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Referencia bibliografica: MORRONE, J. J., SPINOSA D. et al.

Manual de
Biogeografia Histórica. Universidade Nacional Autónoma do México, 1996.
PANTOJA, Sónia. Evolução e Biogeografia. Rio de Janeiro – RJ, 2008.
ROQUE, Mercês, FERREIRA, Ângela, CASTRO, Adalmir. Introdução á
Biologia. 2004.

Tema: Evidências da evolução


pag Obs:
Evolução é o processo de modificações por que passam os seres vivos ao
longo do tempo. As modificações favoráveis à adaptação do ser vivo ao
ambiente são seleccionadas e mantidas ao longo das gerações (selecção
natural).
Evidências da evolução
Evidências de evolução como um conjunto de materiais, informação e
processos naturais pelos quais toda a variedade e e semelhanças das espécies
de vida se evidenciem.
Numerosas evidências a favor do evolucionismo são proporcionadas por
várias disciplinas do âmbito da Biologia, tais como a Paleontologia,
Anatomia comparada, Embriologia comparada, Citologia e Biogeografia,
(MORRONE, 1996).
Evidências Morfológicas
Evidencias morfológicas baseiam-se fundamentalmente na existência de
órgãos homólogos e órgãos análogos.

Órgãos homólogos
O estudo comparativo da estrutura de vários orgãos com a mesma origem em
organismos deferentes, permite verificar que, embora entre eles haja
diferenças, são basicamente semelhantes. Em todos os vertebrados os
membros anteriores possuem o húmero no braço, o cubito e o rádio no
antebraço e os mesmos ossos na mão. No entanto, como em cada um desses
animais desempenham funções deferentes, estes órgãos apresentam essas
peças com desenvolvimento deferente.
Também armadura bucal dos insectos lhes permite explorar uma grande
variedade de alimentos, estando os respectivos aparelhos bucais, constituídos
pelas mesmas peças, adaptadas a regimes alimentares deferentes.
O encéfalo é em todos os vertebrados, formado pelo mesmo conjunto de
orgãos homólogos que apresentam desenvolvimento crescente, desde os
peixes ate aos mamíferos. Foram uma série filogenética progressiva.
Os orgãos homólogos podem também formar série filogenética regressiva.
Alguns organismos apresentam órgãos aparentimente não funcionais e com
dimensões reduzidas – estruturas vestigiais.
No corpo humano há vários orgãos que são considerados vestigiais como:
As vertebras do coccix, que correspondem `a cauda dos seus antepassados;
A apêndice cecal bastante reduzido, que não contribui para a digestão.

Orgãos análogos
Os pulmões e as traqueias dos insectos são orgãos estruturalmente diferentes,
mas desempenham a mesma função – permitem a troca gasosa com o
ambiente. Os orgãos locomotores dos insectos e das aves são
fisiologicamente semelhantes, embora sob o ponto de vists estrutural sejam
completamente diferentes, (ROQUE, 2004).
Nas plantas, os rizóides do musgo e as raízes das plantas superiore
apresentam certas semelhanças. São orgãos de fixação ao solo e de absorção
de alimento, mas apresentam estruturas totalmente diferentes.
Os orgãos análogos têm interesse evolutivo, na medida em que mostram
como é possível que grupos de seres vivos não relacionados filogenicamente
se adaptem a ambientes semelhantes. São, portanto, provas de adaptação de
organismos distintos a um mesmo meio.

Evidências Paleontológica
Quando morre um organismo, em regra o seu corpo decompõe-se e
desaparece num período de tempo relativamente curto, sem deixar vestígios.
Algumas vezes, porém, fica conservado, no todo ou em parte, ou deixa nas
rochas suas contemporâneas impressões ou pistas da sua passagem pela terra.
São estes restos, rastos, moldes ou impressões dos organismos desaparecidos,
os fósseis, que constituem verdadeiros documentos arquivados que relatam a
história da vida na terra. Paleontologia pode deduzir-se a estrutura, a forma e
a idade dos seres que representam.
Tipos de fósseis
Os principais tipos de fossilização são:
Moldagem – cadáver desaparece totalmente, mas deixa, na rocha, um molde.
Incarbonização – enriquecimento em carbono da matéria orgânica do ser
vivo.
Impressão – marcas (pegadas e rastos) deixadas por animais ou plantas sobre
material em sedimentação.
Mineralização – substituição da matéria constituinte do ser vivo, partícula a
partícula, por uma sustância mineral (silica, calcite, pirite, etc).
Incrustação – deposição sobre o ser de uma substância mineral, precipitada a
água onde estava dissolvida.
Conservação – organismos completa ou parcialmente conservada,
(MORRONE, 1996).

Evidências Embriológicas
O estudo do desenvolvimento embrionário dos diferentes grupos de
vertebrados mostra grande semelhança morfológica entre eles, sendo por
vezes difícel distinguir, entre si, as primeiras formas embrionárias desses
grupos.
É possível identificar em todos os vertebrados as seguintes características:
 Fendas branquiais externas na região da faringe;
 Sacos branquiais;
 Coração tubular;
Sistema de arcos aórticos na região branquial e músculos segmentados.
A medida que o desenvolvimento decorre, surgem mudanças que originam as
características específicas de cada um dos animais.
As semelhanças encontradas levam a concluir que os vários grupos evoluíram
a partir de um antepassado comum em condições ambientais diversas.

Evidências Biogeográfica
A distribuição geográfica de uma espécie depende das suas exigências
ecológicas actuais, mas também de factores históricos que condicionaram a
sua evolução. A fauna australiana, por exemplo, é constituída por alguns
animais que possuem um elevado primitivismo. É apenas nessa região que
existem os mamíferos marsupiais, que são mamíferos muito simples.
As evidências Biogeográficas baseiando-se na teoria da descendência com
modificação, se uma espécie descende da outra, é essencial que o ancestral e
o descendente compartilhem o mesmo local geográfico, ou seja, deve haver
continuidade geográfica entre eles. No entanto, há espécies que possuem
proximidade de relação de parentesco, mas são encontradas em regiões
geográficas diferentes, (PANTOJA, 2008).
Tipos de biogeografia
Biogeografia fenética – área de distribuição individual.
Biogeografia de dispersão – composição e afinidades de regiões e
localidades. Centros de origens e história da dispersão de táxon (Biogeografia
Filogenética).
Biogeografia Vicariante e Panbiogeografia – área de distribuição congruente
de táxon de filogenia distinta.

Evidências Citológicas
Foi em 1838 que Schleiden e Schwann definiram a célula como sendo a
unidade estrutural dos seres vivos e concluiram que as estruturas e ultra-
estruturas celulares são id6enticas em todos eles. Também os fenómenos
celulares – mitose, meiose e fecundação – apresentsm as mesmas
características gerais.
As evidências citolgicas consiste na constatação de que todos os organismos
são constituídos pelas mesmas unidades básicas: as células. A uniformidade
dos processos e mecanismos celulares pressupõe também uma unidade
evolutiva (ex: as semelhanças entre as estrutura das membranas celulares e os
processos de divisão celular).
Todos os animais e plantas são formados por pequenas unidades
fundamentais, as células.Estas formam-se sempre a partir de outras pré-
existentes, por divisão celular.Esta teoria apoia a selecção pois não é lógico
considerar que espécies com origem diferente, por coincidência,
apresentassem a mesma estrutura básica, bem como os mesmos fenómenos
(mitose e meiose).
Evidências Etológicas- Etologia compreende o estudo científico do
comportamento animal, termo que provêm do grego êthos (conduta,
costumes, comportamento) e lógos (estudo, tratado).
Comportamento adaptativo
O comportamento adaptativo afecta o sucesso reprodutivo. A adaptação,
capacidade do ser vivo em se ajustar ao ambiente, pode ser outra evidência,
uma vez que, por seleção natural, indivíduos portadores de determinadas
características vantajosas - como a coloração parecida com a de seu substrato
- possuem mais chances de sobreviver e transmitir a seus descendentes tais
características. Como exemplos de adaptação por seleção natural temos a
camuflagem e o mimetismo

Evidência molecular
nos mostra a semelhança na estrutura molecular de diversos organismos
sendo que, quanto maior as semelhanças entre as sequências das bases
nitrogenadas dos ácidos nucleicos ou quanto maior a semelhança entre as
proteínas destas espécies, maior o parentesco e, portanto, a proximidade
evolutiva entre as espécies, (PANTOJA, 2008).

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