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QUESTÕES- UNIDADE II
NATAL/RN
2023
CARACTERIZAÇÃO DO PALEOZÓICO INFERIOR E POSTERIOR
•Foraminíferos:
Pré-Cambriano até Recente: Foraminíferos, organismos unicelulares com conchas calcárias
ou aglutinadas, estão presentes desde o Pré-Cambriano até os dias atuais. Suas conchas
abundantes são fundamentais na bioestratigrafia.
•Cocolitóforos:
Jurássico até Recente: Organismos unicelulares com placas calcárias, cocolitóforos têm
uma presença significativa desde o Jurássico até hoje. Suas conchas contribuem para a
formação de sedimentos marinhos.
•Diatomáceas:
Cretáceo até Recente: Diatomáceas, algas unicelulares com carapaças de sílica, são
proeminentes desde o Cretáceo até os dias atuais. Sua presença é marcante em
sedimentos lacustres e marinhos.
•Radiolários:
Pré-Cambriano até Recente: Radiolários, microorganismos unicelulares com esqueletos
silicosos, têm uma extensa distribuição, remontando ao Pré-Cambriano e continuando até
os dias atuais.
•Nanofósseis Calcários:
Jurássico até Recente: Incluindo coccolitóforos e outros grupos, nanofósseis calcários são
frequentemente usados em bioestratigrafia de sedimentos marinhos, desde o Jurássico até
os dias atuais.
•Ostrácodos:
Ordoviciano até Recente: Pequenos crustáceos com conchas calcárias ou quitinosas, os
ostrácodos têm uma ampla distribuição desde o Ordoviciano até os dias atuais, sendo
valiosos indicadores paleoambientais.
Curiosidade:
5 - Faça levantamento dos táxons registrados para cada bacia sedimentar e formação
descrita nos artigos.
Bacia Potiguar: Na Bacia Potiguar, são encontrados diversos tipos de crustáceos da ordem
Stomatopoda. Os crustáceos da ordem Stomatopoda, conhecidos como tamarutacas, são
predadores altamente agressivos com um comportamento complexo. Esses animais
bentônicos crípticos são encontrados principalmente em regiões tropicais e subtropicais,
habitando o médio e infralitoral em diversos tipos de substrato. Apesar de sua abundância,
são raramente encontrados devido ao hábito escavador. As larvas desses crustáceos são
meroplanctônicas e constituem uma importante fonte de alimento para peixes planctívoros,
sendo encontradas no plâncton. Na Bacia também foram encontradas mais duas para a
ciência Eurysquilla n. sp. e Nannosquilla potiguara.
Bacia do Araripe: A bacia do Araripe é uma região rica em conteúdo paleontológico do
período Cretáceo, último período da era Mesozóica. Destacam-se fósseis da classe insecta,
vegetais,do filo mollusca, de peixes que são divididos entre peixes de esqueleto
cartilaginoso, os chamados de Condrictes e os peixes de esqueleto ósseo, chamados de
Osteíctes. Por fim, pterossauros do filo chordata, encontrados em excelente estado de
preservação, principalmente nas camadas da Formação Santana.
Bacia Pernambuco Paraíba: Os vertebrados da bacia estão representados por duas
classes de peixes e por répteis, sendo os peixes predominantes. Os Chondrichthyes (peixes
cartilaginosos) presentes estão representados por quatro espécies de raias e dez de
tubarões, distribuídos em sete gêneros. Os Osteichthyes (peixes ósseos) incluem dez
táxons, sendo comuns Enchodus e Pycnodontiformes. Os répteis da bacia são marinhos e
terrestres. Os grupos marinhos compreendem a família Mosasauridae, com duas
subfamílias (Mosasauridae e Plioplatecarpinae), representadas pelos gêneros Mosasaurus,
Globidens, Platecarpus e Prognathodon; a superordem Crocodylomorpha, Família
Dyrosauridae, a ordem Plesiosauria, com as famílias Elasmosauridae e Pliosauridae. Os
terrestres estão representados pelas ordens Testudiunes (família Pelomedusidae) e
Pterosauria, com a espécie, Nyctosaurus lamegoi.
Bacia de Sousa: Essa bacia ajuda na compreensão do comportamento e da dinâmica
populacional de espécies extintas, coisas que dificilmente podem ser inferidas apenas por
meio de ossos. Agora, sabemos que Sousa tem os dois tipos de registros (pegadas e
ossos).
6 – Limite K/T – Explique o que é, o que representa e em qual das bacias foi
localizada, quais as Formações de contato?
O limite KT, como é conhecido, trata-se de uma fina camada de argila avermelhada que
demarca a passagem no registro geológico do período Cretáceo (que seria o K, vindo do
grego Kreta) para o Terciário (que seria o T), sendo considerada uma assinatura geológica,
datada de aproximadamente 66.0 milhões de anos atrás. O limite K/T foi localizado na Bacia
da Paraíba, reconhecida internacionalmente por ser um dos poucos locais do mundo onde
se preservou sua transição.
As formações de contato estão presentes na imagem abaixo:
As bacias interiores do Nordeste situam-se no oeste dos estados da Paraíba, Rio Grande
do Norte, Pernambuco e sul dos estados do Ceará e Piauí, nordeste do Brasil,
apresentando sequências sedimentares distintas.
8 - Quais ordens de Répteis foram extintos no cretáceo? Quais das bacias estudadas
tem registro? Quais ordens estão apresentadas na atualidade?
No final do Cretáceo aconteceu uma grande extinção entre o limite Cretáceo- Terciário,
onde os famosos dinossauros foram extintos juntamente com vários outros grupos, outros
grandes répteis marinhos e muitas espécies de plantas, extinguindo cerca de 85% de todas
as espécies. As ordens extintas no Cretáceo foram: Ordem Pterosauria, Superordem
Dinosauria, Ordem Saurischia, Ordem Ornithischia e a Ordem Ichthyosauria. Dentre as
bacias estudadas, algumas apresentam registros, como a bacia potiguar, bacia de Sousa,
bacia do araripe, bacia Sergipe-Alagoas e bacia Pernambuco-Paraíba. Os répteis podem
ser divididos em quatro linhagens atuais: Testudines (tartarugas e jabutis), Squamata
(lagartos e serpentes), Crocodylia (crocodilos e jacarés) e Rhynchocephalia (tuatara).
9 - O que são dinossauros, quais ordens agrupam, que tipo de crânio tem e o que os
diferencia dos demais?
Dinossauros eram répteis que viveram em nosso planeta durante a Era Mesozóica,
sendo os primeiros registros desses animais datados do período Triássico. O termo é usado
para se referir a dois grupos de répteis, pertencentes às ordens Saurischia e Ornithischia. A
evolução dos crânios de dinossauros os tornou espessos para protegerem o cérebro e as
estruturas associadas a ele, como os canais tubulares do ouvido interno, o que manteve
esses preciosos vestígios intactos por milhões de anos. Foi possível reunir novas
informações sobre a estrutura dos olhos dos dinossauros e para que tipo de movimentação
seus ouvidos internos estavam ajustados, revelando outra maneira de acompanhar a
evolução do voo dos dinossauros e, por extensão, de seus descendentes modernos: as
aves, também foi possível entender mais sobre seus sons emitidos. Os dinossauros
apresentaram ao longo de sua história crânios variados, que desenvolveram diferentes
estruturas que se modificam de espécie para espécie. Como por exemplo, o
Dilophosaurus, no seu crânio existiam duas cristas em, vistas de frente, formavam um "V",
que era usadas para intimidação, algumas descobertas indicam que existia uma diferença
de tamanho entre as cristas de machos e fêmeas, sendo as delas menores. Já os
chasmossaurídeos, como o Torosaurus e o Triceratops tinham gorjeias longas, seus
cornos orbitais eram longos, mas seu corno nasal era bem curto.
10 – Qual período tem início a maior quantidade das classes de Equinodermas?
Equinodermos (Filo Echinodermata) são animais marinhos, destacam-se por
apresentarem o corpo repleto de espinhos ou projeções pontiagudas. São organismos
triblásticos, celomados e deuterostômios. Este filo surgiu no período Cambriano recente,
onde se tem início a maior quantidade das classes, cerca de 7000 espécies diferentes de
equinodermos são conhecidos atualmente.