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Crescimento: diz respeito à mudança das dimensões do individuo, quer consideremos o corpo como um todo,
quer consideremos alguma das suas partes
quantitativa
Características do crescimento
Transformação de uma célula única – ovo fecundado - num organismo completamente formado – embrião de 8 sem. –
consegue-se pela conjugação de um conjunto de processos, regulados, que implicam diferentes etapas.
Após o aumento inicial – multiplicação celular – o nº de cel é desorganizado. Segue-se um período de organização
progressiva – migração celular; criação de espaços – que culminara com o desempenho de uma função para as
mesmas, geneticamente programadas – diferenciação celular; aquisição de uma função especifica
Pode também seguir um outro trajeto – aumento do espaçamento celular dá-se a formação de sulcos, pregas e
finalmente acontece a diferenciação celular e a aquisição de uma função celular especifica
Os processos biológicos responsáveis pelas modificações e turnover do organismo humano, desde a conceção até à
idade adulta, são:
A fase de crescimento em que o organismo se encontra determina o predomínio de um ou de outro destes processos
Os diferentes tecidos, órgãos e características morfológicas externas não crescem em simultâneo, fazendo o organismo
humano a gestão das reservas energéticas de que dispõe para obter uma maior eficiência durante o processo de
crescimento fazendo com que os momentos de maior estabilidade no crescimento morfológico, dimensional e
consequente estabilidade proporcional, são provavelmente os mais favoráveis à obtenção de novas aprendizagens
Linfóide: timo, pelos gânglios linfáticos e pelas placas de Peyer do intestino. Caracteriza- se
por um rápido crescimento -3 anos seguido de um crescimento mais lento - início da puberdade, momento em que
estes órgãos atingem o seu peso máximo A partir do início da puberdade, e até à idade adulta, há uma diminuição
rápida da sua velocidade de crescimento.
Neural: órgãos que derivam do folheto germinativo ectodérmico - medula espinal, cérebro, epiderme, olho -
Caracteriza-se por um desenvolvimento rápido nas primeiras idades, de tal forma que aos 7 anos o peso destes órgãos
representa 95% do seu peso definitivo, alcançado durante a puberdade.
Genital: é apresentado pela maior parte dos constituintes do aparelho genital feminino e masculino. Caracteriza-se
por um aumento pouco perceptível até ao início da puberdade seguido de um aumento rápido até à idade adulta.
Geral: é o padrão de crescimento mais comum do ser humano. Diz respeito ao corpo na sua totalidade, incluindo todo
o esqueleto (com excepção do crânio), os músculos, a quantidade de sangue, o tecido adiposo e os aparelhos. Podemos
distinguir quatro períodos em que o crescimento é particularmente rápido:
1. entre o 4º e o 6º mês fetal- ocorre o pico máximo de crescimento para o comprimento total e crânio-caudal;
2. 2 primeiros anos - comprimento aumenta cerca de 30 cm
3. entre os 6 / 7 anos -aumento estatural se faz acompanhar de algumas transformações somáticas importantes
4. antes das primeiras manifestações pubertárias - voltamos a crescer muito rapidamente.
O ritmo de crescimento geral é tanto mais rápido quanto mais jovem for o organismo a velocidade de crescimento
diminui desde a fase intra-uterina até à idade adulta
curvas de distância : forma S alongado, construídas pela reunião dos pontos correspondentes
aos valores absolutos de uma mesma variável – ordenadas - observada em diversos momentos
do processo de crescimento - abcissas
Enquanto uma curva de distância representa o produto do crescimento num determinado momento, uma
curva de velocidade representa o processo de crescimento, ou seja, os momentos de maior ou menor
aceleração de crescimento.
Esta diferença implica que, ao longo do crescimento, as curvas longitudinais de distância e de velocidade
tenham comportamentos (gráficos) distintos- enquanto as primeiras mostram que os resultados de
crescimento de uma criança evoluem normalmente dentro do mesmo “canal de crescimento”, mantendo-se
esta no mesmo percentil ou próximo deste, as segundas mostram que as mudanças de percentil são muito
frequentes quando falamos de velocidade de crescimento.
A existência de ritmos de crescimento diferentes e específicos para cada estrutura morfológica e a alternância
entre períodos de máxima velocidade de crescimento com períodos em que a velocidade é mínima permitem
definir diferentes fases de crescimento - distinguem-se pelas diferenças da morfologia externa e das
capacidades funcionais. Que são :
1º infância- nascimento aos 3anos: observa-se uma desaceleração de crescimento, diminuindo a velocidade de
22 cm/ano para 6 a 7 cm/ano
Juvenil- 7 aos 11 anos: caracteriza-se por uma nova desaceleração de crescimento que acontece lentamente
numa fase inicial, aumentando depois progressivamente
Adolescência- 11 e os 18 anos: Durante a adolescência podemos observar a clássica aceleração pubertária que
pode durar até 3 anos e após a qual se segue um período de desaceleração que continua até pelo menos aos 18
anos.
Embora estas fases sejam distintas umas das outras, a passagem de uma fase a outra não é suficientemente
nítida para que se faça uma demarcação rígida entre elas. Enquanto o início da puberdade é facilmente
determinado pelo aparecimento das características sexuais secundárias, é difícil estabelecer com precisão o
momento de passagem da primeira para a segunda infância- existe um período de transição durante o qual
coexistem características de ambas as fases.
Quando falamos de fases de crescimento devemos considerar o crescimento intra-uterino com três fases ou períodos:
1. O período germinativo - primeiras três semanas - diferenciam os três folhetos germinativos a partir dos quais se
formarão todos os tecidos e órgãos do organismo;
2. O período embrionário - 4ª e a 8ª sem - que se caracteriza pela aquisição da forma humana (morfogénese) e pela
diferenciação dos tecidos e órgãos (organogénese) aparência mamífera. Às oito semanas apresenta
características que podem ser reconhecidas como humanas;
3. O período fetal,- 9ª semana e o nascimento- caracterizado pelo crescimento e maturação dos tecidos e órgãos
Trimestres: primeiro - 1º e 12º sem, o segundo - 13º e 28 e o terceiro - 29ªe a 40ª semana
Fases de crescimento:
O desenvolvimento humano tem início quando ocorre a fusão de duas células germinativas haploides - o
espermatozóide e o ovócito secundário. Esta será a primeira etapa de uma sequência de processos - fecundação
que culmina com a formação de uma célula única diploide - o ovo ou zigoto.
Ovogónias (oogónias)
Proliferação e aumento de
volume
Fixação do blastocisto ao endométrio uterino através das células trofoblásticas próximo do polo embrionário
2ª Semana
As células citotrofoblásticas emigram em colunas para o interior do sinciciotrofoblasto formando os troncos das vilosidades
A proliferação do sinciciotrofoblasto vai lesando os vasos sanguíneos do endométrio materno e as lacunas
trofoblásticas enchem-se de sangue.
Gastrulação
conjunto de transformações sofridas pelo disco germinativo didérmico até que se forme o disco germinativo
tridérmico, caracteriza-se pela grande proliferação e migração de células ectodérmicas em direcção à linha média
da zona caudal do disco germinativo - terceiro folheto germinativo - onde se acumulam e formam a linha
primitiva
À medida que as células se acumulam nesta zona forma-se a goteira primitiva por baixo da linha primitiva as
células da ectoderme penetram através desta goteira - invaginação - e diferenciam- se num tipo de células distinto
- células mesodérmicas – formam-do no seu conjunto, o terceiro folheto germinativo - a mesoderme intra-
embrionária – este é agora constituído por três folhetos germinativos sobrepostos - disco germinativo trilaminar
ou tridérmico.
As células que penetram desde a zona cefálica da linha primitiva - nó ou nódulo de
Hensen - e migram na direcção cefálica do disco germinativo formam a notocorda
( define o eixo mediano do embrião e vai estar envolvida na formação da coluna
vertebral)
Simultaneamente ocorrem transformações tanto nas células ectodérmicas, que a recobrem, como nas células
mesodérmicas, que a rodeiam.
Neurulação
Conjunto de transformações que ocorrem na ectoderme e conduzem à formação de neuroblasto.
Os bordos laterais da placa elevam-se para formar as pregas neurais, estas aproximam-se e
formam a goteira neural.
1) a mesoderme somática ou parietal, que recobre a cavidade amniótica e que, juntamente com a ectoderme, forma a
somatopleura
2) a mesoderme visceral ou esplâncnica, que recobre o saco vitelino e que, juntamente com a endoderme, forma a
esplancnopleura
Até ao final da terceira semana a mesoderme extra-embrionária que recobre a cavidade coriónica penetra no
interior dos troncos das vilosidades primárias formando os troncos das vilosidades secundárias. Os troncos das
vilosidades terciárias formam-se quando se diferenciam os vasos sanguíneos dos troncos entram em contacto com os
vasos que se desenvolvem na mesoderme extra-embrionária que recobre tanto a cavidade coriónica como a que constitui
o pedículo de fixação, estabelecendo a circulação coriónica.
estes vasos estabelecem ligação com os vasos do sistema circulatório intra- embrionário em desenvolvimento,
ligando assim a futura placenta ao embrião o primeiro sistema a alcançar o estado funcional é o sistema
cardiovascular
Durante estas três primeiras semanas de desenvolvimentoa acção de qualquer agente teratogénico pode ser letal,
especialmente se actuar durante as duas primeiras semanas, ou provocar malformações do sistema nervoso e do
sistema cardiovascular, se actuar na terceira semana de desenvolvimento. .
Período embrionário
4ª e a 8ª sem. que se caracteriza pela aquisição da forma humana (morfogénese) e pela diferenciação dos tecidos
e órgãos (organogénese).
Morfogénese
o disco germinativo tridérmico, que era plano e se situava entre a cavidade amniótica e o
saco vitelino, adquire, a forma cilíndrica e fica totalmente rodeado pela cavidade
amniótica, com excepção da zona do cordão umbilical.
Nesta região a comunicação entre o intestino médio e o saco vitelino persiste, sendo progressivamente reduzida ao
estreito pedículo vitelino, que termina numa porção mais larga, a vesícula vitelina. Depois de concluído o
pregueamento vitelina vão estar envolvidos na formação do cordão umbilical.
Organogénese
Concomitantemente com o pregueamento embrionário diferenciam-se, a partir dos três folhetos germinativos,
todos os tecidos e órgãos. Apresentamos seguidamente os principais derivados:
Ectoderme órgãos e estruturas que mantém o contacto com o mundo exterior Superficial – Epiderme, pêlos, unhas,
glândulas cutâneas e mamárias, lobo anterior da hipófise, esmalte dentário, ouvido interno e cristalino. Crista Neural
– Gânglios e nervos craneanos sensitivos, medula da supra-renal e células pigmentares da pele. Tubo neural – SNC,
retina e lobo posterior da hipófise.
Mesoderme
Paraxial (sómitos) – tecido conjuntivo, derme e tecido subcutâneo, esqueleto, musculos do tronco e tecido
cartilagíneo.
Intermédia – Rins e gónadas.
Lateral: esplancnopleura – Tecido conjuntivo e músculo de vísceras do tronco, sistema cardiovascular e linfático e
células do sangue e linfa. somatopleura– Menbranas serosas da pleura, pericárdio e peritoneu, baço e córtex
adrenal.
Entre as duas lâminas laterais da mesoderme aparece uma cavidade que prolonga o celoma extra-embrionário ou
cavidade coriónica - celoma intra-embrionário. Esta cavidade constituirá a cavidade pleuro-pericárdio-peritonial
Morfologia
4ª Semana
São visiveis os esboços ou brotos dos membros superiores e inferiores e uma cauda formada por
sómitos. As regiões cefálica - proencéfalo e ventral – z. cárdiaca apresentam um grande
desenvolvimento.
Durante este período há uma rápida diferenciação das três vesículas encefálicas primárias e das
vesículas ópticas.
As células cardíacas primitivas iniciam os seus batimentos no local onde mais tarde se vão
desenvolver os ventrículos sendo o ritmo cardíaco determinado por processos metabólicos dos
músculos lisos e não por inervação neural.
5ª Semana
6ª Semana
Prossegue o desenvolvimento dos membros com a diferenciação da face plantar dos pés e dos
raios digitais nas palmas das mãos.
Os olhos e os primórdios dos canais semicirculares tornam-se evidentes e os pavilhões
auditivos externos iniciam a sua formação.
7ª semana
os membros estendidos ventralmente e diferenciados em regiões
transformações visíveis nos membros superiores com o aparecimento do cotovelo e do pulso.
surgem os primeiros raios digitais dos pes , nas mãos inicia-se a diferenciação dos dedos.
O tronco torna-se mais recto sedo ainda visível uma curta cauda de sómitos.
As pálpebras começam a formar-se.
iniciam-se os movimentos espontâneos e os provocados.
8ª Semana
A maior parte dos músculos já está formada e a cartilagem hialina do esqueleto começa a
ser substituida por osso.
Ocorre a rotação dos membros que já estão perfeitamente delimitados.
A cabeça tem feições humanas
´O abdómen é pouco proeminente e o cordão umbilical curto.
Período fetal
9ª sem. e o nascimento caracteriza-se pelo crescimento e a maturação dos tecidos e orgãos anteriormente
formados. É nesta fase de crescimento, especialmente no inicio do segundo trimestre e no 3º trimestre, que todas as
estruturas morfológicas apresentam os picos máximos de velocidade.
9ª Semana
Apesar de entre a 9ª e a 12ª semana, a cabeça ocupar metade do comprimento total do embrião, com a duplicação
da distância crânio-caudal o crescimento da cabeça diminui quando comparado com o resto do corpo.
Membros inferiores ainda são curtos
11ª Semana
assiste-se a um crescimento linear dos ossos longos, sendo o maior incremento apresentado pelo fémur.
12ª Semana
As dimensões encefálicas são ainda muito grandes em comparação com o comprimento total e com as dimensões
abdominais fetais.
O comprimento do fémur atinge os 7.7mm e os membros superiores alcançam o seu comprimento relativo
definitivo.
2º Trimestre
rápido incremento de comprimento, principalmente dos membros, pelo aumento da proporcionalidade relativa
do tronco e dos membros, e pela aquisição rápida de novas funções.
A velocidade de crescimento estatural é máxima entre a 13ª e a 16ª semana e decresce, posteriormente, até à 20ª
semana
o perímetro abdominal e o comprimento do fémur aumentam
Às 13 semanas o perímetro cefálico é maior que o perímetro abdominal.
A diferenciação do tecido adiposo ocorre entre a 14ª e a 16ª semana. O incremento dos conteúdos de gordura e
proteína é superior ao aumento da água corporal, desta forma, durante o segundo trimestre o conteúdo de água
diminui enquanto que a gordura e a proteína aumentam.
Entre a 20ª e a 25ª semana há grande acumulação de gordura subcutânea e um aumento substancial de massa
corporal.
Nesta fase o corpo está coberto por lanugo, a pele revestida por uma substância gordurosa - o vérnix caseoso - e
são visíveis os cabelos e as sobrancelhas
3º Trimestre
decréscimo brusco da razão perímetro cefálico/perímetro abdominal devido à maior diminuição da velocidade de
crescimento do perímetro cefálico em comparação com o perímetro abdominal.
Este aumento abdominal deve-se à acumulação de gordura subcutânes e dos tecidos moles.
Durante as últimas 10 semanas de permanência no útero, o feto acumula grandes quantidades de energia sob a
forma de gordura .Até à 26a semana a maior parte do aumento da massa corporal fetal é devida à acumulação de
proteínas, a partir daí inicia- se a acumulação de gordura corporal, tanto da gordura profunda como da
subcutânea que é acompanhada pela diminuição do conteúdo de água
Assim, entre as 31 e as 32 semanas, 82.7% do massa corporal fetal são constituídos por água, 9% por proteína e 4%
por gordura. No final do trimestre, o conteúdo de água diminuiu e os conteúdos de gordura e proteínas
aumentam
O incremento ponderal fetal atinge a sua velocidade máxima no final do trimestre, entre as 34 e as 36 semanas ou
entre as 37 e as 39 semanas .A partir deste momento a velocidade de crescimento diminui, podendo mesmo
registar-se uma diminuição da massa corporal fetal após a 42a semana
Contrariamente, o perímetro abdominal, o perímetro cefálico e o diâmetro biparietal apresentam os seus picos de
velocidade no início do trimestre fazendo com que os incrementos destas medidas sejam inferiores aos verificados
no trimestre anterior.
Ainda que no trimestre anterior o volume cefálico fosse maior que o torácico, durante o terceiro trimestre, devido
à acumulação de gordura subcutânea e dos tecidos moles, assiste-se ao aumento gradual das dimensões torácicas
de tal forma que, no feto de termo, o volume cefálico e torácico são aproximadamente iguais
Fase pós-natal
1ª Infância (0 a 3)
Durante os primeiros 28 dias de vida (período neo-natal), o recém-nascido passa por um período de adaptação
que permite o ajustamento e aperfeiçoamento das funções fisiológicas e sensoriais às novas condições.
Estatura
Apesar da progressiva diminuição da velocidade de crescimento da estatura a criança apresenta, em geral, um
aumento estatural de aproximadamente 20cm (cerca de 42%), durante o primeiro ano de vida.
No segundo ano de vida, a velocidade de crescimento diminui
Cabeça
O Comprimento da cabeça representa 25% do comprimento total da criança.
A velocidade de crecimento do perímetro cefálico é elevada durante os primeiros meses e diminui posteriormente
- parâmetro fundamental de avaliação do crescimento durante os dois primeiros anos de vida, devido à relação
direta entre perímetro cefálico e desenvolvimento do encéfalo.
Tronco
Parece cilíndrico devido ao fraco desenvolvimento da cintura escapular e à grande importância da camada de
gordura subcutânea das ancas.
Não existe uma demarcação nítida entre tórax e abdómen, em consequência do volume importante do fígado e
das pequenas dimensões da bacia. Entre os 2/ 3 anos o perímetro abdominal é superior ao toraxico.
A forma do tórax é igualmente caracteristica pq os diâmetros antero-posteriores e transversos são semelhantes,
respectivamente.
A morfologia do tronco da criança começa a deixar de ser cilíndrica e arredondada a partir dos 2 anos. Aos 2 anos
a forma oval do tórax começa a desenhar-se
Membros
Durante o primeiro ano de vida verifica-se um maior incremento dos membros inferiores do que dos membros
superiores
Desde o nascimento até aos doze meses, as proporções relativas dos membros superiores permanecem mais ou
menos constantes. Ao contrário, as proporções relaticas dos membros inferiores - aumentam.
Massa corporal
Durante os primeiros dias após o parto os recém-nascidos apresentam uma perda fisiológica de massa corporal
eliminação do mecónio e da urina, da ingestão limitada de líquidos e da diminuição de edemas fisiológicos e
diminuição de alguns órgãos Posteriormente até aos 10 dias de vida o peso de nascença é recuperado.
cinco meses de vida, assiste-se a um aumento diário de massa corporal em seguida, até ao final do 1º ano, à
diminuição da sua velocidade média de crescimento
No segundo ano de vida aumenta cerca de 2.5 kg e a partir desta idade o aumento de massa corporal irá
permanecer entre os 2 e os 3 kg.
aos 5 meses a criança duplica a massa corporal que tinha à nascença, triplica-a aos 12 meses e aos 5 anos de idade
a massa corporal já é 482% superior.
Durante o primeiro ano a criança tem, em média, uma quantidade de gordura superior à apresentada em
qualquer outra fase da infância . O tecido adiposo tem tendência para aumentar durante o primeiro ano de vida,
mantendo-se constante ou decrescendo após essa idade.
os relevos musculares são praticamente inexistentes e as extremidades são muito flexíveis, gordas e apresentam
formas arredondadas. Daí que os valores encontrados para o perímetro do braço, nos primeiros anos de vida,
venham mascarados pela quantidade de gordura existente nos membros.
2ª Infância (3 a 8)
A criança passa a ter um aspecto alongado e fino, ou seja, apresenta um maior desenvolvimento múculo-
esqueletico e uma menor quantidade de tecido adiposo.
Este é um período de estabilização relativa do crescimento uma vez que este se processa de forma lenta e as
modificações morfológicas são quase inexistentes predomina o crescimento em largura.
É também durante este período que se começam a revelar algumas diferenças sexuais.
Estatura
Duplica a sua estatura por volta dos 4 anos. Aos 5 anos o aumento ainda é grande. A partir desta idade e até à
puberdade, a estatura aumentará cerca de 4 a 6 cm em cada ano.
Algumas crianças podem apresentar um salto de crescimento transitório por volta dos 6-7 anos - pré-pubertário
ou salto de crescimento intermédio - não é apresentado por todas as crianças e tem uma intensidade menor que o
salto de crescimento que ocorre durante a adolescência
Tronco
Aos 5 anos o comprimento do tronco representa 56% do comprimento total da criança.
A caixa toráxica tem, nesta fase o aspecto de um cone de base superior. O tronco passa também a ter uma forma
oval, ou seja, deixa de ter uma aparência cilindrica para passar a ter um aspecto achatado.
O abdómen não só deixa de ser predominante como passam a ser visíveis os relevos musculares.
Membros
Os membros inferiores são curtos à nascença, e crescem proporcionalmente mais do que o tronco durante a
infância.
No recém- nascido o ponto médio estatural situa-se ao nível do umbigo; com o maior crescimento proporcional
dos membros inferiores este ponto desloca-se progressivamente para baixo situando-se, dos 6 a 8 anos, ao nível da
sínfise púbica.
Apesar de, desde o final da primeira infância, se começarem a evidenciar nos membros alguns contornos
musculares e articulares é entre os 3 e os 7 anos que o aumento transversal do membro inferior se torna evidente,
atingindo uma velocidade de crescimento de 0.3 cm/ano. A partir desta idade os ganhos passam a ser menores.
Massa corporal
Durante a segunda infância notar-se-á um emagrecimento fisiológico, devido não só à diminuição do valor
absoluto das pregas adiposas, como também à dispersão do tecido adiposo, que deixa de estar concentrado no
tronco e passa a estar disperso por todas as estruturas corporais. O tecido adiposo vai decrescer desde o primeiro
ano de vida até aos 6 ou 8 anos de idade, momento em que volta a aumentar.
! as pregas adiposas são medidas muito dependentes do sexo e que têm grandes variações individuais.
A diminuição do panículo adiposo é mais evidente para as pregas subescapular e suprailíaca, sendo a variação da
prega abdominal muito semelhante à variação da prega subescapular nas primeiras idades. A prega abdominal
decrésce nos seus valores médios absolutos até cerca dos 7 a 8 anos de idade. As pregas tricipital e geminal
apresentam grandes variações ao longo do processo de crescimento, não existindo por isso um decréscimo
uniforme e contínuo da espessura do tecido adiposo entre o primeiro e sexto ou oitavo ano. As pregas do tronco
comportam-se todas de forma idêntica. As pregas geminal e tricipital apresentam variações diferentes das pregas
do tronco e os valores absolutos correspondentes são muito mais elevados.
Adolescência
última grande crise evolutiva do crescimento durante a qual a criança adquire as características sexuais e
morfológicas definidas no seu tipo morfológico.
distinguem-se duas fases de crescimento distintas:
1. fim da 2ª infância até se atingir a velocidade máxima de crescimento em altura (PVA) fase de aceleração
da adolescência, ou primeira fase da adolescência,
2. 2ª fase da adolescência, ou fase de desaceleração da adolescência, que vai desde o PVA até aos términos
da adolescência ou até que se atinja uma velocidade de crescimento igual ou menor a 0.5 cm por ano.
O período de estabilidade relativa( 2ª infância), é abruptamente interrompido quando, nos primeiros anos da
segunda década de vida, se observa uma acentuada aceleração do crescimento que caracteriza a 1a fase da
adolescência, salto pubertário ou salto de crescimento da adolescência.
Durante este período, que tem uma duração aproximada de 2 anos, a criança aumenta cerca de 7 cm a 14 cm de
estatura, adquirindo cerca de 20% da estatura adulta. Não obstante a velocidade de crescimento ser muito elevada
nesta fase, ela está longe de alcançar o valor máximo observado ao 4º mês de vida fetal. O aumento brusco da
estatura deve-se, fundamentalmente, ao aumento dos membros inferiores (salto pubertário ou da adolescência)
constante em todas as crianças, a sua intensidade, duração e idade de ocorrência são muito variáveis, podendo
afirmar-se que esta fase tem o seu início em média entre os 9 e os 13 anos.
O pico de velocidade de crescimento dos diâmetros cardíacos e pulmonares coincide com a idade de ocorrência
do PVA.
Durante a primeira fase da adolescência é visível um desfasamento entre o espaço que o coração ocupa (caixa
torácica) e as suas dimensões e entre estas e a sua capacidade funcional as dimensões cardíacas aumentam, tal
como aumentam as dimensões de todas as vísceras, sem que aumente inicialmente a secção transversal do
músculo cardíaco - pseudo-hipertrofia cardíaca.
Para além disso, durante esta fase, as dimensões do tronco não acompanham o desenvolvimento cardíaco, do
mesmo modo que a região torácica não acompanha o crescimento dos membros superiores embora seja
representativo desta fase um aumento das dimensões cardíacas, esse aumento não quer dizer, na maior parte das
vezes, melhoria da eficiência motora.
Funcionalidade respiratória
O crescimento em comprimento dos pulmões acontece, aparentemente, mais tarde do que o crescimento cardíaco
e só atinge o pico máximo de velocidade de crescimento 6 meses depois dos seus dia ̂metros terem atingido o pico
máximo de velocidade.
A magnitude da aceleração de crescimento dos pulmões é semelhante em ambos os sexos
A funcionalidade respiratória também não acompanha o grande aumento dimensional da criança nesta fase.
Os membros superiores crescem proporcionalmente mais que as dimensões torácicas. O peso crescente dos
membros superiores e a enorme fragilidade torácica já descrita, faz com que a criança apresente um abaixamento
permanente dos ombros, diminua a sua amplitude respiratória e se canse com muita facilidade.
Massa corporal
Durante o salto pubertário verifica-se uma diminuição relativa da massa corporal e, como consequência, acentua-
se o tipo morfológico característico do período inicial da 2º infância.
Sabendo que a massa corporal depende em grande parte da estatura e que as mulheres são mais baixas do que os
homens, espera-se que estas sejam também menos pesadas, o que é verdade em termos absolutos na idade
adulta, homens e mulheres têm a mesma massa corporal relativa.
A variabilidade da massa corporal total está estreitamente relacionada com a variabilidade da composição
corporal: massa óssea, muscular, adiposa e residual.
Durante a primeira fase da adolescência verifica-se um ligeiro aumento muscular e um aumento esquelético
notável, em ambos os sexos.
No que diz respeito ao tecido muscular entre os 5 e os 16 anos de idade, o número de células musculares aumenta
cerca de 14 vezes, no sexo masculino, e apenas 10 vezes no sexo feminino o crescimento muscular é
consequência do aumento do número de sarcómeros
Durante o salto pubertário, apesar de todas as estruturas do corpo apresentarem alterações de crescimento, os
picos máximos de velocidade de cada uma acontecem em momentos temporariamente diferentes e não são
uniformes, o que significa que algumas dimensões aumentam mais do que outras, embora obedeçam a uma
ordem regular e sequencial de aceleração. Do mesmo modo, e porque o crescimento das diferentes estruturas não
se processa ao mesmo tempo, surgem desproporções sobretudo ao nível dos membros inferiores e do tronco.
As primeiras dimensões a aumentar o seu ritmo de crescimento são a mão e o pé, ou seja, o crescimento nesta fase
faz-se das zonas distais para as proximais. O comprimento do pé é, provavelmente, a primeira de todas as dimensões,
exceptuando a cabeça, a atingir o seu tamanho adulto. O pico de velocidade encontrado para o comprimento do pé e
da mão processa- se, pelo menos, um ano antes do pico de velocidade estatural. A aceleração do comprimento da
perna e do antebraço dá-se ligeiramente antes (4 a 6 meses) da coxa e do braço e, alguns meses, depois ocorrem os
picos de velocidade para o membro inferior e membro superior. Assim, o "timing" de aceleração das diferentes
dimensões do membro superior e inferior é semelhante e o pico de velocidade para o comprimento do membro
superior e inferior faz-se num momento intermédio considerando a aceleração de crescimento dos segmentos
superiores (braço e coxa) e inferiores (antebraço e perna) dos membros
Maturação
Desenvolvimento da capacidade funcional dos órgãos, dos sistemas fisiológicos e do indivíduo no seu todo
processo de aquisição de um estado funcional, ou estrutural, adulto.
processo contínuo e os seus diferentes estádios assumirem características semelhantes em todas as crianças ou
adolescentes, pode, no entanto, apresentar variações interindividuais significativas.
A diferença entre a idade cronológica e a idade maturacional aumenta à medida que a criança se vai
desenvolvendo
A primeira fase da adolescência assume a forma de um catch-up de crescimento caracteriza-se por uma rápida
aceleração (ou desaceleração) da velocidade de crescimento, seguida por uma desaceleração progressiva até que
se atinja a curva de crescimento potencial.
! dois indivíduos morfologicamente semelhantes podem ter idades cronológicas diferentes ou, ao contrário, dois
indivíduos com a mesma idade podem estar em fases de crescimento diferentes.
Normalidade
Na maior parte dos casos o desenvolvimento motor de uma criança decorre espontaneamente e resulta da relação
entre o seu nível maturacional e a qualidade e a quantidade de experiências com que é confrontada diariamente.
uma criança pode ter dimensões ou comportamentos próximos daquilo que é esperado para a sua idade, ou
então apresentar valores que saem fora dos limites ditos normais.
A normalidade é um conceito que surge por conveniência prática, originária da necessidade de utilizar escalas
normativas que permitam comparar as características de determinada criança com aquelas que são observadas
num determinado escalão etário.
Deve ser avaliada em termos de frequência de ocorrência de um determinado acontecimento na população de
referência e não no sentido de montante ideal a atingir.
- Quando a distribuição dos valores de referência se faz simetricamente em torno da média, podemos considerar como
limites da normalidade o intervalo compreendido entre a média e mais ou menos um desvio padrão (média 1DP)
ou entre a média e mais ou menos dois desvios-padrão (média 2DP) tipo Gaussiano ou normal
No primeiro caso, cerca de 70% da população de referência tem os valores das suas variáveis incluídos entre
aqueles limites e dos 30% restantes, 15% são classificados como atrasados e os restantes 15% como adiantados
maturacionalmente.
No segundo caso, 95% da população tem os seus valores incluídos entre os limites ditos de normalidade e somente
2.5% dos individuos podem ser considerados avançados ou atrasados maturacionalmente.
Na idade biológica medida através da idade óssea, ou através da distância temporal a que se encontra da sua
estatura final adulta, verificamos que o espaço de tempo entre dois fenómenos maturacionais é idêntico entre
rapazes e raparigas e muito semelhante entre grupos distintos de indivíduos.
A velocidade de crescimento estatural é muitas vezes utilizada para demonstrar a semelhança temporal entre
fenómenos maturacionais. É conveniente distinguir durante a adolescência três momentos fundamentais: o seu
início, , o momento em que a velocidade de crescimento é mínima (VMA); o pico de velocidade, quando a
velocidade é máxima (PVA) e o fim do crescimento,
Em ambos os sexos, a VMA e a PVA atingem-se à mesma distância relativa da altura adulta final, assim através
desta, podemos conhecer o estádio de desenvolvimento da criança.
- existe um dimorfismo sexual na idade de início do salto de crescimento e do PVA, sendo as raparigas avançadas, em
média, 2 anos em relação aos rapazes;
- o dimorfismo sexual relativo à intensidade do salto de crescimento da adolescência é menor do que o encontrado
para as idades do take-off e do PVA;
Idade Gestacional
No 1º Trimestre utilizam-se as medidas do saco gestacional, da distância crânio-caudal, do diâmetro biparietal e
do perímetro do tronco;
No 2º e 3º Trimestres utilizam-se as medidas do diâmetro biparietal, do comprimento do fémur e combinadas.
- Durante o período intra-uterino a avaliação do crescimento e da maturação é feita através da medição das funções
fisiológicas e das dimensões fetais obtidas por ecografia. Assim podem visualizar-se, por exemplo, os batimentos
cardíacos fetais, os movimentos respiratórios, os movimentos dos membros e do corpo na sua totalidade, o tamanho
da bexiga e a sua relação com a quantidade de urina produzida, o padrão de movimento dos olhos e a sua relação
com os movimentos respiratórios e os padrões de sono
é a idade média observada na população de referência para a estatura da criança no momento de avaliação -
corresponde ao percentil 50 para a estatura da criança que estamos a estudar
- Se a correspondência (entre idade e estatura) se situar abaixo do percentil 50, dir-se-á que está maturacionalmente
retardada, se estiver acima do percentil 50 estará avançada.
Idade Dentária
Baseia-se nos seguintes princípios:
1. a erupção dentária processa-se de uma forma homogénea em todas as crianças
2. a formação dos dentes ocorre numa sequência invariável sendo a ordem da erupção da 1ª dentição igual em
todas as populações
3. o incisivo central do maxilar inferior emerge primeiro que o do maxilar superior sendo por isso admissível a
existência de um avanço maturacional do maxilar inferior relativamente ao maxilar superior
4. não existe diferenças entre o lado direito e o lado esquerdo do maxilar
5. a formação dos dentes ocorre numa relação muito próxima com o desenvolvimento ósseo.
-A erupção da 1a dentição ocorre entre os 6 e os 30m de idade pós-natal, enquanto a definitiva tem lugar entre os 6 e
os 12 anos. A primeira dentição surge primeiro no sexo masculino. Na determinação da idade maturacional, não se
deve utilizar a erupção/queda de apenas um dente , mas de um grupo destes.
- Este método apresenta limitações pois existe uma grande variabilidade interindividual; verifica-se nos períodos de
transição da 1a dentição para a 2a uma ausência significativa de dentes; a queda da dentição pode ocorrer por motivos
não naturais.
Método de Greulich e Pyle: Construíram um atlas com base em crianças e adolescentes, que contém para o género
masculino e feminino uma série de radiografias padronizadas de mãos e punhos de crianças, para diferentes
idades cronológicas desde o nascimento até aos 18.
- Pode ser utilizado de duas formas: ou comparando o raio-X da criança com os do atlas, ou avaliando a maturação
óssea de cada osso. No primeiro caso, a idade óssea da criança é a idade que se refere à imagem do atlas que mais se
aproxima da imagem radiográfica da criança. No segundo, determina-se a idade maturacional, ou a idade óssea de
casa osso do raio-X da criança e a idade óssea será a mediana das idades ósseas de cada osso.
O salto de crescimento em altura nos rapazes ocorre relativamente mais tarde quando comparado com o salto de
crescimento das raparigas que acontece cerca de dois anos mais cedo.
Os rapazes começam a acelerar a velocidade de crecimento estatural quando estão no estádio G3 ( relativo aos
orgãos genitais - espemarca), têm o PVA durante o estádio G4 e desaceleram a velocidade de crescimento
enquanto evoluem para G5.
Nas raparigas o PVA surge, em média, 1 ano após o início do desenvolvimento da mama. A pilosidade axilar
aparece nas raparigas depois do PVA mas antes da menarca enquanto nos rapazes aparece logo a seguir ao PVA.
Composição corporal
A quantidade relativa de gordura corporal (% de massa gorda) é a medida de composição corporal que mais
vezes é avaliada, pois a gordura e a densidade são inversamente proporcionais.
O tecido adiposo apresenta funções importantes para o funcionamento orgânico:
O homem de referência é mais alto (10,2 cm) , tem um esqueleto mais pesado, possui uma quantidade superior de
massa muscular, e uma quantidade de gordura menor e menor massa gorda do que a mulher de referência.
massa corporal = somatório do peso da massa gorda
O depósito de gordura essencial compreende a gordura existente na medula, coração, pulmões, fígado, baço, rins,
intestinos, músculos e tecidos do sistema nervoso ricos em lípidos, sendo por isso, essencial p/ o funcionamento
fisiológico.
- Nas mulheres a gordura essencial inclui um depósito de gordura adicional nas glândulas mamárias e a região
pélvica.
- O depósito de gordura armazenada consiste na gordura que se acumula no tecido adiposo
Modificações de adipócito
No indivíduo em crescimento e durante certos períodos críticos o aumento de gordura está especialmente
relacionado com o aumento do número de adipócitos - a variação da gordura corporal pode acontecer devido a
variações na quantidade de substâncias gordas armazenadas no interior do adipócito e como resultado de
alterações do número de células adiposas.
Ao longo do crescimento as modificações do adipócito parecem estar dependentes da quantidade de gordura
corporal que as crianças e os adolescentes apresentam.
Crianças obesas podem alcançar um tamanho adipócito próximo dos adultos aos 2 anos, já as crianças magras não
apresentam alterações significativas do nr de adipócitos entre os 2-10 anos, sendo que a partir dai há uma grande
proliferação hipertrófica e hiperplásica destas células.
A partir dos 14-16 anos atinge-se o plateau na hiperplasia dos adipócitos.
É mais fácil ganhar massa do que perder, pois a célula adiposa tem maior facilidade em aumentar do que diminuir
de tamanho. Sendo que a manutenção da mesma depende do nr destas células.
! Subnutrição: deficiência de nutrientes essenciais no organismo, que pode resultar de uma dieta pobre, de uma má
absorção intestinal ou de um consumo ou perde excessiva de nutrientes. Está associada à diminuição da velocidade de
crescimento.
Obesidade: acumulação exagerada de gordura, ou seja, o desequilíbrio entre o número de calorias ingeridas e o
número de calorias despendidas que corresponde a qualquer valor percentual de gordura que exceda a média em
mais de 5%.
- É diferente de excesso de massa = quando os valores de massa corporal são elevados e se situam entre os valores de
massa corporal considerados normais. Em situações de obesidade a quantidade de gordura excede a massa corporal.
Como diferenciar? índice cintura/glúteo e o somatório de pregas adiposas. Um indivíduo adulto pode classificar-se
como obeso se apresentar um índice de massa corporal superior a 30 ou maior do que o percentil 95.
- O desenvolvimento deste problema envolve componentes genéticas e ambientais.
Depois do nascimento é semelhante a quantidade de gordura subcutânea localizada no tronco e nos membros
(T/M=1)
Ao longo da primeira infância e até aproximadamente aos 5 anos de idade, assiste-se à diminuição da gordura do
tronco e ao aumento da gordura das extremidades (T/M diminui gradualmente até atingir o valor mais baixo aos
5)
Dos 5 aos 13, quantidade de gordura do tronco começa de novo a aumentar, aumentando igualmente o T/M.
(Começam a observar-se diferenças entre rapazes e raparigas)
Da adolescência até à idade adulta, no sexo masculino os ganhos de gordura corporal são superiores na região do
tronco (T/M aumenta), no sexo feminino os ganhos são semelhantes nas regiões do tronco e dos membros (T/M
não apresenta alterações significativas).
- O dimorfismo relativo as diferenças regionais de gordura subcutânea resultam da ação dos recetores e/ou
metabolismo dos adipócitos, assim como da atividade da enzima lipoproteína lípase (LPL), no sexo feminino a
atividade desta é maior na região glúteo-femoral, no sexo masculino é na região abdominal.
Até cerca de metade do tempo de gestação o feto praticamente não contém gordura, verificando-se durante o
último trimestre um desenvolvimento rápido do tecido adiposo
Ao nascimento: A % de gordura varia entre 11-16%
No 1o ano de vida: a massa gorda aumenta cerca de 8/9%, atingindo valores de 22% a 24% da MC total
Aos 5 anos: observa-se o dimorfismo sexual, aumenta de 3.0 p/ 3.06% de massa livre de gordura nos rapazes,
mantendo-se constante nas raparigas
- A curva de crescimento da gordura corporal total aumenta lenta e progressivamente sendo, a partir dos 5-6 anos,
sempre superior nas raparigas. Assim, a quantidade relativa de gordura é, em média, de 14.6% nos rapazes e de 16.7%
nas raparigas.
Entre os 10 e os 18 anos, se verificavam incrementos anuais na percentagem de massa gorda e na massa livre de
gordura, sendo que durante a adolescência, a percentagem de massa gorda nas raparigas se situa entre os 20% e
os 25%.
Entre os 10 e os 20 anos, a percentagem de gordura mantém-se mais ou menos constante no sexo feminino,
enquanto no sexo masculino se verifica uma diminuição do valor percentual de gordura (cerca de 2% a 3%)
devido ao aumento acentuado da massa livre de gordura. Entre a adolescência e a idade adulta, as alterações no
conteúdo de massa livre de gordura ocorrem essencialmente devido à diminuição da quantidade de água e ao
aumento da quantidade de mineral ósseo, sendo isto que leva ao aumento da densidade da massa livre.
- Com o aumento da idade, se verifica um aumento da percentagem de massa gorda e da massa corporal total e,
simultaneamente, a diminuição da massa livre de gordura, do conteúdo mineral ósseo e da água corporal
Assim, as transformações dos valores de densidade corporal em percentagem de massa gorda acarretam alguns
problemas quando se avaliam, por exemplo:
* Atletas, tem músculos e ossos mais densos provocando uma subestimativa da % de massa gorda
* Idosos, tem valores de densidade óssea baixos, implicando uma sobreavaliação
* Crianças, que também têm a % gordura sobrestimada
* Etnias, os indivíduos negros têm elevadas % de minerais ósseos tendo um valor superior a referência
- Os métodos indiretos, apesar de serem mais precisos, requerem equipamentos laboratoriais sofisticados e implicam
exames morosos e de alto custo, sendo preferencialmente utilizados na validação de outras técnicas ou em estudos de
investigação que requeiram grande precisão.
- Medição da densidade corporal através da água e baseia-se no princípio de Arquimedes - "qualquer corpo
mergulhado num líquido recebe, da parte deste, uma impulsão vertical de baixo para cima, cuja intensidade é igual à
massa de líquido deslocada".
− 1a fase: Determinação do volume e posterior cálculo da densidade (Dc= Massa/Volume)
− Para determinar o volume, primeiramente, pesa-se a pessoa fora de água, obtendo-se a massa real (MC1), depois,
determina-se a massa deste dentro de água (MC2)
− A impulsão é calculada através de I= MC1-MC2
− Técnica: prendemos uma pessoa numa cadeira (com uma balança), descemos a cadeira até dentro de água e
subimos; regista-se o peso subtraindo o volume da água residual.
Tipologia Morfológica:
Existem diversos tipos constitucionais- conjunto de traços ou características morfológicas passiveis de integrar um
individuo em determinada categoria – morfotipo
Biótipo: retende abarcar de igual modo, para além das características morfológicas, o domínio das características
psicológicas e elaborar uma classificação em conformidade.
- Qualquer destes 3 tipos existe misturado num individuo, sendo raro encontrarem-se tipos puros.
Somatótipo: classificação baseada na configuração externa do corpo em que cada componente pode apresentar valores
que oscilam entre 1 e 7. Os tipos extremos correspondem: 7-1-1 é um Endomorfo puro; 1-7.1- é um mesomorfo puro; 1-
1-7 é um Ectomorfo puro
Variabilidade do somatótipo
É na adolescência que ocorrem as maiores alterações somatotipológicas
No sexo masculino e no período entre os 2 e os 6 anos, os valores dos somatótipos médios se deslocam de endo-
mesomorfismo p/ mesomorfismo equilibrado. Após este período e até a adolescência, os rapazes diminuem os
seus valores de mesomorfismo e aumentam os de ectomorfismo. Na adolescência, devido à diminuição dos
valores de endomorfismo e ao simultâneo aumento dos valores de ectomorfismo, os somatótipos deslocam-se
para a categoria de meso-ectomorfismo
No sexo feminino, verifica-se que entre os 2 e os 6 anos, os valores dos somatótipos médios mudam da categoria
de endo-mesomorfismo para a categoria de tipo central. Após esta idade, apesar de em geral se verificar que as
raparigas apresentam um aumento do valor de endomorfismo e uma diminuição do valor de mesomorfismo, que
conduz à deslocação dos somatótipos médios para as categorias de endo-mesomorfismo e Endomorfo-mesomorfo
No adulto a variabilidade do somatótipo persiste, de fatores genéticos, à alteração dos hábitos alimentares e da
actividade física diária e ainda a diferenças relacionadas com outros factores socioculturais e do envolvimento.
Esta variável é construída c/ base no estilo de vida dos países desenvolvidos. O aumento secular estatural é
semelhante nos diferentes países estudados (Japão, Inglaterra, Escócia, Jugoslávia, China, Portugal e Itália). O seu
quantitativo está entre 1 e 1.5 cm /década.