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2021

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE I


TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS SEMESTRE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS – DET


CURSO: ENGENHARIA

DESENHO TÉCNICO I
CAPÍTULO III:
PROJECÇÕES ORTOGONAIS

DOCENTE: LEONARDO CH. CH. RIBEIRO


OBJECTIVOS

• Entender os passos para projectar e representar os


objetos de forma convencionada com base as normas
de desenho.
• Compreender e direcionar seu processo de criação e
produção em função das norma de desenho.
• Distinguir os vários tipos de projecção existentes.
• Decidir o numero de vistas necessário e suficientes para
representação de uma peça e escolher qual das vistas
possui mais detalhes para alçado principal.
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE
TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

Capítulo III: Projecções Ortogonais


3.1. Introdução
3.2. Classificação das projecções geométricas
planas (PGP)
3.2.1. Projecção central ou cónica
3.2.2. Projecção paralela ou cilíndrica
3.3 Representação em múltiplas vistas
3.3.1. Método Europeu e método Americano
3.3.2. Projecção em 3 planos
3.3.3. Projecção em 6 planos
3.1. INTRODUÇÃO

As representações de objectos em desenho técnico


efectua-se através de um sistema apropriado de
projecções. Pretende-se que a representação de um
objecto seja clara simples e convencional, de tal forma
que a linguagem utilizada seja facilmente compreendida
pelos técnicos que terão de a utilizar.
3.2. CLASSIFICAÇÃO DAS PROJECÇÕES
GEOMÉTRICAS PLANAS (PGP)

CONCEITO DE PROJECÇÃO:

Projecção é o processo pelo qual se incidem raios


projectantes (visuais ou luminosos) sobre um objecto
partindo de um ponto de observação e passando pelos
vértices do mesmo objecto, atingem a superfície num plano
chamado plano de projecção.
A configuração correspondente à intersecção obtida sobre
a superfície é normalmente designada por projecção ou
vista.
3.2. CLASSIFICAÇÃO DAS PROJECÇÕES
GEOMÉTRICAS PLANAS (PGP)

O conceito de projeção pode ser entendido com a utilização


de exemplos do cotidiano, uma vez que se trata de um
fenômeno físico que ocorre na natureza e que pode ser
reproduzido pelo ser humano. Por exemplo, a sombra de
um objeto nada mais é do que a projeção desse objeto
sobre uma superfície, sob a ação de raios luminosos. Da
mesma forma, as sucessivas imagens projetadas em uma
tela de cinema são resultado da incidência de um feixe de
luz sobre as imagens contidas em uma película.
3.2. CLASSIFICAÇÃO DAS PROJECÇÕES
GEOMÉTRICAS PLANAS (PGP)

POJECÇÕES GEOMETRICAS PLANAS:

Se a superfície na qual se pretende fazer uma projecção


for um plano a projecção é designada por projecção
plana;
Os desenhos e representações efectuados sobre
uma folha de desenho são, então, projecções planas de
objectos.
Como os objectos têm 3 dimensões, a sua representação
num plano bidimensional consegue-se através de alguns
artifícios de desenho.
3.2. CLASSIFICAÇÃO DAS PROJECÇÕES
GEOMÉTRICAS PLANAS (PGP)

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DE PROJECÇÃO


3.2. CLASSIFICAÇÃO DAS PROJECÇÕES
GEOMÉTRICAS PLANAS (PGP)

TIPOS DE PROJECÇÃO

Quanto ao modo como os raios visuais ou linhas


projectantes incidem sobre o plano de projecção
permitem a seguinte classificação:

Projecção cónica ou central, em que as projectantes


divergem de um ponto de observação situado a uma
distância finita ou infinita do plano de projecção;
3.2.1. PROJECÇÃO CENTRAL OU CÔNICA

Projecão Cônica ou Central, neste sistema, o Foco (O) està


a uma distância finita do Alvo (α ou β). todas as projectantes
passam em O.
3.2.2. PROJECÇÃO CILÍNDRICA OU
PARALELA

Projecção cilíndrica ou paralela, obtida por


intersecção de projectantes paralelas entre si sobre o
plano de projecção, admitindo assim que o observador
se situa a uma distância infinita dele.
Conforme o ângulo das Projectantes com o plano
de projecção, este sistema origina dois subsistemas.
Sistema de Projecção Cilíndrica Ortogonal e o
Sistema de Projecção Cilíndrica Oblíquo.
3.2. CLASSIFICAÇÃO DAS PROJECÇÕES
GEOMÉTRICAS PLANAS (PGP)
TIPOS DE PROJECÇÕES

EXEMPLO PROJECÇÃO CILÍNDRICA E


ORTOGONAL:
Nas figuras a baixo podemos visualizar o mesmo
senário representado em dois sistemas distintos
CLASSIFICAÇÃO DAS PROJECÇÕES
GEOMETRICAS

O gráficos a seguir ilustram a classificação das


projecções geométricas planas.
3.3. REPRESENTAÇÃO EM MULTIPLAS
VISTAS

DEFINIÇÃO DE PROJECÇÃO ORTOGONAL


A projeção ortogonal é uma forma de representar
graficamente objetos tridimensionais em superfícies
planas, de modo a transmitir as suas características com
precisão e demonstrar a sua verdadeira grandeza.
Este tipo de projeção é
denominado Projeção
Ortogonal (do grego ortho
= reto + gonal = ângulo),
pois os raios projetantes
são perpendiculares ao
plano de projeção.
3.3. REPRESENTAÇÃO EM MULTIPLAS
VISTAS

PLANOS DE PROJECÇÕES
Como os sólidos são constituídos de várias superfícies,
as projeções ortogonais são utilizadas para representar
as formas tridimensionais através de figuras planas.
Muitas das vezes a projecção de objectos diferentes
em um só plano de projecção tem a mesma forma.

Aplicação das projeções ortogonais na


representação das superfícies que compõem,
respectivamente, um cilindro, um
paralelepípedo e um prisma de base
triangular.
3.3. REPRESENTAÇÃO EM MULTIPLAS
VISTAS

Para melhor cooprender o objecto é necessário fazer


uma segunda projeção ortogonal olhando os sólidos
por outro lado.
Os dois planos de projecção devem ser
perpendiculares entre si.
Após ter as projecções nos respetivos planos faz-se o
rebatimento do plano.
3.3. REPRESENTAÇÃO EM MULTIPLAS
VISTAS

REBATIMENTO DOS PLANOS DE PROJEÇÃO


Quando se tem a projeção ortogonal do objeto, o objeto não
é mais necessário e assim é possível rebater os planos de
projeção.
Com o rebatimento, os planos de projeção, que estavam
unidos perpendicularmente entre si, aparecem em um único
plano de projeção. Assim pode-se ver o rebatimento dos
planos de projeção, imaginando-os como planos ligados por
dobradiças.
3.3. REPRESENTAÇÃO EM MULTIPLAS
VISTAS
3.3. REPRESENTAÇÃO EM MULTIPLAS
VISTAS

Então pode-se obter a partir das figuras planas o


entendimento da forma espacial de cada um dos
sólidos representados.

PROJECÇÕES FRONTAIS

PROJECÇÕES HORIZONTAIS
3.3.1. MÉTODO EUROPEU E MÉTODO
AMERICANO

DIEDROS
• Considerando os planos vertical e horizontal prolongados
além de suas interseções dividiremos o espaço em quatro
ângulos diedros (que tem duas faces).
• Os quatros ângulos são numerados no sentido anti-horário,
e denominados 1º, 2º, 3º, e 4º Diedros.
Utilizando os princípios da Geometria Descritiva [Gaspar
Monge], pode-se, mediante figuras planas, representar
formas espaciais utilizando os rebatimentos de qualquer
um dos quatro diedros.
3.3.1. MÉTODO EUROPEU E MÉTODO
AMERICANO

Sentido de rotação dos quadrantes


3.3.1. MÉTODO EUROPEU E MÉTODO
AMERICANO

MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO DAS VISTAS


As normas de Desenho Técnico fixaram a utilização das
projeções ortogonais somente pelos 1º e 3º diedros, criando
pelas normas internacionais dois sistemas para
representação de peças:
– Sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro ( Método
Europeu)
– Sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro ( Método
Americano)
Estes dois métodos são identificados por um pequeno
símbolo que deve acompanhar os desenhos.

Método Europeu Método Americano


3.3.1. MÉTODO EUROPEU E MÉTODO
AMERICANO

Representação das épuras dos objetos da figura anterior

Representação das projeções de um objeto no 1º e 3º diedros


3.3.1. MÉTODO EUROPEU E MÉTODO
AMERICANO

MÉTODO EUROPEU
O Método Europeu (1º diedro), os planos de projeção são
considerados opacos e o objeto está localizado entre o
observador e o plano de projeção.
3.3.1. MÉTODO EUROPEU E MÉTODO
AMERICANO

MÉTODO AMERICANO
O Método Americano (3º diedro), o plano de projeção deverá
estar posicionado entre o observador e o objeto.
O plano de projeção precisa ser transparente (como uma
placa de vidro) e o observador, por trás do plano de projeção,
puxa as projetantes do objeto para o plano.
3.3.2. PROJECÇÃO EM 3 PLANOS

PROJECÇÃO EM 3 PLANOS
Duas vistas, apesar de representarem as três dimensões do
objeto não garantem a representação da forma da peça.
A representação das formas espaciais é resolvida com a
utilização de uma terceira projeção todos eles
perpendiculares entre si.
3.3.2. PROJECÇÃO EM 3 PLANOS

Dispondo as vistas alinhadas entre si, temos as projeções da


peça formadas pela vista frontal, vista superior e vista
lateral esquerda. Normalmente a vista frontal é a vista
principal da peça. As distâncias entre as vistas devem ser
iguais e proporcionais ao tamanho do desenho.
3.3.2. PROJECÇÃO EM 3 PLANOS

Representação das 3 projecções de um objecto no Método


Europeu.
3.3.2. PROJECÇÃO EM 3 PLANOS

Representação das 3 projecções do mesmo objecto no


Método Americano.
3.3.3. PROJECÇÃO EM 6 PLANOS

PROJECÇÃO EM 6 PLANOS DE PROJECÇÃO


Em casos de peças complicadas pode recomendar-se mais
planos de projecção correspondendo a envolver a peça
completamente num paralelepípedo fechado, que
posteriormente aberto e rebatido sobre o plano vertical.
Obtém-se assim seis vistas.
3.3.3. PROJECÇÃO EM 6 PLANOS

Rebatimento dos 6 planos de projecção Considerando o objeto imóvel no espaço, o


observador pode vê-lo por seis direções diferentes, obtendo seis vistas da peça.
3.3.3. PROJECÇÃO EM 6 PLANOS

A projeção de um objeto no primeiro diedro corresponde à


representação ortográfica compreendendo o arranjo, em
torno da vista principal de um objeto, de algumas ou de todas
as outras cinco vistas desse objeto, com relação à vista
principal (vista frontal), as demais vistas são organizadas da
seguinte maneira: a vista superior (VS) fica abaixo, a vista
inferior (VI) fica acima, a vista lateral esquerda (VLE) fica à
direita, a vista lateral direita (VLD) fica à esquerda e a vista
posterior (VP) em geral fica à direita podendo ficar à
esquerda, conforme conveniência.
3.3.3. PROJECÇÃO EM 6 PLANOS
3.3.3. PROJECÇÃO EM 6 PLANOS
3.3.3. PROJECÇÃO EM 6 PLANOS
ANEXOS

OBTENÇÃO DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS


O objeto é colocado no interior do triedro tri-retângulo para
obter suas vistas. A vista de frente deve ser a principal. Esta
vista comanda a posição das demais. É conveniente que se
faça uma análise do objeto, com o objetivo de escolher a
melhor posição para a vista de frente.
A escolha da vista de frente deve ser:
a) Aquela que mostre a forma mais característica do objeto;
b) A que indique a posição de trabalho do objeto, ou seja,
como ele é encontrado, isoladamente ou num conjunto;
c) Se os critérios anteriores forem insuficientes, escolhe-se a
posição que mostre a maior dimensão do objeto e possibilite
o menor número de linhas invisíveis nas outras vistas.
ANEXOS

Em Desenho Técnico não se representam nem a linha de


terra nem o traço do plano de perfil. Porém, devem ser
obedecidas as regras de posicionamento relativo das vistas,
decorrentes da teoria de dupla projeção ortogonal e do
rebatimento dos planos de referência.
Para obter as vistas de um objeto, inicialmente, são
comparadas as dimensões de largura, altura e profundidade,
para a escolha da posição vertical ou horizontal do papel.
Efetua-se então a representação das vistas necessárias do
objeto, de acordo com suas dimensões
ANEXOS

Exemplo: Vistas ortográficas de um objeto no 1º diedro

O objeto representado possui uma face que não é paralela a


nenhum dos planos de referência, e, portanto, nas suas
vistas não aparece a verdadeira grandeza da mesma.
ANEXOS

Exemplo: Vistas ortográficas de um objeto no 1º diedro


ANEXOS

USO DAS LINHAS


Na obtenção das vistas, os contornos e arestas visíveis são
desenhados com linha contínua larga. As arestas e contornos
que não podem ser vistos da posição ocupada pelo
observador, por estarem ocultos pelas partes que ficam à
frente, são representados por linhas tracejadas estreitas.
Com a utilização de linhas tracejadas para aresta invisíveis
evita-se, normalmente, com essa convenção, a necessidade
de representação de duas vistas opostas de um mesmo
contorno.
As linhas de centro são eixos de simetria que posicionam o
centro de furos ou detalhes com simetria radial, elas são
representadas pelo tipo de linha de traço e ponto estreita.
ANEXOS

EXERCÍCIOS:
1) Numere as projeções ortogonais correspondentes a cada
perspectiva
ANEXOS
ANEXOS

EXERCÍCIOS:
2) Represente as vistas ortogonais das peças que se seguem
ANEXOS
ANEXOS

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