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4° Nível, 1°semestre
Gestão Ambiental
Estudantes:
Evaristo José
Docente:
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1. INTRODUCAO
Os resíduos sólidos mais precisamente denominados de lixo correspondem a todo material
proveniente das actividades diárias do homem em sociedade. Estes podem ser encontrados nos
estados sólido, líquido e/ou gasoso. Os resíduos podem ser descartados, aqueles que são
completamente imprestáveis para seu reaproveitamento ou podem ser reutilizados mediante uma
série de processamentos físicos e/ou químicos para a fabricação de novos produtos. Na
actualidade, um dos maiores desafios nas instituições públicos é de redução da geração de
resíduos nas instituições e a sua destinação final adequada. “Resíduo sólido é todo rejeito de
processo de produção, transformação ou utilização, toda substância, material, produto ou, mais
geralmente, todo bem móvel abandonado ou que seu detentor destina ao abandono” (BIDONE,
2001).
Segundo o Lima (2001), define “o resíduo como uma espécie de material heterogéneo (inerte e
orgânico), resultante das actividades humanas e da natureza, o qual pode ser parcialmente
utilizado, gerando, entre outros aspectos, protecção à saúde pública e economia de recursos
naturais”.
Resíduo é todo material que se apresenta em estado sólido; semi-sólido ou semilíquido oriundo
das actividades humanas e que muitas vezes podem ser reciclados ou reutilizados. Esses resíduos
são oriundos das residências, indústrias, hospitais, comércio e outros estabelecimentos, sendo de
extrema importância sua classificação (MANSUR & MONTEIRO et al, 2001).
O descarte dos resíduos tem se tornado um problema mundial quanto ao prejuízo e poluição do
meio ambiente, caso estes sejam descartados sem nenhum tratamento, onde se pode afetar tanto
o solo, a água e/ou o ar. A poluição do solo pode alterar suas características físico-químicas, que
representa uma séria ameaça à saúde pública tornando-se o ambiente propício ao
desenvolvimento de transmissores de doenças. A poluição da água pode alterar as características
do ambiente aquático, através da percolação do líquido gerado pela decomposição da matéria
orgânica presente no lixo, associado com as águas pluviais e nascentes existentes nos locais de
descarga dos resíduos. Enquanto que a poluição do ar pode provocar a formação de gases
naturais na massa de lixo, pela decomposição dos resíduos com e sem a presença de oxigênio no
meio, originando riscos de migração de gás, explosões e até de doenças respiratórias, se em
contato direto com os mesmos (CUE, 2000).
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1.1. Problema
A maioria dos estudantes da FCA dispõe seus resíduos sólidos domiciliares sem nenhum
controle, uma prática de graves consequências como contaminação do ar, do solo, das águas
superficiais e subterrâneas, criação de focos de organismos patogênicos, vectores de transmissão
de doenças, com sérios impactos na saúde pública.
Nota-se que, a maioria dos estudantes, o circuito dos resíduos sólidos apresenta características
muito semelhantes e em raras situações, este circuito inclui procedimentos diferenciados como
coleta seletiva, processos de compostagem e tratamento térmico.
1.2. Justificativa
Contudo, a situação evidencia a urgência em se adoptar um sistema de manejo adequado dos
resíduos, definindo uma política para a gestão e o gerenciamento, que assegure a melhoria
continuada do nível de qualidade de vida, promova práticas recomendadas para a saúde pública e
proteja o meio ambiente contra as fontes poluidoras.
Para bem actuar sobre os problemas dos resíduos sólidos é necessário que seja implantada uma
política interna da FCA de gestão resíduos sólidos, que esteja alicerçada num programa de
abordagem sistêmica, que contemplem ações que possibilitem a sua efetiva implementação no
contexto da realidade da Faculdade.
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1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Abordar sobre a gestão dos resíduos sólidos no campus da Faculdade de Ciências Agraria
(FCA).
1.3.2. Específicos
Conceitualizar a gestão dos resíduos sólidos;
Conhecer os principais tipos de resíduos sólidos gerados no Campus da Faculdade de
Ciências Agraria;
Caracterizar os resíduos sólidos;
Classificar os resíduos sólidos gerados no Campus da Faculdade de Ciências Agraria;
Avaliar os impactos socioambientais causados pela ma gestão dos resíduos sólidos e
recomendar boas acções de recolha de resíduos sólidos aos estudantes da FCA.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Conceitos
Resíduos sólidos são resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de actividades da
comunidade, de origem: industrial, doméstica, de serviços de saúde, comercial, agrícola, de
serviços e de varrição. Consideram-se também resíduos sólidos os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controlo de
poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpo de água, ou exijam para isso soluções técnicas e
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. (ABNT, 2004).
A gestão de resíduos é uma sequência de acções e actividades que ajudam a melhorar os serviços
de limpeza. Essas acções e actividades estão ordenadas nas seguintes etapas: princípio dos 3Rs
(Redução, Reutilização e Reciclagem), acondicionamento, colecta, transporte, tratamento,
disposição final e limpeza de logradouros. Se aprofundar-se um pouco, descobre-se outras
acções e actividades que fazem parte de cada uma das etapas listadas (SCHALCH& LEITE,
2002). Estes autores definem ainda os componentes dos 3 Rs:
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2.2.1. Resíduos orgânicos
Cascas e sobras de legumes;
Verduras;
Cascas e sobras de frutas;
Óleo da cozinha;
Resto de café;
Sobras de comidas (limpas e sujas).
Quanto às características físicas os resíduos sólidos podem ser classificados em: geração per
capita (que relaciona a quantidade de resíduos urbanos gerada diariamente e o número de
habitantes de determinada região); composição gravimétrica (traduz o percentual de cada
componente em relação ao peso total da amostra de lixo analisada que podem ser: papel,
alumínio, borracha, cerâmica, etc.); peso específico aparente (é o peso do lixo sem qualquer
compactação que é expresso em kg/m3 ); teor de umidade (representa a quantidade de água
presente no lixo); e compressividade (grau de compactação ou a redução de seu volume que pode
chegar a um terço ou um quarto de seu volume original) (SCHALCH& LEITE, 2002).
Entretanto, as características químicas dos resíduos sólidos podem ser dadas por: poder calorífico
(capacidade potencial de um material desprender determinada quantidade de calor quando
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submetido a queima); potencial hidrogeniônico – pH (indica o teor de acidez ou alcalinidade dos
resíduos); composição química (consiste na determinação dos teores de cinzas, matéria orgânica,
carbono, nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo, resíduo mineral total, resíduo mineral solúvel e
gorduras); relação carbono/nitrogênio – C:N (indica o grau de decomposição da matéria orgânica
do lixo nos processos de tratamento/disposição final) (SEBRAE, 2017).
Já as características biológicas dos resíduos sólidos são determinadas pela população microbiana
e dos agentes patogênicos presentes no lixo. Esta característica é importante para em conjunto
com as características químicas, realizar processos para inibir os odores e possivelmente acelerar
a decomposição da matéria orgânica (SEBRAE, 2017).
2.4.1. Urbanos
Incluem o resíduo domiciliar gerado nas residências, o resíduo comercial, produzido em
escritórios, lojas, hotéis, supermercados, restaurantes e em outros estabelecimentos afins, os
resíduos de serviços, oriundos da limpeza pública urbana, além dos resíduos de varrição das vias
públicas, limpezas de galerias, terrenos, córregos, praias, feiras, podas, capinação.
2.4.2. Industriais
Correspondem aos resíduos gerados nos diversos tipos de indústrias de processamentos. Em
função da periculosidade oferecida por alguns desses resíduos, o seguinte agrupamento foi
proposto:
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Um PGRS pode contemplar a caracterização e quantificação de todos os resíduos gerados
(COUTINHO &FRANK, 2001), cujos dados definirão as técnicas de maneio, acondicionamento,
transporte, tratamento e disposição dos resíduos, e implantação de acções tais como: colecta
selectiva e reciclagem (MISSIAGGIA, 2002). O PGRS é um conjunto de documentos com valor
sócio-ambiental, que contém acções e recomendações que visam um controlo de todas as etapas
da geração, acondicionamento, colecta selectiva, tratamento (reciclagem/ reaproveitamento,
compostagem) e destinação dos resíduos gerados em uma empresa. A seguir apresentam-se
algumas etapas de um plano de gestão de resíduos sólidos.
2.5.1. Acondicionamento
Acondicionamento é a etapa de preparação dos resíduos para a colecta adequada de acordo com
o tipo e quantidade gerada. Os resíduos são acondicionados em recipientes próprios e mantidos
até o momento em que são colectados e transportados ao aterro sanitário ou outra forma de
destinação final. Destaca-se que o acondicionamento dos resíduos deve ser realizado de forma a
evitar acidentes e proliferação de vectores (RIBEIRO & BESEN, 2007).
A colecta selectiva dos resíduos sólidos consiste em separar e acondicionar os diversos tipos de
materiais rejeitados, para endereçar correctamente o processo subsequente, reciclagem ou aterro
sanitário. É o primeiro passo concreto dos programas ambientais, pois é uma forma de fixar o
conteúdo dos treinamentos iniciais. O objectivo da colecta selectiva não é gerar recursos, mas
reduzir o volume de resíduos, gerando ganhos ambientais. É um investimento no meio ambiente
e na qualidade de vida. Não cabe, portanto, uma avaliação baseada unicamente na equação
financeira dos gastos que despreze os futuros ganhos ambientais, sociais e económicos da
colectividade (SCHALCH & LEITE, 2002).
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2.5.3. Reciclagem
A reciclagem pode ser definida como uma separação metódica e sistemática de papéis, metais,
plásticos, vidros, entre outros, para a sua posterior transformação e reutilização na fabricação de
outros produtos. A reciclagem trata o lixo como matéria-prima a ser aproveitada para fazer novos
produtos. Os materiais reciclados, embora sejam utilizados como substitutos de matérias-primas,
podem produzir um novo tipo de material, representando uma grande oportunidade económica e
social, pois gera emprego e renda, deixando assim de ser um problema para ser uma solução.
(FIELD et al, 1975).
2.5.4. Compostagem
Compostagem é um processo de transformação de resíduos orgânicos em adubo humificado.
Dois estágios podem ser identificados nessa transformação: o primeiro é denominado digestão, e
corresponde à fase inicial da fermentação, na qual o material alcança o estado de bioestabilização
e a decomposição ainda não se completou (METCALF & EDDY, 1974). Porém, quando bem
caracterizada, a digestão permite que se use o composto como adubo, sem o risco de causar
danos às plantas. O segundo estágio, mais longo, é o da maturação, no qual a massa em
fermentação atinge a humificação, estado em que o composto apresenta melhores condições
como melhorador do solo e fertilizante (METCALF & EDDY, 1974).
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na compostagem são os restos de alimento, além de folhas, serragem e estrumes (METCALF &
EDDY, 1974).
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2.7. Impactos Ambientais
Segundo Crittenden & Kolaczkowski, (995), ao serem descartados de maneira inadequada, os
resíduos produzem impactos ambientais que colocam em risco e comprometem os recursos
naturais e a qualidade de vida das atuais e futuras gerações:
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3. RECOMENDAÇÕES
Reforçar a capacidade institucional no concernente a gestão de resíduos sólidos urbanos,
Promovendo a adopção de legislação apropriada sobre resíduos sólidos e organizando o
sistema de gestão dos Resíduos sólidos a todos os níveis.
Implementar diferentes etapas de gestão de resíduos sólidos urbanos: Promover a redução
e reutilização da produção de Resíduos sólidos, promover a reciclagem e compostagem
dos resíduos sólidos, promover o correcto acondicionamento dos resíduos sólidos para
melhorar o sistema e ou mecanismos de transporte de resíduos sólidos, tendo em
consideração a necessidade urgente de encerrar lixeiras a céu aberto e promover a
instalação de aterros controlados e sanitários.
Promover o estabelecimento parcerias entre os sectores público, privado e sociedade
civil: Promover parcerias entre os sectores público, privado e sociedade civil através do
envolvimento activo nos processos de elaboração dos planos de gestão de resíduos
sólidos urbanos locais por alguns serem actores importantes na produção de grandes
quantidades de residuos sólidos, recolhidos em conjunto com os residenciais.
Elevar a cultura de urbanidade: Promover a participação activa do cidadão, em particular
do cidadinho na educação dos concidadãos para conservação do meio ambiente local que
o rodeia, na correcta deposição, tratamento e fiscalização da actuação do sector púbico;
Criar mecanismos para a mobilização de recursos para a implementação das actividades
inerentes a gestão de resíduos;
Elaborar e implementar um programa de monitoria e gestão de resíduos sólidos urbanos.
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4. PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES
Contudo, os resíduos sólidos são os restos oriundos das atividades humanas, sejam elas
domésticas ou industriais. Os resíduos provenientes das atividades do homem em sociedade
podem ser: sobras de alimentos, embalagens, papéis, plásticos e outros. Os resíduos são os
processos metabólicos dos seres humanos, bem como produzidos como substratos da fabricação
de produtos dos diversos meios de fabricação. Estes restos podem ser descartados ou muitas
vezes reaproveitados como matéria prima para a fabricação de novos produtos
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://www.deecc.ufc.br/Download/Gestao_de_Residuos_Solidos_PGTGA/Apostila_Ges
tao_e_Gerenciamento_de_RS_Schalch_et_al.pdf. [Acesso em 24 de Maio de 2021].
PACHECO, A (2000). Cemitério e Meio Ambiente. (Tese de Douramento). Universidade
de São Paulo, Brasil.
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