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TEMA I – LETRAS E ALGARISMOS

Conteúdo

 Conceito da pauta escrita


 Representação da pauta escrita
 Importância da pauta escrita na organização do desenho
 Técnica da escrita na execução da legenda

Objectivos

 Definir o conceito da pauta escrita


 Conhecer as técnicas da representação da pauta escrita
 Compreender a importância da pauta escrita
 Representar a pauta escrita

Recomendação

Para facilitar o alcançe dos objectivos, o aluno deve fazer-se acompanhar dos seus
instrumentos e materiais de modo a evitar entraves no momento da execução dos
exercícios.

 Régua graduada de 300 mm de longitude.


 Estógio.

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1. Introdução
Todas as letras e algarismos escritos em qualquer desenho deve ser simples e de
leitura fácil. As letras e algarismos que se utilizam nas inscrições dos desenhos técnicos
devem satisfazer as seguintes condições: Rapidez de execução, facilidade de leitura,
aspecto agradável e normalizada.
A rapidez de execução e a facilidade de leitura: são condicionamentos ditados
por razões de economia, tanto de quem desenha como de quem utiliza o desenho.
O aspecto agradável das letras: é importante, pois é susceptível de valorizar
muito o desenho.
A normalização da escrita: procura estabelecer critérios de uniformidade nas
dimensões, proporções inclinação e disposição das letras e algarismos, tendo em vista
melhorar o aspecto do desenho, simplificar a sua execução e permitir por sua vez, a
componente normalização dos escantilhões e outras aparelhagem e algarismos que se
empregam em desenho técnico podem ser executados à mão livres ou com
instrumentos, de acordo com técnicas que serão pormenorizadamente referenciadas
mais adiante.
Portanto, também é importante saber que se os desenhos fossem executadas pelo
computador, as letras serão obviamente executadas pelo mesmo processo. Neste caso é
fácil obter diversas formas de letras a partir de um mesmo tipo de base. De facto,
inscrições mal executadas podem comprometer seriamente o aspecto, a clareza e a
própria utilidade de um desenho.

1.1. Conceito da Pauta Escrita


Pauta Escrita – É a arte de executar um letreiro através da utilização de letras,
números e signos.
No desenho, esta actividade é de extrema importância, visto que na maioria dos
documentos técnicos é necessário a inclusão de notas, cifras e dados que os
identifiquem; por isso considera-se que a pauta escrita ajuda a interpretação e a
realização dos desenhos. Uma pauta bem executada dá clareza e beleza ao desenho. Se
não for legível, se não estiver correctamente distribuída, causará depois confusão e
perda de tempo na sua interpretação.

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1.2. Tipos de escrita normalizada
A norma NP-89 (1963) prevê a possibilidade de utilização em desenho técnico
de dois tipos de escritas que são:
 Escrita inclinada ou curva
 Escrita vertical ou redonda.
Ex. Desenhar a figura 2.3 da Pág. 41
Aqui desenharam-se as letras A e H, representadas nos dois tipos de escrita.
Pode verificar-se que a inclinação da escrita corresponde a um ângulo de 75º com a
horizontal. Tanto a escrita curva como a escrita vertical admitem o chamado tipo
normal.
Além da diferença de inclinação já referida, as escritas curva e vertical são
estruturalmente análogas (semelhantes) e, por isso, o que se refere sobre a escrita
normalizada é válida para qualquer dos tipos de escrita.
E as proporções das letras e algarismos de tipo normal podem escabelar-se
facilmente, se dispusermos de uma quadrícula. A quadrícula vale dois casos 1/7h, sendo
h a altura das letras maiúsculas.
Ex: Desenha a fig 2.4 da pag. 41
A NP-89 (1963) prevê a utilização de doze alturas normais diferentes que têm os
seguintes valores em milímetros: 2 – 2,5 – 3 – 4 – 5 – 6 – 8 – 10 – 12 – 16 – 20 – 25.
Tomando por base a altura normal h, a NP-89 (1963) fixa, para a altura dos vários
caracteres, os seguintes valores:
 Altura das maiúsculas, algarismos e minúsculas com haste: 7/7=h.
 Altura do corpo das minúsculas: 5/7.
Estes valores são sempre os mesmos, independentemente da letra ou algarismo
representado, havendo apenas a notar que a haste (saliência, cone ou chifre) das
maiúsculas pode ficar colocada para baixo ou para cima do seu corpo conforme a letra
de que se trata.
Portanto, vamos referir a norma NP-89 (1963) que estabelece o intervalo entre
letras consecutivas de uma mesma palavra que pode adoptar concretamente 1/7 a 2/7 de
altura normal (h). A fixação do intervalo a adoptar concretamente depende das letras
adjacentes. Mas, de um modo geral, procura-se que as áreas entre as letras se equilibrem
aproximadamente.
Em relação ao intervalo entre os algarismos de um número, segue-se o mesmo
critério ou operação que foi indicado para as letras. Há que ter em atenção as regras

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estabelecidas pela norma NP-9 (1960) que regulamenta a escrita de números e a
diferenciação de grupos de algarismos dentro dos números.
Em desenho técnico é muito frequente haver necessidade de escrever títulos e notas,
constituídos por conjuntos de palavras, tal como se definiu entre letras consecutivas de
uma mesma palavra.
Ex: Desenhar a fig.2.7 da pag. 44

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TEMA II – CONSTRUÇÃO GEOMÉTRICA

Conteúdo

 Traçado de elementos geométricos


 Diferentes tipos de elementos geométricos
 Traçado de linhas, ângulos, concordâncias e circunferências
 Linhas perpendiculares, linhas paralelas, divisão da circunferência em partes
iguais, construção de polígonos.

Objectivos

 Conhecer os elementos de construção geométrica,


 Compreender a importância dos elementos na construção geométrica,
 Representar os elementos da construção geométrica,

Recomendação

Para facilitar o alcançe dos objectivos, o aluno deve fazer-se acompanhar dos seus
instrumentos e materiais de modo a evitar entraves no momento da execução dos
exercícios.

 Régua graduada de 300 mm de longitude.


 Estógio.

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1. Introdução

Nas classes anteriores aprendeste a executar várias construções geométricas tais


como: traçado de ângulos, paralelas, perpendiculares. Agora, na 8ª classe, vais aplicar
os conhecimentos relativamente à circunferência e sua divisão em partes iguais e depois
aos casos de concordância.

1.1. Traçado de linhas, ângulos, concordâncias e circunferências

1.2. Construção de Polígonos


Polígono- é uma porçao da superfície plana limitadas por segmento de recta
unidas duas a duas.
Existem dois tipos de polígonos que são:
 Polígono regular
 Polígono irregular
Polígono regular- é o polígono que tem todos os lados iguais.
Ex: Um quadrado.
Polígono irregular- é quando não tem os ângulos e lados iguais.
Ex: Triângulo
De acordo com número de lados, os polígonos têm as seguintes designações:
 Trilátero ou triângulo: quando tem três lados
 Quadrado: quando tem quatro lados
 Pentagono: quando tem cinco lados
 Exágono: quando tem seis lados
 Heptágono: quando tem sete lados
 Octogono: quando tem oito lados
 Eneagono: quando tem nove lados
 Decágono: quando tem dez lados
 Undecágono: quando tem onze lados
 Dodecágono: quando tem doze lados
 Pentadecácono: quando tem quinze lados
 Icozágono: quando tem vinte lados
Obs: Apenas nestes casos os polígonos têm designação técnica ou especial. Com
relaçáo as restantes, diremos que são polígonos de dois, treze, catorze, dezasseis,
dezoito e dezanove.

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1.3. Divisão de circunferência em partes iguais
Circunferência- É uma linha curva fechada e plana que tem todos os pontos a
mesma distância de um ponto central chamado centro.
Ex:
Diâmetro-É a maior recta que se pode traçar numa circunferência e passa pelo
seu centro.
Ex:
Raio- É a metade do diâmetro e une o centro a um ponto qualquer da
circunferência.
Ex:
Círculo- É a porção da superfície plana que é limitada por uma circunferência.
Ex:

1.3.1. Divisão da circunferência em duas partes iguais


Para traçar uma circunferência devemos sempre começar por marcar o centro C.
Ao traçar um diâmetro qualquer (AB) a circunferência fica dividida em duas partes
iguais.
Ex:

1.3.2. Divisão da circunferência em três partes iguais


Traçamos o diâmetro AB. Depois com abertura do compasso igua a medida do
raio e fazendo o centro em B, traçamos o arco que corta a circunferência em dois
pontos, C e D, ficando esta dividida em três arcos ou partes iguais: AC=AD=CD.
Se unirmos os três pontos A, C e D traçamos um triângulo equilátero (com os lados
iguais)
Ex:

1.3.3. Divisão da circunferência em quatro partes iguais.


Na divisão da circunferência em quatro parte iguais faz-se o seguinte: Traça o
diâmetro AB e, pelo centro o levantamos outro diâmetro perpendicular e unindo com os
segmentos de recta.
Ex:

1.3.4. Divisão da circunferência em cinco partes iguais.


Traçamos a circunferência com o centro em 0, o diâmetro AB e a perpendicular
CD, ficando assim a circunferência dividida em quatro arcos ou partes iguais.

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Seguidamente, determinamos o ponto médio do raio OB, ou seja o ponto E. Com centro
neste ponto e com abertura do compasso igual a EC, descrevemos um arco de
circunferência até intersectar o diâmetro AB, determinando assim o ponto F. Com o
centro em C e a abertura CF (distância que corresponde a quinta parte da divisão da
circunferência), marcamos este comprimento ao longo da circunferência. Finalmente, se
unirmos os cinco pontos, obteremos uma figura geométrica chamada pentágono.
Ex:

1.3.5. Divisão da circunferência em seis partes iguais e traçado do hexágono


inscrito na circunferência.
Traça-se o diâmetro AB. Com o centro em A e em B e abertura igual ao raio da
circunferência, traçam-se os arcos CD e EF que, com o diâmetro, dividem a
circunferência em seis partes iguais; o arco AD é um sexto da circunferência.
Ex:
O hexágono incrito na circunferência resulta da união e todos os pontos da
divisão com segmentos de recta.
Ex:
Para se obter um hexágono extrelado unem-se com diagonais os vértices não
consecutivos.
Ex:

1.3.6. Divisão da circunferência em sete partes iguais e traçado do heptágono


inscrito na circunferência (utilizando o método geral).
Para dividir a circunferência em sete partes iguais, começa-se por dividir um
diâmetro (AB) nesse mesmo número de partes, pelo método da divisão do sgmento de
recta em qualquer número de partes iguais; fazendo depois centro em A e em B,
descrevem –se arcos que se cruzam em C. Traça-se a seguir uma recta que passa por C e
pelo ponto 2 determinando o diâmetro e cujo o prolongamento vai encontrar a
circunferência no ponto D; o arco AD é um sétimo da circunferência.
Ex:
Para traçar o heptágono inscrito procede-se como nos polígonos anteriores,
unindo os pntos de divisão com segmentos de recta.
Ex:

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1.3.7. Divisão da circunferência em oito partes iguais.
Dada a circunferência de centro divide-se primeiro em quatro partes iguais. Em
seguida, traçam-se as bissectrizes dos quatro ângulos rectos formados pelos diâmetros
perpendiculares entre si, intersectando a circunferência dada.
Unindo os oito pontos da circunferência, obtem-se o octógono.
Ex:

1.3.8. Divisão da circunferência em nove partes iguais.


Procede-se como para a circunferência em sete partes iguais.
Para dividir a circunferência em sete partes iguais, começa-se por dividir um diâmetro
(AB) nesse mesmo número de partes, pelo método da divisão do sgmento de recta em
qualquer número de partes iguais; fazendo depois centro em A e em B, descrevem –se
arcos que se cruzam em C. Traça-se a seguir uma recta que passa por C e pelo ponto 2
determinando o diâmetro e cujo o prolongamento vai encontrar a circunferência no
ponto D; o arco AD é um nono da circunferência.
Ex:

1.3.9. Divisão da circunferência em dez partes iguais e traçado do decágono


inscrito na circunferência.
Depois de traçada a circunferência, traça-se o diâmetro AB; determina-se o raio
CO que lhe seja perpendicular; divide-se o segmento AO ao meio, determinando-se no
diâmetro o ponto, que serve de centro para a semi-circunferência AO; unindo D com C,
determina-se o ponto E na semi-circunferência AO, com centro em C e raio CE, traça-se
um arco que determina na circunferência o ponto F; a distância CF é a décima parte da
circunferência.
Ex:

1.3.10. Divisão da circunferência em onze partes iguais.

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1.3.11. Divisão da circunferência em doze partes iguais e traçado do decágono
inscrito na circunferência.
Para dividir a circunferência em doze partes iguais, faz-se primeiramente a
divisão em quatro, determinando os pontos A; B, C e D; colocando o compasso nesses
pontos e com uma abertura igual ao raio, traça-se quatro arcos que passam pelo centro
vaão determinar na circunfrência os pontos E, F, G, H, I, J, L e M, a distância que vai de
uma letra a letra seguinte, (AL), e 1/12 da circunferência.
Ex;
Obtém-se o decágono inscrito unindo todos os pontos de divisão, que serão os
vértices, com segmentos de recta.
Ex:

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TEMA III– INSTALAÇÃO DE CIRCUÍTOS ELÉCTRICOS

Conteúdo

 Surgimento da electricidade no mundo


 Importância da electricidade no desenvolvimento económico e social do país
 Normas de higiene e segurança no uso correcto da electricidade
 Medidas e cuidados a ter em conta na poupança da electricidade

Objectivos

 Definir o conceito de electricidade


 Identificar os diferentes tipos de energia
 Conhecer os circuitos eléctricos
 Compreender a importância do circuito eléctrico

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3.1. Surgimento da electricidade no mundo
Desde os primordios da humanidade, o homem sempre se mostrou
argumentativo sobre diversos assuntos, entre eles a electricidade, que hoje é responsável
por tantas facilidades no mundo moderno.

A história da electricidade surgiu a (600 a.c.), na Grécia antiga, quando o


filosofo Thales de Mileto, após descobrir uma resina vejetal fossil petrificada chamada
âmbar (electron em grego), esfregou-a com pele e lã de animais e pôde então observer
seu poder de atrair objectos leves como palhas, fragmentos de madeira e penas. Tal
observação iniciou o estudo de uma nova ciência derivada dessa atração.

Os estudos de Thales de Mileto foram continuados por diversas personalidades,


um deles foi o médico William Gilbert que em em 1600, as suas observações resultou
na atração dos corpos que se transformaram na base da electricidade. É considerado
como pai do magnetismo por ser o primeiro a utilizar os termos: energia eléctrica e
força eléctrica. Ao longo das suas pesquisas ele pode constatar, que para elém do âmbar
existem muitas outras substâncias que podiam atrair outros objectos.

Em 1730, o físico ingles Stephen Gray identificou que, além da electrização


por atrito, tambem era possivel eletrizar corpos por contacto (encostando um corpo
eletrizado num corpo neutro). Através de tais observações, ele chegou ao conceito de
existencia de materiais que conduzem a electricidade com maior e menor eficácia, e os
denominou como condutores e insolantes electricos. Portanto, Gray viu a
possibilidade de canalizar a electricidade e leva-la de um corpo a outro.

O químico francês Charles Dufay também contribuiu enormemente para


aprimoração dos estudos da electricidade, quando em 1733, propos a existência de dois
tipo de electricidade, a vítrea e a resinosa, que fomentaram a hipótese de existência de
fluidos eléctricos.

Em 1750, Benjamim Franklin cientista de origem Americana, propôs uma


teoria na qual tais fluidos seriam na verdade um único fluido. Baseado nessa teoria, pela
primeira vez se conhecia os termos positive e negative na electricidade.

Portanto, essas descobertas introduziram uma revolução economica e industrial,


proporcionando o bem-estar de que desfrutamos hoje, graças a elas, dispomos de varios
equipamento que depende da energia elétrica para o seu funcionamento.

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3.2. Importância da electricidade no desenvolvimento económico e social do país
Podemos afirmar que a electricidade desempenha um papel decisivo no
desenvolvimento que o homem experimentou nos últimos cem anos (100 anos), e que
continua a ser na actualidade um factor determinante do qual dependem os diversos
sectores da ciência, da produção e dos serviços de todo tipo que a população necessita
no seu dia-a-dia.
A vida resultaria impossível ou mesmo difícil se não existisse a electricidade,
vejamos que, por exemplo, nos países desenvolvidos até as pequenas comunidades
dependem desta forma de energia, serviços e meios de produção, tais como: os
telegráfos, telefones, equipas para a distribuição de água, equipas para investigação e de
tratamento de enfermidades ou doenças, transporte, centros recreativos, maquinaria,
indústria etc. Sem a electricidade não haveria rádio, televisão, informática e outros
aparelhos electrónicos.
Basta sublinhar as consequências que causa a falta de energia eléctrica nas
nossas cidades ou casas, mesmo se for por um período curto, para apreciar, na sua justa
medida, a importância e necessidade da sua existência.
A electricidade - é um fenómeno natural que abrange uma variedade de cargas
eléctricas.

3.3. Como se produz, transporta e distribui a electricidade


A corrente eléctrica em larga escala é produzida nas centrais eléctricas por
alternadores. Estes são formados por ímans potentíssimos que se movem a alta
velocidade no interior de bobinas com milhares de espiras. Também se usam
electroímans em vez de ímans a rodar no interior de bobinas. A velocidade de rotação
dos electroímans é constante, efectuando 50 rotações por segundo. Este valor
corresponde à frequência da corrente alterna produzida. A frequência da corrente alterna
é de 50 HZ (HERTZ)
A fonte de energia que provoca o movimento dos electroímans nos geradores das
centrais pode ser:
 A água, nas centrais hidroeléctricas.
 O petróleo ou o carvão, nas centrais térmicas.
 O urânio, nas centrais nucleares.
 O sol, nas centrais solares.

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No nosso país (Angola), a electricidade que se consome provém de centrais
hidroeléctricas.

3.3.1. Central hidroeléctrica


As centrais hidroeléctricas funcionam junto das barragens. A água da albufeira é
canalizada para as pás da turbina que está solidária com o eixo. Desta forma, consegue-
se o movimento da turbina e consequentemente do eixo. Este faz roda o indutor –
electroímans – no interior do induzido- bobina condutora. Produz-se assim a corrente
eléctrica.

3.3.2. Central termo eléctrica


Nas centrais térmicas consegue-se o movimento da turbina a partir da expansão
do vapor de água. Para obter o vapor é necessário manter água em ebulição, o que se
consegue a partir da combustão de petróleo ou carvão.
As centrais eléctricas estão normalmente a grandes distâncias dos centros
populacionais. Por isso, há que transportar a corrente eléctrica através de cabos
condutores.
Ex:
Durante o transporte há perda de energia elétrica que é importante minimizar. As
perdas da energia reduzem-se fazendo o transporte da corrente eléctrica em alta tensão.
Por isso, procede-se a transformação da corrente elétrica de menor tensão que sai do
alternador, em corrente de alta tensão, fazendo a passar em elevador de tensão.
Só depois é transportadas ate às localidades. Junto das localidades atensão é de novo
reduzida, em fases sucessivas, fazendo a passar para a baixadores de tensão, ate atingir
o valor adequado as instalações das casas das fábricas e dos hospitais.
Para alterar a tensão ou a diferença potencial da corrente eléctrica, utiliza-se
dispositivos chamados transformadores. O seu funcionamento também basea-sena
indução electromagnética.
Os transformadores são constituidos essencialmente por dois enrrolamentos (ou
bobinas), de fios condutores em torno de um núcleo de ferro macio. Cada enrrolamento
tem um número diferente de espiras, quando a corrente eléctrica alterna passa nun dos
enrrolamentos, magnétiza o núcleo de ferro macio.

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3.4. Circuítos eléctricos
Quando se dispõe de uma lâmpada, de uma pilha e de fios condutores ligados
entre si convenientemente, estamos na presença de um circuito elétrico.
Os aparelhos ou equiamentos elétricos, funcionam quando estão ligados
convenientemente a uma fonte de energia.
Ex:
Durante o seu funcionamento os equipamentos ou aparelhos eléctricos recebem
energia e transformam-na em outro tipo de energia. Os equipamentos ou aparelhos
elécricos chamam-se receptores de energia; as lâmpadas, s ventoinhas, as resistencias,
os motores etc, são conhecidos como receptores de energia elétrica.
Ex;
Instalação de circuítos eléctricos

3.4.1. Intensidade da corrente


A intensidade da corrente é outra grandeza física que caracteriza a corrente
eléctrica. Representa-se internacionalmente pela letra L. A intensidade da corrente
relaciona-se com o número de electrões que passam numa secção do circuito por
unidade de tempo.
Quanto mais electrões passarem na secção recta do circuito, por segundo, maior
é a intensidade da corrente. Quando numa secção do circuito passam 6,28 x 10 electrões
(6,280 electrões) em cada segundo, diz-se que a intensidade da corrente é de 1 ampere.
O ampere, símbolo A, é a unidade de si de intensidade. Tem este nome em honra do
físico André Ampère. Também são usados o múltiplo quiloampere (kA) e os
submúltiplos miliampere (mA) e a micro ampere (µA).
Segundo o físico Francês André Marie Ampère (1775-1836), a intensidade da
corrente eléctrica mede-se com aparelhos chamados amperímetro ou multímetro, na
posição adequada, para medir a intensidade da corrente.

3.4.2. Resistência eléctrica


O que é a resistência eléctrica?
Os metais, as ligas metálicas e a grafite por R. são exemplos materiais
de bons condutores.
No entanto, nem todos conduzem igualmente bem a corrente eléctrica: uns têm maior
resistência do que outros. Na linguagem comum falamos de resistência do ar, resistência
física e resistência dos materiais ao choque. Neste caso, resistência significa «oposição

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a». O mesmo acontece com a resistência eléctrica. A resistência eléctrica relaciona-se
com a oposição que os condutores oferecem à passagem da corrente eléctrica.

A resistência eléctrica é uma grandeza física que caracteriza os condutores eléctricos.


Representa-se simbolicamente

A unidade SI de resistência eléctrica chama-se ohm e simboliza-se por Ω (letra grega


ómega). Tem este nome em homenagem ao físico alemão George Simon Ohm. Também
são usados o múltiplo megaohm (MΩ) e quiloohm (KΩ) e os submúltiplos miliohm
(mΩ) e microohm (µΩ).

Como se mede a resistencia eléctrica


Há aparelhos chamados ohmímetros que medem a resistência dos condutores, quando
não estão em funcionamento num circuito eléctrico. Também os multímetros, ligados na
posição adequada para resistência, funcionam como ohmímetros.

Para medir a resistência eléctrica de uma lâmpada liga-se o multímetro na posição ohm
Ω directamente à lâmpada.

A medição da resistência eléctrica de condutores que estão em funcionamento nos


respectivos circuitos faz-se por um processo indirecto. Para isso é necessário usar:
= Um amperímetro, para medir a intensidade da corrente no circuito onde está instalado
o condutor.
= Um voltímetro, para medir a diferença de potencial nos terminais do condutore.

Potência eléctrica

Todos aparelhos eléctricos têm indicado o valor da respectiva potência. Esse valor
exprime-se normalmente em watts, cujo símbolo é W. A unidade de potência no sistema
internacional de unidades chama-se watt, em homenagem ao investigador Escocês
James Watt.

Medição da potência eléctrica

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Existem aparelhos que permitem medir directamente a potência, eléctrica. Chamam-se
Voltímetros.
Também é possível medir directamente a potência eléctrica através dos valores da
intensidade da corrente e da diferença de potência. A expressão matemática que
relaciona estas grandezas é: P = µ x I
P: potência. A sua unidade é o watt (W)
µ: diferença de potência. A sua unidade é o volt (V)
I: intensidade da corrente. A sua unidade é o ampere (A)

P ₌ Significa potência e expressa - se em watt (w)

µ ₌Significa diferença de potencial e expressa-se em volt (V)

I₌Significa intensidade da corrente e se expressa em ampere (A)

Corrente eléctrica
Certamente ja reparaste que todos os fios que ligam nos aparelhos eléctricos à tomada
são de cabres e tenhem um revestimento interior de plastico, borracha ou algodão.
Também os utensílios de que nos servimos para fazer separações eléctricas são
metálicas, mes nas extremidades em que tocamos directamente com as mãos estão
revestidas de plástico.
EX:

O cobre, como todos os metais e ligas metálicas, é um bom condutor de corrente


eléctrica. O grafit, que não é um metál, é também boa condutora. O plastíco a borracha e
o algodão são exemplos de materiais maus condutores de corrente eléctrica.
Bons condutores são todos os materiais atraves dos quais a corrente eléctrica passa.
Também se lhes chama isoladores.Para construir circuitos eléctricos e os aparelhos
eléctricos são necesarios materiais bons e maus condutores.
Os bons condutores para que a corrente eléctrica passe através deles, e os maos
condutores para nos protegermos da corrente eléctrica

Corrente eléctrica: É um movimento orientado de particulas de cargas eléctricas

Instrumentos de medidas: Voltímetro e Amperímetro


Os voltímetros e amperímetros que medem, respectivamente, a diferença de potencial e
a intensidade da corrente, têm uma constituição semelhante à dos galvanómetros: Nos
voltímetros o fio de enrolamento é fino e comprido, tendo por isso grande resistência.
Nos amperímetros o fio de enrolamento é mais groso e mais curto tendo, por isso
pequena resistência eléctrica.
3.5. Ligação eléctrica em série e em paralelo
É possível ilustrar num circuito eléctrico mais do que um receptor. A instalação
pode fazer-se de duas maneiras muito diferentes que são:

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 Em série
 Em paralelo
Vejamos um circuito com duas lâmpadas. Num circuito com duas lâmpadas em
série, uma é ligada a seguir à outra, de tal modo que existe um só caminho para a
corrente eléctrica.
EX:
Num circuito com duas lâmpadas em paralelo, cada uma é instalada numa
ramificação diferente do circuito, havendo assim mais do que um caminho para a
corrente eléctrica. No circuito há um ponto chamado nó onde a corrente do ramo
principal se divide pelas duas ramificações e outro nó onde a corrente se junta de novo.
EX:
Quais são as vantagens e as desvantagens de cada um destes circuitos»?
Nos circuitos em série, com um só caminho para a corrente electrica, verifica-se
que: O interruptor, qualquer que seja o ponto do circuito onde se encontra, comanda
todas as lâmpadas.
EX:
Quando se retira uma das lâmpadas ou se uma das lâmpadas se funde todas se
apagam.
EX:
Quando se aumenta o número de lâmpadas instaladas em série, a luminosidade
de cada uma diminui e aumenta o brilho da lâmpada.
EX:
Nos circuitos em paralelo, como há varíos caminho para a corrente eléctrica,
verifica-se que:
O interruptor instalado no circuito principal comanda todas as lâmpadas, mas
instalando numa das ramificações, comanda apenas esta lâmpada.
EX:
Quando se retira uma das lâmpadas ou se uma das lâmpadas se funde, as outras
permanecem acesas.
EX:
Quando se aumenta o número de lâmpadas em paralelos, a luminosidade de cada
uma mantém-se.
EX:

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Os circuitos em série têm pouco interesse, não sendo praticamente utilizados,
apenas alguns sistemas de iluminação das árvores de natal são constituídas por
lâmpadas em série.
Os circuitos em paralelo têm todas as vantagens. Por isso, a instalação dos
aparelhos eléctricos nas nossas casas faz-se em paralelo.

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