente eficientes em liberar rapidamente a
energia proveniente dos alimentos, provendo assim uma alta taxa metabólica
nas aves.
Cavidade oral
Esôfago: papo
Estomago: Pró-ventriculo glandular e
COMPONENTES ventrículo muscular
Intestino delgado: duodeno, jejuno e íleo
Intestino Grosso: Ceco e reto
Cavidade oral

Os dentes estão ausentes e suas


funções são realizadas pelo bico, o
qual adapta-se conforme os hábitos
alimentares de cada ave.
As glândulas salivares e papilas
gustativas estão presentes.

Quando o passarinho
nasce, ele quebra a
casca do ovo com um
dente peculiar, após isso,
perde este dente.
OROFARINGE
É uma cavidade comum do sistema digestivo e
respiratório;
Vai desde o bico até a entrada do esôfago;
O teto da orofaringe é formado apenas por palato duro;
O palato duro é considerado incompleto, pois apresenta
uma fissura medial, coana, que se conecta com a
cavidade nasal.
1. 6.
Crista palatina raiz da língua

2.2.
7.2.
abeturas das
Glândulas salivares papila mecânica

3. 8.
Coana monte laríngeo

4. 9.
Glote
Fissura infundibular

5.
Corpo da língua
Papo

Corresponde a uma dilatação da porção


posterior do esôfago e serve para
armazenar o alimento coletado;
Ocorre certa fermentação do alimento
com as mucosas, preparando para a
digestão gástrica;
Permite a regurgitação de alimentos
previamente digeridos para os filhotes.

1. Traqueia; 2 Esofago; 3 Inglúvio


Nos pombos quando se encontram
no período de chocagem produzem
em seu papo um material friável
(“leite de papo”).

Ao ser misturado com o


alimento ingerido é
regurgitado para
alimentar os filhotes.
Pró-ventriculo

Região responsável pela digestão


química, conhecido como ''estomago
químico''.
Por isso encontram-se mucosas
pregueadas e sulcos, para quebra.
Moela
Em contato com o fígado, com o esterno e com a parte caudal da parede
abdominal lateral esquerda.
Em aves herbívoras, frangos e aves aquáticas, apresenta funções voltadas para a
digestão de proteínas e a trituração dos alimentos para adentrarem no trato
intestinal.
Instestinos

Apresenta microvilosidades nas paredes, para absorção.

DELGADO: tem aproximadamente 1,5m de


comprimento, em que se forma a volta conhecido
como alça duodenal. Dentro da alça está o
pâncreas.
GROSSO: é um reto relativamente curto, tendo
somente 10cm de comprimento, mas de grande
relevância, haja visto que é o local de reabsorção
de água para células corporais e, assim, o balanço
hídrico da ave.
Trato gastrointestinal
Ave de rapina Galinha Emu Avestruz
Cloaca

Câmara onde se abrem o canal intestinal, o aparelho


urinário e os oviductos das aves e dos répteis;
Saída comum para os aparelhos excretor e reprodutor;

Seu tamanho varia se a fêmea está produzindo ovos


ou não;
Encontra-se dividida em coprodeu, urodeu e
proctodeu por meio de duas pregas anulares.
Sistema Circulatório
Nas aves não ocorre mistura de sangue arterial com venoso no coração,
porque do lado direito passa somente sangue venoso e do lado esquerdo
somente sangue arterial
Este sistema é muito eficientes para satisfazer as demandas metabólicas de
voo (e corrida, natação, ou mergulho).
Maior disponibilidade de oxigênio => energia;
Temperatura constante (homeotermia).
Vasos Sanguíneos

VEIAS: são os vasos que chegam ao coração,


levando de volta do pulmão, o sangue venoso
ARTÉRIAS: são os que saem do coração,
levando sangue aos pulmões e as outras
regiões do corpo, o sangue arterial, que possui
oxigênio
CAPILARES: são os vasos finos, que realizam
as trocas gasosas
Coração
Geralmente maior que o dos mamíferos, devido sua importância para o voo
composto por coração de 4 câmaras, ou seja, 2 átrios e ventrículos 2.
PARTE ESQUERDA: mais forte e paredes mais grossas, pois bombeia o sangue
passa somente o sangue arterial
PARTE DIREITA: direciona o sangue venoso aos pulmões
passa somente sangue rico em gás carbônico.
Sistema Linfático
Presente em todas as aves

Em aves os vasos linfáticos estão em menor


número quando comparado aos mamíferos. Os vasos linfáticos são
Acompanham os vasos sanguíneos e são responsáveis por
encontrados de forma isolada no fígado e conduzir a linfa para a
pâncreas. entrada do tórax, sendo
descarregada na veia
Outros locais: cava cranial.
Orofaringe;
Intestino (placas de linfonodos);
Ceco (tonsilas cecais).
As aves apresentam tanto órgãos linfóides
primários quanto secundários.
SISTEMA Os primários são a Bolsa de Fabrício ou bolsa
clocal (exclusiva de aves) e o timo. E os
IMUNE órgãos secundários são o baço, a medula
óssea e o tecido linfóide intestinal.
BOLSA CLOCAL
É um órgão linfoepitelial, apresentando
uma parede fina a qual se torna
irregular pelos lóbulos que encapsula. .

Quando atingem 2-3 meses de idade


a bolsa cloacal regride permanecendo
um pequeno nódulo no animal adulto.
Sistema Endócrino
Possui semelhança com o dos mamíferos, seus hormônios são sintetizados
pelas glândulas e influenciam os demais sistemas orgânicos, realizando o
controle de funções específicas, sendo estas a resposta ao stress, processo
de mudança das penas, reprodução e crescimento.
O sistema endócrino das aves conta com seis glândulas principais:

G. Hipófise;
G. Tireoide;
G. Paratireoide;
G. Pineal;
G. Adrenal;
Pâncreas.
Fígado
Possui coloração castanho-escuro, porém as aves até duas semanas após a
eclosão apresentam um fígado amarelado devido aos pigmentos da gema
Apresentam lobo direito maior que o esquerdo, ambos conectados
parcialmente ao coração devido a ausência de diafragma.
Além de ser bilobado e relativamente grande.

Considerada a
maior glândula
do organismo
Sistema Respiratório

O sistema respiratório nas aves não apresenta diafragma e é utilizado para a


vocalização, termorregulação e efetivamente as trocas gasosas.
A separação da ventilação e das trocas gasosas permite um fluxo contínuo de
ar, explicando então o porquê das aves serem capazes de extrair até dez
vezes mais oxigênio do ar em relação aos mamíferos.
Componentes
Fossas nasais;
Faringe;
Laringe;
Traquéia (Siringe);
Pulmões;
Sacos aéreos.
Cavidade nasal
As narinas localizam-se na base do bico e na maioria das aves encontram-se
suspensas por uma aba chamada de opérculo com a função de impedir a entrada
de corpos estranhos.
Após o ar entrar pelas narinas chega até as cavidades nasais.
Tem-se a formação de conchas que auxiliam na filtração, olfação e
termorregulação. São elas:

Importante para:
01. Concha rostral 03. Concha caudal
Filtração,
Olfação;
02. Concha média Termorregulação.
TRAQUEIA
A traqueia das aves se divide em
brônquios que se ramificam, no
interior dos pulmões.
Nas espécies aviárias com pescoço
longo,a traquéia é mais longa do que
o próprio pescoço e forma uma alça.

BRONQUIOS
Cada pulmão apresenta três Aves não tem alvéolos
subdivisões: brônquio primário Capilares aéroes: Presentes nos
intrapulmonar; brônquios secundários; brônquios terciários, sendo
brônquios terciários ou parabrônquios. responsável pela troca gasosa.
Disposição da traqueia

Cise (pescoço longo)


Siringe

Consiste em uma série de cartilagens modificadas e membranas timpaniformes que


vibram na passagem do ar e auxiliam na produção do som.
Quantidade diferente para cada espécie aviária.

Em espécies como os urubus e os


avestruzes a siringe é rudimentar.
E no caso dos cisnes e patos
machos existe a presença de uma
bula óssea para tronar o som mais
amplo.
papagaio
Imitador

Transmitem o som por conta da


presença da siringe.
E tem o núcleo vocal no cérebro.
Sacos Aéreos
São orgãos ocos de estrutura conjuntivo
elástica de formato, situação e
dimensões variáveis, os quais
encontram-se em direta comunicação
com os brônquios e retraem-se na
expiração. Função
São responsáveis por ventilar o ar
para os pulmões e servem para
diminuir a densidade corporal das
aves (voo). Também absorvem e
expelem o calor do corpo das
aves
Pulmões
São os responsáveis por abrigar os sacos aéreos;
Nas galinhas são relativamente pequenos
comparados com os dos mamíferos e não são
lobados;
Os pulmões das aves não mudam de volume com
a inspiração e a expiração, o que muda são os
sacos aéreos;
Localizam-se na parte craniodorsal da cavidade
corporal, profundamente nas vértebras torácicas e
nas costelas.
TRAJETO DO AR
Sacos Aéreos

Inspiração: a maior parte do


ar flui para os sacos aéreos
mais caudais, onde será
aquecido e umidificado.
Pulmão
Expiração: Este ar é
Laringe
empurrado para os pulmões
onde ocorrerá a troca gasosa
Brônquios nos parabrônquios.
Sistema Urinário
Composto por rim, ureter e cloaca,
onde os três são responsáveis por
eliminar os resíduos do sangue desses
animais
RINS
Os rins estão dispostos nos lados da coluna vertebral
contra a pelve e cranialmente entram em contato com os
pulmões. Divisão: região cranial, média e caudal.
Não há pelve renal.

Aves não tem


vesícula urinária
URETRES
São cercados por músculo liso e possuem uma coloração
esbranquiçada em virtude da urina concentrada em seu
interior.
Não há uretra nas aves.
Vasos sanguíneos renais
Três artérias renais suprem os rins das aves, uma para cada divisão ou região
renal.
A artéria renal cranial advém da aorta, e as demais artérias renal média e caudal
advêm da artéria isquiática;
Estas artérias juntas formam as artérias interlobulares e originam duas ou mais
arteríolas aferentes que suprem os corpúsculos renais, tais como os túbulos e
glomérulos.
Sistema Reprodutivo
Masculino: Formado por dois testículos localizados no interior
da cavidade abdominal aderidos à parede corporal,
apresentam um par de pequenos epidídimos e um par de
ductos deferentes, que são fixados dorsalmente ao corpo.

Feminino: Formado por um ovário esquerdo e por um oviduto


associado, terminando assim na cloaca. O ovário funcional é
localizado anterior ao rim e posterior ao pulmão.
Os folículos são observados no córtex ovariano.
Cloaca de pato com
falo

Falo de avestruz

ÓRGÃO
COPULATÓRIO
No geral as aves são
desprovidas de glândulas
sexuais acessórias e de
pênis, mas pode ocorrer
algumas variações nas
espécies. Gansos e patos: órgão Falo: análogo ao pênis
copulador espiralado bem dos mamíferos e é
desenvolvido, o pseudopênis, pressionado contra a
que conduz o sêmen cloaca da fêmea
CICLOS REPRODUTIVOS
Reprodução

O galo não tem órgão


copulador, ele solta os
espermatozoides pela
cloaca, por meio de uma
estrutura denominada falo.

A galinha não depende do galo para


produzir ovos, porém a participação do
macho é fundamental para que ocorra
a fertilização deles.
Sistema Nervoso
Nas aves o cérebro é consideravelmente menor, com hemisférios cerebrais
menos desenvolvidos.
Esta característica determina a predominância de comportamentos
estereotipados, tendo mais instinto do que outros sentidos.
Em alguns casos, como os papagaios, é evidenciado um melhor
desenvolvimento dos hemisférios cerebrais, identificando estes como aves
mais inteligentes
Cerebelo

Altamente desenvolvido para exercer a Hemisférios


função de equilíbrio e coordenação de voo Cerebrais

bulbos olfatórios são menos desenvolvidos


A medula espinhal é mais ampla nos
Lobos Ópticos
plexos lombosacral e braquial em aves
voadoras, enquanto que nas aves
Cerebelo
corredoras o plexo lombosacral é mais
vasto.
Órgãos
sensoriais

Aves possuem seu sistema sensorial bem


desenvolvido.
Tem visão para cores;
Boa audição;
Siringe para produzir sons.
Visão Audição
O posicionamento dos olhos varia entre Estrutura do ouvido mais simples;
as mais diversas espécies de aves. Habilidade acústica melhor que
Correlacionado aos seus hábitos mamíferos.
alimentares. As corujas tem a melhor audição entre
Pécten: responsável por vascularizar a as aves, pois tem estruturas bem
retina desenvolvidas que canalizam o som
até a orelha interna.
Tato Paladar
Terminações nervosas: Responsáveis por As papilas gustativas se fazem
responder aos estímulos de dor, calor, frio presentes na base da língua, no teto e
e toque. no assoalho da orofaringe.
o número de papilas gustativas das
Corpúsculo de Gandry: presente na aves é bem menor quando
língua e no palato mole de espécies que comparado ao de outros mamíferos.
ciscam para encontrar os alimentos.

Corpúsculo de Herbst: localizado na PAPILAS


cloaca, nas pernas, asas, na base de Galinhas: 24
inúmeras penas e também na cavidade Papagaios: 350
oral de pica paus e no bico de patos Coelhos: 17.000
OLFATO
Em urubus e aves
aquáticas o olfato é
mais desenvolvido,
justamente para auxiliar
na localização do
alimento
PARTE II
Continuando...

10 GENERALIDADES
12 ESQUELETO APENDICULAR

11 ESQUELETO AXIAL
13 ESQUELETO DA CABEÇA

14 CONCLUSÃO
GENERALIDADES
A função dos ossos:
Proteção;
Sustentação;
Alavancas de movimento;
Produção de células sanguíneas

Nas aves, diferente da que ocorre nos mamíferos,


nomeadamente a ausência de núcleos epifisários.
A composição do osso é diferente, nos ossos das aves a
proporção mineral é superior, o que os torna mais susceptíveis
a fraturas.
Outra característica é a pneumatização de alguns ossos.
ESQUELETO AXIAL
Composto por:
Vértebras cervicais;
Vértebras torácicas;
Vértebras lombares e sacrais;
Vértebras coccígeas ou caudais ;
Costelas;
Esterno

O número de vértebras varia bastante entre


espécies. O número total oscila entre as 39-64,
com as maiores variações na região cervical.
VÉRTEBRAS CERVICAIS

Dispostas no formato de S, facilitam o amortecimento


do choque da região da cabeça após o salto ou o voo.

O atlas articula-se com o único côndilo do occipital por


intermédio de uma fossa articular profunda.

A articulação entre os corpos vertebrais efetua-se por


uma articulação do tipo diartrose, classificando-se como
uma articulação em sela, a qual permite uma
mobilidade muito superior da zona cervical.
VÉRTEBRAS TORÁCICAS

No galo são em número de 7, com a


particularidade de algumas delas se unirem
numa peça óssea única que denominamos
de osso notarium ou dorsal.
Este é formado pela união de T2 a T5. A 7ª
vértebra torácica, por seu lado, está unida às
vértebras lombares, que referiremos adiante.
As vértebras torácicas, tal como nos
mamíferos domésticos, articulam com as
costelas pelas fóveas costais.
VÉRTEBRAS LOMBARES E SACRAIS
Estas duas regiões vertebrais são referidas conjuntamente
já que logo após o nascimento as vértebras desta zona se
fundem todas num osso único – o sinsacro ou osso
lombossacro – que inclui também a última vértebra torácica.
T1 T2-T5 T6 T7 + L...

O sinsacro desenvolve uma sinostose com


os ílios, formando no conjunto um osso que
forma o tecto da cavidade visceral.
VÉRTEBRAS COCIGENAS

O seu número é variável nas várias espécies. A


primeira ou primeiras estão unidas ao sinsacro.

Na porção mais caudal desta região há fusão


de 4 a 8 vértebras caudais embrionárias,
constituindo uma estrutura única das aves – o
pigóstilo – de cujas funções podemos destacar
a base para inserção dos músculos e penas
caudais e a sustentação da glândula
uropigeana.
COSTELAS
São em 7 pares e articulam-se às vértebras torácicas.
As duas primeiras e por vezes a terceira são flutuantes.
As restantes possuem dois segmentos designados por
costela vertebral e costela esternal;
Com exceção da primeira e última, todas as costelas
vertebrais apresentam oprocesso uncinado.

EXTERNO
Extenso, ossificado, com a face visceral um pouco côncava;
Possui forames pneumáticos, onde bolsas de ar dos sacos
aéreos se incluem no osso.
Na linha média da sua porção externa, apresenta a crista
esternal, carina ou quilha, cuja altura diminui
progressivamente, formando uma extensa área de inserção
dos principais músculos do voo.
A crista é tanto mais desenvolvida quanto mais adaptada ao
voo estiver a ave.
CINTURA ESCAPULAR

Na maioria das aves, a cintura


escapular é completamente
desenvolvida.
Três ossos da cintura
escapular: osso coracóide,
clavícula e escápula;
OSSO CARACÓIDE

É o maior osso da cintura


escapular e é pneumatizado. Tem
uma orientação ventro-caudal e
articula-se ventralmente com o
esterno e dorsalmente forma uma
cavidade glenóide para
articulação com o úmero.
CLAVÍCULA
As duas clavículas, esquerda e direita,
constituem a fúrcula; na zona de união
projeta-se uma pequena apófise que se
relaciona com a extremidade cranial da
crista esternal por um ligamento ou
formando uma união óssea.
O conjunto das duas clavículas tem
como função a contenção dos ombros
para que estes não se aproximem
demasiado durante o voo.

ESCÁPULA
É alongada e plana e situa-se paralelamente à coluna vertebral. A sua extremidade
caudal é delgada e a extremidade cranial, forma com o osso coracóide a cavidade
glenóide para a cabeça do úmero.
CARPO
É composto por dois ossos – carporradial
e carpoulnar –, que se articulam com os
respectivos ossos do antebraço e que
pertencem à fiada proximal do carpo.
A fiada distal está unida aos ossos do
metacarpo.

Álula é o polegar da ave;


METACARPO

O metacarpo é constituído por 3


metacarpianos fundidos em um
único osso;
DEDOS E CITURA PÉLVICA

Os dedos em número são três:


Digito II, que é o maior,
apresentando duas falanges;
Digito III, que é contituído por
uma falange;
Digito IV que é rudimentar e
apresenta uma ou duas
falanges, colocado junto ao
carpo.
DEDOS E CITURA PÉLVICA

A cintura pélvica corresponde ao


osso coxal, que é formado pelo ílio,
ísquio e púbis;
O coxal das aves não forma uma
superfície ventral como nos
mamíferos, apresentando uma
ampla abertura que facilita a
postura dos ovos nas fêmeas.
OSSOS PNEUMÁTICOS
Os ossos pneumáticos são ossos muito
porosos que possuem ar em seu interior;
QUILHA OU CARENA
Está localizado no osso esterno;
Na carena se prendem os músculos que
ajudam no bater das asas;
ADAPTAÇÕES AO VOO
Ossos pneumáticos;
Sacos aéreos;
Ausência de bexiga urinária;
Corpo aerodinâmico;
Corpo revestido por penas;
Membros anteriores modificados em asas;
Presença de carena;
Ausência de dentes;
Olhos protegidos por membranas nictitante.
FÊMUR, TÍBIA E FÍBULA

O fêmur é o osso da coxa e


nas aves é mais curto que o
esqueleto da perna, sendo
cilíndrico e ligeiramente
curvado;
A tíbia é o osso mais longo da
perna;
Na porção lateral da tíbia
existe uma crista para
inserção da fíbula,, a qual não
atinge a extremidade distal.
TARSO E METATARSO

O tarso nas aves não existe;


O metatarso é constituído por
um osso longo, formado pela
união dos metatarsianos II, III,
e IV e pelo elemento tarsiano
DEDOS

As aves domésticas geralmente


tem quatro dedos no membro
pélvico:
Dedo I, tem duas falanges;
Dedo II, tem três falanges;
Dedo III, tem quatro falanges;
Dedo IV, tem cinco falanges.
Pés adaptados para Pés adaptados para
nadar (pato) empoleirar (galinha)

Pé natatório Pé acolimbético
(pato) (pica-pau)
ESQUELETO DA CABEÇA

O esqueleto da
cabeça é formado
pelos ossos do crânio
e da face
CRÂNIO
Occipital

Tem a mesma constituição que Esfenóide

dos mamíferos;
A principal diferença é a ausência
do interparietal e da fusão
precoce do restante dos ossos;
Ossos mais finos;
A cavidade timpânica é
extremamente desenvolvida
assim como as órbitas.
Frontais
Cavidade timpânica
FACE

O osso incisivo e a mandíbula


não possuem alvéolos dentários;
A mandíbula é formada por cinco
porções pares mais uma ímpar,
formando um osso único que
constitui a válvula inferior do bico;
O osso quadrado é particular nas
aves, localizado entre a
mandíbula e o crânio.

1 - Ossos incisivos 14 - Osso angular


9 - Pterigoideu 17 - Supra-angular
10 - Osso quadrado 18 - Osso jugal
12 - Osso quadradojugal 20 - Osso dentário
13 - Osso articular 21 - Maxilares
BICO
O bico das aves é córneo, ou seja, é
constituído por osso e recoberto por
queratina;
Os representantes atuais das aves não
possuem dentes, entretanto algumas
espécies podem apresentar pequenas
projeções ou lamelas.

Lamelas auxiliam na filtração, separando o alimento e as


partículas que não devem ser ingeridas.
Conclusão
O presente trabalho buscou através de pesquisas bibliográficas
apresentar a anatomia das aves, suas especificações e suas curiosidades,
verificou-se que os sistemas das aves não se diferenciam muito dos
mamíferos, apesar de possuírem peculiaridades. A sua osteologia é
desenvolvida para que possibilite o voo, de forma segura e eficaz, através
dos ossos pneumáticos, onde os sacos aéreos se encaixam. Além disso, é
importante salientar que o trabalho contribuiu muito para o aprendizado do
grupo, através das pesquisas e discussão sobre o tema.
REFERÊNCIAS
ROMÃO, Ricardo. Osteologia das aves. Universidade de Évora – Departamento de
Zootecnia. Évora, Portugal. 2011, p. 1-14. Disponível em:
<https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/10410/1/Osteologia%20das%20aves
%2C%20Rom%C3%A3o%202011.pdf>. Acesso em outubro de 2022.

SILVA, Luana Célia Stunitz da. Anatomia das aves domésticas e selvagens. Centro
Científico Conhecer. p. 1-76. Disponível em: <www.conhecer.org.br>. Acesso em
outubro de 2022.
O b ri g a d a p el a ate n ç ão

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