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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de Geociência e Ambiente

O que devemos fazer para criar uma cultura, respeito, disciplina ambiental em prol da
conservação da biodiversidade?

Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário

Azarias Armando Nhari

Tete, Agosto de 2023


Azarias Armando Nhari

O que devemos fazer para criar uma cultura, respeito, disciplina ambiental em prol da
conservação da biodiversidade?

Trabalho de Carácter Avaliativo a ser apresentado na


cadeira de TDC, no curso de Gestão Ambiental e
Desenvolvimento Comunitário com habilitação a
ecoturismo no Departamento de Ciências da Terra e
Meio Ambiente.

Msc. Arlindo José

Tete, Agosto de 2023


Índice
1 Introdução............................................................................................................................ 4

1.1 Objectivos: ................................................................................................................... 4

1.1.1 Geral ..................................................................................................................... 4

1.1.2 Específicos ............................................................................................................ 4

1.2 Metodologia ................................................................................................................. 4

2 O que devemos fazer para criar uma cultura, respeito, disciplina ambiental em prol da
conservação da biodiversidade? ................................................................................................. 5

2.1 Contextualização e Reposta ......................................................................................... 5

3 Conclusão ............................................................................................................................ 8

4 Referências Bibliográficas .................................................................................................. 9


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1 Introdução
A biodiversidade, ou diversidade biológica, refere-se à variedade de vida no planeta Terra,
incluindo a variedade de ecossistemas, espécies e genes. Ela abrange a diversidade dentro das
espécies (diversidade genética), entre as espécies (diversidade de espécies) e entre os
ecossistemas (diversidade de ecossistemas).

Daí a sua importância na conservação.

1.1 Objectivos:
1.1.1 Geral
• Abordar sobre a conservação da Biodiversidade;

1.1.2 Específicos
• Falar da importância da biodiversidade.;
• Impactos da sua destruição
• Abordar sobre consciência socio-ambiental;

1.2 Metodologia
Para a compilação do trabalho usou-se os seguintes métodos de pesquisa científica:
• Revisão bibliográfica, na qual consistiu em consultas de obras já publicadas, segundo
(Gil, 1991).
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2 O que devemos fazer para criar uma cultura, respeito, disciplina ambiental em prol
da conservação da biodiversidade?
2.1 Contextualização e Reposta
A “Convenção sobre diversidade biológica”, criada na ECO-92, trata a respeito do tema
biodiversidade. Nesse importante documento, a diversidade biológica é definida da seguinte
forma:

A biodiversidade, ou diversidade biológica, refere-se à variedade de vida no planeta Terra,


incluindo a variedade de ecossistemas, espécies e genes. Ela abrange a diversidade dentro das
espécies (diversidade genética), entre as espécies (diversidade de espécies) e entre os
ecossistemas (diversidade de ecossistemas).

A biodiversidade é importante em diversos aspectos. De acordo com a “Convenção sobre


diversidade biológica”, a biodiversidade apresenta valores ecológico, genético, social,
econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético.

De acordo com Alencar (1996), no que diz respeito à importância ecológica, os motivos são
claros: cada espécie do planeta apresenta um papel no ecossistema. As plantas, por exemplo,
são a base de toda a cadeia alimentar, além de servirem de moradia para algumas espécies e
fornecerem oxigênio no processo de fotossíntese. Quando uma espécie entra em extinção, todo
o ecossistema local é impactado.

A biodiversidade apresenta também importância econômica. Como sabemos, os seres vivos são
importante matéria-prima na fabricação de alimentos, medicamentos, cosméticos, vestimentas
e até habitação. Preservar é garantir, portanto, que esses recursos não faltem no futuro e que o
meio ambiente permaneça em equilíbrio.

Lamentavelmente, diversos fatores ameaçam a biodiversidade. Entre eles estão o


desmatamento, a exploração excessiva de recursos, a presença de espécies invasoras e a
contaminação ambiental. As diminuições da biodiversidade, juntamente com as alterações
climáticas, são vistos como riscos prolongados em escala global, podendo afetar a vitalidade
dos ecossistemas e propiciar o surgimento de enfermidades. (MAWHINNEY, M, 2002)

A biodiversidade global está sob ameaça devido a várias atividades humanas. Algumas das
principais ameaças incluem:

✓ Destruição do Habitat: A conversão de habitats naturais em áreas agrícolas ou urbanas


é uma das principais causas da perda de biodiversidade.
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✓ Poluição: Poluentes podem ter efeitos tóxicos sobre a vida selvagem e plantas.
✓ Mudanças Climáticas: Alterações nos padrões climáticos podem tornar certos habitats
inóspitos para as espécies que neles vivem.
✓ Espécies Invasoras: Espécies introduzidas em novos habitats podem superar as espécies
nativas, levando à sua extinção.
✓ Sobrepesca e Caça Excessiva: A captura excessiva de animais selvagens pode levar à
extinção de espécies.

A formação desta ideia de biodiversidade cultural ocorreu a partir dos primeiros seres que
surgiram na Terra. Foi construída gradualmente através da adaptação das formas de vida em
ambientes particulares. A partir deste processo, os grupos puderam desenvolver redes de
conhecimento específico a respeito das espécies e suas funções. De suas necessidades, foram
capazes de gerar cultura para se adaptar a seus nichos ecológicos.

O conceito de biodiversidade cultural apresenta, na verdade, um contraproposta a esta visão


inicial, endossando que o ser humano é parte fundamental desta rede de interdependência e não
pode ser visto de maneira excludente do mundo natural. Em outro aspecto, o fator de representar
uma forma de vida altamente integradora da natureza não pode ser confundida com o conceito
de dominância em relação às outras espécies. (MORAN, E, 2011)

A partir do princípio de biodiversidade cultural e sua preservação, diversas organizações


voltaram-se para um política de preservação das sociedades locais. É nelas que se pode realizar
uma estreita cooperação entre a cultura específica e o conhecimento global, gerando benefícios
para todos os setores.

Os recursos da biodiversidade são utilizados pelo homem desde tempos remotos em um


processo harmônico com a natureza. Todavia, com o avanço e o desenvolvimento tecnológico,
principalmente a partir da Revolução Industrial, o ser humano passou a interferir na natureza
de forma mais impactante, no cenário histórico em que as questões ambientais não tinham
relevância frente à questão econômica.

A partir do século XX a temática ambiental entrou na pauta internacional, o que culminou na


Declaração de Estocolmo de 1972, cuja base encontra-se no paradigma da tomada de
consciência quanto à finitude dos recursos naturais caso sua exploração continuasse no
parâmetro que estava sendo realizada. Na década de 90, seguindo-se à apresentação do
Relatório Brundtland, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Rio 92), em que foram estabelecidos os princípios de Direito Ambiental e
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debatidos temas como: desenvolvimento sustentável, medidas para reverter o processo de


degradação dos recursos naturais da Terra, conservação da biodiversidade, mudanças climáticas
e ações baseadas na cooperação internacional.

O ponto de partida para o uso sustentável da biodiversidade é a pesquisa científica, a qual deve
ser estimulada e fomentada para que as novas tecnologias contribuam para a promoção da
sustentabilidade. Dessa forma, é necessário considerar o mutualismo entre a ciência, os
conhecimentos tradicionais e os recursos naturais, pois a ciência promove o conhecimento sobre
o meio ambiente e esse conhecimento traduz-se em oportunidades de conservação dos recursos
naturais.

Para a questão central, a implementação da sociologia ambiental é fundamental. A


Sociologia Ambiental é o estudo da vida social humana em interação com o meio ambiente. Ela
estuda as interações que ocorrem entre sociedade e meio ambiente e se utiliza de teorias e
conceitos provenientes da própria Sociologia moderna para examinar essa relação. Sociedade e
meio ambiente são vistos, na perspectiva sociológica, como exercendo influências recíprocas
onde o modo de vida humano (cultura) tende a gerar consequências para o meio ambiente e
vice-versa. Para a Sociologia Ambiental, muitos dos problemas ambientais contemporâneos
têm sua origem em práticas e instituições sociais, o que implica em dizer que as propostas
práticas para a resolução destes mesmos problemas precisam passar por um exame destas
últimas dimensões. (REDCLIFT, M. e WOODGATE, G 2002)

Como refere JAMIESON, Dale 20023, no Manual de filosofia do ambiente, existe deste modo
a necessidade de mudança de comportamento e hábitos. O consumismo, a pobreza e
dependência pelos recursos torna o rumo da conservação da biodiversidade ainda mais difícil.

Existe uma necessidade de substituição, onde deve-se criar mecanismos de reduzir o uso de
combustível lenhoso e carvão vegetal, e usar gás natural (obvio que também tem seus impactos)
assim evitaríamos o abate das arvores.

Medidas mais rígidas na proibição da caça furtiva e pesca artesanal, assim poderíamos ter mais
espécies e como resultado a biodiversidade mais rica.

Em países em via de desenvolvimento (comunidades) deve-se implementar a educação


ambiental e sensibilização, colocando na mesa os impactos da destruição da biodiversidade.

A implementação da educação ambiental com disciplina central nas escolas (crianças com
mentalidade ambiental podem mudar o mundo).
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3 Conclusão
Findo a realização do presente trabalho concluiu-se as diminuições da biodiversidade,
juntamente com as alterações climáticas, são vistos como riscos prolongados em escala global,
podendo afetar a vitalidade dos ecossistemas e propiciar o surgimento de enfermidades.

Cada espécie do planeta apresenta um papel no ecossistema. Dai a importância de todas as


espécies.
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4 Referências Bibliográficas
ALENCAr, G. S. Biopolítica, biodiplomacia e a convenção sobre diversidade biológica/1992:
evolução e desafios para implementação. Revista dos Tribunais, Doutrina Nacional, São Paulo,
ano 1, n. 3, p. 82-107, 1996.

REDCLIFT, M. e WOODGATE, G. Sociologia del medio ambiente. Madri: McGraw-Hill,


2002.

GARCIA, E. Medio ambiente y sociedad. La civilizazion industrial y los limites del planeta.
Madrid: Aliança Editorial, 2004.

JAMIESON, Dale. Manual de filosofia do ambiente. Lisboa: Instituto Piaget, 2003.

HANNIGAN, J. Sociologia ambiental. São Paulo: Vozes, 1995.

JAMIESON, D. Ética e Meio Ambiente. São Paulo: Editora Senac, 2010.

MAWHINNEY, M. Desenvolvimento sustentável. Uma introdução ao debate ecológico. São


Paulo: Loyola, 2002.

MELA, A. Sociologia do ambiente. Lisboa: Estampa.

MORAN, E. Meio Ambiente e Ciências Sociais. Interações homem-ambiente e


sustentabilidade. São Paulo, Editora Senac, 2011.

MORAN, E. Nós e a natureza. Uma introdução às relações homem-ambiente. São Paulo:


Editora Senac, 2008.

SEMPERE, J e RIECHMANN, J. Sociologia y Medio Ambiente. Madrid: Editorial Sínteses,


2004.

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