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Celito Laimo Ahate

Eunice Anselmo Barrote

Muanema Clemente

Muanssura Bernardo

Lídia luís António júnior

"Evidências da evolução"

(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Gestão de Laboratório)

Universidade Rovuma

Nampula

2022
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Celito Laimo Ahate

Eunice Anselmo Barrote

Muanema Clemente

Muanssura Bernardo

Lídia luís António júnior

Evidências da evolução

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Biologia Evolutiva,
curso de licenciatura em ensino de
Biologia 4ºano, leccionado pelo
MSC: Celestino João

Universidade Rovuma

Nampula

2023
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Índice
Introdução......................................................................................................................4
Evidências da evolução..................................................................................................5
Evidências......................................................................................................................5
Objectivo das evidências de acção da evolução............................................................5
As principais evidências da evolução............................................................................6
Evidência Fóssil.............................................................................................................6
Evidências Analógica e homologia................................................................................6
Evidencias homologia....................................................................................................6
Evidencias Analogia......................................................................................................7
Evidências celulares e moleculares................................................................................8
Evidências anatómicas e fisiológicas.............................................................................8
A adaptação ao ambiente...............................................................................................9
Os órgãos vestigiais.......................................................................................................9
Funções do estudo das evidências da evolução.............................................................9
Factores do estudo das evidências da evolução...........................................................10
Conclusão.....................................................................................................................12
Referencias Bibliografias.............................................................................................13
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Introdução
A teoria da evolução é um dos pilares fundamentais da biologia, e sua compreensão é
crucial para entender a diversidade de vida na Terra. A evolução é um processo que
ocorre ao longo do tempo e se dá através da selecção natural, onde indivíduos mais
adaptados ao ambiente têm maior probabilidade de sobreviver e se reproduzir,
transmitindo suas características vantajosas às próximas gerações. Teoria
evolucionista baseada nas ideias de Charles Darwin. Assim como outras teorias
evolucionistas, o darwinismo defende a descendência com modificação, contrapondo,
portanto, a ideia fixista de que as espécies são imutáveis.

Este trabalho tem como objectivo explorar as diversas evidências que sustentam a teoria
da evolução, desde os registos fósseis até a genética molecular. Serão analisados estudos
científicos e exemplos práticos que demonstram a acção da evolução em diferentes
organismos, incluindo plantas e animais. Será discutido como as evidências da evolução
são fundamentais para a compreensão da história da vida na Terra, e como elas ajudam
a explicar a diversidade e a complexidade da vida actual. Também será abordado o
papel da evolução na adaptação dos seres vivos a diferentes ambientes e situações, além
de sua relevância para a medicina e outras áreas de pesquisa. Por meio desta pesquisa,
espera-se que seja possível entender mais profundamente a teoria da evolução, suas
evidências e implicações, bem como sua importância para a compreensão da biologia
em geral.
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1. Evidências da evolução

As teorias evolutivas sugerem que os organismos sofreram modificações desde o seu


surgimento no planeta até os dias actuais e que alguns não foram capazes de sobreviver
às pressões exercidas pelo meio e acabaram sendo extintos.  Diante disso, é fácil
perceber que os seres vivos que hoje habitam o planeta não são os mesmos que
habitavam milhares de anos atrás.

Charles Darwin foi um dos pesquisadores mais influentes da história da ciência, uma


vez que levantou importantes pontos sobre como as espécies mudaram ao longo dos
tempos. Teoria evolucionista baseada nas ideias de Charles Darwin. Assim como outras
teorias evolucionistas, o darwinismo defende a descendência com modificação,
contrapondo, portanto, a ideia fixista de que as espécies são imutáveis.

2. Evidências

Evidências da acção da evolução são as observações e dados que apoiam a ideia de que
as espécies mudam e evoluem ao longo do tempo. Essas evidências incluem a
diversidade de formas de vida presentes na Terra, a distribuição geográfica das espécies,
o registo fóssil, a biogeografia, a genética populacional e a biologia molecular. Juntas,
essas evidências sustentam a teoria da evolução e fornecem uma compreensão científica
de como a vida na Terra mudou e se desenvolveu ao longo de bilhões de anos.

2.1. Objectivo das evidências de acção da evolução

O objectivo das evidências da acção da evolução é fornecer provas empíricas de que a


evolução ocorre e como ela ocorre. As evidências são baseadas em observações e dados
obtidos de várias fontes, incluindo fósseis, biogeografia, anatomia comparada,
embriologia, genética e biologia molecular.

Essas evidências fornecem uma compreensão mais completa da história da vida na


Terra e como as diferentes espécies se relacionam umas com as outras. Além disso, as
evidências da evolução são importantes para a medicina, agricultura e conservação,
permitindo o desenvolvimento de tratamentos médicos e melhores práticas agrícolas,
bem como ajudando a proteger espécies ameaçadas de extinção.
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2.2. As principais evidências da evolução

Segundo as teorias evolutivas, a vida surgiu no planeta e desde então espécies têm
surgido, desaparecido e mudado ao longo do tempo.

 Diversas evidências sustentam esse fato e destacaremos alguns pontos importantes que
nos ajudam a perceber que os organismos realmente sofreram mudanças aos longos dos
anos.

 Evidência Fóssil

Os fósseis são restos ou vestígios de organismos preservados que possuem mais de 10


mil anos e fornecem importantes informações a respeito da vida nos tempos pretéritos e
como era o ambiente em determinada época. Ossos, marcas de dentes, pegadas e fezes
petrificadas, dos dinossauros, que possuem seu registro bem documentado nos
fossaram.

Os fósseis são considerados evidências da evolução porque, por meio deles, é possível
observar as características de seres vivos que hoje não mais compõem a fauna e a flora
do planeta. Analisando o conjunto de organismos fósseis, é possível ver que o planeta
em que vivemos hoje é completamente diferente biologicamente do planeta de 65
milhões de anos atrás. Assim sendo, eles comprovam que a vida surgiu e modificou-se
através do tempo.

A fossilização tem como a finalidade, nos permite estudar as espécies que existiram no
passado e como elas mudaram ao longo do tempo.

 Evidências Analógica e homologia

Analogia e homologia são dois termos importantes quando tratamos de Biologia


Evolutiva. Entretanto, apenas homologias se relacionam com ancestralidade comum.

 Evidencias homologia

A homologia pode ser definida como semelhanças encontradas em


diferentes espécies resultadas de uma ancestralidade comum e que apresentam a
mesma origem embrionária. As características consideradas homólogas podem
apresentar ou não a mesma função.)
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Tipos de homologia que apresentam diferentes funções podem indicar que as espécies
compartilham um ancestral comum, porém pressões selectivas fizeram com que as
estruturas adquirissem funções distintas. Dizemos, nesse caso, que as homologias são
resultadas de uma irradiação adaptativa.

Um caso especial de homologia diz respeito às chamadas estruturas vestigiais. Essas


estruturas apresentam pouca ou nenhuma função para o organismo, entretanto, eram
importantes para seus ancestrais.

Uns exemplos de estrutura vestigial são olhos escondidos em escamas de espécies de


peixes cegos que vivem em cavernas.

Um exemplo de homologia é o membro anterior dos mamíferos. Se analisarmos


detalhadamente os ossos de diferentes mamíferos, verificaremos que todos apresentam a
mesma organização do esqueleto, desde os ombros até a base dos dedos. Mesmo em
mamíferos muito distintos, tais como os seres humanos, baleias e morcegos, o arranjo
dos ossos dos membros anteriores é igual. Sua função, no entanto, nem sempre é a
mesma.

Nos exemplos citados, há os seres humanos, que usam seus membros anteriores para
manipular objectos; as baleias, que usam os membros para natação; e os morcegos, que
os usam para voar. Apesar das diferentes funções, são observados os mesmos elementos
básicos do esqueleto e a mesma origem embrionária.

 Evidencias Analogia

Analogias apresentam funções semelhantes, porém não há compartilhamento de


ancestralidade directa. Essas estruturas surgem em decorrência da evolução
convergente, ou seja, os ancestrais dessas espécies viveram em ambientes similares ou
sofreram pressões selectivas semelhantes, e as características vantajosas foram mantidas
nesses grupos.

Exemplo de analogia
Um exemplo de analogia pode ser observado quando analisamos asas de pássaros
e de morcegos. Apesar de as duas estruturas serem visualmente semelhantes e estarem
relacionadas com o voo, uma análise mais detalhada nos permite observar diferenças
marcantes, como o fato de a asa das aves apresentar penas por todo o comprimento do
braço e a dos morcegos apresentar membranas entre os dedos.
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Outro ponto a ser considerado é que esses animais não possuem um ancestral comum
com asas do qual herdaram essa característica, sendo o ancestral que deu origem às aves
distinto daquele que originou os morcegos.

 Evidências celulares e moleculares

A análise das células e a bioquímica dos organismos têm revelado que existe muita
semelhança entre todos os seres vivos. Incluem semelhanças e diferenças no ADN,
RNA e proteínas entre organismos relacionados. Essas evidências podem indicar a
relação evolutiva entre as espécies e também ajudar a entender como a evolução ocorreu
em nível molecular. Estudos indicam que o mapa genético do macaco bonobo, por
exemplo, é 98,7% igual ao do ser humano, mostrando que somos parentes
próximos desses seres.

Destaca-se as semelhanças observadas nos seres vivos a nível celular e molecular. Em


virtude do desenvolvimento de tecnologias modernas, ficou fácil analisar as células dos
organismos e as substâncias que as compõem. Quando falamos em células, é possível
perceber que existem diferenças entre um tipo celular e outro, entretanto, algumas
características são bastante similares. Além disso, é fundamental citar que todos os seres
vivos são constituídos por essas estruturas, sendo uma evidência, portanto, que temos
ancestrais em comum.

 Evidências anatómicas e fisiológicas

Incluem semelhanças e diferenças entre estruturas anatómicas de organismos


relacionados, como os membros dos vertebrados, a estrutura das asas dos insectos e
aves, etc. Essas evidências podem indicar um ancestral comum e também ajudar a
entender as adaptações evolutivas.

Quando uma determinada espécie possui órgãos que se desenvolvem de maneira


semelhante à de outra, dizemos que elas possuem órgãos homólogos. Esses órgãos
podem ou não apresentar a mesma função.

Ex: O braço de um ser humano e a asa de um morcego.

Outras vezes, no entanto, os órgãos possuem a mesma função, mas pela análise da
anatomia, é possível verificar que a origem embrionária é diferente. Nesses casos,
dizemos que os órgãos são análogos e surgiram provavelmente como uma forma
de adaptação a um determinado ambiente. Ex: As asas das borboletas e dos pássaros.
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 A adaptação ao ambiente

A adaptação, capacidade do ser vivo em se ajustar ao ambiente, pode ser outra


evidência, uma vez que, por selecção natural, indivíduos portadores de determinadas
características vantajosas, como a coloração parecida com a de seu substrato, possuem
mais chances de sobreviver e transmitir a seus descendentes tais características. Assim,
ao longo das gerações, determinadas características vão se modificando, tornando cada
vez mais eficientes. Como exemplos de adaptação por selecção natural temos a
"camuflagem e o mimetismo."

 Os orgãos vestigiais

Estruturas pouco desenvolvidas e sem função expressiva no organismo, como o


apêndice vermiforme e o cóccis, podem indicar que estes órgãos foram importantes em
nossos ancestrais remotos e, por deixarem de ser vantajosos ao longo da evolução,
regrediram durante tal processo. Estes órgãos podem, também, estar presentes em
determinadas espécies e ausentes em outras, mesmo ambas existindo em um mesmo
período.

Ex: O apêndice nos humanos.

2.3. Funções do estudo das evidências da evolução

As funções das evidências da acção da evolução é de nos fornecer informações que nos
permitem entender como as espécies mudam ao longo do tempo. Essas evidências nos
ajudam a entender a diversidade da vida na Terra e como as espécies se adaptam a
diferentes ambientes.

 Confirmar a teoria da evolução: As evidências da acção da evolução ajudam a


confirmar a teoria da evolução, mostrando que as espécies mudam ao longo do
tempo em resposta a pressões ambientais e outras influências.
 Identificar padrões de evolução: As evidências da acção da evolução nos
ajudam a identificar padrões de evolução, como a evolução convergente e
divergente, que nos ajudam a entender como as espécies mudam e evoluem em
resposta a diferentes pressões selectivas.
 Revelar a história evolutiva das espécies: As evidências da acção da evolução
também nos permitem reconstruir a história evolutiva das espécies, incluindo
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seus ancestrais comuns e as relações evolutivas entre diferentes grupos de


organismos.
 Fornecer informações para a conservação da biodiversidade: As evidências
da acção da evolução também são importantes para a conservação da
biodiversidade, pois nos ajudam a entender como as espécies se adaptam a
diferentes ambientes e como podemos proteger esses ambientes para preservar a
diversidade da vida na Terra.

2.4. Factores do estudo das evidências da evolução

A evidência da acção da evolução é encontrada em várias áreas da biologia, incluindo


alguns factores como: anatomia comparada, genética, biogeografia e paleontologia.

Um dos factores mais evidentes da evolução é a semelhança entre as estruturas


corporais de diferentes espécies. Por exemplo, a semelhança entre os membros
dianteiros de mamíferos como cavalos, baleias, morcegos e primatas indica que esses
animais compartilham um ancestral comum com membros dianteiros semelhantes. Essa
semelhança entre estruturas corporais é conhecida como homologia e é uma das
principais evidências da evolução.

 Outro factor importante é a diversidade genética. A variação genética é a


matéria-prima evolução e é a fonte da diversidade de vida na Terra. Os cientistas
podem comparar as sequências de ADN de diferentes espécies para determinar a
relação evolutiva entre elas. Eles também podem estudar as variações genéticas
dentro de uma espécie para entender como a selecção natural pode levar a
mudanças na frequência de certos alelos ao longo do tempo.

 A biogeografia é outra área da biologia que fornece evidências da evolução. A


distribuição geográfica de espécies pode ser usada para entender como elas se
originaram e como evoluíram ao longo do tempo. Por exemplo, as espécies de
marsupiais são encontradas apenas na Austrália e nas regiões adjacentes,
sugerindo que eles evoluíram em isolamento naquela área.

 A paleontologia é uma das principais fontes de evidência da evolução. Os


fósseis fornecem uma janela para o passado e permitem que os cientistas
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estudem como as espécies mudaram ao longo do tempo. Eles também podem ser
usados para entender como as espécies evoluíram em resposta a mudanças no
ambiente.

As evidências da acção da evolução são encontradas em várias áreas da biologia. A


semelhança entre as estruturas corporais, a diversidade genética, a biogeografia e a
paleontologia é apenas alguns exemplos de como os cientistas podem estudar a
evolução das espécies. Essas evidências nos ajudam a entender como a vida na Terra
mudou e se adaptou ao longo do tempo.
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Conclusão

Podemos concluir que a evolução é um processo contínuo e constante que molda a


diversidade da vida em nosso planeta, a teoria da evolução por selecção natural,
proposta por Charles Darwin e Alfred Russel Wallace no século XIX, é sustentada por
um vasto acervo de evidências científicas provenientes de diversas áreas do
conhecimento. Através da análise de fósseis, gen omas, padrões de distribuição
geográfica e observações de campo, os cientistas conseguiram reconstruir a história
evolutiva das espécies e elucidar os mecanismos que conduzem à diversidade biológica.
As evidências da evolução incluem a homologia entre estruturas anatómicas de
diferentes organismos, a presença de vestígios evolutivos em órgãos vestigiais e a
existência de padrões de adaptação em resposta à selecção natural.

Em suma, o estudo da evolução é fundamental para a compreensão da vida na Terra, e a


investigação das evidências da evolução é um testemunho da capacidade humana de
explorar o mundo natural e compreendê-lo em toda a sua complexidade.
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Referencias Bibliografias
Darwin, C. (1859). A Origem das Espécies por Meio da Selecção Natural. Londres:
John Murray.

Futuyma, D. J. (2005). Evolution. Sunderland, MA: Sinauer Associates.

Coyne, J. A., & Orr, H. A. (2004). Speciation. Sunderland, MA: Sinauer Associates.

Gould, S. J. (2002). A Estrutura da Teoria da Evolução. São Paulo: Martins Fontes.

Kirschner, M., & Gerhart, J. (2005). The Plausibility of Life: Resolving Darwin's
Ridley, M. (2004). Evolution. Oxford: Oxford University Press.

Zimmer, C. (2018). She Has Her Mother's Laugh: The Powers, Perversions, and
Potential of Heredity. New York: Dutton.

Jablonka, E., & Lamb, M. J. (2005). Evolution in Four Dimensions: Genetic,


Epigenetic, Behavioral, and Symbolic Variation in the History of Life. Cambridge, MA:
MIT Press.

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