ANEXOS EMBRIONÁRIOS

Profª. Dra. Vivian C. C. Hyodo

Anexos embrionários

 Saco vitelino
 Âmnio
 Cório
 Alantóide
 Placenta
 Cordão umbilical
Conceito

São Estruturas que derivam dos folhetos germinativos,

mas que não fazem parte do corpo do embrião.

São elas:
esícula Vitelínica ( Saco Vitelínico)  Armazém dos Alimentos
mnion ( Bolsa D’água)  Proteção
órion (Serosa)  Trocas Gasosas
lantóide  Armazém das excretas

lacenta
ordão Umbilical
Vesícula Vitelínica
É o primeiro anexo a surgir nos vertebrados e se caracteriza por ser a
fonte e nutrição do embrião que não tem contato com a mãe.
Corresponde a uma estrutura em forma de saco ligada a região ventral
do embrião. Sua principal função é armazenar reservas nutritivas.

Bem desenvolvida

Não apresenta a vesícula típica, vitelo fica nos interior dos

macrômeros
Nos mamíferos eutherios ou placentados é reduzida,
visto que a nutrição ocorre via placentária.
Nesses, é responsável pela produção das hemácias nos
primeiros estágios de vida.
Saco Vitelínico
É a primeira membrana extraembrionária a
ser formada, pelo crescimento conjunto da
esplancnopleura e do endoderma por
sobre o vitelo, envolvendo-o e ligando-o
diretamente ao intestino do embrião.
É o único anexo que aparece nos
embriões de peixes e anfíbios, nos quais a
fecundação é externa. Como o
desenvolvimento destes representantes se
dá no meio aquático, não há necessidade
de membranas protetoras nem de
estruturas armazenadoras de excreções.
Armazena os nutrientes que o embrião
utilizará durante o seu desenvolvimento e
produz enzimas que digerem os grãos de
vitelo, absorvendo os nutrientes
resultantes.
Âmnion
É uma fina membrana que delimita uma bolsa repleta de líquido. O
líquido amniótico que tem por funções:
· Evitar o ressecamento do embrião
· Proteger contra choques mecânicos.
O âmnio representa uma importante adaptação dos répteis a vida
terrestre junto com a fecundação interna e faz parte do chamado ovo
terrestre. Esse anexo permitiu aos répteis avançar em terras secas, e
independência da água para a reprodução.
ÂMNIO
Encontrado nos embriões de
RÉPTEIS, AVES e MAMÍFEROS,
consiste em uma membrana
formada pelo crescimento conjunto
da somatopleura e do ectoderma e
associada internamente ao cório,
formando uma espécie de bolsa
d'água protegendo o embrião contra
dessecação e amortecendo choques
mecânicos.
ÂMNIO
O saco e líquido amnióticos

 Têm como função a proteção do feto

 Impedem a aderência do feto as paredes
do útero
 Líquido amniótico
 Auxilia no desenvolvimento e expansão
pulmonar.
Córion
É uma membrana fina que envolve os outros anexos embrionários, é o mais
externo.
Junta-se com o alantóide para formar o alantocórion com função respiratória
em aves e répteis.

Fica sob a a casca do ovo, camada de proteção, trocas

gasosas com o embrião e o meio externo.

Une-se a parede uterina e

forma a placenta.
Córion
CORIO
Encontrado nos embriões de RÉPTEIS, AVES e MAMÍFEROS,
consiste em uma membrana formada pelo crescimento conjunto
da somatopleura e do ectoderma, constituindo uma bolsa que
envolve externamente o embrião e todos os demais anexos.

Em répteis e aves fica sob a casca e juntamente com o alantóide,

participa dos processos de trocas gasosas entre o embrião e o
meio externo.

Nos mamíferos, o cório encontra-se associado à formação da

placenta, apresentando função endócrina pela secreção do
hormônio GONADOTROFINA CORIÔNICA, que estimula o corpo
lúteo na liberação da PROGESTERONA, mantendo a gestação.
Alantóide
É uma membrana ligada a parte posterior do intestino do embrião.
É também uma membrana em forma de saco

Trocas gasosas, armazenamento de excretas, remoções de

sais de cálcio da casca e incorporação no esqueleto,
facilitando a saída do animal ao nascer.

É reduzido e forma o
Cordão Umbilical.
Alantóide
Bem desenvolvido em répteis,
aves e alguns mamíferos
(monotremos) cujo
desenvolvimento ocorre no
interior de um ovo com casca.
Sua origem se dá a partir de uma
dobra da parede do arquêntero,
com constituição semelhante ao
saco vitelínico, desempenhando a
função de armazenamento de
excretas (ácido úrico) e trocas
gasosas (por ser muito
vascularizado) quando associado
ao cório.
Placenta
Estrutura vascularizados mamíferos que se forma do Córion + Alantóide e
do endométrio materno.
Não é considerada por muitos autores como anexo embrionário já que
tem uma parte materna e outra fetal.
Permite a troca de substâncias entre o organismo materno e o fetal.
Nos primeiros meses de gestação, a placenta trabalha produzindo
hormônios( progesterona, estrogênios), além de substâncias de defesa
(barreira contra infecções), nutrição, respiração e excreção.
Ocorrência:
• mamíferos metatérios( marsupiais)
vivíparos com placenta rudimentar;
Ex. Taz, canguru, coala, gambá,..
• mamíferos eutérios( placentários)
vivíparos com placenta desenvolvida
• Não ocorre nos Prototérios
( monotrematas), botam ovos.
Ex.équidna e ornitorrinco)
Placenta
Encontrada exclusivamente nos
embriões de MAMÍFEROS,
consiste em uma estrutura
formada pela fusão do alantoide
com o córion associados a parte
do endométrio.

OBTENÇÃO DE NUTRIENTES
para o embrião pela
ELIMINAÇÃO DE EXCRETAS
resultantes do metabolismo
embrionário

Realizar as TROCAS GASOSAS.

PLACENTA
TIPOS DE PLACENTA
Placenta não decídua ou
semiplacenta

 Tem como característica principal a

sua nidação superficial que
proporciona poucas perdas
endometriais restando uma cicatriz
somente no local da nidação
 Encontradas em porcas, éguas e
vacas.
Placenta decídua ou
conjugada

 Tem como característica sua nidação

intersticial onde observa-se grandes
perdas de endométrio, ocasionando
grande cicatriz na parede do útero,
cicatriz esta com característica fibrosa
 Encontrada em carnívoros e na
mulher.
Coriônica

 O trofoblasto é temporário e é ele quem faz

o “pedido” do aparelho circulatório
 Além do trofoblasto, encontramos também o
cório e o mesoderma lateral, que é
responsável pela geração de vasos
sanguíneos do feto, que se unem com os
vasos emitidos pelo trofoblasto e
possibilitam a circulação definitiva entre
mãe e filho.
Coriônica

 É dividida em:
 Coriovitelina
 Tem como característica sua pouca
duração, sendo conhecida como primitiva
e é encontrada em marsupiais
 Neste caso, o saco vitelínico tem contato
com o cório.
Coriônica

 Corioalantoidiana
 É conhecida como definitiva e é
encontrada em animais domésticos
 Tem como característica a fusão do cório
com o alantóide
Corioalantoidiana

 Quatro subdivisões:
 Difusa
 Tem como característica a união entre o cório e o
alantóide;
 Encontrada na égua e na porca
 Cotiledonária
 Encontrada somente em ruminantes
 Tem como característica a presença do cotilédone e
do carúnculo, sendo carúnculo a porção fetal e o
cotilédone, a porção da mãe;
Corioalantoidiana

 Zonaria
 Encontrada em carnívoros
 Tem como característica a circunscrição
da vilosidade com o cório;
 Discoidal
 Encontrada em primatas e roedores é
caracterizada pelo agrupamento de
vilosidades.
PLACENTA
BARREIRA PLACENTÁRIA
BARREIRA PLACENTÁRIA

 Dentre as funções da placenta

podemos observar a função de
barreira, ou seja, de proteção do feto,
sendo esta possibilitada pela
circulação
 Quatro tipos distintos de proteção
BARREIRA PLACENTÁRIA

 Hemocorial
 Constituído por três camadas sendo elas: o
endotélio vascular embrionário, o conjuntivo das
vilosidades e o trofoblasto, sendo que neste
caso o sangue materno está em contato com o
cório.
 Primatas, ratas, camundongas, coelhas e
cobaias
 A barreira placentária hemocorial oferece
menos proteção ao feto comparada as outras;
BARREIRA PLACENTÁRIA

 Endotéliocorial
 Mesmas camadas do hemocorial,
acrescida de um endotélio vascular
materno
 Encontrada em carnívoros
 Contato materno com o cório
BARREIRA PLACENTÁRIA

 Sindesmocorial
 Todas as camadas do endotéliocorial e
mais uma camada de conjuntivo
endometrial que forma os cotilédones
 Encontrada em ruminantes;
BARREIRA PLACENTÁRIA

 Epitéliocorial
 Há todas as camadas do sindesmocorial,
mais uma camada de epitélio uterino
 Éguas e suínos
 É a que oferece maior grau de proteção
ao feto.
OUTRAS FUNÇÕES DA
PLACENTA

 Nutrição do feto por meio do sangue e

secreção de hormônios.
 Progesterona
 Responsável pela manutenção do embrião
 Baixos níveis de progesterona  aborto do
embrião.
Cordão Umbilical
É uma exclusividade dos mamíferos.
É o elemento de ligação entre o feto e a placenta materna.
Apresenta duas artérias e uma única veia, estruturas que garantem a
nutrição e respiração do embrião.
É formado a partir do alantóide e da vesícula vitelínica.
Cordão Umbilical
Cordão Umbilical

 Tem como principal função a troca de

nutrientes entre mãe e filho e o
transporte de oxigênio para o feto por
via da veia umbilical
 Ainda é responsável pelo transporte
do úraco, que é a urina produzida pelo
feto a qual será eliminada pela mãe.