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Faculdade de Ciências Agrárias

Licenciatura em Engenharia em Desenvolvimento Rural

2o Semestre, 3o Nível

Cadeira: Desenho Técnico

Grupo: II

Projecções Ortogonais Bidimensionais


DISCENTES: DOCENTE:
Alva Domingos Arquiteto: Floriano Muahache
Márcia José Mulémbwe
Rosalaina Ferrão
Salvador Jorge Matias Choveque

SANGA-UNANGO, FEVEREIRO DE 2022


Índice
I.Introdução.......................................................................................................................3

1.1.Objectivos................................................................................................................4

1.1.1. Geral.................................................................................................................4

1.1.2. Especifico.........................................................................................................4

II.Revisão bibliográfica.....................................................................................................5

2.Conceito de projecções ortogonais bidimensionais........................................................5

2.1. Definição das Projecções Ortogonais bidimensionais............................................5

2.1.1. Descrição das Projecções Ortogonais..............................................................6

2.2. Geometria Descritiva..............................................................................................6

2.2.1. Fundamentação Teórica...................................................................................6

2.2.2. Sistemas de projecções ortogonais...................................................................7

2.2.3. Geometria Descritiva.......................................................................................7

2.2.4.Ângulos Diedros, Rebatimento.........................................................................8

2.2.5. Projecções Ortogonais pelo 1º Diedro.............................................................9

2.2.6. Projecções Ortogonais pelo 3º Diedro – Método Americano........................10

2.3. MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO..................................................................11

2.3.1. Projecções Ortogonais pelo 1º Diedro...........................................................11

III. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................13

IV. REFERÊNCIA BIBLIOGRÀFICA..........................................................................14


I.Introdução

O desenho é basicamente uma composição bidimensional constituída por linhas, pontos


e formas. O desenho é dividido em dois grandes grupos: desenho artístico e desenho
técnico. Sendo o primeiro aquele que não há a preocupação com normas, pois, tudo que
é colocado no papel é, simplesmente, a forma como o artista vê o mundo. No desenho
artístico é possível que o artista exprima todos seus sentimentos ocultos da maneira que
preferir. E o segundo é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de forma, dimensão e posição de objectos de acordo com as diferentes
necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da
arquitectura. E deve transmitir com exactidão todas as características do objecto que
representa. Para conseguir-se isso, o projectista deve seguir regras estabelecidas
previamente, chamadas de normas técnicas. Assim, todos os elementos do desenho
técnico obedecem a normas técnicas, ou seja, são normalizados, podendo em cada área
ocupacional ter o seu próprio desenho técnico, de acordo com normas específicas
(VIEIRA, S\D).
A representação de objectos tridimensionais por meio de desenhos bidimensionais,
utilizando projecções ortogonais, foi idealizada por Gaspar Monge no século XVIII.
Durante o século XVIII, com o aperfeiçoamento das máquinas e sistemas
mecânicos, o consequente aumento da complexidade dos seus mecanismos
internos, linhas de produção, houve a necessidade da montagem e manutenção, da
reposição de peças, da fabricação local de peças de reposição, pois a longas distâncias
inviabilizavam o envio de peças de reposição, entre outras inúmeras
necessidades, levaram os projectistas a desenvolver uma técnica de desenho que se
afastaria em definitivo do esboço artístico, muitos desenhos somente em
perspectiva, para o desenho projectivo cilíndrico baseado na Geometria Descritiva
Sistema desenvolvido pelo matemático francês Gaspar Monge no Século XVIII. O
sistema de representação criado por Gaspar Monge é denominado Geometria Descritiva.
(Thomson, 2004.)

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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Abordar sobre as Projecções Ortogonais bidimensionais em desenho
técnico.

1.1.2. Especifico
 E Definir as Projecções Ortogonais bidimensionais em desenho técnico;
 Descrever as Projecções Ortogonais bidimensionais em desenho técnico;
 Caracterizar os métodos de representação em desenho técnico.

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II.Revisão bibliográfica

2.Conceito de projecções ortogonais bidimensionais

2.1. Definição das Projecções Ortogonais bidimensionais


Segundo Gaspar Monge no século XVIII, linhas projectante paralelas entre si e
perpendiculares ao plano de projecção reproduzem no plano uma imagem com o mesmo
contorno e mesma grandeza do objecto. Na Projecção Ortogonal, a figura plana
considerada é reproduzida em verdadeira grandeza. “A projecção ortogonal é a
representação de um objecto em um plano de projecção, quando as linhas visuais são
perpendiculares a este plano. ” (RABELLO, 2005).

Projecções ortogonais bidimensionais são fundamentais para a elaboração de projectos


em Desenho Técnico. Trata-se da planificação de peças, de desenhos contendo as
formas detalhadas e suas respectivas dimensões, de utensílios em geral, ferramentas,
sistemas mecânicos, estruturas de construção civil, entre outros. Em palavras-chaves
mas importante seria Projecções Ortogonais; Planificação de um objecto; Sistema
Mongeano de Projecção. (ARNHEIM,2004)

Segundo António Clécio Ribeiro, pois Considerando os planos vertical e horizontal


prolongados além de suas intersecções, Os quatros ângulos são numerados no sentido
anti-horário, e denominados 1º, 2º, 3º, e 4º Diedros. Utilizando os princípios da
Geometria Descritiva, pode-se mediante figuras planas, representar formas espaciais
utilizando os rebatimentos de qualquer um dos quatro diedros. Entretanto, para
viabilizar o desenvolvimento industrial e facilitar o exercício
da engenharia, foi necessário normalizar uma linguagem que, a nível internacional,
simplifica o intercâmbio de informações tecnológicas.

Entretanto, passando vários séculos houveram, as primeiras máquinas, utensílios entre


outras máquinas inventadas por alguns cientistas que dominaram a ciência através das
projecções ortogonais, seguindo as linhas que vão de acordo com as normas
internacionais que até hoje usufruímos, alguns exemplos de máquinas antigas até nos
dias actuais. As imagens, a seguir, exemplificam bem essa evolução.

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Desenho de Leonardo da Vinci.

2.1.1. Descrição das Projecções Ortogonais

Pré-requisito para o estudo das Projecções Ortogonais é o estudo da Geometria


Descritiva. Os fundamentos do estudo do ponto e da recta no sistema mongeano é um
facilitador para obter o entendimento do posicionamento das rectas no espaço e suas
respectivas projecções nos planos π e π’, eventualmente o π’’ e posteriormente ver pura
resultante e os planos de perfil. É baseado neste sistema, que ocorrem as Projecções
Ortogonais, onde as vistas são projectadas sobre planos de projecção. Considere dois
planos de projecção, ortogonais entre si. Um é vertical outro horizontal. Os planos
dividem o espaço em quatro regiões, denominadas diedros, (PINHEIRO, 1961).

2.2. Geometria Descritiva


2.2.1. Fundamentação Teórica
A Geometria é o ramo da Matemática, que se propõe a estudar as figuras existentes na
natureza através das propriedades de seus elementos, definindo, caracterizando e
padronizando suas formas e dimensões, facilitando assim seu próprio desenvolvimento
e o de outras áreas do conhecimento científico e tecnológico.” (RABELLO, 2005)

Os pré-requisitos para o estudo das Projecções Ortogonais é o estudo da Geometria

Descritiva. Pois os fundamentos do estudo do ponto e da recta no sistema mongeano são


projecções ortogonais e ângulos diedros. Um facilitador para obter o entendimento do
posicionamento das rectas no espaço e suas respectivas projecções nos planos π e π’,

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eventualmente o π’’ é posteriormente, ver a épura resultante e os planos de perfil. É
baseado neste sistema, que ocorrem as Projecções Ortogonais, onde as vistas são
projectadas sobre planos de projecção. Considere dois planos de projecção, ortogonais
entre si, temos:

 Sistemas de projecções ortogonais


 Ângulos Diedros

2.2.2. Sistemas de projecções ortogonais


Projecta-se uma recta r partir de um ponto O, não pertencente a essa recta, significa
determinar o plano pertencente ao ponto e à recta. Esse plano,  , é denominado plano
projectante da recta r. Segunda projecção, geralmente Projecta-se, um objecto a partir de
um ponto, que significa determinar as projectantes de todos os
pontos desse objecto. Quando se quer projectar um objecto, normalmente são
projectados somente, os elementos necessários e suficientes que o determinam.

(Cabo Frio, RJ. 2005)

2.2.3. Geometria Descritiva.

As três dimensões, Abcissa, Afastamento e Cota determinam a posição de um


ponto no Sistema Mongeano de Projecção. Para simplificar, usaremos X, Y e Z
para Abcissa, Afastamento e Cota.

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Linha resultante da intercessão dos dois planos é chamada de Linha de Terra. No plano
vertical (π’) temos a dimensão COTA, que será positiva quando o ponto de estudo
estiver acima da LT, e negativa quando estiver abaixo da LT. No plano horizontal (π)
temos a dimensão AFASTAMENTO, que será positiva quando o ponto estiver antes da
LT e negativa quando estiver depois da LT. Sobre a LT temos a dimensão ABCISSA.
(FRENCH, 1985).
Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante figuras planas,
representar formas espaciais utilizando os, rebatimentos de qualquer um dos quatro
diedros. Entretanto, para viabilizar o desenvolvimento industrial e facilitar o exercício
da engenharia, foi necessário normalizar uma linguagem que, a nível internacional,
simplifica o intercâmbio de informações tecnológicas. Assim, a partir dos princípios da
Geometria Descritiva, as normas de, Desenho Técnico fixaram a utilização das
projecções ortogonais somente pelos 1º e 3º diedro, criando pelas normas internacionais
dois sistemas para representação de peças:

• Sistema de projecções ortogonais pelo 1º diedro• Sistema de projecções ortogonais


pelo 3º diedro

2.2.4.Ângulos Diedros, Rebatimento

Fig.3.1

Segundo Pedro Peres (2004).O uso de um ou do outro sistema dependerá das normas
adoptadas por cada país. Por exemplo, nos Estados Unidos da América (USA) é mais
difundido o uso do 3º diedro; nos países Europeus é mais difundido o uso do 1º diedro.

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No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos USA, da
Inglaterra e do Japão, poderão aparecer desenhos representados no 3º diedro.

Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho técnico, o uso do 1º e


3º diedro é importante a familiarização com os dois sistemas de representação.

2.2.5. Projecções Ortogonais pelo 1º Diedro

Segundo o autor Nacir Izidoro, as projecções feitas em qualquer plano do 1º diedro


seguem um princípio básico que determina que o objecto a ser representado deverá estar
entre o observador e o plano de projecção, conforme mostra a figura 3.2. A partir daí,
considerando o objecto imóvel no espaço, o observador pode vê-lo por seis direcções
diferentes, obtendo seis vistas da peça. Ou seja, aplicando o princípio básico em seis
planos circundando a peça, obtemos, de acordo com as normas internacionais, as vistas
principais no 1º diedro. Para serem denominadas vistas principais, as projecções têm de
ser obtidas em planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, formando uma
caixa. A Figura 3.3 mostra a peça circundada pelos seis planos principais, que
posteriormente são rebatidos de modo a se transformarem em um único plano. Cada
face se movimenta 90º em relação à outra.

Figura 3.3

Figura 3.2

Segundo, (FRENCH, 1985), a projecção que aparece no plano 1 (Plano vertical de


origem do
1º diedro) é sempre chamada de vista de frente .Em relação à posição da vista de frente,
aplicando o princípio básico do 1º diedro, nos outros planos de projecção resultam nas
seguintes vistas:
 Plano 1 – Vista de Frente ou Elevação – mostra a projecção frontal do objecto.

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 Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projecção do objecto visto por
cima.
 Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objecto visto pelo lado
esquerdo.
 Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objecto visto pelo lado direito.
 Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objecto sendo visto pelo lado de baixo.
 Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objecto sendo visto por trás.

Refere que a padronização dos sentidos de rebatimentos dos planos de projecção garante
que no 1º diedro as vistas sempre terão as mesmas posições relativas. Ou seja, os
rebatimentos normalizados para o 1º diedro mantêm, em relação à vista de frente, as
seguintes posições, (HOELSCHER, 1978):
 A vista de cima fica em baixo;
 A vista de baixo fica em cima;
 A vista da esquerda fica à direita;
 A vista da direita fica à esquerda.
Talvez o entendimento fique mais simples, raciocinando-se com o levantamento do
objecto. O resultado será o mesmo se for dado ao objecto o mesmo rebatimento dado
aos planos de projecção, (HOELSCHER, 1978).

2.2.6. Projecções Ortogonais pelo 3º Diedro – Método Americano


Assim como no 1° diedro, qualquer projecção do 3º diedro também segue um princípio
básico. Para fazer qualquer projecção no 3º diedro, o plano de projecção deverá estar
posicionado entre o observador e o objecto, conforme mostra a Figura O plano de
projecção precisa ser transparente (como uma placa de vidro) e o observador, por trás
do plano de projecção, puxa as projectantes do objecto para o plano. As vistas principais
são obtidas em seis planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, como se
fosse uma caixa de vidro e, posteriormente, rebatidos de modo a formarem um único
plano. A Figura mostra os rebatimentos dos planos que compõem a caixa de vidro, onde
cada plano se movimenta 90º em relação ao outro. (PINHEIRO, 1961).

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Fig.4

Segundo HOELSCHER (1978), da mesma forma que no 1° diedro, a projecção que é


representada no plano 1 corresponde ao lado da frente da peça. Deste modo,
considerando o princípio básico e os rebatimentos dados aos planos de projecção, têm-
se as seguintes posições relativas das vistas:
 Plano 1 – Vista de Frente – mostra a projecção frontal do objecto;
 Plano 2 – Vista Superior – mostra a projecção do objecto visto por cima;
 Plano 3 – Vista Lateral Direita – mostra o objecto visto pelo lado direito;
 Plano 4 – Vista Lateral Esquerda – mostra o objecto visto pelo lado esquerdo;
 Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objecto sendo visto pelo lado de baixo;
 Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objecto sendo visto por trás.

2.3. MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO


2.3.1. Projecções Ortogonais pelo 1º Diedro
As projecções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio básico que
determina que o objecto a ser representado deverá estar entre o observador e o plano de
Projecção, A partir daí, considerando o objecto imóvel no espaço, observador pode vê-
lo por seis direcções diferentes, obtendo seis vistas da peça. Ou seja, aplicando o
princípio básico em seis planos circundando a peça, obtemos, de acordo com as normas
internacionais, as vistas principais no 1º diedro.

Para serem denominadas vistas principais, as projecções têm de ser obtidas em planos
perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, formando uma caixa.

A Figura mostra a peça circundada pelos seis planos principais, que posteriormente são
rebatidos de modo a se transformarem em um único plano. Cada face se movimenta 90º
em relação a outra. O uso de um ou do outro sistema dependerá das normas adoptadas
por cada país.

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De acordo com o autor Nacir Izidoro por exemplo, nos Estados Unidos da América
(USA) é mais difundido o uso do 3º diedro; nos países Europeus é mais difundido o uso
do 1º diedro. No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos
USA, da Inglaterra e do Japão, poderão aparecer desenhos representados no 3º diedro.
Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho técnico, o uso dos 1º e
3º diedros é importante a familiarização com os dois sistemas de representação. A
interpretação errónea de um desenho técnico poderá causar grandes prejuízos.

Exemplos de Ângulos diedros

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III. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em jeito de considerações finais podemos referir que A projecção ortogonal é a
representação de um objecto em um plano de projecção, quando as linhas visuais são
perpendiculares a este plano. Os fundamentos do estudo do ponto e da recta no sistema
mongeano é um facilitador para obter o entendimento do posicionamento das rectas no
espaço e suas respectivas projecções nos planos π e π’, eventualmente o π’’ e
posteriormente ver a épura resultante e os planos de perfil. É baseado neste sistema, que
ocorrem as Projecções Ortogonais, onde as vistas são projectadas sobre planos de
projecção. Considere dois planos de projecção, ortogonais entre si. Um é vertical outro
horizontal. Os planos dividem o espaço em quatro regiões, denominados diedros.
Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante figuras planas,
representar formas espaciais utilizando os rebatimentos de qualquer um dos quatro
diedros.

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IV. REFERÊNCIA BIBLIOGRÀFICA
ARNHEIM, R. Arte & Percepção Visual Uma Psicologia da Visão Criadora . São
Paulo, SP: Thomson, 2004.
FRENCH, T.E.; VIERCK, C.J. Desenho Técnico e Tecnologia Gráfica. São Paulo, SP:
Editora Globo S.A., 1985
HOELSCHER, R.P.; SPRINGER, C.H.; DOBROVOLNY, J.S. Expressão Gráfica de
Desenho Técnico. Rio de Janeiro, RJ: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1978.
PINHEIRO, V.A. Noções de Geometria Descritiva. Rio de Janeiro, RJ: Ao Livro
Técnico S.A., 1961.
RABELLO, P.S.B. Geometria Descritiva Básica I. Cabo Frio, RJ. 2005.

VIEIRA, Emírcio; (S\D); Desenho esquemático (capítulo 1. Introdução ao desenho


esquemático); Pág. 1-16.

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