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CEPI - Polivalente Antônio Carlos Paniago.

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Mineiros - GO, 05 de setembro de 2022
Série/Turma: 3a série- Ensino Médio Professora: Daniela Disciplina: Biologia

Evolução e adaptação

A evolução biológica corresponde ao processo de modificação e adaptação das espécies


ao longo do tempo. A atual diversidade de seres vivos é resultado de processos de transformação
e adaptação das espécies aos variados ambientes, constituindo a evolução biológica.

A ideia principal da evolução biológica é que todos os seres vivos compartilham um mesmo
ancestral. A partir dela, surgiu a enorme variedade de espécies que encontramos hoje. Pode-se
dizer que a evolução é o processo pelo qual os organismos modernos se desenvolveram, a partir
de antigos ancestrais.

Até meados do século XIX, predominava a ideia do criacionismo. De acordo com o


criacionismo, as espécies foram criadas por ato divino e se mantém imutáveis até hoje. Ainda em
meados do século XIX, começa a ganhar força a teoria evolucionista. Nesse contexto, as ideias de
Charles Darwin e Alfred Russel Wallace são as mais consistentes para explicar a evolução dos
seres vivos. Darwin afirmou que os seres vivos, inclusive o homem, descendem de ancestrais
comuns, que se modificaram ao longo do tempo.
Atualmente, a teoria do neodarwinismo explica a evolução dos seres vivos. Ela surgiu no
século XX e representa a união dos estudos de Darwin, principalmente a seleção natural, com as
descobertas na área da genética, como as leis de Mendel e as mutações.

As evidências da evolução
O esclarecimento do mecanismo de atuação da evolução biológica somente foi
concretamente conseguido a partir dos trabalhos de dois cientistas, o francês Jean Baptiste
Lamarck (1744 – 1829) e o inglês Charles Darwin (1809 – 1882).

A discussão evolucionista, no entanto, levanta grande polêmica. Por esse motivo é preciso
descrever, inicialmente, as principais evidências da evolução utilizadas pelos evolucionistas em
defesa de sua tese. Dentre as mais utilizadas destacam-se:

• Os fósseis;
• A semelhança embriológica e anatômica existente entre os componentes de
alguns grupos animais (notadamente os vertebrados);
• A existência de estruturas vestigiais;
• As evidências bioquímicas relacionadas a determinadas moléculas comuns
a muitos seres vivos.

O que são fósseis?

Um fóssil (do latim fossilis, tirado da terra) é qualquer vestígio de um ser vivo que habitou o
nosso planeta em tempos remotos, como uma parte do corpo, uma pegada e uma impressão
corporal. O estudo dos fósseis permite deduzir o tamanho e a forma dos organismos que os
deixaram, possibilitando a reconstrução de uma imagem, possivelmente parecida, dos animais
quando eram vivos. Os registros fósseis, são provas consistentes de que nosso planeta já abrigou
espécies diferentes das que existem hoje. Esses registros são uma forte evidência da evolução
porque podem nos fornecer indícios de parentesco entre estes e os seres viventes atuais, ao
observarmos, em muitos casos, uma modificação contínua das espécies.
A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia. A fossilização raramente ocorre porque
a matéria orgânica dos seres vivos tende a ser rapidamente decomposta. Logo, para que um
organismo seja fossilizado, os restos devem ser cobertos por sedimentos o mais rápido possível.
Existem diferentes tipos de fósseis e diferentes processos de fossilização.

Fóssil soterrado, fóssil de um dinossauro e de uma planta.

Processo de fossilização

Um fóssil se forma quando os restos mortais de um organismo ficam a salvo tanto da ação
dos agentes decompositores como das intempéries naturais (vento, sol direto, chuvas, etc.). As
condições mais favoráveis à fossilização ocorrem quando o corpo de um animal ou uma planta é
sepultado no fundo de um lago e rapidamente coberto por sedimentos.

Tipos de fossilização

Para que se dê a fossilização é necessário que o organismo fique rapidamente ao abrigo


dos agentes de erosão, o que acontece quando este ou algumas das suas partes constituintes ou
os seus restos são rapidamente cobertos por sedimentos. Este processo desenvolve-se em quatro
fases:
1- Quando morreram os animais depositaram-se no fundo do mar sendo rapidamente
cobertos por sedimentos;

2- Ao ficarem incorporados nos sedimentos sofreram os mesmos fenômenos de diagénese


(transformações que ocorrem no depósito sedimentar) e metamorfismo, fossilizando;

3- As rochas onde os fósseis se encontram incorporados sofrem modificações que fazem


elevar alguns estratos;

4- Os fósseis, devido à erosão ou a outros fatores aparecem a superfície alguns milhões de


anos mais tarde. Os tipos de fossilização são:

Moldagem

As partes duras dos organismos vão desaparecendo deixando nas rochas as suas marcas
(impressões), ou seja, o organismo é destruído, mas o molde persiste.

Mumificação

Os restos dos organismos preservam-se total ou parcialmente, normalmente em materiais


como o gelo, o âmbar ou resina fóssil.

Insetos preservados em âmbar e mamute preservado por congelamento.

Mineralização
As partes duras dos organismos tais como ossos, conchas desaparecem ficando no lugar
deles minerais. São transportados em águas subterrâneas. Os troncos das árvores são bons
exemplos deste tipo de fossilização.

Marcas fósseis

São pegadas, marcas ou até fezes fossilizadas.

Marcas das escamas do hadrossauro e pegadas de dinossauro, visíveis na rocha.

Órgãos análogos e homólogos

Algumas semelhanças entre os organismos são usadas como evidências do processo


evolutivo, como é o caso dos órgãos análogos e homólogos.

Ao observar o corpo de diversos animais de espécies diferentes, percebeu-se que algumas


características anatômicas e fisiológicas são comuns entre eles. Essas características são
consideradas evidências da evolução, uma vez que, segundo essa teoria, os seres vivos
apresentam ancestrais em comum.

Durante o processo de evolução, diversas características foram selecionadas e mantidas


porque elas favoreciam a sobrevivência de um ser em determinado ambiente. A semelhança entre
diversas estruturas anatômicas, por exemplo, evidencia que essas características foram
selecionadas e, consequentemente, passadas às futuras gerações.

Ao observar o desenvolvimento embrionário de diversos grupos de animais, percebemos


que existem poucas diferenças no início do crescimento. Essa também é uma evidência de que,
em algum ponto, todos possuíam um ancestral comum.

Observe a semelhança entre os embriões de diferentes vertebrados.

Quando organismos de espécies diferentes apresentam órgãos que possuem a mesma


origem embrionária e desempenham a mesma função ou não, dizemos que os órgãos são
homólogos.

Um exemplo de órgão homólogo é a nadadeira dos golfinhos e as asas dos morcegos.


Apesar de possuírem origem embrionária semelhante e esqueletos com o mesmo plano estrutural,
as duas estruturas apresentam funções bastante distintas. Enquanto a nadadeira ajuda na natação,
as asas auxiliam no voo.

Os órgãos homólogos são bastante usados nos estudos para estabelecer uma relação de
parentesco entre os organismos, uma vez que é sugerido que esses seres apresentam um
ancestral comum. Quando as estruturas acabam assumindo diferentes funções em resposta ao
modo de vida de cada ser vivo, dizemos que houve uma divergência evolutiva.
Existem ainda órgãos que desempenham a mesma função, mas não possuem a mesma
origem embrionária. Esses órgãos são chamados de análogos. Como exemplo, podemos citar as
asas de uma ave, em comparação às asas de insetos. Apesar de ambas ajudarem no voo, as asas
citadas apresentam origens embrionárias distintas.

Os órgãos análogos, diferentemente dos homólogos, não são utilizados em estudos que
estabelecem as relações filogenéticas entre os organismos, uma vez que eles não revelam a
descendência desses seres vivos. Eles são resultados de uma pressão evolutiva similar, que
acabou selecionando essas características. Quando isso acontece, dizemos que ocorreu uma
convergência evolutiva.

Resumindo:

Órgãos análogos: Mesma função e diferente origem embrionária.

Órgãos homólogos: Mesma função ou não e mesma origem embrionária.

Órgãos vestigiais

Os órgãos vestigiais – estruturas pouco desenvolvidas e sem função expressiva no


organismo, como o apêndice vermiforme e o cóccix - podem indicar que estes órgãos foram
importantes em nossos ancestrais remotos e, por deixarem de ser vantajosos ao longo da evolução,
regrediram durante tal processo. Estes órgãos podem, também, estar presentes em determinadas
espécies e ausentes em outras, mesmo ambas existindo em um mesmo período.
Uma última evidência, a evidência molecular, nos mostra a semelhança na estrutura
molecular de diversos organismos sendo que, quanto maior as semelhanças entre as sequências
das bases nitrogenadas dos ácidos nucleicos ou quanto maior a semelhança entre as proteínas
destas espécies, maior o parentesco e, portanto, a proximidade evolutiva entre as espécies.

Mapa Mental: Evidências da Evolução

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