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Cadeira:
Topografia I
ii
Indice
Objectivos ....................................................................................................................................... v
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
2. Medida de Distâncias............................................................................................................... 2
2.1.5. Estacas....................................................................................................................... 4
3. Nivelamento........................................................................................................................... 25
Conclusão...................................................................................................................................... 40
iv
Objectivos
ObjectivosGerais
Descrever medição de distânciahorizontal e Medição de distância Vertical
ObjectivosEspecificos
Conhecer Medição de distância horizontal (Medição direta e Indireta)
Saber a Medição de distância Vertical (Nivelamento Geométrico, trigonométrico e
Barométrico)
v
1. Introdução
1
2. Medida de Distâncias
2
Desvantagens: as de fabricação mais antiga, enferrujam com facilidade e, quando
esticadas com nós, se rompem facilmente. Além disso, em caso de contato com a rede
elétrica, podem causar choques;
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são bastante prática e segura.
2.1.4. Piquetes
São necessários para marcar, convenientemente, os extremos do alinhamento a ser
medido;
São feitos de madeira roliça ou de seção quadrada com a superfície no topo plana;
São assinalados (marcados) por tachinhas de cobre;
Seu comprimento varia de 15 a 30cm;
Seu diâmetro varia de 3 a 5cm;
É cravado no solo, porém, parte dele (cerca de 3 a 5cm) deve permanecer visível;
Sua principal função é a materialização de um ponto topográfico no terreno.
2.1.5. Estacas
São utilizadas como testemunhas da posição do piquete;
São cravadas próximas ao piquete cerca de 30 a 50cm;
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Seu comprimento varia de 15 a 40cm;
Seu diâmetro varia de 3 a 5cm;
São chanfradas na parte superior para permitir uma inscrição numérica ou alfabética, que
pertence ao piquete testemunhado.
2.1.6. Fichas
São utilizadas na marcação dos lances efetuados com o diastímetro quando a distância a
ser medida é superior ao comprimento deste;
São hastes de ferro ou aço;
Seu comprimento é de 35 ou 55cm;
Seu diâmetro é de 6mm;
Conforme figura a seguir, uma das extremidades é pontiaguda e a outra é em formato de
argola, cujo diâmetro varia de 5 a 8cm.
5
2.1.7. Balizas
São utilizadas para manter o alinhamento, na medição entre pontos, quando há
necessidade de se executar vários lances com o diastímetro;
Conforme figura a seguir, são feitas de madeira ou ferro; arredondado, sextavado ou
oitavado;
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2.1.9. Dinamômetro
Aparelho que se destina à medição das tensões que são aplicadas aos diastímetros para
fins de correção dos valores obtidos no levantamento;
As correções são efetuadas em função do coeficiente de elasticidade do material com que
o diastímetro foi fabricado.
Com relação aos seguintes acessórios: barômetro, termômetro e dinamômetro; pode-se afirmar
que os mesmos são raramente utilizados atualmente para correções das medidas efetuadas com
diastímetros. Isto se deve ao fato destes dispositivos terem sido substituídos, com o passar dos
anos, pelos equipamentos eletrônicos, muito mais precisos e fáceis de operar. Contudo, os
diastímetros são ainda largamente empregados em levantamentos que não exigem muita
precisão, ou, simplesmente, em missões de reconhecimento.
Segundo DOMINGUES (1979) a precisão com que as distâncias são obtidas depende,
principalmente:
Do dispositivo de medição utilizado,dos acessórios, e dos cuidados tomados durante a operação.
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A tabela abaixo fornece a precisão que é conseguida quando se utilizam diastímetros em um
levantamento, levando-se em consideração os efeitos da tensão, da temperatura, da
horizontalidade e do alinhamento.
Diastímetro Precisão
Fita e trena de aço 1cm/100m
Trenaplástica 5cm/100m
Trena de lona 25cm/100m
Depois de executado o lance, o balizeiro intermediário marca o final do diastímetro com uma
ficha. O balizeiro de ré, então, ocupa a posição do balizeiro intermediário, e este, por sua vez,
ocupará nova posição ao final do diastímetro. Repete-se o processo de deslocamento das balizas
(ré e intermediária) e de marcação dos lances até que se chegue ao ponto B.
É de máxima importância que, durante a medição, os balizeiros se mantenham sobre o
alinhamento AB.
Para realizar esta medição recomenda-se uma equipe de trabalho com:
duas pessoas para tensionar o diastímetro (uma em cada extremidade).
um balizeiro de ré (móvel).
um balizeiro intermediário (móvel).
um balizeiro de vante (fixo).
uma pessoa para fazer as anotações (dispensável).
A distância DH será dada pelo somatório das distâncias parciais (contagem do número de fichas
pelo comprimento do diastímetro) mais a fração do último lance.
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2.3.3. Traçado de Perpendiculares
Segundo GARCIA (1984) o traçado de perpendiculares é necessário:
a) À amarração de detalhes em qualquer levantamento topográfico, e
b) Na determinação de um alinhamento perpendicular em função de um outro já existente.
Ex.: locação de uma obra.
i. Amarração de Detalhes
A amarração de detalhes (feições naturais e artificiais do terreno) é realizada utilizando-se
somente diastímetros. Para tanto, é necessário a montagem, no campo, de uma rede de linhas,
distribuídas em triângulos principais e secundários, às quais os detalhes serão amarrados.
A esta rede de linhas denomina-se triangulação.
(BORGES, 1988) ilustra uma determinada superfície já triangulada. Nesta triangulação, observa-
se que os triângulos maiores englobam os menores.O objetivo da formação de triângulos
principais (ABC e ACD) e secundários (ABE, BEG, EGF, EFH, FCD, GCF, DFH, AEH e AHI)
é atingir mais facilmente todos os detalhes que se queira levantar.
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Segundo BORGES (1988) a amarração dos detalhes pode ser feita:
Por triangulação
Devendo-se medir os alinhamentos a e b, além do alinhamento principal DB, para que o canto
superior esquerdo da piscina representada na figura a seguir (BORGES, 1988) fique
determinado.
A referida piscina só estará completamente amarrada se os outros cantos também forem
triangulados.
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ii. Alinhamentos Perpendiculares
Segundo ESPARTEL (1987) é possível levantar uma perpendicular a um alinhamento,
utilizando-se um diastímetro, através dos seguintes métodos:
Triângulo Retângulo
Este método consiste em passar por um ponto A, de um alinhamento AB conhecido, uma
perpendicular. Utilizando-se os doze (12) primeiros metros de uma trena, dispõe-se,
respectivamente, dos lados 3, 4 e 5 metros de um triângulo retângulo.
Obs.: para locar as paredes de uma casa, o mestre de obras normalmente se utiliza de uma linha
com nós. Esta linha representa um triângulo retângulo de lados 0,6m : 0,8m : 1,0m; equivalente
ao triângulo retângulo de 3m : 4m : 5m mencionado anteriormente.
Triângulo Equilátero
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Assim, utilizando-se os doze (12) primeiros metros de uma trena, dispõe-se, para o triângulo
equilátero, de três lados de 4 metros cada.
Como indicado na figura abaixo (GARCIA, 1984), o 0 e 12o metros estariam coincidentes em C.
O 2o metro estaria sobre o alinhamento AB à esquerda de C, definindo o ponto D. O 10o metro
estaria sobre o alinhamento AB à direita de C, definindo o ponto E. O ponto F, definido pelo 6o
metro, se ajusta facilmente em função dos pontos D e Ejá marcados.
.
2.3.4. Transposição de Obstáculos
Segundo GARCIA (1984), para a medida de distâncias entre pontos não intervisíveis, ou seja,
em que a mesma não possa ser obtida pela existência de algum obstáculo (edificação, lago,
alagado, mata, árvore etc.), costuma-se fazer uso da marcação, em campo, de triângulos
semelhantes.
Como indicado na figura a seguir (GARCIA, 1984), existe uma edificação sobre o alinhamento
AB, o que impede a determinação do seu comprimento pelos métodos explicitados
anteriormente.
Assim, para que a distância AB possa ser determinada, escolhe-se um ponto C qualquer do
terreno de onde possam ser avistados os pontos A e B. Medem-se as distâncias CA e CB e, a
meio caminho de CA e de CB são marcados os pontos D e E. A distância DE também deve ser
medida.
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Após estabelecer a relação de semelhança entre os triângulos CAB e CDE, a distância AB será
dada por:
A distância horizontal correta (DHc) entre dois pontos será dada dividindo-se o comprimento
aferido do diastímetro( a) pelo seu comprimento nominal ( ) e multiplicando-se pela distância
horizontal medida (DHm):
Este erro é cumulativo e sempre positivo. Assim, a distância horizontal correta (DHc) entre dois
pontos será encontrada subtraindo-se da distância horizontal medida (DHm), o desvio vertical
(Cdv) multiplicado pelo número de lances (N ) dado com o diastímetro:
Hácatenária: curvatura ou barriga que se forma ao tensionar o diastímetro e que é função do seu
peso e do seu comprimento. Para evitá-la, é necessário utilizar diastímetros leves, não muito
longos e aplicar tensão apropriada (segundo normas do fabricante) às suas extremidades.
A figura a seguir (DOMINGUES, 1979) indica a flecha (f) do arco formado pelo comprimento
do diastímetro com tensão (T) aplicada nas extremidades.
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O erro devido à catenária, para um único lance, pode ser encontrado através da relação:
Este erro é cumulativo, provoca uma redução do diastímetro e, consequentemente, resulta numa
medida de distância maior que a real. Assim, a distância horizontal correta (DHc) entre dois
pontos será encontrada subtraindo-se da distância horizontal medida (DHm), o erro da
catenária (Cc) multiplicado pelo número de lances (N ) dado com o diastímetro:
àverticalidade da baliza: como indicado na figura abaixo (BORGES, 1988), é ocasionado por
uma inclinação da baliza quando esta se encontra posicionada sobre o alinhamento a medir.
Provoca o encurtamento ou alongamento deste alinhamento caso esteja incorretamente
posicionada para trás ou para frente respectivamente. Este tipo de erro só poderá ser evitado se
for feito uso do nível de cantoneira.
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Ao desvio lateral do alinhamento: ocasionado por um descuido no balizamento intermediário,
mede-se uma linha cheia de quebras em vez de uma linha reta. Para evitar este tipo de erro é
necessário maior atenção por parte dos balizeiros.
A figura a seguir (ESPARTEL, 1987), indica como o balizeiro intermediário (C) deve se
posicionar em relação aos balizeiros de ré (A) e vante (B) para que não haja desvio lateral do
alinhamento.
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2.4.Medida Indireta de Distâncias
Segundo DOMINGUES (1979) diz-se que o processo de medida de distâncias é indireto quando
estas distâncias são calculadas em função da medida de outras grandezas, não havendo, portanto,
necessidade de percorrê-las para compará-las com a grandeza padrão.
Os equipamentos utilizados na medida indireta de distâncias são, principalmente:
Três gerações de teodolitos: o trânsito (mecânico e de leitura externa); o ótico (prismático e com
leitura interna); e o eletrônico (leitura digital).
Acessórios: entre os acessórios mais comuns de um teodolito ou nível estão: o tripé (serve para
estacionar o aparelho); o fio de prumo (serve para posicionar o aparelho exatamente sobre o
ponto no terreno); e a lupa (para leitura dos ângulos).
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A seguir ilustração de um tripé de alumínio, normalmente utilizado com o trânsito; e um de
madeira, utilizado com teodolitos óticos ou eletrônicos. É interessante salientar que para cada
equipamento de medição existe um tripé apropriado.
Mira ou Régua graduada: é uma régua de madeira, alumínio ou PVC, graduada em m, dm, cm e
mm; utilizada na determinação de distâncias horizontais e verticais entre pontos.
A seguir (BORGES, 1988), ilustra parte de uma régua de quatro metros de comprimento e as
respectivas divisões do metro: dm, cm e mm.
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Nível de cantoneira: já mencionado na medida direta de distâncias, tem a função de tornar
vertical a posição da régua graduada.
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Da figura tem-se:
f = distância focal da objetiva
F = foco exterior à objetiva
c = distância do centro ótico do aparelho à objetiva
C = c + f = constante do instrumento
d = distância do foco à régua graduada
H = AB = B - A = FS - FI = diferença entre as leituras
M = FM = leitura do retículo médio
Pelas regras de semelhança pode-se escrever que:
fornecidopelofabricante
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C é a constante de Reichembach, que assume valor 0cm para equipamentos com lunetas
analáticas e valores que variam de 25cm a 50cm para equipamentos com lunetas aláticas.
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Desprezando-se o termo (cos ) na segunda parcela da expressão tem-se:
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QS = RS + RM - MQ
onde,
QS = DN = diferença de nível
RS = I = altura do instrumento
MQ = M = FM = leitura do retículo médio
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Figure 1:Distâncias que se podem obter directamente numa estação total.
NB.As distâncias Dhor.,Dver. eDincl indicadas são definidas pelo centro do distanciómetro e
pelo reflector, e não as distâncias entre os pontos onde estes são colocados. Para a obtenção
destas últimas é necessário ter em consideração as alturas do distanciómetro e do reflector.
3. Nivelamento
Consideram-se pertencentes à altimetria todas operações que permitam obter as cotas dos pontos
do terreno.
Cota de um ponto é a distância desse ponto a uma determinada superfície de referência. Em
topografia esta distância é sempre medida segundo a vertical do lugar e como superfície de
referência utiliza-se normalmente o Geóide, sendo neste caso as cotas também designadas por
altitudes.
Para a determinação das altitudes é necessário conhecer pontos do Geóide, e portanto, definir o
nível médio das águas do mar, o que se consegue através de instrumentos registadores de marés,
os marégrafos.
Os marégrafos são colocados nas costas marítimas, usualmente nos estuários dos rios, devido ao
facto do mar ser aí mais calmo. Em virtude das discordâncias que se notam entre os valores do
nível médio das águas do mar em diversos pontos, discordâncias essas devidas principalmente às
correntes marítimas e às irregularidades das marés (geralmente causadas pelo vento), utiliza-se
em cada país um único marégrafo.
A diferença de nível entre dois pontos A e B é dada por:
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dNAB= NB−NA
Sendo NA a cota do ponto A e NB a cota do ponto B.
A determinação das diferenças de nível faz-se por intermédio de uma operação topográfica a que
se dá o nome de nivelamento.
3.1.MÉTODOS DE NIVELAMENTO
A determinação das diferenças de nível pode ser feita por três métodos diferentes, dando origem
respectivamente a três tipos de nivelamento.
Nivelamento geométrico
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h=Dcotz
Note-se que quando é visada uma mira vertical colocada em B, Av= lm e portanto:
Quando a distância D for superior a 500 m tem que se ter em conta a refracção atmosférica e o
efeito da curvatura terrestre, determinando-se h a partir da seguinte expressão, chamada fórmula
topográfica:
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Sendo R o raio da Terra e n o coeficiente de refracção da atmosfera, valor que varia entre 0.06 e
0.08.
O termo qD2 pode escrever-se
E vemos então que a primeira parcela apenas depende de R e D, sendo portanto relativa à
esfericidade da Terra. A segunda parcela, que depende também do valor do coeficiente de
refracção n, traduz a influência da refracção atmosférica.
Como n varia entre 0.06 e 0.08, observando a fórmula (1) facilmente se vê que o efeito da
curvatura da Terra é 6 a 8 vezes maior que o efeito da refracção atmosférica e portanto a parcela
qD2 é sempre positiva.
utilizando-se normalmente esta expressão aproximada para obter o valor de qD2. Assim,
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Através da fórmula anterior se vê que a depressão do horizonte cresce com o quadrado da
distância. Para uma distância horizontal de 15 Km a depressão do horizonte é já de 15 m e para
uma distância de 150 Km, a depressão do horizonte será de 1500 m.
Este tipo de nivelamento utiliza instrumentos chamados níveis, cuja principal característica é a de
definirem com grande precisão linhas de visada horizontais. A diferença de nível entre os pontos
A e B obtém-se através da diferença das leituras feitas numa mira vertical colocada
sucessivamente nos pontos A e B, com um nível estacionado em qualquer ponto do terreno.
Tem-se:
dNAB=lA–lB
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Nível bloco
As principais componentes de um nível bloco são a luneta e a nivela, que podem
rodar conjuntamente em torno de um eixo chamado eixo principal.
O nível bloco monta-se sobre um tripé e na sua base existem três parafusos nivelantes, ou um
dispositivo de rótula, que permitem verticalizar aproximadamente o eixo principal, verticalização
essa feita com o auxílio de uma nivela esférica existente na base do nível e solidária com o eixo
principal. Para a horizontalização rigorosa da linha de pontaria é necessário calar, com o auxílio
de um parafuso chamado parafuso de inclinação, uma nivela de grande sensibilidade, cuja
directriz deve ser paralela à linha de visada.
Um nível-bloco está construído de acordo com a sua idealização teórica quando, estando a nivela
calada, a linha de pontaria fica horizontal e o fio nivelador (traço horizontal do retículo) fica
também horizontal. Desta forma temos as seguintes condições de construção e de estação:
CONDIÇÃO DE ESTAÇÃO
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Um nível bloco está em estação quando o eixo principal estiver vertical. Esta condição não é em
geral rigorosamente cumprida, pois a horizontalização do eixo óptico, que é o objetivo a cumprir,
é conseguida com o auxílio do parafuso de inclinação.
CONDIÇÃO DE CONSTRUÇÃO
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Figure 5:Representação esquemática de um nível de horizontalização automática. 1 .
CONDIÇÃO DE ESTAÇÃO
Tal como para o nível-bloco, a condição de estação de um nível de horizontalização automática é
que o eixo principal esteja vertical.Realizada esta condição, o que se consegue com três
parafusos nivelantesexistentes na base do nível e com uma nivela esférica solidária com o eixo
principal, o compensador entra em funcionamento, colocando a linha de visada horizontal.
Enquanto o eixo principal não estiver sensivelmente vertical, o compensador fica encostado ao
corpo da luneta e fica bloqueado. Sendo assim, a nivela esférica solidária com o eixo principal
deve ter sensibilidade suficiente para que o sistema compensador possa actuar. Depois de calada
a nivela deve esperar-se alguns segundos antes de fazer as leituras nas miras, para que o
compensador deixe de oscilar.
Os níveis de horizontalização automática têm a vantagem de permitirem uma considerável
economia de tempo em relação aos outros tipos de níveis. No entanto, têm a desvantagem de
serem mais caros e permitirem atingir uma precisão inferior, exceptono caso em que o terreno
seja pouco firme, tornando-se muito difícil calar a nivela de um nível bloco.
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Como já foi dito, o erro de inclinação surge do facto de a visada feita com o nível não ser
rigorosamente horizontal, existindo uma pequena inclinação em relação à horizontal que vamos
designar por β.
Se a linha de pontaria estiver para cima da horizontal, o erro de inclinação βé positivo, se a linha
de pontaria descer em relação à horizontal βé negativo.
Figure 6:O erro de inclinação do nível representado é β, fazendo-se devido a esse erro
tem-seque:
Existem métodos para determinar a diferença de nível correcta entre dois pontos,
independentemente da existência ou não de erro de inclinação.
Método das visadas iguais:
Este método consiste em estacionar o nível a igual distância dos dois pontos onde são colocadas
as miras. No caso da Figura 62 as miras são colocadas nos pontos A e B, sendo DA = DB.
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Existindo erro de inclinação teremos as leituras l'A e l'B, no entanto,
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Ao estacionar em (1) , junto ao ponto A , cala-se a nivela e, se esta estiver rectificada, a linha de
visada fica horizontal, obtendo-se nas miras as leituras a1 l e f1 l , sendo a diferença de nível
correcta dada por AB a1 f1 dN=l −l .
Estando a nivela desrectificada, e sendo i o erro de inclinação, obtém-se na mira as leituras a1 l ′
e f1 l ′ , que conduzem a um valor incorrecto da diferença de nívelAB a1 f1 dN′ =l ′−l ′
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Pode então concluir-se que a diferença de nível correcta é igual à média dos desníveis calculados
pelo método das visadas recíprocas mesmo que o nível esteja desrectificado.
Determinação do erro de inclinação do nível, conhecendo a diferença de nível correcta entre dois
pontos:
Conhecendo-se a diferença de nível correcta entre dois pontos e fazendo leituras em miras
colocadas respectivamente nos pontos A e B, leituras estas influenciadas pelo erro de inclinação,
é possível calcular o erro de inclinação da seguinte forma .
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4.1.1. Execução de um nivelamento geométrico
No caso de não ser possível fazer um nivelamento fechado, depois de se ter feito o nivelamento
entre os pontos A e B, no sentido de A para B, deve fazer-se um contranivelamento agora no
sentido de B para A. Os valores de dNAB no nivelamento e no contra-nivelamento devem
coincidir, se tal não acontecer, e a diferença for aceitável, a média dos dois valores obtidos será
um valor mais preciso. Pode ainda fazer-se umnivelamento paralelo, que consiste em fazer em
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cada estação do nível duas niveladas atrás e duas niveladas à frente, como indica a Figura 68.
Obtêm-se deste modo duas medidas para dN14, uma através do nivelamento (1, 2, 3, 4) e outra
através do nivelamento paralelo (1, 2’, 3’, 4), podendo então fazer-se um ajustamento.
Observados;
3 - Cálculo dos desníveis compensados;
4 - Cálculo das cotas.
Exercício:
Determine as cotas ajustadas dos pontos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 sabendo que
NA = 428,704m e NB = 426,610m.
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4.1.2. Nivelamento barométrico
O nivelamento barométrico baseia-se na seguinte lei física: a pressão atmosférica é igual ao peso
duma coluna cilíndrica vertical de ar atmosférico, com base unitária, e que atravessa toda a
atmosfera. Pela diferença de pressões atmosféricas entre dois pontos do terreno pode determinar-
se a diferença de nível entre eles. Os instrumentos utilizados neste tipo de nivelamento são os
barómetros e os altímetros.
A determinação de diferenças de altitudes por este processo é sempre pouco precisa, pois a
pressão atmosférica é influenciada por vários factores não controláveis.
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Conclusão
Ao fim deste trabalho de pesquisa passou-se a saber os seguintes pontos. A medida de distâncias
de forma direta ocorre quando a mesma é determinada a partir da comparação com uma grandeza
padrão, previamente estabelecida, através de trenas ou diastímetros.
Uma distância é medida de maneira indireta, quando no campo são observadas grandezas que se
relacionam com esta, através de modelos matemáticos previamente conhecidos. Ou seja, é
necessário realizar alguns cálculos sobre as medidas efetuadas em campo, para se obter
indiretamente o valor da distância. Também abordou-se aspectos relacionados com nivelamento,
onde passamos a saber os três tipos a citar.
Nivelamento geométrico que é mais preciso dos métodos de nivelamento realizado através de
visadas horizontais utilizando como instrumentos: níveis topográficos e miras verticais
graduadas.
Nivelamento trigonométrico: realizado através de Teodolitos e Estações totais com visadas com
qualquer inclinação. Mais rápido que o Geométrico, menos preciso.
Nivelamento barométrico está por sua vez baseia-se na relação existente entre a pressão
atmosférica e a altitude. Tem pouca precisão. Há necessidade de se efetuar correções devido à
Maré Barométrica. Dispensa visibilidade entre os pontos a nivelar. Utiliza aneroides para a
determinação da pressão atmosférica no campo. E assim dou fim ao meu trabalho.
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Referências Bibliográficas
Antunes, A. Peixoto: "Topografia - Curso Geral ". Departamento de Matemática da FCTUC,
1991.
Davis, R.; Francis, F.; Mikhail, E.: "Surveying - Theory and Practice". Library of Congress
Cataloging in Publication Data, 1981.
Laurila, S.: “Electronic Surveying in Practice”, John Wiley & Sons, 1983.
Robinson, Arthur H.: “Elements of Cartography”, John Wiley & Sons, 1985.
Weibel, R; Heller, M.: “Digital Terrain Modeling”. In: Geographical information Systems:
principals and applications, John Wiley & Sons,Inc., New York, 1991.
Xerez, A.: "Topografia Geral". Técnica - Revista de Engenharia, Associação dos estudantes do
I.S.T. - Lisboa, 1978.
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