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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 3
2 MEIO AMBIENTE ............................................................................................. 4
3 POLUIÇÃO DA ÁGUAS E QUALIDADE DAS ÁGUAS ..................................... 4
4 PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA............................................................ 6
5 Parâmetros físicos ............................................................................................ 7
5.1 Parâmetros químicos.................................................................................. 9
5.2 Parâmetros biológicos .............................................................................. 12
5.3 Padrão de potabilidade............................................................................. 14
5.4 Padrão de corpos d'água.......................................................................... 14
6 FONTES DE POLUIÇÃO ................................................................................ 15
6.1 Classes de contaminantes emergentes determinadas no Brasil .............. 15
7 ÁGUAS RESIDUÁRIAS: ESGOTOS DOMÉSTICOS ..................................... 19
7.1 Constituição das águas residuárias e tipos de efluentes .......................... 20
7.2 Tratamento das águas residuárias ........................................................... 21
7.3 Fitodepuração como alternativa de tratamento de águas residuárias ...... 21
8 ÁGUAS PLUVIAIS .......................................................................................... 23
8.1 Reuso das águas pluviais em residências e suas vantagens ................... 27
9 EFLUENTES INDUSTRIAIS ........................................................................... 28
9.1 Reator anaeróbio UASB ........................................................................... 29
9.2 Tratamentos físico-químicos .................................................................... 30
9.3 Lagoas de estabilização ........................................................................... 32
9.4 Caracterização Quantitativa e Qualitativa. ............................................... 34
10 CONTROLE DA POLUIÇÃO. ......................................................................... 35
11 CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO ............................................................... 36
12 POLUIÇÃO DO AR ......................................................................................... 38
12.1 Classificação dos poluentes ..................................................................... 38
12.2 Efluentes .................................................................................................. 39
12.3 Fontes poluidoras ..................................................................................... 40
12.4 Histórico da poluição atmosférica - principais episódios .......................... 41
13 Poluição sonora .............................................................................................. 45
14 Poluição visual ................................................................................................ 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 49
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 MEIO AMBIENTE
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levar a alterações irreversíveis e comprometer a resiliência natural do planeta
(STEFFEN et al., 2015).
Fonte: encrypted-
5
também, para manter o funcionamento dos ecossistemas naturais, tornando-se assim
um dos principais desafios socioambientais (PAHL-WOSTL, 2017).
As principais alterações na qualidade das águas ocorrem em virtude das
atividades antrópicas, que poluem os ecossistemas aquáticos por meio da liberação
de substâncias e materiais que podem alterar as características desses ambientes,
causando mudanças na sua dinâmica e funcionamento (GRIZZETTI et al., 2017).
A deterioração da qualidade da água ocasiona crescentes aumentos nos custos
de tratamento das águas destinadas ao abastecimento doméstico, principalmente nos
custos associados ao uso de produtos químicos. Ao se projetar uma Estação de
Tratamento de Água (ETA), leva-se em consideração tanto o volume de água a ser
tratado, como a qualidade dessa água. Quanto melhor forem os parâmetros que
indicam ser uma água adequada para sofrer o processo de potabilização, mais
simples será o processo escolhido para se proceder ao tratamento da água e,
consequentemente, menores serão os custos de implantação e de operação da ETA
(BRASIL, 2014).
Fonte:.wp.com/iusnatura.com.br
6
sistemas hídricos; além de possibilitar a identificação de possíveis fontes de poluição
na bacia hidrográfica, pois a qualidade das águas de um curso hídrico reflete o grau
de conservação de sua bacia de contribuição (ALILOU et al., 2019).
No Brasil, os padrões de referência para o monitoramento das águas foram
estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
Nº 357 de 17 de março de 2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos hídricos
de acordo com seus usos preponderantes, estabelece diretrizes ambientais para o
enquadramento das águas, bem como condições e padrões de lançamento de
efluentes lançados aos corpos hídricos. A conformidade com os valores de referência
é um bom indicativo da qualidade de um corpo hídrico (ANJINHO et al, 2020).
A qualidade da água pode ser representada através de diversos parâmetros,
que traduzem as suas principais características físicas, químicas e biológicas.
5 PARÂMETROS FÍSICOS
Cor
Turbidez
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também, ser causada por lançamentos de esgotos domésticos ou industriais. A
turbidez natural das águas está, geralmente, compreendida na faixa de 3 a 500
unidades fins de potabilidade; a turbidez deve ser inferior a 1 unidade. Tal restrição
fundamenta-se na influência da turbidez nos processos usuais de desinfecção,
atuando como escudo aos micro-organismos patogênicos, minimizando a ação do
desinfetante.
Sabor
Odor
O odor, são obtidos odores que podem até mesmo ser agradáveis (odor de
gerânio e de terra molhada etc.) além daqueles considerados como repulsivos (odor
de ovo podre, por exemplo). Despejos industriais que contêm fenol, mesmo em
pequenas concentrações, apresentam odores bem característicos. Vale destacar que
substâncias altamente deletérias aos organismos aquáticos, como metais pesados e
alguns compostos organossintéticos não conferem nenhum sabor ou odor à água.
Para consumo humano e usos mais nobres, o padrão de potabilidade exige que a
água seja completamente inodora.
Temperatura
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águas para consumo humano, temperaturas elevadas aumentam as perspectivas de
rejeição ao uso. Águas subterrâneas captadas a grandes profundidades
frequentemente necessitam de unidades de resfriamento, a fim de adequá-las ao
abastecimento (BRASIL, 2014)
ph
Alcalinidade
Acidez
9
(CO2 absorvido da atmosfera, ou resultante da decomposição de matéria orgânica,
presença de H2 S – gás sulfídrico) como antropogênica (despejos industriais,
passagem da água por minas abandonadas). De maneira semelhante à alcalinidade,
a distribuição das formas de acidez também é função do pH da água: pH > 8.2 – CO2
livre ausente; pH entre 4,5 e 8,2 – acidez carbônica; pH < 4,5 – acidez por ácidos
minerais fortes, geralmente resultantes Fundação Nacional de Saúde 22 de despejos
industriais. Águas com acidez mineral são desagradáveis ao paladar, sendo
desaconselhadas para abastecimento doméstico.
Dureza
Ferro e manganês
Cloretos
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Os cloretos, geralmente, provêm da dissolução de minerais ou da intrusão de
águas do mar, e ainda podem advir dos esgotos domésticos ou industriais. Em altas
concentrações, conferem sabor salgado à água ou propriedades laxativas.
Nitrogênio
No meio aquático, o elemento químico nitrogênio pode ser encontrado sob
diversas formas:
Nitrogênio molecular (N2): nesta forma, o nitrogênio está, continuamente,
sujeito a perdas para a atmosfera. Algumas espécies de algas fixar o nitrogênio
atmosférico, o que permite o seu crescimento mesmo quando as outras formas de
nitrogênio não estão disponíveis na massa líquida;
Nitrogênio orgânico: constituído por nitrogênio na forma dissolvida (compostos
nitrogenados orgânicos) ou particulada (biomassa de organismos);
Íon amônio (NH4 +): forma reduzida do nitrogênio, sendo encontrada em
condições de anaerobiose; serve, ainda, como indicador do lançamento de esgotos
de elevada carga orgânica;
Íon nitrito (NO2 -): forma intermediária do processo de oxidação, apresentando
uma forte instabilidade no meio aquoso; e
Íon nitrato (NO3 -): forma oxidada de nitrogênio, encontrada em condições de
aerobiose.
Além de ser fortemente encontrado na natureza, na forma de proteínas e outros
compostos orgânicos, o nitrogênio tem uma significativa origem antropogênica,
principalmente em decorrência do lançamento em corpos d’água de despejos
domésticos, industriais e de criatórios de animais, assim como de fertilizantes.
Fósforo
11
Oxigênio dissolvido
Matéria orgânica
Organismos indicadores
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As bactérias do grupo coliforme habitam normalmente o intestino de homens e
animais, servindo, portanto, como indicadoras da contaminação de uma amostra de
água por fezes. Como a maior parte das doenças associadas com a água é transmitida
por via fecal, isto é, os organismos patogênicos, ao serem eliminados pelas fezes,
atingem o ambiente aquático, podendo vir a contaminar as pessoas que se abasteçam
de forma inadequada desta água, conclui-se que as bactérias coliformes podem ser
usadas como indicadoras desta contaminação. Quanto maior a população de
coliformes em uma amostra de água, maior é a chance de que haja contaminação por
organismos patogênicos.
As principais comunidades que habitam o ambiente aquático são:
Plâncton: organismos sem movimentação própria, que vivem em suspensão na
água, podendo ser grupados em fitoplâncton (algas, bactérias) e zooplâncton
(protozoários, rotíferos, crustáceos). A comunidade planctônica exerce um papel
fundamental na ecologia aquática, tanto na construção da cadeia alimentar, quanto
na condução de processos essenciais, como a produção de oxigênio e a
decomposição da matéria orgânica;
Benton: é a comunidade que habita o fundo de rios e lagos, sendo constituída
principalmente por larvas de insetos e por organismos anelídeos, semelhantes às
minhocas. A atividade da comunidade bentônica influi nos processos de solubilização
dos materiais depositados no fundo de ambientes aquáticos. Além disso, pelo fato de
serem muito sensíveis e apresentarem reduzida locomoção e fácil visualização, os
organismos bentônicos são considerados como excelentes indicadores da qualidade
da água;
Necton: é a comunidade de organismos que apresentam movimentação
própria, sendo representada principalmente pelos peixes. Além do seu significado
ecológico, situando-se no topo da cadeia alimentar, os peixes servem como fonte de
proteínas para a população e também podem atuar como indicadores da qualidade
da água (rotíferos, crustáceos). A comunidade planctônica exerce um papel
fundamental na ecologia aquática, tanto na construção da cadeia alimentar, Manual
de Controle da Qualidade da Água para Técnicos que Trabalham em ETAS 29 quanto
na condução de processos essenciais, como a produção de oxigênio e a
decomposição da matéria orgânica (BRASIL, 2014)
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São feitas referências aos seguintes padrões de qualidade da água:
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6 FONTES DE POLUIÇÃO
Fonte: static.brasilescola
Fármacos
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Os fármacos pertencem a uma das classes de contaminantes emergentes mais
estudadas em todo o mundo (sendo a segunda mais estudada no Brasil), pois são
constantemente lançados no ambiente em grandes quantidades, além de serem
produzidos com a finalidade de apresentarem efeitos biológicos. Muitos são
persistentes e lipofílicos, podendo ser bioacumulados, outros são parcialmente
metabolizados pelo organismo e seus metabólitos, lançados no ambiente, também
podem causar efeitos à biota e ao homem (MONTAGNER et al, 2017).
Os fármacos incluem todas as drogas consumidas com ou sem prescrição
médica, de uso humano ou veterinário, e suplementos alimentares. Nas últimas
décadas houve um aumento significativo no consumo de medicamentos em todo o
mundo, inclusive no Brasil, principalmente aqueles vendidos sem prescrição médica,
como os analgésicos e antitérmicos e aqueles de uso contínuo como os reguladores
lipídicos, anticoncepcionais e antidepressivos. O mercado farmacêutico mundial
movimenta bilhões de dólares anualmente, com um crescimento de mercado que tem
se expandido tanto em quantidade como em variedade de novos princípios ativos 72
As maiores preocupações são com os fármacos de origem hormonal, dado seu
potencial de interferência endócrina; os fármacos psicoterápicos, que agem
diretamente no sistema nervoso central; e os antimicrobianos devido ao fato de
promoverem um aumento na quantidade de bactérias resistentes. Este último, vem
recebendo grande destaque na Organização Mundial da Saúde (OMS ou WHO, do
inglês World Health Organization) nos últimos anos e, em 2016 foi lançado um alerta
mundial sobre esta problemática, a qual países do mundo todo deverão participar com
ações de grande, médio e pequeno porte com objetivo de minimizar os efeitos da
resistência aos antimicrobianos. De acordo com a OMS, são necessários inovações e
investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos
antimicrobianos, vacinas e instrumentos de diagnóstico (MONTAGNER et al, 2017).
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et al, 2016), e além disso, alguns são parcialmente removidos pelos processos de
tratamento convencionais de água e esgoto. Desde 2010, o Brasil ocupa a 3º posição
no consumo mundial, perdendo apenas para os EUA e Japão, de acordo com a
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
(Abihpec), o que pode nos remeter a um cenário típico de contaminação ambiental,
principalmente nas regiões sul e sudeste do país onde a densidade populacional é
mais alta (LUO et al, 2014).
Estrogênios naturais
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endógenos. Além destes, a progesterona e a testosterona são exemplos de outros
hormônios naturais que, assim como os estrogênios, são excretados diariamente pela
urina e podem ser determinados nos corpos d'água que recebem grandes aportes de
esgoto doméstico (Machado et al, 2016).
Estrogênios sintéticos
Fonte: encrypted-
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As águas residuárias são uma combinação de efluentes domésticos, despejos
industriais, efluentes de estabelecimentos comerciais e institucionais, águas pluviais
e de drenagem urbana, assim como efluentes agropecuários (CORCORAN et al.,
2010).
Quando as águas residuárias permanecem paradas e sem tratamento, a
decomposição da matéria orgânica nela contida pode produzir gases com odores
fétidos e conduzir à redução no conteúdo do oxigênio dissolvido que afetará a vida
aquática; adicionalmente, as águas residuárias podem conter microrganismos
patogênicos que causam riscos à saúde humana e dos animais. Além dos efeitos da
matéria orgânica e dos patógenos, e devido às preocupações ambientais são cada
vez mais comuns os estudos para analisar compostos orgânicos específicos nos
corpos de água. Entre esses compostos estão inclusos os agrotóxicos,
potencialmente prejudiciais para a flora e fauna naturais; trihalometanos e outros
compostos clorados, que podem prejudicar a saúde humana; e compostos químicos
de origem industrial, que podem danificar a ecologia natural (ORTIZ et al, 2016).
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receptor. Neste último caso, é fundamental realizar um modelamento da qualidade da
água no corpo receptor. Dentre os objetivos do modelamento estão à previsão de
condições futuras e o planejamento de níveis e eficiências do tratamento dos esgotos
(ORTIZ et al, 2016).
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inflorescências, podendo atingir uma altura variando desde alguns centímetros fora
d’água, até um metro (DIAS, 2019).
Uma característica que deve ser notada no caso do aguapé é que, em seu
processo metabólico, esta espécie pode absorver alguns elementos poluidores da
água, e os transforma em biomassa fresca, através da fotossíntese; a matéria tóxica
que é retirada por ele, cerca de 95 a 98%, acumula-se no sistema radicular,
preservando as folhas da contaminação. As plantas aquáticas aparecem como
alternativa viável a problemática dos recursos hídricos, desempenham uma função
importante dentro dos ecossistemas, elas afetam a química da água por meio da
absorção de substâncias que podem ser nutrientes ou elementos tóxicos presentes
na composição do fluído o que proporciona circunstâncias favoráveis para a
sobrevivência de vários espécimes aquáticos, e serve como componente alimentar
para esses seres (BORBA et al., 2018).
Eichhornia crassipes, popularmente conhecida como aguapé ou jacinto d’água,
se caracteriza por ser uma macrófita aquática flutuante livre, nativa da América do Sul,
pertencente à família Pontederidaceae. Se reproduz de duas formas: sexuadamente
por sementes, e também de forma assexuada, por estolões (SOUZA, 2016).
A espécie tem provado possuir elevado potencial econômico e ecológico para
muitas regiões subtropicais e tropicais do mundo. O aguapé é listado como uma das
plantas mais produtivas na terra, sendo sua logística de crescimento verificada em
águas doces de mais de 50 países, nos cinco continentes. É especialmente difundida
na América do Sul e Central, sudeste asiático, sudeste dos Estados Unidos, África
central e ocidental (SOUZA, 2016).
Para a pesquisa a espécie de Eichhornia crassipes (aguapé), foi coletada nas
margens de um corpo hídrico, localizado na comunidade Calumbi, cerca de 10 km do
perímetro urbano do município de Corrente Piauí. Para escolha da espécie apropriada
para o experimento, foi selecionada as amostras mais saudáveis, adultas e com uma
raiz, caule e folhas mais volumosas e desenvolvidas. Xanthosoma sagittifolium, é uma
monocotiledônea herbácea, tropical, perene, rizomatosa, que pode atingir até dois
metros de altura. Possui como características grandes folhas cordiformes encontradas
em tons de verde e roxo escuro, com enormes limbos cerosos e carnosos e, com
nervuras marcantes (MARTINEZ, 2018).
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A planta é cultivada em praticamente todas as regiões do Brasil e por ser uma
espécie tropical, necessita de temperaturas quentes, em torno de 25 a 28 graus
Celsius. A taioba não tolera geada e em condições climáticas onde as temperaturas
sejam inferiores a 15 graus Celsius, o crescimento da planta é muito comprometido.
Para que se desenvolva bem, necessita de solos bem drenados, enriquecidos com
matéria orgânica e cujo pH esteja entre 6 e 7 (MARTINEZ, 2018).
As macrófitas exerceram efeito filtrante significativo sobre bactérias indicadoras
de poluição fecal devido suas raízes ficarem cobertas com material orgânico e
mucilaginoso permitindo a formação da comunidade periférica conforme o observado
nas raízes das macrófitas utilizadas neste trabalho (DIAS et al., 2016).
8 ÁGUAS PLUVIAIS
Fonte: image/jpeg
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veículos ou animais. De acordo com a Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde
que normatiza a qualidade da água para consumo humano, tal água é considerada
como não potável por suas características físico-químicas e biológicas. A água
advinda da chuva vem com o ph alterado devido a várias substâncias encontradas no
ar e no local de captação, tais como poeira, folhas, fezes de animais entre outros, por
esse motivo ela é não se enquadra nos requisitos necessário para o consumo
humano, devendo ser utilizada para usos domésticos entre outros e que não tenha
contato com a alimentação do ser humano (QUIZA, 2017).
De acordo com Andrade Neto (2013), para que a utilização de água da chuva
seja de forma eficiente, é necessário que posteriormente a realização da coleta de
água a mesma seja direcionada a um reservatório o mais rápido possível, sendo este
uma cisterna, caixas d'águas, tambores plásticos entre outros da mesma natureza,
considerando que a cisterna é o meio mais viável, diferente dos outros uma vez que
são limitados quanto a sua capacidade.
Em termos de eficiência de reaproveitamento, são necessárias algumas
etapas que tornem o procedimento mais seguro e de fácil manuseio. Primeiramente
deve ser feito o dimensionamento do Sistema, o que varia com a necessidade de cada
usuário, em seguida se define o modelo do sistema que se enquadre da melhor forma
com o perfil do local a ser implantado, logo após seriam estabelecidos os materiais
utilizados e a instalação dos mesmos, sendo de suma importância a escolha correta
do filtro e da bomba em casos em que esta se faça necessário. O sistema de captação
de água funciona da seguinte maneira: a água pluvial chega no local de captação,
neste caso o telhado residencial em seguida é conduzida pelas caneletas onde passa
por um filtro para retira da das sujeiras mais grossas como folhas, galhos, pequenos
animais, pedras entre outros, em alguns casos pode-se utilizar o freio d'água, como o
próprio nome sugere, é um dispositivo com intuito de diminuir a velocidade da água
ao chegar no reservatório, assim prevenindo a fusão das partículas de impurezas com
a água já decantada (ANDRADE et al, 2017).
Conforme (ECV INSTALAÇÕES, 2018). Para a edificação que não possui
uma devida estrutura de captação, prepõe-se a implantação do respectivo sistema,
uma vez que todo imóvel exposto ao meio externo está apto a ser canal de captação
de água pluvial.
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Fonte: ejeamb.com.br
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Sistema de pressurização para bombas;
Sistema de segurança e automação que envia a água armazenada para
caixas de alimentação reservatório elevado;
Tubulação especifica para escoamento da água reservada.
Destaca-se em Quiza (2017) que deve se descartar a água da primeira chuva
ou dos primeiros minutos, pois esta fará a limpeza do telhado, com a retirada das
impurezas. Tomaz (2010) relata que deve se instalar uma torneira na parte final do
encanamento no intuito de facilitar o escoamento da primeira água captada.
Posteriormente a esse processo de limpeza do telhado é que se aproveita a água das
próximas chuvas, que são encaminhadas para o reservatório, este deve conter um
dispositivo de liberação da água quando atingir seu limite de capacidade de
armazenagem, o vulgo ladrão. Para reservatórios subterrâneos de grande capacidade
de armazenagem, tendo este em geral a função de evitar à incidência de luz solar e
consequentemente a proliferação de micro-organismos, devem ser instalados
métodos de bombeamento que impulsione a água previamente armazenada para a
caixa d'água, e esta deverá ser desassociada do reservatório de água potável.
De acordo com Gestão de água SEBRAE (2015), mesmo que a água captada
não seja utilizada para fins potáveis, é de grande importância manter o reservatório
sempre limpo, principalmente no início do período chuvoso para que este esteja apto
a receber a água captada, o mesmo deve ser bem tampado e sem rachaduras ou
vazamentos. É necessário que se faça a adição de cloro ou água sanitária, assim
evitado proliferação de microrganismos e mosquitos Aesdes Aegypti, que tem como
foco a água parada.
Estudos comprovam que cerca de 30% a 40% do consumo de água utilizada
em uma residência são para fins não potáveis. Portanto a utilização das águas pluviais
como fonte alternativa de consumo nas demandas menos implacáveis, em domicílios
se torna uma excelente opção pois converte o que seria um problema nos períodos
de excesso de chuva devido ao grande escoamento superficial em que alguns casos
levam a ocasionar inundações, em solução parcial no processo de racionalização da
água advinda da rede pública (ANDRADE et al, 2017).
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8.1 Reuso das águas pluviais em residências e suas vantagens
Conforme está descrita na Normatização da Fundação Estadual do Meio
Ambiente – FEAM (2017) destaca se como opções de uso das águas pluviais em
residências as seguintes aplicações:
Irrigação de jardins;
Limpeza de pisos;
Descargas em vasos sanitários;
Abastecimento de sistema de ar condicionado e de combate a incêndio;
Lavagem de veículos;
Higienização de ambientes externos;
Lavagem de roupas.
Diante do pressuposto considera se fatores benéficos na utilização de águas
pluviais nas cidades, a diminuição do consumo de água potável e o auxílio na
distribuição para a drenagem da água precipitada. A princípio a água da chuva
armazenada tem aspecto de limpa, mais ao contrário do que se parece,
principalmente em regiões urbanas a mesma contem impurezas provenientes do
contato da água com a poluição atmosférica, assim sendo esta não é recomendada
para o consumo humano, ao passo que na região da Bavária na Alemanha esta foi
liberada para a lavagem de roupas por conclui-se que os agentes patogênicos
existentes na respectiva água são os mesmos encontrados nas máquinas de lavar e
nas roupas que seriam lavadas (ANDRADE et al, 2017).
Em 2005, a ANA – Agência Nacional de Águas, a FIESP – Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo e o SindusCon-SP – Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de São Paulo juntamente com agentes públicos, empresas
de tecnologia, fabricantes e instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento
tecnológico, se reuniram para elaborar um manual de conservação e reuso de água
em edificações, onde se estabelece padrões necessário para garantir o uso eficiente
da água não-potável nas residências, sendo estes:
Água para rega de jardins, descarga em vasos sanitário e lavagem de
ambientes e veículos não podem ser abrasivas, nem estar com mau-cheiro ou conter
componentes que ataquem as plantas, não podendo manchar superfícies, devendo
ser livre de infecções, vírus ou bactérias nocivas ao homem;
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Refrigeração e sistema de ar condicionado, além dos requisitos dos itens
anteriores, as águas não devem danificar as peças e nem causar incrustações;
Água para lavagem de roupa: deve ser incolor, inodora e livre de algas, vírus,
bactérias, elementos sólidos, metais e substâncias que danifiquem os metais
sanitários e as lavadoras. (Revista do CEDS 2014).
9 EFLUENTES INDUSTRIAIS
Fonte: solucoesindustriais.com.br
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9.1 Reator anaeróbio UASB
Fonte: researchgate.net
29
reator anaeróbio e segue uma trajetória ascendente, passando pela zona de digestão,
atravessando uma abertura existente no separador de fases e entrando para a zona
de sedimentação. Quando a água residuária entra no reator, ocorre à mistura do
material orgânico nela presente com o lodo anaeróbio presente na zona de digestão,
propiciando então a digestão anaeróbia, o que resulta na produção de biogás e no
crescimento de lodo (GOMIDES et al, 2020).
Apesar da grande aceitação e de todas as vantagens inerentes aos reatores
anaeróbios, tipo UASB, permanece nesses sistemas uma grande dificuldade de
produzir, isoladamente, um efluente dentro dos padrões estabelecidos pela legislação
ambiental do país. De forma similar à maioria dos processos compactos de
tratamento, os reatores UASB, ainda que bem adequados à remoção da matéria
carbonácea dos esgotos, não são eficientes na remoção de nutrientes (N e P),
eliminação de organismos patogênicos (vírus, bactérias, protozoários e helmintos) e
efluentes muito recalcitrantes, necessitando, portanto, de uma etapa de pós-
tratamento de seus efluentes, como, por exemplo, tratamentos físico-
químicos (SANTOS et al, 2016).
30
Fonte: slideplayer com.br.
31
novas técnicas de tratamento de efluentes. Ademais, a adsorção constitui uma
alternativa tecnológica extremamente importante, principalmente pela possibilidade
do uso de adsorventes de baixo custo em processos de controle de poluição. Visa-se,
portanto, medir os mecanismos engendrados nas indústrias têxteis para a redução
dos impactos originados durante os processos do beneficiamento têxtil (ROSSI,
2017).
A adsorção de compostos orgânicos em carvão ativado é uma das tecnologias
mais relevantes utilizada para tratamento de efluentes industriais. Seu poder
adsorvente é proveniente da alta área superficial e de uma variedade de grupos
funcionais em sua superfície (CUNHA et al, 2019).
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estritamente aeróbias visto que sempre se forma uma camada anaeróbia ao fundo da
lagoa por mais que tem pouca espessura. Dentro dessa linha de entendimento o
quadro a seguir apresenta as características de cada tipo de lagoa segundo sua
função, eficiência e parâmetros do projeto propiciando o funcionamento adequado
para cada lagoa (GOMIDES et al, 2020).
Tabela 1 – Principais funções dos principais tipos de lagoa
33
em situações em que existam maiores níveis de teor orgânico (proteínas e gorduras)
sem que o esgoto não poderá conter substâncias tóxicas. Suas principais indicações
estão voltadas ao tratamento de esgotos provenientes de matadouros e frigoríficos
(MENDONÇA, 2017).
No caso das lagoas anaeróbias a processo de estabilização se dá através do
fenômeno de digestão ácida e fermentação metanogênica. A princípio, os micro-
organismos facultativos, em decorrência da ausência do oxigênio dissolvido, passa a
converter as substancias orgânicas complexas em compostos mais simples, em
especial, os componentes orgânicos ácidos. Nesta etapa se pode observar que a
síntese (produção de material celular), os compostos intermediários e o pH cai para
valores entre 5 e 6 (MENDONÇA, 2017). Na etapa seguinte, aquelas bactérias
(anaeróbias) responsáveis pela produção do metano convertem os ácidos orgânicos
em metano e em dióxido de carbono e o pH volta a subir ficando em um nível entre
7.2 e 7.5 (GOMIDES et al, 2020).
Vantagens e desvantagens dos sistemas de lagoas:
34
definida de acordo com os teores de coliformes fecais ou Escherichia coli. Este
trabalho tem por objetivo reunir análises dos vários aspectos da água como seu grau
de Trofía, salinidade e localização dos pontos de maior lançamento de resíduos
residenciais e industriais, dentre outros aspectos que permitem o conhecimento da
qualidade da água em diversos trechos dos rios que compõem a Bacia do Banabuiú
possibilitando o uso ou não uso dessa água. Nos últimos anos têm sido utilizados
índices para avaliar a qualidade das águas, o Índice de Qualidade da Água (IQA) da
National Sanitation Foundation (NSF). Consiste em uma média ponderada no qual o
resultado de múltiplos testes é representado em um único valor. Os parâmetros
avaliados são: oxigênio dissolvido (OD), coliformes fecais, potencial hidrogeniônico
(pH), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), temperatura da água, turbidez, fosforo,
nitrogênio e sólidos totais (RODRIGUES. 2019)
10 CONTROLE DA POLUIÇÃO.
Fonte: encrypted-
35
relevância controle da aplicação de defensivos agrícolas, incluindo: uso de produtos
menos persistentes, tais como os inseticidas fosforados e proibição de aplicação
desses produtos em áreas próximas aos mananciais além de obrigatoriedade do uso
do receituário agronômico para utilização desses produtos e aplicação de pesticidas
na dosagem correta e na época adequada (NAIME, 2019).
O controle da utilização de fertilizantes deve ser realizado, evitando a sua
aplicação em áreas onde possa haver riscos de poluição da água, sendo
incrementado o uso de adubos orgânicos, em substituição aos produtos químicos. E
remoção periódica dos dejetos de animais e destinação adequada para os mesmos.
O controle da poluição da água deve ser essencialmente preventivo, surgindo como
medida mais eficaz a execução de sistemas sanitários de coleta e tratamento de
esgotos domésticos e industriais. Outras medidas devem ser adotadas visando ao
controle da poluição da água como afastamento adequado entre sistemas de fossas
e poços, controle do “chorume” produzido em aterros de resíduos sólidos, evitando
que os mesmos alcancem os recursos hídricos e preservação das áreas vizinhas aos
recursos hídricos superficiais, por meio da adoção de faixas de proteção marginais
aos mesmos, as quais devem ser mantidas com vegetação (NAIME, 2019).
11 CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO
Fonte: image.slidesharecdn.com
36
Estudos sobre a poluição atmosférica e os efeitos na saúde da população têm
demonstrado que, mesmo quando os poluentes se encontram abaixo dos níveis
determinados pela legislação, estes são capazes de provocar efeitos na saúde das
pessoas (GAVINIER; NASCIMENTO, 2014). Dentre as faixas etárias mais atingidas
pelos efeitos da poluição do ar estão as crianças e os idosos. Pessoas que já sofrem
de problemas respiratórios também se tornam mais suscetíveis a sofrer com a
elevação nos níveis de poluentes atmosféricos (SILVA et al., 2013).
Além de provocarem efeitos na saúde da população, os problemas causados
pela poluição do ar também geram impactos negativos no que se refere à perspectiva
econômica e social. Queda da produtividade agrícola, aumento de custos dos
sistemas de saúde, maior vulnerabilidade das populações carentes pode ser vista
como exemplos de problemas causados pela contaminação do ar (INSTITUTO DE
ENERGIA E MEIO AMBIENTE, 2014).
Os efeitos dos poluentes causados ao meio ambiente e à qualidade de vida das
pessoas, além de afetarem as comunidades próximas à fonte de emissão, podem
viajar milhares de quilômetros pela atmosfera, atingindo locais distantes. Os
mecanismos pelos quais a poluição do ar interfere na saúde das pessoas ainda não
são totalmente conhecidos. Diante disso, estudos epidemiológicos que avaliam essa
questão são fundamentais, considerando-se comprovada morbidade respiratória e o
efeito negativo que determinados poluentes são capazes de causar na qualidade de
vida da população, sendo as hospitalizações apenas um dos efeitos gerados pela
degradação do ar (NEGRISOLI; NASCIMENTO, 2013).
A água potável é adequada para o consumo pois não contém microrganismos
nocivos, não é prejudicial à saúde e exibe três características básicas: incolor, insípida
e inodora. Quando as condições químicas da água são alteradas ela não é adequada
para o consumo e pode resultar em doenças para as pessoas. As principais doenças
associadas ao consumo de água contaminada são as infecções gastrointestinais,
disenteria, leptospirose, cólera e hepatite (MAGALHÃES, 2015)
37
12 POLUIÇÃO DO AR
Fonte: planetaunimed.com.br
38
Fonte: CETESB (2020)
12.2 Efluentes
Segundo a Resolução CONAMA no 03/1990 (BRASIL, 1990, Art. 1º, parágrafo
único):
39
Entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia
com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características
em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar
o ar: impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar
público; danoso aos materiais, à fauna e flora; prejudicial à segurança, ao uso
e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.
Primários e secundários
41
e siderugicas, fábricas de cimento, vidro e indústrias químicas tornaram-se as
principais fontes de emissões de poluição do ar. A partir deste contexto, a atual
concepção dos danos decorrentes da descarga de poluentes na atmosfera e
legislações em vários países do mundo são produto de eventos críticos no decorrer
do século XX (SILVA et al, 2017).
Efeito estufa
42
e atmosfera mantêm as atuais condições, que proporcionam uma temperatura média
global, próxima à superfície, de 14ºC (ACS, 2016).
O sol irradia energia em comprimentos de onda muito curtos,
predominantemente na parte visível ou quase visível do espectro de luz (por exemplo,
ultravioleta). Cerca de um terço da energia solar que atinge o topo da atmosfera da
Terra é refletida diretamente de volta ao espaço. Os dois terços restantes são
absorvidos pela superfície e, em menor escala, pela atmosfera. Para equilibrar a
energia absorvida, a Terra, em média, irradia a mesma quantidade de energia de volta
para o espaço. Como a Terra é muito mais fria que o Sol, ela irradia em comprimentos
de onda muito maiores, principalmente na parte infravermelha do espectro
eletromagnético (IPCC, 2013).
O efeito estufa produzido de forma moderada gera resultados positivos, pois
com isso as temperaturas se mantem positivas e não negativas como ocorreria caso
não existissem os gases que geram este acontecimento. o dióxido de carbono, que é
liberado com a queima de combustíveis fosseis, o metano, que além de ser produzido
pela queima de combustíveis fosseis, advém de fazendas através da digestão dos
animais e de aterros sanitários, o dióxido de nitrogênio, o oxido nitroso, o hexafluoreto
de enxofre, os perfluorcarbonos, os hidrocarbonetos e o vapor de água. Eles podem
ser provocados por ações naturais ou por ações antrópicas. Alguns, mesmo que
sejam produzidos naturalmente, se intensificam pelas ações humanas (CANEPPELE,
2019).
O grande problema é que esses gases de efeito estufa estão se concentrando
em quantidade maior do que deveriam, e o que poderia ser benéfico está se tornando
negativo, aumentando demais a temperatura do planeta e por isso sendo alvo de
diversas preocupações. Pois as indústrias vão crescendo, as fazendas aumentando,
os carros ligando os motores com mais frequência e a natureza mudando de forma. É
inegável, o aquecimento global está desenfreado. Apesar de evidências apontarem
para o surgimento deste aquecimento na Revolução Industrial, as primeiras aparições
de aquecimento surgiram anteriormente a esse acontecimento, as ações em usinas
termoelétricas e industriais, além dos vários automóveis em movimento e as casas
com sistemas de aquecimento fizeram com que a concentração de gases começasse
a se intensificar (CANEPPELE, 2019).
43
As geleiras que antes eram belas paisagens de cartões postais, além de ótimos
pontos turísticos, estão derretendo. Além disso, em 2003, um forte calor na Europa
matou 35 mil pessoas. Em 2004, quatro furacões atingiram a Florida. No ano de 2005,
em Las Vegas, Nevada, a temperatura chegou a ser de 47,2 °C. E ainda nesse ano
de 2005 foram contabilizados 27 furacões nas diferentes regiões. Os resultados dessa
mudança climática são alarmantes. Os dados são assustadores, porém refletem a
realidade que o planeta enfrentará. Percebe-se que o problema vai além de mero
aquecimento, pois conforme os ensinamentos de Rothschild as consequências são
muito mais graves, como pessoas que não terão água e nem comida para consumir,
o que leva a pensar em bilhões de mortes. (CANEPPELE, 2019).
Padrões de qualidade do ar
44
recebe uma qualificação, que é uma nota para a qualidade do ar, além de uma cor,
conforme mostra a tabela (CETESB, 2013).
13 POLUIÇÃO SONORA
Fonte:i2.wp.com/nossavitoriape.com
45
Estudos indicam efeitos da longa exposição aos ruídos de tráfego associados
a um pequeno aumento nos riscos de mortalidade por doenças cardiovasculares14 e
também uma associação positiva com a ocorrência de diabetes (CLARK, et al. 2017).
A proteção ambiental presente nos trabalhos está sempre restrita ao ambiente
hospitalar, como os resíduos gerados pelos serviços ou relacionado com os riscos à
saúde do trabalhador ou da comunidade. Os estudos encontrados referentes as
questões ambientais e a saúde humana, o que denota uma concepção frágil entre
meio ambiente e saúde. A conscientização deve começar desde a formação,
priorizando a interface saúde e ambiente, assim possibilitando o desenvolvimento de
ações responsáveis com a preservação ambiental, com a tomada de decisão e a
construção da cidadania, a partir de experiências vividas na comunidade e da reflexão
individual (PERES et al. 2014).
A necessidade de uma abordagem socioecológica da saúde, onde a
comunidade possa escolher por seu potencial de saúde, através do controle dos
fatores determinantes de sua saúde. Por ser a comunidade, um sistema social
importante, em que os fatores socioculturais influenciam a relação entre ela e a
situação de saúde de sua população, é necessário, compreender sua estrutura
(GOMES, 2016). Por meio do acesso a informações e o encontro de alternativas
práticas de superação das situações de vulnerabilidade, a participação popular pode
alcançar melhores condições de vida e saúde, incluindo ainda programas de higiene
pessoal e o envolvimento das escolas (SOCHARA, 2015).
14 POLUIÇÃO VISUAL
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Fonte: s1.static.brasilescola.uol.com.br
47
Já com relação à saúde, 90,9% acreditam que de fato a mesma pode ser
afetada e 9,1% não veem relação entre esse tipo de poluição com o bem-estar
da população. A paisagem tem grande importância nas áreas social, cultural e
ambiental, dessa forma, ela contribui diretamente para a qualidade de vida da
população. A saúde das pessoas mantém grande dependência com o seu bem-
estar, modo de vida, e com o cenário onde vivem (GOMES et al, 2019).
Um ambiente visualmente saudável, geralmente ligado a beleza natural
como áreas verdes, tende a propiciar um alívio do estresse, em contrapartida,
ambientes visualmente poluídos como é o caso de muitos centros urbanos,
possui uma influência negativa como aumento da frequência cardíaca,acelerando
a irritabilidade (KHANAL, 2018; JANA; DE, 2015).
48
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