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EMBRIOLOGIA GERAL

AULA 3.-
Períodos pré-embrionário,
embrionário, fetal e pós-natal.
Gametogénese.
Espermatogénese.
Estrutura do espermatozóide.
Ovogénese.
Estrutura do ovócito.
Tipos de ovos.
Ovo das aves.

Leonardo da Vinci.
Períodos pré-embrionário, embrionário, fetal e pós-
natal

GAMETOGÉNESE P. PRÉ- P. EMBRIONÁRIO


Espermatogénese EMBRIONÁRIO Neurulação
Ovogénese Segmentação Organogénese
Blastulação
Fertilização Gastrulação Placa neural

Medula óssea

P. PÓS-NATAL P. FETAL DEFINITIVO P. FETAL INICIAL

Nascimento
GAMETOGÉNESE

A reprodução sexual consiste na formação de um novo ser


a partir de duas células procedentes de dois progenitores
da mesma espécie denominadas gâmetas: óvulo e
espermatozóide.

×
GAMETOGÉNESE

A gametogénese é o processo pelo qual se formam o óvulo e


o espermatozóide.

Óvulo e espermatozóide são duas células muito


especializadas de cuja união surgirá um novo ser da mesma
espécie dos seus progenitores mas com uma dotação
genética distinta.
GAMETOGÉNESE

A gametogénese inclui dois passos fundamentais:


 Uma diferenciação celular especifica que leva a que
morfologia dos gâmetas seja muito diferente das células
somáticas.
 Uma redução do numero de cromossomas que se consegue
mediante um tipo de divisão celular especial denominado
meiose. Devido a ela, cada gâmeta terá a metade dos
cromossomas característicos da espécie. Os gâmetas são
haploides (n) enquanto que as células somáticas são
diploides (2n).
GAMETOGÉNESE

Os espermatozóides dos mamíferos contêm um cromossoma X


ou um Y. Desta forma existem diversas técnicas para separar
uns de outros com fins reprodutivos.

Nas aves os cromossomas sexuais dos machos são ZZ, e as


fêmeas ZW, pelo que é o óvulo quem decide o sexo do novo
individuo.
GAMETOGÉNESE

Estirpe germinativa.

As células não reprodutoras que constituem um organismo


superior denominam-se células somáticas. As células
reprodutoras são as células germinativas.

As células germinativas pertencem a uma estirpe especial


que procede das chamadas células germinativas
primordiais (CGPs).

As CGPs formam-se muito precocemente. Posteriormente vão


migrar até ao esboço da gónada.
GAMETOGÉNESE

Origem, migração e destino das


células germinativas primordiais

Aves:
As CGPs aparecem numa área em
forma de meia lua localizada
rostralmente ao extremo cefálico
do embrião. Esta área chama-se
crescente germinativo. Desde este
ponto migram até ao esboço
gonadal.
GAMETOGÉNESE

Origem, migração e destino das


células germinativas primordiais

Mamíferos:
As CGPs aparecem na parede posterior
do saco vitelino, próximas ao
processo alantoideo. Desde aqui
migram até ao esboço gonadal.
ESPERMATOGÉNESE

Ocorre no testículo, mais precisamente nas paredes dos túbulos


seminíferos .

O resultado final deste processo são os espermatozóides.

FASES DA ESPERMATOGÉNESE

1.- FASE DE MULTIPLICAÇÃO

2.- FASE DE CRESCIMENTO

3.- FASE DE MADURAÇÃO

4.- FASE DE TRANSFORMAÇÃO

5.- FASE DE LIBERTAÇÃO


ESPERMATOGÉNESE

Produz-se a partir das CGPs que chegaram à étapa pré-natal.


ESPERMATOGÉNESE
As CGPs multiplicam-se por mitose desde a sua formação.
As células resultantes são diploides (2n) e chamam-se espermatogónias.
A espermatogónia aumenta de tamanho passando a chamar-se espermatócito
primário (2n).
Produz-se a meiose dando lugar ao espermatócito secundário (haploide) e depois
à espermátide (haploide).
Em seguida produz-se o processo chamado espermiogénese: conjunto de
modificações que transforma a espermátide, uma célula normal, em
espermatozóide, uma célula muito especializada.

n n

CGPs 2n
n

2n n n

n
ESPERMIOGÉNESE E ESPERMIAÇÃO

 Núcleo - Diminui de volume.


 Complexo de Golgi - Forma o acrossoma.
 Centriolo - Dá origem a um flagelo.
 Mitocondrias - Agrupam-se numa hélice em volta da
primeira parte do flagelo.
 Citoplasma e restos de organelos- São eliminados como
uma estrutura única chamada corpo residual.
ESTRUTURA DO ESPERMATOZÓIDE

Um espermatozóide maduro é constituído por:

1.- Cabeça
2.- Colo
3.- Porção intermédia
4.- Cauda

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ESTRUTURA DO ESPERMATOZÓIDE

Cabeça. Está formada por:


 Núcleo. Com metade dos cromossomas do novo ser.
 Acrossoma. Com duas funções:
• Dissolver os invólucros ovulares para facilitar a penetração
do espermatozóide.
• Aderir-se à membrana ovular no momento da fertilização
por certas proteínas específicas.
ESTRUTURA DO ESPERMATOZÓIDE

Colo

 Centríolo proximal.
 Centríolo distal.
ESTRUTURA DO ESPERMATOZÓIDE

Depois do colo está a parte intermédia. Consta de:

 Axonema ou filamento axial. Ligado ao centriolo distal.


 Bainha mitocondrial. Formada por mitocondrias concentradas
em disposição helicoidal à volta do filamento axial.
 Anel (de Jensen). Situa-se no limite da parte intermédia em
algumas espécies.
ESTRUTURA DO ESPERMATOZÓIDE

Cauda
Depois encontra-se a parte principal. Está formada por:
 Axonema.
 Fibra densa.
 Bainha fibrosa.
Por último aparece a parte terminal. Está formada únicamente
pelo axonema ou filamento axial rodeado por citoplasma e a
membrana celular.
OVOGÉNESE
Ocorre no ovário.
Produz-se a partir das CGPs que chegaram na etapa pré-natal.
O resultado final deste processo é o óvulo.

FASES DA OVOGÉNESE

1.- FASE DE MULTIPLICAÇÃO

2.- FASE DE CRESCIMENTO

- Predeutoplasmogénese
- Fase de crescimento lento
- Fase de crescimento rápido

3.- FASE DE MADURAÇÃO


OVOGÉNESE: Multiplicação

As CGPs multiplicam-se por mitose


desde a sua formação, cessando a
mesma durante o desenvolvimento pré-
natal.
As células resultantes são diploides (2n)
e chamam-se ovogónias.
OVOGÉNESE: Crescimento
A OVOGÓNIA cresce até converter-se num OVÓCITO primário
A fase de crescimento inicia-se antes do nascimento.
Nesta fase distinguem-se três períodos:

1.- PERÍODO DE PREDEUTOPLASMOGÉNESE


- Crescimento lento e escasso
- Ovócito primário
- Finaliza antes do nascimento

2.- PERÍODO DE CRESCIMENTO LENTO


- Pode durar vários anos
- Inicia-se antes do nascimento
- Finaliza na puberdade
- Formação do FOLÍCULO PRIMORDIAL

3.- PERÍODO DE CRESCIMENTO RÁPIDO


OVOGÉNESE

Ao mesmo tempo que o ovócito primário cresce, as células


que o rodeiam, chamadas células foliculares, sofrem uma
profunda transformação chamada foliculogénese.

No inicio, o ovócito primário está rodeado por células


foliculares achatadas formando um complexo denominado
folículo ovárico primordial.
OVOGÉNESE: Crescimento rápido

A partir do folículo ovárico primordial, a foliculogénese nos


mamíferos passa por várias etapas:
Folículo ovárico primário - um ovócito primário rodeado por
uma só camada de células cúbicas. Estas células foliculares
segregam uma substância glicoproteica que se combina com
outra similar segregada pelo ovócito primário para formar uma
estrutura intimamente ligada à membrana celular deste último
que se chama zona pelúcida.
OVOGÉNESE: Crescimento rápido

Foliculogénese:

Folículo ovárico secundário. Formado por várias camadas de


células foliculares cúbicas envolvem o ovócito primário.
OVOGÉNESE: Crescimento rápido

Foliculogénese:

Folículo ovárico terciário.


Formado por um ovócito
primário em localização
excêntrica e muitas camadas
de células foliculares que
formam cavidades cheias de
líquido folicular. Forma-se
uma membrana basal entre as
células foliculares e o estroma
do ovário que as rodeia. Este
último diferencia duas
camadas ou tecas: uma teca
interna, vascular, e uma teca
externa, fibrosa.
OVOGÉNESE: Crescimento rápido

Foliculogénese:

Folículo maduro (de Graaf).


•Teca externa. Rica em fibras conjuntivas.
•Teca interna. Rica em capilares sanguíneos.
•Membrana basal.
•Epitélio folicular (ou estrato granuloso).
Camada que limita o antro folicular, ocupado
por líquido folicular.
o Cumulus oophorus. Engrossamento de
localização excêntrica que rodeia o
ovócito. As células que estão em contacto
directo com ele recebem o nome de
corona radiada.
•Zona pelúcida. Separa a corona radiada do
ovócito.
•ovócito.
ESTRUTURA DO OVÓCITO
Ovulação:
Consiste na ruptura da parede do folículo maduro e a expulsão do
ovócito rodeado pela corona radiada. O folículo colapsa-se, expulsa
o líquido folicular e fica ocupado por células sanguíneas
procedentes da pequena hemorragia que se produz. Desta forma
toma uma cor avermelhada : corpus hemorrhagicum (corpo
vermelho).
ESTRUTURA DO OVÓCITO
Ovulação:
Posteriormente, as células foliculares proliferam até ocuparem o local
do coágulo. Denomina-se então corpus luteum (cuerpo lúteo).
O corpo lúteo mantém-se se existir fertilização. Se não existir
degenera ao fim de alguns dias e converte-se numa cicatriz fibrosa
esbranquiçada, o corpus albicans (corpo branco).
Em qualquer momento do seu desenvolvimento os folículos podem
degenerar. Isto origina um corpus atreticum (corpo atrésico).
OVOGÉNESE: Maduração

Completada a longa fase de crescimento do ovócito primário, o seu


núcleo, que até agora permaneceu em fase de vesícula germinal,
rompe-se e inicia-se a meiose. Este fenómeno recebe o nome de
ruptura da vesícula germinal e, por ser facilmente apreciável ao
microscópio, utiliza-se como indicador da maduração do ovócito. É
particularmente útil para saber se se conseguiu a maduração
experimental de ovócitos in vitro.

Inicio da meiose
M. Fernández Caso
ESTRUTURA DO OVÓCITO
A primeira divisão meiótica produz duas células haploides, o
ovócito secundário e o globo polar primário. Este último só contém
metade dos cromossomas e um pouco de citoplasma.
A segunda divisão meiótica começa rapidamente, mas bloqueia-se
no período de metafase II. Esta célula degenera rapidamente se
não acontecer a fertilização. Só se ocorrer a fertilização é que se
completa a segunda divisão meiótica expulsando-se o globo polar
secundário.

n
2n
2ª divisão meiotica

M. Fernández Caso
TIPOS DE OVOS

As substâncias de reserva do ovócito formam o chamado vitelo.

Segundo a quantidade de vitelo podem-se classificar os ovos em:

 Ovos alecíticos. Carecem de vitelo. A este tipo pertencem todos os


dos mamíferos domésticos.
 Ovos oligolecíticos. Com uma pequena quantidade de vitelo.
 Ovos mesolecíticos. Quantidade média de vitelo.
 Ovos macrolecíticos. Provistos de abundante vitelo que ocupa a
maior parte do ovo. Produzem-se nas aves.
TIPOS DE OVOS

Nas aves o vitelo não está misturado com o citoplasma do ovócito, de


maneira que existe um citoplasma formativo, que contém o núcleo,
e um citoplasma nutritivo, rico em vitelo. Isto marca uma
polaridade, distinguindo-se um pólo animal e um pólo vegetativo.
OVO DAS AVES

Nas aves o ovócito é uma célula gigantesca de vários centímetros de


diâmetro.
No ovo das aves distinguem-se:

 ovócito: Está rodeado pela membrana celular ou oolema.

• Citoplasma formativo. Pequena área branca no pólo animal.


• Núcleo do ovócito. Situado no citoplasma formativo.
• Vitelo.

 MEMBRANA VITELINA

 MEMBRANAS TERCIÁRIAS

 ALBÚMEN: CALAZAS

 MEMBRANAS TESTÁCEAS

 CASCA

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