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A Evolução dos Mamíferos

Juliana Valger
Paola Segatto
Marcela Leite
Samira Valadares
Sônia Mª de Jesus
Os Sinapsideos ( mamíferos e seus predecessores – repteis
similares a mamíferos) tiveram sua primeira radiação
(pelicossauro) e uma porção significativa de sua segunda
radiação (terapsideo) na era Paleozóica. A terceira radiação
dessa linhagem (mamíferos) não atingiu seu pico na era
Cenozóica.

Todavia, durante o final da era Paleozóica e o inicio da


Mesozóica, a linhagem dos Synapsida tornou- se mais similar
aos mamíferos e estes, junto aos dinossauros, apareceram no
final do Triássico.
Uma característica notável da
evolução dos Synapsida foi a
aquisição de endotermia.
No registro fóssil é possível
observar os tipos de alterações
estruturais nos esqueletos dos
Sinapsídeos, as quais devem
acompanhar uma forma cada
vez mais ativa de locomoção e
de forrageio. Os três grupos
de mamíferos viventes
( monotremados, marsupiais e
eutérios) evoluiu no final da
era Mesozóica, sendo
acompanhados por diversos
grupos de mamíferos extintos.
A linhagem dos sinapsídeos cruzou uma fronteira fisiológica
conforme os animais se moveram da ectotermia para a
endotermia; e tal alteração foi acompanhada por
modificações na ecologia e no comportamento.

A fisiologia, a ecologia e o comportamento não são


fossilizados diretamente; mas algumas modificações que
estavam ocorrendo no metabolismo, na ventilação e na
locomoção podem ser traçadas, indiretamente , por meio de
alterações no crânio e no esqueleto axial.
Os mamíferos atuais são caracterizados por dois traços
marcantes: pêlos e glândulas mamarias. Outro traço típico é a
viviparidade (dar a luz a um jovem ao invés de botar ovos).
Entretanto esta não foi uma característica dos primeiros
mamíferos, pois alguns mamíferos primitivos viventes , os
monotremados ainda botam ovos.
Mamíferos modernos possui uma
glândula associada ao olho,
chamada de Glândula harderiana.
Essa glândula secreta uma
substancia oleosa que viaja pelo
ducto nasolacrimal até o nariz.
Onde pode ser coletada pelas
patas. Essa secreção é utilizada
para vedar o pêlo, criando uma
barreira lipídica ao frio e a
umidade, provavelmente uma
característica crucial para a
proteção do pêlo de um pequeno
mamífero.
A presença de uma glândula harderiana é refletida no crânio e
no registro fóssil mostra que ela esteve presente em todos os
cinodentes. Mas ela estava presente no Morganucodon, uns dos
primeiros mamíferos conhecidos. Isso, sugere que a cobertura
dos pêlos era uma característica dos primeiros mamíferos.
Locomoção e Evolução da Postura Ereta
Os primeiros tetrápodes devem ter se movido por meio de ondulações
laterais do tronco, como fazem as salamandras e os lagartos atualmente.
O movimento lateral da caixa torácica do lagarto empurra o ar do pulmão
para o outro, interferindo no fluxo de ar, para dentro e para fora da boca.
A solução imediata para este problema é criar um meio de locomoção
que permite que o tronco seja mantido rígido, sem se curvar, envolvendo
na propulsão, ao invés dele membros.
Os terapsídeos resolveram esse problema
adotando uma postura ereta.
Refinamentos maiores chegaram com os
mamíferos verdadeiros, os quais tinham
a capacidade de flexão dorso-ventral na
coluna vertebral ( possível somente após
a perda ou a redução das costelas
lombares). Essa perda de costelas pode
estar associada com aquisição de um
diafragma muscular. Mamíferos viventes
utilizam o diafragma para inalar ar para
os pulmões. A postura característica de
mamíferos tério derivados permite que a
respiração e a locomoção funcionem
juntos de forma sinérgica, ao invés de
conflitante. Os movimentos inerciais da
vísceras, modulados pelas contrações do
diafragma, ajudam a forçar o ar pra
dentro e para fora dos pulmões, a cada
deslocamento postural.
Regiões Nasal e do Palato dos mamíferos
Existe outras diferenças
fundamentais entre os mamíferos
viventes e os repteis na boca e na
região da faringe. O palato
secundário dos mamíferos, visto
também nos cinodontes, separa
completamente as passagens
nasais da boca. Essa estrutura
indica uma taxa metabólica mais
alta em uma variedade de formas,
ela reflete tanto um aumento do
processamento oral do alimento
quanto a necessidade de comer e
de respirar ao mesmo tempo.
Características dos primeiros mamíferos
Os mamíferos mais antigos conhecidos incluem o Morganucodon do
ínicio do Jurássico e o Megazostrodon .
A maioria das informações de mamíferos vem dos seus dentes. Com
seu tamanho diminuto, seus frágeis ossos geralmente não são
preservados, mas seus dentes, duros e cobertos por esmalte,
fossilizam com mais freqüência.
O Morganucodon e os primeiros mamíferos, similares,
possuíam um desgaste em seus dentes que indicava a
oclusão precisa, e eles também apresentavam mandíbulas
anisognatas que se movimentavam lateralmente. Assim, eles
utilizavam o mesmo padrão mamífero básico de movimento
de mandíbula. Já que os mamíferos tem apenas dois
conjuntos de dentes em sua vida, eles devem ser duráveis;
dentes com esmalte primático durável são uma característica
distintiva dos mamíferos.
Há também algumas características
da anatomia dos tecidos moles dos
primeiros mamíferos por meio de
comparação entre monotremados e
alguns mamíferos viventes mais
derivados, os térios ( marsupiais e
eutérios)

Os monotremados tem a orelha mais


primitiva que as dos térios. A cóclea, na
orelha interna, não é altamente enrolada e
não possuem uma aurícula, ou orelha
externa. Assim, os primeiros mamíferos
também não possuíam orelha externa,
mesmo que isso os faça parecer não-
mamlianos nas reconstruções.
Embora os monotremados produzam leite, sua glândulas
mamarias não apresentam mamilos, de forma que tal estrutura
também deveria ser ausente nos primeiros mamíferos. Os
monotremados, embora endotérmicos, possuem uma taxa
metabólica mais baixa que as do tério, não possuem glândulas
sudoríparas suficientes e não são bons quanto ao resfriamento
por evaporação; os primeiros mamíferos eram provavelmente
similares.

Entretanto os monotremados
não são bons exemplos para
deduções acerca do
comportamento e da ecologia
dos primeiros mamíferos.
Os primeiros mamíferos, como os marsupiais e eutérios
insetívoros atuais, eles eram, provavelmente, noturnos e
solitários em seu comportamento, com ligação entre mãe e filho,
sendo a única relação social forte.
Crânios preservados mostram, que os primeiros mamíferos
tinham lobos olfatórios, indicando a importância do sentido do
cheiro, e hemisférios cerebrais maiores.
Lactação e Amamentação
As glândulas mamaria não podem ser especificamente derivadas
quaisquer outras glândulas especializadas da pele, observadas n os
mamíferos viventes. Entretanto, elas parecem ser bem semelhantes ao
tipo de glândula associada com o pêlo. Portanto, elas, provavelmente,
tinham a capacidade de secretar quantidades pequenas de materiais
orgânicos, como fazem as glândulas sebáceas atualmente.

Uma sugestão para evolução da


lactação é de que essas
glândulas, originalmente,
secretavam substâncias
sinalizadoras aos filhotes, para
que reconhecessem a mãe e
para que ficassem próximos.

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