UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

JARDEL WAGNER VASCONCELOS SILVA

USO DO SOFTWARE MACSTARS W 4.0 PARA ANÁLISES DE

ESTABILIDADE DE TALUDES

CARUARU

2023
 SUMÁRIO
1. SOFTWARE........................................................................................................................3
1.1 MacStars W 4.0.........................................................................................................3
2. MODELAGEM DE TALUDE..........................................................................................3
2.1 Início do projeto.......................................................................................................3
2.2 Tela de trabalho.......................................................................................................4
2.3 Propriedades do solo............................................................................................4
2.4 Geometria das camadas.......................................................................................5
2.5 Superfície piezométrica........................................................................................6
2.6 Análise de estabilidade.........................................................................................6
3. TALUDE BR-101...............................................................................................................8
REFERÊNCIAS....................................................................................................................13
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1. SOFTWARE

1.1 MacStars W 4.0

O programa foi desenvolvido para verificação de estabilidade de solos
reforçados, isto é, estruturas que conferem estabilidade de taludes usando unidades de
reforço capazes de absorver as tensões de tração. Além de permitir a análise de
estruturas de contenção à gravidade usando o mesmo princípio. O MacStars W 4.0
permite conduzir as verificações de estabilidade usando o Método do Equilíbrio Limite
também considerando taludes não reforçados.

O seguinte trabalho, são abordados alguns dos aspectos os quais o software irá
operar nos cálculos de estabilidade, tais como: norma adotadas para cada caso, dados de
entrada com as propriedades de cada solo, geometria do talude, método de cálculo e
análise de estabilidade, obtendo assim o coeficiente de segurança para o talude.

2. MODELAGEM DE TALUDE

2.1 Início do projeto

Sempre que um novo trabalho for iniciado será aberta uma janela onde será
mostrada uma lista para seleção das normas. Essa opção permite ao usuário escolher
uma das opções de norma prevista na base de dados do MacStars W 4.0.

Figura 1- Escolha de normas

O mais comum é que se opte pela opção nenhum, que fará com que a estrutura
analisada esteja submetida apenas aos carregamentos impostos a ela pelo usuário. Dessa
forma será feita uma análise de equilíbrio limite, segundo o método escolhido pelo
usuário e o fator de segurança obtido será a relação entre as forças estabilizantes e
instabilizantes as quais a estrutura estará submetida.
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2.2 Tela de trabalho

Ao selecionar a norma a qual estará submetida à estrutura, será apresentada uma
janela em branco com descrição de um plano de coordenadas cartesianas e uma legenda
a ser preenchida com o nome e local do projeto, seção transversal e pasta.

Figura 2 – Tela de trabalho

2.3 Propriedades do solo

O primeiro passo para a modelagem de uma estrutura, é a inserção das
propriedades do solo e camadas de solo existentes.

Figura 3 – Propriedades do Solo

Nome: código mostrado na legenda para identificar o solo;

Descrição: texto que descreve o solo analisado (opcional);
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Parâmetros necessários para o cálculo dos assentamentos: esta opção permite abrir
uma nova janela, onde o usuário deve descrever os parâmetros de deformação do solo;
Cor: essa opção permite selecionar a cor que será usada na representação gráfica do
solo;
Coesão: valor da coesão em kPa (tensão);
Ângulo de atrito: valor do ângulo de atrito interno do solo expresso em graus;
Ru: constante de poropressão;
Fator multiplicador para o ângulo de atrito: permite selecionar no menu de rolagem
a classe do multiplicador que será utilizada pelo ângulo de atrito (apenas se houver uma
Norma);
Peso específico: permite escrever o peso específico em condições naturais (acima do
nível d’água) ou em condições de completa saturação (abaixo do nível d’água);
Fator multiplicador (para o peso específico): permite selecionar no menu de rolagem
a classe do multiplicador que será utilizada pelo peso específico (apenas se houver uma
Norma).

2.4 Geometria das camadas

Após definidas as características de solo, devem ser definidas então a geometria
das camadas existentes.

Figura 4 – Geometria das camadas

Camada: código mostrado no relatório para identificar o solo;

Descrição: texto que descreve a geometria (opcional);
Horizonte de rocha: quando esta opção for selecionada, significa que a geometria
inserida é um horizonte de rocha;
Solo: código de indicação do solo da geometria inserida;
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2.5 Superfície piezométrica

Pode também ser considerada a presença de água no solo, através da
consideração da superfície piezométrica.

Figura 5 – Superfície piezométrica

2.6 Análise de estabilidade

Para um talude não reforçado, deve ser realizada sua verificação quanto à
estabilidade global.

Figura 6 – Análise de estabilidade global

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Método de cálculo: Esta seleção fornece o comportamento das unidades de reforços;

rígido ou deformável
Superfície: define o tipo de superfície (circular ou poligonal randômica);
Janbu ou Bishop: este botão ativa o método de cálculo selecionado (a opção Bishop
pode ser selecionada apenasno caso de superfície circular);
Par de coordenadas X que definem a seção geométrica onde as superfícies potenciais de
deslizamento iniciaram;
Par de coordenadas X que definem a seção geométrica onde as superfícies potenciais de
deslizamento terminaram;
Comprimento dos segmentos: comprimento dos segmentos que formam a superfície
de deslizamento;
Ângulo limite a esquerda: é o ângulo (sempre positivo) que subentende a parte
superior da linha horizontal imaginária que parte do ponto inicial do primeiro segmento
da superfície de deslizamento; o programa considerará um valor de 5 graus se ambos os
ângulos forem zero
Ângulo limite a direita: é o ângulo (positivo ou negativo) que subentende a parte
inferior da linha horizontal imaginária que parte do ponto inicial do primeiro segmento
da superfície de deslizamento; o programa considerará um valor de -45 graus se ambos
os ângulos forem zero
Número de superfícies a analisar: número de superfícies de tentativas geradas;
Número de pontos iniciais: número de pontos iniciais (eqüidistantes no segmento
inicial) das superfícies;

Depois de selecionada a modalidade a ser analisada, deve-se então realizar o cálculo.

Figura 7 – Calcular

Será mostrado as prováveis zonas de ruptura para o talude e o fator de segurança

(FS) de acordo com os parâmetros inseridos no software.
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3. TALUDE BR-101
O problema proposto consiste em analisar a estabilidade de um talude localizado
as margens da BR-101, sendo fornecidos os parâmetros do qual o maciço terroso é
composto.

Figura 8 – Perfil do talude

A primeira análise de talude, leva em consideração apenas as propriedades do

solo correspondente, uma geometria pré-estabelecida e a linha piezométrica. Na figura 9
é possível verificar a inserção das propriedades do solo.

Figura 9 – Inserção de camadas

O próximo passo é definir a geometria do talude. Na figura 10 é possível

verificar as cotas adotadas no plano cartesiano para as três camadas inseridas.

Figura 10 – Definição de cotas do talude

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Na Figura 11, é possível verificar como ficou a disposição das camadas na

modelagem do talude.

Figura 11 – Perfil do talude no software

Após a inserção das propriedades do talude e geometria, é inserido o nível de
água do problema proposto.

Figura 12 – Nível de aguá

Na figura 13 é possível verificar a linha piezométrica do talude.

Figura 13 – Perfil do talude com nível de água

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Agora, para analisar a estabilidade deste talude sem qualquer tipo de reforço,
clica-se no menu superior na opção “Análises” e em seguida “Estabilidade global”.

Inicialmente, a seção considerada é circular. Em seguida, seleciona-se qual o

método de análise que será utilizado, foi considerado o Bishop. Em seguida, se definem
as cotas de intervalo de análise de estabilidade, ou seja, a faixa onde se encontrarão as
fatias de análise. como cotas de início da primeira abscissa 10 metros e a segunda 55
metros e de término 60 e 180 metros, respectivamente. Conforme figura 14.

Figura 14 – Método de estabilidade de talude

Na sequência clica-se em “avançar” e o quadro da figura 15 irá aparecer, deve-se

definir o comprimento que cada fatia deverá possuir e qual será o total de fatias a serem
analisadas. Definiu-se sendo como 1 metro o comprimento dos segmentos, 1000
superfícies a serem analisadas e 100 pontos iniciais para análise.

Figura 15 – Número de superfícies analisadas

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Após a adição destes valores, clica-se em “Concluir”. Retornando a página

inicial, deve-se clicar sobre o ícone de cálculo no menu superior, conforme a figura 16.

Figura 16 – Cálculo das zonas de rompimento

Na Figura 17 é possível verificar a cunha de ruptura do talude e o fator de

segurança para a situação à qual o mesmo foi imposto. Neste caso o FS calculado foi de
1,238, ou seja, o talude não apresenta estabilidade.

Figura 17 – Zonas de deslizamentos

Para verificar o relatório de resultados gerado pelo software, clica-se no menu

superior em “Análises” e em seguida “Resultados”. No campo “FS máx”, digite “0” e
em seguida em “OK”. Isso fará com que seja mostrada apenas a superfície crítica de
ruptura, ou seja, a superfície com o menor fator de segurança.
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Figura 18 – Zona crítica de deslizamento

Para se ter uma base de dados mais sólida e palpável, recomenda-se a geração do
relatório em formato Word o qual o software gera ao final da análise. Para obtê-lo basta
clicar no menu superior na opção “Análises” e em seguida “Relatório Word”.

Figura 19 – Relatório Word

Como mencionado, o talude em questão não apresenta estabilidade, sendo

considerado estável quando o fator de segurança é maior que 1,5.
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REFERÊNCIAS

MACCAFERRI, MAC.S.T.A.R.S 2000. MACcaferri STability Analysis of

Reinforced Slopes, Guia para elaboração de projetos. Maccaferri do Brasil
LTDA. 2018.
GERSCOVICH, Denise Maria soares. Apostila de Estabilidade de Taludes.
Acesso em agosto de 2023.

DYMINSKI, Andréa Sell. Noções de Estabilidade de Taludes e Contenções.

2008.