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Índice
CAPITULO I:.............................................................................................................................4

1.1 Introdução.........................................................................................................................4

1.2Objectivos..........................................................................................................................5

1.2.1 Objectivo geral...........................................................................................................5

1.2.2 Objectivo específico..................................................................................................5

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................6

2.1 Evolução Biológica..........................................................................................................6

2.1.1 Teoria da evolução da espécie: a origem das espécies..............................................6

2.1.2 Principais evidências da evolução da espécie humana para Darwin.........................6

2.1.3 Evidências da evolução da espécie humana..............................................................7

CAPITULO III: METODOLOGIA.........................................................................................10

3.1 Introdução.......................................................................................................................10

3.2 Pesquisa..........................................................................................................................10

CAPITULO IV: ANALISE E DISCUSSÃO DE DADOS......................................................12

CAPITULO V:.........................................................................................................................14

Considerações finais.............................................................................................................14

Referências bibliográficas....................................................................................................15

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CAPITULO I:

1.1 Introdução

A Evolução Biológica é caracterizada pelas alterações nas características hereditárias


de populações de seres vivos através de gerações, resultando em mudanças nestas populações
e, consequentemente, na diversificação das espécies ao longo do tempo.

De acordo com Futuyma (2009), um sistema em evolução é simplesmente aquele que


descende de uma entidade, de uma geração para outra, ao longo do tempo, e no qual as
características das entidades diferem através das gerações”. Portanto, evolução consiste em
mudança; são alterações genéticas, anatômicas e comportamentais que ocorrem ao longo de
várias gerações, acumulando-se no decorrer dos anos, resultando em linhagens visivelmente
diferentes, que levam então ao surgimento de novas espécies.

Futuyma (1992) argumenta que a Evolução Biológica é um conjunto de afirmações


interligadas sobre seleção natural e outros processos que a causam, segundo uma gama de
evidências amplamente aceitas, assim como a teoria atômica e a teoria da mecânica
newtoniana são conjuntos de afirmações que descrevem causas e fenômenos químicos e
físicos.

Os conceitos relativos à Evolução Biológica como fundamentais para a compreensão


das Ciências Biológicas, bem como os problemas, registrados na literatura da área, que
envolvem seu ensino e aprendizagem, o presente trabalho tem por objetivo principal
identificar as concepções que professores de Biologia possuem a respeito do tema Evolução
Biológica.

A fim de torna o trabalho claro e de fácil compreensão ele esta estruturado em 4 capítulos: no
primeiro capítulo, podemos encontrar a introdução do tema e os seus objectivos, no segundo
escolhi enfatizar a natureza, importância e significados da Evolução Biológica a fim de
contextualizar a relevância dos conceitos evolutivos para a compreensão da Biologia, bem
como, o desenvolvimento histórico do pensamento evolutivo biológico, no terceiro tem as
metodologias utilizadas para a elaboração do trabalho, no quarto se encontra as análises e
interpretação dos dados obtidos e por fim o quinto as considerações finais e as referencias
bibliográficas .

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1.2Objectivos

1.2.1 Objectivo geral

 Falar das evidências da evolução biológica da espécie humana na concepção dos


professores de biologia.

1.2.2 Objectivo específico

 Conceitualizar evidências biológicas;


 Mencionar as diferentes evidências biológicas segundo Darwin;
 Identificar as principais evidências biológicas da espécie humana.

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CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Evolução Biológica

Dobzhansky (1973) na célebre frase “Nada em Biologia faz sentido se não for à luz
da Evolução”. Afirmando que na Biologia, é a realidade da Evolução Biológica que em
última instância confere coesão e vincula, direta ou indiretamente, cada um a todos os outros
estudos biológicos.

Segundo Ayala (1983), até o século XIX, o conjunto das explicações dos processos
que permitiram toda esta diversidade, era chamado de Teoria da Evolução Biológica, no
sentido de que poderia existir alguma probabilidade de que as explicações fossem incorretas.
Apesar do termo Teoria da Evolução Biológica ser usual nos meios de ensino e de pesquisa,
já não se duvida que a Evolução Biológica seja efetivamente um fato.

Futuyma (1992) argumenta que a Evolução Biológica é um conjunto de afirmações


interligadas sobre seleção natural e outros processos que a causam, segundo uma gama de
evidências amplamente aceitas, assim como a teoria atômica e a teoria da mecânica
newtoniana são conjuntos de afirmações que descrevem causas e fenômenos químicos e
físicos.

2.1.1 Teoria da evolução da espécie: a origem das espécies

De autoria de Darwin a Origem das Espécies contém duas teses separadas: a de que
todos os organismos descendem com modificação a partir de ancestrais comuns e a de que o
principal agente de modificação é a ação da seleção natural sobre a variação individual.
Darwin foi o primeiro a ordenar em grande escala as evidências da primeira tese, recorrendo
para isto, aos registros fossilíferos, à distribuição geográfica das espécies, à anatomia e à
embriologia comparadas e à modificação observada em organismos domésticos.

2.1.2 Principais evidências da evolução da espécie humana para Darwin

Descendência comum

Concebia que todos os organismos derivavam, inclusive o homem, em última


instância, de uns poucos ancestrais primitivos, ou possivelmente de uma única primeira vida.

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Esta concepção relegou o homem, sob uma visão materialista, ao mesmo plano de todos os
demais organismos vivos, contrariamente ao dogma cristão e à filosofia de Descartes.

Ela mobilizou diversas áreas da Biologia, principalmente a Anatomia Comparada, em


prol da determinação do parentesco e das prováveis características dos ancestrais comuns,
tarefa esta inacabada até os nossos dias, pois ainda permanecem diversas dúvidas sobre o
ancestral comum de diversos grupos de plantas e de animais.

Causalidade evolutiva

Tinha dois pontos a serem esclarecidos para Darwin. O primeiro era a produção
abundante de variação genética, que Darwin não sabia explicar a origem uma vez que lhe
faltava o conhecimento sobre a natureza biológica da hereditariedade. O segundo ponto era a
sobrevivência diversificada e a reprodução, ou seja, a seleção entre a superabundância dos
indivíduos produzidos em cada geração. Esta seleção natural não era um “fenômeno ao
acaso”, como Darwin tantas vezes foi acusado de haver admitido, mas causada estritamente
pela interação entre herança genética e fatores ambientais.

Mutação

A mutação era a força diretora da Evolução Biológica. A seleção natural somente


contribuiria para eliminar as mutações não vantajosas de uma população. Ou seja, o
progresso evolutivo ocorre quando surge uma mutação valiosa substituindo sua antecessora
menos valiosa. H. de Vries, W. Bateson e T.H. Morgan, todos reconhecidos geneticistas e
cientistas, foram defensores da corrente mutacionista.

Seleção natural

Segundo Futuyma (1992), paralelamente à corrente Mutacionista, desenvolvia-se a


corrente Selecionista. Esta corrente era fundamentada pela mais importante das teorias
evolutivas de Darwin, a da Seleção Natural. Esta teoria tentava explicar, com o auxílio de
causas materiais, aquilo que anteriormente havia sido explicado por causas sobrenaturais, ou
pelo desígnio.

2.1.3 Evidências da evolução da espécie humana

EVIDÊNCIA 1 – O REGISTRO FÓSSIL

Duas informações do registro fóssil constituem importantes evidências da evolução da


vida. A primeira é a ordem cronológica em que os fósseis se encontram, nas várias camadas

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geológicas. A segunda é a existência de formas intermediárias entre grupos considerados
aparentados evolutivamente.

EVIDÊNCIA 2 – A UNIDADE DA VIDA

Se todas as espécies tivessem aparecido simultânea e independentemente, elas


poderiam ter encontrado soluções semelhantes para problemas semelhantes, mas não
deveriam apresentar uma homogeneidade estrutural, bioquímica e fisiológica; alguns animais
poderiam não ter a célula como sua unidade básica, por exemplo. Da mesma forma, a não ser
a descendência de um ancestral comum, não existe razão para explicar por que organismos
tão diferentes, como bactérias, fungos, bananeiras, ostras, macacos e peixes tivessem, todos,
o DNA como molécula carregadora da informação genética. Nem seriam os códigos
genéticos responsáveis pela tradução dos genes em proteínas praticamente idênticos em todos
esses organismos.

EVIDÊNCIA 3 - ÁRVORES FILOGENÉTICAS

Uma das características de nossa espécie é a capacidade de organizar as coisas.


Assim, dado um grupo de objetos, podemos facilmente construir uma classificação para eles.

EVIDÊNCIA 4 – AS RESTRIÇÕES EVOLUTIVAS

Uma das conseqüências da evolução é que as espécies, ao se adaptarem a novas


condições, necessariamente usam modificações de estruturas preexistentes. Se todas as
espécies houvessem aparecido simultaneamente, suas estruturas estariam adaptadas aos seus
ambientes de maneira perfeita e independente.

EVIDÊNCIA 5 – FORMAS VESTIGIAIS

Se as espécies evoluem a partir de outras, elas herdam dessas outras os genes que
determinam seus caracteres morfológicos e bioquímicos, mesmo que nem sempre esses genes
sejam úteis às novas condições de vida.

EVIDÊNCIA 6 – A HERANÇA COMUM DO INÚTIL

As espécies possuem restrições às possibilidades de adaptação ao ambiente, que são


consequência de sua história evolutiva. Essas restrições fazem com que as soluções
encontradas pelas espécies, na sua adaptação ao meio, sejam, frequentemente, imperfeitas. O

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projeto Genoma Humano (e vários outros projetos genoma, como o de moscas, vermes,
fungos e plantas) mostrou uma enorme redundância e a presença de uma quantidade
formidável de ADN não codificante.

EVIDÊNCIA 7 – A HERANÇA COMUM DO ÚTIL

Quando espécies semelhantes têm estruturas ou moléculas semelhantes, uma


explicação alternativa à ancestralidade em comum é a convergência evolutiva. Assim, pode
ser que o fato de termos cinco dedos nas mãos, como os macacos, não esteja ligado ao fato de
sermos descendentes da mesma espécie, mas a alguma vantagem de ter cinco, em vez de
quatro ou seis dedos na mão.

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CAPITULO III: METODOLOGIA

3.1 Introdução

Tartuce (2006) aponta que a metodologia científica trata de método e ciência. Método
(do grego methodos; met'hodos significa, literalmente, “caminho para chegar a um fim”) é,
portanto, o caminho em direção a um objetivo; metodologia é o estudo do método, ou seja, é
o corpo de regras e procedimentos estabelecidos para realizar uma pesquisa; científica deriva
de ciência, a qual compreende o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente
ordenados em relação a determinado domínio do saber.

Metodologia científica é o estudo sistemático e lógico dos métodos empregados nas


ciências, seus fundamentos, sua validade e sua relação com as teorias científicas. Em geral, o
método científico compreende basicamente um conjunto de dados iniciais e um sistema de
operações ordenadas adequado para a formulação de conclusões, de acordo com certos
objetivos predeterminados.

3.2 Pesquisa

Segundo Gil (2007, p. 17), pesquisa é definida como o:

(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo


proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A
pesquisa desenvolve- se por um processo constituído de várias
fases, desde a formulação do problema até a apresentação e
discussão dos resultados.

3.2.1 Tipo de pesquisa

Quanto ao procedimento

De acordo com Fonseca (2002), a pesquisa possibilita uma aproximação e um entendimento


da realidade a investigar, como um processo permanentemente inacabado. Ela se processa
através de aproximações sucessivas da realidade, fornecendo subsídios para uma intervenção
no real.

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Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já


analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos,
páginas de web sites.

Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao
pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas
científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências
teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre
o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002).

Pesquisa de campo

A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa


bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de
diferentes tipos de pesquisa (pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa participante,
etc.) (FONSECA, 2002).

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CAPITULO IV: ANALISE E DISCUSSÃO DE DADOS

Neste capítulo é feita a análise dos dados obtidos através das entrevistas feitas aos professores
de biologia acerca das diferentes concepções sobre as evidências da evolução da espécie
humana.

O trabalho teve a sua área/campo de estudo a Escola Secundária de Chokwe, tem como
público-alvo os professores de biologia, as entrevistas foram feitos em dois professores de
biologia abaixo citados:

 Lourenço Pinheiro J. Maurício: Licenciado em Biologia na Universidade


Pedagógica, Beira, de 33 anos.

 Rainha Ernesto Chimoio: Licenciada em Biologia na Universidade Pedagógica,


Beira, 28 anos.

A entrevista aos professores de biologia foram feitas a mesma hora, tendo em conta ao tema
as respostas dos professores foram de uma forma quase idênticas para as perguntas feitas.
Seguindo das questões:

1. O que são evidencias biologias?

O professor Lourenço respondeu dizendo que as evidências biológicas são índices de


que a espécie humana modificaram-se ao longo do tempo, acrescentado que ela é a
descendência com modificação ou seja os seres vivos que vivem no planeta nos tempos
actuais são diferentes daqueles que viveram no passado e apresentam com estes um ancestral
comum.

A professora Rainha respondeu que as evidências biológicas corresponde ao processo


de modificação e adaptação das espécies ao longo do tempo. Acrescentado a ideia do colega
que é possível perceber por meio de serie de evidências que os ancestrais dos seres viventes
eram destintos dos seres que vemos hoje. E acrescentou ainda que as evidências da evolução
precisam ser conhecidas para que possamos compreender a história da vida no nosso planeta.

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2. Quais são os tipos das Evidencias Biológicas?

Para esta pergunta os 2 colegas entrevistados tiveram as mesmas respostas que existem
evidências de vários tipos, como:

 A estratigrafia dos fósseis;


 A existência de fósseis de formas intermediárias entre organismos;
 A presença dos mesmos tipos de estruturas moleculares em todos os seres vivos;
 A corroboração das árvores filogenéticas com evidências moleculares e
paleontológicas;
 Os experimentos de evolução acelerada em laboratório com vírus;
 As maneiras com que as espécies se adaptam ao meio, levando em conta, cada vez, as
estruturas preexistentes;
 As formas vestigiais morfológicas e moleculares;
 As heranças comuns do que é útil e do que é inútil.

Acrescentado que essas evidências são indicações fortes, mesmo consideradas


individualmente, do padrão de ancestralidade comum dos seres vivos. Tomadas em conjunto,
elas constituem prova clara do fato da evolução biológica.

3. Se eles acreditam ou não nessas evidências?

A resposta para essa questão foi dada por unanimidade, afirmando eles que sim e que
o estudo o estudo desse tema é de extrema importância no campo de biologia, principalmente
por permitir uma visão integrada dos conhecimentos acerca dos seres vivos.

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CAPITULO V:

Considerações finais

Considerando que este trabalho foi elaborada pensando naqueles que se empenham
em ensinar os conhecimentos biológicos, em especial o tema Evolução Biológica, algumas
considerações finais sobre as perspectivas de continuidade deste trabalho se fazem relevantes.
Longe de apontar aspectos novos ou soluções definitivas, apenas têm o objetivo identificar as
diferentes concepções que vários professores de biologia têm acerca das evidências da
evolução da espécie humana.

Evolução Biológica, conforme identificadas e discutidas no capítulo 4. No entanto,


também concordo com Matthews (apud Leite, 2004), quando este diz que incluir a História, a
Filosofia e a Sociologia da Ciência nos currículos (tanto de disciplinas científicas do ensino
básico como em cursos de formação de professores de Ciências), não soluciona todos os
problemas da educação científica.

Acredito na necessidade de um investimento maior em pesquisas que visem obter um


quadro mais detalhado sobre o ensino da disciplina Biologia, mais especificamente do tema
Evolução Biológica, em Moçambique. Investigações nesse sentido permitiriam entender, por
exemplo, porque o tema Evolução Biológica vem sendo abordado de forma tão superficial e
equivocada.

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Referências bibliográficas

AYALA, F.J. (1983). La evolucion em accion: teoría y processos de la evolución


orgánica. Madrid: Alambra, 1983.

DOBZHANSKY, T. (1973). Nothing in Biology makes sense except in the light of


evolution. Amer.Biol.Teacher.

FUTUYMA, D. J. (1992). Biologia Evolutiva. Trad. De Mário de Vivo e Fábio de


Melo Sene. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética/CNPq.

FUTUYMA, D.J. (2002). Evolução, Ciência e Sociedade. São Paulo: Editor de Livros
SBG, 2002.

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