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RELATÓRIO REFERENTE AO ESTUDO DAS

AVES EM GERAL E DAS PECULIARIDADES DA

CURUCACA (Theristicus caudatus)

AMBIRES CECÍLIO MACHADO RIELLA, ZOOCTENISTA, MSc, PhD.

LUIZ HENRIQUE GIL BOLFER, MEDICO VETERINÁRIO.

Curitiba, 05 de Setembro de 2005


1. Introdução

Este trabalho elaborado a pedido da LACTEC (Instituto de Tecnologia

para o Desenvolvimento), aborda um estudo das aves de maneira geral e

descreve algumas peculiaridades da Curucaca (Theristicus caudatus). O

estudo completo e conclusivo será dividido em três etapas sucessivas. Sendo

essa a primeira etapa que abrange a descrição anátomo-fisiológica das aves

de maneira geral, abordando ainda alguns aspectos referentes à análise

biológica morfológica da Curucaca (Theristicus caudatus) tais como: descrição

anátomo-fisiológica, distribuição geográfica do seu habitat, hábitos alimentares

e reprodução.

Na segunda etapa abordaremos o tipo de vôo dos pássaros e finalmente

serão descritos os órgãos da visão e da audição das aves de maneira que

possam ser apresentadas sugestões e alternativas capazes de afugentar as

aves de ambientes onde sua presença seja indesejável.

Na liderança desse trabalho está o Zootecnista Ambires Cecílio

Machado Riella, PhD assessorado pelo Médico Veterinário Luiz Bolfer e

contando com a colaboração de Biólogos especialistas em Ornitologia.


2. Descrição Anátomo-Fisiológica das Aves

Reduzindo ao mínimo a informação zoológica geral, não repetindo o que

costuma constar nos compêndios usuais, selecionamos alguns fatos relativos

às aves do Brasil. Sob análise da morfologia biológica, encarando a função do

organismo, a ave viva, suas múltiplas adaptações ecológicas e seu

comportamento. A morfologia da ave, ao começar pelo seu esqueleto, é

caracterizada por uma uniformidade muito grande (Figura 1 – Anexos).

2.1 – Esqueleto

A aquisição da faculdade do vôo implicou numa redução máxima do

peso dos ossos sem prejudicar a estabilidade do esqueleto. Muitos ossos são

ocos, pneumáticos, resultando daí a surpreendente situação de o esqueleto

poder ser mais leve que o tegumento. O crânio é uma das partes do esqueleto

que mostram nitidamente a economia de substância óssea. Boa parte do crânio

é formada pelo bico, que caracteriza as diversas famílias obedecendo a

relações filogenéticas como a adaptações às técnicas mais variadas para

apanhar a comida.

Considerando as exigências muito grandes de vôo, o tronco ou tórax tem

que ter estabilidade. A estrutura óssea dos membros anteriores, as asas,

corresponde basicamente à dos répteis e mamíferos, sendo que porém os

dedos rudimentares e os ossos da mão fundidos, estabilizando a asa.


Chamamos a atenção para os diversos tipos de pés, caracterizados pela

eventual perda do primeiro artelho e pela orientação dos artelhos em

adaptação ao uso diferente.

A coluna vertebral das aves possui muitas adaptações. As vértebras

cervicais são mais numerosas e variáveis em número do que em qualquer

outro grupo vivente dos vertebrados. Elas também são especialmente flexíveis,

porque possuem superfícies articulares que apresentam a forma de sela nas

extremidades dos centros. As vértebras torácicas anteriores podem realizar

poucos movimentos, mas as vértebras torácicas mais posteriores, assim como

as vértebras lombares, sacrais e caudais anteriores fundem-se para formar a

cintura pélvica. As poucas vértebras caudais livres são comprimidas a as

vértebras caudais distais fundem-se para formar uma estrutura única.

As costelas das aves são achatadas e todas elas, com exceção da

primeira e da última, possuem uma projeção posterior, que se sobrepõe à

costela subseqüente. O esterno é achatado e largo de maneira que seja obtida

uma superfície para fixação dos músculos usados para o vôo (Figura 2 –

Anexos).
2.2 . Sistema Muscular

O sistema muscular das aves difere em muitos aspectos do sistema

muscular da maioria dos vertebrados terrestres. Os músculos da mandíbula e

do pescoço exibem muitas especializações, associadas aos hábitos

alimentares, uso do bico e mobilidade do pescoço.

Os músculos abdominais são pouco desenvolvidos, no entanto, os

músculos das asas são bastante desenvolvidos, especialmente o grande

peitoral, que é um depressor, ou seja, sua contração move a asa para baixo.

Este músculo isoladamente pode representar até um quinto do peso total de

uma ave.

Apesar da redução do número de elementos do esqueleto na

extremidade peitoral, há músculos intrínsecos que estão relacionados com a

pronação, supinação e rotação da asa. Os músculos das asas e dos membros

inferiores, em geral, tendem a se concentrar perto do corpo, inserindo-se

distalmente através de longos tendões.

2.3 – Sistema Circulatório

O sistema circulatório das aves é tão desenvolvido quanto o dos

mamíferos. Há uma separação completa entre o sangue venoso e arterial.

Além disso, o coração apresenta quatro câmaras.


A aorta sistêmica deixa o ventrículo esquerdo e leva sangue para a cabeça

e o corpo. As diferenças limitam-se às artérias carótidas.

2.4 – Sistema Digestório

O aparelho digestório das aves mostra muitas modificações

interessantes, algumas das quais estão associadas à ausência de dentes.

Como não existem lábios, não há glândulas labiais na boca.

Entretanto, as glândulas sublinguais estão presentes. Nas aves

granívoras e carnívoras, existe uma porção do esôfago em forma de saco,

chamado englúvio, que se destina ao armazenamento temporário de alimentos.

Não há glândulas digestórias no englúvio.

O estômago das aves é formado por uma porção glandular anterior que

secreta os sucos gástricos, e uma câmara posterior, muscular e com paredes

espessa chamada moela. É na moela que areia e pequenas pedras, engolidas

pela ave, tomam parte da trituração do alimento.

O intestino delgado é enrolado ou forma alças. A maioria das aves

possui um ou dois cecos, na junção dos intestinos delgado e grosso.


2.5 – Sistema Respiratório

O aparelho respiratório das aves é extremamente eficiente e,

consequentemente, mais complicado do que em outros vertebrados de

respiração aérea. Como nos mamíferos, a glote localiza-se no assoalho

posterior da faringe e abre-se na laringe ou na parte superior expandida da

traquéia.

A laringe nas aves, entretanto, não é um órgão produtor de som, mas

serve para modular os tons que se originam na siringe, que está localizada na

extremidade inferior da traquéia, no local onde se bifurca para formar os

brônquios direito e esquerdo.

A câmara expandida da siringe é chamada de tímpano e, na maioria das

vezes, é rodeada por anéis traqueais e brônquicos. Estendendo-se para o

interior do tímpano, a partir da fusão medial dos brônquios, existe uma

estrutura óssea, chamado péssulos, a que se prende uma pequena membrana

vibratória, chamada membrana semilunar.

O som é produzido pela passagem do ar, proveniente dos brônquios,

através da fendas, formadas por estas membranas timpânicas, no interior do

tímpano, onde se localiza a membrana semilunar. Todas estas estruturas são

providas de músculos siríngicos, cujos movimentos são responsáveis pela

diversidade de sons produzidos. Pode haver até nove pares de músculos


siríngicos em algumas espécies. Algumas espécies de aves como o avestruz e

o urubu não possuem siringe (Figura 3 – Anexos).

Os pulmões são proporcionalmente menores e incapazes de grande

expansão, característica dos pulmões dos mamíferos. Entretanto, são ligados a

nove sacos aéreos, situados em várias partes do corpo. Como a ave não

possui diafragma, a respiração parece ser sincronizada com os movimentos

das asas, durante o vôo (Figura 4 – Anexos).

2.6 – Sistema Urogenital

O sistema urogenital das aves se assemelha em muitos aspectos mais

ao sistema urogenital dos répteis do que ao dos mamíferos. Os rins são

irregulares e proporcionalmente grandes.

Cada rim tem um ureter que se abre na cloaca. Consequentemente a

urina se mistura com o material fecal. O avestruz é a única ave que possui

bexiga.

Os testículos são pares e permanecem na região superior da cavidade

abdominal. Na maioria das aves, o ducto deferente de cada lado abre-se

independentemente na cloaca. Na maioria das aves, o ovários e oviduto direito

tornam-se vestigiais, de maneira que apenas o sistema genital esquerdo é

funcional.
2.7 – Sistema Nervoso

O sistema nervoso central das aves é consideravelmente mais

desenvolvido do que o dos répteis. Os lobos olfativos do cérebro são

extremamente pequenos, sendo responsáveis pelo sentido do olfato,

notavelmente pobre. O cérebro é grande e recobre o diencéfalo e os lobos

ópticos. Entretanto, seu tamanho resulta mais do crescimento do corpo estriado

do córtex cerebral. Os lobos ópticos são excepcionalmente grandes, o que

parece estar relacionado com visão aguçada que as aves possuem.

O cerebelo é maior do que os dos répteis e apresenta fissuras

profundas, apesar de não ser tão grande como nos mamíferos. Como os

mamíferos, as aves também possuem doze pares de nervos cranianos.

2.8 – Órgão dos Sentidos

O epitélio olfativo, na maioria das aves, é relativamente restrito e

confinado à superfície da concha superior. Isto relaciona com o pequeno

tamanho dos lobos olfativos do cérebro e é responsável pelo sentido do olfato

pouco desenvolvido. Mais recentemente foi demonstrado que o Urubu é uma

das únicas aves que possuem um sentido de olfato mais apurado.


Os olhos das aves são extremamente desenvolvidos e

proporcionalmente grandes em relação ao tamanho do corpo.

Uma das características dos olhos das aves é a presença de uma

estrutura parecida com um leque, que se estende até a câmara posterior, a

partir do ponto de emergência do nervo óptico, na retina. A ausência de vasos

sanguíneos na retina é uma vantagem para a visão aguçada. A maioria das

aves é diurna, por esta razão, os cones predominam na retina. Experiências

recentes indicam que as aves são capazes de detectar ondas luminosas de

cumprimento de onda próximas as da luz ultravioleta, que é completamente

invisível para os seres humanos.

Nas aves, falta o ouvido externo. Como nos répteis, existe apenas um

osso no ouvido médio a columela, que transmite as vibrações da membrana

timpânica para o ouvido interno. A cóclea está presente, apesar de não ter

complicada forma espiral encontrada nos mamíferos.

2.9 – Características Especiais

O bico de uma ave é uma modificação curiosa das maxilas inferior e

superior e é utilizado para muitos fins, que incluem, entre outros, a busca de

alimentos, defesa, construção de ninho e alisamento das penas. Por isso, ele

difere grandemente nos diferentes grupos de aves, dependendo de seus

hábitos. O formato do bico reflete os hábitos das espécies. Nas espécies

granívoras, o bico é geralmente forte e cônico e afila-se bruscamente.


Isso facilita não só o apanhar do alimento, como também o descascar de

sementes.

As pernas e pés também variam muito entre as aves. A grande maioria é

revestida de escamas córneas. Assim como os bicos, os pés das aves também

refletem seus hábitos. Nos passarinhos ou aves de poleiro, em geral há três

dedos dispostos para frente e o hálux situa-se para trás. Aves que se agarram

na vertical e aves que nadam possuem conformações de dedos voltados para

frente. Mesmo as unhas mostram certa variação nos diferentes grupos. Na

maioria das aves, elas tendem a ser lateralmente compridas, curvas e

pontudas (Figura 5 – Anexos).

3. A “Curucaca” (Theristicus caudatus)

3.1 – Introdução

O nome vernacular Curucaca é utilizado no Paraná e em Santa Catarina,

embora em algumas regiões deste último a chamem de Carucaca. Mais ao

norte, em Goiás, Mato Grosso e Nordeste, a denominação é Curicaca. O nome

é onomatopéico, embora no dicionário esteja dito que provém do tupi Kuri’

Kaka. Seu nome científico é Theristicus caudatus e pertence à ordem dos

Ciconiformes, família Threskiornithidae. As características principais desta

família são as pernas e pescoço longos, o bico comprido, o habitar em lugares


encharcados, beiras de rios e lagos, e alimentar-se de peixes e outros animais

aquáticos.

Mas a Curucaca é, em muitos aspectos, exceção à ordem. Não habita

lugares encharcados, procura os campos secos, não desce nos banhados, o

que fez com que suas pernas ficassem mais curtas e que se alimentasse de

insetos e outros animais do seco. O bico sim, é comprido chegando a medir 15

cm. Outras aves dessa ordem são o Jaburu, a Garça, o Guará, o Socó e a

Cegonha.

3.2 – Conformação

Possui tamanho avantajado, com cerca de 70 cm de envergadura, sendo

sua coloração geral cinza-escuro para o dorso e abdômen. A cor que

predomina é o cinza claro, no dorso, no ventre e nas penas das asas junto ao

corpo.

A cabeça é ferrugem esmaecendo em direção ao pescoço, tomando um

tom amarelado no peito. Apresenta duas manchas implumes separadas na

garganta, remiges e cauda negra, coberteiras superiores brancas, bico curvo e

preto, pés avermelhados. Não possui dimorfismo sexual externo aparente,

porém nota-se uma maior acentuação da mancha peitoral nos machos.

3.3 – Habitat e Distribuição Regional

A Curucaca ocorre da Colômbia à Terra do Fogo, Andes e em todo o

Brasil em regiões de clima subtropical úmido e com formações vegetais


herbáceas, suportam inverno, época em que são encontrados os maiores

bandos.

A combinação entre mato e campo é que tornou o habitat ideal para a

ave, que passa os dias nas campinas catando insetos e à noite procura árvores

altas para dormirem.

A Curucaca prefere o ambiente campestre primitivo, não gostando muito

de descer nas lavouras estabelecidas em áreas de campo, tendo havido uma

diminuição de exemplares nas regiões onde a agricultura expulsou a pecuária.

Atualmente a Curucaca é mais comum em algumas regiões dos Campos

Gerais e nos Campos de Palmas. Trata-se de uma ave com grande capacidade

de adaptação. Para ilustrar esta adaptação citamos a diferença entre dois

grupos de Curucacas, o que vive nos Campos de Palmas, que pela região

apresentar árvores altas, costuma nidificar em cima dessas árvores e o que

vive nos Campos Gerais onde a rocha típica, o arenito Furnas, pela sua forma

de erosão deu origem a muitos tabuleiros em forma de pequenas cavernas,

fato que levou a curucaca a outra exceção na ordem dos ciconiformes, nidificar

em paredões inacessíveis.

3.4 – Hábitos e Alimentação

A Curucaca é insetívora, apanha gafanhotos, aranhas, centopéias,

lagartixas, cobras e ratos. Podem incluir em sua dieta pequenos camundongos,

rãs, répteis, lacertílios e ofídios. O alimento é encontrado e capturado no solo,

entre a vegetação. Alimenta-se também de térmitas, abundantes em campos,


cuja captura é facilitada pela conformação do bico, podendo penetrar nos

orifícios do cupinzeiro.

Vocalizam regularmente, possuindo sons diferentes para cada situação,

tendo sido notadas emissões em vôo alto, quando estão reunidas em bandos,

sons de vigilância, quando se alimentam nos campos onde sempre uma ave

fica de vigia, sons produzidos entre indivíduos de um mesmo bando como se

fossem uma “conversa”, sons emitidos por surpresa ou espanto, sons emitidos

por ocasião do acasalamento e nidificação. Em todos os casos citados, há

variação na notas e na entonação do som emitido.O timbre é semelhante ao de

uma galinha-d’angola.

Essas aves são encontradas normalmente aos bandos ou aos pares.

Um número máximo de 50 indivíduos foi observado fora do período de

reprodução. Ao aproximar-se do período reprodutivo, as aves se separam em

casais e normalmente assim são encontradas.

Com algumas exceções, observam-se bandos de seis a oito indivíduos,

diminuindo com a intensificação do período de incubação e cuidado com os

filhotes.

3.5 – Reprodução, Nidificação e Ninhos

As Curucacas nidificam em três locais distintos, bastante protegidos,

dificultando o acesso de predadores. Foram encontrados ninhos dentro e

capões, em árvores altas (próximo a copa), em fendas abaixo do nível do solo


em formações rochosas que afloram nos campos e em saliências e ocos de

rochas altas isoladas.

Foi notada uma variação muito grande em relação à época de postura,

alguns casais iniciaram-na no mês de julho, abandonando, porém os ovos e

fazendo nova postura em outubro. A postura de uma maneira geral inicia-se no

mês de setembro prolongando-se até dezembro. No período de outubro a

novembro, é possível encontrar filhotes com idades diferentes, o que sugere a

variância na época de postura. A cada ano, a ave pode aproveitar o mesmo

local para postura, algumas vezes só retoca o antigo, outras empurram para

fora os gravetos velhos e constroem novo ninho. Às vezes no mesmo ano o

ninho é utilizado em duas oportunidades.

Os ninhos são volumosos, de forma arredondada, irregular, feitos de

gravetos de diferentes tamanhos, entrelaçados ate formarem uma base firme, e

revestidos por folhas gramíneas.

3.6 - Filhotes

As variações entre indivíduos seguem uma ordem cronológica com

alteração na plumagem, tamanho e comportamento. Filhotes com três dias de

idade apresentam corpo arredondado, revestido de plumagem branca,

deixando aparecer à epiderme rosada, bico e pés negros. Permanecem

imóveis no ninho, a cabeça caída ao lado quando estão dormindo, ou em

posição normal.
Já com quinze dias de vida, evidencia-se um aumento no tamanho,

apresentam revestimento escapular e coberteiras de cor cinza, encimadas por

penugem, o restante do corpo revestido de plumagem branca. Com vinte e um

dias de vida a coloração muda para marrom acinzentada. Iniciam o

aparecimento de penas definitivas no pescoço e cabeça. O bico torna-se preto

com a ponta azulada. Com cinqüenta dias de vida os filhotes já apresentam

plumagem completa, porém desbotada em comparação com a dos adultos.

Porte e tamanho quase normal. Movem-se em pé pelo ninho, saltando e

levantando as asas. Em dez dias os filhotes devem deixar o ninho.


4. Anexos
5. Referências Bibliográficas

NETO, P.S. Aspectos Bionômicos e Desenvolvimento e Theristicus


caudatus. Dusenia, 13(4): 145-149, 1982.

LOPES, J,C,V. Curucaca. Edição Comemorativa de 80 anos de Fundação do


Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. 1981.

ORR, R.T, AVES. Biologia dos Vertebrados. Roca, São Paulo, Sp, 1986.

SICK, H. Ordem Ciconiformes. Ornitologia Brasileira. Nova Fronteira, Rio de


Janeiro, RJ, 1997.

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