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Projeções e Perspectivas

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“Perspectiva” egípcia
Projeções
A transposição de elementos do espaço (3D) para
superfícies bidimensionais (2D) é denominada de
projeção.

Essa técnica é a principal forma de representação


em Desenho Técnico e Engenharia. A projeção do
objeto é sua representação gráfica no plano de
projeção, e isso se dá através de alguns artifícios de
desenho, para tanto, são considerados os
elementos básicos da projeção: o plano de
projeção, o objeto, o raio projetante e o centro de
projeção
Terraplanismo
OBSERVADOR
1. O observador quem vê
2. O objeto observado que é visto
3. O anteparo “transparente” “entre” o
observador e o objeto o quadro onde surge a
PROJEÇÃO (ou a PERSPECTIVA)
Classificações das Projeções
Os sistemas projetivos classificados em função da
distância do centro projetivo (observador) ao plano
de projeção e da direção dos raios projetantes em
relação a este plano. O centro projetivo é próprio
quando sua distância ao plano de projeção é
mensurável (Se aproximam a visão humana)(Cônico).
Se distância do centro projetivo ao plano de projeção
é imensurável (infinita), o centro projetivo é
impróprio (Cilíndrico)

A perspectiva é um tipo especial de projeção, na


qual é possível a projeção dos três eixos
dimensionais em um espaço bidimensional.
Centro projetivo próprio (Projeção Cônica)
Centro projetivo impróprio (Cilíndrico)
(Projeção Obliqua)
Centro projetivo impróprio
(Cilíndrico)(Projeção Ortogonal)
Sistemas Projetivos
Assim, as perspectivas são classificadas em projeções
cilíndricas (também chamadas de paralelas) e
projeções cônicas (também chamadas de centrais),
contendo algumas subcategorias que dependem da
aplicação da perspectiva.
Classificação das projeções
1 ponto de fuga

2 pontos de fuga

3 pontos de fuga
Perspectivas centrais
Um ponto de fuga
A perspectiva com um ponto de fuga, também conhecida
como perspectiva renascentista, foi o primeiro método de
perspectiva exata, que se baseia em um ponto de fuga
situado na linha do horizonte, para o qual convergem as
retas paralelas, que ao serem transformadas em diagonais,
no quadro, provocam a sensação de profundidade.
Surgida no Renascimento, através dos desenhos de
Filippo Brunelleschi, a perspectiva era um expediente
geométrico que produzia a ilusão da realidade, ao
mostrar os objetos no espaço em suas posições e
tamanhos corretos; a perspectiva capta os fatos visuais
e os estabiliza, transformando o observador naquele
para o qual o mundo todo converge.
A interpretação de Dürer se baseia na definição moderna que entende
a perspectiva como uma seção transversal, feita pelo plano do quadro,
na pirâmide visual (ou cone visual, que deu origem ao termo
perspectiva cônica).
Dois pontos de fuga
A perspectiva com dois pontos de fuga é um método de
perspectiva exata desenvolvido por Brook Taylor, em 1715.
É chamada também perspectiva das dominantes, das
fugantes, dos arquitetos etc.
A perspectiva central, com dois pontos de fuga, é muito
utilizada nos desenhos de arquitetura, cujas representações
têm grandes dimensões e o efeito de diminuição por
afastamento confere boa noção do que foi projetado.

Em todos eles, os pontos de fuga estão situados na linha do


horizonte, que tem origem da interseção entre o plano de
visão (que contém o observador) e o quadro.
Três pontos de fuga
A perspectiva com três pontos de fuga é um processo
de projeção central, em que um ponto de fuga está
situado fora da altura dos olhos (linha do horizonte). É
muito usado para ilustrar, com "exagero", uma cena
observada de baixo para cima ou de cima para baixo,
embora possa abrigar outras relações entre os
elementos do sistema projetivo.
Perspectivas axonométricas
ortogonais
Resultam da projeção cilíndrica ortogonal, quando três
faces de um objeto podem ser vistas. Existem infinitas
modalidades de perspectivas axonométricas, mas
somente algumas são usadas com regularidade no
desenho técnico:
• Isométrica
• Dimétrica
• Trimétrica
Isométrica
A perspectiva isométrica é a projeção cilíndrica ortogonal mais
utilizada na engenharia.
O sistema de eixos da situação a ser projetada ocorrerá na
perspectiva, se vistos no plano, de forma equi-angular a 120º. Desta
forma, é possível traçar uma perspectiva isométrica através de uma
malha de retas desenhadas a partir de ângulos de 30º.
O termo isométrica vem do grego: "mesma medida", já que as
medidas ortogonais, retiradas das vistas ortogonais, são
redesenhadas nos eixos x, y e z com os tamanhos indicados pelas
cotas. As linhas inclinadas, que estão fora do tri-eixo ortogonal, não
têm as mesmas medidas. “Fator de Redução” 82%
Ver ângulo de 120o
Dimetrica e Trimetrica
Dimétrica
O que caracteriza a perspectiva dimétrica é o fato de que
dois de seus eixos projetam-se em ângulos iguais. A
escala gráfica de construção é semelhante à da projeção
isométrica, mas para ser desenhada são aplicados
coeficientes de redução nos eixos horizontais.

Trimétrica
Na perspectiva trimétrica três ângulos do triedro de
referência projetam-se em ângulos desiguais, desse modo
os três eixos devem ser submetidos a coeficientes de
redução diferentes.
Perspectivas axonométricas oblíquas
Cavaleira e Militar
Perspectiva cavaleira (cabinet).
A perspectiva cavaleira é um tipo de projeção cilíndrica
obliqua, estando o objeto com uma face paralela ao
plano de projeção.

É um método de perspectiva rápida, em virtude da


facilidade com que se pode obter o desenho de objetos
de dimensões reduzidas, principalmente se este tiver
superfícies planas.
Perspectiva Militar
Na perspectiva cavaleira, o quadro é posicionado na
vertical, mas se for colocado na horizontal, constituirá a
projeção cilíndrica obliqua uma variedade da perspectiva
cavaleira, a qual os autores franceses, no começo do
século XIX, denominaram de perspectiva militar.
Esta variação da cavaleira teve início nos rascunhos feitos
pelas patrulhas napoleônicas por meio de balões ou de
pontos elevados, na simulação topográfica de terrenos, em
mapas destinados às estratégias militares. Após a sua
divulgação foi usada por arquitetos alemães na
representação de seus planos urbanísticos sob o nome de
vogel perspective (perspectiva de pássaro, vista de pássaro).
Na prática, o plano superior das construções é
desenhado no quadro, paralelo ao plano do solo (plano
horizontal). Nos ateliês de arquitetura é comum a
utilização da perspectiva militar, por ser desenhada a
partir da planta, em verdadeira grandeza.
Redução das fugantes
Dependendo do ângulo de inclinação das fugantes, o desenho
parecerá deformado, necessitando que uma tabela de
redução seja aplicada. Quanto maior for o grau de inclinação,
maior deverá ser o coeficiente de redução.

Na situação em que não é necessário aplicar o coeficiente de


redução, a cavaleira é chamada de cavaleira isométrica (k=1)
e para as demais de cavaleira dimétrica (k≠1). Os
estadunidenses nomearam a cavaleira de "cavalier projection"
para k=1 e de "cabinet projection" para as situação em que
k≠1 (necessitam de redução da profundidade para oferecer
uma impressão mais precisa do objeto).
Não há um consenso entre os autores sobre o coeficiente de
redução que deve ser aplicado, pois esse tipo de
representação é um processo técnico-artístico, sujeito às
limitações da percepção. De acordo com o ângulo das
fugantes é possível aplicar-se as seguintes reduções:
15º: reduz-se um quarto (1/4) da fugante
30º: reduz-se um terço (1/3) da fugante
45º: reduz-se a fugante pela metade (1/2)
60º: reduz-se dois terços (2/3) da fugante
75º: reduz-se três quartos (3/4) da fugante

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