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Representação gráfica : Geometria descritiva

Universidade Federal de Sergipe


Associação Brasileira de Imprensa – ABI- RJ
Departamento de Arquitetura e Urbanismo Projeto:M M Roberto(1936)
Fonte: Acervo do Autor
Geometria Descritiva I

Agripino Costa Neto

Biblioteca UFS – SE
Ilustração: o autor.
Julho de 2022.
Representação gráfica : Geometria descritiva

• Projeção Cônica: - Vista a partir


de um ponto de distância Finita
 A figura projetada não
representa verdadeira
grandeza

• Projeção Ortográfica Paralela -


Vista a partir de um ponto de
distância Infinita
 A figura projetada é
representa em
verdadeira grandeza
Representação gráfica : Geometria descritiva

A projeção ortográfica é uma forma de representar graficamente


objetos tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir
suas características com precisão e demonstrar sua verdadeira
grandeza

Para entender bem como é feita a projeção ortográfica você precisa


conhecer três elementos: o modelo, o observador e o plano de
projeção.
Representação gráfica : Geometria descritiva

Modelo

É o objeto a ser representado em projeção ortográfica. Qualquer objeto


pode ser tomado como modelo: uma figura geométrica, um sólido
geométrico, uma peça de máquina ou mesmo um conjunto de peças.

Observador

É a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o modelo.


Para representar o modelo em projeção ortográfica, o observador deve
analisá-lo cuidadosamente em várias posições.
Representação gráfica : Geometria descritiva

Plano de projeção

É a superfície onde se projeta o modelo.

Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as


projeções de modelos: um plano vertical e um plano horizontal que
se cortam perpendicularmente.

SPVS – semiplano vertical superior


SPVI – semiplano vertical inferior
SPHA – semiplano horizontal
anterior
SPVP – semiplano vertical posterior

Esses dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em


quatro regiões chamadas diedros.
Representação gráfica : Geometria descritiva

Diedro : é a região limitada por dois semi


planos perpendiculares entre si.

Para simplificar o entendimento da


projeção ortográfica passaremos a
representar apenas o 1° diedro, o que é
normalizado pela ABNT.
Chamaremos o semiplano vertical
superior de plano vertical.
O semiplano horizontal anterior
passará a ser chamado de plano
horizontal.
Representação gráfica : Geometria descritiva

Projeção ortográfica de um
Ponto

Imagine um plano vertical e


um ponto A não pertencente a
esse plano, observados na direção
indicada pela seta, como mostra a
figura a seguir.
Traçando uma perpendicular
do ponto A até o plano, o ponto
A1 - onde a perpendicular
encontra o plano - é a projeção do
ponto A.
Representação gráfica : Geometria descritiva

A linha perpendicular que vai do


ponto tomado como modelo ao
plano de projeção é chamada linha
projetante.
Generalizando esse exemplo,
podemos afirmar que a projeção
ortográfica de um ponto num plano
é sempre um ponto idêntico a ele
mesmo.
Representação gráfica : Geometria descritiva

Projeção ortográfica de um
Ponto

Imagine um plano vertical e


um ponto A não pertencente a
esse plano, observados na direção
indicada pela seta, como mostra a
figura a seguir.
Traçando uma perpendicular
do ponto A até o plano, o ponto
A1 - onde a perpendicular
encontra o plano - é a projeção do
ponto A.
Representação gráfica : Geometria descritiva

Posições particulares do ponto

Posições assumidas pelo ponto


em função de suas coordenadas
Representação gráfica : Geometria descritiva

Diedros 1° e 2°

Afastamento e cota
Representação gráfica : Geometria descritiva

Diedros 3° e 4°

Afastamento e cota
Representação gráfica : Geometria descritiva

Pontos nos semiplanos


horizontais

Afastamento e cota
Representação gráfica : Geometria descritiva

Pontos nos semiplanos verticais

Afastamento e cota
Representação gráfica : Geometria descritiva

Ponto na linha de terra

Afastamento e cota nulos


Representação gráfica : Geometria descritiva

Planos bissetores

O plano bissetor é um plano que passa pela linha de terra e


forma 45° com os planos de projeção, dividindo o diedro em
duas regiões iguais. Há dois planos bissetores, conforme
apresentado na Figura 2.5. O Plano Bissetor Ímpar (βI) ou
Primeiro Bissetor (β13) atravessa os diedros impares (1° e 3°),
enquanto o Plano Bissetor Par (βP) ou Segundo Bissetor (β24)
atravessa os diedros pares (2° e 4°).
Representação gráfica : Geometria descritiva

Pontos nos planos bissetores

Cotas e afastamentos situados nos planos bissetores


Representação gráfica : Geometria descritiva

Posições especiais de simetria


Pontos simétricos em relação aos planos de
projeção

Quando dois pontos são simétricos em relação ao plano horizontal de


projeção, possuem a mesma abscissa, afastamentos iguais em
grandeza e sentido e cotas de mesma grandeza e sentidos contrários

Pontos simétricos em relação ao plano horizontal


Representação gráfica : Geometria descritiva

Posições especiais de simetria


Pontos simétricos em relação aos planos de
projeção

Quando dois pontos são simétricos em relação ao plano vertical de


projeção, possuem a mesma abscissa, cotas iguais em grandeza e
sentido e afastamentos de mesma grandeza e sentidos contrários

Pontos simétricos em relação ao plano horizontal


Representação gráfica : Geometria descritiva

Posições especiais de simetria


Pontos simétricos em relação aos planos
bissetores
Quando dois pontos são simétricos em relação ao plano bissetor
ímpar, possuem a mesma abscissa e a cota de um ponto é igual ao
afastamento do outro em grandeza e sentido. Nesse caso, as
projeções de nomes contrários dos dois pontos são simétricas em
relação à linha de terra

Simetria de pontos em relação ao Plano Bissetor Ímpar


Representação gráfica : Geometria descritiva

Posições especiais de simetria


Pontos simétricos em relação aos planos
bissetores
Quando dois pontos são simétricos em relação ao plano bissetor par,
possuem a mesma abscissa e a cota de um ponto é igual ao
afastamento do outro com sinal contrário. Nesse caso, as projeções de
nomes contrários dos dois pontos são coincidentes

Simetria de pontos em relação ao Plano Bissetor Par


Representação gráfica : Geometria descritiva

Posições especiais de simetria


Pontos simétricos em relação aos planos
bissetores
Quando dois pontos são simétricos em relação à linha de terra,
possuem a mesma abscissa e cotas e afastamentos iguais em
grandeza, mas de sentidos contrários. Nesse caso, as projeções de
mesmo nome são simétricas em relação à linha de terra

Simetria de pontos em relação à linha de terra


Normas Técnicas de representação gráfica aplicadas em desenho
técnico. Vistas ortográficas e perspectivas

Perspectiva isométrica

Ela representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único


plano, de maneira a transmitir a idéia de profundidade e relevo.

Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de


um cubo em três tipos diferentes de perspectiva:
Comparando as três formas de representação, você pode notar que a perspectiva
dá a idéia menos deformada do objeto.

Iso quer dizer mesma; métrica quer dizer medida. A perspectiva isométrica
mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do
objeto representado. Além disso, o traçado da perspectiva isométrica é
relativamente simples.
Normas Técnicas de representação gráfica aplicadas em desenho
técnico. Vistas ortográficas e perspectivas

Ângulos

Para estudar a perspectiva isométrica, precisamos saber o que é um ângulo e


a maneira como ele é representado.
Ângulo é a figura geométrica formada por duas semi-retas de mesma origem.
A medida do ângulo é dada pela abertura entre seus lados.

Uma das formas para se medir o ângulo consiste em dividir a circunferência


em 360 partes iguais. Cada uma dessas partes corresponde a 1 grau (1º).
Normas Técnicas de representação gráfica aplicadas em desenho
técnico. Vistas ortográficas e perspectivas

Eixos isométricos

O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três


semiretas que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si três
ângulos de 120°.
Essas semi-retas, assim dispostas,
recebem o nome de eixos isométricos.

Cada uma das semi-retas é um eixo


isométrico.
Os eixos isométricos podem ser
representados em posições variadas,
mas sempre formando, entre si,
ângulos de 120°.

O traçado de qualquer perspectiva


isométrica parte sempre dos eixos
isométricos.
Normas Técnicas de representação gráfica aplicadas em desenho
técnico. Vistas ortográficas e perspectivas

Linha isométrica

Agora vocês vão conhecer outro elemento muito importante para o traçado
da perspectiva isométrica: as linhas isométricas.
Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica.

- r e s são linhas isométricas porque são paralelas ao


eixo y;
- t é isométrica porque é paralela ao eixo z;
- u é isométrica porque é paralela ao eixo x.

As linhas não paralelas aos eixos isométricos são


linhas não isométricas. A reta v, na figura abaixo, é
um exemplo de linha não isométrica.
Normas Técnicas de representação gráfica aplicadas em desenho
técnico. Vistas ortográficas e perspectivas

p Perspectiva
e • Cônica ou Central – 1, 2 ou 3 pontos de fuga
r • Axonométrica – Ortogonal – Isométrica
- Dimétrica
s
-Trimétrica
p
e - Oblíqua – Cavaleira
c - Militar
t
i
v
a
DESENHO DA ARQUITETURA
Normas Técnicas de representação gráfica aplicadas em desenho
técnico. Geometria Descritiva

Agripino Costa Neto


Composição de esquadros
DESENHO DA ARQUITETURA
Normas Técnicas de representação gráfica aplicadas em desenho
técnico. Geometria Descritiva

Classificação por números


Nº 1 – macio, geralmente usado para esboçar e para destacar traços que devem
sobressair;
Nº 2 – médio, é o mais usado para qualquer traçado e para a escrita em geral;
Nº 3 – duro, usado em desenho geométrico e técnico.

Classificação por letras


A classificação mais comum é H para o lápis duro e B para lápis macio. Esta
classificação precedida de números dará a gradação que vai de 6B (muito macio) a
9H (muito duro), sendo HB a gradação intermediária.

Agripino Costa Neto


Grafites – Níveis de dureza
DESENHO DA ARQUITETURA

A dureza de um grafite para desenho depende dos seguintes fatores:


O grau do grafite, que varia de 9H (extremamente duro) a 6B
(extremamente macio);
Tipo e acabamento do papel (grau de aspereza): quanto mais áspero um
papel, mais duro deve ser o grafite que você usar;
A superfície de desenho: quanto mais dura a superfície, mais macio parece o
grafite;
Umidade: condições de alta umidade tendem a aumentar a dureza
aparente do grafite.

Agripino Costa Neto


Minas de grafite
DESENHO DA ARQUITETURA

Traço forte - As linhas grossas e escuras são utilizadas Traço médio - As finas e escuras representam
para representar, nas plantas baixas e cortes, as elementos em vista ou tudo que esteja abaixo do
paredes e todos os demais elementos interceptados plano de corte, como peitoris, soleiras, mobiliário,
pelo plano de corte. No desenho a lápis podemos ressaltos no piso, etc. É indicado o uso do grafite
desenha-la com o grafite 0.9, traçando com a lapiseira 0.5, num traço firme, com a lapiseira um pouco
bem vertical, podendo retraça-la diversas vezes caso inclinada, procurando gira-la em torno de seu
necessário. Com o uso de tinta nanquim a pena pode eixo, para que o grafite desgaste
ser 0.6; homogeneamente mantendo a espessura do
traço único. Para o desenho a tinta pode-se usar
as penas 0.2 e 0.3.
Textos e outros elementos informativos podem
ser representados com traços médios. Títulos ou
informações que precisem de destaque poderão
aparecer com traço forte.

Traço fino - Nas paginações de piso ou parede


(azulejos, cerâmicas, pedras, etc), as juntas são
representadas por linhas finas. Também para

Agripino Costa Neto


linhas de cota, auxiliares e de projeção. Utiliza-se
normalmente o grafite 0.3, ou o grafite 0.5
exercendo pequena pressão na lapiseira. Para
tinta, usa-se as penas 0.2 ou 0.1.
Tipos de linha
DESENHO DA ARQUITETURA

Agripino Costa Neto


DESENHO DA ARQUITETURA

Parte-se de uma área de 1m², porém com


dimensões de 841 x 1189 mm. A partir deste
formato, chamado de A0, obtém-se múltiplos e
submúltiplos dos formatos anteriores para atingir
os demais: A1, A2, A3...(uma é sempre a metade
da anterior).

Agripino Costa Neto


Dimensões do papel
Normas Técnicas de representação gráfica aplicadas em desenho
técnico. Vista ortográficas e perspectivas

R  A. SILVA, C.T. Ribeiro, DesenhoTécnico Moderno, 2012.


E
F  MONTENEGRO, GILDO. Desenho Arquitetônico, 2009
E
R  MONTENEGRO, GILDO. Geometria Descritiva – Editora Blücher.
Ê
N  NBR 6492. Representação de desenho de Arquitetura.
C
 PRIÍNCIPE JÚNIOR, Alfredo dos Reis. Noções de Geometria
I
Descritiva – Volume I. Nobel.
A
S  PRIÍNCIPE JÚNIOR, Alfredo dos Reis. Noções de Geometria
B Descritiva – Volume II. Nobel.
I
B  FARELLY, Lorraine. Tecnicas de representação –Tradução
L técnica: Alexandre Salvaterra – Porto Alegre; Bookman, 2011
I
O  RABELLO, Paulo S. B.,Geometria Descritiva Básica. –
G Universidade do Estado do Rio de Janeiro
R
Á

Agripino Costa Neto


F
I
C
A
S

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