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Fisiologia e Anatomia

Aves e Mamíferos
Aves
Característica mais notável das aves atuais
Adaptações das Aves para o voo

A presença de penas é uma característica que permite a qualquer


pessoa reunir as aves atuais em um grupo distinto dos outros
vertebrados.
Adaptações das Aves para o voo

Penas

As penas são estruturas da epiderme altamente


especializadas que evoluíram das escamas presente
nos répteis

4% a 12%
Adaptações das Aves para o voo

Penas

O corpo das aves encontra-se coberto por seis tipos de


penas: penas de contorno, semiplumas, filoplumas,
plumas, plumas de pó pulviplumas e as cerdas.
Adaptações das Aves para o voo

Asas

As aves possuem os membros anteriores transformados


em asas, utilizadas para impulsionar o voo ou planar, na
maior parte das espécies.
Adaptações das Aves para o voo

Ausência de bexiga urinária:

As aves não possuem bexiga urinária. Sendo assim, não


armazenam urina. Isso diminui o peso das aves durante o
voo.
Adaptações das Aves para o voo

Esqueleto:

As aves possuem grande parte do esqueleto formado por ossos ocos, chamados de
ossos pneumáticos. Estes ossos possuem baixa densidade, o que diminui o peso
das aves, facilitando o voo. Nas aves que voam, o externo apresenta uma
expansão, chamada de quilha ou carena. Esta expansão serve para o ancoramento
dos fortes músculos peitorais necessários para o batimento das asas.
Adaptações das Aves para o voo

Sacos aéreos:
Além de todas as estruturas já descritas observam-se nas aves a presença de
sacos aéreos os quais tornam o corpo do animal mais leve, fornecem um fluxo de
ar unidirecional através dos pulmões e por posicionar a ave mais dorsalmente
tendem a abaixar o centro de gravidade, aumentando desta maneira a
estabilidade no vôo.
Glândulas

As aves, diferentemente dos mamíferos, não possuem


glândulas sudoríparas (sudoríferas), pois as penas cobrem uma
área tão extensa no corpo que tais 3 glândulas seriam
ineficazes em sua função.
Bico
Possui uma base óssea coberta (FIGURA 3) por uma
lâmina de queratina, esta denominada de
ranfoteca (FIGURA 4). A lâmina de queratina do
bico superior é denominada de rinoteca e do bico
inferior é chamada de gnatoteca.
Bico
Bico
Dimorfismo sexual
Pés e Unhas

Os pés da maioria das aves encontram-se


adaptados para permitir o empoleiramento ou
agarrar presas.

As unhas das aves consistem em um revestimento


rígido derivado das escamas especializadas de
cada dígito. E também possuem um crescimento
contínuo, tal como o bico
Os pés também apresentam várias modificações
Fluxo de Ar

As aves precisam de dois ciclos de respiração para


movimentar um volume de ar através de seu sistema
respiratório
ÓRGÃOS SENSORIAIS

Visão

Os lobos ópticos ocupam a maior parte do mesencéfalo e uma


grande parte do crânio das aves encontra-se voltada para
acondicionar e proteger os globos oculares. Justamente por ser
a visão o sentido mais apurado e altamente desenvolvido nas
aves. O formato dos olhos é determinado pelas órbitas e ao
contrário do observado em mamíferos, nas aves podem-se
observar de diferentes tipos,
ÓRGÃOS SENSORIAIS

Visão

O posicionamento dos olhos também varia entre as


mais diversas espécies aviárias, parecendo estar
correlacionado aos seus hábitos alimentares
ÓRGÃOS SENSORIAIS

Visão

•Visão monocular: significa que cada olho está focado


em um objeto diferente a qualquer momento específico, e
isso é normal para papagaios e pombos;

Visão binocular: significa que os dois olhos se


concentram no mesmo objeto ao mesmo tempo e o
movimento dos olhos é coordenado – esse é o tipo de
visão em que aves predadoras
ÓRGÃOS SENSORIAIS

Visão

Os pássaros são tetracromatas


ÓRGÃOS SENSORIAIS

Audição

A estrutura do ouvido das aves é mais simples, porém


com excepcional habilidade acústica quando
comparada a dos mamíferos.

A orelha localiza-se 72 lateralmente à cabeça, atrás e


discretamente abaixo dos olhos. Consiste em três partes:
a externa, média e interna
ÓRGÃOS SENSORIAIS

Audição
ÓRGÃOS SENSORIAIS

Olfato

Os passeriformes e os rapinantes possuem o olfato bastante limitado.

Cathartes Coragyps Sarcoramphus


sistema circulatório

"coração com quatro cavidades


(dois átrios e dois ventrículos)

"circulação é fechada“
Dupla
Completa
Rheiformes (Ema) e Struthioniformes (Avestruz, Emu e
Casuar)

A ema é a maior e mais pesada ave da América do


Sul, chegando a atingir 1,7 m de altura e podendo
pesar até 45 kg. Não voa, mas tem excelente
capacidade para correr, podendo atingir até 60
km/h.

O casuar é encontrado no norte da Austrália, na


Nova Guiné e em ilhas adjacentes, isolado ou em
grupos pequenos. É uma espécie selvagem, sem
relatos de criação comercial.
O emu vive principalmente nas planícies semiáridas
da parte oriental da Austrália e Tasmânia Vive em
pequenos bandos, passando a maior parte do dia à
procura de alimento

O avestruz (Struthio camelus), pertencente à família


Struthionidae, é a maior ave do mundo, cuja origem data
do período Cretáceo. É a única espécie sobrevivente
desta família, que compreendia doze espécies, metade
destas descritas somente por fósseis
Anseriformes (Marreco, Pato e Ganso)
Accipitriformes, Falconiformes e Strigiformes
(Gaviões, Águias, Falcões e Corujas)
Psittaciformes (Araras, Papagaios, Periquitos,
Calopsitas e Cacatuas)

Os Psittaciformes são aves extremamente populares


por sua natureza sociável, inteligência, coloração
exuberante e capacidade de imitar sons, o que os
torna, de modo geral, as aves mais frequentemente
mantidas como animais de estimação no mundo.
Passeriformes (Canário, Sabiá, Pássaro-preto e
Trinca-ferro)

Os Passeriformes compreendem a ordem de aves


mais abundante, com 5.739 espécies em todo o
mundo, mais da metade das espécies de aves
descritas, distribuídas em aproximadamente 45
famílias 1,2 . No Brasil, estão catalogadas 1.064
espécies de Passeriformes, distribuídas em 38 famílias
Mamíferos
Filo Chordata

Classe Mammalia

"Atualmente, são conhecidas mais


de 5.300 espécies, dentre as quais
se inclui a espécie humana."
Características exclusivas dos mamíferos

Corpo coberto por pelos

Glândulas sudoríparas, odoríferas, sebáceas e


mamárias

Heterodontes (variam em forma e função)

Diafragma
Características exclusivas dos mamíferos

Corpo coberto por pelos

Os pelos nos mamíferos têm a função de


proteção e também de isolante térmico,
mantendo a temperatura do corpo
sempre constante.
Características exclusivas dos mamíferos

Dois tipos de pelos formam a pelagem dos mamíferos

Pelos lanosos internos


Cobertura longos e mais externos
Características exclusivas dos mamíferos

● Pelos sensoriais: vibrissa


vibrissas são órgãos táteis, com muitos nervos e células
sensoriais que ajudam a detectar as vibrações do
ambiente.

Noção espacial
Equilíbrio
Visão em curtas distâncias
Proteção dos olhos
Características exclusivas dos mamíferos

Glândulas sudoríparas, odoríferas, sebáceas e


mamárias

Sudoríparas: do tipo écrina (secreta substância


aquosa na superfície da pele que, com a
evaporação, causa resfriamento superficial)

Apócrina: são maiores e menos frequentes. Elas são


encontradas nas axilas, aréolas mamárias e na
região genital e anal. Estão relacionadas às raízes
dos pelos.
Características exclusivas dos mamíferos

As glândulas sebáceas produzem uma secreção,


denominada de sebo, que é rica em lipídios. É essa
substância que garante a lubrificação da pele, evita o
ressecamento de pelos e impede a perda de água de
maneira excessiva.
Características exclusivas dos mamíferos

Odoríferas: presentes em todos os mamíferos.


Servem para atração de parceiros, demarcação de
territórios, alarme e defesa (ex. gambá).

Localização: entre dedos, próximo aos olhos,


pescoço, cauda ou na região anal.
Características exclusivas dos mamíferos

Mamárias:

glândulas apócrinas modificadas que ocorrem em


fêmeas e em machos (rudimentar). Desenvolvem-se
na puberdade e adicionalmente na gestação.
Produzem leite para nutrição dos recém-nascidos.
Características exclusivas dos mamíferos

Heterodontes

Presença de dentes difiodontes (dentes


de leite ou decíduos que são substituídos
por dentes permanentes).

Heterodontes (variam em forma e


função.
Características exclusivas dos mamíferos

Diafragma

“Outra característica importante dos mamíferos é a


presença de um músculo que divide o tórax e
abdome chamado de diafragma.

Os movimentos de elevação e abaixamento desse


músculo são essenciais para a ventilação dos
pulmões.

*Vídeo
Características mamíferos

Reprodução

Maioria dos mamíferos têm estações reprodutivas definidas,


que coincidem com épocas favoráveis para a criação dos
filhotes.
Características mamíferos

Reprodução

Sexos separados, órgãos reprodutivos constituídos


por pênis, testículos (frequentemente com escroto),
ovários, ovidutos e vagina.
Características mamíferos

Reprodução

Os mamíferos são classificados em três subclasses:


Prototheria (monotremados), Metatheria (marsupiais) e
Eutheria (placentários).
Características mamíferos

Reprodução

Monotremata

Equidna

Ornitorrinco
Características mamíferos

Reprodução

Marsupiais

começo do desenvolvimento embrionário ocorre no útero.


Após alguns dias, os fetos prematuros saem e rastejam
até o marsúpio onde se prendem a um mamilo para a
sucção de leite até completarem seu desenvolvimento.

As fêmeas possuem um sistema reprodutor duplo, com dois


úteros e duas vaginas laterais.
Características mamíferos
Características mamíferos

Reprodução
Placentário
Este método reprodutivo, embora implique a
produção de um menor número de descendentes,
permite um grande sucesso pois aumenta
grandemente as probabilidades de sobrevivência
dos descendentes.
sistema digestório

“Sistema digestório dos mamíferos é completo. Nos


ornitorrincos e nas equidnas, ele inicia-se no bico e
termina na cloaca, diferentemente das outras
espécies, em que se inicia na boca e termina no
ânus.

Especializações alimentares
Insetívoros (tamanduá )
Carnívoros (Onça)
Herbívoros (Pastejadores e Roedores)
Ruminantes (Bovinos)
Fermentadores com cecos (Cavalo)
Omnívoros
Especializações alimentares

Ruminantes Fermentadores com cecos


Sistema Respiratório

S. Respiratório com pulmões contendo alvéolos,


caixa vocal (laringe), osso secundário no palato
separa o ar do canal alimentar, presença do
músculo diafragma que separa a cavidade torácica
da abdominal;
sistema circulatório

"coração com quatro cavidades


(dois átrios e dois ventrículos)

"circulação é fechada“
Dupla
Completa
Didelphimorphia (Gambá e Cuíca)
Carnivora – Canidae (Cachorro-do-mato, Cachorro-
vinagre, Lobo-guará e Raposa-do campo)
Cetacea (Golfinhos e Baleias)

Os cetáceos têm corpos alongados e


hidrodinâmicos. Os membros torácicos, ou
nadadeiras peitorais, têm formato de remos e são
usados para direcionar os movimentos, enquanto a
nadadeira caudal é utilizada para propulsão
Primates – Primatas do Novo Mundo (Sagui,
Macaco-prego, Macaco-aranha, Bugio e Muriqui)

Primates – Primatas do Velho Mundo (Babuíno,


Mandril, Chimpanzé e Orangotango)
Fator Rh
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

A contenção é o momento de maior estresse na vida de um


animal silvestre podendo acarretar reações potencialmente
fatais.

 Superagudo (fibrilação ventricular, bradicardia colinérgica, anóxia, hipoglicemia e traumas)

 Agudo ou mediato (insuficiência adrenal, timpanismo, acidose, hipo ou hipertermia...)

 Tardio (miopatia de captura (dificuldade na marcha, rigidez e dor à palpação nos membros),
 pneumonia aspirativa e choque)
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Fatores importantes para um


manejo correto

Levar em consideração que existem vidas em


jogo
Não subestimar os animais
Rapidez e objetividade
Reduzir ao máximo o stress do animal
Certeza do que esta preste a fazer
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

A escolha do método de contenção para animais


CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

CONTENÇÃO FÍSICA

É caracterizada como sendo a abolição mecânica dos movimentos, de


modo que o animal permaneça suficientemente contido para permitir a
intervenção dos procedimentos veterinários necessários com, por
exemplo, efetuar exames clínicos, coleta de material para exames
laboratoriais e vacinação (Diniz, 1997; Mangini, 1998; Pachaly, 2002;
Junior, 2006).
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Equipamentos para a contenção física de animais


selvagens

A indicação e utilização de equipamentos especiais para a contenção


física dos animais selvagens varia de acordo com os diversos grupos
taxonômicos (répteis, aves, mamíferos), idade e peso do animal a ser
manejado.
 Contenção serpentes

 Mecanismos de defesa:
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Equipamentos para a contenção física de animais


selvagens
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Equipamentos para a contenção física de animais


selvagens
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Equipamentos para a contenção física de animais


selvagens
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Equipamentos para a contenção física de animais


selvagens
 Tubo Transparente
Répteis - Crocodilianos

• Contenção de crocodilianos

– Mecanismos de defesa:
Répteis - Crocodilianos

 Etapas da contenção de crocodilianos:


Répteis - Crocodilianos

 Etapas da contenção de crocodilianos:


Répteis - Crocodilianos

 Etapas da contenção de crocodilianos:


Répteis - Crocodilianos

 Etapas da contenção de crocodilianos:


Répteis - Crocodilianos

 Etapas da contenção de crocodilianos:


Répteis - Quelônios
 Contenção de quelônios:
 Mecanismos de defesa:
Répteis - Quelônios

 Método para contenção de quelônios:


Répteis - Quelônios
 Contenção inadequada:
PUÇÁ
CONTENÇÃO MANUAL
CONTENÇÃO MANUAL

Animais pequenos
CONTENÇÃO INADEQUADA
AUTOTOMIA
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Equipamentos para a contenção física de animais


selvagens
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

TRANSPORTE DE ANIMAIS SELVAGENS

Para se realizar o transporte de animais selvagens com sucesso deve-se


ter em mente o termo preparação. Há necessidade de esquematizar o
padrão de captura do animal, sempre considerando as características
de resposta ao estresse da espécie e do individuo em questão.
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Tais animais independentemente do seu tamanho,


defendem-se principalmente pela mordida e, no
caso do gorila e chimpanzé, também por socos e
compressões.

Representação de uma contenção física de um


primata imobilizando seus membros torácicos e
pélvicos
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Xenarthras = englobam os tamanduás, preguiças e


tatus e por não apresentarem muitos dentes, à
exceção dos tamanduás que não apresentam
nenhum dente, podem ser enquadrados como
animais fáceis de conter, mas jamais devem ser
subestimados.
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Lagomorfos = neste grupo encontram-se os coelhos e as


lebres considerados também como roedores e apresentam
os dentes incisivos que possuem certo perigo durante a
manipulação (Werther, 2004). Além disso, ainda possuem
comportamento semelhante a coice quando contidos.
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

A contenção tem como objetivo controlar os


movimentos da ave para poder manipulá-la e, ao
mesmo tempo, proteger as pessoas de possíveis
lesões causadas por bicos, garras, vômitos etc.

No que tange às características anatômicas de tais


animais é fundamental ter em mente que não
possuem diafragma funciona
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

O crânio articula-se por um único codilho occipital


com a primeira vertebra cervical

A Contenção apenas pela cabeça, sem apoio para


o restante do corpo, pode resultar em morte por
deslocamento cervical.

Risco de bicadas e lesionar os anéis cartilaginosos


da traqueia e sufocar a ave.
CONTENÇÃO E CAPTURA DE ANIMAIS SILVESTRES E EXOTICOS

Psitaciformes = os psitaciformes podem bicar e


machucar as mãos de quem os contém de forma
inadequada

Passeriformes = aves pequenas como os


passeriformes em geral podem ser contidos sem
maiores equipamentos
• Manejo de contenção

– Quando faze-lo?
– Quando não faze-lo?

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