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Matemática A – 10º ano

Professora: Cátia Rosa


Conceito de Função
 Exemplo:
Um automóvel desloca-se a uma velocidade média de 60 km/h.
O espaço (e) percorrido em km depende do tempo (t) da viagem em
horas, segundo a relação:
Espaço = velocidade x tempo
Neste caso, esta relação é dada por: e = 60t
Atribuindo valores a t, obtemos:
t e = 60 t
0 0
1 60
2 120
3 180
Conclusão: o valor e depende do valor atribuído a t, por isso, e é a variável
dependente e t a variável independente da função.
Numa função sempre que se introduz um objecto tem de sair uma imagem.
Conceito de Função
A B
C
1. f .5 Nota:
2. Simbolicamente,
.6
o objecto 1 tem
3. .7 por imagem 5,
representa-se
4. .8 f(1)=5.

Conjunto A (conjunto dos objectos/ variável independente):


domínio da função f e representa-se por Df.
Df = {1,2,3,4}
Conjunto B: Conjunto de chegada da função
Conjunto C (conjunto das imagens/ variável dependente):
contradomínio da função f e representa-se por D’f.
D’f = {5,7,8}
Conceito de Função
Definição: chama-se função f a uma correspondência entre dois
conjuntos, A e B, de tal modo que a cada elemento do primeiro
conjunto (variável independente) corresponde um único valor f(x) do
segundo conjunto (variável dependente).
Simbolicamente:
f: A  B
x y=f(x)

Sucintamente: uma função f de A para B é uma correspondência


que a cada elemento de A associa um e um só elemento de B, ou
seja, a cada objecto corresponde uma e uma só imagem.
Os elementos do primeiro conjunto chama-se objectos e os do
segundo chamam-se imagens.
x – variável independente e representa-se no eixo dos xx.
y – variável dependente e representa-se no eixo dos yy.
Função Real de Variável Real
Definição: função real de variável real é a função que tem por
domínio um subconjunto de  e por conjunto de chegada também
de .
Exemplo: f :  \ 1  
1
x y
x 1
Neste caso, o domínio da função é o subconjunto mais amplo
em que a expressão x 1 1 tem significado. Isto é, como nunca se
pode dividir um número por zero, x –1 ≠ 0, logo domínio tem de
ser \{1}.
Modos de representação de uma função

 Uma função pode ser definida por uma tabela,


um gráfico ou uma equação:
Definição numérica (tabela): Definição gráfica:
Graus Celsius Graus Fahrenheit
(ºC) (ºF)

0 32
10 50

Definição algébrica (equação):


r

10 cm
V=10r²
Estudo gráfico de uma Função
Gráfico de uma função: se f é uma função com domínio A,
então o gráfico de f é o conjunto de pares ordenados {(x , f(x)),
xA}
Através do gráfico é possível observar o comportamento da
função e visualizar a imagem de um dado objecto ou o(s)
objecto(s) de uma dada imagem.
No entanto, quando o domínio da função é , a
representação de todos os pontos do gráfico é impossível. E
neste caso, não se trata do gráfico da função mas sim da
representação gráfica da função.

Graficamente, uma correspondência entre duas variáveis é


uma função se ao traçares qualquer recta vertical esta
intersectar o gráfico apenas num ponto.
Estudo gráfico de uma Função
Indica quais dos seguintes gráficos são funções:

1. 2. 3. 4.

5. 6. 7.
Intersecção do gráfico com os
eixos coordenados:
Intersecção com o eixo dos xx:
O gráfico da função f corta o eixo
das abcissas no ponto (a,0).
Quando a ordenada de um ponto
é zero, então o gráfico corta o
eixo dos xx.

O gráfico da função p não corta o


eixo das abcissas, então não há
ponto de intersecção com este
eixo, isto é, não há nenhum
ponto de ordenada nula.

Definição: Zero de uma função é o valor da variável x


(independente) cuja imagem (y) é zero.
Intersecção do gráfico com os
eixos coordenados:
Intersecção com o eixo dos yy:

O gráfico da função p intersecta o eixo dos yy no ponto (0,b).


Este ponto tem abcissa nula, o que quer dizer que o gráfico corta o
eixo dos yy quando x=0.
Monotonia
Função monótona é uma função que é ou crescente ou decrescente
em todo o seu domínio.

Uma função é estritamente crescente no seu


domínio se e só se para todos os números reais
a e b do domínio a < b  f(a) < f(b).

Uma função é estritamente decrescente


no seu domínio se e só se para todos os
números reais a e b do domínio a < b 
f(a) > f(b).
Monotonia

Esta função é decrescente nos


intervalos: [-3;-1,5[  ]1,5; 3].

Esta função é crescente nos


intervalos: ]-1,5;1,5[.

Uma função diz-se decrescente no seu domínio quando para


todos os números reais a e b do domínio, se a < b  f(a) ≥ f(b)

Uma função diz-se crescente no seu domínio quando para todos


os números reais a e b do domínio, se a < b  f(a)  f(b)
Extremos de uma função
Esta função tem dois mínimos:
Um mínimo em -4 que é de 0, e
um mínimo em 3 que é de -4.
Esta função tem dois máximos:
Um máximo em -6 que é de 3, e
um máximo em -2 que é de 5. Quando o
domínio é  a
função não tem
máximos nem
mínimos
absolutos
Seja f uma função de domínio D:
• f(a) é o máximo absoluto de f se, para todo o x de D, f(a)  f(x)
• f(b) é o mínimo absoluto de f, se para todo o x de D, f(b)  f(x)
Seja f uma função de domínio D:
• f(a) é o máximo relativo de f se existir um intervalo aberto E
contendo a, tal que f(a)  f(x), para todo x de ED
• f(b) é o mínimo relativo de f, se existir um intervalo aberto F
contendo b, tal que f(b)  f(x), para todo x de FD
Tabela de Variação de uma função
O sentido de variação de uma função pode ser resumido numa tabela
onde se deve colocar o domínio da função:

x -6 -4 -2 3 6
f(x) 3  0  5  -4  SD
Sinal da função
O gráfico da função pode tomar valores positivos e negativos.
Toma valores positivos se o gráfico está situado acima do eixo dos xx
– função positiva
Toma valores negativos se o gráfico está situado abaixo do eixo dos
xx – função negativa.

Função positiva [-6;-4[  ]-4;1[  ]5;6[


Função negativa ]1;5[
Injectividade da função
Uma função é injectiva num intervalo A do seu domínio se para
quaisquer dois valores diferentes desse intervalo as respectivas
imagens são diferentes
Isto é, o domínio admite somente um valor para cada imagem.
Graficamente, uma função f é injectiva se e só se nenhuma recta
horizontal intersecta o seu gráfico em mais do que um ponto.
Simbolicamente:
 x₁, x ₂  A: x₁  x ₂  f(x₁)  f(x ₂)

Esta é uma função injectiva.

Esta função não é injectiva.


Simetrias
Uma função g é par se:
 x  Dg: g(-x)=g(x)

Se uma função é par, o seu gráfico é simétrico


em relação ao eixo dos yy.

Esta é uma função par.

Uma função h é impar se:


 x  Dh: h(-x)= – h(x)
Se uma função é impar, o seu gráfico é
simétrico em relação à origem do referencial.

Esta é uma função impar.


Continuidade da função
Se o gráfico não tem interrupção, isto é, podemos traçá-lo sem
levantar o lápis do papel a função diz-se contínua em todos os
pontos do seu domínio.

Esta é uma função contínua

Se o gráfico tem interrupção, isto é, para o traçar temos de levantar o


lápis do papel, a função não é contínua, diz-se descontínua num
ponto. A esse ponto chama-se ponto de descontinuidade.

Esta é uma função descontínua


Função Afim:
Funções do tipo: y = mx + b, com m ≠ 0  b = 0
Características:
•Domínio e contradomínio 
•Têm um zero (0)
•São injectivas em 

•Positivas para x0;+ e negativas para


x-;0, se m > 0. Se m < 0, são positivas
para x-;0 e negativas para x0;+ .
•São monótonas crescentes se o declive (m) é
positivo e decrescente se o declive (m) é
negativo, por isso não tem extremos.
•Os gráficos são rectas que passam pela
origem do referencial.
Função Afim:
Funções do tipo: y = mx + b, com m≠0  b≠0
Características:
•Domínio e contradomínio 
b
•Têm um zero: mx  b  0  mx  b  x  
m
•São injectivas
•São positivas para: x    ;  e negativas para:
b
 b  m 
x    ;  se m>0.
 m
 b
•São positivas para: x    ;  e negativas para:
 b  m
x    ;  se m<0.
 m 

•São monótonas crescentes se m>0 e


decrescente se m<0, por isso não tem extremos.
Função Afim:
Funções do tipo: y = mx + b, com m=0  b ≠ 0
Se b> 0:
y
•Domínio 
•Contradomínio {b}
•Não tem zeros
•Não injectiva 0 x

•Positiva  x -1
•Função constante -2

y
Se b< 0:
3 •Domínio 
•Contradomínio {b}
1
•Não tem zeros
•Não injectiva
0 x
•Negativa  x
•Função constante
Função Módulo (função definida por ramos):

Funções módulo é uma função definida em  por: f ( x)  x


Características:
•Domínio  e Contradomínio 0+
•Tem um zero para x = 0
•É não injectiva porque, por exemplo, f(-1)=f (1)=1
•É positiva em \{0}
•É estritamente crescente em [0,+[ e
estritamente decrescente em ]-;0].
•Tem um extremo – mínimo absoluto – igual a
zero, para x = 0
•A função é par g(-x) = g(x), simétrica em
relação ao eixo dos yy.
x, se x  o
A função f definida por: f ( x)  

 x, se x  0
é chamada a função módulo ou valor absoluto.
Função Módulo (função definida por ramos):

Funções módulo do tipo: y  f x 

O gráfico da função y  f x  obtém-se do gráfico da função y = f(x) mantendo


os pontos de ordenada positiva ou nula e transformando os pontos
de ordenada negativa por uma simetria em relação ao eixo dos xx.

y = f(x) y  f x 

Nota: |f(x)|  0, sempre.


Função Módulo (função definida por ramos):

Funções módulo do tipo: y  a x  b, com a0


a0eb=0

•Todos os gráficos têm a forma de ‘V’ se a>0 e de ‘’ se a<0


•O eixo de simetria é o eixo dos yy – são funções pares
•O vértice é o ponto (0,0)
•Domínio 
•Contradomínio 0+ se a>0 e 0- se a<0
•São funções contínuas e não injectivas
•Se a>0 as funções são decrescentes no intervalo ]-,0] e crescentes
no intervalo [0,+[
•Se a<0 as funções são decrescentes no intervalo [0,+[ e crescentes
no intervalo ]-,0]
Função Módulo (função definida por ramos):

Funções módulo do tipo: y  a x  b, com a0


a0eb0
•se b>0 o gráfico
desloca-se para cima b
unidades.
•Se b<0, o gráfico
desloca-se para baixo b
unidades.
•Todos os gráficos têm a forma de ‘V’ se a>0 e de ‘’ se a<0
•O eixo de simetria é o eixo dos yy
•O vértice é o ponto (0,b)
•Domínio 
•Contradomínio é [b,+[ se a>0 e ]-,b[ 0- se a<0
•São funções pares, contínuas e não injectivas
•Se a>0 as funções são decrescentes no intervalo ]-,0] e crescentes
no intervalo [0,+[
•Se a<0 as funções são decrescentes no intervalo [0,+[ e crescentes
no intervalo ]-,0]
Função Módulo (função definida por ramos):

Funções módulo do tipo: y  x  a

Exemplo:
 x  4, se x  4
Seja, f(x)= x– 4 e g(x)= |x– 4|, então g ( x )  
 ( x  4), se x  4

y = -(x– 4) y = x– 4
De um modo geral
resolve-se a função
módulo desta forma
(exemplo): |x-4|=2 
x-4=2  x-4=-2

•se a>0 o gráfico desloca-se para a direita a unidades.


•Se a<0, o gráfico desloca-se para a esquerda a unidades.
Função definida por ramos:
Exemplo:

2, se  7  x  3

g ( x)   x  1, se  3  x  2
3, se 2  x  7

Função Quadrática:
A função quadrática é uma função polinomial cuja expressão
analítica é um polinómio de 2º grau:f :   

x  y  ax2  bx  c, a0
Exemplo: a, b, c são números reais

A representação gráfica de uma função


quadrática é uma parábola.
O domínio de uma função quadrática é o
conjunto dos números reais.

As funções quadráticas são funções


contínuas.
Função Quadrática:
Concavidade da Função Quadrática:
f x   x 2
A concavidade do gráfico é
voltada para cima.

f x    x 2
A concavidade do gráfico
é voltada para baixo.

Ou seja, dada a função f definida por: f  x   ax 2


 bx  c, a0
Se a > 0 a concavidade do gráfico é voltada para cima
Se a < 0 a concavidade do gráfico é voltada para baixo
Função Quadrática:

Intersecção do gráfico da F. Quadrática com o eixo dos yy:

Para obter as coordenadas do ponto de intersecção do gráfico da


função f definida por f  x   ax 2  bx  c, a  0 com o eixo
dos yy, substitui-se x por 0. como f(0)=c, as coordenadas do ponto
de intersecção são (0,c).

Nota: ver diapositivo seguinte um exemplo de aplicação.


Função Quadrática:
Exemplo:
Um míssil é lançado verticalmente para o ar. A altura h(t), em
metros, do míssil acima do solo, t segundos após o

ht   4,9t  200t  50


lançamento é dada por: 2

Qual é a altura da plataforma onde estava instalado o míssil antes de ser


lançado?
Se quero saber a altura da plataforma onde estava instalado o míssil antes de
ser lançado tenho de calcular a altura h no instante t=0 (antes de ser lançado)
Assim, substituindo t por 0:
ht   4,9t 2  200t  50
h0  4,9  0 2  200 0  50 
 h0  50
R:. A altura da plataforma onde estava instalado o míssil é de 50 metros.
Nota: ver calculadora gráfica.
Função Quadrática:

Intersecção do gráfico da F. Quadrática com o eixo dos xx:

Para obter as coordenadas do ponto de intersecção do gráfico da


função f definida por f  x   ax 2  bx  c, a  0 com o eixo
dos xx substitui-se y por 0. Como f(x)=0, as coordenadas do ponto
de intersecção são (x,0).
As abcissas dos pontos de ordenada zero [(x,0)] são os zeros da
função.

Nota: ver diapositivo seguinte um exemplo de aplicação.


Função Quadrática:
Continuação do Exemplo anterior:
Calcula com aproximação às décimas de segundo, o tempo que
o míssil esteve no ar?
Querer saber o tempo que o míssil esteve no ar é o mesmo que
querer saber o tempo que o míssil levou a atingir o solo, ou
seja o tempo que levou a ficar à altura h=0
ht   4,9t 2  200t  50
 4,9t 2  200t  50  0 
 200  2002  4   4,9   50 Nota: ver calculadora gráfica.
t 
2   4,9 
 200  40000 980
t 
 9,8 Como estamos a
 200  40980 calcular o tempo não
t  podemos considerar a
 9,8
resposta negativa, pois
 200  40980  200  40980 não há tempo negativo.
t t  
 9,8  9,8
 t  0,2  t  41,1

R:. O míssil esteve no ar aproximadamente 41,1 segundos.


Função Quadrática:
Aplicação do conhecimento dos pontos de Intersecção do
gráfico da Função Quadrática com o eixo dos xx:
Nesta representação gráfica de uma função
quadrática de domínio  podemos verificar:
• A concavidade do gráfico é voltada para baixo.
• Se x1 < x < x2 , então f(x)>0, ou seja, a função é
positiva quando x  ]x1, x2[
• Se x  ]-,x1[ ou x  ]x2,+[ , então f(x)<0, ou
seja, a função é negativa quando x  ]-,x1[ 
]x2,+[.
Nota: Para sabermos se a função é positiva ou negativa temos de
calcular inequações do 2º grau.
Para resolver inequações do 2º grau, primeiro temos que considerá-la na
forma de equação do 2º grau, e depois representá-la graficamente. Por
observação do gráfico chega-se ao conjunto de solução da inequação.
Função Quadrática:
Exemplo de Resolução de uma Inequação do 2º grau:
Resolve: xx  9  14
xx  9  14  xx  9  14  0
Considere-se a função f definida por: f x   xx  9  14
x  x  9   14  0  Resolve-se a equação
 x 2  9 x  14  0  Tiram-se os parênteses

9  9 2
 4  1 14
 x  Aplica-se a fórmula resolvente
2 1
9  81  56
 x 
2
9  25 9  25
 x x  Determinam-se as abcissas dos pontos de
2 2 intersecção do gráfico com o eixo dos xx
 x  7 x  2

Faz-se um esboço do gráfico da função e conclui-se:


xx  9  14  0  x   ,2  7,
S   ,2  7,
Função Quadrática:
Transformações do gráfico de uma Função Quadrática:

As funções quadráticas do tipo: f ( x)  ax , a  0


2

• são representadas graficamente por


parábolas com vértice na origem e eixo de
simetria na recta de equação x=0
• se a<0, o contradomínio da função é ]-, 0] e
se a>0, o contradomínio da função é [0,+[
• quanto maior o valor absoluto de a, na
função, mais o gráfico se aproxima do eixo
dos yy.
Função Quadrática:
Transformações do gráfico de uma Função Quadrática:
As funções quadráticas do tipo: f ( x)  ax  b, a  0, b  0
2

• o gráfico destas funções obtém-se do gráfico da


função definida por y  x 2 deslocando o gráfico
desta b unidades para cima (se y  x 2  b) ou para
baixo (se y  x 2  b )
• o vértice da parábola representada pela função
y  x 2  b é (0, –b), o eixo de simetria é x=0 e o
contradomínio da função é [-b, +[ ( quando a função
é y  x  b , o vértice é (0,b), o eixo de simetria é x=0 e
2

o contradomínio da função é [b,+[

Nota: quando a<0 a representação é:

A análise é feita da mesma forma


Função Quadrática:
Transformações do gráfico de uma Função Quadrática:
As funções quadráticas do tipo: f ( x)  ax  d  , a  0
2

• o gráfico destas funções


obtém-se do gráfico da função
definida por y  ax deslocando o
2

gráfico desta d unidades para a


direita (se y  ax  d  ) ou para a
2

esquerda (se y  ax  d 2)

• o vértice da parábola representada pela função y  ax  d  é (d, 0),


2

o eixo de simetria é a recta de equação x=d e o contradomínio da


função é [0, +[
• Quando a função é y  ax  d  , o vértice é (-d,0), o eixo de simetria
2

é a recta de equação x=-d e o contradomínio da função é [0,+[


Função Quadrática:
Transformações do gráfico de uma Função Quadrática:
As funções quadráticas do tipo: f ( x)  ax  d   b, a  0, b  0, d  0
2

• o gráfico destas funções


obtém-se do gráfico da função
definida por y  ax2 deslocando
o gráfico desta d unidades para
a direita ou para a esquerda e b
unidades para cima ou para
baixo

• o vértice destas parábolas é (d, b), o eixo de simetria é a recta de


equação x=d e o contradomínio da função é [b, +[

Nota: verificar na calculadora gráfica


Funções Polinomiais de Grau
Superior a 2:
Uma função polinomial f é uma função definida em , por:
f ( x)  a0 x n  a1 x n1  ...  an1 x1  an
em que an, an-1, … a1 e a0 são números reais e n é um número inteiro não
negativo. O valor de n é o grau da função.
Uma função polinomial do 1º grau, ou função linear, é uma função do
tipo y=ax+b (a0). O gráfico desta função é uma recta. Uma função linear
pode tomar a forma y = a(x-) em que  é o zero da função.
Uma função polinomial do 2º grau, ou função quadrática, é uma função
do tipo y=ax²+bx+c (a0). O gráfico desta função é uma parábola. Uma
função quadrática pode ter dois, um ou nenhum zero. Se tiver dois zeros
( e , por exemplo) pode tomar a forma factorizada y = a(x – )(x – ). Se
tiver um zero, (, por exemplo) pode tomar a forma factorizada y=a(x – )²
Uma função polinomial do 3º grau é uma função do tipo y=ax³+bx²+cx+d
(a0). O domínio e o contradomínio de qualquer função cúbica é . Estas
funções são contínuas no domínio e tem sempre pelo menos um zero e
no máximo três. O gráfico de uma função polinomial do 3º grau pode
tomar 4 formas, como podemos observar a seguir:
Funções Polinomiais de Grau
Superior a 2:
Funções Polinomiais de Grau
Superior a 2:
Uma função polinomial do 4º grau é uma função do tipo
y=ax^4+bx³+cx²+dx+e (a0). O domínio de qualquer função polinomial de
4º grau é . Estas funções são contínuas no domínio, pode não ter
zeros e no máximo pode ter quatro zeros.
Decomposição de Polinómios:
Regra de Ruffini:
Recorrendo à Regra de Ruffini calcula o coeficiente e o resto da divisão
de x³-2x+5 por x-3.
Coeficientes do dividendo

Nº que anula 1 0 –2 5
o divisor + + +
3 3 9 21
1 3 7 26 Resto
Coeficientes do quociente

Ou seja, x³-2x+5 = (x-3)(x²+3x+7)+26 Nota:


Divid.=Div.xQuoc.+Resto
Funções Polinomiais de Grau
Superior a 2:
Teorema do Resto:
O Resto da divisão de um polinómio P(x) por (x-c) é P(c).
Como consequência, um polinómio P(x) é divisível por (x-c) se e só se
P(c)=0.
Este Teorema mostra que a Regra de Ruffini pode ser utilizada para
factorizar um polinómio. Exemplo:
Decompõe em factores o polinómio x³+3x²-4x-12
Utilizando a calculadora gráfica podemos observar que x=2 é um zero
do polinómio, assim:
1 3 -4 -12
2 2 10 12
1 5 6 0

Então, x³+3x²-4x-12 = (x-2)(x²+5x+6)


Funções Polinomiais de Grau
Superior a 2:
Divisão Inteira de Polinómios:
Exemplo:
Determine o quociente e o resto da divisão de -6x³+3x²+2 por 2x²+1.

-6x³+3x²+0x+2 2x²+1
+6x³ +3x - 3 x + 3/2
+ 3 x ² +3x + 2
-3x² - 3/2
+3x +1/2

Assim, -6x³+3x²+2 = (2x²+1)(-3x+3/2)+(3x+1/2)


Funções Polinomiais de Grau
Superior a 2:
Resolução de Inequações de grau superior a 2:
Exemplo: Resolve a inequação x³+2x²<3x
Analiticamente,

x  2 x  3x 
3 2
Simplificar a expressão

 x  2 x  3 x  0 Decompor
3 2 em factores o 1º membro (como
o x é comum podemos por em evidência)

 2

 x x  2 x  3  0 Determinar
membro:
as raízes da equação do 1º
x2  2x  3  0 

 x x  1 x  3  0  x
 
2 2 2  4  1  3
2 1

 2  4  12
 x 
2
 x  1  x  3

Elaborando um quadro de variação do sinal:


Funções Polinomiais de Grau
Superior a 2:
xx  1x  3  0
- -3 0 1 +

x – – – 0 + + +

(x-1) – – – – – 0 +

(x+3) – 0 + + + + +

x(x-1)(x+3) – 0 + 0 – 0 +

S= ] -;-3[  ]0;1[
Nota: as inequações de grau superior a 2 também podem ser
resolvidas graficamente, para isso basta colocar a função
simplificada, depois determinar os zeros e por fim concluir onde o
gráfico da função verifica a condição.
Transformações dos Gráficos de Funções:

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