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Zoologia dos

Vertebrados
Material Teórico
Introdução à zoologia dos vertebrados

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Adriana Maria Giorgi Barsotti

Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Introdução à zoologia dos vertebrados

• Introdução
• Características Gerais dos Cordados
• Evolução dos Cordados
• Classificação do Filo Chordata

·· Compreender o surgimento e a evolução dos vertebrados na Terra, os quais


relacionados com seus respectivos tempos geológicos.
·· Aprender as características gerais dos três subfilos que compõem o grande filo
Chordata.

Nesta Unidade você aprenderá um pouco sobre o surgimento dos vertebrados na Terra,
bem como a escala geológica desses. Além disso, aprenderá alguns aspectos da evolução
desses animais e como o filo Chordata se classifica atualmente.
Leia com atenção o material teórico. Se necessário faça resumos ou esquemas como auxílio
em seu aprendizado e memorização do tema aqui abordado. Pesquise outras fontes além das
indicadas. Assista aos vídeos sugeridos e procure relacioná-los com seus estudos.

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Unidade: Introdução à zoologia dos vertebrados

Contextualização
Atualmente, existem cerca de cinquenta mil espécies de vertebrados vivendo nos mais
diversos ambientes da Terra. Por outro lado, os vertebrados extintos viveram em ambientes
que hoje já não existem mais.
As mudanças ocorridas na Terra durante milhões de anos estão intimamente relacionadas
à evolução dos vertebrados, pois tais alterações dirigem as modificações na anatomia, no
desenvolvimento, no modo de vida, entre outros aspectos desses animais. Dito de outra forma,
os vertebrados devem se ajustar e se adaptar aos novos ambientes.
A biologia e o registro fóssil dos vertebrados nos ajudam a compreender as diversas mudanças
ocorridas. Esses e outros estudos revelam que a evolução atua através de estruturas já existentes.
Assim, todos os vertebrados possuem características em comum e que são resultado de sua
ancestralidade comum, assim como o processo de evolução pode ser analisado pela sequência
de modificações desses caracteres.

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Introdução

A evolução tem um papel central na biologia dos vertebrados, pois


proporciona um princípio que organiza a diversidade observada entre
os vertebrados viventes e ajuda a enquadrar as espécies extintas no
contexto das atuais. A classificação, inicialmente um processo visando
associar nomes aos organismos, tem se tornado um método para
compreender a evolução. As ideias atuais sobre evolução enfatizam
a seleção natural atuando ao nível dos indivíduos como o mecanismo
predominante na produção de mudanças ao longo do tempo. Os
processos e eventos evolutivos estão intimamente associados às
mudanças que ocorreram na Terra durante a história dos vertebrados.
Essas mudanças são resultado dos movimentos de continentes e dos
efeitos de tais movimentos no clima e na geografia.
(POUGH; JANIS; HEISER, 2003)

Os vertebrados atuais exibem grande diversidade de formas, modos de vida, comportamentos,


relações inter e intraespecíficas, entre outros vários aspectos. Entretanto, as espécies que
atualmente vivem na Terra constituem apenas uma pequena parcela daquelas que viveram há
milhões de anos. O maior número de espécies de vertebrados provavelmente teve seu auge no
período Mioceno, há cerca de doze a quatorze milhões de anos e, após esse período, houve
um declínio nesse número de espécies.
Os vertebrados se originaram na Era Paleozoica e evoluem conforme as grandes mudanças
que a Terra vem sofrendo, as quais afetam direta e indiretamente a evolução dos vertebrados.
A história dos vertebrados ocupa três eras geológicas: Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.
A evolução dos vertebrados é moldada pela deriva continental. Há aproximadamente 545
milhões de anos, no Paleozoico Inferior, os mares se formaram, continentes flutuavam sobre o
manto da Terra e a vida se tornara complexa, além da atmosfera de oxigênio que se formada,
isso significava que a produção fotossintética de recursos alimentares havia se tornado um
fenômeno central da vida.
Os vertebrados terrestres surgiram há cerca de trezentos milhões de anos, quando ainda
existia o supercontinente Pangeia (Figura 1). Há aproximadamente 150 milhões de anos, esse
supercontinente começou a se fragmentar, originando dois continentes, Laurásia ao Norte e
Gondwana ao Sul (Figura 2). Posteriormente, esses dois continentes se fragmentaram ainda
mais, dando origem aos continentes atuais (Figura 3).

Figura 1 – A Terra há cerca de trezentos milhões de Figura 2 – A Terra há cerca de 150 milhões de anos, Figura 3 – A atual distribuição dos continentes na Terra.
anos, quando os continentes ainda eram unidos em quando o supercontinente Pangeia se fragmentou,
uma única massa de terra, denominada Pangeia. originando dois continentes, Laurásia e Gondwana.

Fonte: mundofisico.joinville.udesc.br

Compreensão do processo de deriva continental:


https://www.youtube.com/watch?v=qWifSGDh0lk

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Essa movimentação dos continentes teve importantes efeitos sobre a evolução dos
vertebrados. No início da Era Paleozoica, grande parte da Pangeia se localizava na Linha
do Equador, onde a radiação solar é mais intensa e até parte da Era Mesozoica, grandes
áreas de terra apresentavam condições tropicais, onde os vertebrados terrestres evoluíram
e se espalharam. Ao final da Era Mesozoica, significativa parcela da massa terrestre havia
se movimentado para fora da linha equatorial e, dessa forma, quase todos os climas nos
hemisférios Sul e Norte eram temperados.
Os padrões de circulação dos oceanos, embora menos notórios, têm também efeitos
na evolução dos vertebrados. Grandes latitudes são frias, pois não recebem radiação solar
como, por exemplo, as áreas próximas ao Equador, fazendo com que o oceano Ártico fique
permanentemente congelado. Na época do Eoceno o resfriamento dos climas do hemisfério
Norte pode ter levado à extinção de mamíferos arcaicos.
Outro fator que influencia os climas e a evolução dos vertebrados é o nível relativo dos
continentes e mares. Ao final da Era Mesozoica e início da Era Cenozoica, grandes partes dos
continentes foram inundadas por mares rasos, conhecidos como mares epicontinentais.
A água tem capacidade de absorver calor quando a temperatura ambiental aumenta e
liberar calor quando a temperatura diminui, dessa forma, áreas localizadas próximas a corpos
d’água não ficam muito quentes no verão nem muito frias no inverno e são úmidas devido à
evaporação da água do mar, a qual forma a chuva na Terra. Por outro lado, regiões distantes
do mar são secas, caracterizadas por verões quentes e invernos frios. A drenagem dos mares
epicontinentais no Cretáceo contribuiu para a extinção dos dinossauros.
Em síntese, a deriva continental fez com que ocorresse a evolução, independentemente dos
tipos de organismos similares.

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Características Gerais dos Cordados

Os cordados se distinguem dos demais filos por apresentarem algumas características


distintivas: notocorda, tubo nervoso dorsal, crânio, bolsas faríngeas e cauda pós-anal:

Notocorda
É uma estrutura flexível que se estende ao longo do comprimento do corpo, é a primeira
parte que surge no endoesqueleto do embrião. Os músculos se prendem a essa estrutura,
permitindo movimentos ondulatórios do corpo.
Nos vertebrados as vértebras cartilaginosas ou ósseas formam-se a partir de células
mesenquimais derivadas de somitos. Entretanto, não são todos os animais incluídos no filo
Vertebrata que possuem vértebras. Entre os agnatos viventes – vertebrados sem maxilas –,
as feiticeiras não possuem qualquer elemento vertebral e as lampreias apresentam apenas
rudimentos cartilaginosos flanqueando o tubo nervoso. Vértebras totalmente formadas são
encontradas nos gnatostomados – vertebrados com maxilas;
Figura 4 – Posição da notocorda

Fonte: Adaptado de Hickman, Larson e Roberts (2001)

Tubo nervoso dorsal


Nos cordados o único cordão nervoso é tubular e dorsal ao canal alimentar. A parte anterior
torna-se alargada, formando o encéfalo. Entre os vertebrados o tubo nervoso passa pelos arcos
neurais das vértebras. O encéfalo dos vertebrados é maior do que o encéfalo dos cordados
primitivos, sendo formado por três partes: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo;
Figura 5 – Posição do tubo nervoso dorsal

Fonte: Adaptado de Hickman, Larson e Roberts (2001)

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Crânio
Todos os vertebrados possuem um crânio, o qual é uma estrutura óssea, cartilaginosa ou
fibrosa que circunda o encéfalo. Possuem também uma cabeça distinta, contendo complexos
órgãos dos sentidos;

Fendas e bolsas faríngeas


São aberturas em forma de fendas que comunicam a cavidade faríngea com a superfície
externa. Nos cordados aquáticos as duas bolsas faríngeas rompem-se através da cavidade
faríngea, formando as fendas faríngeas. Nos aminiotas as bolsas formam sulcos ao invés de
fendas faríngeas. Nos tetrápodes as bolsas faríngeas dão origem a muitas estruturas distintas,
como a cavidade do ouvido médio, amídalas e glândulas paratireoides. Nos protocordados, a
faringe perfurada tem função na alimentação por filtração. Nos vertebrados, a ação muscular
dirige a água através da faringe por expansão e contração da cavidade faríngea. Os peixes
primitivos adicionaram uma rede de capilares com paredes finas e permeáveis a gases,
melhorando a capacidade para transferência de gases entre o sangue e a água exterior. Essas
adaptações levaram a evolução das brânquias internas;
Figura 6 – Posição do tubo nervoso dorsal

Fonte: Adaptado de Hickman, Larson e Roberts (2001)

Cauda pós-anal
Permite a mobilidade que as larvas de tunicados e anfioxos precisam para seu modo de
vida livre-natante. A cauda evoluiu para a propulsão na água, nos peixes é aumentada com o
desenvolvimento das nadadeiras. Nos seres humanos a cauda é evidente como um vestígio, o
cóccix, composto por uma série de vértebras pequenas ao final da coluna vertebral, entretanto,
a maioria dos mamíferos possui uma cauda móvel.
Figura 7 – Localização da cauda pós-anal

Fonte: Adaptado de Hickman, Larson e Roberts (2001)

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Evolução dos Cordados

No século XX, após algumas especulações formuladas por zoólogos, ficou claro que
os cordados se originaram a partir dos deuterostômios do Reino Animal, pois os animais
incluídos nesse ramo apresentam várias características embrionárias, formando um grupo
natural de espécies inter-relacionadas, que tiveram uma origem comum nos antigos mares
pré-cambrianos.
Várias fontes anatômicas, de desenvolvimento e moleculares sugerem que no período
cambriano os primeiros cordados surgiram a partir de uma linhagem relacionada aos
equinodermes e hemicordados (Figura 8).
Os vertebrados parecem estar mais intimamente relacionados aos anfioxos –
cefalocordados – entre os cordados não vertebrados e a maioria das diferenças estruturais
e fisiológicas entre anfioxos e vertebrados primitivos parece refletir uma modificação
evolutiva para um tamanho maior do corpo, um maior nível de atividade e um salto da
alimentação por filtração para a predação.
Os vertebrados desenvolveram atividades mais complexas e essas são sustentadas por uma
morfologia também mais complexa. As células da crista neural, características dos vertebrados,
são responsáveis pela formação de muitos dos caracteres derivados desse grupo.
Um vertebrado adulto pode ser considerado como sistemas interligados e envolvidos
em proteção, sustentação e movimento, aquisição de energia, excreção, reprodução,
coordenação e integração. Esses sistemas sofreram modificações funcionais e estruturais
em vários pontos-chave na evolução dos vertebrados.

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Figura 8 – Árvore filogenética dos cordados, sugerindo uma provável origem e relações

Fonte: Adaptado de Hickman, Larson e Roberts (2001)

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Classificação do Filo Chordata
O filo Chordata conta com três subfilos: Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata.

Subfilo Urochordata – Tunicata


O termo tunicado é empregado devido à túnica espessa de material inerte, ou carapaça
que circunda o animal (Figura 9). Esse subfilo contém cerca de três mil espécies, que podem
ser encontradas em todos os mares e em diferentes profundidades. A maioria é séssil na
forma adulta, embora algumas sejam livre-natantes. Os tunicados são considerados muito
especializados na fase adulta, pois a forma larval apresenta todas as características de um
cordado, entretanto, na metamorfose para a fase adulta, a notocorda e a cauda desaparecem,
enquanto o tubo nervoso dorsal se reduz a um simples gânglio
Figura 9 – Estrutura de um tunicado comum, Ciona sp

Fonte: Adaptado de Hickman, Larson e Roberts (2001)

O subfilo Urochordata está subdividido em três classes: Larvacea, Thaliacea e Ascidiacea,


sendo essa última a mais popular. Suas espécies são conhecidas como “esguichos-do-mar”,
pois algumas, quando irritadas, lançam um jato de água do sifão inalante;

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Classe Ascidiacea
As ascídias podem ser solitárias, coloniais ou compostas, as quais compartilham uma
única túnica.
As ascídias solitárias possuem uma membrana interna – manto – que reveste a túnica.
Apresentam um sifão inalante e um sifão exalante.
A alimentação depende de uma rede de muco secretado pelo endóstilo, localizado na faringe.
Os cílios da faringe deslocam o muco em uma camada que se espalha por toda a superfície
interna da faringe. As partículas de alimento são carregadas pelos cílios para o esôfago e
estômago. Os nutrientes são absorvidos no intestino médio e os produtos não digeridos são
eliminados pelo ânus.
O sistema circulatório é composto por um coração ventral e dois vasos, que se conectam
a um sistema difuso de vasos menores e espaços que servem à cesta faríngea – local onde
ocorrem as trocas gasosas –, órgãos do sistema digestivo, gônadas, entre outras estruturas.
O sistema nervoso é composto por um nervo ganglionar e um plexo nervoso. Abaixo do
nervo ganglionar localiza-se a glândula subneural, a qual testa a água que vai para a faringe e
pode ter função endócrina relacionada à reprodução.
As ascídias são hermafroditas, de modo que os gametas são conduzidos por dutos para a
cavidade atrial e lançados para o meio externo, onde ocorre a fertilizaçãzo.
Figura 10 – Ascídia adulta

Fonte: iStock / Getty Images

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Classe Thaliacea
Conhecidos como taliáceos ou salpas, são animais pelágicos em forma de barril, com
corpos gelatinosos e transparentes. Ocorrem na forma solitária ou em cadeias coloniais que
podem atingir vários metros de comprimento.
O corpo é circundado por faixas de músculo circular, com sifões inalantes e exalantes
em extremidades opostas. A água impulsionada através do corpo, por meio de contração
muscular, é usada para locomoção por jato-propulsão, respiração e alimentação.
Muitas salpas produzem uma luz brilhante através de seus órgãos luminosos.
Podem se reproduzir por alternância de gerações assexuada e sexuadamente.
Figura 11 – Colônia de salpas

Fonte: iStock / Getty Images

Classe Larvacea
Organismos pelágicos em forma de larva, semelhantes a um girino curvado.
O modo de alimentação dessa classe é peculiar, cada organismo constrói uma casa
constituída por uma cavidade esférica, contendo muco interlaçado com filtros e passagens
através dos quais a água penetra. O alimento particulado é capturado no filtro de alimentação,
situado no interior da casa e levado à boca do animal por um tubo semelhante a um canudo.

Os larváceos são pedomórficos, ou seja, animais sexualmente maduros e que retiveram a


forma larval do corpo de seus ancestrais evolutivos.
Figura 12 – Larváceo adulto

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Subfilo – Cephalochordata:
Conhecidos como anfioxos marinhos (Figuras 13 e 14), são animais de aparência translúcida
que habitam os fundos arenosos de águas costeiras.
Os anfioxos apresentam quatro características encontradas nos cordados. A água entra no
corpo dirigida pelos cílios que se localizam na cavidade pré-oral, depois passa pela boca e após
pelas fendas faríngeas. Posteriormente, o alimento retido no muco é levado pelos cílios para
o intestino. Partículas alimentares menores passam para ceco hepático, onde são digeridas
intracelularmente. A água filtrada passa por um átrio e deixa o corpo por um atrióporo,
estrutura equivalente ao sifão exalante dos tunicados. O sistema circulatório é fechado e sem
coração. O sangue é impulsionado pela aorta ventral e dirigido para as aortas dorsais, de onde
o sangue é distribuído para os tecidos do corpo por microcirculação.
O sistema nervoso é centralizado em torno de um tubo nervoso dorsal. As raízes nervosas
espinhais emergem de cada segmento miomérico do tronco. O encéfalo é uma vesícula
simples, situada na extremidade anterior do tubo nervoso.
As espécies são dioicas. As células sexuais são liberadas na cavidade atrial e posteriormente
passam do atrióporo para o meio externo, onde ocorre a fecundação.

Figura 13 – Estrutura interna do anfioxo.l Figura 14 – Anfioxo

Fonte: Jon Houseman/Wikimedia Commons

Fonte: euquerobiologia.com.br

Subfilo Vertebrata:
Conhecido também como Craniata, pois todos os animais presentes nesse subfilo apresentam
um crânio ósseo ou cartilaginoso.
A evolução dos vertebrados é dirigida por adaptações especializadas do endoesqueleto,
faringe e da respiração eficiente, além do sistema nervoso avançado e dos membros pares
• Endoesqueleto: forma uma excelente estrutura interna para armação ou suporte para
os músculos e esses protegem o endoesqueleto, amortecendo-o em caso de impactos;
• Faringe e respiração eficiente: como os protovertebrados passaram de uma alimentação
por filtração para uma alimentação predatória, a faringe se modificou em um aparato
muscular de alimentação, por onde a água pode ser bombeada pela expansão e contração
da cavidade faríngea. Houve uma melhora da circulação para as brânquias internas, através
da adição de capilares e pelo desenvolvimento de um coração ventral e arcos aórticos
musculares (Figura 15). Essas mudanças levaram a um aumento da taxa metabólica que
teria que acompanhar a transição para uma vida ativa de predação seletiva.

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Figura 15 – Fendas faríngeas, coração e arcos aórticos

Fonte: Hickman, Larson e Roberts (2001).

• Sistema nervoso avançado: os hábitos predatórios dirigiram a formação de novos


controles integrativos, sensoriais e motores, que se tornaram essenciais à captura de presas.
Ocorreu a evolução de órgãos sensoriais pares, como olhos cristalinos e retinas invertidas,
receptores de pressão, como ouvidos, eletrorreceptores e receptores químicos (Figura 16).
A evolução de uma cabeça e de órgãos sensoriais pares foi resultado de duas inovações
embrionárias presentes nos vertebrados: a crista neural e os placódios epidérmicos.
Figura 16 – Fendas faríngeas, coração e arcos aórticos

Fonte: Hickman, Larson e Roberts (2001).

• Membros pares: os apêndices peitorais e pélvicos estão presentes nos vertebrados na


forma de nadadeiras pares ou pernas articuladas, que surgiram para estabilizar a natação
e locomoção terrestre.

Para finalizar, assista aos vídeos produzidos pela BBC e disponíveis em:
Ascensão dos Animais: Triunfo dos Vertebrados – Ep.01
https://www.youtube.com/watch?v=QbZXxQNPwGk; e
https://www.youtube.com/watch?v=8YOnCkWVJ6E, em que David Attenborough, um grande
naturalista britânico, apresenta a evolução dos vertebrados.

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Material Complementar

Vídeos:
Origem dos vertebrados – Haikouichthys – Império Biológico. 14 ago. 2010.
https://www.youtube.com/watch?v=aXcFpKviXoQ&list=PLBAB92C5FF7A38212&index=2.

Leituras:
UIEDA, V. S. Diversidade, evolução e origem dos vertebrados. [20--].
http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Zoologia/VirginiaSanchesUieda/2_teoria_1parte.pdf
Vertebrados. [20--b].
http://portal.virtual.ufpb.br/biologia/novo_site/Biblioteca/Livro_4/4-Vetebrados.pdf

Sites:
Vertebrados. [20--a].
http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1766.

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Referências

HICKMAN, C. P.; LARSON, A; ROBERTS, L. S. Princípios integrados de Zoologia. 11.


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
______. Integrated principles of Zoology. 11. ed. New York: McGraw-Hill, 2001.
POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. A vida dos vertebrados. 3. ed. São Paulo:
Atheneu, 2003.

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Anotações

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