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EMBRIOLOGIA GERAL

GIOVANA MORETO – JOBS

BIOMEDICINA XLII

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO


Os TESTÍCULOS são os órgãos sexuais primários, responsáveis pela produção de gametas e pela secreção
de hormônios. Eles são revestidos pela bolsa escrotal -> regulação da temperatura -> sobrevivência dos
espermatozoides.

OBS: os testículos se desenvolvem na cavidade retroperitoneal e descem durante o desenvolvimento fetal.

Há duas camadas de tecido (túnicas) que revestem os testículos: a TÚNICA VAGINAL (mais externa), que
deriva do peritônio durante a descida dos testículos; e a TÚNICA ALBUGÍNEA (tecido conjuntivo denso),
que é uma membrana dura que encapsula diretamente o órgão. Esta túnica mantém os túbulos seminíferos
sob pressão.

Os septos testiculares partem da túnica albugínea e se conectam ao mediastino, dividindo o testículo em


lóbulos testiculares. No interior desses lóbulos estão os túbulos seminíferos.

Os TÚBULOS SEMINÍFEROS são altamente enovelados e correspondem às unidades funcionais dos


testículos (é onde ocorre a espermatogênese). Eles são revestidos por tecido conjuntivo (INTERSTÍCIO),
onde estão as CÉLULAS DE LEYDIG, produtoras de testosterona. Ou seja, o interstício é o espaço entre
os túbulos seminíferos.

Separando os túbulos do interstício há a membrana basal.

IMPORTANTE!!!! Na base dos túbulos estão as células menos diferenciadas, ou seja, as espermatogônias;
quanto mais se aproxima do lúmen do túbulo, maior o grau de diferenciação. POR QUE A
ESPERMATOGÊNESE É UM PROCESSO CENTRÍPETO??? -> ocorre da periferia dos túbulos em direção
ao centro, ou seja, à luz.

As CÉLULAS DE SERTOLI formam a parede dos túbulos seminíferos e são responsáveis por manter a
integridade dos túbulos e pela nutrição das células germinativas. Elas também secretam um fluido na
direção dos ductos genitais que auxilia no transporte dos espermatozoides. Além disso, produzem o
hormônio Anti-Mulleriano (HAM), que age durante o desenvolvimento embrionário e promove a regressão
dos ductos de Muller nos fetos XX. Também promovem a barreira hematotesticular (formada pelas junções
ocludentes entre as células de Sertoli), que controla a entrada de substâncias do sangue nos testículos.
Por fim, suas membranas irregulares “forram” compartimentos nos túbulos. ELAS VÃO DA BASE ATÉ A
LUZ!!!

Ao redor dos túbulos seminíferos estão as CÉLULAS MIODES, responsáveis pelo deslocamento dos
espermatozoides ao longo do túbulo, de maneira semelhante ao peristaltismo do intestino.

As células de Sertoli são as únicas células não germinativas do túbulo!!!!

OBS!!!! Antes da puberdade, há apenas CORDÕES SEMINÍFEROS (são compostos por células germinativas
primordiais e células de Sertoli, e NÃO POSSUEM LÚMEN). Após a puberdade, adquirem lúmen e se
transformam nos túbulos seminíferos.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Os OVÁRIOS são responsáveis pela produção de gametas e de hormônios (estrógeno e progesterona). Sua
superfície possui muitas cicatrizes devido à ovulação. Eles também são recobertos pela TÚNICA
ALBUGÍNEA.

Os ovários possuem um CÓRTEX (periferia -> onde ficam os folículos) e uma MEDULA (centro -> formado
por tecido conjuntivo frouxo, muito vascularizado). Há estroma em ambas as regiões.

Após a ovulação, os remanescentes do folículo se transformam em CORPO LÚTEO, que produz


progesterona. Caso não haja gestação, ele se transforma em CORPO BRANCO, que é apenas uma estrutura
cicatricial e involui até desaparecer.

As TUBAS UTERINAS possuem quatro partes:

→ Infundíbulo (parte mais distal), que possui projeções chamadas fímbrias, responsáveis pela captura de
oócitos;
→ Ampola, que é a porção mais larga, onde ocorre a fertilização;
→ Istmo, que é a parte mais estreita
→ Parte intramural, a qual se comunica diretamente com a cavidade uterina

GAMETOGÊNESE
As células germinativas primordiais têm origem na parede do saco vitelínico, a partir do epiblasto, e se
formam durante a segunda semana do desenvolvimento. Elas migram para a parede dorsal do corpo, durante
a gastrulação, se proliferam, alcançam os locais de formação das gônadas por volta da sétima semana e
penetram no interior dos cordões sexuais primários.

IMPORTANTE!!!

PLOIDIA refere-se ao número de cromossomos, enquanto “n” refere-se ao número de fitas de


DNA (cromátides-irmãs). Então, pode-se dizer que uma célula é diploide e 4n. POR QUE?? Ela é
diploide porque possui dois cromossomos, e é 4n pois cada cromossomo possui duas cromátides, ou
seja, a célula no total possui 4 cromátides-irmãs.
ESPERMATOGÊNESE

Na puberdade, os cordões seminíferos começam a se transformar em túbulos seminíferos (aquisição de


lúmen). As células germinativas começam a sofrer mitose, dando origem a ESPERMATOGÔNIAS (diploide,
2n). Elas começam a povoar os túbulos seminíferos através de mitose, e, na fase S da interfase, elas
duplicam seu DNA, formando ESPERMATÓCITOS PRIMÁRIOS (diploide, 4n). Essas células sofrem a
primeira meiose (separação dos cromossomos homólogos) e dão origem aos ESPERMATÓCITOS
SECUNDÁRIOS (haploide, 2n). Estes sofrem a segunda meiose (separação das cromátides-irmãs) e
originam as ESPERMÁTIDES (haploide, n).

ESPERMIOGÊNESE

É um processo de citodiferenciação pelo qual


as espermátides passam para se
transformarem em espermatozoides. São
modificações morfológicas.

→ Do Complexo de Golgi surgem vesículas


com enzimas, que resultam no
ACROSSOMA
→ Há a compactação do núcleo (cromatina
se condensa e reduz de tamanho)
→ O centríolo dá origem aos FLAGELOS
→ O citoplasma é fagocitado pelas células
de Sertoli
→ As mitocôndrias concentram-se na parte
proximal do flagelo, fornecendo energia
para o seu batimento

Na puberdade, os testículos começam a


secretar TESTOSTERONA pelas células de
Leydig. Além de estimular o desenvolvimento
das características sexuais secundárias, é ele
quem determina a transformação dos cordões
seminíferos em túbulos seminíferos, e início da
espermatogênese.
Um espermatozoide é formado por cabeça, parte intermediária e cauda. Na cabeça é onde fica o núcleo,
coberto pelo acrossoma, o qual é preenchido por enzimas hidrolíticas (como a hialuronidase). A peça
intermediária contém mitocôndrias, e a cauda contém microtúbulos.

OVOGÊNESE

Na vida intrauterina, as células germinativas primordiais sofrem mitose e se diferenciam em OVOGÔNIAS


(diploide, 2n), as quais começam a povoar o ovário. TODAS AS OVOGÔNIAS DA VIDA DA MULHER
SÃO PRODUZIDAS NA FASE FETAL!!! Então, as ovogônias se proliferam por mitose e aumentam em
tamanho e em material cromossômico, dando origem aos OVÓCITOS PRIMÁRIOS (diploide, 4n), os quais
permanecem estacionados em prófase I da meiose até a puberdade. Na puberdade, os ovócitos I terminam
suas divisões e dão origem aos OVÓCITOS SECUNDÁRIOS (haploide, 2n), o qual recebe quase todo o
citoplasma, enquanto o corpúsculo polar recebe pouco (não é funcional). Durante a ovulação, o ovócito II
começa a meiose II, mas progride somente até a metáfase II. Caso o ovócito II seja fertilizado, ele
completa a divisão e origina o ÓVULO (haploide, 1n). no final, há um oócito definitivo e três corpúsculos
polares.

Ovócitos primários sobrevivem cerca de 30 anos (da puberdade até a menopausa).

Ovócitos secundários sobrevivem por 2 ou 3 semanas (período entre a ovulação e a menstruação)


XX -> as células germinativas se diferenciam durante a vida intrauterina em ovogônias -> ovócitos
primários

XY -> as células germinativas ficam quiescentes nas gônadas até a puberdade

Espermatogênese -> 1 célula germinativa gera 4 espermátides

Gametogênese -> 1 célula germinativa gera 1 oogônia + 3 corpúsculos polares

FOLICULOGÊNESE

Consiste em modificações morfológicas pelas quais os folículos passam.

O início do desenvolvimento dos folículos ovarianos é promovido pela liberação de FSH pela hipófise (cerca
de 10 a 25 folículos primordiais respondem ao estímulo de FSH e se desenvolvem em folículo primário, mas
apenas um chega à fase madura e é ovulado. Os folículos são células de sustentação, assim como as células
de Sertoli.

Folículo primordial (ovócito I + única camada de células foliculares achatadas)

Possui uma camada única de células foliculares achatadas ao seu redor, as quais surgiram pela diferenciação
das células do estroma ovariano
Folículo primário (ovócito I + única camada de células foliculares arredondadas)
Durante a puberdade, o ovócito I cresce e as células epiteliais foliculares tornam-se cuboides

Nesse estágio, as células foliculares começam a sintetizar glicoproteínas, iniciando a formação da zona
pelúcida (matriz extracelular).

Folículo multilaminar ou em crescimento (ovócito I + múltiplas camadas de células foliculares


+ zona pelúcida + teca)

Há uma maior diferenciação de células do estroma em células foliculares, originando múltiplas camadas
(camada da granulosa). Além disso, as células do estroma envolvem o folículo, formando a teca folicular.

A zona pelúcida já está formada.

As células foliculares começam a produzir e a lançar estradiol na corrente sanguínea

Folículo secundário (ovócito I + camada granulosa + coroa radiada + zona pelúcida + teca + antro)

À medida que os folículos crescem, começa a se acumular líquido (líquido folicular) entre as células
foliculares. Os espaços entre os fluidos se juntam e dão origem a uma cavidade, que é o antro folicular, ou
seja, são espaços entre as células. Isso determina a formação de uma camada celular mais perto do ovócito
I (COROA RADIADA)
Camada Ovócito I
granulosa

Coroa
radiata

Teca folicular

Antro folicular
Zona pelúcida

Folículo maduro ou de Graaf (ovócito II + zona pelúcida + coroa radiata + camada granulosa +
teca)

Como já dito, células foliculares liberam estradiol na corrente sanguíneo. Níveis elevados desse hormônio
fazem com que LH seja lançado no sangue, o que estimula o ovócito I a continuar a meiose I (estava
estacionado em prófase I) e se transformar em ovócito II. Além disso, o pico de LH promove a ovulação.

O ovócito II progride até a metáfase II, mas só conclui a meiose II caso ele seja fertilizado pelo
espermatozoide.

Na ovulação, é liberado o conjunto ovócito II + zona pelúcida + coroa radiata. As células da camada
granulosa se dividem e se proliferam, formando o CORPO LÚTEO (composto por células granulosaluteínicas
e células da teca luteínicas). Ele é responsável pela produção de progesterona -> atua sobre on endométrio,
impedindo que ele desacame. Caso haja fertilização, ele persiste por mais tempo, e, caso não haja, ele
regride e dá origem ao CORPO BRANCO, que consiste em um tecido cicatricial e não é funcional. Ele involui
até desaparecer.
A matriz entre as
células da coroa
radiada é composta
por ácido hialurônico

O cumulus oophorus
é um acúmulo de
células foliculares
que envolve o
ovócito

OBS: apenas um folículo se torna dominante, enquanto os outros degeneram (sofrem atresia).

CICLOS REPRODUTIVOS FEMININOS


Os ciclos sexuais são regulados pelo hipotálamo. O hormônio GnRH age sobre a adeno-hipófise, que secreta
gonadotrofinas. O FSH e o LH estimulam as alterações cíclicas dos ovários.

O hipotálamo age sobre a hipófise, a qual começa a produzir gonadotrofina. A liberação de FSH age no
ovário, estimulando os folículos que estavam dormentes (ele recruta folículos). Folículos em crescimento e
folículos maduros produzem estrogênio, os quais são liberados na corrente sanguínea. Altos níveis de
estrogênio promovem a produção de LH. O LH, por sua vez, faz com que o ovócito I continue sua meiose I
e se transtorne em ovócito II. Após 24 a 38 horas do pico de LH ocorre a ovulação. Após a liberação do
ovócito II, os remanescentes do folículo maduro se transformam em corpo lúteo, o qual produz
progesterona.

OBS: anticoncepcionais inibem a liberação de estrógeno e, assim, inibem também a liberação de LH,
não havendo, assim, ovulação -> inibe a fase secretora.
O ovócito II, a zona pelúcida e a coroa radiata são capturados pelas fimbrias do infundíbulo da tuba uterina
e levados até a ampola, onde ocorre a o encontro dos gametas.

Caso haja fertilização -> ovócito II termina a meiose, originando 1 ovulo e 3 corpúsculos polares

Caso não haja fertilização -> o corpo lúteo torna-se corpo branco (pois não há liberação de gonadotrofina
coriônica, a qual tem o papel de manter o corpo lúteo), interrompendo a produção de progesterona e
causando a descamação do endométrio -> MENSTRUAÇÃO.

Ciclo endometrial
Fase menstrual: descamação do endométrio (o primeiro dia do ciclo é o primeiro dia da menstruação). Dura
4 ou 5 dias, normalmente.

Fase proliferativa ou estrogênica: ocorre o aumento da produção de estrógeno pelos folículos, e a parede
do endométrio começa a ficar espessa, para possibilitar a implantação.

Fase secretora ou progestacional: ocorre aumento da secreção de progesterona, promovendo a


proliferação celular e o desenvolvimento da espessura do endométrio. Prepara o útero para a implantação.

Ciclo menstrual
Fase proliferativa: do início do fluxo menstrual até a ovulação. Consiste no período de desenvolvimento
dos folículos e de produção de estrógeno. Coincide com o crescimento dos folículos.

Fase lútea: da ovulação até a menstruação. Consiste no período de formação do corpo lúteo e da secreção
de progesterona e estrógeno. Coincide com a formação do corpo lúteo e termina quando este se transforma
em corpo branco.
FSH -> estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrógeno pelas células
foliculares

LH -> faz com que o ovócito I continue sua divisão e dispara a ovulação
Se não ocorrer fecundação:

• Corpo lúteo degenera


• Níveis de estrógeno e progesterona diminuem e o endométrio entra na fase de isquemia
• Ocorre menstruação

Se ocorrer fecundação:

• Inicia-se a clivagem
• O blastocisto se implanta no endométrio
• A gonadotrofina coriônica humana (hCG) mantém o corpo lúteo ativo por cerca de 20 semanas
• A fase lútea prossegue e a menstruação não ocorre

FERTILIZAÇÃO
EVENTOS PRÉ-FERTILIZAÇÃO

CAPACITAÇÃO DO ESPERMATOZOIDE

Na vagina, os espermatozoides são depositados com secreções (sêmen), que possuem pH básico,
responsável por neutralizar o pH ácido do ambiente.

Os espermatozoides se deslocam pelo útero e pela tuba uterina, até atingirem a AMPOLA. Durante esse
trajeto ocorre um processo de CAPACITAÇÃO. Nesse processo, há a remoção de proteínas do plasma
seminal, pois elas estavam obstruindo sítios de enzimas importantes para a fecundação, além da ativação
de proteínas de reconhecimento. Também há alterações nos lipídios da membrana plasmática dos
espermatozoides, de modo a aumentar sua mobilidade. Essas alterações consistem principalmente na
retirada de colesterol (quanto menos colesterol, maior a mobilidade). Portanto, se o espermatozoide for
capacitado, ele alcança a ampola da tuba uterina e encontra o ovócito II.

LIGAÇÃO DO ESPERMATOZOIDE À ZONA PELÚCIDA

A superfície do espermatozoide contém HIALURONIDASE, uma enzima importante para o processo de


fertilização. Ela cliva ácido hialurônico presente na matriz entre as células da coroa radiada, ou seja, vai
destruindo o caminho para permitir passagem do espermatozoide até a zona pelúcida.

REAÇÃO ACROSSOMAL

Quando o espermatozoide atravessa a coroa radiada e encontra a zona pelúcida, ele é reconhecido pelas
glicoproteínas ZP3 (molécula receptora para esperma), o que permite uma ligação. Como resultado dessa
ligação, a membrana do acrossoma se une à membrana do espermatozoide, abrindo poros e liberando
enzimas acrossômicas na zona pelúcida. Essas enzimas degradam a zona pelúcida (apenas aquele
pedacinho). Assim, o espermatozoide consegue passar por ela e encontrar a membrana do ovócito II.

REAÇÃO ZONAL OU CORTICAL

Quando o espermatozoide penetra na zona pelúcida e alcança o ovócito, as membranas plasmáticas das duas
células se fundem.

Durante o processo de desenvolvimento dos folículos ovarianos, são produzidos grânulos na periferia do
ovócito, chamados GRÂNULOS CORTICAIS, os quais contêm lisossomos com enzimas proteolíticas.
Quando ocorre o encontro dos gametas, os grânulos corticais se fundem à membrana plasmática do ovócito
e liberam seu conteúdo sobre a zona pelúcida, mudando sua conformação bioquímica (= destrói os resíduos
de carboidrato das ZP3, impedindo que haja o reconhecimento dos espermatozoides). Isso evita a
POLIESPERMIA (BLOQUEIO LENTO), ou seja, a fertilização de um ovócito por mais de um
espermatozoide.

A fusão da membrana plasmática do espermatozoide com a do ovócito também leva o ovócito II a terminar
sua meiose II. Então, ele se transforma em um OVÓCITO DEFINITIVO.
FERTILIZAÇÃO

É o processo pelo qual os gametas feminino e masculino se fundem, na ampola da tuba uterina. A penetração
do espermatozoide provoca a entrada de cálcio no ovócito, que promove a retomada da meiose II -> PRÓ-
NÚCLEO FEMININO. O núcleo de ambos aumenta no zigoto (descondensação do material), e o núcleo do
gameta masculino também recebe o nome de PRÓ-NÚCLEO MASCULINO (a cabeça se separa da cauda).
Então, suas membranas nucleares desaparecem e os núcleos de unem. Os cromossomos maternos e paternos
são replicados na preparação para a primeira clivagem.

Resultados da fertilização:

• Restauração da quantidade diploide de cromossomos, metade do pai e metade da mãe


• Determinação do sexo do novo individuo -> um espermatozoide carregando um X produz um
embrião feminino (XX), e um espermatozoide carregando um Y produz um embrião masculino
(XY).
• Início da clivagem

CLIVAGEM E PRIMEIRA SEMANA


Tem início, em média, 24h após a fecundação

A clivagem consiste em divisões mitóticas consecutivas do zigoto e tem como principal objetivo a formação
de um ser multicelular = BLASTOCISTO (responsável pela implantação no endométrio).

É um processo lento e assíncrono (as divisões acontecem em planos diferentes e com diferença de tempo).
A divisão é HOLOBLÁSTICA (total) e ROTACIONAL (em planos diferentes).

A clivagem aumenta o número de células do zigoto, mas sem aumentar seu tamanho. Essas células que
compõem o zigoto se chamam blastômeros.

Nesse momento, o zigoto ainda está envolto pela zona pelúcida.

Blastômeros são totipotentes (ainda são indiferenciados)


A primeira clivagem acontece no plano meridional e origina dois blastômeros, enquanto a segunda ocorre no
plano meridional e no equatorial, e origina quatro blastômeros. Quando o zigoto é formado por 8
blastômeros, ocorre um processo chamado COMPACTAÇÃO = aumento da adesão entre as células e da área
de membranas compartilhadas. Na imagem A, as células possuem uma organização frouxa, enquanto na
imagem B elas começam a se aderir e os contornos celulares tornam-se indistintos.

À princípio, os blastômeros são divididos igualmente, mas após a compactação passa a ocorrer uma
DIVISÃO ASSIMÉTRICA = um corte transversal divide desigualmente os domínios da membrana -> 8
células periféricas passam a ter domínio apical e basolateral, enquanto 8 células internas passam a ter
apenas domínio basolateral. Essa estrutura com 16 células é a MÓRULA.

As células da periferia dão origem à linhagem de TROFOBLASTOS (-> irão participar da formação da
placenta), enquanto as células internas originam os EMBRIOBLASTOS (-> dão origem ao próprio embrião).

Os trofoblastos expressam bombas de Na+ K+, o que permite que elas transportem e regulem a troca iônica
entre o interior e o exterior da mórula. Isso, por sua vez, faz com que o fluido existente ao redor dela
passe para o seu interior = inicio da formação da CAVIDADE BLASTOCÍSTICA (BLASTOCELE). Nesse
período, o embrião é denominado BLASTOCISTO. O lado do blastocisto que contém os embrioblasto (massa
celular interna) é denominado POLO EMBRIONÁRIO, enquanto o lado oposto é denominado POLO NÃO
EMBRIONÁRIO, onde estão as bombas de Na+ K+.

O blastocisto apresenta zona pelúcida, cavidade blastocística, massa celular interna e trofoblasto.
Na 1ª semana do desenvolvimento, o blastocisto chega ao útero. Então, a zona pelúcida é destruída, pois
impede a implantação do blastocisto (pela zona embrionária) no endométrio -> o blastocisto libera
proteases, as quais degradam a zona pelúcida = eclosão do blastocisto (HATCHING)

O trofoblasto é quem realiza o reconhecimento do endométrio.

O contato se dá pelo polo embrionário, e o sitio implantacional é o corpo do útero, mais comumente na
parede posterior

Por volta do 6º dia após a fecundação, o endométrio está em sua maior espessura, ou seja, está receptivo
(janela da implantação). Com a degradação da zona pelúcida, o blastocisto faz contato com o endométrio.
As células trofoblásticas penetram a mucosa uterina e começam a se proliferar e a se diferenciar em duas
camadas: SINCÍCIOTROFOBLASTO (massa celular multinucleada, mais externa e sem limites celulares
nítidos) e CITOTROFOBLASTO (mais interno, com células mononucleadas). O sinciciotrofoblasto é quem
invade o revestimento uterino.
O sinciciotrofoblasto e o citotrofoblasto secretam hCG, que, além de manter a atividade do corpo lúteo
(manda um sinal para que ele continue a produção de progesterona), contribui para o sucesso da implantação.
Após cerca de 11 a 12 semanas, o corpo lúteo involui lentamente (-> corpo branco), e a placenta começa a
secretar progesterona (útero na fase secretória)
RESUMINDO

O blastocisto adere o endométrio pelo polo embrionário no fim da primeira semana

O contato com o endométrio induz a diferenciação do trofoblasto sinciciotrofoblasto e


citotrofoblasto

sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto secretam hCG

SEGUNDA SEMANA
No 7º dia do desenvolvimento, as células do embrioblasto se organizam em 2 folhetos = HIPOBLASTO
(células cúnicas, mais próximas da cavidade blastocística) e EPIBLASTO (células colunares, mais próximas
do citotrofoblasto).

No 8º dia do desenvolvimento há o surgimento de um espaço entre o epiblasto e citotrofoblasto, que é a


CAVIDADE AMNIÓTICA (surge a partir de acúmulo de líquido).

Enquanto isso, o sinciciotrofoblasto continua se expandindo e penetrando a mucosa uterina.


No 9º dia do desenvolvimento, a cavidade se expande e o epiblasto se prolifera em direção ao polo
embrionário, formando uma fina membrana que separa a cavidade amniótica do citotrofoblasto =
AMNIOBLASTOS (MEMBRANA AMNIÓTICA).

A cavidade amniótica continua a se expandir.

O embrião está completamente implantado no útero.

As células do hipoblasto começam a sofrer mitose (proliferação) e a migrar para formar a membrana de
Heuser.

No sinciciotrofoblasto, há o início da formação de lacunas trofoblasticas, por onde irá circular sangue
materno.

10º, 11º, 12º e 13º dia

As células do hipoblasto migram e passam a revestir a cavidade blastocística. Essa membrana se chama
MEMBRANA DE HEUSER. Além disso, nesse momento, a blastocele passa a se chamar SACO
VITELÍNICO PRIMÁRIO. Então, a membrana de Heuser reveste o saco vitelínico.

Quando o sincício alcança os vasos maternos, ele libera proteases que o erodem e fazem com que eles
joguem sangue nas lacunas trofoblasticas. Então, elas começam a se anastomosar com capilares maternos
e se tornam repletas de sangue -> estabelecimento da circulação uteroplacentária. Antes disso, o embrião
obtinha nutrientes e eliminava resíduos por difusão, mas seu rápido crescimento tornou necessário um
método de trocas mais eficientes -> circulação uteroplacentária.

O CÓRION (parte fetal da placenta) é formado pelo sinciciotrofoblasto, pelo citotrofoblasto e pelo
mesoderma extraembrionário. Então, nesse momento, deve haver a formação desse mesoderma. Para tanto,
as células do epiblasto se diferenciam e migram para formar uma nova camada = MESODERMA
EXTRAEMBRIONÁRIO.

No 11o e 12o dias, o mesoderma extraembrionário expande-se entre o âmnio e o citotrofoblasto

Em seguida, há o surgimento de uma cavidade, o CELOMA EXTRAEMBRIONÁRIO (CAVIDADE


CORIÔNICA), o qual separa o mesoderma extraembrionário em dois folhetos -> MESODERMA
EXTRAEMBRIONÁRIO SOMÁTICO (colado ao cito) E MESODERMA EXTRAEMBRIONÁRIO
ESPLÂNCNICO (colado na membrana de Heuser).

O celoma extraembrionário separa o embrião (com seu âmnio e seu saco vitelínico) da parede externa do
blastocisto, agora denominada córion.
O celoma extraembrionário circunda tanto o saco vitelínico primário quanto a cavidade amniótica (exceto
no local onde o disco germinativo se conecta ao citotrofoblasto).

Por volta do 12º dia, há a formação das VILOSIDADES CORIÔNICAS PRIMÁRIAS, a partir de um
agrupado de células formado pelo citotrofoblasto (ele se prolifera localmente). Essas protusões crescem
dentro do sinciciotrofoblasto sobrejacente, então -> as vilosidades coriônicas primarias são formadas por
citotrofoblasto + sinciciotrofoblasto.

No 12º e no 13º dia, hipoblasto se prolifera e migra novamente, e agora o saco vitelínico primário passa a
se chamar SACO VITELÍNICO SECUNDÁRIO OU DEFINITIVO, de modo que o saco vitelínico é
deslocado e degenera, sendo reduzido apenas a vesículas na extremidade da zona não embrionária do
celoma extraembrionário.

No final da segunda semana, um espessamento de mesoderma (PEDÍCULO DE CONEXÃO) passa a


suspender o âmnio e o saco vitelínico definitivo na cavidade coriônica. Esse pedículo dará origem ao cordão
umbilical.

Quando o mesoderma extraembrionário somático penetra as vilosidades primarias, as lacunas passam a


banhá-las, e elas passam a ser chamadas de VILOSIDADES CORIÔNICAS SECUNDÁRIAS =
citotrofoblasto + sinciciotrofoblasto + mesoderma.
RESUMO DA PRIMEIRA E SEGUNDA SEMANA

• Clivagem (importância da compactação e da divisão assimétrica) -> mórula -> blastocisto


• Blastocisto possui trofoblasto e massa interna (embrioblasto)
• Destruição da zona pelúcida para possibilitar a eclosão do blastocisto e a implantação
• A implantação se dá pelo polo embrionário
• Quando o blastocisto implanta (cerca de 6 dias após a fecundação), o trofoblasto se
diferencia em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto
• O sincício vai penetrando a mucosa uterina cada vez mais
• Embrioblasto se diferencia em epiblasto e hipoblasto (embrião bilaminar)
• Surgimento da cavidade amniótica e da membrana amniótica
• Hipoblasto forma a membrana de Heuser e a cavidade blastocística passa a se chamar
saco vitelínico primário
• Estabelecimento da circulação uteroplacentária -> surgimento das lacunas trofoblasticas,
das vilosidades primarias e secundárias
• Surgimento do mesoderma extraembrionário
• Celoma extraembrionário (cavidade coriônica) separa o mesoderma extraembrionário em
somático e esplâncnico
• Hipoblasto prolifera e migra novamente, dando origem ao saco vitelínico definitivo
• Surgimento do pedículo de conexão

TERCEIRA SEMANA
A terceira semana á crucial para o desenvolvimento do embrião, pois é o período pelo qual ele passa pelas
maiores transformações.

GASTRULAÇÃO

A gastrulação é o processo que estabelece os 3 folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma


intraembrionário e endoderma) -> embrião trilaminar. OS FOLHETOS SÃO FORMADOS A PARTIR DO
EPIBLASTO!!!

Tem início na 3º semana e acaba na 4º

A gastrulação começa com a formação da LINHA PRIMITIVA, que é uma faixa espessada no epiblasto,
resultante da proliferação e migração dessas células para um plano mediano do disco embrionário. Enquanto
a linha primitiva se alonga pela adição de células do epiblastos a sua extremidade caudal, a extremidade
cefálica prolifera e origina o NÓ PRIMITIVO, o qual contém uma depressão, a FOSSETA PRIMITIVA.
No centro da linha primitiva há o desenvolvimento do SULCO PRIMITIVO (a fosseta é contínua
caudalmente com o sulco).

A formação da linha primitiva é o marco morfológico do início da gastrulação. Além disso, ela define o eixo
cefalocaudal e o eixo mediolateral do embrião.
Por volta do 14º e 15º dia, as células do epiblasto começam a penetrar INDIVIDUALMENTE o sulco da
linha primitiva, passando a ocupar o local das células do hipoblasto e deslocando-as para formar o
ENDOEERMA DEFINITIVO -> originará os epitélios de revestimento do trato gastrointestinal, glândulas
associadas e pulmão.

As células do epiblasto continuam migrando pela linha primitiva e se sobrepõem ao endoderma, formando o
MESODERMA INTRAEMBRIONÁRIO -> originará os músculos, sistema circulatório, esquelético,
excretor e reprodutor. Esse mesoderma, posteriormente, será dividido em mesoderma paraxial,
mesoderma lateral (esplâncnico e somático), e mesoderma intermediário.

Uma vez completa a formação do mesoderma intraembrionário e endoderma, as células do epiblasto param
de migrar. Os epiblastos remanescentes se diferenciam em ECTODERMA -> originará a epiderme e os
anexos cutâneos, as estruturas do SNC e SNP e o epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e
anal.
O local onde as células do epiblasto penetram no sulco primitivo define a posição que irão ocupar -> As
células que penetram cefalicamente, mais tarde darão origem ao processo notocordal. As células que
migram mais caudalmente formarão o mesoderma cardiogênico. As células que migram em plano mais lateral
formam o mesoderma paraxial, o intermediário e o lateral.

À medida que a produção de mesoderma diminui, a linha primitiva começa a regredir, de modo a desaparecer
na 4ª semana, quando se encerra a produção desse folheto.

Há a formação de depressões nas extremidades cefálica e caudal do disco, originando, respectivamente, a


MEMBRANA BUCOFARÍNGEA (futuro local de formação da boca) e a MEMBRANA CLOACAL (futuro
local de formação do ânus). Esses locais apresentam células do endoderma e do ectoderma bem aderidas,
sem mesoderma interposto. Ou seja, o mesoderma não penetra nessas regiões.
FORMAÇÃO DA NOTOCORDA

As células do epiblasto que penetraram pela fosseta primitiva formam uma massa de mesoderma chamada
PLACA PRÉ-CORDAL. (sofre transformações epitélio-mesenquimal, relacionadas com o desenvolvimento da
região cefálica).

Algumas células mesenquimais invaginam pelo nó primitivo e movem-se cefalicamente -> formam o
PROCESSO NOTOCORDAL. Ele adquire um lúmen, que é o canal notocordal. O processo notocordal é o
precursor da notocorda. Ele cresce cefalicamente a partir do nó primitivo entre o ectoderma e o
mesoderma, até encontrar a placa precordal. O processo vai se alongando cefalicamente pela adição de
células, de modo que o espaço da linha primitiva entre a membrana cloacal e a fosseta primitiva vai
diminuindo cada vez mais.

OBS: células do processo notocordal liberam moléculas que atuam no ectoderma, induzindo a uma
diferenciação para o início da formação do tudo neural.

O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma subjacente e degenera, ou seja, ocorre uma
morte celular programada dessas células fundidas -> isso forma a PLACA NOTOCORDAL. Esse espaço,
agora, é contínuo com a fosseta primitiva. Nesse momento, a cavidade amniótica e o saco vitelínico passam
a se comunicar a partir do CANAL NEUROENTÉRICO (como passa a ser chamada e a fosseta primitiva -
abertura transitória).

Ocorre, então, uma proliferação das células do processo notocordal (-> placa notocordal), recompondo seu
assoalho e eliminando a luz. Então, a placa notocordal se destaca completamente do endoderma, e suas
extremidades livres se fundem, formando um cordão sólido -> NOTOCORDA.

A notocorda define os eixos de sustentação do embrião; serve como base para o desenvolvimento do
esqueleto axial; e induz a diferenciação do tubo neural.

Até a adolescência, a notocorda persiste no interior do núcleo pulposo dos discos intervertebrais (depois
ela é substituída por células mesodérmicas).
MUDANÇAS ENVOLVENDO O MESODERMA INTRAEMBRIONÁRIO

O mesoderma intraembrionário é formado pelas células epiblásticas que migraram em um plano mais lateral
no sulco da linha primitiva. Esse mesoderma, então, se diferencia em -> MESODERMA PARAXIAL (->
origina os somitos, que darão origem à musculatura estriada esquelética, ao esqueleto axial e aos ossos do
crânio), MESODERMA INTERMEDIÁRIO (-> formação do sistema urinário e do sistema genital) e
MESODERMA LATERAL (-> origina musculatura lisa das vísceras, revestimento interno da parede corporal
e participa da formação dos membros).

Surgem espaços no mesoderma lateral, os quais formam o CELOMA INTRAEMBRIONÁRIO (originará as


cavidades do nosso corpo -> pericárdica, peritoneal e pleural). Esse celoma divide o mesoderma lateral em
dois folhetos = MESODERMA LATERAL SOMÁTICO (associado ao ectoderma) e MESODERMA LATERAL
ESPLÂNCNICO OU VISCERAL (associado ao endoderma). Esse celoma se comunica com o celoma
extraembrionário.
No dorso do embrião (região da futura formação do tronco), o mesoderma paraxial se prolifera, formando
elevações, as quais se segmentam e formam os SOMITOS (condensações de mesoderma em forma de
blocos). Eles progridem em sentido cefalocaudal, e estão relacionados com o desenvolvimento das do
esqueleto axial (incluindo a coluna vertebral), principalmente. Os somitos estão ao lado da notocorda.

NEURULAÇÃO

Consiste na formação do tubo neural e é responsável pelo início da formação do SNC.

Uma vez que o processo notocordal começa sua formação, são emitidos sinais para que o ectoderma se
espesse e se prolifere, dando origem à neurulação.

Placa neural = espessamento de ectoderma.

A formação da placa neural induzido pela notocordal em desenvolvimento e consiste no espessamento e na


diferenciação das células do ectoderma localizadas cefalicamente ao nó primitivo, sobre a notocorda =
PLACA NEURAL. Ela é mais larga cefalicamente e mais fina caudalmente. A porção cefálica expandida dará
origem ao cérebro, enquanto a porção mais caudal forma a medula espinal.
Então, forma-se uma depressão no centro dessa placa, que é o SULCO NEURAL. Ele se aprofunda e, com
isso, as bordas se elevam, originando as PREGAS NEURAIS. À medida que o sulco cresce e se aprofunda
cada vez mais, as pregas se elevam e se aproximam, até que se encontrem e se fundam na linha média,
formando, assim, o TUBO NEURAL, com o CANAL NEURAL em seu interior. Ele se aprofunda no
mesoderma e é revestido por ectoderma.

As bordas laterais da placa neural dão origem às células da CRISTA NEURAL, as quais se destacam tanto
do tubo neural quanto do ectoderma, e migram para todo o organismo (-> relacionadas com a formação de
gânglios espinais e gânglios do sistema nervoso autônomo). Como a placa neural tem origem no ectoderma,
pode-se dizer que as células da crista neural também são de origem ectodérmica.
O primeiro lugar de encontro das pregas neurais é na região cervical, mas ele acontece em vários pontos

Há dois pontos onde não há o fechamento das pregas neurais, um na extremidade cefálica e um na
extremidade caudal, dando origem, respectivamente, ao NEURÓPORO CRANIAL e ao NEURÓPORO
CAUDAL. Eles se fecham na 4ª semana, mas, caso isso não ocorra, originam anencefalia (não fechamento
do neuróporo cranial) e espinha bífida (neuróporo caudal).

OBS: o uso de teratógenos, como álcool, durante a terceira semana de gravidez, pode comprometer
o desenvolvimento do SNC, causando meroencefalia -> falha no desenvolvimento normal da parte
cranial do tubo neural, levando ao não fechamento do neuroporo cranial.
RESUMO DA TERCEIRA SEMANA

• Gastrulação -> ectoderma, mesoderma intraembrionário e endoderma A PARTIR DO


EPIBLASTO!!!
• Formação da membrana bucofaríngea e da membrana cloacal (mesoderma não invagina
nessas regiões)
• Formação da notocorda a partir do processo notocordal
• O mesoderma intraembrionário se diferencia em paraxial, intermediário e lateral
• Surgimento do celoma intraembrionário divide o mesoderma lateral em mesoderma lateral
esplâncnico e mesoderma lateral somático
• Mesoderma paraxial dá origem a elevações, que se segmentam e formam os somitos
• Processo notocordal induz o espessamento do ectoderma -> placa neural
• surgimento de uma depressão placa neural (sulco neural), que se aprofunda e faz com que
as bordas (pregas neurais) se elevem, até se encontrarem na linha média
• formação do TUBO NEURAL
• formação das células da crista neural
QUARTA À OITAVA SEMANA
Período de ORGANOGÊNESE, que vai da 4ª semana ate o final da 8ª. Ao final desse processo, o embrião
terá aspecto humano.

Nesse período, o coração já está bombeando sangue (é o primeiro sistema a se formar).

Na 4ª semana começa o processo de DOBRAMENTO DO EMBRIÃO, resultado do crescimento rápido do


embrião.

DOBRAMENTO DO EMBRIÃO

A cavidade amniótica cresce muito mais do que o saco vitelínico, e isso faz com que ocorra o dobramento
das extremidades do embrião. Isso, por sua vez, faz com que as bordas cefálica, caudal e laterais do disco
se dobrem -> PREGA CEFÁLICA, PREGA CAUDAL e PREGAS LATERAIS. Essas dobras se tornam
contínuas umas com as outras

• A prega cefálica empurra a parte mais externo do disco para uma região mais ventral ->leva a
membrana bucofaríngea para a futura região da boca e a área cardiogênica e o septo transverso para
o tórax.
• O dobramento da extremidade caudal (ou seja, o surgimento da prega lateral) é resultado do
crescimento da parte distal do tubo neural
• O dobramento lateral do embrião (resultado do rápido crescimento da medula espinal) produz as
pregas laterais
• O crescimento da cavidade amniótica empurra as estruturas, juntamente com a prega cefálica,
também para uma região mais ventral.
• O crescimento lateral do embrião não acompanha o crescimento longitudinal do embrião, ocasionando
o seu dobramento.
• À medida que o saco vitelínico (crescimento estagnado) vai sendo apertado pelas pregas cefálica,
caudal e lateral, sua luz começa a fazer parte do corpo do embrião, até formar o INTESTINO
PRIMITIVO (luz do trato digestório, que será revestido por endoderma). OBS: o saco vitelínico
permanece contínuo com o tubo digestivo em desenvolvimento, através do DUCTO VITELÍNICO.
• O pedículo de conexão (liga a extremidade caudal do disco embrionário à placenta) e o alantoide são
deslocado e se juntam ao saco vitelínico.
• As pregas laterais se encontram em direção ao local do futuro umbigo -> quando elas se encontram,
as camadas de ectoderma, mesoderma e endoderma de cada lado se fusionam com as camadas
correspondentes no outro lado.
• O endoderma vai revestir o trato gastrointestinal.

CONSEQUÊNCIAS DO DOBRAMENTO DO
EMBRIÃO:

• Formação do intestino primitivo


• Aquisição da forma definitiva do corpo (quase
cilíndrico, em forma de C)
• Existência de 3 tubos, e não mais 3 lâminas
• Separação do celoma intraembrionário do celoma
extraembrionário
CONTAGEM DOS TRIMESTRES:
Primeiro trimestre: período pré-embrionário (fecundação até
gastrulação), período embrionário (da 4ª a 8ª semana – ou seja, dois
meses) e parte do período fetal (3º mês)

Segundo trimestre: 4º, 5º e 6º mês

Terceiro trimestre: 7º, 8º e 9º mês

PERÍODO FETAL
Se estende da 9ª semana até o nascimento

É o período no qual ocorre a maturação dos sistemas formados no período embrionário, ou seja, eles se
preparam para a vida pós-natal.

Nesse período, o corpo cresce muito mais do que a cabeça, e é também quando há ganho de peso e o feto
adquire aparência humana.

Alguns sistemas têm sua maturação apenas na vida pós natal, como o sistema reprodutor

4ª semana -> o embrião ainda não pode ser


reconhecido como humano, pois o
desenvolvimento inicial é padrão para todas as
espécies. Ele não possui face nem membros;
possui cauda, arcos faríngeos, coração e
cabeça. Nessa semana é quando ocorre o início
da ossificação.
5ª semana -> início da formação dos membros,
do fígado e evolução do aparelho faríngeo 6ª semana -> os anexos estão bem visíveis

9ª semana (INÍCIO DO PERÍODO FETAL) ->


7ª e 8ª semana -> final do período reconhecimento do embrião como humano; membros
embrionário. É possível observar os formados; intestino se desenvolvendo no interior do
membros, os olhos e a cabeça. cordão umbilical (-> hérnia umbilical fisiológica).
Tamanho grande da cabeça em relação ao corpo.

11ª semana -> a pele é muito fina e


transparente, pois ainda não há acúmulo de
gordura, o que também torna possível a
10ª semana -> observa-se o feto com visualização dos vasos sanguíneos. Nessa
aparência humana, os membros, as mãos e o semana, está ocorrendo um processo de
cordão umbilical. ossificação extensivo.
18ª semana -> percepção dos movimentos
32ª semana -> observa-se ganho de peso (mais
fetais.
expressivo nos últimos dois meses); o feto
adquire reflexos; está ocorrendo a maturação
do sistema respiratório (músculos
respiratórios fazendo o treinamento para a
vida pós-natal); o fluido amniótico é ingerido e
banha o sistema respiratório.

DURAÇÃO DA GESTAÇÃO

→ 280 dias contados a partir do primeiro dia do último período menstrual normal (UPMN); ou 266 dias a
partir da fertilização
→ A idade do embrião se inicia na fecundação, cerca de 2 semanas após a UPMN.
→ Importante para a determinação do sexo do feto
→ A avaliação ultrassonográfica do tamanho do embrião na cavidade coriônica possibilita uma estimativa
precisa da data de concepção.

FATORES QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO FETAL

Fatores que reduzem o crescimento:

→ Desnutrição materna -> poucos nutrientes disponíveis -> restrição do crescimento fetal
→ Tabagismo -> o peso do feto de mães tabagistas é, em média, de 200g menos do que o normal
→ Problemas de circulação na placenta, que causa redução do fluxo sanguíneo útero-placentária)
→ Gemelidade -> as demandas metabólicas de dois ou mais fetos excedem a quantidade de nutrientes
disponíveis pela placenta durante o terceiro trimestre.

Fatores que aumentam o crescimento:

→ Diabetes -> diabetes prévia causa defeitos congênitos. O excesso de glicose atravessa a placenta e é
usado pelo feto.

TERATÓGENOS

São substancias do ambiente capazes de provocar um defeito de nascimento quando embriões são
expostos em momentos críticos do desenvolvimento (como diferenciação e morfogênese) a doses
elevadas. O período no qual o feto é mais vulnerável a teratógenos é durante as 8 primeiras semanas, pois
é quando ocorre os principais eventos da organogênese
VIABILIDADE DO FETO

Peso:

→ Está associado à idade


→ Fetos com menos de 500g, geralmente, não sobrevivem

Maturidade pulmonar:

→ Os pulmões devem estar suficientemente desenvolvidos, isto é, com boa quantidade de surfactante
(produzido pelos pneumócitos tipo II) e com pneumócitos tipo I finos e próximos o suficiente dos
capilares. Surfactante em boa quantidade evita que haja adesão entre as paredes das células alveolares
durante a expiração.
→ O desenvolvimento pulmonar se acelera na 24ª semana

PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS PRÉ-NATAIS

Sorologia materna

→ Mede componentes do soro materno


→ Nesse procedimento, são pesquisadas três moléculas, sendo elas: α-fetoproteína (origem fetal);
gonadotrofina coriônica humana (hCG – produzida pela placenta); e estriol (produzido pela placenta).
→ A quantificação desses hormônios permite indicar se há algum problema no desenvolvimento, por
exemplo, baixos níveis de hCG indicam que o corpo lúteo começou a involuir; e altos níveis de
progesterona podem ser indicativo de molas hidatiformes.
• Molas hidatiformes -> sua presença leva à formação de saco coriônico e produção de hCG
→ Os níveis desses componentes no soro podem sugerir presença de um feto com síndrome de Down ou
um defeito no tubo neural, por exemplo
→ Não é um teste que diagnostica um defeito ao nascimento; ela apenas indica a possibilidade de alguns
tipos de defeitos congênitos

Ultrassonografia

→ Permite acompanhar o desenvolvimento pré-natal


→ Determina o sexo do feto
→ Mensura o comprimento do feto e estima idade do embrião

Amniocentese

→ Nesse método, o líquido amniótico é coletado da cavidade amniótica através de uma agulha
→ É invasivo, então é indicado apenas em casos específicos
→ Comumente realizado após a 14ª semana, pois antes disso há pouca quantidade de liquido na cavidade

Biopsia de vilosidades coriônicas

→ Consiste na retirada de um fragmento da vilosidade a partir do córion por um cateter inserido no colo
uterino
→ Possibilita obter o cariótipo fetal para a avaliação da condição de um feto em risco (estudo dos
cromossomos fetais)
→ É invasiva

Cordocentese

→ Consiste na retirada de sangue do cordão umbilical


→ É invasiva
PLACENTA, CORDÃO UMBILICAL E FLUIDO AMNIÓTICO
PLACENTA

Como a placenta se forma???

Reação decidual -> Quando o blastocisto penetra no endométrio, isso estimula uma resposta, que é a reação
decidual. As células do estroma endometrial acumulam lipídios e carboidratos, sendo uma fonte de
nutrientes muito importante no início. A reação decidual consiste na transformação dessas células do
estroma em células deciduais. Então, o estroma se espessa e se torna muito vascularizado, e o endométrio
passa a ser denominado DECÍDUA.

Portanto, a placenta inicia sua formação no início do desenvolvimento, e estabelece uma circulação
uteroplacentária na 2ª semana, quando o mesoderma extraembrionário somático invade o endométrio e, ao
erodir os vasos maternos, permite que o sangue da mãe vá para as lacunas trofoblasticas -> facilita a troca
de gases, substancias e nutrientes entre a mãe e o feto.

A placenta é formada pela DECÍDUA BASAL (componente materno) e pelo CÓRION FRONDOSO
(componente fetal).

As arteríolas espiraladas perfuram a capa citotrofoblastica e permitem que o sangue materno seja jogado
no interior das lacunas trofoblasticas (espaço interviloso da placenta).

As vilosidades brotam do saco coriônico e crescem apenas na região onde será formada a placenta (-> córion
frondoso); nas outras regiões, o córion permanece liso.

Há três decíduas:

• Decídua basal -> é o polo embrionário, que participa da formação da placenta. Está em contato com
o córion frondoso, entre o embrião e o endométrio.
• Decídua capsular -> é o endométrio entre a cavidade uterina e a cavidade coriônica, no polo não
embrionário. Ela degenera.
• Decídua parietal -> restante da decídua, em contato com o miométrio
A decídua capsular degenera, e a decídua parietal e a decídua basal se fundem e passam a restringir a
cavidade a uma pequena porção, próxima ao istmo.

Ao nascimento, a placenta possui um lado fetal (PLACA CORIÔNICA), onde se observam os vasos
coriônicos, e um lado materno (DECÍDUA BASAL), onde se observam as lacunas trofoblasticas e as
vilosidades coriônicas. É no lado materno onde se observam os COTILÉDONES = são as unidades
anatômicas da placenta, com aspecto bem irregular.

CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA

As vilosidades coriônicas saem da placa coriônica, a partir dos vasos coriônicos, e alcançam a decídua basal.
Ao longo do desenvolvimento, elas se ramificam, dando origem às vilosidades livres, as quais proporcionam
as condições necessárias para que as trocam aconteçam.

Como o sangue materno chega à placenta??

As artérias espiraladas (carregam sangue rico em O2) penetram a placa decidual e entram nos espaços
interviloso, permitindo com que os cotilédones recebam sangue. o sangue chega com alta pressão e bate no
teto da placa coriônica. À medida que essa pressão diminui, o sangue flui lentamente pelas ramificações
das vilosidades, banhando-as com sangue oxigenado e possibilitando que as trocas ocorram. O sangue
retorna à circulação materna pelas veias endometriais, mas uma pequena porção entra nos cotilédones
vizinhos.

Pouco sangue da mãe para a placenta geta redução do crescimento intrauterino.

Caso haja restrição na saída ou na chegada de sangue para o feto, pode acarretar em nó de cordão e
ocasionar morte do feto.
A imagem mostra os cotilédones sendo parcialmente separados pelos septos deciduais.

FUNÇÕES DA PLACENTA

A placenta realiza, em especial, as funções de metabolismo, transporte e produção hormonal.

Metabolismo:

Acontece, principalmente, no início do desenvolvimento. Ela sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos,
que são fontes de nutrientes e energia para o embrião.

Produção hormonal:

A placenta produz progesterona, estrógeno, gonadotrofina coriônica humana (hCG), somatotrofina


coriônica humana (hCS) e tireotrofina coriônica humana (hCT).

A progesterona é essencial para a manutenção da gravidez

A hCG mantém o corpo lúteo, impedindo que cesse a produção de progesterona; a hCS causa diminuição da
utilização de glicose e aumenta os ácidos graxos livres na mãe; e a hCT funciona de modo semelhante ao
TSH.

Transporte:

Ela realiza difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose. Assim, pode-se dizer que ela
realiza: respiração, nutrição e defesa.

MEMBRANA PLACENTÁRIA

Ela separa o sangue materno do sangue fetal

A membrana placentária impede a entrada de algumas substâncias no sangue fetal (como a heparina), mas
não é uma barreira, ela apenas controla o trânsito.

No primeiro trimestre, ela consiste em quatro camadas: sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, mesênquima


(tecido conjuntivo embrionário) das vilosidades coriônicas e endotélio dos capilares fetais.

No final da gestação, a membrana passa por algumas transformações-> a membrana fica restrita a apenas
duas camadas (sinciciotrofoblasto e endotélio), tornando-se mais fina. O início do desenvolvimento, como
já dito, é mais crítico, então os danos seriam mais severos, e é por isso que a membrana placentária deve
ser mais rígida. No fim do desenvolvimento, mesmo que ocorra a passagem de alguma substância lesiva para
o sangue do feto, os riscos seriam menores, uma vez que os órgãos e tecidos já se formaram. Além disso,
substâncias como O2 passam com maior facilidade, o que é essencial, levando em consideração a maior
necessidade do embrião.

CORDÃO UMBILICAL

Ele é responsável pela circulação da placenta para o feto, via veia umbilical, e do feto para a placenta, via
artérias umbilicais.

Como ele se origina??

Ele se forma na 4ª semana, durante o dobramento do embrião. A prega caudal leva o pedículo do embrião
para a região ventral, e a cavidade amniótica cresce muito e comprime o saco vitelínico no seu interior. À
medida que o âmnio se expande, ele aperta cada vez mais essas estruturas, até formar o cordão umbilical.

OBS!!! O âmnio se expande devido ao aumento da produção de líquido amniótico.

Na superfície fetal (recoberta pela placa coriônica), os vasos coriônicos convergem para o cordão umbilical.

As alças intestinais se desenvolvem rapidamente, e a cavidade abdominal, no início, não comporta esse
desenvolvimento. Então, elas migram para o interior do cordão umbilical, formando a hérnia umbilical
fisiológica. No fim do 3º mês, elas retornam para o interior do corpo.

No interior do cordão umbilical há a GELEIA DE WHARTON (tecido de preenchimento), duas artérias e


uma veia. A geleia de Wharton funciona com uma camada protetora para os vasos sanguíneas.

O tamanho do cordão umbilical é muito importante. Cordões muito longos podem acarretar em circular de
cordão, devido à movimentação do feto no interior do saco amniótico, o que é crítico no momento do parto.
Quando ocorre nó de cordão, pode haver interrupção do fluxo sanguíneo. Quando o cordão é anormalmente
curto, há limitação da movimentação fetal, podendo levar a um desenvolvimento insuficiente dos sistemas
muscular e esquelético.
FLUIDO AMNIÓTICO

O saco amniótico é preenchido pelo fluido amniótico, no qual o feto fica imerso. O feto deglute o fluido,
urina nele, e ele também penetra no interior dos pulmões fetais.

Ele é composto por proteínas, carboidratos, lipídios, sais e urina fetal.

O líquido amniótico é continuamente produzido e reabsorvido -> inicialmente, há a produção de fluido


pelos amnioblastos. A absorção ocorre por meio da deglutição do fluido pelo feto (ele passa pelo trato
digestório e chega ao intestino, onde é absorvido, e depois passará para a corrente sanguínea). Então, o
rim filtra o fluido, e ele retorna ao saco amniótico através do sistema urinário fetal. Dessa forma, o líquido
é sempre renovado.

A produção de fluido é imprescindível -> se o embrião não urina, o saco amniótico não se expande
corretamente, e essa expansão insuficiente limita os movimentos fetais e prejudica seu desenvolvimento.
Em fetos que apresentam agenesia renal (ausência congênita dos rins), não há produção de urina (condição
chamada oligo-hidrâmnio), de modo que a quantidade de fluido é reduzida e pode limitar os movimentos
fetais. Fetos com pouco líquido amniótico podem ter hipoplasia pulmonar (compressão da cavidade torácica,
podendo ocasionar subdesenvolvimento da árvore brônquica).

Além disso, o fluido regula a temperatura corporal, impede a dessecação do feto, e serve de barreira
contra choques mecânicos.

GEMELIDADE

GÊMEOS DIZIGÓTICOS:

Nesse caso, foram ovulados dois ovócitos II, que serão fecundados e darão origem a DOIS ZIGOTOS.
Eles evoluem, formando dois blastocistos. Cada blastocisto possui um trofoblasto, então há a formação de
dois córions e, consequentemente, DUAS PLACENTAS.

Ao final da gestação, há a formação das cavidades amnióticas -> dois âmnios, dois córions e duas placentas

➢ GESTAÇÃO DIAMNIÓTICA, DICORIÔNICA e DIPLACENTÁRIA.

GÊMEOS MONOZIGÓTICOS:

Nesse caos, houve a fecundação de apenas um ovócito I, formando UM ZIGOTO. Então, a clivagem dá
origem ao blastocisto. Há três possibilidades:

• Se a separação ocorrer antes da formação do blastocisto (no estágio de duas células), haverá dois
blastocistos, e cada um evolui da mesma maneira que gêmeos dizigóticos -> dois âmnios, dois córions
e duas placentas
➢ GESTAÇÃO DIAMNIÓTICA, DICORIÔNICA e DIPLACENTÁRIA
• Se a separação ocorrer após a formação do blastocisto, haverá então apenas um blastocisto. A
massa celular (embrioblasto) se separa, dando origem a duas massas, e a cavidade surge entre o
epiblasto e o cito, havendo, dessa maneira, duas cavidades amnióticas no mesmo blastocisto -> dois
âmnios, um trofoblasto, um córion e uma placenta.
➢ GESTAÇÃO DIAMNIÓTICA, MONOCORIÔNICA e MONOPLACENTÁRIA
• Quando o zigoto se divide mais posteriormente: Nesse caso, também há a formação de apenas um
blastocisto, mas de apenas uma cavidade amniótica. Haverá dois embriões em um mesmo saco
coriônico.
➢ GESTAÇÃO MONOAMNIÓTICA, MONOCORIÔNICA e MONOPLACENTÁRIA

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