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GEOMETRÍA DESCRITIVA

ESPECIALIDADE MATEMÁTICA / FÍSICA

INTRODUÇÃO

O homem desde a sua aparição teve sempre a necessidade de


comunicar-se e encontrar um meio de representar as formas e os objectos
que o rodeiam.

Devido a essa necessidade ele procurou em dar corpo a sua


capacidade criadora, através dos meios gráficos as formas a que a sua
imaginação o conduzisse.

Todavia, os métodos gráficos conduziram-no à uma evolução para a


perfeição maior tendo contribuído para o efeito homens de grande
inteligência e cultura de destaque nesta tarefa como Leonardo da Vinci,
Gaspar Monge e Pancelet.

Necessidade técnicas, de dia, dia mais prementes foram encaminhando


esses gráficos de representação, para a adopção de normas mais ou menos
intencionais abolindo muito do que era consequência da intuição da pessoa e
da expressão pessoal, mais consentãneo como o campo das artes plásticas.

Nesta ciência temos que apontar como referência um grande talento


neste caso Gaspar Monge, com a sua Geometrie Descriptive, por que
conseguiu reunir e sistematizou material que até aquela altura eram usados
de modo impreciso e variável. Este sistema tem como base o conceito de
projecção, que esta na base de todos os actuais sistemas de representação
rigoroso.
NOTA EXPLICATIVA

Esta programa de Geometria Descritiva, é unicamente dirigido a


formação de professores de matemática, pelo que foram seleccionados
capítulos, que achamos adequados para o efeito.

Assim; tendo em conta que o mesmo só absorverá um semestre de


aulas lectivas, com uma carga horária de três (3) horas semanas, tendo em
conta que destes não se exigirá um conhecimento muito aprcifundado, como
nos casos de engenharias ou artes plásticas.

Deste modo procurou-se elaborar um programa acessível, que se possa


transmitir com objectividade e tranquilidade tendo em conta o objectivo que
se persegue.
OBJECTIVOS GERAIS

 Identificar os diferentes tipos de projecção e os princípios básicos dos


métodos de representação diédrica e asconometrica.
 Reconhecer a função e vocação particular de cada um desses métodos de
representação.
 Adquirir vocabulário específico do Desenho e de Geometria Descritiva.
 Conhecer aspectos da representação estudados, material e equipamento
de Desenho e as convenções gráficas.
 Representar com exactidão sobre Desenhos que só têm duas dimensões
os objectos que na realidade têm e que são susceptíveis de uma definição
rigorosa (Gaspard Monge).
 Desenvolver a capacidade de utilização mental a representação gráfica,
de formas reais ou imaginadas. Deduzir da descrição exacta dos corpos as
propriedades das formas e as suas posições respectivas (Gaspard Monge).
 Utilizar correctamente os materiais e instrumentos cometidos ao Desenho
rigoroso.
OBJECTIVOS ESPECIFICOS

 Definir o objecto e a finalidade do Desenho e da Geometria Descritiva.


 Adquirir a nova projecção.
 Identificar os diferentes tipos de projecção e os métodos de representação
a estudar.
 Caracterizar os métodos de representação diédrica.
 Representar diedricamente os elementos geométricos: pontos, rectas e
planos.
 Representar segmentos de rectas e figuras planas situadas em planos
paralelos aos planos de projecção.
 Resolver problemas elementares de incidência e intercepção relativa aos
elementos geométricos.
 Rep resentar sólidos geométricos (pirãmides, circunferências e prismas),
com base (s) horizontal (ais), frontal (ais) ou de perfil.
 Aplicar os métodos geométricos auxiliares para obtenção da verdadeira
grandeza de figuras planas situadas em planos projectante.
 Representar figuras planas (polígnos e círculos) situadas em planos
verticais e de topo.
 Representar sólidos geométricos (pirãmides e prismas regulares) de base
(s) situada (s) em planos verticais e de topo.
 Resolver problemas gerais de intercepção de rectas e de planos.
 Resolver problemas paralclismo e perpendicularidade de rectas e de
planos.
 Aplicar os métodos geométricos auxiliares para obtenção da verdadeiras
grandezas de figuras situadas em planos não projectantes.
 Representar sólidos geométricos (pirãmides e prismas regulares) de base
(s) situada em planos não projectantes.
 Determinar secções em sólidos (pirãmides e prismas) produzidos por
qualquer planos.
GESTÃO DE CARGA HORÁRIA

A gestão de carga horária pressupõe no quadro de apresentação e


gestão dos conteúdos e considera como carga horária iliquidas 3 horas  ⋎
semanas = X horas/anos. Para o cálculo da carga horária liquida, a realmente
útil para as actividades lectivas de ensino aprendizagem, retiram-se 25% dos
tempos lectivos, a serem utilizados em sessões de apresentação do programa,
actividades de avaliação e como crédito horário para o impedimento de
aulas, o que fez Z horas úteis.

Todavia a utilização de carga horária à abordagem de cada ponto do


programa é uma sugestão possível de alteração, quer causada . por demoras
imprevistas nas actividades de desenvolvimento dessas abordagens, quer
pela necessidade de desdobramento da turma em grupos com ritmos de
aprendizagem diferentes ou com trabalho de execução de diferentes
durações.
CAPITULO I

Representação do ponto
Este capítulo tem como objectivo de definir um ponto assim como a
sua projecção nos planos projectantes, já que um ponto pode ocupar
conforme o diedro o diedro ou triedro em que se situe as posições distintas.

CAPITULO II

Representação da recta
Neste capítulo o objectivo é de se debruçar na representação da recta,
como é sabido uma recta não é mais do que um conjunto de pontos e as suas
projecções podem ser definidas pelas projecções do mesmo nome de dois
pontos dessa recta.

Também, deve-se ter em conta os pontos notáveis de uma recta que


são um ponto de partida para a determinação das suas projecções.

Em asconometria são pontos notáveis de uma recta os pontos em que


se encontram os planos coordenados e o plano asconometrico, assim como o
troço horizontal (H) e o troço vertical (V).

CAPITULO III

Representação do plano
Este capítulo tem como essência de incutir ao aprendizando a
representação dos diversos planos, partindo de que um plano, pode ser
representado de diversas formas, como, por três pontos, um ponto e uma
recta, por duas rectas paralelas ou duas rectas concorrentes. Em
asconometria, o plano é muitas vezes representado pelos seus traços nos
planos coordenados e no plano asconometrico, sendo suficiente para que
fique definido apenas dois desses traços.
1.1. Posições no plano
Neste ponto é para podermos situar um plano em relação aos
planos coordenados em variadas posições com a sua
nomenclatura.

1.2. Traço natural de um plano


Considera-se como traço natural desse plano com o plano
asconometrico sendo este arbitrário dentro de um sistema, torna-se
necessário considerar um plano para depois se poder resolver o
problema.

1.3. Intersecção de planos


Aqui procura-se que o aprendizando tenha a destreza de conseguir
interceptar vários planos com o intuito de encontrar a recta
resultante, tendo como principio o conhecimento dos seus pontos
ou um ponto e a direcção dessa recta.

CAPITULO IV

Neste capitulo a sua essência é de procurar-se que o aluno utilize os


métodos geométricos auxiliares cujo o processo destina-se em colocar as
figuras em posições convenientes para que os mesmos sejam resolvidos.

Todavia, esses métodos dividem-se em duas partes distintas, as


rotações e as mudanças de planos. No primeiro caso, estes processos são as
figuras que rodam em torno de um eixo adequado até ocuparem posições
que facilitem as operações que sejam necessário efectuar; determinação de
distancia e ãngulos, construção de figuras geométricas, determinação de
outras verdadeiras grandezas. No segundo caso, as mudanças de planos,
atingem-se os mesmos objectivos alterando a posição dos planos de
projecção, e obtendo novas projecções adequadas a esses objectivos. O
rebatímento tem também como objectivo em fazer mudanças dos planos de
projecção tal como as rotações, obedecendo a determinados princípios que
permitem manter rigoroso e coerente o sistema de dupla projecção ortogonal
(sistema diédrico)
CAPITULO V

Projecção de figuras planas


Neste capítulo pretende-se que o aluno com os conhecimentos
adquiridos anteriormente faça a representação dos polígonos que baseia-se
no conhecimento das projecções dos segmentos.

CAPITULO VI

Projecções de poliedros
Aqui pretende-se que o aluno ao projectar um prisma ou uma pirãmide
assente em planos paralelos ou em planos oblíquos que ele possa distinguir
as arestas visuais ou invisíveis.

CAPITULO VII

Neste capítulo procura-se que o aprendizado possa determinar a


verdadeira grandeza da secçao efectuada no poliedro e que se verifica na
intercepção das rectas (as arestas do solido) com os planos.

NOTA:

Embora se entenda que este capítulo é caracter essencial, poder-se-á


dispensá-lo sempre que o tempo não seja suficiente para o seu
leccionamento.
CAPÍTULO I:

1. Projecções do ponto
1.1. Projecções de urn ponto sobre um plano
1.2. Métodos de projecções
1.3. Rebatimento do plano vertical
1.4. Planos bissectores
1.5. Projecções de pontos no espaço

CAPÍTULO II:

2. Representação da recta
2.1. Projecções duma recta
2.2. Posições da recta no espaço
2.3. Traços de uma recta
2.4. Ponto pertencente a uma recta
2.5. Rectas concorrentes e rectas paralelas

CAPÍTULO III:

3. Teoria sobre plano


3.1. Representação do plano
3.2. Posições de um plano
3.3. Rectas e pontos do plano
3.4. Intersecção de planos
3.5. Intersecção de uma recta com um plano

CAPÍTULO IV:

4. Rebatimentos
4.1. Rebatimentos dum ponto sobre os planos de projecção
4.2. Rebatimentos de um segmento de recta sobre os planos de projecção
4.3. Rebatimentos dum polígono sobre um plano
4.4. Determinação dos traços duma recta de perfil
CAPITULO V:

5. Projecções de figuras planas


5.1. Projecções de polígonos
5.2. Polígonos assentes em planos verticais ou de topo
5.3. Projecções de circunferências
5.3.1. Circunferências assentes em planos paralelos aos planos de projecções
ou nos próprios planos de projecção
5.3.2. Circunferências assentes em planos de topo ou verticais

CAPITULO VI:

6. Projecções de poliedros
6.1. Projecções de pirâmides de bases assentes nos planos de projecções
em planos de nível ou de frente e oblíquos (topo e verticais)
6.2. Projecções de prismas de bases assentes nos planos de projecções em
planos de nível e oblíquos (topo e verticais)

CAPÍTULO VII:

7. Secções de poliedros
7.1. Secção feitas nos poliedros pelos planos de nível ou de frente
7.2. Secção feitas nos poliedros pelos planos de oblíquos de topo e vertical
ORIENTAÇÕES MFTODOLÓGICAS

Este programa adianta, em paralelo com a apresentação dos


conteúdos, sugestões metodológicas que, embora não vinculativas, apontam
para um modo preciso de encaminhar as actividades e para uma forma
concreta de articulação das abordagens teóricas dos assuntos com a
execuçao prática de problemas traçados.

RECURSOS

A didáctica sugerida para a disciplina de Desenho e Geometria


Descritiva no ensino secundário pressupõe a possibilidade de uso na sala de
aula, de materiais e equipamentos diversificados.

 Material de Desenho para o quadro e para o trabalho individual


(régua, esquadro, compasso, transferidor).
 Vídeo didáctico de manipulação e modelos.
 Sólidos geométricos constituídos em diversos materiais (placas,
arames, palhinhas, acetatos acrílicos, plásticos madeira).
 Meios audiovisuais (retro projector, acetatos e canetas projector de
dispositivo de vídeo e data show).
 Computador com programa de Geometria Descritiva ou de CAD.
 Projector de luz.
Seria conveniente que cada escola dispusesse de uma sala específica
da disciplina de Desenho e Geometria Descritiva com materiais
referidos instalados e salvaguardados, assim como de armários,
cacifos para guardar o material individual dos alunos.
AVALIAÇÃO

A avaliação em Geometria Descritiva é contínua e integra duas


componentes formativa ora sumativa, baseada no decorrer dos trabalhos,
desde os primeiros ensaios até aos produtos finais, outra parte sumativa,
assente em provas criadas para o efeito. Os objectivos gerais e específicos da
disciplina, definem-se segundo parãmetro que se apresentam em seguida.

CONCEITOS:

No capítulo da avaliação a aplicação dos conceitos decorrentes dos


conteúdos do programa: os implicados no conhecimento dos fundamentos
teóricos dos métodos de representação diédrica e asconometrica.

A avaliação do conhecimento dos princípios teóricos far-se-á tendo


em conta:
 A interpretação de representação de formas
 A identificação dos métodos de representação utilizadas
 A distinção entre as aptidões específicas de cada método, com vista a sua
escolha na resolução de cada problema concreto de representação.
 O relacionamento de métodos elou processos.
BIBLIOGRAFIA

GOMES; Maria Berta; Porto; Porto Editora - exercícios de Geometria


Descritiva para o 6º ano Liceal; 2' edição

SOUSA; Marcelo Moreira; Lisboa; Plátano Editora; S.A. Desenho e


Geometria Descritiva 10º; 11º; e 12º ano de escolaridade; 1ª edição E – 2119
– 94

CARREIRA; Antônio Ribeiro; Porto; Compêndio de Desenho para o 6º e 7º


ano Liceal

CUNHA; Luis Veiga da; Desenho Técnico, 6, Lisboa, Fundação Calouste


Gulbenkian 1984

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