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Geometria, O que é?

A geometria é dividida em: Geometria Plana, Espacial e Analítica.


 A geometria plana ou euclidiana é a parte da matemática que estuda as figuras que não possuem volume.
 A Geometria Espacial corresponde a área da matemática que se encarrega de estudar as figuras no espaço, ou seja, aquelas
que possuem mais de duas dimensões.
 A Geometria Analítica estuda elementos geométricos em um sistema de coordenadas num plano ou espaço. Estes objetos
geométricos são determinados por sua localização e posição em relação a pontos e eixos deste sistema de orientação.

Geometria é uma palavra de origem grega que significa: “geo”, terra, e “metria”, que vem da palavra “métron” e significa medir.
Sendo assim, a Geometria é uma ciência que se dedica a estudar as medidas das formas de figuras planas ou espaciais, bem como
sobre a posição relativa das figuras no espaço e suas propriedades.

 Pontos: são sempre representados por letras maiúsculas do nosso alfabeto.

Pontos A, B e C.

 Retas: são sempre representadas por letras minúsculas do nosso alfabeto.

Reta r.

Com base na ideia que temos de reta, lembrando que ela é ilimitada, ou seja, infinita para os
dois lados, surgem os conceitos de semirreta e segmento de reta. A fim de compreender melhor esse elemento essencial para a
 Semirreta: é parte de uma reta que possui início, mas não possui fim.

Semirreta que se inicia no ponto A.

 Segmento de reta: é um segmento que se encontra entre dois pontos, ou seja, é limitado tanto no começo quanto no final.

Segmento AB.

 Plano: é representado pelas letras do alfabeto grego.

Plano α.

Para aprofundar-se mais nesses conceitos fundamentais para essa área da


matemática.
Posição relativa entre ponto e reta
Conhecendo os elementos primitivos, é possível fazermos análise da posição relativa entre ponto e reta.

Note que os pontos A e B pertencem à reta r → dizemos que ; A ∈ r; B ∈ r.;


E que o ponto C não pertence à reta r → dizemos que C ∉ r.

Posição relativa entre duas retas


Duas retas podem ser paralelas, concorrentes ou coincidentes.
 Retas paralelas: quando não possuem nenhum ponto em comum. A representação delas é feita com duas barras c // b (lê-se:
c paralela a b).

r//t

 Retas concorrentes: quando possuem um único ponto em comum.

Retas que se encontram no ponto E.

 Retas coincidentes: quando possuem infinitos pontos em comum, ou seja, elas são iguais.

Ângulos
Outro conceito muito importante é o de ângulo, que é a região formada pelo encontro entre duas semirretas. O ângulo é medido em
graus e é classificado de acordo com a sua medida.
 Ângulo agudo: menor que 90º

Ângulo agudo.
 Ângulo reto: mede exatamente 90º.

Ângulo reto.

 Ângulo obtuso: maior que 90º

Ângulo obtuso.

 Ângulo raso: mede exatamente 180º.

Ângulo raso.

Curiosidades
Os cálculos mais comuns em Geometria espacial são para determinar o comprimentos de curvas, áreas de superfícies e volumes de
regiões sólidas.
Os "Sólidos Platônicos" são poliedros convexos conhecidos desde a antiguidade clássica. Os cinco "sólidos platônicos" são:
tetraedro, cubo, octaedro, dodecaedro, icosaedro.
Geometria plana
A construção da geometria plana, conhecida também como geometria euclidiana, deve-se aos conceitos básicos de ponto, reta e
plano e às construções realizadas com base nesses elementos primitivos. Vale ressaltar que não existe definição para ponto, reta e
plano, e, por isso, são conhecidos como elementos primitivos, porém todos nós conhecemos esses elementos de forma intuitiva.
É fascinante notar que o termo geometria é a união das palavras "geo" (terra) e "metria" (medida); posteriormente, a palavra significa
a "medida de terra".

Ponto
Conceito adimensional, uma vez que não possui dimensão. Os pontos determinam uma localização e são indicados com letras
maiúsculas.

Reta
A reta, representada por letra minúscula, é uma linha ilimitada unidimensional (possui o comprimento como dimensão) e pode se
apresentar em três posições:
 Horizontal
 Vertical
 Inclinada
Dependendo da posição das retas, quando elas se cruzam, ou seja, possuem um ponto em comum, são chamadas de retas
concorrentes.
Por outro lado, as que não possuem ponto em comum, são classificadas como retas paralelas.

Segmento de Reta
Diferente da reta, o segmento de reta é limitado pois corresponde a parte entre dois pontos distintos.
A semirreta é limitada somente num sentido, visto que possui início e não possui fim.

Plano
Corresponde a uma superfície plana bidimensional, ou seja, possui duas dimensões: comprimento e largura. Nessa superfície que se
formam as figuras geométricas.

Ângulos
Os ângulos são formados pela união de dois segmentos de reta, a partir de um ponto comum, chamado de vértice do ângulo. São
classificados em:
 ângulo reto (Â = 90º)
 ângulo agudo (0º)
 ângulo obtuso (90º)

Área
A área de uma figura geométrica expressa o tamanho de uma superfície. Assim, quanto maior a superfície da figura, maior será sua
área.

Perímetro
O perímetro corresponde a soma de todos os lados de uma figura geométrica.
Figuras da Geometria Plana
Triângulo
Polígono (figura plana fechada) de três lados, o triângulo é uma figura geométrica plana formada por três
segmentos de reta.
Segundo a forma dos triângulos, eles são classificados em:
 triângulo equilátero: possui todos os lados e ângulos internos iguais (60°);
 triângulo isósceles: possui dois lados e dois ângulos internos congruentes;
 triângulo escaleno: possui todos os lados e ângulos internos diferentes.

No tocante aos ângulos que formam os triângulos, eles são classificados em:
 triângulo retângulo: possui um ângulo interno de 90°;
 triângulo obtusângulo: possui dois ângulos agudos internos, ou seja, menor que 90°, e um ângulo obtuso interno, maior que
90°;
 triângulo acutângulo: possui três ângulos internos menores que 90°.

Quadrado
Polígono de quatro lados iguais, o quadrado ou quadrilátero é uma figura geométrica plana que possuem
os quatro ângulos congruentes: retos (90°).

Retângulo
Figura geométrica plana marcada por dois lados paralelos no sentido vertical e os outros dois
paralelos, no horizontal. Assim, todos os lados do retângulo formam ângulos reto (90°).

Círculo
Figura geométrica plana caracterizada pelo conjunto de todos os pontos de um plano. O raio (r) do círculo
corresponde a medida da distância entre o centro da figura até sua extremidade.

Trapézio
Chamado de quadrilátero notável, pois a soma dos seus ângulos internos
corresponde a 360º, o trapézio é uma figura geométrica plana.
Ele possui dois lados e bases paralelas, donde uma é maior e outra menor.
São classificados em:
 trapézio retângulo: possui dois ângulos de 90º;
 trapézio isósceles ou simétrico: os lados não paralelos possuem a
mesma medida;
 trapézio escaleno: todos os lados de medidas diferentes.

Losango
Quadrilátero equilátero, ou seja, formado por quatro lados iguais, o losango, junto com o quadrado e o
retângulo, é considerado um paralelogramo.
Ou seja, é um polígono de quatro lados os quais possuem lados e ângulos opostos congruentes e paralelos.
Geometria Espacial
De modo geral, a Geometria Espacial pode ser definida como o estudo da geometria no espaço.
Assim, tal qual a Geometria Plana, ela está pautada nos conceitos basilares e intuitivos que chamamos “conceitos primitivos” os
quais possuem origem na Grécia Antiga e na Mesopotâmia (cerca de 1000 anos a.C.).
Pitágoras e Platão associavam o estudo da Geometria Espacial ao estudo da Metafísica e da religião; contudo, foi Euclides a se
consagrar com sua obra “Elementos”, onde sintetizou os conhecimentos acerca do tema até os seus dias.
Entretanto, os estudos de Geometria Espacial permaneceram estanques até o fim da Idade Média, quando Leonardo Fibonacci
(1170-1240) escreve a “Practica Geometriae”.
Séculos depois, Joannes Kepler (1571-1630) rotula o “Steometria” (stereo: volume/metria: medida) o cálculo de volume, em 1615.

Características da Geometria Espacial


A Geometria Espacial estuda os objetos que possuem mais de uma dimensão e ocupam lugar no espaço. Por sua vez, esses
objetos são conhecidos como "sólidos geométricos" ou "figuras geométricas espaciais".
Dessa forma, a geometria espacial é capaz de determinar, por meio de cálculos matemáticos, o volume destes mesmos objetos, ou
seja, o espaço ocupado por eles.
Contudo, o estudo das estruturas das figuras espaciais e suas inter-relações é determinado por alguns conceitos básicos, a saber:
 Ponto: conceito fundamental a todos os subsequentes, uma vez que todos sejam, em última análise, formados por inúmeros
pontos. Por sua vez, os pontos são infinitos e não possuem dimensão mensurável (adimensional). Portanto, sua única
propriedade garantida é sua localização.

 Reta: composta por pontos, é infinita nos dois lados e determina a distância mais curta entre dois pontos determinados.

 Linha: possui algumas semelhanças com a reta, pois é igualmente infinita para cada lado, contudo, têm a propriedade de
formar curvas e nós sobre si mesma.

 Plano: é outra estrutura infinita que se estende em todas as direções.

Figuras da Geometria Espacial


Cubo
O cubo é um hexaedro regular composto de 6 faces quadrangulares, 12 arestas e 8 vértices sendo:
Área lateral: 4a2
Área total: 6a2
Volume: a.a.a = a3

Dodecaedro
O Dodecaedro é um poliedro regular composto de 12 faces pentagonais, 30 arestas e 20 vértices sendo:
Área Total: 3√25+10√5a2
Volume: 1÷4 (15+7√5) a3

Tetraedro
O Tetraedro é um poliedro regular composto de 4 faces triangulares, 6 arestas e 4 vértices sendo:
Área total: 4a2√3÷4
Volume: 1÷3 Ab.h

Octaedro
O Octaedro é um poliedro regular de 8 faces formada por triângulos equiláteros, 12 arestas e 6 vértices
sendo:
Área total: 2a2√3
Volume: 1÷3 a3√2

Icosaedro
O Icosaedro é um poliedro convexo composto de 20 faces triangulares, 30 arestas e 12 vértices sendo:
Área total: 5√3a2
Volume: 5÷12 (3+√5) a3

Prisma
O Prisma é um poliedro composto de duas faces paralelas que formam a base, que por sua vez, podem ser
triangular, quadrangular, pentagonal, hexagonal.
Além das faces o prima é composto de altura, lados, vértices e arestas unidos por paralelogramos. De acordo
com sua inclinação, os prismas podem ser retos, aqueles em que a aresta e a base fazem um ângulo de 90º ou os oblíquos
compostos de ângulos diferentes de 90º.
Área da Face: a.h
Área Lateral: 6.a.h
Área da base: 3.a3√3÷2
Volume: Ab.h

Onde:
Ab: Área da base
h: altura

Pirâmide
A pirâmide é um poliedro composto por uma base (triangular, pentagonal, quadrada, retangular,
paralelogramo), um vértice (vértice da pirâmide) que une todas as faces laterais triangulares.
Sua altura corresponde a distância entre o vértice e sua base. Quanto à sua inclinação podem ser
classificadas em retas (ângulo de 90º) ou oblíquas (ângulos diferentes de 90º).
Área total: Al + Ab
Volume: 1÷3 Ab.h
Onde:
Al: Área lateral
Ab: Área da base
h: altura

Cilindro
Em Geometria, um cilindro é o objeto tridimensional delimitado pela superfície de translação completa de
um segmento de reta que se move paralelamente a si mesmo, e se apoia em uma circunferência.
V= π . r2 . h

Cone
Em geometria, o cone é um sólido geométrico obtido quando se tem uma pirâmide cuja base é um polígono
regular, o número de lados da base tende ao infinito e a medida de lado do polígono tende a zero.
V = (π . r2 . h) ÷ 3

Esfera
A esfera pode ser definida como "uma sequência de pontos alinhados em todos os sentidos à mesma distância
de um centro comum".
V = (4÷3) . π . r3
Geometria analítica
A Geometria Analítica estuda elementos geométricos em um sistema de coordenadas num plano ou espaço. Estes objetos
geométricos são determinados por sua localização e posição em relação a pontos e eixos deste sistema de orientação.
Desde povos da antiguidade, como egípcios e romanos, a ideia de coordenadas já aparece na história. Mas é no século XVII, com
os trabalhos de René Descartes e Pierre de Fermat que este campo da Matemática se sistematiza.

Sistema cartesiano ortogonal


O Sistema Cartesiano Ortogonal é uma base de referência para localização de coordenadas. É constituído, em um plano, por dois
eixos perpendiculares entre si.

 A origem O(0,0) deste sistema é a intersecção destes eixos.


 O eixo x é o das abscissas.
 O eixo y é o das ordenadas.
 Convenciona-se a orientação anti-horária dos quatro quadrantes.

Par ordenado
Um ponto qualquer no plano possui a coordenada P(x, y).

 X é a abscissa do ponto P e constitui a distância entre sua projeção ortogonal


no eixo x até a origem.
 Y é a ordenada do ponto P e constitui a distância entre sua projeção ortogonal
no eixo y até a origem.

Distância entre dois pontos


A distância entre dois pontos no plano cartesiano é o comprimento do segmento que une estes dois pontos.

Fórmula da distância entre dois pontos e quaisquer.

Coordenadas do ponto médio


Ponto médio é o ponto que divide um segmento em duas partes de mesma medida.

Sendo o ponto médio de um segmento , suas coordenadas são as médias aritméticas das abscissas e ordenadas.
e
Condição de alinhamento de três pontos
Dados os pontos: .
Estes três pontos estarão alinhados se o determinante da seguinte matriz for igual a zero.

Coeficiente angular de uma reta


O coeficiente angular de uma reta é a tangente de sua inclinação em relação ao eixo x.

Para obter o coeficiente angular a partir de dois pontos:

Se m > 0 a reta é ascendente, caso contrário, se m < 0, a reta é


decrescente.

Equação geral da reta

Onde a, b e c são números reais constantes e, a e b não são simultaneamente nulos.

Equação da reta conhecendo um ponto e o coeficiente angular


Dado um ponto e o coeficiente angular .
A equação da reta será:

Forma reduzida da equação da reta

Onde:
m é o coeficiente angular;
n é o coeficiente linear.
n é ordenada em que a reta intersecta o eixo y.
Posição relativa entre duas retas paralelas em um plano
Duas retas distintas são paralelas quando seus coeficientes angulares são iguais.
Se uma reta r possui coeficiente angular , e uma reta s possui coeficiente angular , estas são paralelas quando:

Para isto, suas inclinações devem ser iguais.

As tangentes são iguais quando os ângulos são iguais.

Posição relativa entre duas retas concorrentes em um plano


Duas retas são concorrentes quando seus coeficientes angulares são diferentes.

Por sua vez, os coeficientes angulares diferem quando seus ângulos de inclinação em relação ao eixo x, são diferentes.

Retas perpendiculares
Duas restas são perpendiculares quando o produto entre seus coeficientes angulares é igual a -1.
Duas retas r e s, distintas, com coeficientes angulares e , são perpendiculares se, e somente se:

ou
Outro modo de saber se duas retas são perpendiculares é a partir de suas equações na forma geral.
Sendo as equações das retas r e s:

Duas retas suas perpendiculares quando:

Circunferência
Circunferência é o lugar geométrico no plano em que todos os pontos P(x, y) estão a mesma distância r do seu centro C(a, b), onde r
é a medida de ser raio.

Equação da circunferência na forma reduzida

Onde:
r é o raio, a distância entre qualquer ponto de seu arco e o centro C.
a e b são as coordenadas do centro C.
Equação geral da circunferência

É obtida ao desenvolver os termos elevados ao quadrado da equação reduzida da circunferência.


É muito comum aparecer a forma geral da equação da circunferência nos exercícios, também conhecida como forma normal.

Cônicas
A palavra cônica vêm de cone e se refere as curvas obtidas ao seccioná-lo. Elipse, hipérbole e parábola são curvas chamadas de
cônicas.

Elipse
Elipse é uma curva fechada obtida pela secção de um cone circular reto por um plano oblíquo ao eixo, que não passa pelo vértice e
não é paralelo as suas geratrizes.
Em um plano, o conjunto de todos os pontos cuja soma das distâncias a dois pontos fixos internos é constante.

Elementos da elipse:
 F1 e F2 são os focos da elipse;
 2c é distância focal da elipse. É a distância entre F1 e F2;
 O ponto O é centro da elipse. É o ponto médio entre F1 e F2;
 A1 e A2 são os vértices da elipse;
 O segmento eixo maior e igual a 2a.
 O segmento eixo menor e igual a 2b.

 Excentricidade onde 0 < e < 1.

Equação reduzida da elipse


Considere um ponto P(x, y) contido na elipse onde x é a abcissa e y a ordenada deste ponto.
Centro da elipse na origem do sistema de coordenadas e eixo maior (AA) no eixo x.

Centro da elipse na origem do sistema de coordenadas e eixo maior (AA) no eixo y.

Equação reduzida da elipse com eixos paralelos aos eixos coordenados


Considerando um ponto como a origem do sistema cartesiano e, um ponto como centro da elipse.

Eixo maior AA, paralelo ao eixo x.

Eixo maior AA, paralelo ao eixo y.

Hipérbole
Hipérbole é um conjunto de pontos em um plano onde a diferença entre dois pontos fixos F1 e F2 resulta em um valor constante e
positivo.
Elementos da hipérbole:
 F1 e F2 são os focos da hipérbole.
 2c = é a distância focal.
 Centro da hipérbole é o ponto O, médio do segmento F1F2.
 A1 e A2 são os vértices.
 2a = A1A2 é o eixo real ou transverso.
 2b = B1B2 é o eixo imaginário ou conjugado.


é a excentricidade.

Pelo triângulo B1OA2

Equação reduzida da hipérbole


Com eixo real sobre o eixo x e centro na origem.

Com eixo real sobre o eixo y e centro na origem.

Equação da hipérbole com eixos paralelos aos eixos coordenados


Eixo real AA paralelo ao eixo x e centro .

Eixo real AA paralelo ao eixo y e centro .

Parábola
Parábola é o lugar geométrico em que o conjunto de pontos P(x, y) estão a mesma distância de um ponto fixo F e de uma reta d.
Elementos da parábola:
 F é o foco da parábola;
 d é a reta diretriz;
 Eixo de simetria é a reta que passa pelo foco F e é perpendicular à diretriz.
 V é vértice da parábola.
 p é o segmento de mesmo comprimento entre o foco F e o vértice V e, entre o vértice e a diretriz d.

Equações reduzidas da parábola


Com vértice na origem e eixo de simetria sobre o eixo y.

Se p>0 concavidade para cima.


Se p<0 concavidade para baixo.

Com vértice na origem e eixo de simetria sobre o eixo x.

Se p>0 concavidade para direita.


Se p<0 concavidade para esquerda.

Com eixo de simetria paralelo ao eixo y e vértice

Com eixo de simetria paralelo ao eixo x e vértice

Operações com ângulos


Denominamos por ângulo a abertura formada por duas semirretas que possuem a mesma origem.
A unidade usual de ângulo é o grau (representado por º), por exemplo:
25º: lê-se vinte e cinco graus.
32º: lê-se trinta e dois graus.
120º: lê-se cento e vinte graus.
90º: lê-se noventa graus.
O grau possui dois submúltiplos: o minuto (representado por ’) e o segundo (representado por ”). Observe:
32’: lê-se trinta e dois minutos.
81’: lê-se oitenta e um minutos.
15”: lê-se quinze segundos.
45”: lê-se quarenta e cinco segundos.

Temos que 1º (um grau) corresponde a 60’ (sessenta minutos) e 1’ (um minuto) corresponde a 60” (sessenta segundos). Por
exemplo, observe as transformações a seguir:
2º em minutos: 2 * 60 = 120’
12’ em segundos: 12 * 60 = 720”
3600’’ em minutos: 3600 : 60 = 60’
90000” em graus: 90000 : 60 = 1500’ e 1500 : 60 = 25º

Observação:
Tabela de conversões

Adição
Dado os ângulos de 6º 25’ 36” e 4º 40’ 30”, a soma entre eles é:
O resultado da soma é 10º 65’ 66”, porém podemos apresentar o resultado de uma outra forma. Acompanhe a
demonstração:
No ângulo de medida 10º 65’ 66”, temos que 65’ = 60’ + 5’ = 1º + 5’ e 66” = 60” + 6” = 1’ + 6”. Dessa forma, 10º 65’
66” = 11º 6’ 6”.

Subtração
Dados os ângulos 54º 16’ 32” e 27º 18’ 40”, a subtração entre eles é:
Observe que existem valores no minuendo que são menores dos que os valores do subtraendo,
quando isso acontece na subtração temos que tirar do valor da esquerda completando o que está
menor.
Ao retirarmos 1’ de 16’ ficaremos com 15’, sendo que 1’ = 60” o qual deve ser somado a 32”

Agora devemos retirar 1º de 54º que será igual à 53º, considerando que 1º = 60’, temos 60’ + 15’ =
75’. Portanto:

O resultado da subtração é igual a 26º 57’ 52”.

Divisão:

Teorema de Tales
O teorema de Tales foi desenvolvido pelo matemático Tales de Mileto, que demonstrou a existência de uma proporcionalidade nos
segmentos de reta formados por retas paralelas cortadas por retas transversais.
A partir desse teorema, é possível perceber relações de proporcionalidade em várias situações, o que tem vasta aplicação, como na
astronomia e em triângulos. Tales de Mileto foi um filósofo pré-socrático que deu grandes contribuições não só para a filosofia, mas
também para a matemática, na busca de compreender melhor o Universo.

Enunciado do teorema de Tales


O teorema de Tales afirma que:
Um feixe de retas paralelas determina sobre duas
retas transversais segmentos proporcionais.

Na imagem, há vários segmentos de reta: AB, BC, DE, EF, AC, DF. É possível compará-los de duas formas. Uma delas é comparar
os segmentos de uma mesma reta transversal:
Outra maneira de realizar essa comparação, mas que ainda assim gera o mesmo resultado, é montar a razão entre o
segmento de uma reta transversal sob o segmento equivalente.

Independentemente da forma escolhida para montar as proporções, é possível encontrar o valor desses segmentos a
partir da propriedade fundamental da proporção.

Como aplicar o teorema de Tales


Na prática, utiliza-se o teorema de Tales com o objetivo de encontrar valores desconhecidos de situações que envolvem retas
paralelas e retas transversais.

Montando a proporção, temos que 10 está para x, assim como 12 está para 7, ou seja:
Teorema de Tales em triângulos
Uma das aplicações mais importantes do teorema de Tales é no estudo de triângulos. Ao traçar uma reta paralela à base, é possível
construir um triângulo menor semelhante ao triângulo maior. Além disso, os segmentos formados pela lateral do triângulo também
são proporcionais, o que possibilita a aplicação do Teorema de Tales para encontrar valores desconhecidos nesse triângulo.
Calcule o valor de BD sabendo que o segmento de reta DE é paralelo à base do triângulo AC.

Montando a proporção, sabemos que x está para 13, assim como 8


está para 16.

Teorema de Pitágoras
O teorema de Pitágoras relaciona as medidas dos lados de um triângulo retângulo da seguinte maneira:
Em um triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.
O teorema de Pitágoras é muito importante para a Matemática, tendo influenciado outros grandes resultados matemáticos. Veja
também uma das demonstrações do teorema e parte da biografia de seu criador.

Fórmula do teorema de Pitágoras


Para aplicação do teorema de Pitágoras, é necessário compreender as nomenclaturas dos lados de um triângulo retângulo. O maior
lado do triângulo fica sempre oposto ao maior ângulo, que é o ângulo de 90°. Esse lado recebe o nome de hipotenusa e será
representado aqui pela letra a.
Os demais lados do triângulo são chamados de catetos e serão aqui representados pelas letras b e c.
O teorema de Pitágoras afirma que é válida a relação a seguir:
a 2 = b 2 + c2
Assim, podemos dizer que o quadrado da medida da hipotenusa é igual à
soma dos quadrados das medidas dos catetos.

Demonstração do teorema de Pitágoras


Vamos ver a seguir uma das maneiras de mostrar a veracidade do teorema de
Pitágoras. Para isso, considere um quadrado ABCD com lado medindo (b + c),
como mostra a figura:

O primeiro passo consiste em determinar a área do quadrado ABCD.


A
ABCD = (b + c)2 = b2 + 2bc + c2

O segundo passo consiste em determinar a área do quadrado EFGH.


A
EFGH = a2
Podemos perceber que existem quatro triângulos congruentes:

O terceiro passo é calcular a área desses triângulos:


A
Triângulo = (b . c) ÷ 2

O quarto passo e último requer o cálculo da área do quadrado EFGH utilizando a área do quadrado ABCD. Veja que, se
considerarmos a área do quadrado ABCD e retirarmos a área dos triângulos, que são as mesmas, sobra somente o quadrado EFGH,
então:

A
EFGH = AABCD – 4 · ATriângulo

Substituindo os valores encontrados no primeiro, segundo e terceiro passo, vamos obter:


(a2 = b2 + 2bc + c2 – 4 · bc) ÷ 2
a2 = b2 + 2bc + c2 – 2bc
a2 = b2 + c2

Triângulo pitagórico
Um triângulo retângulo qualquer é chamado de triângulo pitagórico caso a medida de seus lados satisfaça o teorema de Pitágoras.

O triângulo acima é pitagórico, pois:

52 = 32 + 42

Já o triângulo a seguir não é pitagórico. Veja

262 ≠ 242 +72

Teorema de Pitágoras e os números irracionais


O teorema de Pitágoras trouxe consigo uma nova descoberta. Ao construir um triângulo retângulo em que os catetos são iguais a 1,
os matemáticos, na época, depararam-se com um grande desafio, pois, ao encontrar o valor da hipotenusa, um número
desconhecido apareceu. Veja:

Aplicando o teorema de Pitágoras, temos que:

O número encontrado pelos matemáticos da época hoje é chamado de


irracional.
Lei dos senos e cossenos
A Lei dos Senos e dos Cossenos é um dos teoremas mais importantes da trigonometria (ciência que estuda os triângulos). Com o
uso dessa lei é possível estabelecer relações que auxiliam no cálculo dos ângulos e dos lados do triângulos.
A aplicação dessa lei é específica para o triângulo acutângulo (possui todos os ângulos agudos, menores que 90°), o triângulo
obtuso (possui um ângulo interno obtuso, maior que 90º), entre outros.
O cálculo das medidas do triângulo retângulo (possui um ângulo interno reto, com 90º) não é realizado por meio da Lei dos Senos e
dos Cossenos, mas sim do Teorema de Pitágoras, representado pela fórmula: a² = b² + c²
As relações trigonométricas do seno, cosseno e tangente não se aplicam aos triângulos acutângulo e obtuso. A resolução dessas
triângulos se dá por meio da Lei dos Senos e dos Cossenos que, por sua vez, é construída com base no Teorema de Pitágoras.

Lei dos Cossenos


Também denominada de Teorema dos cossenos, a Lei dos Cossenos é usada para realizar o cálculo das dos lado e dos ângulo do
triângulo, desde seja dado algum valor. Essa lei é conhecida pelo enunciado:
“O quadrado de um dos lados do triângulo é igual à soma dos quadrados dos outros dois lados, menos o dobro do produto desses
dois lados pelo cosseno do ângulo formado entre eles”.
E sua fórmula é:
a² = b²+c²-2.b.c.cosA
b² = a²+c²-2.a.c.cosB
c² = a²+b²-2.a.b.cosC

Na figura abaixo podemos identificar os triângulos: ABC, ABD e BCD.

Com base no Teorema dos cossenos podemos obter as seguintes relações:


b= m + n e m = c.Cos A
Os triângulos ABD e BDC são triângulos retos, já que seus ângulos internos
correspondem a 90º. Assim sendo, o Teorema de Pitágoras é utilizado para
determinar as relações entre os lados das figuras e dar forma à Lei dos Cossenos.
Segundo o Teorema de Pitágoras: a² = b² + c²
No triângulo ABD encontramos: c² = m² + h²
No triângulo BCD encontramos: a²= n ²+ h²

Na substituição dos elementos n = b-m e h² = c² - m² atingimos a seguinte relação:


a² = (b-m) ² + c² - m²
a² = b² - 2b.m + m² + c² - m²
a² = b² + c² - 2b.m
Com base na relação m = CosA é possível chegar à Lei dos Cossenos:
a² = b² + c² -2b.c.CosA
A Lei dos Cossenos pode ser aplicada ao triângulo abaixo, que apresenta os seguintes dados: Lados: a=?, b =10, c = 15 e ângulo:
60º.

a² = 10² + 15² - 2.10.15. Cos 60º


a² = 100 + 225 – 300. 1/2
a² = 325 -150
a² = 175
a = v175 = 5v7

Lei dos senos


A Lei dos senos ou Teorema dos senos indica que a relação entre a medida do lado de um triângulo e o seno do ângulo oposto a
esse lado será sempre constante. Essa lei é representada pela seguinte fórmula:

Abaixo, os triângulos 1 (ABC), 2 (ABD) e 3 (BCD) irão ajudar na visualização dessa


lei:

Os triângulos retângulos ABD e BCD são gerados a partir do corte do triângulo ABC
em duas partes.

O seno do ângulo A do triângulo ABD é demonstrado por:

Já o seno do ângulo C do triângulo BCD é demonstrado por:

Com isso, observamos que senC.a e SenA.c são iguais em BD:

Como a relação ao que se estabelece nessa Lei é de proporcionalidade, se dermos continuidade ao cálculo do outro lado do
triângulo chegaremos à conclusão que:

Para aplicação da Lei dos senos, observa-se o triângulo abaixo que fornece os seguintes dados: c = 6, C= 45º, B = 60º e a?:
Relações métricas do triângulo
As relações métricas relacionam as medidas dos elementos de um triângulo retângulo (triângulo com um ângulo de 90º).
Os elementos de um triângulo retângulo estão apresentados abaixo:
Sendo:
a: medida da hipotenusa (lado oposto ao ângulo de 90º)
b: cateto
c: cateto
h: altura relativa à hipotenusa
m: projeção do cateto c sobre a hipotenusa
n: projeção do cateto b sobre a hipotenusa

Semelhança e relações métricas


Para encontrar as relações métricas, utilizaremos semelhança de triângulos. Considere os triângulos semelhantes ABC, HBA e HAC,
representados nas imagens:

Como os triângulos ABC e HBA são semelhantes ( ), temos as seguintes proporções:

Usando que encontramos a proporção:

Da semelhança entre os triângulos HBA e HAC encontramos a proporção:

Temos ainda que a soma das projeções m e n é igual a hipotenusa, ou seja:

Teorema de Pitágoras
A mais importante das relações métricas é o Teorema de Pitágoras. Podemos demonstrar o teorema usando a soma de duas
relações encontradas anteriormente.
Vamos somar a relação b2 = a . n com c2 = a . m, conforme mostrado abaixo:

Como a = m + n, substituindo na expressão anterior, temos:

Assim, o Teorema de Pitágoras pode ser enunciado como:


“A hipotenusa ao quadrado é igual a soma dos quadrados dos catetos.”

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