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SISTEMAS DE PROJEÇÃO - 9º ANO

Professora: Cláudia Torres


SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO
Sistemas de representação são o conjunto de
princípios que permitem representar no plano
objetos tridimensionais, utilizando projeções.
Desenho rigoroso e sistemas de representação

O desenho rigoroso é um processo de representação técnica,


precisa e objetiva, que recorre à geometria (no plano e no espaço)
para a interpretação dos objetos e do espaço que os contém.

Como as finalidades da representação dos objetos e do espaço


podem ser muito diferentes, consoante sirvam o design industrial, a
arquitetura, a cartografia, o design de comunicação, a ilustração
científica, etc, foram desenvolvidos diversos sistemas de
representação, que procuraremos explicar-te a seguir.

Convém lembrar que, em qualquer


sistema de desenho rigoroso, é
necessário aplicar as convenções
ou normalizações estabelecidas -
escalas, traçado e cotagem - para
que se compreendam claramente
as indicações e os objetos
representados.
Sistemas de representação

Sistemas de representação são o conjunto de princípios que


permitem representar no plano objetos tridimensionais,
utilizando projeções.
Estes sistemas de representação podem ser de medida e perspéticos
Como sistemas de medida, a dupla projeção ortogonal e o método
europeu ou do cubo envolvente e sistemas perspéticos, perspetiva
axonométrica (Isométrica e Dimétrica), perspetiva axonométrica
cavaleira (Frontal e Militar ou Aérea) e a perspetiva cónica ou linear
(Fontal, com um ponto de fuga e Oblíqua, com dois pontos de fuga.

Projeção é a imagem plana resultante da interseção de retas


tangentes ou secantes a um objeto no espaço com um plano de
projeção. O ponto de onde se enviam as retas projetantes pode
corresponder à posição do observador ou, por exemplo, a um foco
luminoso.
• Sistemas de medida
• Os sistemas de medida assentam na projeção cilíndrica
ortogonal e têm a vantagem de nos indicar as dimensões
dos objetos em verdadeira grandeza, ou seja, sem sofrerem
distorções.

• São os melhores sistemas para fornecer indicações precisas


sobre a construção ou produção de objetos, por isso são muito
usados na arquitetura, na indústria e no design de equipamento.
A sombra é uma projeção

Na sombra provocada por um candeeiro os raios luminosos são


retas projetantes que são convergentes no foco luminoso da
lâmpada.
No caso da sombra provocada pelo sol, as retas projetantes são
paralelas entre si porque o Sol está a uma distância tão grande que
se pode considerar no infinito

As sombras são exemplos comuns


de' projeções "naturais"- resultam
da incidência de raios de luz sobre
os objetos e da sua interseção com
superfícies planas, como o chão ou
as paredes.
a - raio luminoso - reta projetante
- plano de projeção
P - ponto no espaço
P1 - projeção de P, através da reta a
• Dupla projeção ortogonal
• No sistema de dupla projeção ortogonal, a forma dos objetos
define-se através de dois planos de projeção - o Plano Vertical
(PV) e o Plano Horizontal (PH) - que dividem o espaço em
quatro ângulos diedros de 90° Estes "quartos" de espaço
chamam-se diedros e ordenam-se no sentido contrário ao dos
ponteiros do relógio, tal como indica a figura abaixo. A reta que
resulta da interseção dos dois planos projetantes,
perpendiculares entre si, designa-se por eixo x.

• Diedro é o ângulo formado pelo encontro de dois planos


SPFS - Semiplano Frontal
Superior
SPFI - Semiplano Frontal
Inferior
SPHA - Semiplano
Horizontal Anterior
SPHP - Semiplano
Horizontal Posterior
Com dois retângulos de cartolina ou de cartão, pode-se construir
facilmente um modelo que ajuda a visualizar, no espaço, o
sistema de dupla projeção ortogonal, com os seus planos
projetantes vertical e horizontal, os quatro quadrantes e o eixo x.
Para podermos representar as duas vistas no papel, teremos de
considerar que este corresponde a um plano vertical. Para isso,
imaginamos o rebatimento do plano horizontal sobre o plano frontal
(PFP), utilizando como charneira o eixo x, e as duas projeções do
objeto passam a poder representar-se no mesmo plano.

Chamamos vistas às projeções do objeto nos planos de projeção. A


vista de frente ou vista principal é a projeção do objeto sobre o plano
vertical frontal; a vista de cima ou planta é a projeção do objeto sobre o
plano horizontal.
Cota e afastamento
Considerando um ponto P no espaço, a cota de altura, ou
apenas cota, é a altura do ponto acima do plano horizontal,
também expressa pela distância da projeção vertical de P - P2 -
ao eixo x. A cota de frente ou afastamento é a distância do ponto
P ao plano vertical, também expressa pela distância da projeção
horizontal de P - P1 - ao eixo x.

(Afastamento ; Cota) – (A2 ; A1) ou (P2 ; P1)


MÉTODO EUROPEU OU DO CUBO ENVOLVENTE
(REPRESENTAÇÃO DE VISTAS)
Cada face do
paralelepípedo
envolvente recebe a
projeção da face do
sólido que lhe é
oposta. Ao
planificarmos o
paralelepípedo
envolvente ficamos
com as seis vistas
ordenadas – segundo
o sistema europeu –
que tomam os
seguintes nomes:

1 – Vista superior ou
planta
2 – Vista de frente ou
alçado principal
3 – Vista ou alçado
lateral direito
4 – Vista ou alçado
lateral esquerdo
5 – Vista inferior ou de
baixo
6 – Vista posterior ou
de trás
As Perspetivas axonométricas

A perspetiva é um método de representação da realidade em que é


tomado em conta o aspecto tridimensional das formas, objectos e
espaços e o seu registo num plano bidimensional.

Para se representar uma forma que possuí três dimensões numa


superfície plana de duas dimensões é necessário recorrer a normas e
convenções, para que a representação dessa forma não crie erros e
deformações prejudiciais ao observador, quando vê essa
representação, ou ao próprio artista quando a realiza.

Pode dizer-se que a perspetiva é o processo de representação mais


correto para registar uma realidade tridimensional e o que mais se
aproxima do modo como a nossa visão regista as imagens.
É a perspectiva mais utilizada no desenho geométrico por ser aquela que não deforma tanto as formas e os objectos representados.

Perspetiva axonométrica isométrica:


É a mais simples de realizar devido ao facto dos ângulos dos eixos
de redução serem iguais e não existir escala de redução em
nenhuma das dimensões.
Assim, as características da perspetiva isométrica são:
- Eixo das alturas Z – perpendicular em relação ao eixo horizontal
de representação.
- Eixo das larguras X – oblíquo em relação ao eixo Z e ao eixo
horizontal, fazendo com este um ângulo de 30º (graus).
- Eixo dos comprimentos Y – tal como o eixo de X, é oblíquo em
relação aos outros eixos, fazendo igualmente um ângulo de 30º
(graus) com o eixo horizontal.
- Escala de redução das dimensões – não existe qualquer escala.
A perspetiva isométrica constrói-se, muito facilmente, com o auxílio
da régua e do esquadro de 30º.
Perspetiva axonométrica dimétrica:

A perspetiva dimétrica é um outro tipo de perspetiva axonométrica


com as seguintes características:
- Eixo das alturas Z – Perpendicular em relação ao eixo horizontal
de representação.
- Eixo das larguras X – oblíquo em relação ao eixo de Z e ao eixo
horizontal, fazendo com este um ângulo de 7º (graus).
- Eixo dos comprimentos Y – tal como o eixo X, é oblíquo em
relação aos outros eixos, fazendo um ângulo de 42º (graus) com o
eixo horizontal.
- Escala de redução das dimensões – não existe escala de redução
nos eixos X e Z, sendo a escala de redução no eixo Y de metade das
dimensões reais.
Perspetiva axonométrica cavaleira ou frontal:

A perspetiva cavaleira é igualmente uma representação bastante


utilizada no desenho geométrico, embora o registo das formas
seja mais deformado do que o da perspetiva isométrica.
As características da perspetiva cavaleira são as seguintes:
- Eixo das alturas Z – perpendicular em relação ao eixo
horizontal.
- Eixo das larguras X – perpendicular ao eixo das alturas e
coincidente com o eixo horizontal.
- Eixo dos comprimentos Y – oblíquo em relação ao eixo das
alturas e ao eixo horizontal, fazendo com este um ângulo de 45º
(graus).
- Escala de redução das dimensões – só se aplica escala de
redução no eixo dos comprimentos Y, reduzindo em metade
qualquer dimensão nesse eixo.
A perspetiva cavaleira constrói-se com o auxílio da régua e do esquadro de
45º.
Apesar do registo das formas sair deformado, a perspetiva cavaleira é um
processo de representação bastante utilizado no desenho geométrico.
Perspetiva axonométrica militar:
A perspetiva militar é outro processo de representação axonométrico
mas, preferencialmente utilizado em arquitectura.
As formas representadas dão ideia de estarem a ser vistas do cimo.
É, portanto, um tipo de representação próprio para registar espaços e
edifícios vistos de cima.
As características básicas da perspetiva militar são:
- Eixo das alturas Z – Perpendicular ao eixo horizontal.
- Eixo das larguras X – oblíquo em relação ao eixo das alturas e ao
eixo horizontal, fazendo com estes um ângulo de 45º (graus).
- Eixo dos comprimentos Y – oblíquo em relação ao eixo das alturas
e ao eixo horizontal, fazendo com estes um ângulo de 45º (graus).
- Escala de redução das dimensões – existe só escala de redução,
em metade, das dimensões segundo o eixo Z das alturas.
A perspetiva militar constrói-se com o auxílio da régua e do esquadro
de 45º.
EXEMPLOS DE CONSTRUÇÃO

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