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Desenvolvimento pre natal

A vida começa quando as células germinativas dos pais se encontram. Cada um dos pais
contribui com 23 cromossomas. Neste momento e definido o potencial do individuo, esta
única célula possui toda a herança genética do pai e da mãe, mais a sua realização vai
depender de factores ambientais e hereditários.

Fecundação

Um novo ser começa com a fecundação, no momento em que um espermatozóide


penetra no óvulo, forma se um novo humano ou zigoto, célula a partir da qual se
desenvolvera uma nova pessoa.

A fertilização ocorre nas trompas uterinas. O encontro do óvulo com o espermatozóide so e


possível durante um período muito limitado. Os espermatozóides devem alcançar o óvulo
quando este começa uma viagem pela trompa. Se isso não acontecer o óvulo vai perdendo
vitalidade e morre antes de entrar no útero.

Os espermatozóides por sua vez vem de uma longa viagem impulsionado pelas caudas, e
recebem com ajuda dos movimentos uterinos para chegar as trompas e fecundar o óvulo. Das
centenas de milhões de espermatozóide de uma ejaculação normal, apenas alguns milhares
penetram nas trompas e alguns poucos alcançam as mediações do óvulo. Antes de introduzir
se, o espermatozóide reconhece o óvulo como pertencente a sua mesma espécie. Esse
dinamismo e necessário para que possa ocorrer a penetração.

Além de reconhecimento há também uma atracção mútua. O óvulo não e um protagonista


passivo no acto da fecundação, ele libera substâncias químicas que atraem os
espermatozóides e estes liberam substâncias que atraem o óvulo. Assim que um deles
atravessa a grossa membrana que rodeia o óvulo, fecunda-o, ela se torna impermeável,
impedindo a entrada de outros espermatozóides

O desenvolvimento pré-natal é dividido em três períodos, estabelecidos pela maioria dos


embriologistas

 Período germinal ou fase zigotica – implantação ou nidação


Uma vez formado o ovo ou zigoto tem inicio o processo de reprodução celular (mitoses
sucessivas). Cerca de 24h depois da concepção, o zigoto divide se em duas células. Em
seguida, estas convertem se em 4,depois em 8 e assim sucessivamente, iniciando se o
crescimento mais rápido de todo o ciclo vital humano (processo de segmentação). Na semana
da fecundação, o novo ser já tem mais centenas de células.ao mesmo tempo que se divide e
cresce o ovo viaja pela trompa uterina ate chegar ao útero antes de completar uma semana.

Quando o ovo esta implantado na mucosa uterina, a vascularização dessa área aumenta,
formando se volumosas cavidades sanguíneas, especialmente nas zonas próximas da
implantação.

A ‘’ferida’’ causada pela implantação cicatriza imediatamente, e o ovo fica totalmente


cercado pelas células uterinas. A implantação termina cerca de 12 ou 13 dias depois da
fecundação.

A implantação e um processo difícil, no qual 50% ou mais do zigotos fracassam, em geral


porque são anormais.

Período embrionário

Cerca de 14 dias depois da fecundação tem inicio o processo de formação da placenta. A capa
externa do blastocisto transforma se em cório, membrana protectora que, com os tecidos
uterinos formara a placenta. Esta possibilita o intercâmbio entre a mãe e o filho e cumpre
múltiplas funções:

 Permite a passagem de substâncias nutritivas;


 Age como órgão de excreção ao facilitar a saída dos catabolitos ou resíduos do
metabolismo do pequeno ser;
 É o órgão respiratório no qual se produz a oxigenação do sangue fetal;
 Age como uma glândula de secreção interna produtora de harmónios;

o cordão umbilical, que se forma nesse período, faz a comunicação entre o embrião e a
placenta, em meio a qual se implanta.

Forma se o saco amniótico, cheio de liquido que envolve e protege o embrião, a amortecendo
golpes e pressões.
O embrião constrói, junto a sua mãe, um meio apropriado para crescer e goza de uma certa
autonomia, com grande intercâmbio reciproco. A contribuição nutritiva da mãe chega a
placenta e o intercâmbio ocorre sem que o sangue materno se misture com o do novo ser.

Ao fim de 2 meses, todos órgãos já se originaram e o embrião tem traços reconhecíveis. E


esse o período formativo desses órgãos, que começam lentamente a agir em estreita relação
com actividade placentária.

Por volta de 8 ou 9 semanas, com a formação básica dos órgãos, excepto os sexuais, e com
aparecimento das primeiras células ósseas, o embrião passa a ser feto.

O período embrionário e de grande importância devido a velocidade de crescimento. Além


disso e um momento de grande sensibilidade doenças infecciosas e a desnutrição materna,
que provocam danos não só funcionais, mais também estruturais. O segundo e terceiro mês
constitui o período de maior risco de aborto natural.

Período fetal

Inicia se por volta da oitava semana de gestação. Durante esse período o novo ser prepara e
atinge o amadurecimento necessário para funcionar com a capacidade e autonomia exigidas
pela vida depois do nascimento.

Os órgãos formados no período anterior agora se diferenciam e desenvolvem se em termos


anatómicos e funcionais.

Aos 4 meses, formam se no polo cefálico do tubo neural 3 engrossamentos que mais tarde
vão dar lugar ao cérebro anterior, médio e posterior. Dessa forma, o cérebro fica formado.

Por volta do sétimo mês de vida pré natal, o feto e capaz de sobreviver por si mesmo, ou seja
e viável embora um prematuro dessa idade exige atenção especial. Seus sistemas vitais
funcionam de forma rudimentar ou estão preparados a funcionar sem a dependência biológica
do corpo materno.

No oitavo mês, o penúltimo mês de gravidez o parto esta cada vez mais perto os ossos estão
endurecendo, menos os ossos do crânio , que so se fecharam a pós o nascimento. O sistema
nervoso esta cada vez mais desenvolvido e já dentro do ventre começa a sua funcionalidade.
O bebe reage a dor, ao toque, ao som, a luz e tem paladar.

O liquido amniótico adquire um sabor mais marcante do alimento ingerido pela mae, o que
faz com que a criança sinta diversos sabores.

No nono mês a criança movimenta se menos nessa fase, por conta do espaço que ficou
menor. O liquido amniótico começa a diminuir

Influencias ambientais do desenvolvimento pre natal

O desenvolvimento e crescimento humano podem ser afectados por diversos factores e / ou


condições. Este comprometimento pode ocorrer tanto no periodo pre quanto pos natal e são
oriundos de factores internos ou externos. Entre os factores internos estão as influencias
genéticas e as condições maternas do ambiente pre natal. Já entre os factores externos,
alimentação, infecções, o álcool, tabagismo e as drogas ganham destaque, pois se sabe que,
embora o feto esteja protegido pela placenta certas substancias podem penetra la e causar
reacções negativas como deformidades físicas e disfunções
comportamentais(GABBARD,2000).

Um agente causador de deformidades físicas ou, ate mesmo, a morte de um feto e


denominado teratógeno (GABBARD,2000). Para GALLAHUE e OZMUN (2001)

Teratógeno são quaisquer substancias que possam fazer o bebe desenvolver se de maneira
anormal. Entre os factores teratogénicos estão, as drogas e medicações, as doenças maternas e
a nutrição. Os maiores riscos para o desenvolvimento pre natal ocorre entre a terceira e a
oitava semana de gestação, uma vez que este período e considerado como o momento em que
o embrião esta mais susceptível a possíveis danos causados por factores teratogénicos.

O desenvolvimento e crescimento humano podem também ser afectados por factores


chamados erros genéticos. Entre estes estão a desordem cromossómica, desordem
cromossómica sexual e a desordem genética. Além dos factores teratogénicos e dos erros
genéticos outros factores tais como:

1.Idade da mãe
2.Paridade
3.Nutrição
4.Incompatibilidade de rh
5.posicao fetal
7.Stress materno
8.ocupação da mãe

Idade da mãe
Apresenta uma estreita relação com o desenvolvimento humano no diz respeito ao processo
de parto e bem estar geral da criança. De acordo com GABBARD (2000) mulheres acima dos
35 anos apresentam um risco maior de darem a luz crianças com síndrome de down ou
crianças com problemas para desenvolver suas habilidades motoras finas.
Já para mulheres abaixo dos 18 anos, o sistema reprodutor pode não estar suficientemente
maduro e o cuidado pre natal, geralmente e pobre. Isto implica em partos longos e prematuros
e os bebes, na maioria das vezes, nascem abaixo do peso normal.
Segundo GABBARD a melhor época para ter bebe e entre 22 e 29 anos.

Paridade
E o numero de crianças previamente nascidas da mae, pode afectar o curso inicial do
desenvolvimento da criança devido a recuperação do sistema endócrino ate seu nivel pre
concepção, o que, normalmente, pode levar, quatro anos entre cada gravidez. Existem
evidencias que mostram que criancas nascidas antes dessa recuperacao estão mais
susceptíveis a mal formações.

Nutrição
A nutrição da mae desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do bebe, pois ela
e única fonte alimentar da criança. Uma vez que esta nutrição não seja adequada pode trazer
consequências severas para o bebe de forma que este possa vir a nascer prematuro, com
crescimento retardado, funcionamento mental pobre e ate mesmo nado morte.

Incompatibilidade rh
A incompatibilidade rh tambem e um factor que deve ser considerado no desenvolvimento
humano. Embora o sangue da mae não se mistura com o do feto, existe a possibilidade de
surgir problemas de incompatibilidade de rh quando os pais apresentam os mesmos grupo rh.
Outra forma de ocorrer incompabilidade e quando a mae e o bebe apresentam factor rh
diferentes (incompativeis) e no processo de nascimento o sangue de ambos se mistura. Neste
caso, o corpo da mae pode reagir ao factor rh estranho do bebe criando anticorpos e estes, em
uma gravidez, se o bebe apresentar novamente o factor rh pode atravessar a placenta
causando danos ao feto GABBARD, (2000).

Posição fetal
A posição fetal e um factor interno que pode causar danos ao feto. A ossificação e
estimulada pela pressão na estrutura esquelética, mais precisamente nas pontas dos ossos.
Com forme a posição em que o feto se encontra, esta pressão pode ser insuficiente e causar o
desenvolvimento imaturo.

Estress materno e ocupação da mae


O estress materno e a ocupação ou profissão da mae são considerados como factores internos
que comprometem o desenvolvimento da criança. Algumas ansiedades durante a gravidez são
inevitáveis e na maioria das vezes não representam graves perigos. Se estress emocional e
excessivo, pode ser transferido para o feto por meio de hormona e outros elementos
bioquímicos na corrente sanguínea, o que pode causar aumento do movimento fetal e, após o
nascimento, choro excessivo, irritabilidade, problemas para comer e de digestão e diarreia.
introducao

O presente trabalho subordinado a cadeira de psicologia de desenvolvimento humano da


criança e adolescente, tem como tema desenvolvimento pre natal os três estágios; influencias
ambientais do desenvolvimento pré natal.
Parte de principio que vida começa quando as células germinativas dos pais se encontram.
Cada um dos pais contribui com 23 cromossomas. Neste momento e definido o potencial do
individuo, esta única célula possui toda a herança genética do pai e da mãe, mais a sua
realização vai depender de factores ambientais e hereditário
O tema tem como objectivo geral descrever os três estágios do desenvolvimento pré natal
assim como explicar as influências ambientais do desenvolvimento pré natal.
O trabalho esta estruturado em 3 subcapítulos nomeadamente: desenvolvimento pré natal,
fecundação, estágios de desenvolvimento pré natal e factores ambientais que influenciam o
desenvolvimento pré natal .

Conclusão

O grupo chegou a conclusão que o desenvolvimento pré natal e um tema de extrema


importância no que concerne ao curso de psicologia clinica visto que o desenvolvimento pré
natal e apartir da concepção até ao nascimento do bebe. Salientar ainda que durante a vida pré
natal podemos nos deparar com vários factores que podem influenciar negativamente no
desenvolvimento pré natal nomeadamente a idade da mãe, nutrição, infecções, uso de drogas
ou substâncias químicas provocando desta feita anomalias do feto
Referências bibliográficas

GRIFFA, Maria Cristina & MORENO, José Eduardo. Chaves para a Psicologia do
Desenvolvimento: Vida Pré-Natal. Etapas da Infância.4ed.Sao Paulo;Paulinas,2008, 347p.

GABBARD, C. P. Lifelong Motor Development. Boston: Allyn & Bacon, 3ed;

GALLHUE, D. L. & OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebes,


crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte editora, 2001, 641p.

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