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AULA 2

CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO MOTOR

Profª Tatiane Calve


CONVERSA INICIAL

Nesta aula vamos tratar do processo de crescimento somático,


composição corporal e desenvolvimento na infância, abordando os fatores
genéticos e ambientais que influenciam as alterações no comportamento motor
ao longo da vida.

TEMA 1 – CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA DA INFÂNCIA

Durante o ciclo vital, os indivíduos passam por inúmeras mudanças no


comportamento motor, cognitivo, social e afetivo. O desenvolvimento humano é
um processo contínuo de alterações qualitativas e quantitativas do organismo,
influenciado por características hereditárias e ambientais (Clark, 2007; Haywood,
1999; Papila; Feldman, 2013).
Segundo Gallahue e Ozmun (2005), Papila e Feldman (2013) e Thelen e
Smith (1994), as mudanças ocorridas durante a vida, mesmo sendo contínuas,
se caracterizem por diferentes fases. Essas fases de mudanças e de
estabilidade seguem, mesmo levando em consideração as características
individuais, padrões comuns, que caracterizam diferentes faixas etárias ao longo
do ciclo vital.
A primeira fase do processo de crescimento e desenvolvimento humano é
a pré-natal, período iniciado na concepção e se prolonga por aproximadamente
42 semanas de gestação.
Essa fase também é conhecida como fase de desenvolvimento
intrauterino, período em que uma nova vida se forma. Assim como em outras
fases da vida, ela sofre grande influência hereditária e ambientais.
A segunda fase do processo de desenvolvimento humano é denominada
primeira infância, período entre o nascimento e os três anos de idade. Nessa
fase, o bebê inicia a descoberta do mundo externo. É nesse período que ele irá
aprender a se equilibrar, a se locomover e a comunicar.
Na chegada a segunda infância, que abrange a faixa etária entre três e
cinco anos de idade, a criança está bem desenvolvida e tem interesse em
explorar novos ambientes e interagir com outras crianças. No final dessa fase,
ela deixa o pensamento mágico dos heróis e princesas e passa a ter
pensamento lógico.

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O terceiro período, da terceira infância, é marcado pela vida social mais
intensa e pela maturação do comportamento motor básico. Nesse período, a
criança tem entre seis e onze anos de idade.
Ao chegar no final da terceira infância, a criança, ou pré-adolescente, se
prepara para a puberdade, momento de profunda transformação física, social e
afetiva. Em relação ao corpo, está ganhando formas diferentes, influenciado pela
liberação hormonal. Suas habilidades motoras estão totalmente maduras,
momento em que o treinamento esportivo pode ser iniciado.
Outra classificação importante no processo desenvolvimentista é a
indicada por Piaget (1971, citado por Pádua, 2009), em que estão relacionados
aspectos do desenvolvimento cognitivo, sensorial e motor. Os estágios do
desenvolvimento cognitivo propostos por Piaget são:

 Estágio sensório-motor (0 – 2 anos) – conhecimento do mundo baseado


nos sentidos e em habilidades motoras.
 Estágio do pensamento pré-operatório (2 – 6 anos) – uso de símbolos,
palavras, números, para representar aspectos do mundo. Relaciona-se
apenas por meio de sua perspectiva individual.
 Estágio do pensamento operatório-concreto (7 – 11 anos) – aplicação de
operações lógicas a experiências centradas no aqui e agora. Início das
operações mentais.
 Estágio do pensamento operatório-concreto (adolescência em diante) –
pensamento abstrato, especulações sobre situações hipotéticas,
raciocínio dedutivo. Planejamento e imaginação.

Cada fase da vida é marcada por características cognitivas, afetivas,


sociais e motoras distintas, que implicam em estímulos e métodos de
aprendizagem distintos.

TEMA 2 – CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL

O período de crescimento e desenvolvimento pré-natal é um momento


ímpar, responsável pela perpetuação da espécie. Tudo se inicia com a
fecundação ou fertilização do óvulo (gameta feminino) pelo espermatozoide
(gameta masculino).
A fecundação, por sua vez, resulta na constituição de uma nova célula,
chamada de ovo ou zigoto, que carrega as características genéticas do pai e da

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mãe, ou seja, 23 pares de cromossomos (Totora; Grabowski, 2002). No final da
primeira semana após a fecundação, inicia-se o processo de implantação da
massa de células (blastócito) na parede uterina.
Na terceira semana após a fecundação, o embrião está formado e seu
sistema nervoso começa a se desenvolver, assim como as pernas e braços.
Ao final da quinta semana de gestação, há junção dos vasos sanguíneos
do embrião com os da mãe, dando início à circulação umbilical.
Entre a quinta e a décima semana de gestação, os principais órgãos e
sistemas se formam e os primeiros movimentos simples começam a ser
realizados. Sendo assim, no final da décima semana, inicia-se o período fetal.
Durante esse período, irá haver crescimento, desenvolvimento e maturação dos
órgãos e sistemas do bebê.
No Quadro 1 estão descritas algumas características do processo de
crescimento e desenvolvimento.

Quadro 1 – Tamanhos, pesos aproximados e características do feto em cada


período gestacional

TAMANHO E
PERÍODO DE
PESO CARACTERÍSTICAS DO FETO
GESTAÇÃO
APROXIMADOS
Olhos desenvolvidos, formação de nariz, orelhas e ossos.
Membros formados, iniciando os movimentos. O
De 12 a 18 8 cm/ batimento cardíaco já pode ser detectado, a urina começa
semanas 30 g se formar e os movimentos respiratórios começam a ser
treinados. No final da 16o, o paladar começa a ser
desenvolvido e o sexo do bebê pode ser identificado.
O corpo é recoberto por lanugem (pelos finos) e vernix
caseoso (camada protetora de gordura que reveste a pele
De 20 a 26 25 - 30 cm/ do feto). Há maturação do sistema auditivo e os primeiros
semanas 200 - 450 g movimentos (reflexo) do feto são sentidos pela mãe, pois
o bebê já está maior e consegue impulsionar o corpo em
diferentes sentidos.
A cabeça e o corpo estão mais proporcionais. Nessa fase
De 28 a 32 32 - 42 cm/ o bebê prematuro já é capaz de sobreviver. Ele abre e
semanas 1100 - 1350 g fecha os olhos. O tecido adiposo se forma, torneando o
corpo do bebê.
O pulmão do bebê está bem formado e o bebê já pode
De 34 a 37 41 - 45 cm/ respirar fora do útero. O bebê se mexe bastante e irá ficar
semanas 2000 - 2300 g de cabeça para baixo, posição ideal para o nascimento.
Ao final desse período, a gestação é considerada a termo.
Há acúmulo de gordura adicional e a lanugem cai. O bebê
50 cm/
40o semana não consegue se mexer muito e aguarda o momento de
3200 - 3400 g
nascer.
Fonte: Elaborado com base em Tortora; Grabowaki, 2000.

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Durante a gestação, o bebê pode ter seu processo de desenvolvimento
influenciado de maneira positiva, quando há boa nutrição da mãe e ambiente
familiar adequado, ou de maneira negativa, tais como:

 Fatores maternos – tempo de gestação, gestação de múltiplos, idade da


mãe, doenças e medicamentos lícitos e ilícitos;
 Fatores paternos – uso de drogas lícitas e ilícitas, exposição à chumbo e
outros produtos químicos.

Esses fatores podem trazer prejuízo ao desenvolvimento do feto, podendo


causar inúmeras deficiências físicas, sensoriais, cognitivas e comportamentais.
Por esse motivo, os pais devem se atentar para todas as características
ambientais que possam interferir no processo de crescimento, desenvolvimento
e maturação do bebê em formação, pois essa fase irá influenciar o
desenvolvimento do bebê.

TEMA 3 – CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NA PRIMEIRA INFÂNCIA

No início da primeira infância, que compreende o período entre o


nascimento até o terceiro ano de vida, o desenvolvimento dos bebês traz uma
maior influência genética, pré-determinada, que auxilia no processo de aquisição
dos primeiros movimentos. Essa é uma fase de grandes mudanças no
comportamento motor e no corpo das crianças, com aumento de tamanho e
peso corporal.
A primeira fase do desenvolvimento motor da criança é a fase reflexa
(Gallahue; Ozmun, 2005).
Como visto anteriormente, a fase motora reflexa é a base do
desenvolvimento motor, sendo caracterizada por movimentos involuntários e
respostas automáticas. Os reflexos primitivos de sobrevivência surgem na fase
intrauterina e se estendem até o 12o mês de vida (Gallahue; Ozmun, 2005).
Nessa fase, a decisão sobre o movimento ocorre na medula e não em
nível cortical e tem por objetivo colher informações do ambiente, buscar alimento
e se proteger. A fase reflexa é dividida em dois estágios (Gallahue; Ozmun,
2005):

 Estágio de codificação das informações – estágio caracterizado por


movimentos involuntários. Durante esse estágio, o reflexo serve como o

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meio principal pelo qual o bebê é capaz de colher informações, buscar
alimento e se proteger través do movimento.
 Estágio de decodificação de informações – estágio de inibição gradual de
muitos reflexos e desenvolvimento dos centros superiores do cérebro. Os
centros inferiores gradualmente abandonam o controle dos movimentos e
são substituídos por atividades motoras voluntárias mediadas pela área
motora do córtex cerebral. O estágio de decodificação substitui a
atividade sensório-motora pelo comportamento perceptivo-motor.

Os movimentos reflexos são divididos em:

 Reflexos primitivos de sobrevivência, utilizados para buscar alimento do


ambiente e proteção do bebê;
 Reflexos posturais, movimentos precursores dos movimentos utilizados
para no equilíbrio corporal e na locomoção.

3.1 Desenvolvimento perceptivo-motor

O desenvolvimento perceptivo-motor permite ao indivíduo receber,


organizar, integrar e aprender o significado das informações, e formular
respostas apropriadas a cada estímulo recebido. Para isso, são utilizados os
canais sensoriais exteroceptivos e intraceptivos, assim como a cognição, para a
interpretação das informações e sua aprendizagem no movimento voluntário. As
percepções são divididas em percepção visual, auditiva, propriocepção,
percepção tátil e percepção háptica.
A percepção visual utiliza a modalidade visual para recepção das
informações externar ao organismo. A percepção visual é dividida em:

 Fixação e acompanhamento – percepção de objetos estáticos (fixação) e


de objetos em movimento (acompanhamento);
 Percepção de forma – distinção de formas;
 Percepção de profundidade – julgamento da distância de um objeto, tendo
como ponto de partida a si mesmo;
 Percepção figura-fundo – distinção de uma figura do seu fundo;
 Percepção espacial – percepção de objetos no espaço ou de si mesmo no
espaço;
 Coordenação vasomotora – coordenação da visão com os movimentos do
corpo.
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A percepção auditiva utiliza a modalidade auditiva para recepção das
informações externar ao organismo, sendo dividida em:

 Percepção figura-fundo auditiva – atenção e distinção entre sons;


 Discriminação auditiva – distinção entre frequências e amplitudes de som;
 Localização de sons – origem do som;
 Coordenação auditivo-motora – é a capacidade de coordenar estímulos
sonoros com movimentos do corpo.

A propriocepção compreende as capacidades perceptivo-motoras que


reagem a estímulos sugeridos dentro do organismo, como estímulos sensoriais
que provêm de músculos, tendões e receptores do sentido vestibular.
A percepção tátil engloba a interpretação das sensações das superfícies
cutâneas do corpo.
Por fim, a percepção háptica é a união entre cinestesia e tato com forma
de exploração do ambiente.

3.2 Desenvolvimento das Habilidades Motoras Rudimentares

As habilidades motoras rudimentares são caracterizadas por movimentos


imprecisos e de pouco controle, que, com o tempo irão se tornar movimentos
com maior precisão e controle, resultado do desenvolvimento do córtex cerebral
(Gallahue; Ozmun, 2005).
Conforme Gallahue e Ozmun (2005), nessa fase a criança passa por dois
estágios distintos, sendo eles estágio de inibição dos reflexos e estágio de pré-
controle.
As habilidades motoras rudimentares são dividias em estabilizadoras
(controle da cabeça, do tronco, sentar e ficar em pé), locomotoras (movimentos
horizontais e postura ereta) e controle de objetos (alcançar, agarrar e soltar)
(Gallahue; Ozmun, 2005).
O desenvolvimento e a maturação dessas habilidades permitem à criança
explorar seu corpo, o ambiente e os objetos ao seu redor, o que proporciona
experiências psicomotoras que serão utilizadas no futuro.
No final do primeiro ano de vida, a criança está interessada em aprender
a andar, por isso perde um pouco a atenção em outros bebês. Depois de
aprender a andar (1,5 ano e 3 anos), suas habilidades motoras já estão mais
desenvolvidas, e ela volta a ter grande interesse em outras crianças, passando

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de um estado mais egocêntrico para um mais social (Gallahue; Ozmun, 2005,
Papalia; Fieldman, 2013). Nesse momento, a criança está se preparando para
explorar outros ambientes.

TEMA 4 – CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NA SEGUNDA INFÂNCIA

Na segunda infância, que compreende a faixa etária entre três e cinco


anos de idade, há pouca diferença em estatura, peso e características físicas
entre os gêneros. Porém, os meninos podem apresentar maior coordenação na
execução das habilidades motoras globais e as meninas maior coordenação
motora fina, devido a influências socioambientais.
Ao chegar nessa fase, a criança, independentemente do gênero, tem
maior precisão dos movimentos, e está em processo de transição entre a fase
de desenvolvimento das habilidades motoras rudimentares e habilidades
motoras fundamentais.
As habilidades motoras fundamentais são a base para a realização das
tarefas diárias, e também serão utilizadas futuramente para a aprendizagem dos
gestos esportivos. As habilidades motoras fundamentais são divididas em
estabilizadores, locomotoras e de controle de objetivos, que serão abordadas a
seguir.

4.1 Habilidade motora fundamental de estabilização

As habilidades motoras fundamentais de estabilização são aquelas


utilizadas para controlar o corpo em movimento ou durante a postura estática. O
equilíbrio corporal pode acontecer em quatro, três, dois ou um apoio. Durante o
deslocamento corporal, o controle do corpo é feito de maneira dinâmica ou
recuperado, quando o corpo sai da posição estática, executa um movimento e
retorna à posição parada.
O controle do corpo é de extrema importância para a realização das
habilidades locomotoras e de controle de objetos.

4.2 Habilidade motora fundamental de locomoção

As habilidades motoras fundamentais de locomoção estão relacionadas a


todos os tipos de deslocamento no espaço, envolvendo andar, correr, rolar e
saltar na horizontal e vertical.

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4.3 Habilidade motora fundamental de controle de objetos

As habilidades motoras fundamentais de controle de objetos são as que


mais demoram para atingir o padrão maduro, pois dependem de maior
coordenação e controle do movimento, além de exigir o amadurecimento do
desenvolvimento perceptivo-motor, por necessitar de informações sobre o
ambiente.
Entre as habilidades motoras de controle de objetos estão: receber,
rebater, volear, arremessar, quicar, chutar e aparar com os pés. Habilidades que
são base para a aquisição e aprendizagem de habilidades esportivas.
Nessa fase, estímulos ambientais são importantes para que novas
habilidades motoras fundamentais sejam adquiridas e refinadas (Cotrin et al.,
2011).
Gallahue e Ozmun (2005) dividem as habilidades motoras fundamentais
em três estágios de padrões motoras, sendo eles:

 Estágio inicial – de 2 a 3 anos de idade;


 Estágio elementar – de 4 a 5 anos de idade;
 Estágio maduro – de 6 a 7 anos de idade.

4.4 Consciências sobre o corpo e o ambiente

Nesse período de amadurecimentos de habilidades motoras básicas e do


comportamento perceptivo-motor, as crianças adquirem experiência para utilizar
as informações providas do ambiente e do próprio corpo, para elaborar e realizar
movimentos mais refinados. Assim, elas adquirem consciência do próprio corpo
e do mundo que as rodeia. Gallahue e Ozmun (2005) classificam as
consciências em:

 Consciência corporal – é um conceito fundamentado em sensações dos


limites do corpo, identificação das partes do corpo, planejamento e
execução de movimentos, e conhecimento de onde o corpo está no
espaço.
 Consciência direcional – evolui da incorporação de conceitos
concomitantes aos gestos que vão de um ponto para outro no espaço.
 Consciência espacial – envolve a percepção do tamanho e alinhamento
das partes do corpo em relação a uma disposição de objetos no espaço.

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 Consciência temporal – envolve eventos que iniciam e terminam numa
sequência rítmica ou monotônica, que mantém uma relação entre as
pausas. Pode envolver a memória a curto-prazo.

Quando a criança atingir o estágio maduro da fase motora fundamental e


consciência de corpo, tempo e espaço, ela estará preparada para iniciar a
prática de esportes, refinando os gestos técnicos de cada modalidade esportiva.

TEMA 5 – CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NA TERCEIRA INFÂNCIA

Ao chegar na terceira infância, que compreende a faixa etária entre seis e


onze anos de idade, a criança passa por um período estável, de poucas
mudanças em estatura e peso corporal.
Durante a terceira infância, as crianças gostam de mostrar o desempenho
da aptidão física, que, segundo a OMS, é caracterizada pela capacidade que o
indivíduo tem em desempenhar ações motoras em situação de esforço físico.
A aptidão física é subdividida em componentes relacionados à saúde
(força muscular, resistência muscular, resistência aeróbia, flexibilidade e
composição corpora) e ao desempenho (velocidade, agilidade, equilíbrio,
coordenação e potência).
Nessa fase, como em outras, há diferença entre meninos e meninas,
pelas características biológicas e ambientais. Há uma tendência de os meninos
serem mais habilidosos e fortes que as meninas, e as meninas terem maior
flexibilidade e coordenação motora fina que os meninos. Essas características
entre os gêneros devem ser levadas em consideração ao planejar e aplicar
atividades para as crianças nessa faixa etária.
Além da aptidão física, nessa fase as habilidades motoras fundamentais
estão no final do período maturacional, fruto da avançada maturação dos
sistemas neurológico, anatômico e fisiológico (Magill, 2000). Aparecem as
habilidades motoras especializadas, caracterizadas pela combinação de duas ou
mais habilidades motoras fundamentais, que são refinadas para a realização de
tarefas mais complexas da vida diária, ou habilidades específicas dos esportes,
ginástica ou dança (Gallahue; Ozmun, 2005).
Gallahue e Ozmun (2005) dividem essa fase em três estágios de
aquisição:

 Estágio transitório – de 7 a 10 anos de idade;

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 Estágio de aplicação – de 11 a 13 anos de idade;
 Estágio de utilização permanente – de 14 anos acima.

A aquisição das habilidades motoras especializadas é influenciada pelas


características hereditárias e ambientais, com estímulos e metodologias de
ensino adequados.

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REFERÊNCIAS

CLARK, J. E. On the problem of motor skill development. Journal of Physical


Education, Recreation and Dance, Reston, v. 78, n. 5, p. 39-45, 2007.

COTRIN, L. J. R. et al. Desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais


em crianças com diferentes contextos escolares. Revista da Educação
Física/UEM Maringá, v. 22, n. 4, p. 523-533, 2011.

GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor:


bebês, crianças e adultos. 2. ed. São Paul: Phorte, 2005.

HAYWOOD, M. K. Life span motor development. Illinois: Human Kinetics


Publishers, 1986.

HAYWOOD, M. K.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida.


3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 1. ed. São


Paulo: Editora Edigard Blucher, 2000.

PÁDUA, G. L. D. A epistemologia genética de Jean Piaget. Revista FACEVV, v.


2, p. 22-35, 2009.

PAPILA, D; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre:


Artmed, 2013.

THELEN, E.; SMITH, L. B. A dynamic systems approach to the development


of cognition and action. Cambridge: MIT Press. 1994.

TOTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R. Princípios de anatomia e fisiologia. Rio


de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

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