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A meiose no testículo é diferente, ela ocorre todos os dias e gera milhares de gametas,
chamados de espermatozóides. Eles ficam armazenados no epidídimo, dentro da bolsa
escrotal, esperando para serem excretados do corpo pela ejaculação.
Fecundação
A função biológica da produção de gametas é a procriação, ou seja, geração de um novo
ser vivo. Contudo, uma gameta sozinha não gera vida. Dessa forma, quando ocorre um
ato sexual, o espermatozóide se locomove para adentrar no útero e alcançar o ovócito.
Quando as gametas estão próximos, o ovócito completa a meiose paralisada. Assim,
eles se fundem e chamamos esse processo de Fecundação. As gametas eram haplóides,
ou seja, os núcleos das células possuíam a metade dos cromossomos do pai ou da mãe.
Na fecundação, os núcleos deles se unem deixando de ser dois e se tornando um: surge
uma nova célula geneticamente completa (diploide) e única (possui um DNA próprio,
não é réplica do pai nem da mãe).
Esse processo é chamado de cariogamia e origina a primeira célula humana: o Zigoto.
Embora o processo genético da fecundação siga sempre esse raciocínio, a forma como o
acto sexual ocorre pode mudar de acordo com a espécie. A Fecundação humana é
interna (ocorre dentro do corpo), mas os anfíbios fazem fecundação externa. Os seres
humanos são dióicos (há machos e fêmeas), mas há anelídeos que são monóicos (todos
os seres tem os 2 sexos).
Figura 2: ilustração dos espermatozóides
Mórula
As células originadas são chamadas de blastómeros, elas vão se unindo para formar a
primeira estrutura geral do novo ser, chamada de Mórula. Nos humanos, o embrião-
mórula é formado de três a quatro dias após a fecundação.
Ainda nesse período, uma cavidade interna começa a ser formada. Ela é preenchida com
líquidos e se chama blastocele. Quando a cavidade está completamente formada, o
embrião deixa a fase de Mórula e entra na fase de Blástula.
Blástula
A Blástula também pode ser chamada de Blastocisto e é uma fase embrionária comum
no desenvolvimento de que qualquer ser do Reino Animal. Contudo, nos mamíferos que
possuem placenta, ela se diferenciam em dois tipos de células:
Trofoblastos: célula que irão se desenvolver e gerar a placenta, anexos que
auxiliam na nutrição durante a gestação.
Embrioblastos: células que dão continuidade ao desenvolvimento corporal.
Figura 5: Desenvolvimento da blástula
Aí ele se fixa para continuar o desenvolvimento e ter espaço para crescer em tamanho.
Essa fixação é chamada de Nidação e ocorre cerca de uma semana após a fecundação,
provocando um pequeno sangramento que sinaliza a gravidez.
Figura 6: desenvolvimento da nidação
Celoma
Aqui também ocorre a formação da celoma. Ele é uma cavidade interna que serve de
depósito dos órgãos do indivíduo, após o desenvolvimento completo. Contudo, nem
todos os seres o possuem, portanto, temos as classificações conforme o Celoma:
Celomados: possuem a celoma completo: cavidade completamente delimitada
pela mesoderme, como os cordados, moluscos, anelídeos, equinodermos e
artrópodes.
Acelomados: organismos que não possuem celoma, como os platelmintes.
Pseudocelomados: possuem uma cavidade, mas ela não é totalmente delimitada
pela mesoderme, como os nematelmintes.
Nêurula e Notocorda
Por fim, nos processos da Gastrulação de animais Cordados, é o momento em que a
notocorda é formada.
Resumindo, ela é um cordão localizado bem no centro do embrião. Acima dela está o
tubo dorsal, que se desenvolverá até formar o Sistema Nervoso. Abaixo, está localizado
o arquêntero (intestino primitivo), o mesmo que citamos no início deste tópico.
Nos vertebrados, é também a partir da notocorda que se forma a coluna vertebral, apesar
de ela passar por uma série de transformações que você confere no nosso artigo sobre
Cordados.
Como esta formação só ocorre nos Cordados e o embrião adquire uma nova
característica, dizemos que alcançou a última fase embriológica: a Nêurula.
Figura 8: Ilustração da Nêurula e Notocorda
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Conclusão
Em conclusão a embriologia é uma disciplina fundamental para entender a formação e
desenvolvimento dos seres vivos especialmente dos vertebrados. Ela nos permite
compreender como uma única célula fertilizada se transforma em um organismo
complexo e funcional.
Durante o desenvolvimento embrionário ocorrem diversas etapas e processos incluindo
a fertilização segmentação gastrulação organogênese e morfogênese. Cada uma dessas
etapas desempenha um papel importante na formação dos tecidos órgãos e sistemas do
corpo. Além disso a embriologia também nos permite compreender as bases genéticas e
moleculares do desenvolvimento.
A compreensão da embriologia é fundamental em várias áreas da ciência e medicina
como a biologia do desenvolvimento a genética a medicina fetal e a reprodução
assistida. Ela nos ajuda a entender as origens das doenças congênitas e a desenvolver
estratégias terapêuticas para tratar essas condições.
No geral o estudo da embriologia é essencial para uma compreensão abrangente da
biologia e oferece uma introspecção valiosa para a pesquisa e a prática médica
contribuindo para avanços no diagnóstico tratamento e prevenção de doenças.
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