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EMBRIOLOGIA

Desenvolvimento Fetal
1 Desenvolvimento Embriofetal.

Grastrulação e Neurulação.
Temas
2

3 Anexos Embrionários.

4 Órgãos e Sistemas.

5 Órgãos e Sistemas.
Desenvolvimento
Embriofetal
O período embrionário se inicia com a
fecundação, e se estende até o
nascimento. Após a fecundação o
embrião passa pelo processo de mitose
(divisão), até formar os blastocistos e se
implantar no endométrio.
O período embrionário é dividido
em 3 fases:
1° Fase: 1° à 4° semana.
2° Fase: 5° à 8° semana.
3° Fase: 9° à 40° semana.
1° Semana
Na primeira semana irá ocorrer:
Fertilização;
Clivagem;
Blastulação;
Nidação.
Fertilização
O espermatozoide inicia o contato com o ovócito,
mesclando o material genético paterno e materno.
Ocorre na ampola da tuba uterina.
São liberados picos de LH e FSH, para ajudar na
finalização da mitose.
O ovócito começa a liberar grânulos, pelo aumento de
Ca++, para mudar a conformação da zona pelúcida,
impedindo a entrada de outros espermatozoide
(Poliespermia).
Para lembrar!
A ZP2 e ZP3, são proteínas da zona
Fases das fertilização: pelúcida.
Fase 1: Penetração do espermatozoide na A ZP3 faz com que o espermatozoide
corona radiata. reconheça o ovócito, para iniciar a
Fase 2: Penetração do espermatozoide na fecundação.
zona pelúcida. Enquanto que a ZP2 será ancorada pelo
espermatozoide para ultrapassar a zona
Fase 3: Fusão das membranas dos gametas.
pelúcida.
Clivagem
Após 30h da fecundação já tem-se 2 células
(blastômeros).
2° dia: 4 blastômeros.
3° dia: 8 blastômeros.
4° dia: Mórula, tem-se mais de 12 blastômeros.
5° dia: Blastocisto (+ 32 blastômeros). Cavidade
= blastocele
O Blastocisto tardio eclode e deixa zona pelúcida, e
inicia a implantação na parede do endométrio.
Diferenciação das células
(citotrofoblastos e sinciciotrofoblasto,
e epiblasto e hipoblasto) 6° à 7° dia.

2° semana
Formação do Disco embrionário
bilaminar (epiblasto e hipoblasto)

Formação da cavidade amniótica


(8° dia).

Formação do saco vitelínico (9° dia).

Fim da nidação (10° dia).


Embrião bilaminar
Corpo Lúteo
Produz muita progesterona e
estrogênio, para manter a parede
uterina íntegra e vascularizada,
evitando o aborto
Permanece até o 3°, 4° mês de
gestação, até o surgimento da
placenta.
O Sinciotrofoblasto produz hCG,
estimulando o corpo lúteo.
Mais informações!
12° dia: formação dos primórdios das vilosidades
coriônicas (placenta e vasos congestos e
dilatados para a nutrição).
13° dia: pedículo do embrião, que formará o
cordão umbilical.
14° dia: formação do saco vitelínico definitivo e a
placa precordal.
A Placa Precordal vai fazer a indicação
local da cabeça e da boca do embrião.

Placa
Precordal

Localizada no Hipoblasto.
3° Semana
Gastrulação e Neurulação.
Camadas germinativas.
Orientação axial.
Diferenciação de órgãos e tecidos.
Gatrulação
Irá formar os folhetos embrionário (endoderma,
mesoderma e ectoderma) e a orientação axial
(craniocaudal).
Inicio da morfogênese.
Linha primitiva.
*Epiblasto passará a se chamar de ectoderme.
Linha Primitiva
Espessamento caudal do epiblasto.
O alongamento da linha, formará o nó primitivo (dará origem
a notocorda).
O sulco primitivo se desenvolve na linha primitiva, e junto
com a fosseta primitiva realiza a invaginação das células
epiblásticas.
Formará o mesoderma e endoderma definitivo.
Folhetos embrionários
Ectoderme: sistema nervoso, melanócitos,
medula adrenal, epiderme e seus derivados,
neurohipófise.
Endoderma: Fígado, tireóide, paratreóide, timo,
pâncreas.
Mesoderma:
-Esclerótomo: dá origem às vértebras e costelas.
-Dermomiótomo: derme e músculos.
-Mesoderma intermediário: sistema excretor
Notocorda
Se origina a partir da fosseta primitiva.
Indutor do embrião inicial.
Induz a formação do Sistema Nervoso.
Base para os ossos da cabeça e coluna vertebral,
*O núcleo pulposo, do anel fibroso, da coluna
vertebral, é formado pela notocorda.
Neurulação
Ectoderma (origem).
Dará origem ao SN.
Induzido pela notocorda.
O processo termina no final da 4° semana.
As células da crista neural sofrem transição, e ficam
localizadas na lateral do SNP.
Celoma intra-embrionário
O embrião começa a adquirir sua forma externa
(morfogênese).
17° dia.
Formação de uma única cavidade e ao fechamento
do embrião.
A cavidade amniótica irá recobrir o embrião,
enquanto a vitelínica irá diminuir.

4° semana
Mudanças na formação do corpo.
Organogênese.
Histogênese.
Encurvamento do embrião.
Arco faríngicos
Fim da neurulação.
Fossetas óticas.
Inicio dos batimentos cardíacos 23°.
DICA!
Agora (4° semana) tem-se um período crítico, pois
envolve o aumento da sensibilidade a
teratógenos, já que todos os sistemas e órgãos
estão sendo formados. Essa sensibilidade se
estende até a 8° semana.
Período fetal
Da 9 semana ao nascimento
Características

Rápido crescimento do corpo;


Diminuição relativa da cabeça em comparação
com o resto do corpo;
Todos os sistemas importantes já se
formaram;
Rápido crescimento do corpo.
Semana

Face larga
Olhos separados
Pápebras profundas
Genitália externa aparece
Rim começa a formar urina
Fígado é responsável pela eritropoiese
Semana
Alças intestinais ainda visíveis no cordão
umbilical
Cartilagem
Onde serão realocadas?

Semana
Centros de ossificação primária nos ossos do
crânio;
No final da 12 semana começa a eritropolese no
baço.
Semana a
Ossificação ativa
Movimentos coordenados
Semana a
Formação de gordura marrom;
Crescimento lento
Pontapés e movimentos fetais;
Lanugo
Vernix caseosa
Semana a

Ganho de peso;
Surfactante;
Sobrevive com cuidados
adequados
Semana a
Gordura amarela subcutânea
Pode sobreviver ao nascer
Pulmões - ganham habilidade de trocas
gasosas
SNC controla movimentos respiratórios
e temperatura corporal
Semana a
Ganho de peso em massa adiposa 8%
de gordura
Semana a
Ganho de peso em massa adiposa
Ganho de peso: 14g de peso/dia
Nutrientes para o crescimento fetal

GLICOSE
Proteínas
Lipídeos
Cálcio
Fósforo
Ferro B12 e ácido fólico: hemácias e SNC
C: tecido conjuntivo
Vitaminas D: formação óssea
E: formação inicial embrionária
K: fatores de coagulação
São estruturas que derivam dos
ANEXOS folhetos germinativos do embrião.
EMBRIONÁRIOS Mas não fazem parte do corpo do
embrião.
Auxilia no seu desenvolvimento.
Presente nos répteis e nas aves.

Os anexos embrionários são:


placenta
cordão umbilical
córion
âmnio
saco vitelínico
alantoide
ANEXOS
EMBRIONÁRIOS

Placenta

Componente:
deriva do trofoblasto e do
Fetal (córion
mesoderma extraembrionário
viloso/frondoso)
(placa coriônica)

Materno (decídua basal) deriva do do endométrio


gravídico

Fonte:
MANUAL MSD (2022);
SADLER (2021, p. 85)
Placenta
Decídua (endométrio
gravídico):
Basal: componente
materno placenta
Parietal: parede do útero
Capsular: recobre o
embrião

Fonte:
SADLER (2021, p. 87)
Placenta

Membrana placentária faz as


trocas gasosas sem a mistura
entre os sangues;
Sangue da mãe nos espaços
Fonte:
intervilosos
MANUAL MSD (2022); SADLER (2021, p. 85)
Placenta
Funções:
Troca de gases O2, CO2, CO
Troca de nutrientes e Ex: aminoácidos, ácidos graxos
eletrólitos livres, carboidratos e proteínas
Transmissão de
Ex: IgG - imunidade passiva
anticorpos maternos
Produção hormonal Fim do quarto mês: progesterona
Crescente: hormônios estrogênicos
2 primeiros meses (sinciciotrofoblasto): hCG
Somatomamotrofina: prioridade da glicose
Fonte: ao feto, mãe diabetogênica
SADLER (2021, p. 90)
Placenta
Troca materno-fetais
Ultrapassa a membrana Não ultrapassa a membrana
água, glicose, aminoácidos, lipídeos, bactérias
eletrólitos, vitaminas, ferro e heparina
oligoelementos transferina
CO2, ureia, ácido úrico, bilirrubina IgS
(excretas embrionárias) IgM
hormônios
IgG, anticorpos
drogas lícitas e ilícitas
venenos, CO
vírus (citomegalovírus, rubéola, zika)
Fonte:
Estrôncio 90
Slides Professora Danielle Kaiser
Toxoplasma gondi
MOORE; PERSAUD; TORCHIA (2021, p.98)
Placenta
Eritroblastose fetal
Doença hemolítica do recém-nascido

Antígeno Rh
Mais intensa em gravidez sucessiva
Resposta imunológica da mãe
Eritrócitos do feto entram em contato
com o sistema materno por meio de
sangramentos ou durante o nascimento
Tipagem sanguínea

Fonte:
SADLER (2021, p. 90)
Córion
Fim da 2 semana (13 dias):
vilosidades coriônicas
primárias

Citotrofoblasto invade o
sinciciotrofoblasto

Fonte: MOORE; PERSAUD; TORCHIA (2021, p.37, p. 53, )


Córion
Córion
Liso (membrana
amniocoriônica)
Viloso/frondoso:
se liga a decídua
basal pelos
cotilédones

Fonte: MOORE; PERSAUD; TORCHIA (2021, p.96); SADLER (2021, p. 87)


Cordão
umbilical

Fonte: MOORE; PERSAUD; TORCHIA (2021, p.98)


Cordão umbilical
2 artérias sangue venoso

FETO VILOSIDADES
CORIÔNICAS

1 veia sangue oxigenado

Fonte: MOORE; PERSAUD; TORCHIA (2021, p.98)


Envolve todo o embrião e se
Âmnio funde com o córion liso
Forma o saco amniótico

Fonte: MOORE; PERSAUD; TORCHIA (2021, p.109)


Âmnio
Função
proteção contra choques
Contém líquido amniótico mecânicos e infecção
Inicialmente formado de crescimento simétrico
fluido tecidual materno desenvolvimento do
A partir da 11 semana, o feto pulmão
contribui com a secreção de movimentação do feto
urina fetal manutenção da
homeostase

Fonte: MOORE; PERSAUD; TORCHIA (2021, p.109)


Saco vitelínico/vitelino
Não armazena vitelo em humanos
Transferência de nutrientes (2 e 3 semanas)
Endoderma:
Forma intestino primitivo (4 semana)
Epitélio do trato respiratório e
gastrointestinal
Células germinativas primordiais (ovo e
espermatogônia)
Forma células do sangue
Atrofia - a partir da 6 semana Slides Professora Danielle Kaiser
Fonte:
Alantoide
16 dia - forma na 3 semana
Os vasos sanguíneos do alantoide dão
origem a veia e artérias umbilicais
Formação da bexiga e do úraco

OBS: No período fetal não observa-se saco


vitelínico e alantoide

Fonte:
SADLER (2021, p. 50); Slides da Professora Danielle Kaiser
Sistema Nervoso

Direção do
fechamento

21 dias
Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 330).
Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 332).
O encéfalo será dividido em
vesículas primárias e secundárias.
Vesículas primárias:
Prosencéfalo.
Mesencéfalo.
Rombencéfalo.

Medula Espinhal.
Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 332).

28 dias
Vesículas encefálicas secundárias
Telencéfalo
Prosencéfalo
Diencéfalo

Mesencéfalo Mesencéfalo

Metencéfalo
Rombencéfalo
Mielencéfalo
Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 332).
Estruturas

Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 342).


Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 353).
Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 353).
Somitos

Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 330).


Esclerótomo Esqueleto axial.

Dermátomo Derme da pele adjacente.

Miótomo Músculos.
Sistema Urinário
Para formação dos rins, é necessário o sistema
metanéfrico.

Sistema metanéfrico, formará os rins definitivos.

Formação dos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.

Broto Uretérico e Blastema Metanefrogênico.


Sistema Respiratório

Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 167).


1° fase. 2° fase.
Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 172).
3° fase. 4° fase.
Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 172).
Fonte: MOORE, Keith: Embriologia Clínica (2021, pág. 171).
Formação da face
1-Proeminência
frontal
2-Proeminência
maxilar
3-Processos
mandibulares
4-Estomódio
Durante o processo da formação da face, os músculos
faciais também são formados!

Cartilagem de Meckel
Fenda Palatina
Da sexta semana a décima
semana, a palatina estará
sendo formada.

Pode ocorrer má formação


da palatina e ter lábio leporino
Sistema cardiovascular
Aparece na metade da terceira semana,
"quando o embrião não é mais capaz de
satisfazer suas necessidades nutricionais
apenas por difusão".

Células progenitoras cardíacas = epiblasto


adjacente à parte cranial da linha primitiva

Fonte:
SADLER (2021, p. 138)
Sistema cardiovascular
Inicialmente, parte central da
área cardiogênica é anterior à
membrana orofaríngea e à
placa neural
Fechamento tubo neural, o
sistema nervoso central
cresce no sentido cranial e
vai para a região mais
centralizada
Fonte:
SADLER (2021, p. 139)
Sistema cardiovascular
Angioblasto
Ilhotas de Wolff e Pander
Espaços formam túbulos
que formam estruturas
canaliculares
Células sanguíneas =
megaloblastos

Fonte: Slides Professora Danielle Kaiser


SADLER (2021, p. 138)
Sistema cardiovascular
Embrião de 21 dias já
possui o coração pulsante

Megaloblastos circulando
no sangue

Fonte: Slides Professora Danielle Kaiser


SADLER (2021, p. 138)
Sistema cardiovascular

Mesoderme cranial forma


o primórdio do coração

Ilhotas sanguíneas
formam vasos sanguíneos
e megaloblastos

Fonte: Slides Professora Danielle Kaiser


SADLER (2021, p. 138)
Sistema cardiovascular

Tubos cardíacos se
fundem medialmente
Forma:
1 átrio (inferior)
1 ventrículo (Superior)

Fonte: Slides Professora Danielle Kaiser


SADLER (2021, p. 138)
Sistema cardiovascular

Átrio primário vai


ascender
Ventrículo primário
vai descer

Fonte: Slides Professora Danielle Kaiser


SADLER (2021, p. 138)
Sistema cardiovascular

Dá para assistir legendado!

Fonte: Slides Professora Danielle Kaiser


Khan Academy. Disponível em: <https://pt.khanacademy.org/science/health-
and-medicine/circulatory-system/fetal-circulation/v/fetal-circulation-right-
before-birth>.
SADLER (2021, p. 138)
Sistema Respiratório
Quando o embrião tem 4 semanas, surge o divertículo
respiratório (broto pulmonar), uma protuberância na
parede ventral do intestino anterior.

O aparecimento e a localização do broto pulmonar


dependem do aumento do ácido retinoico (AR) produzido
pelo mesoderma adjacente, que eleva a expressão do
fator de transcrição TBX4 no endoderma do tubo
intestinal no local do divertículo respiratório.

TBX4 induz a formação do broto, a continuidade de seu


crescimento e a diferenciação dos pulmões. .
(SADLER, 2021)
O epitélio do revestimento interno
da laringe, da traqueia e dos
brônquios, bem como o do pulmão,
são integralmente de origem
endodérmica.

Os tecidos cartilaginosos muscular


e conjuntivo, que compõem a
traqueia e os pulmões, são
derivados do mesoderma visceral
(esplâncnico) que cerca o intestino
anterior
(SADLER, 2021)
Inicialmente:
o broto pulmonar está em comunicação aberta com o intestino anterior.

Entretanto, quando o divertículo se expande caudalmente, duas pregas longitudinais,


as pregas traqueoesofágicas, separam-no do intestino.

Subsequentemente, quando essas pregas se fusionam para formar o septo


traqueoesofágico, o intestino anterior é dividido em uma porção anterior, o esôfago, e
em uma porção ventral, a traqueia.

O primórdio respiratório mantém sua comunicação com a faringe pelo orifício faríngeo.

(SADLER, 2021)
A. Embrião com aproximadamente 25 dias mostrando a relação do divertículo respiratório
com o coração, o estômago e o fígado.
B. Corte sagital através da extremidade cefálica de um embrião de 5 semanas mostrando as
aberturas das bolsas faríngeas e o orifício laringotraqueal.
(SADLER, 2021)
C. Estágios sucessivos no desenvolvimento do divertículo respiratório (broto pulmonar)
mostrando as pregas traqueoesofágicas e a formação do septo, dividindo o intestino
anterior em esôfago e traqueia com os brotos brônquicos.

D. Porção ventral da faringe vista de cima, exibindo o orifício laríngeo e a tumefação


circunjacente.
(SADLER, 2021)
LARINGE

O revestimento interno da laringe se origina no


endoderma, mas as cartilagens e os músculos têm
origem no mesênquima do quarto e sexto arcos
faríngeos. Como resultado da rápida proliferação desse
mesênquima, o orifício laríngeo muda de aparência, de
uma fenda sagital para uma abertura em formato de “T”
.

. Subsequentemente, quando o mesênquima dos dois


arcos se transforma nas cartilagens tireóidea, cricóidea
e aritenóidea, o formato característico do orifício
laríngeo no adulto pode ser reconhecido. (SADLER, 2021)
LARINGE

Por volta do período em que as cartilagens se formam, o


epitélio laríngeo também prolifera rapidamente, resultando
em oclusão temporária do lúmen. Subsequentemente, a
vacuolização e a recanalização produzem um par de recessos
laterais, os ventrículos laríngeos. Esses recessos são limitados
por pregas teciduais que se diferenciam em pregas vocais
falsas e verdadeiras.

Uma vez que a musculatura da laringe é derivada do


mesênquima do quarto e sexto arcos faríngeos, todos os
músculos laríngeos são inervados por ramos do décimo
nervo craniano, o nervo vago; o nervo laríngeo superior
inerva os derivados do quarto arco faríngeo, e o nervo
laríngeo recorrente, os derivados do sexto arco faríngeo. (SADLER, 2021)
TRAQUEIA, BRÔNQUIOS E PULMÕES

Durante a separação do intestino anterior, o


broto pulmonar forma a traqueia e duas
evaginações laterais, os brotos brônquicos
principais. No início da quinta semana, cada um
desses brotos se alarga para formar os
brônquios principais direito e esquerdo.

O brônquio principal direito constitui três


brônquios secundários, e o brônquio principal
esquerdo forma dois (Figura 14.5A),
prenunciando, assim, os três lobos do pulmão no
lado direito e os dois no lado esquerdo. (SADLER, 2021)

TRAQUEIA, BRÔNQUIOS E PULMÕES

Com o crescimento subsequente nos sentidos caudal e lateral, os pulmões


se expandem para a cavidade corporal. Os espaços para os pulmões, os
canais pericardioperitoneais, são estreitos. Eles se encontram de cada lado
do intestino anterior e gradualmente são preenchidos pelo crescimento dos
pulmões.

Finalmente, as pregas pleuroperitoneais e pleuropericárdicas separam os


canais pericardioperitoneais das cavidades peritoneal e pericárdica,
respectivamente, e os espaços restantes formam as cavidades pleurais
primitivas. O mesoderma, que cobre o exterior dos pulmões, torna-se a
pleura visceral. A camada de mesoderma somático, que cobre a superfície
interna da parede corporal, torna-se a pleura parietal. O espaço entre a
pleura parietal e a visceral é a cavidade pleural.
(SADLER, 2021)
Orifício laríngeo e tumefações circundantes em estágios sucessivos do desenvolvimento. A.
Sexta semana.
B. Doze semanas. (SADLER, 2021)
Estágios no desenvolvimento da traqueia e dos pulmões.
A. Quinta semana.
B. Sexta semana.
C. Oitava semana. (SADLER, 2021)
Expansão dos brotos brônquicos nos canais pericardioperitoneais. Nesse estágio,
os canais estão em comunicação com as cavidades peritoneal e pericárdica.
A. Vista ventral dos brotos brônquicos cobertos pela pleura visceral.
B. Corte transversal através dos brotos brônquicos mostrando as pregas
pleuropericárdicas que dividirão a porção torácica da cavidade corporal nas cavidades
pleural e pericárdica.
(SADLER, 2021)
Com a continuação do desenvolvimento, os brônquios secundários se dividem
repetidamente de modo dicotomizado, formando dez brônquios terciários
(segmentares) no pulmão direito e oito no lado esquerdo, criando os segmentos
broncopulmonares do pulmão adulto. Até o fim do sexto mês, estabeleceram-se
aproximadamente 17 gerações de subdivisões. Entretanto, antes que a árvore
brônquica chegue a sua configuração final, formam-se seis divisões adicionais
durante a vida pós-natal.

A ramificação é regulada por interações epiteliomesenquimais entre o endoderma


dos brotos pulmonares e o mesoderma visceral que o cerca. Os sinais para a
ramificação, que são emitidos do mesoderma, envolvem os membros da família do
fator de crescimento de fibroblasto. Enquanto todas essas novas subdivisões estão
ocorrendo e a árvore brônquica está se desenvolvendo, os pulmões adotam uma
posição mais caudal, de modo que, no nascimento, a bifurcação da traqueia é
oposta à quarta vértebra torácica.
(SADLER, 2021)
Depois que os canais
pericardioperitoneais separam-
se das cavidades pericárdica e
peritoneal, respectivamente, os
pulmões se expandem nas
cavidades pleurais.

Observe as pleuras visceral e


parietal, e a cavidade pleural
definitiva. A pleura visceral se
estende entre os lobos dos
pulmões.
(SADLER, 2021)
MATURAÇÃO DOS PULMÕES
Até o sétimo mês pré-natal, os bronquíolos se dividem continuamente em
um número maior de canais cada vez menores (fase canalicular),
enquanto o suprimento vascular aumenta constantemente.

Os bronquíolos terminais se dividem para formar os bronquíolos


respiratórios, e cada um deles se divide em três a seis ductos alveolares.

Os ductos terminam nos sacos terminais (alvéolos primitivos), que são


cercados por células alveolares achatadas em contato próximo com os
capilares vizinhos. No fim do sétimo mês, há quantidade suficiente de
sacos alveolares e de capilares maduros para garantir uma troca gasosa
adequada, e o prematuro consegue sobreviver.
(SADLER, 2021)
Durante os últimos 2 meses da vida pré-natal e por
alguns anos após o nascimento, a quantidade de
sacos terminais aumenta gradualmente. Além disso,
as células que revestem os sacos, conhecidas como
células alveolares epiteliais do tipo I, tornam-se mais
achatadas, de modo que os capilares circunjacentes
se projetam para os sacos alveolares.

Esse contato entre as células epitelial e endotelial


forma a barreira sangue-ar. Não existem alvéolos
maduros antes do nascimento.

(SADLER, 2021)
Além das células endoteliais e das células alveolares epiteliais
achatadas, outro tipo celular se desenvolve no fim do sexto mês.
Essas células, as células alveolares epiteliais do tipo II, produzem
surfactante, um líquido rico em fosfolipídios que diminui a tensão
superficial na interface ar-alvéolo.

Antes do nascimento, os pulmões estão cheios de líquido que


contém alta concentração de cloreto, pouca proteína, algum
muco das glândulas brônquicas e surfactante das células
alveolares epiteliais (tipo II). A concentração de surfactante no
líquido aumenta, particularmente durante as últimas 2 semanas
antes do nascimento.

(SADLER, 2021)
Conforme as concentrações de surfactante aumentam
durante a trigésima quarta semana de gestação, alguns
desses fosfolipídios entram no líquido amniótico e agem
sobre os macrófagos na cavidade amniótica. Uma vez que
tenham sido “ativados”, há evidências de que esses
macrófagos migram através do cório para o útero, onde
começam a produzir proteínas do sistema imunológico,
incluindo a interleucina-1β (IL-1β).

O aumento da expressão dessas proteínas resulta no


aumento da produção de prostaglandinas, que causam as
contrações uterinas. Assim, pode ser que sinais do feto
precipitem o início do trabalho de parto e o nascimento.


(SADLER, 2021)
Os movimentos respiratórios fetais começam antes do nascimento e causam a
aspiração de líquido amniótico. Esses movimentos são importantes para a
estimulação do desenvolvimento pulmonar e para o condicionamento dos
músculos respiratórios. Quando a respiração começa no nascimento, a maior
parte do líquido nos pulmões é absorvida rapidamente pelo sangue e pelos
capilares linfáticos, e um pequeno volume provavelmente é expelido pela
traqueia e pelos brônquios durante o parto.

Quando o líquido é reabsorvido dos sacos pulmonares, o surfactante


permanece depositado como um revestimento fosfolipídico fino sobre as
membranas celulares alveolares. Com a entrada de ar nos alvéolos durante a
primeira respiração, o revestimento de surfactante evita o desenvolvimento de
uma interface ar-água (sangue) com altas tensões superficiais. Sem a camada
gordurosa de surfactante, os alvéolos colapsariam durante a expiração
(atelectasia). (SADLER, 2021)
Desenvolvimento histológico e funcional do pulmão.
A. O período canalicular vai da décima sexta à vigésima sexta semana. Observe as células
cuboides que revestem os bronquíolos pulmonares.
B. O período do saco terminal começa no fim do sexto mês ou no início do sétimo mês
pré-natal. As células cuboides se tornam achatadas e intimamente associadas ao
endotélio e aos capilares sanguíneos e linfáticos, ou formam os sacos terminais (alvéolos
primitivos). (SADLER, 2021)
Tecido pulmonar em um
recém-nascido.

Observe as células
epiteliais pavimentosas
(também conhecidas como
células alveolares epiteliais
do tipo I) e os capilares
circunjacentes que se
projetam para os alvéolos
maduros

(SADLER, 2021)
Os movimentos respiratórios após o parto levam ar
até os pulmões, que se expandem e preenchem a
cavidade pleural. Embora os alvéolos aumentem de
tamanho, o crescimento dos pulmões após o
nascimento decorre principalmente do aumento do
número de bronquíolos respiratórios e de alvéolos.

Estima-se que por ocasião do nascimento exista


apenas um sexto dos alvéolos encontrados no
adulto. Os alvéolos remanescentes se constituem
durante os primeiros 10 anos da vida pós-natal pela
formação contínua de novos alvéolos primitivos.

(SADLER, 2021)
RESUMO
O sistema respiratório é uma evaginação da parede ventral do intestino anterior, de modo
que o epitélio da laringe, da traqueia, dos brônquios e dos alvéolos se origina no
endoderma. Os componentes teciduais cartilaginoso, muscular e conjuntivo se originam do
mesoderma. Na quarta semana do desenvolvimento, o septo traqueoesofágico separa a
traqueia do intestino anterior, dividindo este anteriormente no divertículo respiratório
(broto pulmonar) e posteriormente no esôfago.

O contato entre eles é mantido pela laringe, que é formada pelo tecido do quarto e do
sexto arco faríngeo. O broto pulmonar se desenvolve em dois brônquios principais: o
direito forma três brônquios secundários e três lobos; o esquerdo forma dois brônquios
secundários e dois lobos. Erros na divisão do intestino anterior pelo septo
traqueoesofágico causam atresias esofágicas e fístulas traqueoesofágicas (FTE).
(SADLER, 2021)
Após a fase pseudoglandular (entre a quinta e a décima sexta semanas) e a fase
canalicular (entre a décima sexta e a vigésima sexta semanas), as células dos
bronquíolos respiratórios revestidos por células cuboides passam a ter células
achatadas, finas, chamadas de células alveolares epiteliais do tipo I, que estão
intimamente associadas aos capilares sanguíneos e linfáticos. No sétimo mês é possível
a troca gasosa entre o sangue e o ar nos alvéolos primitivos.

Antes do nascimento, os pulmões são preenchidos por um líquido com pouca proteína,
um pouco de muco e surfactante, que é produzido pelas células alveolares epiteliais do
tipo II e que forma um revestimento fosfolipídico sobre as membranas alveolares. Com
o início da respiração, o líquido pulmonar é reabsorvido, exceto pelo revestimento de
surfactante, que evita o colapso dos alvéolos durante a expiração por reduzir a tensão
superficial na interface ar-capilar sanguíneo.

(SADLER, 2021)
A ausência ou a concentração insuficiente de
surfactante no prematuro causa a síndrome da
angústia respiratória do recém-nascido (SARRN),
dado o colapso dos alvéolos primitivos (doença
da membrana hialina).

O crescimento dos pulmões após o nascimento


decorre principalmente do aumento do número
de bronquíolos respiratórios e de alvéolos, e
não do aumento do tamanho dos alvéolos. São
formados novos alvéolos durante os 10
primeiros anos de vida pós-natal.

(SADLER, 2021)
Eixo Hipotálamo-hipófise
Núcleo paraventricular

Núcleo
Supraóptico

Quiasma
óptico

Neuro-hipófise
Adeno-hipófise

FONTES:: PAWLINA, 2021, p. 788


Laboratório FCE - UnB
,
Adrenais
Adrenal

FONTES:JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017, P. 410


Laboratório da FCE - UnB
PAWLINA, 2021, p. 811
TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 641
SILVERTHORN, 2017, P. 731
Slides da Professora Danielle Kaiser
Adrenais

FONTES:JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017, P. 410


PAWLINA, 2021, p. 811
TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 641
SILVERTHORN, 2017, P. 731
Pâncreas

Ducto pancreático
Cauda

Corpo
Cabeça

FONTES: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017, P. 414


Laboratório da FCE - UnB
PAWLINA, 2021, p. 811
TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 641
SILVERTHORN, 2017, P. 731
Tireoide
Vista Anterior

Lobo Direito Lobo Esquerdo

FONTES:
Istimo JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017, P. 417
Laboratório FCE - UnB
Slides da Professora Danielle Kaiser
TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 638
Tireoide

FONTES:: Foto do acervo da equipe de tutoria e


monitoria de 2022.1 de lâminas da FCE - UnB;
JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017, P. 417
TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 638
Paratireoide
Vista posterior

Paratireoides Paratireoides
- superior - superior
- inferior - inferior
esquerdas direitas

FONTES:JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017, P. 414;


Laboratório da FCE - UnB.
Sistema reprodutor
feminino

FONTES: Laboratório da FCE - UnB


Slides da Professora Danielle Kaiser
Sistema reprodutor
feminino

FONTES: Laboratório da FCE - UnB


Slides da Professora Danielle Kaiser
Sistema reprodutor
feminino

FONTES: Laboratório da FCE - UnB


Slides da Professora Danielle Kaiser
Sistema reprodutor
masculino

FONTES: Laboratório da FCE - UnB


Slides da Professora Danielle Kaiser
Sistema reprodutor
masculino

FONTES: Laboratório da FCE - UnB


Slides da Professora Danielle Kaiser
Sistema reprodutor
masculino

FONTES: Slides da Professora Danielle


Kaiser
TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 1058
REFERÊNCIAS

MANUAL MSD. Como os medicamentos atravessam a placenta.


MANUAL MSD, set. 2022. Disponível em:
<https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/figure/como-os-
medicamentos-atravessam-a-placenta>. Acesso em: 18 set. 2022.

MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N.; TORCHIA, M.G. Embriologia clínica. 11


ed. Rio de Janeiro: GEN, 2021.

SADLER, T.W. Langman Embriologia Médica. 14 ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2021.
Moore, Keith, M. e T. V. N. Persaude. Embriologia Clínica. Disponível em:
Minha Biblioteca, (11th edição). Grupo GEN, 2020.

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