Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Os continentes América do Sul, África, Ásia, Antartica, Austrália e Índia foram uma vez
uma única massa junta no hemisfério sul chamada Gondwana. Cerca de 100 milhões de anos
atrás a América do Sul começou a se separar da África, se movendo primeiramente para oeste.
Não havia evidências geológicas convincentes de que a América do Sul tivesse uma contia
massa de terra com outro continente até cerca de 3 milhões de anos. O local do antigo cocho
boliviano é a saída, denotando a histórica fronteira entre duas biotas. O Grande Intercâmbio foi
reconhecido primeiro por Wallace (1.876), mas isso foi tomado por outro século de intensos
estudos de paleontologia por Ameghino, Mattew, Scott, Petterson, Simpson, Webb para
esclarecer padrões de dispersão. Somente na última década, ainda assim, que maior precisão em
datação de sedimentos contendo taxas de intercâmbio forneceu um tempo firme para vários
aspectos do evento. Agora é possível acessar o intercâmbio em detalhe, e analizar o tempo e o
modo de dispersão e a taxa de extinção e originação do sucesso da fauna através do tempo.
Como resultado, O Grande Intercâmbio representa o melhor exemplo de fóssil documentado da
miscigenação da fauna de dois continentes separados.
Pelo tempo do intercâmbio, a classe mamífera do Norte e do Sul das Américas tem
histórias distintas que incorporaram suas caracteristicas e composições taxonomicas. Durante o
Cenozóico, a América do Norte se conectou com a Europa uma vez e em múltiplas ocasiões com
a Ásia via Estreito de Bering resultando na recorrente adição de táxons do Novo Mundo.
Quando o Grande Intercâmbio Americano começou, a classe dos mamíferos norte
americano foi parte do vasto reino Holartico, e muitas famílias e gêneros ocorreram
simultaneamente na América do Norte, Ásia, Africa e Europa. Os táxons presentes na América
do Norte no início do intercâmbio eram sobreviventes de muitos intercâmbios anteriores testados
repetidamente pelos imigranteso e tentada pelos imigrande do Velho Mundo.
Pelo contraste, a América do Sul na maior parte do período Cenozóico foi uma ilha
continental, como a Austrália é hoje. Como resultado, a classe dos mamíferos do sul americanos
envolvidos em um mundo deles mesmo, generos, famílias e muitas ordens (nativas e endêmicas),
sendo encontradas lá e não mais em outros lugares. Quando o Grande Intercâmbio americano
começou, a classe dos mamíferos da América do Sul entrou em contato com grande fluxo de
potenciais competidores e predadores pela primeira vez em sua história. Os táxons da América
do Sul se dispersaram para a América do Norte, onde pela primeira vez imigrantes, entrando em
uma fauna que já conhecia inúmeras invasões anteriormente.
Uma breve olhada na história dos mamíferos da América do Sul permite a identificação de
algumas consequências diretas do intercâmbio, como opostas a mudanças que foram inevitáveis
ou relacionadas a tendências começadas antes. As restrições impostas aos padrões da dispersão
pelo status da América do Sul como "ilha continental" nos permite distinguir três estratos
principais dos mamíferos:
Estrato 1: Consiste nos grupos presentes na América do Sul ou logo antes de começar o
Cenozóico. Incluindo marsupialia, proteutheria, pantodonta, condylarthra e notoungulata que
foram os primeiros registrados em rochas do Cretácio Inferior, e xanarthra, xenungulata,
astralopteria, pyrotheria e lypterna que foram encontrados primeiros em rochas do antigo e
médio Paleoceno na Argentina e Brasil. Há muitos debates quanto ao fato de alguns ou todos
desses grupos envolvidos na América do Sul estabilizados no Mezozóico ou se chegaram lá por
outro lugar (África, América do Norte ou Austrália) logo antes ou simultaneamente com suas
primeiras aparições nesse continente. O caso é que o grupo do estrato 1 foi o primeiro a se radiar
e encher a classe dos mamíferos e zonas adaptativas da América do Sul no Cenozóico Inferior.
Durante os avanços glaciais nas regiões temperadas e altos trópicos, baixas latitudes na
área equatorial, se tornaram seco e fresco, mudando de floresta tropical úmido em refúgio.
Durante o recuo da era glacial, assim como é hoje, a distyribuição da savana consiste na
disjunção de habitats. No avanço glacial, contudo, esses habitats são unidos por um corredor ao
longo do lado leste dos Andes. Esse corredor de norte a sul permitiu a dispersão dos animais da
savana.
Muitas populações da América do Sul hoje estão restritas a disjunção da savana, e uma
situação familiar encontrada na América Central e norte da América do Sul, onde algumas
espécies são restritas às savanas que estão separadas entre si por 1.700Km.
Para avaliar o relativo sucesso ou fracasso das espécies norte e sul americanos no intercâmbio,
precisamos ter em mente: primeiro precisamos distinguir os verdadeiros dispersantes, isto é, os
que são representados pelo mesmo táxon ou táxon irmão em seu continente nativo pelos seus
pseudodispersantes que são derivados dos verdadeiros dispersantes.
Dos membros das famílias da América do Sul que caminharam para a América do Norte, todos
os 38 podem ser. Quando a diferença no tamanho da fauna de origem é levada em conta e apenas
os verdadeiros dispersantes são levados em conta, mais táxons dispersaram para a América do
Sul do que para a América do Norte.
Diversificação
Essa divisão não é utilizada por todos, sendo que muitos adotam a separação em dois
períodos denominados Paleógeno e Neógeno. Segundo a União Internacional de Ciências
Geológicas, podemos dividi-lo em Paleógeno, Neógeno e Quaternário.
Morfologia
Crânio e mandíbula
Outras modificações incluem: articulação do crânio com a coluna vertebral feita através
de côndilos occipitais duplos.
O processo de ossificação nos mamíferos é diferente dos répteis, especialmente nos ossos
longos. Nestes últimos, as extremidades articulares(epífises) permanecem cartilaginosas durante
toda a vida. Nos mamíferos as epífises são ósseas e estão ligadas à parte média do osso(diáfise)
por uma camada de cartilagem(metáfise) que, à medida que o animal se torna adulto, é
substituída por osso.
A diversidade de hábitats e hábitos entre os mamíferos se reflete também nos ossos das
extremidades. Dentro de um padrão muito constante, manifestam-se notáveis variações
morfológicas em resposta a adaptações locomotoras aos diferentes meios.
A postura primitiva das patas dos mamíferos corresponde à condição plantígrada, na qual
toda a sola dos pés se apoia sobre o solo, e todo o esqueleto do pé suporta o peso do corpo.
Especialmente os corredores suportam seu peso apenas sobre as falanges, em uma postura
chamada digitígrada. E aonde o peso do corpo é totalmente suportado pela falange distal são
chamados de ungulígrado.
O sistema dentário
Existe em mamíferos uma dentição de leite substituída uma única vez, dando lugar à
dentição permanente do adulto, esta condição é conhecida como difiodontia.
O táxon Metatheria foi cunhado para abrigar os marsupiais e seus presumíveis parentes
extintos, os Deltatheroidea e Asiadelphia. Ainda que em sua história evolutiva os marsupiais
tenham sido ofuscados pelos placentários, eles persistiram e durante o Cenozóico
experimentaram diversas radiações na América do Sul e na Austrália, onde ainda predominam
(Rose,2006). No entanto, no Cretáceo Superior, eram exclusivos da Eurásia e da América do
Norte, e essa mudança geográfica ainda se mantém inexplicada (Cifelli& Davis, 2003).
Estudos recentes sugerem que os Xenartra e Polidontamorpha não são grupos irmãos o
que contradiz uma teoria, desde Simpson 1945, que diz que os dois eram agrupados em Edentata.
Os Xenarthra incluem as preguiças (Pilosa), os tamanduás (Vermilíngua), tatus e gliptodontes
(Cingulata), que evoluíram isoladamente até o Plioceno, e tem formas predominantes sul-
americanas.
Uma característica única entre este grupo é um tipo de zigapófise extra nas vértebras
lombares, que pode estar associada ao hábito de escavar ou suportar uma carapaça pesada, ou até
mesmo para as preguiças terrículas sustentar seu peso em posição quase vertical.
Sua dentição quando presente são prismáticos ou cilíndricos , sem cúspides,
hipselodontes, não apresentam raiz nem esmalte.
Em destaque também nota-se a fusão dos ossos da pélvis com o sacro, formando o sinsacro, e
também um aponte óssea na escápula. Não apresentam canal medular nos ossos longos que são
achatados.
Entre os Pilosa o caminhar é característico, como se apoiar na parte lateral das mãos, e
uma torção parcialmente notável do pé para o lado interno.
Nos Cingulatas é característica a presença de uma carapaça, constituída de ossos
dérmicos, e podem ser cobertos por escamas córneas. Pode não ser completamente dura, a
armadura, em alguns tatus. E alguns gêneros de preguiça terrícula extintos, Possuíam um
exoesqueleto.
Durante o Neógeno, era notável os Cingulata e os Pilosa em sua forma gigante chamando
muita atenção.
O metabolismo baixo e a retenção do septomaxilar, sustentam a ideia de “primitividade”,
e características “reptilianas”.
Os Pholidomorpha incluem os Paleaenodonta e Pholidota, que apresentam atributos em
comum, como seio epitimpânico entre os ossos escramosal e petrosal, apresentam porte pequeno
a médio com esqueleto robusto e redução ou perda do esmalte dos dentes.
Alguns estudos recentes contribuem com a teoria de que os Pholidota é parte de um clado
abrangente, incluindo assim, os Carnívora, porque não há suporte que mantenha entre eles uma
relação de grupo-irmão.
Nos mamíferos, os que tem a capacidade de voar são Chiroptera (os morcegos) e
Dermoptera (lêmures voadores), porém, na verdade, o segundo são planadores.
Os Dermoptera são caracterizados por uma “membrana voadora”, que se formam entre os
membros até a cauda, como pregas cutâneas o que os permite planar, seus registros fósseis são
identificados apenas a partir dos dentes.
Os Chiroptera, são os únicos mamíferos capazes de realizar voo ativo, seu esqueleto pós-
craniano apresenta modificações refletindo na sua adaptação para voar, e sua variedade
morfológica do crânio esta ligada a hábitos alimentares variados, e sua audição é muito
desenvolvida para sua orientação e é dividido em duas subordens.
Depois dos roedores é a ordem com mais espécies atuais, porém, por sua fragilidade e
tamanho reduzido, não possuem muitos registros fósseis.
Suas origens, segundo dados filogenéticos, teve inicio no Eoceno, se relacionando com a
temperatura global e diversidade de plantas.
Os registros dos morcegos na América do Sul está no Eoceno médio / superiorno Peru, e
no Brasil o primeiro registro fóssil de morcego, foi em minas Gerais, por Lunde em 1840.
Ungulados Terrestres
São mamíferos que tem os dedos das extremidades que terminam em casco que
evoluíram de garras, fornecendo estabilidade para corridas.
Ungulados sul - americanos se dividem em dois grupos: os “nativos “e os invasores.
Ungulados Nativos
Os Ungulados Sul americanos se originaram de algumas linhagens Norte americano por
um contato ocorrido ao final do Cretáceo/ inicio do Paleoceno, exceto a ordem Condylarthra. Os
Condylarthra se diferencia dos demais por ter características primitivas, como cinco dedoas nas
extremidades e a formula dentária completa. A maioria possui falange unguial que sugere a
presença de um casco. Seus fósseis mais antigos identificados no Paleoceno inferiror, América
do Norte.
Os Litoptera, comtém uma característica distinta que é o posicionamento posterior da
abertura nasal, que está associada à presença de uma probóscide, eles ocupam a América do Sul
durante o Terciário.
Os Protolipternidae possuem dentes bunodontes, e os mais antigospossuiam seu esqueleto
é desenvolvido para permitir altas velociades em corridas.
Dos Sul americanos a ordem Notoungulata é a maior e mais diversificada dentro dos
Ungulados, em formas grandes ou pequenas, sendo dividida em três subordens que mantém
hábitos bem distintos.
Os Astropotheria tem a pré-maxila curta e sem dentees com caninos grandes, também
terão os membros posteriores mais flexíveis que os membros anteriores.
Os Xenungulata possuem caninos grandes e incisivos em forma de cisel, possuem os
membros delgados, e no Brasil é encontrado um que se diferencia dos demais táxons por seu
tamanho semelhante a uma anta.
Os Pyrotherium possuem um corpo longo e membros curtos, com dois pares de incisivos
superiores.
Os Notopterna é a única que não apresenta registro no Brasil, tem pequeno a médio porte
e possue dentes branquiodontes.
Ungulados Invasores
Cetartiodctyla é um termo usado de junção para Cetácea com Artiodactyla. São muito
diversificados e a maioria possue chifres e galhadas, e podem ser divididas em quatro
táxons:suiformes, hippopotamidae, tilópodes e ruminantes.
Sua irradiação ocorreu no Eoceno médio-superior e junto aos Perissodactyla formam os
principais grupos de grandes herbívoros atuais.
Os Proboscidea tem esse nome pela presença de uma longa tromba, e possem também
dois grandes incisivos (marfim). Estão inclusos Elefante, Mamutes e Mastodontes.
MAMÍFEROS AQUÁTICOS
Os mamíferos que mais se adaptaram a vida aquática são os cetaceos. No período que
houve evolução, eles experimentaram as modificações relacionadas à mudança de vida da terra
para água. Entre essas modificações está os ossos porosos, formas do corpo, dedos alongados
envolvidos por membranas interdigitais, os membros torácicos curtos. E os membros posteriores
desaparecem, ficam apenas vestígios de ossos pélvicos sob a pele. As aberturas nasais migraram
para o topo do crânio, isso faz que respire enquanto na superfície da água. E sua cauda é bem
desenvolvida.
A história evolutiva dos cetáceos vem atraindo atenção dos paleontólogos, pelo fato de
apresentar indícios de que a evolução pode ocorrer em etapas, como Darwin argumentava em “A
Origem da Vida”.
Alguns marinheiros diziam que o oceano era povoado por serpentes marinhas gigantes.
Para muitos isso seria um mito, mas algumas rochas do Eoceno final dos EUA apresentou restos
do que podia ser a comprovação deste mito. Um paleontólogo notou que exemplar apresentava
dentes de raízes duplas, o corpo era bastante alongados, por isso que havia associação aos mitos
das serpentes marinhas, e membros posteriores não articulados e reduzidos, ajudaram a
posicionar muito próximo às linhagens atuais dos cetáceos.
A primeira subordem inclui espécies arbóreas com características mais primitivas. Ex.:
Lêmures, Lóris e “Ai-Ai”. Encontrados no sudeste da África e da Ásia e em Madagascar. Já os
Haplorrhrini que é a segunda subordem são mais amplamente distribuídos. Ex.: Símios e társios
(macaco do velho e do novo mundo). Os macacos do velho mundo possuem focinhos longos,
narinas unidas e voltadas para baixo e cauda reduzida ou ausente. Os primatas neotropicais
(macacos do novo mundo) possuem focinho curto, nariz achatado, narinas voltadas para os
lados.
O fóssil da ordem dos Primates é o fóssil mais rico já registrado. Esse registro é um
resumo de uma serie de radiações adaptativas, a primeira das quais ocorreu no Mesozoico. Os
primatas os primeiros mamíferos que se desenvolveu após o Jurássico.
A irradiação dos antropoides foi bem extensa e terrestre. Temos como exemplo os
Catarrinos (macacos do velho mundo) que se dividem nos Cercopithecoidea (babuínos e
Mandris) e Hominídea, os pungidos (Orangotangos, Chimpazes e Gorilas) e os halobatídeos,
conhecidos na África desde do inicio do Mioceno inferior. Os pungidos são desprovidos de
algumas características como cauda, com membros locomotores anteriores desprovidos.
Surgiu por volta de 2,5 m.a o gênero Homo, a partir de Australapithecus afarensis.
Característica marcante é a arca dentaria semicircular, sem diastema entre os incisivos e os
caninos. Dentre as espécies mais primitivas encontra-se Homo habilis; já possuía habilidades
com instrumento rudes de pedra lascada e dieta onívora.
Após mais de 2 m.a, Homo habilis foi substituído por Homo erectus. Na história dos
hominídeos ocorreu dois marcos importante. O primeiro é o desenvolvimento cultural, através de
uso de ferramenta de pedras elaboradas, e principalmente, do uso do fogo. O segundo marco diz
respeito às mudanças na distribuição geográfica. Homo erectus, percorreu vários áreas além da
África.
CARNIVORAS
Para se considerar um verdadeiro carnívoro, o carnívoro tem que apresentar uma dentição
secodonte, com par especializado de dentes chamados de carnasiais ou carniceiros. Porém estas
características também estam presente em uma ordem extinta muito generalizada, os Credonta.
Na ordem carnívora, inclui felinos, canídeos, hienas, leões marinhos, focas, ursos, os
carniceiros correspondem quarto pré – molar superior, e ao primeiro molar inferior.
Entre os carnívoros modernos, dois grupos reconhecidos com base na estrutura da bula
timpânica: os carniformia (Arctoidea), os felinos (Aeluroidea) a ossificação da bula efetiva
provavelmente associada com aumento da capacidade auditiva. A coluna vertebral em conjunto
denota uma grande flexibilidade. Nos carnívoros a clavícula é ausente ou rudimentar com
exceção dos felinos.
DISTRIBUIÇÃO ESTRATIGRAFICA
No Triásico Superior foram encontrados nos primeiros mamíferos, mas, no Brasil, fóssil
mais antigo de um mamífero data do Cretáceo Superiro (em Adamantina, Bacia do Paraná).
Os fosseis paleogenos brasileiro, provem da Bacia de São José de Itaborá –RJ e da Bacia de
Taubaté – SP (Oligoceno Superiro), que também é o registro mais antigo do inicio da irradiação
dos mamíferos ocorrido após a extinção dos dinossauros.
PALEOBRIGEOGRAFIA
Os Eutheria têm sido considerados como grupo irmão dos Metatheria. Nos eutérios as
evidencias existentes sugerem uma origem de asiática para os metatérios.
Algumas teorias acreditam que as atuais ordens de marsupiais australianos evoluíram de
um ancestral que dispersou a partir da América do Sul, via antártica, isso provavelmente ocorreu
durante o Cretáceo Superior ou Paleoceno Inferior.
APLICAÇÕES