Você está na página 1de 24

Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes

Departamento de Geociências – DGC


Paleobiogeografia

Biogeografia
Prof. Dr. Ronaldo Belém
A PaleoBiogeografia e a Biogeografia Histórica

Trilobita: animal marinho primitivo que viveu entre


600 e 250 Milhões de anos ( Era Paleozóica)

Área da Biogeografia que estuda a vida e a distribuição dos seres vivos do passado. Baseiam-se na
analise de fósseis e de vegetações relíquias para inferir sobre os ambientes pretéritos. O Fóssil é uma
forma de vida cujas estruturas ósseas foram sedimentadas na rocha
O Estudo dos Fósseis Vivos: Araucárias, Crocodilos, Baratas e Escorpiões

Os chamados “fósseis vivos”, então, são espécies que permanecem durante milhões de anos sem sofrer
grandes mutações e, portanto, se assemelham aos seus primeiros registros na história evolutiva do
planeta.
A análise do Carbono 14

A análise do Carbono 14 é essencial para a datação de material de origem orgânica e representa uma
das técnicas mais utilizadas pelos paleontólogos , arqueólogos e geólogos.
A Coluna Geológica

A Coluna Geológica é uma tabela que apresenta os principais eventos de dinâmica Evolutiva do planeta de uma
maneira sistematizada em que os acontecimentos são distribuídos em Éons, Eras, Períodos e Épocas.
A coluna Geológica e os principais eventos biogeográficos
A Evolução Humana na Era Cenozóica: do Mioceno há 7 Milhões de anos até Homem da Cavernas há trinta mil anos
no Pleistoceno

Orrorin tugenensis Sahelanthropus tchadensis

Os dois ancestrais humanos mais antigos e pesquisados. O Orrorin tugenensis ( de 6 Milhões de anos) - A palavra
“Orrorin” significa Homem original no dialeto Tugen da região de Tugen hills no Kenia. Seu fóssil foi encontrado em 2000.
Era bípede e onívoro.O Sahelanthropus tchadensis – O nome faz referencia à região do Sahel no sul do Saara e
especificamente ao país Chade. O fóssil possui certa de 7,5 milhões de anos. Seu fóssil foi encontrado em 2001 e
Reúne traços de hominínios e macacos modernos. É considerado como o ancestral comum entre os seres humanos e os
atuais grandes símios como os chimpanzés e orangotangos.
Lucy ou Australopithecus afarensis : o mais famoso fóssil de Hominínio já encontrado

Lucy é um fóssil de Australopithecus afarensis de 3,2 milhões de anos, descoberto em 1974 pelo professor Donald
Johanson, um americano antropólogo e curador do museu de Cleveland de História Natural e pelo estudante Tom
Gray em Hadar, no deserto de Afar, na Etiópia quando uma equipe de arqueólogos fazia escavações. Chama-se
Lucy por causa da canção "Lucy in the Sky with Diamonds” da banda britânica The Beatles tocada num gravador no
acampamento, e por a terem definido como uma fêmea.
A Evolução Humana em Mosaico e não linear

Há cerca de 7 Milhões de anos o Sahelantropus tchadensis e depois o Orrorin tugenensis tiveram suas linhas
evolutivas divididas em dois ramos: um ramo deu origem aos atuais grandes primatas como o chimpanzé, o
orangotango e o gorila. O outro ramo se desenvolveu até chegar no Homo sapiens. Entre 2 Milhões de anos e
10.000 anos o mundo foi habitado por várias espécies humanas ao mesmo tempo: Paranthropus robustus,
Paranthropus boisei, Homo habilis, Homo erectus, Homo habilis e Homo ergaster. Todas oriundas do Sahelantropus e
do Australopithecus afarensis. Acredita-se que a partir do Homo ergaster surgiu o Homo neandertalenses e o Homo
sapiens.
A Evolução Humana linear

É uma falácia conceber essas espécies como dispostas em uma linha reta de descendência. Esse modelo passa a
idéia equivocada de que em determinado momento apena um tipo humano habitou a terra. Os hominíneos da
evolução clássica conviveram com outras espécies do mesmo período geológico. O Homo habilis, por exemplo,
conviveu com o Parantropos boisei , com o Homo erectus , com Homo rudolfenses e com outros.
Os Biorreinos

A distribuição da vida no planeta é representada por grandes espaços que apresentam certa concordância faunística
e florística. Esses espaços são os Biorreinos
Brejos de Altitude: Os Refúgios ecológicos Nordeste

Os Refúgios são áreas florestais ou não onde as espécies da flora e fauna permanecem isoladas em espaços
restritos, enquanto as áreas circunvizinhas ocorrem condições ambientais adversas à sua expansão. Esse refúgios
somente podem ser considerados como tais se as condições ambientais neles reinantes permitirem a preservação
integral dos ecossistemas que encerram ( MULLER, 1977).
Os mecanismos paleoclimáticos que explicam a Teoria dos Refúgios

Ao longo do Pleistoceno ( entre 1,5 milhões e 25 mil anos aproximadamente), as Florestas úmidas dos trópicos
cobriam o Norte do Brasil e se estendiam até o Nordeste e parte do Sudeste. Com o pico da última glaciação (
entre 18.000 e 10.000 anos) o nível do mar abaixou muito fazendo com que as áreas continentais aumentassem .
Isso favoreceu a redução da evaporação e a criação de um clima mais seco que proporcionou o recuo das Florestas
Úmidas e o isolamento dos refúgios nos Inselbergs
Áreas Nucleares, Centros de origem e Áreas Core

De acordo com Aziz Ab’ Saber as Áreas Nucleares ou Áreas Core referem-se a porção territorial onde predominam as
características principais de um bioma ou área onde os conjuntos faunísticos e florísticos de um dado ecossistema
formam uma paisagem homogênea e que reúne as principais características fisionômicas.
Os Paleoclimas e as Glaciações

Os paleoclimas são o reflexo do


dinamismo dos climas ao longo
da evolução do planeta e podem
estar associados a fatores como:
mudanças no relevo, mudanças
na radiação por efeito de
meteoros, a poeira da atividade
vulcânica, a mudança do eixo de
Rotação da Terra e os períodos de
baixa atividade do sol . As
Glaciações ou as Eras do Gelo e
os seus efeitos climáticos em
outras áreas são exemplos de
Mudanças Climáticas que são
sempre fortes, ao contrário das
oscilações climáticas que são
mais suaves
O Pleistoceno: características ambientais e paleontológicas

O Período Pleistoceno faz parte da Era Cenozóica e compreende um espaço de tempo que Encontra 1,5
Milhões e 10 Mil anos atrás. É um dos mais conhecidos períodos da coluna Geológica
Características do Pleistoceno na América
Grandes formações savanícolas
com estrato arbóreo aberto e
um tapete graminoso muito
espesso.

Marcado pela presença de uma


Megafauna herbívora abundante

Grandes glaciações e períodos


interglaciais mais secos

Formação dos Refúgios


Florestais do Nordeste e
consolidação das características
da Caatinga

Extinção dos grandes mamíferos


Preguiça terrícola Gigante
(Eremotherium rusconii) Surgimento e evolução do
hominídio mais primitivo:
Australopithecus afarensis
A Megafauna do Pleistoceno
Preguiça Gigante
(Eremotherium rusconii)

Foram animais deslumbrantes que


pesavam cerca de 5 toneladas e
poderiam atingir até seis metros de
altura.
Caminhavam lentamente
apoiando-se sobre os lados dos pés
e das mãos. Apresentavam o corpo
recoberto de pêlos e possuíam uma garra
a mais que as preguiças atuais. A maioria
das espécies de preguiça gigante
alimentava-se de gramíneas e folhas, e
outras espécies utilizavam a cauda
robusta e musculosa além dos pés, para
formar um tripé e assim alcançar os ramos
e brotos mais altos das árvores.
O Gliptodonte ( Glyptodon clavipes)

O Glyptodonte viveu durante o Pleistoceno há aproximadamente100 mil anos atrás na América do Sul, migrando
posteriormentepara o Norte. Pastava gramíneas e sua incrível carapaça servia como ótimo escudo para se defender do ataque de
ferozes predadores que existiam em sua época. Foram encontrados muitos fósseis desse espécime em grutas do Vale do Rio das
Velhas em Minas Gerais. O Gliptodonte media cerca de 3 metros de comprimento e pesava cerca de 1,4 toneladas, sendo
equivalente em forma e tamanho a um Volkswagen Fusca.
O Tigre Dentes-de-Sabre
(Smilodon populator)
O Smilodon,
popularmente
conhecido como
Tigre-dentes-de-
sabre, eram felinos
que variavam
bastante em
tamanho, mas a
espécie sul-
americana, Smilodon
populator tinha
exemplares que
mediam mais de três
metros de
comprimento e
pesavam cerca de
400 quilogramas,
sendo maiores e
mais robustos do que
um leão adulto.
O que causou a extinção da Megafauna do Pleistoceno ?

Matança realizada pelos homens primitivos? Mudanças climáticas do final do Pleistoceno que resultou no aumento
da umidade e adensamento das savanas? O Frio das Glaciações? Seleção Natural resultante da competição com
outros animais que se desenvolveram durante o período?
Os Dinossauros brasileiros

Vários répteis gigantescos viveram no território brasileiro ao longo dos períodos


Jurássico e Cretáceo da Era Mesozóica. O Maior de todos foi encontrado em Uberaba, Triangulo Mineiro: o
Tytanossauro ou Uberabatitan ribeiroi que media cerca de 20 metros de comprimento e 3,5 de altura. Ele pesava
cerca de 18 Toneladas.
O Vale dos Dinossauros em Souza - Paraíba

No meio do sertão paraibano existem fósseis de pegadas de dinossauros que viveram Na região ao longo da Era
Mesozóica. Na foto observa-se pegadas do temível Carnívoro Velociraptor
A extinção dos Dinossauros

O meteoro que causou mudanças climáticas que impediram o desenvolvimento da vida vegetal e animal?
ou
O intenso vulcanismo da Era Mesozóica ?

Você também pode gostar