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• DIEDRO:
São dois planos que se interceptam em sentido de perpendicularidade (90°) formando quatro
regiões iguais, denominadas regiões diédricas ou simplesmente diedros.
PV
2º diedro
1º diedro
PH
3º diedro 4º diedro
Projeção cilíndrica significa que os raios projetantes guardam uma relação constante entre si,
como ocorre com um cilindro. Ortogonal quer dizer perpendicular, formando um ângulo de 90°
com um plano de projeção. A perpendicularidade das projetantes é característica da projeção
cilíndrica ortogonal, utilizada na Geometria Descritiva. Há a projeção cilíndrica oblíqua, como há
ainda a projeção cônica.
Expressão usada em Geometria Descritiva para designar quando a projeção mantém a mesma
dimensão da figura ou da reta do espaço, o que ocorre quando figura ou reta estiver paralela a
um dos planos de projeção.
• REBATER:
• LINHA DE CHAMADA:
São linhas de desenho que representam a projeção dos raios projetantes sobre os planos de
projeção.
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• ÉPURA:
Compõe-se uma épura, da figura projetada e das projetantes ou linhas de chamada (linhas que
estabelecem a relação de perpendicularidade das projeções vertical e horizontal (e de perfil se
for o caso) entre si e em relação aos eixos OX, OY e OZ.
• REVERSÍVEIS:
Operações reversíveis são todas as operações que podem operar ao reverso, voltando ao estado
de origem. Somar 5+4=9. A operação reversível de som é subtrair 9-5=4.
• PROJETAR:
Representar um Ponto, uma Figura ou um sólido sobre um plano, através de raios que incidindo
sobre tais elementos, fixam imagem no plano (plano de projeção).
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INTRODUÇÃO
Geometria Descritiva é a ciência dedicada ao estudo gráfico projecional das quatro famílias de
figuras geométricas do espaço (ponto, linhas, superfícies e sólidos), tendo por princípio
representá-las num plano, de maneira tal que, nesse plano, se possam resolver todos os
problemas relativos a essa figura.
Sistematizada pelo matemático francês Gaspar Monge (1746 - 1818), a Geometria Descritiva é o
mais importante método de representação por projeções ortogonais, não só pela simplicidade
de sua concepção, como também pela ampla variedade de aplicações a que se presta
(PINHEIRO, 1972).
Como meio de expressão e comunicação, a Geometria Descritiva apresenta uma série de regras,
as quais, devem ser obdecidas para que assim possa ocorrer de forma correta, a transmissão da
informação entre o emissor (projetista, engenheiro, arquiteto...) e o receptor (usuário), que terá
condições de interpretá-las de forma unívoca.
Neste sentido, será adotada uma linguagem comum relacionada às convenções e aos traçados
que deverão ser usados na solução dos problemas relativos à Geometria Descritiva, mostradas
nas convenções que se seguem.
O autor
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Convenções:
c) Retas: são representadas por duas letras latinas maiúsculas ou por uma única letra latina
maiúscula: Reta AB, reta CD... ou reta s, reta r, etc.
d) Procedimentos para indicar as projeções de uma reta (reta AB, por exemplo):
- se a projeção da reta está no Plano Vertical de Projeção (PV) → a´b´
- se a projeção da reta está no Plano Horizontal de Projeção (PH) → ab
- se a projeção da reta está no Plano Perfil de Projeção (PP) → a´´b´
e) Planos de Projeção:
- Plano Vertical de Projeção → PV
- Plano Horizontal de Projeção → PH
- Plano de Perfil de Projeção → PP
g) Traçados:
Portanto, para tornar mais clara, assim como, diferenciar as etapas de construção e visualizar
melhor o desenho, adota-se um traçado distinto das linhas, quais sejam:
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• Linha de traço fino e contínuo ( ) para representar linhas auxiliares,
como linhas de chamada.
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SISTEMA MONGEANO
Algumas regras empíricas importantes para a representação dos objetos, ou mesmo para
resolver diferentes problemas práticos, já se faziam conhecidas desde a Antiguidade. As ruínas
hoje admiradas dos templos e palácios do Egito antigo exigiram sem dúvidas, desenhos de
plantas, fachadas e até mesmo noções práticas de corte sobre pedras.
Os desenhos da Idade Média (IM), centrados quase que exclusivamente em plantas de edifícios
(religioso -militares), eram de um empirismo tal, que se faziam acompanhados de numerosas
explicações esclarecedoras.
Porém, só na IM (Idade Média) é que o matemático francês Gaspar Monge reuniu, completou e
ordenou as regras da primeira técnica de representação gráfica, dando origem a um sistema
fundamentado na dupla projeção, que ele chamou de GEOMETRIA DESCRITIVA (GD).
Para tal fim, imaginou conforme esquema ilustrado na figura abaixo: dois planos de projeções
(um Horizontal e outro vertical) perpendiculares entre si, formando quatro ângulos diedros ou
regiões do espaço.
Em alguns casos, quando determinados objetos não ficam satisfatoriamente definidos, apenas
por duas projeções, utiliza-se como solução um terceiro Plano (plano lateral ou de Perfil), este,
também perpendicular aos outros dois planos (PV e PH). O conjunto desses planos constitui
assim um triedro, definindo um sistema de eixos OX, OY e OZ, onde OX é a interseção entre o
Plano Vertical (PV) com o Plano Horizontal (PH), OY é a interseção do Plano Horizontal com o
Plano de Perfil (PP) e Oz é a interseção entre o PV com o PP.
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No sistema mongeano esses referidos eixos funcionam como eixos de rotação ou de rebatimento,
permitindo que os planos girando em torno deles, se constituam um único plano: o plano do desenho.
Essa operação (ou artifício) é denominada de rebatimento. Graças ao rebatimento consegue-se tratar os
problemas de projeções como problemas de Geometria no plano. É indiferente proceder tal artifício,
rebatendo o PV sobre o PH ou o PH sobre o PV. Qualquer que seja a opção, o plano de Perfil (PP)
quando utilizado, será também rebatido sobre o plano do desenho. Concluído o rebatimento os Planos
assumem a posição conforme ilustrado abaixo.
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Observação:
o
x y
Fica então condicionado que o espaço delimitado pelos semi eixos OX e OZ corresponde ao PV,
enquanto que os semi eixos OX e OY delimitam o PH. Já o espaço entre os semi eixos OY e OZ,
corresponde ao PP.
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1 - ESTUDO DO PONTO
A projeção ortogonal de um Ponto ( ponto A, por exemplo) sobre um plano de projeção é outro
ponto. Entende-se também que quantos forem os pontos que estiverem na projetante de A,
como é o caso do ponto B, todos eles terão suas projeções coincidindo conforme é indicado na
figura 1. Isto nos induz a perceber que um único plano de projeção não é suficiente para
determinar a posição de um ponto do espaço.
Um ponto fica, portanto, bem determinado quando a ele se atribuem suas três coordenadas
descritivas. Estas coordenadas possibilitam uma visão melhor do espaço tridimensional. A ideia
do espaço tridimensional é criada a partir do espaço gerado por três planos de projeção,
perpendiculares entre si, conforme já abordado no assunto "sistema mongeano". As interseções
desses planos, como se pode observar na Figura 2 geram três eixos perpendiculares entre si, os
quais, quando orientados dão origem ao que denomina-se coordenadas descritivas, disignadas
por X, Y e Z, sendo que:
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Observação:
Embora existam tantos os valores positivos (+) quanto aqueles negativos (-) para as coordenadas X, Y e
Z, serão adotados apenas valores positivos para as mesmas. Assim sendo, o diedro adotado será o 1º,
tendo em vista que no 1º diedro, X, Y e Z serão sempre positivos.
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1.3- Representação em épura de um Ponto (Ponto A, por exemplo)
O procedimento adotado para a determinação dessa épura ou de quaisquer outras será sempre o
seguinte:
1) sobre XY e a esquerda da origem (O), marca-se o valor correspondente a abscissa. No caso, 20;
2) no ponto de abscissa 20, traça-se a linha de chamada (perpendicular ao eixo x y);
3) sobre a linha de chamada serão marcados os valores do afastamento (Y) e da cota (Z), 20 e 40mm
respectivamente.
Fica patente que todas as medidas gráficas representadas nos exercícios serão indicadas em milímetros
e todas as linha que unam as projeções dos pontos serão perpendiculares aos eixos XY e ZY.
Observação:
Se alguma das coordenadas for zero o Ponto estará num dos semiplanos.
Vejamos:
1) Ponto A(30; 25; 00) se a cota é nula é porque o ponto encontra-se no PH
2) Ponto A(30; 00; 15) se o afastamento é nulo é porque o ponto encontra-se no PV
3) Ponto A(30; 00; 00) se a cota e afastamento são nulos é porque o ponto acha-se no PV e no PH
4) Ponto A(00; 45; 20) se a abscissa é nula é porque o ponto no eixo ZX (ou no PP)
5) Ponto A(00; 00; 00) se todas as coordenadas são nulas é porque o ponto está na origem.
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1.5 - Pontos colineares e pontos coplanares
Três ou mais pontos são ditos colineares se e somente se, por eles passar uma única reta. Quando isto
não ocorrer os pontos serão ditos coplanares ou não colineares.
Casos de pontos colineares, assim como de pontos coplanares estão exemplificados respectivamente
nas Figuras 5 (5.1) e 6 (6.1). Entretanto, considerando-se que as projeções vertical e horizontal definem
bem a questão abordada a terceira projeção (projeção no PP) não foi incluída nestes casos, assim como
ocorrerá na maioria dos demais problemas a serem abordados.
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1.6 - Exercícios propostos
Vértice A( ; ; ) Vértice E( ; ; )
Vértice B( ; ; ) Vértice F( ; ; )
Vértice C( ; ; ) Vértice G( ; ; )
Vértice D( ; ; ) Vértice H( ; ; )
Problema 1(b):
Nas alternativas abaixo, grifar o C ou o E, conforme a proposição esteja certa ou errada,
respectivamente:
(C) - (E) Um ponto situado no Plano de Perfil (PP) tem abscissa nula
(C) - (E) Quando a projeção horizontal de um ponto situa-se no eixo XY, o ponto encontra-se no
Plano Horizontal de Projeção
(C) - (E) Se a conta e o afastamento de um ponto apresentam valores positivos, então o ponto
encontra-se no segundo diedro.
Problema 1(c):
Representar por suas projeções e num mesmo sistema de eixos, os pontos A, B e C cujas
coordenadas são respectivamente:
A(60; 25; 55)
B(15; 30; ??) Ponto B situa-se no PH
C( 30; ??; 20) afastamento do ponto corresponde a 2/3 da sua abscissa.
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Problema 2:
Determinar as do ponto E, situado no PH e distando 45mm do PP.
Dados complementares: E(??: 50; ??)
Problema 3:
Sabendo-se que o ponto D tem cota corresponde a 2/3 do seu próprio afastamento e que dista
30 mm do PP, pede-se sua representação em épura. Dados: D(??; 40; ??)
Problema 4:
Sabendo-se que os pontos A, B, e C são colineares e que o ponto A pertence ao PV, determinar
projeções deste referidos pontos. Dados: A(50; ??; 20) B(30; 15; ??) C(15; ??; 35).
Problema 5:
Nas alternativas dadas abaixo, grifar C ou E conforme a proposição esteja correta ou errada,
respectivamente.
(C) (E) Um ponto situado no PH de conta nula
(C) (E) Quando a projeção vertical de um ponto é nula é porque o ponto encontra-se no PV.
(C) (E) Quando a cota e o afastamento de um ponto são positivas, o mesmo acha-se situado no 1º
diedro.
(C) (E) Se cota e afastamento de um ponto são nulos então o ponto pertence só ao PV
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2. ESTUDO DA RETA
A projeção de uma reta sobre um plano é o lugar geométrico das projeções de todos os seus
pontos sobre esse plano. Entretanto, como uma única projeção não é suficiente para determinar
uma reta, tem-se por isto, referi-la ao espaço que constitui os planos de projeção: Plano
Horizontal (PH), Plano Vertical (PV) e Plano de Perfil (PP). A Figura 2.1 faz referência à
representação em épura de uma reta AB.
Observação:
A projeção de perfil ou terceira projeção (a´´b´´) na maioria dos casos é dispensada, pois,
geralmente duas projeções (a projeção vertical e a projeção horizontal) definem bem a reta.
Em relação a um plano de projeção uma reta pode estar: paralela, oblíqua ou perpendicular.
Quando paralela a projeção da reta será igual ao segmento no espaço. Neste caso, diz-se então,
que a reta se projeta em verdadeira grandeza (VG). Se oblíqua ao plano, a reta se projeta com
determinado encurtamento. No entanto, quando a reta encontra-se perpendicular ou ortogonal
a um plano, sua projeção reduz-se a um ponto. Neste caso, pode-se diz-se que a reta se projeta
pontualmente.
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Na Figura 2.2 os casos (A) (B) e (C) ilustram respectivamente cada uma dessas situações.
Em relação ao conjunto de planos (PH, PV e PP) as possibilidades de uma reta se posicionar são
as seguintes: A reta é perpendicular a um dos planos de projeção (PH, por exemplo), então, ela
é paralela aos outros dois (PV e PP); A reta é paralela só a um dos planos (PV, por exemplo),
então, ela é oblíqua os demais planos (PH e PP); ou a reta é oblíqua aos três planos de projeção.
A fim de facilitar esse estudo optou-se por separar as retas em três grupos distintos.
No 1º Grupo, a reta será estuda quanto ao perpendicularismo. Tem-se, pois, três retas assim
distribuídas: uma reta perpendicular ao Plano Horizontal de projeção, uma reta perpendicular
ao Plano Vertical de projeção e uma reta perpendicular ao Plano de Perfil, este, também um
plano de projeção. Sendo estas retas perpendiculares a um dos planos de projeção uma de suas
projeções será pontual.
De tal condição se conclui que: como os planos de projeção são perpendiculares entre si, toda
reta que for perpendicular a um desses planos será paralela aos outros dois. A recíproca nem
sempre é verdadeira.
No 2º Grupo, a reta será estudada quanto ao paralelismo. Isto é, retas paralelas só a um dos
planos de projeção, mas oblíquas aos outros dois.
No caso de retas pertencentes ao 3º Grupo, supõe-se que essas retas seja oblíquas aos planos
de projeção.
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Retas que se incluem no 1º Grupo: Retas perpendiculares a um dos Planos de Projeção
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Retas que se incluem no 2º Grupo: Retas paralelas a um dos Planos de Projeção
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Retas que se incluem no 3º Grupo: Retas oblíquas aos Planos de Projeção (PH, PV e PP)
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2.3 Pertinência entre Ponto e Reta
Diz-se que um ponto pertence a uma reta, quando as projeções desse ponto encontram-se
sobre as projeções correspondentes da reta. Isto é, a projeção horizontal do ponto sobre a
projeção horizontal da reta e a projeção vertical do ponto sobre a projeção vertical da reta.
A Figura 2.17 mostra a épura de vários pontos que pertencem ou não às retas correspondentes.
Isto é: ponto P pertencendo à reta AB; ponto Q não pertencendo; ponto R pertencendo à reta
CD; ponto S não pertencendo; ponto G não pertencendo à EF; ponto J não pertencendo.
Observação:
Percebe-se que nos três exemplos de pertinência entre ponto e reta apresentados na Fig. 2.17
as retas AB, CD e EF estão representadas apenas pelas projeções vertical e horizontal. No
entanto, caso a reta seja paralela somente ao PP (reta de Perfil), será necessário definir a
terceira projeção da reta, conforme mostra a Figura 2.18.
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Figura 2.18 - Apenas o ponto S encontra-se na reta AB
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2.4 - Exercícios propostos
Problema 1:
Determinar as projeções da reta Frontal EF (reta frontal é paralela só ao PV). Dados
complementares: E(50; ??; 10) F(15; 25; 35)
Problema 2:
Sendo a reta AB perpendicular ao PV, determinar suas projeções, nomeá-la e indicar em que
grupo a mesma pertence.
Dados: A(40; 10; 25) B(??; 35; ??)
Problema 3:
Sabendo-se que a reta CD do 2º grupo é paralela ao PH, pede-se:
a) Projeções de CD
b) Indicar a projeção que se encontra em verdadeira grandeza
c) Nomear a reta CD
Dados: C(45; 10; ??) D(10; 45; 20).
Problema 4:
Determinar as projeções da reta Qualquer GF, sabendo-se que F pertence ao PV e que a cota de
G corresponde a 2/3 do seu afastamento. Dados: G(50; 10; ??) F(20; 30; ??)
Problema 5:
Determinar as projeções da reta Qualquer AB, sabendo-se que o Ponto P pertence a esse
referido segmento. Dados: A(15; ??; 15) B(50; 30; 35) - P(30; 25; ??)
Problema 6:
Representar por suas projeções a reta de Perfil AB e determinar o que se pede a seguir:
a) verificar se o ponto P pertence a AB
b) identificar o comprimento da reta AB
c) Indicar as características dessa reta AB assim como o grupo no qual ela se insere.
Dados complementares: A(??; 15; 45) B(??; 55; 10) - P(25; 30; 35).
Problema 7:
Sabendo-se que o ponto R pertence a reta Qualquer AB, determinar projeções de AB.
Dados: A(45; 50; ??) B(10; ?? 30) - R(30; 20; 20)
Problema 8:
Determinar as projeções da reta Horizontal AB sabendo-se que o ponto P encontra-se sobre essa
reta, que a mesma mede 40 mm e que o ponto A pertence ao PV.
Dados: A(40; ??; 25) B(??; ??; ??) - P(20; 20; ??).
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2.5 Verdadeira grandeza (VG) da Reta
Sabe-se que uma reta se projeta em verdadeira grandeza (VG) sobre o plano que lhe é paralelo.
Então, para se determinar a VG de uma reta oblíqua aos planos de projeção, como é o caso da
reta Qualquer, deve-se usar certos artifícios denominados de métodos descritivos. Os métodos
descritivos ou artifícios, usados para se determinar a VG da reta são os seguintes:
Por melhor se adequar à metodologia adotada na disciplina Expressão Gráfica, optou-se por
usar unicamente método de Mudança de Plano de Projeção.
Pode-se afirmar ser este artifício uma "mudança de posição" do observador que se coloca a uma
distância qualquer do "objeto". Assim, o "objeto" (reta ou qualquer figura plana) permanece
imóvel e um plano auxiliar perpendicular a um dos planos de projeção é colocado paralelo a
esse objeto. A nova projeção do objeto projetada no plano auxiliar será então, a VG procurada.
Quando o plano auxiliar (PA1) escolhido é perpendicular ao PH, portanto, um novo plano
vertical, este, deverá ser colocado paralelo ou coincidindo com a reta. Qualquer que seja a
opção, a distância entre a reta e o novo plano vertical (PA1) será constante. Ou seja, o
afastamento terá valor constante, o qual dependerá da distância escolhida entre o PA1 e a reta.
Já em relação a cota nada muda, porque o Plano Horizontal de Projeção permaneceu inalterado.
Resumindo: se o plano auxiliar (PA1) é um Plano Vertical, os afastamentos dos pontos que
definem a reta se alteram, assumindo valores iguais, enquanto as cotas dos pontos permanecem
as mesmas, em grande e sentido.
A Figura 2.19 mostra exatamente o uso de um plano auxiliar nessas condições. Observa-se que o
PA1 utilizado na determinação da VG da reta Qualquer AB foi colocado perpendicular ao PH,
mas paralelo a . A nova projeção obtida (a´1 - b´1) é, pois, a VG procurada.
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PA1
Construção da épura:
●Traça-se inicialmente a nova LT (PH - PA1) paralela à projeção horizontal da reta AB;
●Traça-se por a e b perpendiculares ao eixo PH - PA1 (são as novas linhas de chamadas)
●Transportam-se as cotas dos pontos A e B para essas linhas de chamada, obtendo-se uma
nova projeção vertical (a´1´- b´1´). A verdadeira grandeza da reta Qualquer AB é, pois, essa nova
projeção a´1´- b´1´. A Figura 2.20 ilustra essa operação.
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b) Quando o Plano Auxiliar é perpendicular ao Plano Vertical de Projeção (PV)
Se o Plano Auxiliar (PA1) escolhido, agora é perpendicular ao PV, portanto, um novo Plano
Horizontal, este, deverá ser posicionado paralelo ou coincidindo com a reta. Qualquer que seja a
opção, a distância entre a reta e esse novo plano auxiliar (PA1) será constante. Ou seja, a nova
cota passará a ter valor constante e este valor dependerá do quanto o plano auxiliar estará em
relação à reta. Quanto ao afastamento, nada muda porque a posição do plano vertical de
projeção foi conservada.
Construção da épura:
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Observação:
Qualquer que seja o Plano Auxiliar escolhido é indiferente colocá-lo de um lado ou outro da
reta. Entretanto, para evitar superposição de imagens e possibilitar maior clareza de desenho,
recomenda-se proceder conforme foi exemplificado nas duas épuras ilustradas anteriormente
(Figuras 2.20 e 2.21).
As retas do 1º grupo já apresentam um projeção pontual por que são perpendiculares a um dos
planos de projeção (Reta Vertical: perpendicular ao PH); Reta Topo: perpendicular ao PV e Reta
Fronto-Horizontal perpendicular ao PP). Para as demais retas, sejam estas, do 2º ou do 3º grupo,
a projeção pontual só pode ser obtida a partir da verdadeira grandeza dessas retas.
Observação:
Uma reta se projeta pontualmente num plano perpendicular a ela e por assim ser, a nova LT (PH
PA1) foi traçada perpendicular à VG da reta AB, como é mostrado na Fig. 2.22.
No sistema primitivo PV PH a reta AB é paralela ao plano horizontal de projeção (PH), portanto,
uma reta Horizontal. Já no novo sistema (PH PA1) a reta AB é perpendicular ao novo plano
vertical de projeção (PA1), portanto, uma reta de Topo.
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Procedimento semelhante ocorreu com a reta de Perfil AB. Após prolongamento da projeção de
perfil (projeção em VG) foi traçada a nova LT (PP PA1) e em seguida transportou-se as abscissas
dos pontos A e B. Linhas de chamada coincidentes e abscissas iguais, ficou determinada a
projeção pontual da reta (Fig. 2.23).
Caso a reta seja do terceiro grupo, portanto, uma reta Qualquer é necessário o seguinte
procedimento, para determinar sua projeção pontual:
a) um plano auxiliar (PA1) paralelo a uma das projeções da reta para a obtenção da verdadeira
grandeza (VG);
b) um segundo plano auxiliar (PA2) perpendicular à VG obtida com o PA1.
Seja a reta Qualquer AB (Fig. 2.24), cujo objetivo foi determinar sua projeção pontual. O
primeiro Plano Auxiliar utilizado foi um Plano Vertical (PA1). Para se obter a verdadeira grandeza
se utilizou uma nova LT (PH - PA1) paralela à projeção horizontal (a; b), transportando-se as
cotas. A projeção pontual foi obtida mediante um segundo Plano Auxiliar (PA! - PA2)
perpendicular à VG obtida (a´1 - b´1).
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2.7 - Exercícios propostos
2. Determinar por meio de Plano Auxiliar as projeções da reta Qualquer EF, considerando as
seguintes variáveis:
a) o ponto E situa-se no PH (plano horizontal de projeção)
b) A reta EF mede 50 mm
c) o ponto P pertence a EF.
Dados: E(40; 15; ??) F(??; ??; ??) - P(30; 25; 15)
3. Determinar a projeção pontual das retas RS (Frontal) e EF (Perfil), segundo suas coordenadas:
Dados: R(45; ??; 10) S(15; 15; 35) - E(20; 20; 50) F(??; 50; 15)
4. Determinar a projeção da reta CD, sabendo-se que a mesma encontra-se paralela ao Plano
horizontal de projeção (PH). Dados C(45; 10; ??) D(10; 40; 20)
5. Determinar a projeção pontual da reta de perfil AB, sabendo-se que o ponto B pertence ao
PH.
Dados complementares: A(??;10; 35) B(15; 45; ??)
6. Uma reta de Perfil CD tem o ponto C situado no PH. Sabendo-se que um ponto P pertence a
essa referida reta, pede-se:
a) Projeções de CD
b) Projeção pontual de CD.
Dados: C(??; 10; ??) D(??; ??;40) - P(25; 25; 20)
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• Direção de Reta (Ɵ)
O conceito de direção (Ɵ) de uma reta se refere à posição de sua projeção horizontal. Desse
modo, a direção da reta AB (Figura 2.25), por exemplo, é o ângulo que a projeção horizontal da
reta (ab) forma com um referencial. Esse referencial é o Norte (N) dos pontos cardeais, de frente
ao PV
Observação:
Como na reta Frontal, outras retas que apresentem a projeção horizontal paralela (inclusive
coincidente) ao eixo XY (LT), terão sempre direção de 90° (ou 270°). Já no caso de retas que
apresentem projeção horizontal perpendicular ou ortogonal a XY, como é o caso das retas de
Perfil e Topo (Figuras 2.26 e 2.27, respectivamente) a direção será de 0° (ou 18o°, se medida de
B para A).
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Entretanto, quando uma reta apresenta sua projeção horizontal oblíqua à LT (XY), caso das retas
Horizontal AB e Qualquer CD (Figuras 2.28 e 2.29, respectivamente) é necessário usar um
transferidor para determinar a direção.
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Uma observação deverá ser feita ainda, com referência à reta Vertical. É a única reta que não
tem direção, pois, sendo perpendicular ao Plano Horizontal de Projeção (PH) se projeta neste
plano segundo um ponto (Figura 2.30).
Diz-se que uma reta é inclinada quando a referida reta encontra-se numa situação intermediária
entre uma cota constante e uma cota variável. Portanto, inclinação de uma reta é o ângulo que
ela faz com o Plano Horizontal de Projeção (PH).
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33
Na Figura 2.31 a inclinação da reta Frontal CD encontra-se determinada na projeção vertical c´
d´. Isto ocorre porque a reta Frontal é paralela ao PV e o PV, naturalmente é um plano
perpendicular ao PH.
As retas do 1° grupo (aquelas retas que são perpendiculares a um dos planos principais: PV, PH e
PP) têm inclinação máxima, quando perpendicular ao PH (Figuras 2.32 e 2.33) ou mínima (sem
inclinação), se perpendicular ao PV (Figuras 2.34 e 2.35)
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34
Casos em que a reta encontre-se oblíqua aos planos de projeção, como ocorre com a reta
Qualquer, a inclinação só é vista mediante algum artifício descritivo, a exemplo de rotação ou
uso de plano auxiliar.
Uma ou outra opção, a reta deverá ficar com afastamento constante, caracterizando-se como
reta Frontal. O ângulo entre nova projeção vertical (em VG) e a nova LT será, pois, a inclinação
da reta.
Seja a reta Qualquer AB (Figura 2.36) onde se pretende determinar sua inclinação. Fixemos
inicialmente a natureza do problema: A inclinação de uma reta Qualquer será determinada em
qualquer plano de projeção perpendicular ao Plano Horizontal de Projeção (PH), desde que
neste plano a reta AB esteja projetada em verdadeira grandeza.
Assim, foi usado um Plano Auxiliar (PA1) perpendicular ao Plano Horizontal de Projeção, porém,
paralelo à projeção horizontal da reta AB. Traçando-se em seguida as projetantes, nelas, à partir
do eixo PH-PA1 foram marcadas as cotas de A e de B. As projeções a;b e a´1; b´1 representam a
reta já tornada Frontal nesse novo sistema. O ângulo Ø entre a nova projeção vertical (a´1; b´1)
e o eixo PH-PA1 indica a inclinação da reta Qualquer AB.
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35
Observação:
Caso a reta seja de Perfil (reta de Perfil é paralela ao PP), sua inclinação fica determinada no
Plano de Perfil de Projeção (PP) como é exemplificado nas Figuras 2.36 e 2.37.
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36
Da reta Qualquer CD, dada a seguir por suas projeções, pede-se que se determine:
a) Sua direção C para D;
b) Sua inclinação mediante o uso de Plano Auxiliar;
c) Sua projeção pontual.
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37
2.9 - Exercícios propostos
Problema 1:
Determinar a inclinação da reta CD, sabendo-se que a mesma encontra-se paralela ao Plano
vertical de projeção (PV). Dados complementares: C(10; ??; 10) D(40; 15; 35).
Problema 2:
Mediante um Plano Auxiliar, tornar a reta AB paralela ao Plano horizontal de projeção (PH).
Dados: A(40; 15; 10) B(15; 40; 30)
Problema 3:
Mediante o uso de Plano Auxiliar determinar a inclinação da reta Qualquer CD e em seguida,
determinar sua projeção pontual. Dados: C(45; 15; 30) D(15; 25; 10)
Problema 5:
Determinar a projeção pontual da reta AB, sabendo-se que a mesma dista 25mm do Plano de
Perfil (PP). Pede-se ainda direção e inclinação dessa reta. Dados: A(??; 15; 40) B(??; 45; 10)
Problema 6:
Uma reta de Perfil CD tem o extremo C situado no Plano horizontal de Projeção (PH). Sabendo-
se que um ponto "P" pertence a CD, pede-se:
a) Projeções da reta CD
b) Inclinação e direção de CD
c) Projeção pontual de CD. Dados: C(??; 10; ??) D(??; ??; 40) - P(25; 25; 10)
Problema 7:
Uma reta AB do 2º grupo, paralela ao PH, mede 50mm. Um ponto "P", pertencente a AB é
simétrico aos extremos A e B. Determinar as projeções de AB, sua direção e sua projeção
pontual.
Dados: A(10; 05; ??) B(??;??; ??) - P(30; 25; 15).
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38
2.10 - Posições relativas de retas no espaço
Duas retas no espaço podem ser coplanares ou não coplanares. Retas coplanares são aquelas
que definem um plano e podem estar paralelas ou serem concorrentes, como são mostradas
respectivamente nos sólidos (1) e (2) da Figura 2.39.
Já as retas não coplanares definem uma superfície reversa, mas nunca um plano. Isto pode ser
observado no sólido (3), ainda na Figura 2,39, onde as diagonais AB e CD se cruzam mas não se
tocam.
► Retas Paralelas
Duas retas são paralelas se pertencerem ao mesmo plano (coplanares) e não possuírem ponto
de intersecção ou ponto em comum, tal como é mostrado na Figura 2.39 (sólido 1).
Isto posto, graficamente pode-se afirmar que duas retas paralelas têm sempre as suas projeções
homônimas paralelas. Entretanto, casos menos comuns poderão apresentar retas paralelas com
coincidência numa das projeções. É evidente que só retas do mesmo tipo podem ser paralelas
entre si. Diante disso não se apresentam aqui as retas fronto-horizontal, de topo e vertical, já
que duas retas de cada um desses tipos são sempre paralelas.
A Figura 2.40 apresenta dois casos de retas paralelas com projeções homônimas paralelas,
enquanto que a Figura 2.41 mostra dois casos de paralelismo entre retas, onde houve
coincidência numa das projeções e nas outras duas projeções o paralelismo permaneceu válido.
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39
Observação:
Quando as retas em questão são retas de Perfil é necessário verificar se no terceiro plano (PP) as
projeções também estão paralelas, pois, mesmo que assim as retas do espaço não estejam, suas
projeções horizontal e vertical estarão sempre paralelas, sejam suas abscissas diferentes ou
iguais. Isto pode ser perfeitamente percebido, comparando-se nos dois exemplos dados a seguir
(Figuras 2.43 e 2.44).
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40
2.11 - Distância entre retas paralelas
As retas do 1º grupo são aquelas retas perpendiculares a um dos plano de projeção, bastando
então, medir a distância entre as duas projeções pontuais.
A solução consiste, pois, numa mudança simples de plano, conforme é mostrado nas Figuras
2.46, 2.47 e 2.48.
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42
• Quando as retas paralelas são do 3º grupo
Em casos dessa natureza, onde as retas paralelas são oblíquas aos planos de projeção (retas
Quaisquer), opera-se com dois planos auxiliares. O primeiro plano auxiliar (PA1) deverá ser
traçado paralelo a uma das projeções das retas, determinando simultaneamente com esse plano
a VG das retas. Preferencialmente o Plano Auxiliar (PA1) deverá ser perpendicular ao PH, pois,
possibilitará inclusive determinar a inclinação das retas.
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2.12 - Exercícios propostos
1. A reta Horizontal AB, com direção de 120, encontra-se para a uma outra reta CD. Pede-se:
a) Projeções de AB e CD
b) Inclinação das retas
c) Distância entre elas.
Dados complementares: A(50; 10; 15) B(20; ??; ??) - C(65; 20; ??) D(30; ??; 30)
3. Traçar uma reta EF paralela à reta Qualquer CD, considerando-se que EF tem direção de 120°
e inclinação de 30°. Determinar ainda a distância entre elas.
Dados: C(50; 10; 15) D(25; ??; ??) - E(75; 20; 20) F(40; ??; ::)
d) As retas AB e CD estão oblíquas aos planos de projeção (PV, PH e PP), estão inclinadas a 45° e
têm
direção de 120°.
Dados: A(50; 10; 10) B(20; ??; ??) - C(35; 10; 00) C(10; ??; ??)
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45
►Retas Concorrentes
Na geometria euclidiana, são chamadas de concorrentes as retas de um plano que têm um único
ponto comum. Consequentemente suas direções são diferentes, não havendo, pois, paralelismo
entre elas. As retas concorrentes formam entre si 4 ângulos e de acordo com as medidas desses
ângulos, elas podem ser perpendiculares ou oblíquas. Na Figura 2.32 (sólido2) verifica-se que as
diagonais oblíquas AB e CD da face superior do sólido, concorrem no ponto "P".
46
►Perpendicularismo entre retas
Os ângulos que formam entre si, as projeções verticais ou as projeções horizontais de duas retas
concorrentes não nos permitem conhecer os valores dos ângulos que essas concorrentes fazem,
entre si, no espaço. Todavia, quando duas retas são perpendiculares, as suas projeções sobre
um plano são perpendiculares, desde que uma delas seja paralela ao plano de projeção.
Daí pode-se concluir que se duas retas concorrem e se ambas ou só uma delas pertence ao 1º
ou ao 2º grupo é possível verificar de imediato se são ou não perpendiculares, tendo em vista
que essas retas apresentam pelo menos uma projeção em verdadeira grandeza (VG). Os
exemplos mostrados a seguir as são retas perpendiculares. Na Figura 2.53, o ângulo de 90° é
visto na projeção vertical da reta Frontal AB, por ser esta, projetada em VG, enquanto que na
Figura 2.54 esse mesmo ângulo é observado na projeção horizontal da reta Horizontal AB, pela
mesma razão: a projeção horizontal da reta está em VG. A figura 2.52 também ilustra um caso
de perpendicularismo entre as retas Vertical AB com a reta Horizontal CD.
Observação:
Se o caso de concorrência entre retas envolver duas retas Quaisquer, então, é necessário o uso
de um plano auxiliar perpendicular ao PH ou ao PV e determinar a verdadeira grandeza (VG) de
uma duas retas e assim poder verificar se o ângulo entre elas é de 90°. Caso isto não se
verifique, as retas são apenas concorrentes. A Figura 2.55 mostra a épura de duas retas
Quaisquer perpendiculares.
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2.13 - Exercícios propostos
1) Uma reta Horizontal (reta horizontal é paralela só ao PH) mede 40mm, tem direção (Ɵ) de
120° e concorre no ponto I com uma outra reta CD. Sabendo-se que a reta CD pertence ao 1º
grupo e não tem direção, pede-se:
a) Representar em á épura as duas referidas retas
b) Determinar a inclinação (Ø) da reta CD.
Dados: A(45; 10; 20) B(??; ??; ??) -C(??; ??; 10) D(??; ??;55) - Ponto I(25; ??; ??)
2) A reta Frontal AB (reta Frontal é paralela só ao PV) acha-se inclinada a 45° e mede 40mm.
Sabendo-se que mesma concorre perpendicularmente com a reta Qualquer CD, pede-se:
a) Projeções das referidas retas
b) Determinar a inclinação da reta CD.
Dados: A(45; 20; 10) B(??; ??; ??) - C(55; 40; 45) D(25; ??; ??)
4) Sabendo-se que um determinado ponto P encontra-se sobre a reta Qualquer AB, pede-se:
a) Traçar pelo ponto P uma reta Frontal CD, porém, perpendicular a AB.
b) Determinar a projeção pontual da reta AB.
Dados complementares: Ponto P(35; ??; ??) - A(55; 05; 10) B(15; 35; 35)
C(45; ??; ??) D(??; ??; 00).
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49
►Retas reversas
Retas reversas são retas que se cruzam segundo um ângulo qualquer mas não se encontram,
pois, são retas contidas em planos distintos (não coplanares). Quando o ângulo entre duas retas
reversas é de 90°, como ocorre na Figura 2.58, diz-se que elas são ortogonais.
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3. ESTUDO DO PLANO
3.1 - Conceituação
As superfícies planas limitadas por linhas retas (chamadas de lados do plano), são caracterizadas
por polígonos; enquanto outras, limitadas por linhas curvas têm denominações próprias, como
sejam: círculo, elipse, entre outras.
Na superfície do plano toda reta que une dois dos seus pontos, está inteiramente compreendida
nesta superfície. Nos desenhos abaixo, as retas AB e CD, pertencem respectivamente aos planos
β e α, porque os pontos 1 e 2 estão na interseção das linhas que limitam os planos.
G
A 1
C
H 1
2
B β
α F
2 D
E
Os casos a e b recaem no caso c, pois, é sempre possível transformar três pontos não alinhados
ou uma reta e um ponto fora dela, em duas retas concorrentes.
51
Entretanto, na metodologia aqui adotada, representar-se-á um plano segundo um dos quatro
elementos definidores de um plano, já anteriormente citados (itens a, b, c, d) e que veremos
adiante.
1º Grupo:
Pertencem ao 1º grupo somente aquelas figuras planas que forem paralelas a um dos planos de
projeção (PV, PH e PP).
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52
A seguir, a representação espacial e a representação em épura de cada um dos planos do
primeiro grupo:
1) Plano Horizontal
Propriedades do Plano Horizontal: paralelo ao PH e perpendicular ao PV e ao PP.
2) Plano Frontal
Propriedades do Plano Frontal: paralelo ao PV e perpendicular ao PH e ao PP.
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3) Plano de Perfil
2º Grupo:
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2) Plano Vertical
Propriedades do Plano Vertical: perpendicular ao PH e oblíquo ao PV e ao PP.
3) Plano de Rampa
Propriedades do Plano de Rampa: perpendicular ao PP e oblíquo ao PV e ao PH.
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3º Grupo:
São planos do terceiro grupo as figuras planas que estejam posicionadas oblíquas aos planos de
projeção (PV, PH e PP). Nesta condição está o Plano Qualquer, mostrado na Figura 3.7.
1) Plano Qualquer
Propriedades do plano Qualquer: oblíquo ao PH, oblíquo ao PV e oblíquo ao PP.
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56
3.4 - Planos projetantes e planos não projetantes
No quadro resumo a seguir, estão inseridos os sete planos a serem estudados, seus respectivos
grupos e suas propriedades.
Plano ABC - A(20; 30; 10) B(30; 10; 10) C(10; 20; 10) Plano Qualquer
Plano DEF - D(10; 20; 30) E(30; 10; 20) F(20; 30; 10) Plano Vertical
Plano GHI - G(10; 20; 30) H(30; 20; 10) I(20; 20; 00) Plano horizontal
Plano KLM -K 30; 20; 10) L(30; 10; 30) M(30; 30; 20) Plano de Rampa
Plano NOP - N(10; 20; 30) O(30; 10; 20) P(30; 30; 20) Plano Frontal
Plano RST - R(30; 20; 10) S(30; 20; 30) T(10; 30; 20) Plano de Perfil
Plano UVX - U(20; 30; 10) V(10; 10; 30) X(30; 10; 30) Plano de Topo
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57
2) Observar a peça representada em perspectiva e responder nos respectivos espaços, as
seguintes perguntas:
a) Que face da peça representa um plano do 1º grupo, porém, que se projete em VG no PH? ___
b) Que face da peça representa um plano do 2º grupo, cuja projeção horizontal é linear? ______
c) Que face da peça representa um plano do 2º grupo, porém, perpendicular ao PV? __________
d) Indique uma face da peça represente um plano do 1º grupo, paralelo ao PV: ______________
e) Que face da peça representa um plano do 3º grupo? __________
f) Indique uma face da peça represente um plano de Perfil: ____________
4) Representar em épura um plano Qualquer definido pelo triângulo ABC, sabendo-se que o lado
AC define uma reta Horizontal e que o ponto B situa-se no PV.
Dados: A(40; 10; 15) B(25: ??; 30) C(10; 35; ??)
5) Sabendo-se que o quadrado ABCD define um plano do primeiro grupo, mas paralelo ao PV
(plano Frontal), determinar suas projeções.
Dados: A(45; 15; 10) B(15; ??; 10) C(15; ??; ??) D(45; ??; ??)
6) Representar em épura o plano Qualquer α, definido pelos pontos não alinhados ABC,
sabendo-se que o ponto B pertence ao PH.
Dados: A(40; 35; 15) B(25; 10; ??) C(10; 25; 25)
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58
3.6 - Verdadeira Grandeza (VG) do Plano
Com efeito, pode-se deduzir que para se obter a VG de um plano que pertença a um dos outros
dois grupos é necessário torná-lo paralelo a um plano. Para tanto, recorre-se a um artifício já
conhecido, quando da determinação da VG da reta: o uso do Plano Auxiliar. A escolha desse
artifício para esta finalidade decorre do grau de simplificação que o mesmo propicia na solução
de problemas que envolvam além da verdadeira grandeza, argumentos tais como: inclinação de
planos, interseção de reta com plano, interseção entre planos e de ângulo diedro.
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59
Traçou-se inicialmente um novo eixo (PH - PA1) paralelo à projeção linear de β.
Pelas projeções escolhidas para a nova LT (eixo PH - PA1) traçar a linhas de chamada
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60
Como está sendo efetuada uma mudança de plano de projeção vertical, o passo seguinte será
transportar as cotas e marcá-las sobre as linhas de chamada, obtendo-se assim uma nova
projeção do quadrilátero ABCD. A projeção a´1 b´1 c´1 d´1 será, pois, a VG procurada.
Os dois casos seguintes se referem ainda a determinação de verdadeira grandeza (VG) de planos
do 2º grupo. No caso de Plano de Topo, (Figura - 3.9) a nova LT (eixo PV-PA1) foi traçada
paralela à projeção linear do plano de Topo.
Sendo agora efetuada uma mudança de plano de projeção horizontal, o passo seguinte foi
transportar os afastamentos e marcá-los sobre as linhas de chamada, obtendo-se assim uma
nova projeção do quadrilátero ABCD. A projeção a1 b1 c1 d1 será, pois, a VG procurada.
Caso a verdadeira grandeza (VG) a ser determinada seja de um plano de Rampa (plano
perpendicular ao PP), o procedimento adotado quanto ao posicionamento do plano auxiliar
(eixo PP-PA1) será semelhante ao procedimento adotado nos dois exemplos anteriores. Isto é:
paralelo à projeção linear do plano. No entanto, sendo o plano auxiliar (PP-PA1) perpendicular
ao PP, as coordenadas marcadas nas novas linhas de chamada são as abscissas dos pontos que
definem o plano.
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62
Caso 2: O plano pertence ao 3º grupo (Plano Qualquer)
Em razão do plano Qualquer (Figura 3.11) ser oblíquo aos três planos principais de projeção (PH,
PV e PP), nenhuma das suas projeções se configura linearmente, como ocorre com planos de 1º
ou de 2º grupos.
Isto posto, determinar a verdadeira grandeza de um plano Qualquer não é tão simples quanto
determinar a verdadeira grandeza de um plano projetante. Enquanto num plano projetante a
VG é determinada com um único Plano Auxiliar, como já exemplificado anteriormente, a VG de
um plano Qualquer dependerá de dois Planos Auxiliares (ou duas mudanças de planos). Com o
primeiro Plano Auxiliar (PA1), este, perpendicular a uma reta (reta auxiliar) Horizontal ou Frontal
que pertença ao plano Qualquer, será obtida a projeção linear do Plano. Quanto ao segundo
Plano Auxiliar (PA2), o qual permitirá determinar a VG do plano, este, deverá ser traçado
paralelo à projeção linear obtida mediante o PA1.
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63
Seja então, o plano Qualquer β, definido pelos pontos não alinhados ABC, do qual pede-se
determinar:
a) Sua projeção linear
b) Sua verdadeira grandeza (VG)
Solução
Etapa 1:
Traçar uma reta auxiliar que pertença ao plano β (reta Horizontal ou reta Frontal).
Arbitrou-se inicialmente uma reta Horizontal BN, contida no plano β, passado pelo ponto B
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Etapa 2:
Traçar um Plano Auxiliar (PA1) posicionado perpendicular ao prolongamento da VG da reta BN
Etapa 3:
Traçar as linhas de chamada referentes ao plano PH-PA1 e marcando nestas, os valores
correspondentes às cotas (a´b´c´).
Observação:
Quando o Plano Auxiliar é perpendicular ao PH, os afastamentos se alteram, mas as cotas
conservam a mesma grandeza e sentido.
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65
Etapa 4:
Traçar a projeção linear do Plano e em seguida, paralelo a esta projeção linear, traçar o segundo
Plano Auxiliar (PA1-PA2).
Etapa 5:
Traçar as linhas de chamada relativas ao novo Plano Auxiliar (PA1-PA2) e transportar para estas,
os afastamentos imediatos, relativos ao Plano Auxiliar PH-PA1. O triângulo a2-b2 c2 é, pois, a
verdadeira grandeza do plano Qualquer β.
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66
Uma outra alternativa para determinar a VG do pano Qualquer β é utilizar-se de uma reta
auxiliar mas sendo esta, paralela ao PV: Uma reta Frontal, por exemplo. A Figura 3.12 mostra um
caso desse tipo, onde o Plano Auxiliar (PA1) encontra-se perpendicular à reta Frontal CM
pertencente ao Plano β.
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3.7 - Inclinação de Plano
Diz-se que um Plano está inclina quando ele se encontra numa situação intermediária entre uma
cota constante e uma cota variável. A inclinação (Ø) de um Plano é então, o ângulo que ele faz
com o Plano Horizontal de Projeção (PH), podendo ser determinada tanto em percentagem
quanto em graus.
Quando o plano é do 1º ou 2º, determinar sua inclinação (se houver) é bem simplificada,
conforme se pode ver nos exemplos seguintes:
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Observação:
Determina-se inicialmente sua projeção linear mediante uma reta Horizontal auxiliar. A
inclinação desse plano estará no ângulo formado entre a projeção linear determinada e o novo
eixo PH-PA1, conforme é mostrado na Figura 3.13.
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Quando ocorrer que um dos lados da figura plana seja uma reta Horizontal, como acontece com
o lado AB do Plano β (Figura 3.14), basta traçar o eixo PH-PA1 perpendicular ao prolongamento
do lado que está em VG, indicado com a seta.
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3.8 - Exercícios propostos
1) Com base no que foi visto sobre o estudo do Plano, determinar a inclinação e a verdadeira
grandeza dos planos seguintes, representados em épura. Preferencialmente seguir a ordem dos
problemas.
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2) Um plano de Rampa β é definido pelos pontos não alinhados ABC. Pede-se:
a) projeções do plano β
b) sua inclinação
c) sua verdadeira grandeza.
Dados complementares: A(35; 10; 40) B(15; ??; 20) C(55; 30; 10)
3) Um plano de Topo α, com inclinação de 45° é definido pelo triângulo ABC. Determinar:
a) projeções do plano
b) sua inclinação
c) verdadeira grandeza.
Dados: A(55; 40; 10) B(30; 15; ??) C(10; 55; ??)
4) Sabe-se que o plano Qualquer δ é definido pelos pontos não alinhados ABC. Pede-se:
a) projeções do plano δ
b) inclinação de δ
c) verdadeira grandeza
Dados: A(30; 40; 45) B(10; 10; 05) C(50; 30; 15)
5) A reta Qualquer AB é um dos lados do quadrado ABCD. Sabendo-se que esse quadrado define
um plano Vertical β, pede-se determinar as projeções de β.
Observação:
Iniciar o problema a partir da VG da reta AB.
Dados complementares: A(40; 10; 10) B(10; 25; 20).
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3.9 - Distância perpendicular entre ponto e Plano (reta perpendicular a plano)
Diz-se que uma reta é perpendicular a um Plano quando no mesmo plano de projeção, a reta
projetada em verdadeira grandeza é perpendicular ou ortogonal à projeção linear desse Plano.
Quando um problema dessa ordem envolve um plano projetante, ou seja, um plano de primeiro
ou de segundo grupo, a solução é bem simplificada.
Solução:
Como se trata de um plano projetante, com projeção linear no PV a solução é bem simples e
consiste em:
a) Traçar inicialmente uma perpendicular da projeção r´ até a projeção linear do Plano α,
definindo nesta, a projeção s´. O segmento r´s´ é, pois, a distância entre o ponto R e o Plano α.
b) Para concluir o problema, basta determinar a projeção horizontal do ponto S, o que não é
tarefa difícil, pois, considerando que o Plano α é perpendicular ao PV, toda reta que for
perpendicular ao Plano α será naturalmente paralela ao PV. Então, se conclui que o afastamento
do ponto S será o mesmo do ponto R.
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A Figura 3.15 mostra um plano β (triângulo ABC), paralelo ao PV e um ponto R. O problema
consiste em determinar a distância perpendicular entre R e β.
Justificativa: O plano β pertence ao 1º grupo e é paralelo ao PV. Assim, toda reta perpendicular
a β, será naturalmente paralela ao PH. Portanto, a distância perpendicular do ponto R ao plano
β (reta RS) é uma reta de Topo: em VG no PH e no PP e pontual no PV, como é mostrado na
Figura 3.15a.
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Seja agora o seguinte problema:
Sendo o plano α (ABCD) um plano não projetante o procedimento adotado para atender o que
se pede, obedecerá aos seguintes passos:
3) Traça-se a projeção linear de α e em seguida traça-se uma perpendicular desde a projeção r´1
até tocar a projeção linear, estabelecendo assim, a projeção s´1 (projeção vertical do ponto S).
A projeção r´1; s´1 está em verdadeira grande (VG), sendo essa projeção a distância procurada.
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3.10 - Interseção entre reta e plano
As noções expostas anteriormente sobre distância perpendicular entre Ponto e Plano, habilitam-
nos a resolver mediante uso de Plano Auxiliar, os problemas que virão a seguir, os quais são
referentes a interseção de Reta com Plano, Ângulo entre Reta e Plano, Interseção entre Planos e
Ângulo Diedro.
Sabe-se que a interseção entre uma Reta e um Plano é o ponto onde a Reta fura o Plano,
conforme é mostrado na Figura 3.17.
Observação:
Outros problemas de intersão entre Reta/Plano serão vistos adiante.
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3.11 - Ângulo entre reta e plano
Uma reta ao interceptar um plano, forma com o mesmo, um ângulo qualquer. A verdadeira
grandeza desse ângulo é determinada no plano de projeção que mostra simultaneamente o
plano em projeção linear e a reta em verdadeira grandeza.
Isto posto, percebe-se que no exemplo abaixo, o mesmo mostrado na Figura 3.18, a reta RS, por
ser paralela ao PH (cota constante) apresenta-se com sua projeção horizontal em VG. Portanto,
o ângulo entre a reta RS e o plano β já está determinado no plano horizontal de projeção (PH).
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Já no exemplo que se segue (Figura 3.19), a projeção vertical da reta RS também intercepta a
projeção linear do plano. No entanto como a projeção vertical da reta não está em VG, o ângulo
apresentado entre a projeção linear de β e a projeção vertical da reta não está em verdadeira
grandeza.
Em casos assim, implicará no uso de pelo menos dois planos auxiliares. O primeiro (PA1),
deverá ser paralelo à projeção linear do plano, definindo sua verdadeira grandeza; o segundo
plano auxiliar (PA2), deverá ser paralelo à reta RS e determinará nessa etapa, o ângulo
procurado, pois, a reta RS estará em VG e o plano β estará em projeção linear.
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Figura 3.19a - Ângulo (δ) entre a reta Horizontal RS e o
de Topo β.
de T
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3.12 - Exercícios propostos
1) Considerando-se que uma reta Horizontal PQ, com direção de 61° intercepta o plano α,
definido pelo triângulo ABC, pede-se determinar:
a) Inclinação de α
b) Interseção da reta PQ com α
c) VG de α
d) Ângulo entre a reta PQ e o plano α.
Dados complementares: P(60; 35; 15) Q(15; ??; ??)
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2) Sabendo-se que a reta Qualquer RS, cuja direção é de 110°, intercepta o plano Qualquer β
(Triângulo ABC), pede-se:
a) Inclinação do β
b) Verdadeira grandeza de β
Ângulo entre a reta RS e β
Dados complementares: S(15; ??; 30)
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3) Encontrar a interseção da reta Frontal RS com o plano de Topo α, definido pelos pontos não
alinhados ABC. Sabe-se que a Frontal RS tem inclinação de 45°. Pede-se inclusive a inclinação e a
verdadeira grandeza de α.
Dados: A(50; 20; 45) B(10; 10; 15) C(40; 50; ??) - R(60; 30; 15) S(20; ??; ??)
4) Uma reta RS intercepta um plano de Rampa β, definido pelos pontos ABC. Pede-se
determinar:
a) verdadeira grandeza de β
b) inclinação de β
c) ângulo entre a reta RS e β
Dados: A(30; 15; 35) B(45; 30; 20) C(15; 40; ??) - R(55; 15; 15) S(10; 50; 30)
5)Sabendo-se que a reta Qualquer RS intercepta um plano de Topo α (ABC), pede-se determinar:
a) interseção de RS com α
b) ângulo entre RS e α
c) direção de RS
d) inclinação de α
Dados: A(50; 35; 10) B(30; 10; 30) C(10; 40; ??) - R(60; 45; 30) S(15; 10; 15)
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3.13 - Interseção entre planos
Observando a perspectiva abaixo, vemos que há sempre uma aresta limitando duas faces do
sólido. A aresta AE em destaque, por exemplo, limita as faces AEF e AEG. Ela é, portanto, a
interseção entre essas duas faces.
Desse modo, pode-se concluir que o lugar comum entre dois planos que se interceptam é uma
reta. Portanto, determinar a interseção entre dois planos significa determinar a reta comum
entre eles, denominada reta interseção ou traço de um plano sobre o outro. Todavia,
adotaremos sempre a primeira expressão: "reta interseção".
Isto posto, para se determinar a interseção entre dois Planos basta que num mesmo plano de
projeção, pelo menos um deles se projete linearmente.
Examinemos então, o problema seguinte, que consiste em determinar a interseção entre duas
superfícies triangulares, sendo uma delas perpendicular ao PH (triângulo ABC) e a outra, oblíqua
aos planos de projeção (triângulo DEF).
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Solução do problema:
A superfície plana definida pelo triângulo ABC, por ser perpendicular ao PH, se projeta
linearmente neste referido plano. Observa-se que essa projeção linear (sequência a) intercepta
o lado DF no ponto 1 e no lado ED, no ponto 2, sendo tais pontos a projeção horizontal da reta
interseção entre os dois planos. Em seguida (sequência b), aplicando-se a regra de pertinência
de ponto e reta, determina-se a projeção vertical (1´2´)
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A reta Qualquer 1 - 2, comum às duas superfícies triangulares é a interseção procurada. O passo
seguinte (sequência c) é definir a visibilidade entre as duas superfícies, respeitando alguns
critérios básicos de visibilidade tais como:
Denomina-se ângulo diedro, ao ângulo formado por dois plano que se interceptam. Esse ângulo,
nem sempre se apresenta em verdadeira grandeza, pois o ângulo diedro só se mostra em VG
quando a reta interseção entre dois planos se projetar pontualmente. Assim sendo, a maioria
dos casos exigirá que se use um ou mais planos auxiliares.
No exemplo ilustrado (Figura 3.20) observa-se que a interseção entre os planos α (ABC) e β
(DEFG) é a reta de Topo RS. Como a reta de Topo se projeta pontualmente no PV , os plano α e β
se projetam linearmente. O ângulo diedro é neste caso o ângulo formado pelas projeções
verticais dos dois planos e neste caso está medindo aproximadamente 27°.
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Ângulo diedro
Determinar então, o ângulo diedro entre estes planos exigirá inicialmente a inclusão de um
plano auxiliar (PA1), posicionado perpendicular à VG da reta interseção. A reta interseção entre
os planos foi determinada à partir da projeção horizontal dos planos, na qual o plano Frontal
EFG projetado linearmente, intercepta o plano Qualquer ABC, nos pontos R e S.
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Determinada a projeção pontual da reta interseção (reta RS), determina-se então, o ângulo
diedro entre os planos, sendo este, o menor ângulo formado pelas projeções lineares dos
mesmos. No caso, esse ângulo é de aproximadamente 34°, conforme mostrado no problema.
Um segundo Plano Auxiliar (PA2), paralelo à projeção linear do plano Qualquer (plano ABC),
possibilitou determinar sua Verdadeira Grandeza.
Diferente dos dois exemplos anteriores, o problema a ser apresentado agora, oferece maior
complexidade na determinação do ângulo diedro. Essa complexidade é decorrente do problema
envolver dois planos de 3° grupo (planos α e β), pois, sendo ambos planos não projetantes, não
têm projeção linear, como mostra a épura na Figura 3.21.
Em casos assim é necessário antes de tudo, determinar a projeção linear de um dos dois planos.
Neste exemplo, optou-se por determinar a projeção linear do plano β, definido pelos pontos
ABC, à partir do Plano Auxiliar PA1, traçado perpendicularmente à VG da reta Horizontal auxiliar
(BP) pertencente ao plano β, como mostra a épura na Figura 3.21a.
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Figura 3.21 Figura 3.2a
O plano β, já em projeção linear, cortou o plano α (EFG) nos pontos 1 e 2. Observa-se que esses
pontos pertencem respectivamente aos lados EF e EG do plano α. A reta definida pelos pontos 1
e 2 é a interseção entre os planos α e β. Essa reta deverá ser alçada para as projeções horizontal
e vertical dos dois planos (planos α e β), mediante a aplicação da regra de pertinência entre
ponto e reta, seguindo-se posteriormente a definição da visibilidade dos planos pós interseção.
O passo seguinte é determinar mediante um outro Plano Auxiliar (PA2), a VG do plano β (ABC) e
consequentemente a VG da reta interseção.
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Figura 3.21b
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3.15 - Exercícios propostos
1) Sabendo-se que os planos Vertical Ʊ e Frontal β, definidos respectivamente pelos pontos não
alinhados ABC e EFGH, pede-se:
a) Projeções de Ʊ e β
b) Interseção entre Ʊ e β
c) Ângulo diedro entre Ʊ e β
d) Verdadeira grandeza de Ʊ
Dados: A(10; 10; 30) B(35; ??; 05) C(50; 50; 60) - E(15; 25; 15) F(15; ??; 55) G(55; ??; 55)
H(55; ??; 15)
2)Um plano Frontal definido pelos pontos ABC intercepta um plano Qualquer. Sendo o plano
Qualquer definido pelos pontos EFG, pede-se:
a) Interseção entre os dois planos
b) Ângulo diedro
c) Verdadeira grandeza do plano Qualquer.
Dados: A(60; 35; 60) B(45; ??; 15) C(15; ??; 40) - E(10; 20; 15) F(35; 10; 60) G(55; 55; 10)
3) Os plano α (ABC) e β (DEF) se interceptam na reta RS. Sendo α um plano Qualquer e β um
plano de Topo, pede-se:
a) Interseção entre α e β
b) VG de β
c) Ângulo diedro.
Dados: A(60; 35; 10) B(10; 50; 25) C(25; 05; 35) - D(55; 10; 30) E(45; 60; 25) F(10; 35; ??)
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REFERÊNCIAS
BORGES, Gladys Cabral de Mello. Noções de geometria descritiva: teoria e exercícios. 7ª Edição -
Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1002.
COSTA, Mário (e Alcy Paes de Andrade) Duarte. Geometria gráfica tridimensional. Vol. I e II.
Recife, 1980.
PEARCE, G. F. Enginieering graphics and descriptive geometry in 3-D. Canada. The Macmillan
Company of Canada. 1977.
PINHEIRO, Virgilio Athaide. Noções de Geometria Descritiva I. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico
SA, 1972.
PRINCIPE JUNIOR, Alfredo dos Reis. Noções de geometria descritiva. 29ª Ed. São Paulo, Nobel,
1979. 2v.
SOUZA, Cícero (Celso) Monteiro de. Geometria descritiva: o método de projeções cotadas. O
sistema mongeano de representação. (Complementação). Recife. Imprensa Universitária, UFPE,
1989.
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