Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Período do Ovo
Começa com a fertilização, forma o zigoto e termina ao final da 1º semana de
desenvolvimento, isto é, esse período vai da fertilização até a implantação. Dentro
dele, há 3 fases:
a) Zigoto: é formado pela fertilização e é assim chamado até o momento em
que passa a ser multicelular.
b) Mórula: é o zigoto multicelular.
c) Blastocisto: estágio mais avançado da mórula, apresentando já uma grande
cavidade repleta de líquido. É implantado entre o 5º e o 6º dia de gestação.
Período do Embrião
Tem início no final da 1º semana de desenvolvimento e vai até a 8º semana. É
o período mais crítico do desenvolvimento, pois é quando o embrião está mais
propenso a sofrer má formação ou alterações estruturais em sua constituição, pois é
nesse período que todos os tecidos estão sendo desenvolvidos. Assim, é necessário
que a grávida evite receber radiação e que não se exponha a infecções.
Por exemplo, o Zika vírus consegue atravessar a placenta e se instalar nos
tecidos do embrião, especialmente no encéfalo, causando atrofia cerebral
(microcefalia), acúmulo de líquido no encéfalo (ventriculomegalia grave) e contração
excessiva dos músculos e consequente defeitos ósseos (aterogripose). Outros vírus
também podem causar má formação durante esse período, como a sífilis e a rubéola.
Período do Feto
Inicia na 9º semana e dura até o nascimento. Podem ocorrer má formações,
porém, em menor frequência que no período do embrião. Ocorre o crescimento
maturacional dos órgãos, ganho de peso e funcionalidade dos órgãos.
Alterações na meiose
Pode ocorrer não-disjunção das cromátides-irmãs na meiose I ou II (na mitose,
é mais raro de acontecer). O normal é que um membro de cada par de cromossomos
homólogos vá para cada célula filha. Quando a separação não ocorre, há formação de
gametas com 24 cromossomos e outros com 22. A idade materna avançada é um
fator contribuinte para essa anomalia.
Se houver fertilização entre um gameta de 24 com um de 23, o zigoto formado
terá trissomia (cariótipo com 47 cromossomos). É o caso da síndrome de Down
(trissomia do 21), sindrome de Patau (trissomia do 13) e síndrome de Edwards
(trissomia do 18). Se houver fertilização entre um gameta 23 e um gameta 22, o zigoto
terá monossomia (cariótipo com 45 cromossomos). É o caso da síndrome de Turner.
GAMETOGÊNESE
Fases da fertilização
1. Penetração na coroa radiata (conjunto de células expulsas do ovário junto
com o oócito).
2. Penetração na ZP: interação espécie-específica com moléculas receptoras.
SED1: proteína do núcleo do spz que se liga a molécula receptora, a
glicoproteína ZP3. Essa ligação causa a degradação da cabeça do spz e a liberação
de enzimas para que ocorra a reação acrossômica.
Outras moléculas de adesão: Tetraspanina é uma glicoproteína da membrana
do oócito. IZU-MO é uma imunoglobulina. ADAM (30) é uma glicoproteína com
desintegrinas que formam o ADAM-2.
Quando o spz atravessa a ZP, ocorre:
a) Reação cortical: zonas de cálcio emitidas pela membrana do oócito para
impedir a poliespermia.
b) Reação de Zona: grânulos da membrana do oócito liberam enzimas para
impedir poliespermia.
IMPLANTAÇÃO
A implantação ocorre na parede anterior ou na parede posterior do endométrio
e ocorre entre o 5º e 6º dia de gestação através da interação de moléculas do
endométrio ou do blastocisto com seus respectivos receptores. As selectinas
expressas pelo trofoblasto interagem com receptores do endométrio, causando a
captura do blastocisto. O trofoderma emite projeções para dentro do endométrio.
Integrinas expressas pelo trofoderma reagem com receptores do endométrio
(laminina). As integrinas reagem com a fibronectina fazem a migração.
Embriologia – 8/3/2016 – Prof. Alessandra Danziger
2º semana do desenvolvimento
Implantação anômala
É a implantação fora do local ideal e preparado para receber, nutrir e dar
suporte ao blastocisto (endométrio). Pode ocorrer na ampola (80% dos casos), na tuba
uterina, nas trompas, na cavidade abdominal, no início do útero, no óstio (pare mais
baixa do útero). Nesse último caso, o embrião torna-se feto no óstio, obstrui o canal
endocervival e faz a placenta ter inserção baixa = placenta prévia, causa intenso
sangramento, risco de morte, na segunda parte da gravidez e durante o parto. Quando
a placenta está muito baixa, não se faz parto normal. Pode haver aborto espontâneo,
retirada cirúrgica, óbito, hemorragia, curetagem.
Embriologia – 15/3/2016 – Prof. Alessandra Danziger
3º semana do desenvolvimento
Fatores de crescimento
FGF8 (fator de crescimento de fibroblasto 8) e NODAL são produzidos
pelas células do epiblasto. Eles dão início à formação da linha primitiva e fazem a
manutenção dela. As células da linha se deslocam e migram, diferenciando-se no
mesênquima (tecido conjuntivo embrionário). Elas empurram o hipoblasto e se
diferenciam no Endoderma.
Mesoderma intra-embrionário é formado entre o endoderma e o epiblasto. É
formado por células da região que não migraram. O epiblasto não migra e forma o
Ectoderma. Agora, há o disco trilaminar.
Obs: Cavidade superior: amniótica / Cavidade inferior: vitelínica.
Holoprosencefalia Sirenomelia
Derivados do mesoderma
Os fatores de transcrição que regulam esse processo são: FGF8, Via Notch,
WNT3a e ácido retinóico.
A placa lateral vai se dividir em 1- Mesoderma parietal somático, que sobe e
recobre a cavidade amniótica; 2- Mesoderma esplâncnico (visceral), que desce e
recobre a vesícula vitelínica.
A cavidade intraembrionária é formada pelo mesoderma parietal e esplâncnico.
No mesoderma intraembrionário, formam-se cavidades, que posteriormente
são separadas para formar os espaços celômicos. Eles preenchem a cavidade
celômica com o líquido. Os espaços se fundem e formam a cavidade celômica
intraembrionária revestida por mesoderma. Posteriormente, ela formará:
Cavidade abdominal: revestida pelo peritônio.
Cavidade torácica: revestida pelo pericárdio e pela pleura.
Vasculogênese e Angiogênese
Sistema cardiovascular
O sistema cardiovascular é o primeiro a se tornar funcionalmente ativo.
Na área cardiogênica, surge o coração primitivo, que é tubular. Ele é formado a
partir das células da área cardiogênica primária e secundária. O coração se une a
todos os vasos já formados no saco vitelínico, no pedículo embrionário e no córion.
Esse processo forma o sistema cardiovascular primitivo e dá início à circulação do
sangue e, consequentemente, aos batimentos cardíacos (em torno do 21º ou 22º dia).
OBS: Os primeiros batimentos cardíacos são auscultados a partir da 5º ou 7º
semana, apesar de surgirem antes disso.
A partir da 4º semana, o embrião é representado por um tubo corporal, dentro
do qual todas as estruturas são formadas.
.
Porção posterior do intestino: a membrana cloacal (constituída de endoderma)
se rompe a 7º semana e forma 2 aberturas: anal e genital
No 26º dia, surgem os 1º, 2º e 3º pares de arcos faríngeos (27 somitos). Eles
formam os primeiros brotos dos membros superiores. Ocorre o início da pigmentação
do cristalino (placode) e o início da formação da orelha interna (fosseta ótica). Nessa
fase, apresenta uma eminência caudal bem longa.
No final da 4º semana, apresenta 28 somitos, olho pigmentado, brotos dos
membros inferiores e superiores, 4 pares de arcos faríngeos e eminência caudal já
diminuindo.
Modificações mensais
Até a 9º semana, a cabeça tem crescimento mais significativo do que as
outras estruturas do corpo. Durante o período fetal, esse crescimento diminui e a face
torna-se mais humana: ganha estruturas faciais. Os olhos se aproximam na região
mediana da face e as orelhas se posicionam. Os membros superiores crescem mais
que os membros inferiores, braços e mãos se aproximam e ainda há herniação
umbilical. Surgem os primeiros centros de ossificação, primeiro nos ossos longos e,
depois, no crânio. Na 12º semana, a genitália externa está desenvolvida (pode se vista
através de ultrassonografias) e as alças intestinais retornam para o abdômen (a
herniação umbilical desaparece).
Sistema útero-placentário
A placenta começa a ser formada no final da 2º semana através das lacunas
trofoblásticas, formadas pela proliferação do sinciciotrofoblasto. Elas se tornam
paralelas aos sinusóides maternos. O citotrofoblasto prolifera, penetra pelo
sinciciotrofoblasto e forma lacunas revestidas por sincicio. Os vasos e as células
sanguíneas são formados a partir do mesoderma extraembrionário no pedículo. O
mesoderma prolifera, penetra a placa coriônica, forma troncos vilosos placentários
derivados do mesênquima. Eles irão se diferenciar e passarão a ser chamados de
conchas citotrofoblásticas externas.
A placenta tem a face materna (decídua basal) + face fetal (córion frondoso) +
zona juncional (trofoblasto + células deciduais).
No 4º mês, a decídua basal emite projeções entre as vilosidades, formando o
septo decidual, que não encosta na placa coriônica. As frações desse septo são:
sinciciotrofoblasto (mais abaixo, responsável por separar o sangue materno do
tecido fetal) e a decídua (acima).
Cordão umbilical
A gravidez múltipla tem mais chances de acontecer quando a idade materna é superior a 35
anos e quando a fertilização artificial é feita.
a)Processo endocondral: molde cartilagíneo vindo dos condrócitos – processo de ossificação feito
pelos osteoblatos. Exemplo: esqueleto axial e ossos dos membros (exceto a clavícula).
b.1) Ossos membranosos originam na crista neural (ossos da face e osso frontal) ou do
mesoderma paraxial da cabeça não segmentado (osso parietal).
b.2) Ossos dérmicos originam dos osteoblastos, que derivam diretamente do mesênquima.
Processo endocondral
As células mesênquimais se condessam e formam um molde do osso. As células
condensadas diferenciam-se em condrócitos para formar cartilagem. Nessa região, há invasão de
vasos na diáfise. Os vasos levam os osteoblastos para a diáfise. Os condrócitos são empurrados
para as extremidades do osso (epífises). Os osteoblastos começam a ossificação na margem do
molde, através da deposição de matriz. A ossificação primária ocorre na diáfise. Os condrócitos
restastantes da diáfise entram em apoptose. A ossificação secundária ocorre na epífise, quando
os vasos invadem e levam os osteoblastos.
Exemplo: esqueleto axial e ossos longos dos membros, exceto clavículas.
Crânio
Neurocrânio: ossos que protegem o SNC, ou seja, osso da calota craniana. Possi ossos
cartilaginosos originados dos condrócitos (condrocrânio – base do crânio) e ossos membranosos
vindos das células da crista neural e do mesoderma paraxial. Viscerocrânio: face e mandíbula.
Ossificação intramembranosa da calota craniana
São ossos derivados do mesênquima. Inicialmente, há camadas de mesênquima, que formam
osteoblastos. Formam tecido ósseo. Formam-se osso em formato de agulha (espículas de osso).
Elas crescem longitudinalmente e se unem até formar os ossos chatos do crânio.
Crânio do recém-nascido
Os ossos chatos são separados por faixas de tecido conjuntivo derivadas de células da crista
neural (sutura sagital) ou do mesoderma paraxial (sutura coronal). No parto, sofre remodelagem
para facilitar a passagem pelo canal vaginal. Nesse processo, os ossos se sobrepõem. Porém, é um
processo transitório, pois, horas após o parto, eles voltam para o lugar normal. Os ossos do crânio
aumentam de tamanho, acompanhando o crescimento do encéfalo, porém, continuam
membranosos.
As fontanelas se fecham na vida pós-natal. A fontanela posterior se fecha até o 1º ou 2º
mês de vida pós-parto, e a anterior se fecha até o 18º mês. Durante o primeiro ano, o
acompanhamento feito pelo pediatra é chamado de puericultura. O médico apalpa a fontanela
anterior, pois ela permite acompanhar o crescimento do encéfalo e o processo de ossificação;
permite avaliar a pressão intracraniana e o processo de fechamento.
Vértebras e coluna
São derivadas do mesoderma pré-somítico (mesoderma paraxial), pois ele sofre uma
transformação mesênquimo-epitelial e forma os somitos epiteliais. Aqueles que permanecem
epiteliais formam os dermomiótomos. Aqueles que sofrem uma transformação mesenquimal
formam o esclerótomo (somito mesenquimal), para dar origem às vertebras e à coluna.
Na 4º semana, os somitos estão revestindo a parede externa do tubo neural. Eles se
proliferam, migram (gastrulação) e circundam todo o tubo neural e a notocorda. Eles diferenciam-se
e os somitos da região ventral formam o corpo vertebral; os somitos da região dorsal, a
espinha vertebral; os somitos da região lateral, o processo transverso vertebral.
Durante a formação das vértebras, são estabelecidas 2 curvaturas primárias: torácica e sacral.
Depois, são estabelecidas duas curvaturas secundárias: cervical (quando o bebê aprende a firmar a
cabeça) e lombar (quando aprende a andar).
Costelas e esterno
São derivados dos esclerótomos. As costelas começam a ser formadas na 5º semana de
desenvolvimento. O processo costal das vértebras prolifera e se estende, e seus esclerótomos
formam as costelas. Na 6º semana, surge a articulação costo-vertebral, que separa as costelas das
vértebras e faz o crescimento das costelas.
O esterno se forma por condensação do mesênquima. Esse processo forma 2 barras esternais
de mesênquima ao lado das linhas medianas do corpo. Elas se diferenciam em tecido cartilaginoso,
sofrem ossificação e unem e formam o esterno.
Displasias esqueléticas
1. Acondroplasia (ACH): afeta primariamente os ossos longos e causa cabeça grande,
dedos das mãos curtos e abdômen protuso.
2. Displasia tanatofórica: forma neonatal letal mais comum em displasia esquelética.
TIPO I - fêmures pequenos e curvados com ou sem crânio “em folha de trevo”. TIPO
II – fêmures retos e longos e crânio “em folha de trevo” grave – craniossinostose.
3. Hipocondroplasia: tipo mais brando de ACH. Causada por mutações de FGR3. Gera
formação óssea endocondral anormal e afeta o crescimento dos ossos longos e base
do crânio.
4. Disostose cleidocraniana: É uma displasia esquelética generalizada, que afeta
tecidos ósseos e dentais. É causada por fechamento tardio das fontanelas e
diminuição da mineralização das suturas craniais. Gera protuberância dos ossos
frontal, parietal e occipital. As clavículas ausentes.
5. Acromegalia: Causada por hiperpituitarismo congênito. Causa uma produção
excessiva de hormônio de crescimento. Acontece, então, crescimento
desproporcional de face, mãos e pés. Chamada de “gigantismo”.
6. Microcefalia: o cérebro não cresce e o crânio não se expande. Causa retardo mental
grave.
7. Distrofia muscular de Duchenne e do tipo Becker: ambas são ligadas ao
cromossomo X e decorrentes de mutações na Distrophina: uma proteína grande que
liga as proteínas citoesqueleto ao sarcolema. A D.M de Duchenne afeta a maior
parte dos ossos do corpo e é mais frequente em meninos. A D.M. tipo Becker é uma
forma mais leve.
8. Síndrome de Kallmann: é caracterizada por anosmia (perda do olfato) ou hiposmia
(perda do sentido de falat) e hipogonadismo (gônadas pequenas). Os dois primeiros
sintomas são decorrentes do fato de os bulbos e nervos olfatórios não se
desenvolverem corretamente. Já o terceiro é causada porque o hipotálamo não
produz quantidade suficiente do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH).
DISOSTOSE
CLEIDOCRANIANA
Embriologia – 17/5/2016 – Prof. Alessandra Danziger
Sistema Cardiovascular
O sistema cardiovascular começa a ser formado a partir das células progenitoras – células
cardiogênicas primitivas -, as quais são encontradas no epiblasto, adjacentes à região cranial da
linha primitiva.
O coração começa a bater entre 22º e 23º dia. O sangue começa a ser bombeado entre 24
e 25º dia.
As células proliferam do epiblasto e migram através da linha primitiva, instalando-se na
camada esplâncnica do mesoderma da placa lateral. Formam-se colônias de células cardiogênicas,
as quais formam a área cardiogênica primária ou 1º campo cardíaco, adjacente à placa neural,
em formado de ferradura (meia lua cardíaca).
Via de lateralidade
O período do 16º ao 18º dia é crucial para o desenvolvimento do coração, pois é quando
as duas áreas cardíacas são formadas. Qualquer distúrbio que interfira na via de lateralidade causa
má formação cardíaca. Essas má formações são multifatoriais, pois podem ser decorrentes de
interações entre fatores ambientais e genéticos. Alguns exemplos de teratógenos que podem causar
isso são:
-Álcool: destrói as células da porção cefálica da linha primitiva.
-Doenças maternas, como DM.
-Stress oxidativo
-Ácido retnoico (um morfógeno)
-Talidomida
-Vírus da rubéola
-Antidepressivos: altera a serotonina e a via de lateralidade
Septação
As câmeras se formam a partir de septos (paredes). Essas paredes se desenvolvem dos
coxins endocárdios inferiores e superiores, os quais são formados por tecido conjuntivo
vindo de células do mesênquima. Até no momento da septação, os átrios e os ventrículos eram
comuns, ou seja, não havia divisão em direito e esquerdo.
Entre o 28º e o 37º dia, há síntese de matriz extracelular entre as paredes do tubo cardíaco,
na região entre endocárdio e miocárdio. Então saliências são formadas principalmente na região do
endocárdio, o qual sofre uma transformação epitélio-mesenquimal, fazendo com que a matriz
extracelular vire mesênquima. O mesênquima prolifera e forma o tecido conjuntivo dos coxins.
Os coxins salientam-se na região entre átrio e ventrículo e passam a ser chamados de
coxins atrioventriculares, pois nesse momento formam o septo atrioventricular.
Anéis de coxins são formados na região do trato de saída do coração e eles passam a aser
chamados de coxins conotruncais.
Sistema de condução
O nó atrioventricular (Feixe de His) é derivado das células da parede esquerda do seio
venoso e das células do canal atrioventricular, na base do septo interatrial.
O marca passo é formado na região caudal esquerda do tubo cardíaco. Depois, o seio venoso
se posiciona no átrio direito e o marca passo fica localizado na abertura superior à veia cava
superior, formando o nó sinoatrial.
Desenvolvimento vascular
Os vasos do coração formam-se a partir de vasculogênese (vasos são formados a partir da
coalescência dos angioblastos) e angiogênese (brotamento de vasos já existentes). Esses
processos são padronizados pelo fator de crescimento endotelial vascular.
Os arcos aórticos surgem dos sacos aórticos (parte mais distal do tronco arterial). Deles,
derivam-se:
As duas artérias umbilicais surgem das artérias ilíacas comuns após o nascimento. Então,
a porção distal delas se oblitera e forma o ligamento umbilical médio. A porção proximal
persiste e forma a artéria ilíaca interna e a artéria vesical inferior.
Sistema venoso
Desenvolve-se a partir da 5º semana. Dele, reconhecem-se 3 sistemas:
-Sistema Vitelínico: irriga a vesícula vitelínica. Retorna o sangue pobre em oxigênio da
vesícula umbilical. Forma o sistema portal.
-Sistema Cardinal: retorna o sangue pobre em oxigênio do corpo do embrião. Forma o
sistema caval.
-Sistema umbilical: transportam o sangue rico em oxigênio do saco coriônico. Desaparece
após o nascimento.
As veias vitelínicas formam um plexo que passa em ambos os lados do duodeno e pelo septo
transverso antes de chegar ao seio venoso. Com o desenvolvimento, formam-se brotos hepáticos na
parede do duodeno e eles interrompem o percurso das veias vitelínicas. Elas sofrem anastomose e
formam os sinusoides hepáticos. O lado esquerdo da veia vitelínica se estreita e o sangue do lado
esquerdo do fígado é recanalizado para o lado direito, alargando o lado direito da veia. Assim, forma-se o
canal hepatocárdico direito, que se diferencia na porção hepática da veia cava inferior.
Simultaneamente à anastomose, forma-se, no centro dos sinusoides hepáticos o DUCTO VENOSO,
que é o vaso fetal essencial para circulação fetal, pois ele liga a veia umbilical esquerda à veia cava
inferior.
A porção proximal da veia vitelínica desaparece e uma rede de anastomose ao redor do duodeno forma
a veia porta (vaso único).
Após o nascimento
Estruturas desnecessárias se obliteram devido ao fim do fluxo placentário e do ínicio da
respiração.
1. Ducto arterioso: nas primeiras horas após o nascimento, ele se contrai por contração muscular das
paredes e fecha. Ele se diferencia no ligamento arterioso. O fluxo de sangue para os pulmões
aumenta, aumenta o fluxo no átrio esquerdo e diminui o fluxo do átrio direito.
2. Os septos primário e secundário ficam apostos e colapsam um sobre o outro devido à diferença de fluxo
entre átrio esquerdo e direito. Assim, eles fecham o forâmen oval, e a parte remanescente é chamada
de fossa oval. O fechamento anatômico do forâmen oval acontece no terceiro mês de vida e o
fechamento funcional ocorre ao nascimento.
3. Ducto venoso oblitera e forma o ligamento venoso.
4. Veia umbilical esquerda se oblitera e forma o ligamento redondo hepático.
5. Artéria umbilical forma a artéria vesicual superior e o ligamento umbilical médio.
Tetralogia de Fallot
-Estenose da artéria pulmonar, obstruindo o fluxo do ventrículo direito, fazendo o tronco pulmonar é
pequeno = atresia pulmonar.
-Defeito no septo ventricular, fazendo o débito pulmonar ocorrer através da aorta.
-Dextroposição da aorta (aorta acavalada).
-Hipertrofia ventricular direita.
Esses defeitos cardíacos congênitos causam CIANOSE intensa.
Síndrome de Marfan
-Doença do tecido conjuntivo.
-Causada por mutações no gene FBN1-, localizado no cromossomo 15q21.1
-Não há fibrilina nem fibras elásticas.
-Defeitos músculo-esqueléticos: ossos longos e estreitos: aracnodactilia, pectus excavatum,
hiperflexibilidade das articulações.
-Defeitos cardíacos: dilatação e/ou dissecção da aorta ascendente; aneurisma aórtico; aorta acavalada;
multivalvas; prolapso mitral. Os problemas cardíacos são as principais causas de óbito.
-Pele envelhecida e flácida.
-Luxação do cristalino.
-Forma neonatal é a mais rara, 14% dos casos, não há histórico familiar, sobrevida de 2 ano, os defeitos
musculoesqueléticos e micrognatia já estão presentes.
-Forma infantil: defeitos extramusculoesqueléticos mais frequentes, retardo do crescimento físico e
cognitivo.
-Forma clássica: progressiva até a adolescência devido a alterações cardíacas gravíssimas. Histórico
familiar + anormalidades cardíacas e musculoesqueléticas.
Embriologia – 31/5/2016 – Prof. Alessandra Danziger
Sistema Respiratório
Alguns fatores são essenciais para coordenar esse processo: ácido retnoico e proteína
TBOX4. Eles induzem as células da região ventral do intestino a formarem o divertículo.
O broto primário sofre mais ciclos de ramificação, formando a árvore respiratória. Os epitélios
de revestimento interno da laringe, da traqueia, dos brônquios e dos pulmões são derivados do
endoderma. Os tecidos cartilaginoso, muscular e conjuntivo que compõem a traqueia e os pulmões
são derivados da camada esplâncnica do mesoderma que cerca o intestino anterior.
Estágios do desenvolvimento pulmonar humano:
1. Embrionário: 26º dia a 6º semana
2. Pseudoglandular: 6º a 16º semana
3. Canalicular: 16º a 28º semana
4. Sacular: 28º a 36º semana
5. Alveolar: 36º semana até o termo.
Até esse momento, o broto pulmonar tem conexão direta com o esôfago. Ele, então, se
separa do esôfago, pois o intestino anterior se divide na traqueia e no brônquio pulmonar. O
intestino prolifera para a região anterior do divertículo e forma pregas traqueoesofágicas (o
intestino se fusiona). Quando elas se fundem completamente, formam um septo
traqueoesofágico: separa o esôfago (intestino anterior), a traqueia e o broto pulmonar.
Entre 5º e 8º semana, o broto pulmonar sofre 16 ciclos de ramificação. Através disso, ele dá
origem a 3 ramificações do lado direito e 2 do lado esquerdo. O broto pulmonar está no estágio
secundário e sofre novos ciclos de ramificação na 6º semana, os quais são mais variados, pois
formam mais ramos. Formam-se 10 brotos terciários em ambos os lados. Na 16º semana, cada
broto terciário se ramifica através de 14 ciclos para formar pelo menos um bronquíolo terminal.
Entre 16º e 28º semana, cada bronquíolo terminal sofre novos ciclos e forma, pelo menos, 2
bronquíolos respiratórios.
Cada túbulo coletor reto sofre ciclos de ramificação, formando 16 ramos separados entre si.
Eles coalescem e formam de 2 a 4 cálices maiores. Quatro gerações de ciclo de ramificação ocorrido
na 7º semana originam os cálices menores. Ao mesmo tempo, o ureter se diferencia e aumenta,
formando a pelve renal.
A extremidade de cada túbulo coletor arqueado induz o mesoderma superior a se diferenciar em
células que formam uma massa condensada (capuz de blastema metanéfrico). O capuz se prolifera,
faz um rearranjo e forma uma vesícula. Ela cresce e origina o túbulo metanéfrico, o qual se torna
contínuo à porção superior do túbulo coletor. O túbulo se alonga e forma os túbulos contorcidos distal
e proximal + alça de Henle + capsula de Bowman (porção invaginada pelo glomérulo) = néfron.
O septo uroretal (mesoderma) desce em direção ao sistema genial e o septo separa o seio
urogenital do canal retal.
3 porções do seio urogenital: vesical (bexiga; superior e larga; conectada ao alantoide),
pélvica e fálica.
O alantoide se oblitera e forma o úraco (no adulto, é chamado de ligamento umbilical médio). A
porção pélvica no homem dá origem à próstata e à parte membranosa da uretra. A porção fálica é
onde se diferenciam as genitálias.
A bexiga quando cheia tem superfície interna lisa. Quando vazia, rugosa.
Embriologia – 7/6/2016 – Prof. Alessandra Danziger
Sistema Nervoso Central
Zika
A infecção do Zika durante a gestação pode causar diversas má-formações, como a microcefalia e a
artrogripose (contração das articulações, resultando em má-formações ósseas).
Estudos recentes identificaram o Zika em células maternas e fetais. Isso mostra que o Zika é capaz de
romper a barreira placentária e causa infecção congênita, além de ter capacidade de infectar os vasos fetais.
Foi identificado no líquido amniótico, através do canal vaginal. Amostras de placenta passaram por exames de
imunohistoquímica e mostraram Zika nas células trofoblásticas (placenta).
Além de células trofoblásticas, a placenta tem células de Hofbauer, que são semelhantes aos macrófagos.
São identificadas logo no início da gestação. A função dessas células ainda não está totalmente esclarecida,
porém elas são essenciais para a manutenção do fluxo dinâmico do sangue nos vasos fetais e também fazer
fagocitose no final da gestação. Elas estão presentes na face fetal da placenta (placa coriônica) e no estroma
que circunda os vasos fetais. São células móveis e se disseminam com facilidade. Acredita-se que o Zika
funcione como o HIV. O vírus usa a capacidade migratória das células de Hofbauer para atingir as células
fetais.
O Zika age dentro da célula nervosa em formação, pois tem tropismo a favor do encéfalo. Ele usa a célula
para se autorreplicar e aumentar sua carga viral rapidamente. O sistema imune é ativado para reconhecer a
infecção das células encefálicas em diferenciação (+ sensíveis a ação de teratógenos). Quando infectadas,
perdem a capacidade de se diferenciar devido a alterações em mais de 500 genes e proteínas, estacionam
naquela fase de maturação, morrem e causam atrofia encefálica. Assim, fetos infectados pelo Zika tem um
número de neurônios bem menores e perímetro cefálico menor que 32 cm.
Acredita-se que toda a interferência do Zika seja de 12 dias. É um tipo de teratógeno.
SNC
O SNC é derivado do ectoderma. A maior parte vem do tubo neural e das células da crista neural. As
células da crista neural formam SNP. O tubo neural fechado (neuróporo anterior e posterior) forma 3 dilatações
iniciais, chamadas de vesículas encefálicas primárias: Prosencéfalo (rostral), mesencéfalo (medial) e
rombencéfalo (mais próxima da medula espinhal). Com isso, formam-se a flexura cervical (junção entre
rombencéfalo e a medula espinhal) e flexura cefálica (região do mesencéfalo).
Cérebro
Tronco: mielencéfalo, ponte do metencéfalo, mesencéfalo.
Centros superiores: cerebelo e hemisférios cerebrais.
Mielencéfalo
Forma o bulbo. Possui placas alares e basais, derivadas do espessamento do tubo neural e separadas
pelo sulco limitante.
As placas alares possuem grupos de neurônios sensoriais (recebem estímulos).
1. Grupo aferente somático - sensorial geral: recebe sensações de dor, temperatura, toque da faringe – nervo
glossofaríngeo.
2. Grupo aferente visceral especial - sensorial intermediário: recebe impulsos das papilas gustativas da
língua, palato, orofaringe, epiglote e nervo vestibulococlear.
3. Grupo aferente visceral geral – sensorial medial: musculatura involuntária de coração, intestino e sistema
respiratório.
Metencéfalo
Placas basais:
1. Grupo eferente somático medial: forma o núcleo do nervo abducente.
2. Grupo eferente visceral especial: contém núcleos dos nervos trigeminal e facial .
3. Grupo eferente visceral geral: axônios que abastecem as glândulas sublinguais e submandibulares.
Placas alares
1. Aferente somático: contém neurônios no nervo trigeminal.
2. Aferente especial
3. Aferente visceral geral
Ponto contem fibras nervosas e núcleos pontinos (originados das placas alares do metencéfalo e do
mielencéfalo).
Cerebelo
Centro de coordenação para postura e movimento. O espessamento das placas alares forma os lábios
rômbicos. Eles se comprimem no sentido céfalo-caudal e formam a placa cerebelar (primórdio do cerebelo) na
4º semana.
Até 12 semanas, a placa cerebelar possui uma região central pequena chamada de vérmis. Ele é
separado do flóculo (inferior) e dos hemisférios cerebelares (porções laterais da placa) por uma fissura. O
nódulo é separado da região inferior (flóculo) através da fissura transversal. As 3 estruturas em conjunto são
chamadas de lobo floculonodular.
Mesencéfalo
Possui placas basais (motoras):
1. Grupo eferente somático: nervos óculo-motor e troclear, que inervam a musculatura ocular.
2. Grupo eferente visceral: núcleo e Edinger, que inerva o musculo liso da papila.
Possui placas alares, que se espessam e formam duas projeções (colículos - sensoriais) separadas por
um sulco.
1. Colículo anterior (superior): centros de correlação e de reflexão dos impulsos visuais
2. Coliculo posterior (inferior) estações de retransmissão sináptica para reflexos auditivos.
Prosencéfalo
Dividido em telencéfalo (formará os hemisférios cerebrais) e diencéfalo (cálice do pedículo óptico,
hipotálamo, tálamo, epitálamo, hipófise, glândula pineal).
Diencéfalo (região hipotalâmica): porção média do prosencéfalo. A placa do teto dele é formada por uma
só camada de células ependimárias revestidas por mesênquima vascularizado.
Formação da glândula pineal: ocorre na 7º semana. Na região caudal do diencéfalo, ocorre espessamento
chamado de corpo pineal. Ele prolifera e forma uma projeção, que é a glândula pineal.
Formação do tálamo, hipotálamo e epitálamo: espessamento das paredes laterais do terceiro ventrículo.
Eles são separados por 2 sulcos: hipotalâmico (fenda que divide tálamo e hipotálamo) e epitalâmico (fenda
que separa o epitálamo do tálamo).
Hipófise: formada a partir de 2 estruturas totalmente diferentes. Uma delas é uma evaginação do
ectoderma do estomodeu (primórdio da cavidade oral do embrião), formando o divertículo hipofisário (bolsa de
Rathke). A parede anterior da bolsa de Rathke se espessa e se projeta, formando uma vesícula chamada de
parte tuberal (lobo anterior – adenohipófise). A porção posterior do lobo anterior forma a parte intermediária
da hipófise. A outra é uma projeção do diencéfalo para baixo, formando o divertículo neuro-hipofisário, que se
diferencia no infundíbulo. Ele se espessa e forma a parte nervosa da hipófise, neurohipófise (lobo posterior).
Telencéfalo: Vesícula mais rostral. Ele se diferencia nos hemisférios cerebrais (porções laterais de
evaginação). Lâmina terminal na região mediana.
Os hemisférios já estão presentes na 5º semana. Até a metade do segundo mês, já existe o corpo
estriado, o plexo coroide e o hipocampo.
1. O corpo estriado é a porção basal dos hemisférios que crescem rapidamente. Ele aumenta seu
tamanho e forma dois núcleos: caudado (porção dorsomedial) e lentiforme (porção ventrolateral).
2. Plexo coroide: uma única camada de células ependimárias revestidas por mesênquima vascularizado.
Ele se projeta lateralmente em direção à fissura coroide.
3. Hipocampo: a parede superior dos hemisférios se espessa.
OBS: Comunicação entre os ventrículos laterais e o lúmen do diencéfalo (3º ventrículo) = por meio do forâmen
interventricular de Monro.
Com o crescimento dos hemisférios, formam-se os lobos parietal, frontal e occipital. Eles se
desenvolvem e formam convoluções (giros e regiões elevadas). Elas já estão presentes no final da vida fetal e
são separadas por sulcos. Entre o lobo frontal e o occipital, fissura é chamada de ínsula.
O córtex é derivado do palio pariocórtex (ou arquicórtex, imediatamente ao lado do corpo estriado) e
neocórtex (entre o pariocortex e o hipocampo). Até o nascimento, tem aparência pavimentosa e estratificada.
Existe o córtex motor (células piramidais) e o córtex sensorial.
As comissuras possuem feixes de fibras que atravessam a linha média.
-A primeira é a comissura anterior: conecta o bulbo olfatório e as áreas cerebrais relacionadas de um
hemisfério às do lado oposto.
-Segunda: comissura hipocampal: fibras que surgem da lâmina terminal próxima ao hipocampo.
-Terceira: corpo caloso: 10º semana. Conecta as áreas não olfatórias do córtex cerebral direito e
esquerdo.
-Comissuras posterior e habencular: abaixo e rostralmente ao pedículo da glândula pineal.
-Quiasma óptico: parede rostral do diencéfalo, fibras das metades medianas da retina.
Medula espinhal
Na parede do tubo neural, formam-se várias camadas de células neuroepiteliais. Elas formam um epitélio
pavimentoso estratificado. As células neuroepiteliais se diferenciarão e formarão os neuroblastos: primórdios
das células nervosas. Eles formam duas camadas: 1- Manto, camada que vem logo após a camada de células
neuroepiteliais; contém células neuroepiteliais em vários estágios de desenvolvimento, forma a camada
acinzentada da medula; 2- Camada marginal, mais externa, contem células nervosas maduras com
neurônios mielinizados, formando a substancia branca da medula espinhal.
OBS: processo de mielinização: as células de Schawann são derivadas das células da crista neural e
circundam várias vezes os axônios dos neurônios centrais até que a bainha de mielina seja formada nas fibras
nervosas na medula espinhal. Um oligodendrócito mieliniza até 50 axônios periféricos.
As células mesenquimais vão se diferenciar em células da micróglia, que, além de serem células de
suporte, são células de defesa (fagócitos). Os neuroblastos vão formar:
-Neurônios (células funcionais do SN)
-Células de suporte: astrócitos protoplasmáticos e fibrosos; oligodendrócitos (mielinização);
células ependimárias.
Especificamente:
Espessamento ventral do tubo neural – placa basal – neurônios motores.
Espessamento dorsal do tubo neural – placa alar – neurônios sensoriais.
Vias para movimento das fibras nervosas de um lado para outro na medula: placas do teto e do assoalho.
Ambas não têm neuroblastos.
Neuroepiteliais - Neuroblasto – neuroblasto apolar (redondo) – neuroblasto bipolar (axônio primitivo) –
arborizações do citoplasma – dendritos - neurônio.
Neuroblasto - Glioblasto – astroblasto – astrócitos protoplasmáticos e astrócitos fibrilares (na camada
marginal e na camada do manto; são células suportes).
Neuroepiteliais – glioblasto – oligodendroblasto - oligodendrócitos (na camada marginal; fazem
mielinização).
Neuroepiteliais – neuroblastos - células ependimárias (revestem o canal central da medula)
Mesênquima (2º semana do desenvolvimento) – células da micróglia
Neurônios perdem sua capacidade de devisao depois do nascimento. Não são mais produzidos novos
neurônios, com exceção dos neurônios do cerebelo e bulbo olfatório (aumentam).
OBS: Num feto infectado por ZIka, a formação do neurônio não acontece corretamente e o numero de
neurônios formados é muito pequeno = microcefalia.
Até o nascimento os neurônios se proliferam. Depois do nascimento, não se dividem mais, com exceção
dos neurônios do bulbo olfatório e do cerebelo. Os neurônios sensoriais primários são gerados ao longo de
toda vida.
Na 4º semana, as células nervosas nas placas basais agrupam suas fibras nervosas motoras em feixes
que formam as raízes nervosas ventrais. Feixes de Fibras nos gânglios da raiz dorsal formam as raízes
nervosas dorsais.
Os nervos espinhais ganham novos ramos:
-Ramos primários ventrais inervam membros e parede corporal ventral, formando plexos nervosos braquial
e lombossacral.
-Ramos primários dorsais, que inervam musculatura axial dorsal, articulações vertebrais e pele das costas.
As meninges são derivadas das células da crista neural e do mesênquima, entre 20 e 35º dia. A
função delas é formar um revestimento membranoso na medula e no encéfalo. A camada mais exerna e
espessa é a dura-mater. A mais interna é a pia-aracnoide: leptomeninges, onde há pia-mater aracnoide, onde
há inicialmente vários espaços. Eles coalescem e formam o espaço subaracnóideo.
O líquido cérebroespinal é secretado pelos plexos coroides e ele funciona como amortecedor.
A medula pega todo comprimento do embrião e os nervos espinais passam pelos forames intervertebrais.
Conforme o feto cresce, a medula se modifica. Quando o bebê nasce, ela não ocupa mais todo o comprimento:
ela termina ao nível da 3º vértebra lombar.