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INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ENGENHARIA E ARQUITETURA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA DE ELETROTECNIA E TELECOMUNICAÇÕES

TRABALHO DE DESENHO E MÉTODOS GRÁFICOS

OS DIFERENTES MÉTODOS DE PROJEÇÃO

Grupo nº 02
1º ano
Sala: 06
Período: Noite

Docente

_____________________
Elmer Bande

Luanda, 2021/2022
LICENCIATURA EM ENGENHARIA DE ELETROTECNIA E TELECOMUNICAÇÕES

TRABALHO DE DESENHO E MÉTODOS GRÁFICOS

OS DIFERENTES MÉTODOS DE PROJEÇÃO

LISTA DE INTEGRANTES
 Adilson Julião
 António Mbale
 Frederico Vilinga
 Gonçalo Pedro
 Sofia Joaquim
ÍNDICE

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................3
CAPITULO I- DISSERTAÇÃO TEÓRICA SOBRE OS DIFERENTES MÉTODOS DE
PROJEÇÃO...............................................................................................................................4
1. DEFINIÇÃO........................................................................................................................4
2. SISTEMAS DE PROJEÇÃO............................................................................................4
2.1. MÚLTIPLA PROJEÇÃO ORTOGONAL EM 3 PROJEÇÕES............................5
2.2. AXONOMETRIAS.....................................................................................................5
2.3. PERSPECTIVA CÓNICA.........................................................................................5
2.4. PROJEÇÃO COTADA..............................................................................................5
2.5. PROJEÇÃO ESFÉRICA..........................................................................................5
3. SISTEMAS DE PROJEÇÕES - CLASSIFICAÇÃO.....................................................6
3.1. PROJEÇÃO CÔNICA...............................................................................................6
3.2. PROJEÇÃO CILÍNDRICA........................................................................................6
3.3. PROJEÇÃO COTADA..............................................................................................7
4. REPRESENTAÇÃO - PROJEÇÕES ORTOGONAIS..................................................8
4.1. SISTEMA EUROPEU...............................................................................................8
4.2. SISTEMA AMERICANO...........................................................................................9
5. ESCOLHA DAS VISTAS.................................................................................................9
6. CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DA VISTA FRONTAL..............................................10
7. REBATIMENTO DOS PLANOS DE PROJEÇÃO......................................................10
CONCLUSÃO..........................................................................................................................12
BIBLIOGRÁFIA.......................................................................................................................13
RESUMO

Tanto o desenho em perspectivas como o desenho através de vista se


valem da projeção para fazer suas representações. A diferença é que no
desenho em perspectiva o observador de um único ponto de observação
consegue ver as três dimensões da peça. Já utilizando vistas, para cada vista o
observador se posiciona em um ponto diferente e em cada vista vê apenas
duas dimensões.

A projeção surgiu após a geometria descritiva, quando o matemático


Gaspard Monge, militar francês que no início do século VIII planejou um
método gráfico para representação espacial revolucionando o estudo da
geometria e dando origem ao desenho através de vistas, o desenho técnico em
1795.

Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução


e a interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exige treinamento
específico, porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para
representar formas espaciais.

Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é


necessário enxergar o que não é visível e a capacidade de entender uma forma
espacial a partir de uma figura plana, chamada visão espacial.

Por exemplo, fechando os olhos pode-se ter o sentimento da forma


espacial de um copo, de um determinado carro, da sua casa etc. Ou seja, a
visão espacial permite a percepção (o entendimento) de formas espaciais, sem
estar vendo fisicamente os objetos.
ABSTRACT

Both drawing in perspective and drawing through a view use projection to


make their representations. The difference is that in the perspective drawing,
the observer of a single observation point can see the three dimensions of the
piece. Already using views, for each view the observer is positioned at a
different point and in each view he sees only two dimensions.

The projection came after descriptive geometry, when the mathematician


Gaspard Monge, a French military man who, in the beginning of the 8th century,
planned a graphic method for spatial representation, revolutionizing the study of
geometry and giving rise to drawing through views, technical drawing in 1795.

Just as written verbal language requires literacy, the execution and


interpretation of the graphic language of technical drawing requires specific
training, because flat (two-dimensional) figures are used to represent spatial
forms.

In practice, it can be said that, to interpret a technical drawing, it is


necessary to see what is not visible and the ability to understand a spatial form
from a flat figure, called spatial vision.

For example, closing your eyes you can get the feeling of the spatial
shape of a glass, a certain car, your house, etc. That is, spatial vision allows the
perception (understanding) of spatial forms, without physically seeing the
objects.
INTRODUÇÃO

A geometria descritiva é um ramo da Geometria que tem como objetivo


representar de forma exata objetos de três dimensões em um plano
bidimensional. Para isso serve-se da projeção dos objetos, que consiste na
passagem pelo objecto de rectas projetantes, que interseccionam o plano de
projeção, onde se cria a projeção do objecto. Esta projeção pode ser feita
segundo vários métodos de projeção, que divergem de acordo com o número
de planos de projeção usado e com as diferentes características das rectas
projetantes.

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CAPITULO I- DISSERTAÇÃO TEÓRICA SOBRE OS
DIFERENTES MÉTODOS DE PROJEÇÃO

1. DEFINIÇÃO

Em Geometria Descritiva, projeção refere-se ao ato de representar um


objecto através da passagem por todos os seus pontos de retas projetantes
que intersectam um plano de projeção, assim formando a representação do
objecto nesse plano. As características destas rectas de projeção dependem
do sistema de projeção que está a ser utilizado.

A palavra projeção vem do latim - "projectione". Projeção é o processo pelo


qual se incidem raios sobre um objeto em um plano chamado plano de
projeção.

A projeção do objeto é sua representação gráfica no plano de


projeção. Como os objetos têm três dimensões, sua representação num plano
bidimensional se dá através de alguns artifícios de desenho, para tanto, são
considerados os elementos básicos da projeção:

1. Plano de projeção.
2. Objeto.
3. Raio projetante.
4. Centro de projeção.

A Projetante é a reta que passa pelos pontos do objeto e intersecta o plano


de projeção. Pode ser oblíqua ou ortogonal ao plano de projeção, dependendo
da direção adotada. O Centro de Projeção é o ponto fixo de onde partem ou
por onde passam as projetantes.

2. SISTEMAS DE PROJEÇÃO

O objectivo da Geometria Descritiva ortogonal é representar com total


desleixo objetos tridimensionais num suporte básico bidimensional (papel, por

4
exemplo), e para isso usa métodos de projeção que têm diversas
características e que em certos casos podem ser os mais convenientes:

2.1. MÚLTIPLA PROJEÇÃO ORTOGONAL EM 3


PROJEÇÕES

Este método utiliza 2 ou 3 (ou por vezes mais) projeções em que se vê o


objecto de várias perspectivas. Usa projeção cilíndrica ortogonal, o que
significa que as rectas projetantes são paralelas entre si e perpendiculares ao
plano de projeção, o que permite tirar medidas diretamente do desenho.

2.2. AXONOMETRIAS

Um tipo de perspectiva que usa projeção cilíndrica para representar objetos


numa única projeção, sobre a perspectiva cónica possui a vantagem de se
poder tirar diretamente medidas, mas é distorcido face à visão humana normal
do objecto.

2.3. PERSPECTIVA CÓNICA

Usa a projecção cónica, isto é, os pontos do objecto são projetados num


plano (o quadro) através de rectas que não são paralelas mas que passam por
um único ponto - o observador - o que dá origem a uma adequação com a
visão humana, tal como a diminuição de tamanho aparente com a distância e a
existência de pontos de fuga para onde convergem as rectas com a mesma
direção.

2.4. PROJEÇÃO COTADA

A projeção cotada é resultado da projeção num plano das linhas de cota,


formadas pela intersecção de planos paralelos e equidistantes com o objecto,
sendo usada em cartografia.

2.5. PROJEÇÃO ESFÉRICA

A projeção é feita numa esfera usando rectas que passam no seu centro, e
que depois é "aberta" estendendo-se na folha de desenho. É usada para
representar o mundo.

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UM PONTO SE PROJETA NUM PLANO QUANDO
A PROJETANTE INTERSECTA O PLANO DE PROJEÇÃO.

3. SISTEMAS DE PROJEÇÕES - CLASSIFICAÇÃO  

  Os sistemas de projeções são classificados de acordo com a posição


ocupada pelo centro de projeção. Esse centro pode ser finito ou infinito,
determinando:

1. Sistema Cônico.
2. Sistema Cilíndrico.

3.1. PROJEÇÃO CÔNICA

A projeção cônica, também chamada de projeção central, é o tipo de


projeção, cujos raios que incidem no objeto e no plano de projeção são todos
concorrentes no ponto V (vértice do cone), como as geratrizes do cone.
           Imagine um objeto sendo iluminado por uma lanterna a sombra que este
objeto faz sobre uma superfície lisa, uma calçada, é a projeção do objeto, os
raios de luz da lanterna são os raios projetantes, a lanterna que emite os raios
luminosos é o centro de projeção de onde partem os raios projetantes e a
calçada é o plano de projeção. O centro de projeção, neste caso, está a uma
distância finita do objeto e as projetantes são convergentes.

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3.2. PROJEÇÃO CILÍNDRICA

A projeção cilíndrica, também chamada de projeção paralela, é o tipo de


projeção, cujos raios projetantes que incidem no objeto e no plano de projeção
são todos paralelos entre si, como as geratrizes do cilindro. A projeção
cilíndrica pode ser ortogonal ou oblíqua.

Agora, imagine o mesmo objeto ao sol, a sombra que este objeto faz sobre
uma superfície lisa, uma calçada, é a projeção do objeto, e os raios solares,
são os raios projetantes. O centro de onde os raios partem é o sol, mas ele
está tão distante da terra que os raios emitidos podem ser considerados
paralelos, podemos dizer que o centro de projeção dos raios, neste caso, está
a uma distância infinita do objeto.

           Na projeção cilíndrica ortogonal as projetantes partem do infinito e


têm direção ortogonal em relação ao plano de projeção, isto é, formam com o
plano um ângulo de 90º.

Na projeção cilíndrica oblíqua as projetantes partem do infinito e têm


direção oblíqua em relação ao plano de projeção, isto é, formam ângulos
diferentes de 90º.

3.3. PROJEÇÃO COTADA

A projeção cotada é uma projeção cilíndrica ortogonal feita sobre um plano


horizontal, onde a cota do ponto aparece ao lado da projeção e entre

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parênteses. Este método foi inventado por Felipe Büache. A projeção cotada
pode ser empregada na representação de terrenos em levantamentos
planialtimétricos, para traçado de curvas de nível, offset e plataformas. A
projeção cotada é também empregada em projetos de telhados.

4. REPRESENTAÇÃO - PROJEÇÕES ORTOGONAIS

Consiste na representação plana de um objeto nas três direções ortogonais,


resultando em seis projeções, também chamadas de vistas. O nome de cada
vista é dado pela posição do observador.

4.1. SISTEMA EUROPEU

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4.2. SISTEMA AMERICANO

Na prática, suprimimos a VI, VLD e VP, representando apenas três: VF,


VLE, VS, isso porque as seis vistas principais são semelhantes duas a duas, e
assim, dependendo da cotagem, podemos reduzir ainda a VS e/ou VLE,
resultando apenas VF. O número de vistas a ser executadas depende do
número de vistas que forem necessárias à caracterização de fabricação ou de
montagem.

5. ESCOLHA DAS VISTAS

A vista mais importante de um objeto deve ser utilizada como vista frontal
(VF). Geralmente esta vista representa o objeto na posição de utilização.

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Quando esta posição não é caracterizada, representa-se na posição de
fabricação ou de montagem.

6. CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DA VISTA FRONTAL

a) Maior número de detalhes voltados para o observador;

b) Posição de uso, fabricação ou montagem;

c) maior área (desde que satisfaça o item "a");

d) Vista que proporcione uma VLE mais detalhada e com menor número de
linhas invisíveis.

7. REBATIMENTO DOS PLANOS DE PROJEÇÃO

Na figura abaixo vemos as projeções de um objeto em perspectiva.

Na prática, porém as projeções são representadas como na figura abaixo,


onde os planos de projeção são rebatidos sobre um mesmo plano.

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Quando desenhamos vistas sobre um mesmo plano, eliminamos o desenho
dos planos, deixando apenas as linhas que separam os desenhos das vistas.

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CONCLUSÃO

O conhecimento, dentro da área gráfica, de métodos de projeção sempre


será importante, principalmente na área docente, onde a preservação e a
difusão dos conceitos científicos devem ser a “ordem do dia”.

O método apresentado, apesar da pequena extensão explorada, pela


limitação do número de páginas, natural aos objetivos de um artigo, mostra-se
de uma simplicidade e beleza extraordinários em suas construções, de modo a
nos convidar a outros ensaios, demonstrando a competência de seu criador.

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BIBLIOGRÁFIA

ASENSI, Fernando Izquierdo (1990). Geometria Descriptiva. Madrid: Editorial


Dossat, S.A. 597p.

ASENSI, Fernando Izquierdo (1990). Ejercicios de Geometría Descriptiva.


Madrid: Editorial Dossat, S.A. 505p.

MACHADO, Ardevan (1986). Geometria Descritiva. São Paulo: Projeto


Editores Associados, 26° ed. 306 p.

PRÍNCIPE Jr. Geometria Descritiva. V. 1 e 2.

SPECK, José H. e PEIXOTO, Virgílio V. (1997) Manual Básico de Desenho


Técnico. Florianópolis: Editora da UFSC, 180p.

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