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Plano de Aula – Ciências Professora Tina

9º ano – Ensino Fundamental Turmas: C e D Data: 21/08/2023

Unidade Temática: Vida e Evolução

Objeto do Conhecimento: Ideias Evolucionistas

Habilidade: EF09CI11 – Selecionar informações relevantes sobre a variação dos seres vivos e
discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da seleção natural sobre
as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo.

Evidências da evolução
Existem várias evidências da evolução biológica, ou seja,
existem indícios claros de que as espécies vivas sofreram
mudanças ao longo do tempo.

As evidências da evolução biológica são indícios


de que as espécies se modificaram ao longo do tempo. A evolução nada
mais é do que a descendência com modificação, ou seja, de acordo com essa
ideia, os seres vivos que vivem no planeta nos tempos atuais são diferentes
daqueles que viveram no passado e apresentam com estes um ancestral
comum.

É possível perceber por meio de uma série de evidências que os ancestrais


dos seres viventes eram distintos dos seres que vemos hoje. As evidências
da evolução precisam ser conhecidas para que possamos compreender a
história da vida no nosso planeta.

Evidências da evolução biológica

 Fósseis: podem ser definidos como restos ou vestígios (preservados de


alguma forma) de seres que viveram no passado. Eles são registros
claros de que os organismos que viveram no passado eram
diferentes dos atuais. Podemos observar, por exemplo, os dinossauros,
animais bem representados no registro fóssil e que não existem nos dias
atuais.
Os fósseis são restos ou vestígios de seres que viveram no passado

 Homologia: uma importante evidência da evolução biológica. Trata-


se de características que possuem a mesma origem embrionária, mas
nem sempre realizam a mesma função. Um exemplo são os membros
anteriores dos mamíferos, que, apesar de apresentarem funções
diferentes, apresentam mesmo arranjo de ossos. Isso nos leva a crer que
esses organismos apresentam um ancestral comum. Podemos observar
ainda melhor essas semelhanças anatômicas quando analisamos
embriões de vertebrados, os quais possuem uma anatomia bastante
semelhante, o que pode indicar uma ancestralidade comum.

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Os embriões de vertebrados são semelhantes

 Estruturas vestigiais: Não podemos nos esquecer de citar as estruturas


vestigiais, isto é, estruturas que possuíam funções importantes nos
ancestrais, mas hoje não apresentam tais funções. Um exemplo são os
olhos de peixes de caverna, que estão localizados embaixo de escamas.
O ambiente em que esses animais vivem é escuro e, portanto, a visão
não é necessária como provavelmente era nos ancestrais desses animais.

 Evidências celulares: Todos os seres vivos são formados por células,


com exceção dos vírus. Essas células apresentam muitas semelhanças
entre si, como a capacidade de sintetizar proteínas. Essa evidência
sugere parentesco entre os organismos.
As células dos seres vivos apresentam uma série de semelhanças

 Evidências moleculares: mostram que todas as formas de vida utilizam


o mesmo código genético. Com base nessa informação, fica claro que
as espécies apresentam parentesco. O macaco bonobo, por exemplo,
apresenta um mapa genético bem semelhante ao nosso. Estudos
mostram que humanos e bonobos compartilham 98,7% do mapa
genético.

Percebemos, portanto, que a evolução é uma teoria bem sustentada, e a ideia


de que as espécies sofrem mudanças ao longo do tempo é extremamente
válida. Compreender a evolução ajuda-nos a entender a história do nosso
planeta.

Órgãos homólogos e análogos


Ao compreender o que são órgãos homólogos e análogos, é possível identificar se um
determinado organismo possui ou não parentesco com outro.

Observe diferentes
estruturas que apresentam organização anatômica bastante semelhante.

Muitas vezes observamos o corpo dos animais e percebemos que estes


possuem características semelhantes, apesar das diferenças entre as espécies.
Características anatômicas, fisiológicas e até mesmo genéticas compartilhadas
entre os seres ajudam-nos a reforçar a teoria da ancestralidade comum,
sendo essas características consideradas, muitas vezes, evidências da evolução.

Estudando a embriologia e a anatomia dos organismos, é possível perceber a


existência de órgãos homólogos e órgãos análogos. Veja a seguir a diferença
entre eles:

→ Órgãos homólogos

Órgãos homólogos são aqueles que apresentam mesma origem embrionária,


mas nem sempre a mesma função. Esses órgãos são essenciais nos estudos
evolutivos, uma vez que espécies que possuem essa característica certamente
possuem certo grau de parentesco, ou seja, possuem um ancestral comum.

A mudança de função de estruturas com mesma origem embrionária pode ser


explicada por pressões seletivas do ambiente. Nesses casos, dizemos que houve
uma divergência evolutiva.

Os órgãos homólogos podem ser observados em diferentes organismos, como


é o caso da nadadeira dos golfinhos e das asas dos morcegos. A semelhança
observada na estrutura anatômica das duas, bem como a origem embrionária
semelhante, é facilmente perceptível. Entretanto, ao analisar a função,
percebemos que as asas garantem o voo, e a nadadeira favorece a
movimentação na água. O mesmo ocorre com a asa de uma ave e o braço de
um ser humano.

Órgãos análogos
Órgãos análogos, diferentemente dos homólogos, apresentam mesma
função, mas a origem embrionária não é a mesma e as estruturas são
anatomicamente diferentes. As funções semelhantes normalmente resultam de
uma pressão seletiva similar, que acabou tornando essa característica vantajosa
entre os organismos. Isso quer dizer que não há parentesco próximo entre as
espécies, sendo um caso de convergência evolutiva.

Estruturas análogas podem ser observadas, por exemplo, em animais que voam.
As asas das aves, apesar de servirem para voo, assim como a dos insetos, não
possuem mesma origem embrionária. Assim sendo, são órgãos análogos, pois
possuem mesma função, mas origem e anatomia diferentes.

Atividades
Responda as seguintes questões abaixo:

1) Quais são as 5 evidências evolutivas?


2) Quais são os exemplos que podemos citar sobre evidências evolutivas?
3) Qual foi a primeira evidência da evolução?
4) O que não deve ser considerada uma evidência da evolução?

5) Estudar a evolução de um determinado grupo de organismos é algo


complexo, difícil mesmo. Como saber quais etapas evolutivas se sucederam na
evolução? O que veio primeiro? Nesse sentido os cientistas têm buscado na
natureza provas da evolução. Essas provas aparecem principalmente de duas
maneiras básicas.
Pergunta-se: quais são essas duas maneiras principais pelas quais os
cientistas têm estudado a evolução?

6) (Unicamp) Várias evidências científicas comprovam que as aves são


descendentes diretas de espécies de dinossauros que sobreviveram ao evento
de extinção em massa que assolou o planeta 65 milhões de anos atrás. O
achado mais recente, um dinossauro emplumado chamado ‘Epidexipteryx hui‘,
foi apresentado na revista “Nature”. Alguns dinossauros menores adquiriram a
capacidade de voar, e foram eles, provavelmente, que sobreviveram ao
cataclismo e deram origem às aves modernas.
(Adaptado de Herton Escobar, “Curiosidades e maravilhas científicas do
mundo em que vivemos”.
https://www.estadao.com.br/vidae/imagineso_265208,0.htm. Acessado em
27/10/2008.)
a) Conforme o texto, as aves provavelmente seriam descendentes de um grupo
de dinossauros, relação cada vez mais evidenciada pelo estudo dos fósseis.
Contudo, as aves modernas diferem dos répteis quanto ao sistema respiratório,
diferença essa que pode ser considerada uma adaptação ao voo. Que
diferença é essa e como ela está relacionada ao voo?

7) A capacidade de voar ocorre não só em aves, mas também em mamíferos,


como os morcegos, e em insetos. Os pesquisadores explicam que as asas
podem ser órgãos homólogos, em alguns casos, e órgãos análogos, em outros.
Indique em quais dos animais citados as asas são órgãos homólogos e em
quais são órgãos análogos. Em que diferem esses dois tipos de órgãos?

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