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Mauro Pantie
Mauro Pantie
2.2 Responsabilidade Social na gestão de recursos ambientais nas zonas urbanas ........... 7
3 Conclusão .......................................................................................................................... 12
1 Introdução
O presente trabalho tem como tema Responsabilidade Ambiental na Gestão de Recursos
Ambientais nas zonas rurais e urbanas.
Dovers e Handmer (1992) explicam que a sustentabilidade nada mais é do que a capacidade do
sistema humano, natural ou misto de resistir ou se adaptar a mudança endógena e exógena por
um tempo indeterminado.
1.1 Objectivos:
1.1.1 Geral
• Responsabilidade Social na Gestão de Recursos Ambientais nas zonas rurais e
urbanas;
1.1.2 Específicos
• Falar sobre Aspectos gerais da Gestão Socioambiental;
• Abordar sobre recursos ambientais nas zonas rurais e urbanas;
• Importancia do saber local na gestao de recursos naturais.
1.2 Metodologia
Para a compilação do trabalho usou-se os seguintes métodos de pesquisa científica:
• Revisão bibliográfica, na qual consistiu em consultas de obras já publicadas, segundo
(Gil, 1991).
• Analise documental que também consistiu em consulta de materiais que não receberam
ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os
objetos da pesquisa, (Gil, 1991). Tais como: Jornais, revistas.
• Pesquisa eletrônica – esta foi constituída por informações extraídas de endereços
eletrônicos, disponibilizados em home page e site, a partir de livros, folhetos, manuais,
guias, artigos de revistas, artigos de jornais, segundo o (silveira e Gerhardt,2009).
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Durante a Idade Média, verificaram-se gravíssimos problemas de saúde pública como resultado
da acumulação indiscriminada de resíduos que provocou a poluição do ar e da água (Silva;
Schuetz e Tavares, 2008).
Na tentativa de buscar soluções, houve várias iniciativas cujo destaque vai para a 1ª
Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano realizada em 1972, Suécia
(Conferência de Estocolmo). Como resultado imediato desta conferência, foram lançadas duas
iniciativas: o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a Comissão Mundial sobre
o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD). Foi também a partir desta conferência que
muitos países iniciaram com a criação de ministérios, secretarias, agências e outras diligências
ambientais (Rocha, 2008).
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Este tema tem sido tratado com mais frequência em congressos e seminários, é motivo de
mais interesse científico, de preocupação de organismos internacionais, além de ser assunto
recorrente na imprensa a cada nova tragédia que associa perdas de vidas humanas e materiais a
eventos de desastres naturais. Neste texto nos dispomos a realizar algumas reflexões
introdutórias sobre a relação entre meio ambiente e urbanização e sobre como a degradação
ambiental se associa à degradação social, criando situações de risco para populações instaladas
em áreas precárias. Em contrapartida, se o ambiente urbano potencializa o risco de desastres
ambientais, que afetam com mais intensidade os pobres, também criam oportunidades que
melhoram a capacidade de resposta de indivíduos e grupos sociais a estes riscos. Risco e
oportunidade, portanto, andam juntos nas cidades, definindo graus diferenciados de
vulnerabilidade socioambiental em áreas urbanas. Pinheiro (2007)
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Tachizawa (2008, p. 18), comenta que “[...] a gestão socioambiental não questiona a ideologia
do crescimento econômico, que é a principal força motriz das atuais políticas econômicas e,
tragicamente da destruição do ambiente global”.
A gestão socioambiental implica que os recursos naturais são limitados, e que precisa ter
algumas ações, pois com o crescimento econômico ilimitado, o planeta pode ter vários
desastres, por isso a necessidade de introduzir a sustentabilidade nas atividades de negócios.
Urbanização e meio ambiente têm uma relação direta. A urbanização, por implicar a
concentração de pessoas e atividades produtivas sobre um espaço restrito, gera,
necessariamente, impactos degradadores do meio ambiente com efeitos sinérgicos e
persistentes. Embora outras atividades, como a agricultura, a pecuária, a mineração e a geração
de energia, provoquem igualmente grandes impactos negativos sobre o meio ambiente, a
urbanização, por gerar de forma concentrada seus impactos ambientais e difundi-los além dos
limites urbanos, merece uma análise especial. (TACHIZAWA, 2008)
Em um mundo que se torna cada vez mais urbano, e de forma acelerada nas regiões mais
pobres do planeta, grande parte dos mais significativos impactos ambientais tem sido gerada
nas cidades. Segundo os criadores do conceito de pegada ecológica, a agricultura e o consumo
de alimentos são os maiores contribuintes para a carga ecológica da humanidade e se apropriam
de mais de 60% da capacidade regenerativa do planeta.
Observando-se por outro lado, nas cidades também estão os maiores riscos de desastres
ambientais e as maiores chances de ser atingido por eles. A urbanização afeta as condições
naturais para a ocorrência de desastres ambientais, assim como os desastres ambientais têm seu
potencial de dano ampliado em função da urbanização. A urbanização em condições precárias
acentua ainda mais estes riscos para as populações em situação de vulnerabilidade social. A
vulnerabilidade a desastres ambientais aumenta em função de mais vulnerabilidade social e
cresce em um contexto de mais desigualdade social (CEPAL, 2008).
A vulnerabilidade social urbana é uma função que relaciona a exposição de determinado grupo
social ao risco, a estrutura de oportunidades que este grupo dispõe e a sua capacidade de
resposta em razão desses dois aspectos.
A exposição a risco pode ocorrer pelas condições ambientais e sociais. Situações nas quais
existe a possibilidade de ocorrência de eventos perigosos pela ocupação humana de áreas
sujeitas a desabamentos, inundações, poluição hídrica, poluição atmosférica, poluição dos
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solos, contaminação por resíduos ou produtos perigosos, e desastres naturais, como terremotos,
furações, maremotos, entre outros, são exemplos de exposição a risco por condições ambientais.
A carência de infraestrutura que dê condições básicas de habitabilidade nestas áreas, como redes
de esgotamento sanitário e de abastecimento de água, tratamento de efluentes, coleta de lixo,
obras de contenção de encostas e drenagem de águas pluviais, aliada às precárias condições de
habitação, agravam esta exposição a risco. Se a elas forem agregadas às carências sociais, como
pobreza, desemprego e baixa escolaridade, por exemplo, e unidas às carências de serviços
públicos de saúde, segurança, lazer e educação, maior se torna a exposição a risco dos
indivíduos ou grupos sociais submetidos a estas condições. (CUNHA, 2004)
De facto, como constatam Hogan e Marandola (2006), especialmente nas grandes cidades, as
áreas de degradação ambiental coincidem com as áreas de degradação social. Ou seja, pessoas
ou grupos sociais expostos a riscos ambientais, na maior parte dos casos, também são
vulneráveis do ponto de vista social.
Diante da crise ambiental que vem sendo cada vez mais difundida, vários campos da
ciência têm demonstrando interesse de poder contribuir com o desenvolvimento de soluções e
não apenas de conflitos, mas de ações de conservação ambiental. Morin (2000) relatou que a
crise civilizatória ocidental serviu para ajudar a entender melhor como os valores de outras
culturas se comportam diante da natureza e seus recursos e que realizar o intercâmbio entre elas
seria de fundamental importância.
humanidade esqueceu que a existência não pode ser quantificada, o sujeito não pode ser
quantificado (MORIN, 2000). Como o que não pode ser quantificado tem o poder de apontar
caminhos para subsidiar a conservação da biodiversidade e suas culturas? Porque as culturas,
as lendas, as crenças, as práticas e os saberes sobre o mundo natural são fatores intrínsecos
ligados a humanidade e, a partir desse universo, podem ser utilizados para nortear soluções e
entendimentos direcionados principalmente para o meio ambiente e a gestão de seus recursos
naturais.
A gestão de recursos naturais é essencial para medir e controlar o uso consciente de fontes de
energia dentro de um plano de desenvolvimento econômico e social que visa criar uma
sociedade mais sustentável. Basicamente, a gestão de recursos consiste em metodologias e
ações para conscientizar pessoas e empresas sobre a exploração excessiva da natureza e seus
recursos.
Entre as principais medidas para uma boa gestão de recursos naturais, são estabelecidas
políticas ambientais de preservação e recuperação de áreas desmatadas ou degradadas, além de
processos eficazes de reflorestamento e exploração sustentável. Também são recomendados
estudos que prevejam os impactos causados por novos empreendimentos ou projetos de
ampliação. A importância da gestão de recursos naturais está exatamente na capacidade de
aliar o desenvolvimento e o progresso, sem deixar de preservar a natureza. (MORIN, 2000).
Um aspecto que tem dado bastante certo no que diz respeito à gestão de recursos naturais
é o valor que os consumidores dão a empresas sustentáveis. Marcas que investem e reconhecem
a importância da sustentabilidade e da preservação estão conquistando cada vez mais espaço no
mercado. Mostrar responsabilidade ambiental traz resultados práticos em vendas, participação
no mercado e investimentos externos de investidores nacionais e estrangeiros.
A palavra “local” tem indicado o lugar e as ações dos saberes que as pesquisas retratam e,
além disso, entende-se que esse conhecimento local é dinâmico e mutável (ALBUQUERQUE;
ALVES, 2014). Segundo Santoset al. (2005), os termos: “conhecimento local” e “conhecimento
tradicional”, objetivam dar atenção à importância que esses saberes carregam nos processos de
desenvolvimento em sistemas de produção. Godoy et al. (2005) relataram que as pesquisas
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3 Conclusão
Se, por um lado a questão ambiental introduz a possibilidade de redirecionar os rumos do
desenvolvimento em benefício das gerações futuras, por outro, os mecanismos concebidos para
se alcançar tal objetivo podem trazer sérios problemas à sobrevivência das gerações atuais de
agricultores familiares (Neumann; Loch, 2002).
A educação ambiental, então, se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe
atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que
procure incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental,
compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas
ambientais. Morais (2004)
Pode-se afirmar, então, que a situação ambiental exige da educação uma revolução
ecopedagógica, conforme afrma. Morais (2004).
Cabe à sociedade como um todo, não somente aos produtores rurais por estarem em contato
direto com a natureza, identificar, como um primeiro passo, os custos do desenvolvimento para,
a partir daí, tentar reduzi-los. Como escrevem Silva e Almeida (2010) deve haver um
engajamento ativo na proteção ambiental, no que concerne ao futuro do planeta, através da
mobilização e comprometimento da sociedade com organicidade, estratégias, práticas e com a
avaliação dos resultados, após estruturação de interesses.
4 Referências Bibliográficas
DIEGUES, A. C. S. Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos.
GODOY, R. et. al.The Effect of Market Economies on the Well-Being of Indigenous Peoples
and on Their Use of Renewable Natural Resources.Annu.Rev. Anthropol,n.34, 2005, p.121-
138.
MARTIN, J. F. et al. Traditional ecological knowledge (TEK): ideas, inspiration, and designs
for ecological engineering. EcologicalEngineering, v. 36, n. 7, 2010, p. 839-849.
RAMIRES, M. et al. Fishers’ knowledge about fish trophic interactions in the southeastern
Brazilian coast. Journalofethnobiologyandethnomedicine, v. 11, n. 1, 2015, p. 19.
Morais, R. de. (2004). Educação, mídia e meio ambiente. Campinas, SP. Editora Alínea. 160p.
Silva, L. O. da; Almeida, E. A. de. (2010). Educar para gerir: uma proposta baseada nos
fundamentos da educação e gestão ambiental. Revista Educação Ambiental em Ação. 31. Ano
VIII, março-maio/. Disponível em:
<http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=819&class=02>. Acesso em: 13 abr. 2010.