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1 DIVERSIDADE BIOLÓGICA
Fonte: fiepb.com
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A existência e a manutenção da biodiversidade estão relacionadas com a forma
como gerenciamos esses recursos e protegemos os ecossistemas e suas espécies.
Para que haja conciliação dos interesses e das demandas da sociedade com a
necessidade de preservação ambiental, foram criadas políticas públicas, com
diretrizes, objetivos e metas com o intuito de que a coletividade seja favorecida.
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De acordo com Figueiró (2015), o processo de preservação dos ecossistemas deve
ser analisado a partir da precisão de manter a renovação dos recursos e garantir a
repartição social das potencialidades da natureza da mesma forma para todas as
sociedades. Entretanto, devem ser revistos os valores culturais e os estilos de vida
com base em uma forma de vida mais sustentável. No entanto, somente isso não
basta para que o discurso sobre a biodiversidade se faça de fato estratégico. Na
verdade, é necessário incluir fatores que vão além das técnicas de conservação e de
formas de vida mais sustentáveis.
Diversidade genética
Diversidade de espécies
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América do Norte, pelo menos 123 espécies animais de água doce foram extintas
desde 1900 e centenas de outras espécies estão ameaçadas. A taxa de extinções da
fauna de água doce da América do Norte é em torno de cinco vezes maior do que a
dos animais terrestres. A extinção de espécies também pode ser local; uma espécie
pode ser perdida em um sistema de rios, mas sobreviver em um sistema adjacente. A
extinção global de uma espécie significa que ela foi perdida em todos os ecossistemas
em que vivia, deixando-os permanentemente empobrecidos (BOTELHO, 2018).
Diversidade de ecossistemas
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2 NÍVEIS E DIMENSÕES DA BIODIVERSIDADE
Fonte: bionarede.crbio04.gov.br
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composição de espécies, também altera funções e serviços ecossistêmicos, como
qualidade da água, ciclagem de nutrientes e controle de parasitos, vetores e doenças,
afetando, dessa forma, o bem-estar humano.
Essa compreensão de que o bem-estar humano está intrinsicamente associado
à biodiversidade e ao meio ambiente contribuiu para a ampliação do próprio conceito
de saúde. A abordagem “One Health” estabelece que a saúde dos seres humanos,
dos outros seres vivos e do meio ambiente estão conectadas e cada uma delas
precisa de igual atenção para assegurar a saúde de todos. A exemplo dessa conexão,
observa-se que doenças podem ser a causa ou a consequência da perda da
biodiversidade (PARENTE, 2018).
Nessa abordagem, Parente (2018) existe uma maior demanda pelo
conhecimento da saúde dos seres vivos e ambiental, para melhor compreensão da
dinâmica de doenças. A malária, as febres hemorrágicas (p.e. dengue, zika,
chikungunya e amarela) e a raiva são casos bem conhecidos com fortes ligações à
saúde animal e aos fatores ambientais. A redução da taxa de perda de biodiversidade
e a promoção do uso sustentável dos ecossistemas são objetivos internacionais desde
a ECO-92. Atualmente, esses objetivos integram as metas da Agenda 2030 da
Organização das Nações Unidas (ONU), estabelecidas após a incapacidade de atingir
as metas para 2010 da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) e frente ao
iminente fracasso para cumprir as Metas de Aichi para 2020. No entanto, novas metas
não serão eficazes se não houver melhorias nos sistemas de monitoramento da
biodiversidade em todo o mundo, padronizando o uso de indicadores, seu
compartilhamento e elevando o nível de compreensão da biodiversidade para uma
escala multidimensional.
Para a compreensão dos mecanismos que unem o bem-estar humano, a saúde
dos seres vivos e a integridade dos ecossistemas, é preciso agregar a maior
quantidade de informação de vários níveis e dimensões da biodiversidade. Entretanto,
apesar do reconhecimento de que a biodiversidade é multidimensional, os trabalhos
na área têm sido predominantemente unidimensionais em sua abordagem, sendo a
diversidade taxonômica a dimensão dominante sob investigação (PARENTE, 2018).
Segundo Parente (2018), desde os tempos antigos, as atividades humanas têm
estado no centro da perda de biodiversidade em termos de espécies vivas e suas
associações, e dos ecossistemas e como eles funcionam. Há 10.000 anos, ao final do
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Pleistoceno, os caçadores de grandes mamíferos e de pássaros colaboraram
seguramente para o declínio e a extinção de numerosas espécies na América do
Norte. O desmatamento na Grécia remonta 1.000 anos antes de nossa era, 2.000
anos nos Andes e na Europa até o último milênio.
No entanto, durante o Pleistoceno tardio, as populações aborígenes causaram
a extinção de 85% da megafauna australiana. O século XX presenciou a aceleração
da perda da biodiversidade, sobretudo nas regiões tropicais, devido em grande parte
ao crescimento demográfico e a intensificação do uso da terra. A competição com
outras espécies pela ocupação das terras, a perda de hábitats, os danos ocasionados
aos ecossistemas, a exploração das espécies em quanto “recursos”, a introdução de
espécies exóticas e à amplificação de poluentes do meio ambiente representam as
causas primeiras de origem humana das ameaças de extinção de espécies nativas
(PARENTE, 2018).
Variação cultural
Efeitos indiretos
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Quais os efeitos indiretos dos impactos antrópicos, inclusive as conseqüências
inesperadas ou não intencionais resultantes de modelos de subsistência particulares,
de práticas sanitárias e de qualquer outra forma de utilização de recursos? Alguns dos
efeitos mais devastadores sobre o funcionamento de espécies e ecossistemas podem
resultar das consequências imprevisíveis da manipulação de recursos biológicos ou
como um efeito colateral de mudanças deliberadas.
Efeitos de escala
Sistemas sociopolíticos
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Como os impactos humanos podem variar entre os diferentes sistemas
políticos e sociais? Há necessidade de igualdade social para garantir uma sociedade
ambientalmente sustentável? Diferentes classes de impacto podem levar a diferentes
níveis de riqueza versus pobreza, sociedades democráticas versus sociedades não
democráticas, economias globalizadas versus economias locais. Em um mundo cada
vez mais globalizado, o impacto humano sobre a biodiversidade pode afetar grandes
áreas do globo ou a Terra como um todo. Compreender os impactos dos sistemas
sociopolíticos sobre a biodiversidade pode ser essencial para a coexistência de longo
prazo dos humanos com a biodiversidade da qual dependem (PARENTE, 2018).
Biodiversidade humana
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Atualmente, existe um maior conhecimento da variabilidade genética humana
já que graças aos estudos realizados por centenas de cientistas dispõe-se de
pesquisas detalhadas sobre uma espécie distribuída globalmente. Esses estudos
dividem-se em duas categorias: por um lado, inúmeros dados concernem genes
associados a doenças, porém, resultantes da análise de pequenos subconjuntos
populacionais o que conduz a um conhecimento limitado da amplitude da variabilidade
genética desses genes nas populações sadias. Por outro lado, existem igualmente
numerosas informações sobre a variação genética de DNA não codificado,
supostamente neutro vis-à-vis da seleção natural ou não funcional, do DNA das
mitocôndrias, do cromossoma Y, de microssatélites de DNA e do sistema imune
(PARENTE, 2018).
Esses dados permitem construir um quadro coerente da distribuição da
variabilidade genética ao redor do mundo, identificar padrões de ocupação humana
em diferentes regiões do planeta e ajudar a reconstruir a forma e a cronologia das
origens do homem.
Segundo Parente (2018), esses dois tipos de dados sugerem que o DNA está
associado a variações raras ou prejudiciais e pouca ou nenhuma variação funcional.
Surpreendentemente, temos muito poucos dados sobre os aspectos funcionais dos
genes para toda a população humana. Existem variações relacionadas a diferentes
doenças, sem manifestar a doença em questão, e a frequência relativa de variações
funcionais que codificam proteínas ou genes reguladores com pouco ou nenhum efeito
patológico, é desconhecida. No entanto, é necessário sistematizar, em grandes e
representativas amostras de nossa espécie, um panorama dos componentes
funcionais dos genes que abrangem todo o genoma humano. Essa tarefa requer
primeiro a obtenção de amostras adequadas e, em seguida, a identificação da
variação de amostragem. Essa tarefa requer primeiro a obtenção de amostras
adequadas e, em seguida, a identificação da variação de amostragem. Devem ser
tidas em consideração as consequências no que diz respeito à constituição e
composição das amostras, aos genes a serem examinados, ao âmbito do estudo, bem
como à metodologia e à ética geral.
Os dados primários devem ser obtidos sob coordenação internacional e no
quadro de um programa sistemático de pesquisa que inclua a coleta de amostras em
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ampla escala, a documentação dos resultados e a disponibilidade eletrônica da
informação resultante (PARENTE, 2018).
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enquanto, em outras, ocorreram deslocamentos, relocações ou devastação maciça
devido a contatos culturais ou diversos conflitos. Portanto, não temos um
conhecimento adequado da genética das populações de nossa espécie .
Por exemplo, carecemos de modelos adequados para prever tanto a
distribuição geográfica quanto a frequência de mutações em certos genes ou
variações cromossômicas, o que nos impede de tirar conclusões adequadas sobre a
história da seleção natural, mesmo no caso de variações com efeitos fenotipicamente.
Além disso, não temos modelos robustos que representem a arquitetura genética de
fenótipos humanos complexos (número de genes e variação de todos esses genes),
normais ou patológicos. O enorme saber atual em genética molecular humana
necessita ser integrado na compreensão do desenvolvimento e das funções
biológicas do ser vivo, na totalidade do ciclo de vida e através da variabilidade de
ambientes. Precisamos modelos e dados que relacionem genótipos e alótipos a
expressão e função dos genes no organismo como um todo e inserido no meio
ambiente (PARENTE, 2018).
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afetaram a vida dos indivíduos e das sociedades em que vivem. Na sociedade
industrial moderna, o número de espécies utilizadas foi drasticamente reduzido, o que
aumenta os riscos sociais e econômicos. Em contrapartida, nas sociedades
tradicionais, milhares de organismos foram e são utilizados como fonte de alimento,
fibras, combustíveis, medicamentos, entre a profusão de diversos usos. Portanto, é
tempo de documentar as interações de culturas tradicionais e locais com seus
ambientes e, sobretudo, daquelas práticas que envolvem um manejo sustentável de
recursos. Os serviços transculturais, da biodiversidade e dos ecossistemas têm um
valor individual e econômico considerável (YOUNÉS, et al 2006).
O inventário de espécies, de suas características, usos e biologias é crucial
quando se pretende proteger estes recursos. Modelos descritivos e preditivos são
necessários para entender as interações humanas com outras espécies.
A título ilustrativo, podem-se assinalar algumas questões das quais estes
modelos deveriam tratar de acordo com Younés (2006):
a) a natureza complexa das relações parasita-hospedeiro (por exemplo, como
a doença pode ser controlada sem afetar organismos não-alvo ou causar degradação
ou contaminação do habitat);
b) das necessidades de subsistência do homem (qual o nível de produção
sustentável de alimentos de base);
3) da avaliação a longo prazo versus o curto prazo da manutenção da
biodiversidade. Modelos preditivos estão sendo elaborados para doenças virais e de
protozoários assim como para compreender a dinâmica da transmissão por vetores
de populações de insetos em relação às características do comportamento humano
(estratégias de controle frente à resistência a inseticidas) (YOUNÉS, et al 2006).
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3 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA BIODIVERSIDADE
Fonte: oeco.org
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biodiversidade: o econômico. A questão é: há como conciliar a visão econômica com
as estratégias de conservação do meio ambiente?
Mudanças marcantes acerca das teorias econômicas e das estratégias de
conservação da natureza ocorreram na segunda metade do século XIX. A discussão
iniciada na Europa com tópicos como o crescimento populacional, a disponibilidade
de recursos naturais e o progresso econômico no início deste século
E debates, profissionais de ambas as áreas teimavam em afirmar não haver
possibilidade de coexistência entre dois ramos tão distintos do saber: a economia e o
meio ambiente. Ou seja, quando se trata de conservação da natureza,
necessariamente imaginavam perder capital para isso, ou pelo menos se acreditava
que a economia parou de crescer por causa do uso não predatório do meio ambiente.
O início do século XIX ainda presenciou uma era onde a natureza em seu
estado natural não tinha valor algum. Apenas os campos de agricultura eram
observados pela economia. O ser humano tinha legitimidade para retirar o que
desejava do meio ambiente, pois, segundo os cientistas da época, isso em nada
afetaria a sociedade e a economia, já que a biodiversidade era vista como algo infinito
e do domínio de todos.
Importante ressaltar que a Revolução Industrial, segundo alguns historiadores,
já trouxe alguns indícios de preocupação do homem com o meio ambiente, uma vez
que a sociedade se viu cercada por um ambiente poluído e desconfortável, o que
surgiu como uma novidade negativa naquela fase de tantas evoluções (ABREU,
2010).
Frente a isso, muitas pessoas preferiram se deslocar para o campo e ali fixar
suas residências. Teria sido a primeira vez que o homem valorizou a natureza em seu
estado natural, ainda que esse valor seja, por enquanto, apenas social e afetivo. Uma
característica fundamental no processo de industrialização foi o crescimento
populacional e principalmente o crescimento da parcela urbana da população,
o que dificultava ainda mais a adaptação da sociedade, principalmente da classe
média, com o novo ambiente artificial que a rodeava.
Em 1850, havia 29 destas cidades. O exemplo mais significativo de uma
grande cidade industrial da Inglaterra do século XIX é Manchester. A População de
Manchester foi estimada em 17 mil habitantes, em 1760, este número subiu para 237
mil, em 1831, e atingiu 400 mil habitantes, em 1835.Contudo, somente na segunda
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metade do século XX, economia e conservação passaram a demonstrar certa
compatibilidade. A partir dos anos 1960, viu se que a economia poderia ser útil para
o estudo do meio ambiente, pois através dela o homem chegaria a conclusões
relevantes acerca da identificação das causas da degradação do meio ambiente e das
dificuldades de se alcançar metas de conservação da natureza. Na década seguinte,
o uso de instrumentos econômicos na política ambiental começou a se espalhar. A
escassez de recursos naturais passou a ser uma preocupação central dos
economistas (ABREU, 2010).
Na medida em que se ampliasse o uso de um recurso, rendimentos cada vez
menores seriam obtidos desse recurso. Mais cedo ou mais tarde, todo o sistema
econômico seria levado a um "estado estacionário" em que não haveria crescimento
econômico, mas apenas uma reprodução do nível de atividade do período anterior.
Isolamento provocado pela criação de áreas protegidas e parques nacionais em todo
o mundo, isolados do contexto socioeconômico e político regional em que estão
inseridos.
Segundo abreu, não se imaginava preservar a natureza e ao mesmo tempo
utiliza-la de forma consciente, como se defende atualmente. Não restam dúvidas que
várias das mais fantásticas paisagens do mundo se encontram em reservas ou
parques ambientais, enfim em locais isolados do homem comum, o que contribui
para o ecoturismo. Além disso, é ali que se encontram muitas das espécies utilizadas
para estudos científicos de todo omundo. Contudo, vale ressaltar que o valor da
natureza (econômico, social, cultural, etc.) ultrapassa esta importante atividade.
Existem barreiras de várias naturezas contra a efetivação do direito ambiental.
Na América Latina não se pode falar em proteção ambiental sem falar também em
pobreza. Não faz sentido implementar áreas protegidas permanentes enquanto
houver uma visível e preocupante negligência das condições de enquadramento para
que se possa falar de qualidade de vida humana. Além disso, apesar de o Brasil ter
assinado a Convenção para a Proteção da Flora, Fauna e Belezas Naturais dos
Países Americanos, o Brasil é, pelo Decreto Legislativo nº 3 de 13 de fevereiro de
1948 e promulgado pelo Decreto nº 58.054 de 23 de março, 1966 mostra o embate
de certas ações empreendidas afetando principalmente os parques nacionais
brasileiros denominados parques de papel, com clara alusão à sua existência
estruturada apenas nas portarias governamentais que os criaram (ABREU, 2010).
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Em face de sua precária estrutura operacional, deve se admitir que essas
unidades de conservação de proteção integral, cujo propósito é a proteção da
biodiversidade, carecem imensamente da implementação de instrumentos de
planejamento (planos de manejo) e de funcionários. Aliás, a pouca quantidade e a
má distribuição dos funcionários constituem um sério óbice para se atingir o desiderato
protetivo vislumbrado pelo parlamentar brasileiro (ABREU, 2010).
O Parque do Jaú, é um exemplo clássico de uma má distribuição, porque com
as dimensões do estado de Sergipe, ela tem apenas alguns funcionários. Dessa
forma, atualmente, economistas concordam que fatores como ocupação
desordenada do solo, usos conflitantes do solo, desemprego, políticas de manejo de
recursos naturais distorcidas e informação inadequada, contribuem para a ocorrência
de uma série de ameaças ao meio ambiente. Raramente se compreende que os
comportamentos que afetam a conservação da biodiversidade podem ser mudados
com o fornecimento de novas abordagens de conservação que mudam a percepção
das pessoas sobre qual comportamento é de seu interesse. Uma vez que os
interesses são constantemente definidos em termos econômicos, a conservação da
natureza também deve ser promovida por meio de incentivos econômicos.
Jorge Madeira Salgado, economista, comenta a necessidade de examinar os
meios de preservar o meio ambiente à luz da economia:
Não há dúvida de que a economia tem seus limites. Não é fácil, por exemplo, atribuir
valores econômicos na preservação de espécies, devido aos fatores de
irreversibilidade que acompanham espécies em extinção, das dificuldades em
se medir as preferências das futuras gerações, da oposição entrecustos presentes
e benefícios futuros, e da distinção entre valor de mercado (commodity) e
valor moral. E é sempre necessário contrastar o que é benéfico para alguns
segmentos da sociedade do que é amplamente benéfico para a sociedade como um
todo, o que, em última instância, é um julgamento político (ABREU, 2010).
Mas não temos dúvida: o casamento da economia com o meio ambiente
trará benefícios para todos nós. Assim, o acesso à biodiversidade passou
recentemente a ser abordado pela comunidade internacional sob a ótica econômica,
sendo o Brasil apontado como o país mais rico do planeta na esfera da diversidade
biológica. Essa abordagem, sob o prisma econômico, se deu, além dos motivos retro
citados, pela necessidade e sofisticação do uso comercial dos recursos naturais em
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virtude das inovações tecnológicas, ou seja, a hipervalorização da biodiversidade
brasileira em razão da moderna tecnologia biológica.
Chegou a da biotecnologia, onde os interesses se estendem ao emprego e à
manipulação de informações genéticas dos seres vivos, que passam a ser uma
matéria-prima importante para o desenvolvimento de novos produtos pelas indústrias,
entre as quais a farmacêutica, a alimentícia, a química, a agrícola e a de Softwares.
Além dessas, outro setor de peso é o de petróleo.
Exemplos de técnicas no domínio da biotecnologia que tornam obrigatória a
utilização da biodiversidade são os processos de cultura de tecidos em ambiente
artificial, fusão celular, fermentação e o desenvolvimento de tecnologias com enzimas.
Dessa forma, tem se que a biodiversidade é tema de extraordinária importância social,
científica, ambiental e econômica mundial, razão pela qual a cada dia que passa
vemos de forma mais incisiva a sua inclusão em todas as discussões e decisões que
envolvem a construção de cenários e projeções do desenvolvimento da sociedade,
principalmente quando o assunto em foco é a biotecnologia (ABREU, 2010).
Como aponta com razão Nelson Nery Júnior, a biodiversidade está relacionada
a outras formas de proteção humana, nós, humanos, somos os destinatários dessa
proteção da biodiversidade. O meio ambiente existe para a satisfação do ser humano,
para deixa-lo em condições de exercer o seu papel aqui no planeta Terra da forma
mais tranquila possível. Não há ambiente sem pessoas; é o centro deste problema
de proteção ambiental.
A biodiversidade deve ser analisada em seu aspecto de proteção legal tendo
como foco o ser humano e também em relação a outras medidas de proteção, não só
no direito ambiental, mas também no direito do consumidor.
A interdisciplinaridade e a multiplicidade de interesses que envolvem a
diversidade biológica e cultural é, sem dúvida, o motivo pelo qual o mundo tem voltado
a sua atenção para a necessidade de regulamentação do tema. Aspectos como
preservação da espécie humana, soberania nacional, limites aos direitos de
propriedade, economia globalizada, ética e suas interdependências, etc.
Parece que esse tipo de biodiversidade é uma riqueza importante e uma variedade de
recursos no planeta, mas os poucos dados científicos ainda estão nesses habitats. O
que se conhece é que estes espaços subterrâneos guardam enormes tesouros que,
segundo os micólogos, “podem influir significativamente no futuro ecológico do
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planeta e na descoberta de novos medicamentos para combater mais eficazmente as
doenças”.
Os cientistas estão coletando e identificando insetos tropicais, nematódeos,
térmitas, e outras formas de vida reptantes que habitam o subsolo do planeta. Um
grama de terra da Floresta Amazônica pode conter até 40 mil espécies de bactérias;
muitas das quais nunca foram descritas (ABREU, 2010).
Da família dos fungos apenas se conhece o 5% (72.000), sendo que 35.000
vivem no solo ou a milímetros do subsolo. Além disso, as 3.600 espécies de minhocas
registradas são menos da metade existentes. O papel desses organismos como
“arados biológicos” e fornecedores de nutrientes é uma nova área de pesquisa. Um
experimento com cultura de minhocas feito pela Usina Açucareira São Francisco no
interior de São Paulo resultou em uma colheita excepcional graças ao fosfato
produzido pelos excrementos desses anelídeos, ao nitrogênio produzido quando se
decompõem e à ventilação subterrânea que através das galerias de quilômetros se
abre no seu ciclo de vida (ABREU, 2010).
Fonte: agroecologia.org.br
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respondidas. Por exemplo, como realizar a conservação da biodiversidade em
ambientes marcados pela fragmentação da paisagem natural? Quais parâmetros e
ações devem ser definidos se não há precedente algum na história dessa alta
fragmentação da paisagem? Nesta seção, você verá um resgate histórico sobre a
discussão de teorias de conservação da biodiversidade considerando o sistema de
conservação baseado em reservas naturais fragmentadas (GIGLIOTTI, 2021).
Segundo Figueiró (2015, p. 143) apud Gigliotti (2021): A analogia com a teoria
desenvolvida por MacArtur e Wilson (1967) fez com que as noções de tamanho,
distância e equilíbrio fossem incorporadas aos estudos de seleção e manejo de áreas
naturais protegidas a partir da década de 1970, gerando algumas diretrizes de
conservação no mundo todo. Com a difusão das ideias de conservação da
biodiversidade baseadas na biogeografia de ilhas, algumas lacunas ficaram
evidentes, como a diferença das dinâmicas dos ecossistemas de ilhas oceânicas e
das áreas preservadas isoladas. Outra importante crítica é que o número de espécies
estaria ligado à heterogeneidade ambiental e à diversidade de habitats, e não
necessariamente à dimensão dos ecossistemas, como propôs a teoria de MacArtur e
Wilson (1967). Esse debate sobre a eficácia da teoria da biogeografia de ilhas
propiciou um aperfeiçoamento nas discussões e debates sobre estratégias e
planejamento de ações para conservação da biodiversidade, permitindo o surgimento
de outras teorias, como as teorias de metapopulação, o uso dos corredores biológicos,
a desextinção de espécies e o resselvajamento das paisagens.
A teoria de metapopulações está ligada ao conceito de grupos de populações
isoladas geograficamente que têm ligação de dispersão. Segundo Cain, Bowman e
Hacker (2018, p. 263):
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dispersam de uma população para outra. Esse grupo de interação
populacional é chamado de metapopulação.
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5 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E CONSERVAÇÃO
Fonte: o2hom.com
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A aceitação do emprego humano nas unidades de conservação deu-se com
a regulamentação e controle do uso dos recursos naturais. No entanto, a
ineficiência dessa solução manteve sem resposta uma questão essencial
para as atuais UC’s: o problema de como executar a conservação da
biodiversidade — objetivo principal da conservação — mantendo a ocupação
humana em seu interior (TEIXEIRA, 2005 apud STEIN, 2018).
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Florestas Nacionais (FLONA): Áreas com cobertura florestal
predominantemente indígena, cujo objetivo básico é o uso diversificado e
sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica.
Reservas Extrativistas (RESEX): áreas utilizadas por populações
extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e,
como atividade complementar, na agricultura de subsistência e na criação
de animais de pequeno porte.
Reservas de Fauna (REF): espaços naturais com fauna de espécies
nativas, terrestres ou aquáticas, sedentárias ou migratórias.
Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS): áreas naturais que
abrigam populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas
sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo
de gerações.
Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN): áreas privadas com
o objetivo de conservar a diversidade biológica (STEIN, 2018).
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ao homem, com ou sem valor econômico (madeira, alimentos, remédios, resinas,
óleos, água, etc.); os serviços são a assistência ou o cumprimento de tarefas que
contribuem para a satisfação das necessidades humanas, sejam elas individuais ou
coletivas (armazenamento de carbono, regulação do clima, regulação do ciclo da
água, proteção contra a erosão, etc.).
A seguir, você verá alguns dos aspectos importantes em relação aos
ecossistemas florestais, sejam eles pertencentes a UC’s ou não, de acordo com SNIF
(SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010).
Importância ecológica das florestas: As florestas primitivas são a maior fonte
de diversidade biológica ou biodiversidade, um dos maiores recursos do país,
mas ainda pouco conhecido. Os serviços ambientais que as florestas
(indígenas ou plantadas) oferecem incluem regulação do clima, sequestro de
carbono, proteção do solo, conservação dos recursos hídricos, conservação
dos ciclos das chuvas.
Importância econômica das florestas: todos os setores produtivos estão diretos
ou indiretamente ligados aos produtos florestais. Por exemplo, a indústria de
base usa carvão vegetal como fonte de energia, a construção civil utiliza
madeira e a agricultura necessita dos serviços ambientais fornecidos pelas
florestas. Uma questão econômica relevante das florestas nativas é o baixo
valor da madeira tropical no mercado, que leva à não valorização da floresta
em pé, sofrendo pressão de desmatamento em favor do avanço da fronteira
agrícola.
Importância social das florestas: as atividades florestais têm uma relação muito
estreita com comunidades rurais. Por um lado, as florestas naturais abrigam
povos indígenas e caboclas tradicionais. Por outro, temos regiões agrárias
rurais de pequenos produtores, onde o plantio de florestas ou o próprio manejo
das reservas florestais apresentam-se como alternativa econômica. Ainda há o
apelo social das florestas, pois elas estão intimamente associadas a rituais
tradicionais, folclore, cultura. As florestas são um elemento místico da cultura
brasileira, principalmente para as pessoas que nelas vivem (STEIN, 2018).
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6 POTENCIAIS USOS DA BIODIVERSIDADE NA SAÚDE HUMANA E NO MEIO
AMBIENTE
Fonte: dutcham.com
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A diversidade biológica tem sido cada vez mais reconhecida como um dos
elementos centrais para o desenvolvimento e bem-estar da humanidade e
grande responsável pelo equilíbrio ambiental global. Embora apenas uma
pequena fração de seus componentes tenha sido adequadamente
pesquisada e sua utilidade futura não seja totalmente compreendida, sua
capacidade de gerar benefícios socioeconômicos é cada vez mais valorizada
devido ao seu potencial como matéria-prima para diversos campos do
conhecimento (FERRO et al., 2006 apud JUNIOR et al, 2012).
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lenhosas, tanto frutíferas quanto madeireiras, com culturas agrícolas e / ou animais
ao mesmo tempo. A agrofloresta como manejo consciente da vegetação rasteira para
culturas agrícolas tem se mostrado uma das técnicas mais promissoras para reduzir
o desmatamento nos trópicos e, ao mesmo tempo, aumentar a atividade rural.
(JUNIOR et al, 2012).
Fonte: esquerda.net
Nos dias de hoje, muito se fala sobre alterações climáticas globais. Essa teoria
cada vez mais vem tomando corpo e as deduções estão sendo comprovadas por
observações de alterações nos padrões climáticos por todo o mundo. Os maiores
problemas frente às mudanças climáticas e ao aquecimento do global advém da
preocupação dos cientistas em como os seres humanos e todos os outros seres
responderão a tais mudanças, que incluem elevações nas temperaturas, alterações
nas correntes de ar na atmosfera, alterações nas correntes oceânicas, extinção de
espécies, aumento do nível do mar, dentre outros aspectos previstos (STEIN, 2018).
Nesse contexto, o aquecimento global e as mudanças climáticas atuais estão
estreitamente relacionados com as atividades antrópicas desenvolvidas sobretudo
nos últimos 150 anos, e que se aceleraram de meio século para cá. Essas alterações
estão sendo feitas de maneira muito rápida, ao contrário das mudanças climáticas
registradas no passado. Assim, as atividades antrópicas têm um papel proeminente
face nas alterações atuais. Para reverter tal quadro, cientistas vêm alertando sobre os
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problemas, e várias medidas e acordos entre países estão em aplicação ou em
andamento, com o objetivo de reduzir emissões de gases do efeito estufa e outros
problemas que direta e indiretamente podem causas alterações drásticas.
No entanto, são necessárias ações mais efetivas por parte de alguns países.
Por outro lado, a preocupação dos cientistas com essas mudanças está
fundamentada em alterações climáticas e geológicas que ocorreram ao longo da
histórica da Terra, a partir da análise de rochas e fósseis, o que nos permite
compreender como ocorreram as mudanças em período passados e qual foram as
dificuldades encontradas pelas espécies em cada época diferente. Basicamente, as
alterações na atmosfera e nos oceanos modificaram as formas de viver no planeta,
provocando extinções em massa em alguns momentos. Será que atualmente estamos
passando por um desses momento de extinção? Se isso for verdade, qual é o fator
causador dessa extinção? Qual seria a diferença entre as extinções do passado e a
do presente?
Grotzinger e Jordan (2013) apud Stein (2018), existiram pelo menos cinco
grandes extinções globais registradas e identificadas, listadas a seguir, todas elas
ligadas a grandes mudanças ambientais na superfície da Terra em momentos
específicos da história geológica.
Ordoviciano (444 milhões de anos atrás [m.a.a.]): Acredita-se que cerca de 65
espécies foram extintas durante esse período, quando a vida era
exclusivamente marinha.
Devoniano Superior (360 m.a.a.): cerca de 76% das famílias de peixes
desaparecessem nesse período.
Passagem do Permiano para o Triássico (251 m.a.a.), ou seja, final da Era
Paleozoica e início da Era Mesozoica: estima-se que 96% das espécies foram
extintas, sendo considerada a maior extinção já ocorrida.
Passagem do Triássico para o Jurássico (200 m.a.a.), durante a Era
Mesozoica: antes da extinção, ao longo do Triássico, quando os continentes e
oceanos foram recolonizados, ocorreu a fragmentação da Pangeia, com o
isolamento de duas grandes massas continentais: Gondwana e Laurásia. Ainda
no Triássico, houve grandes mudanças florísticas, e surgiram as coníferas, os
dinossauros e os primeiros mamíferos, havendo grande predominância de
répteis. Com a fragmentação do supercontinente Pangeia, houve mudanças
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nas correntes marítimas, alteração nas características climáticas, criação de
barreiras geográficas e surgimento de novas cadeias de montanhas.
Transição Mesocenozoica (65,5 m.a.a.): a última e mais estudada extinção,
também conhecida como Extinção Terciária do Cretáceo, resultou na extinção
dos dinossauros após uma série de mudanças, inclusive na flora, devido ao
impacto de um meteoro que afetou a alimentação dos animais. Podemos inferir
a história geológica do planeta pelo fato de que a história da evolução também
está em constante dinamismo.
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A partir das avaliações e acompanhamento das espécies, é possível
acompanhar tendências de risco de extinção. Vejamos a seguir, conforme propõe o
autor, as categorias utilizadas na classificação da lista vermelha das espécies em
extinção.
Extinta: quando o último representante da espécie já desapareceu ou se supõe
que tenha morrido.
Extinta na natureza: quando existem indivíduos em cativeiro, mas não há mais
populações naturais conhecidas da espécie.
Em perigo crítico ou em perigo crítico: quando a espécie está em perigo crítico
em um futuro próximo. Um animal é considerado em perigo crítico quando o
número de espécimes da espécie é reduzido pela metade em um período de
dez anos e os espécimes restantes ocupam uma área inferior a 20.000 km2.
Em perigo: quando a espécie sofre risco muito alto de extinção num futuro
próximo.
Vulnerável: quando a espécie sofre alto risco de extinção a médio prazo.
Quase ameaçada: quando a espécie ainda não sofre risco de extinção, mas as
ameaças sobre ela são crescentes.
Segura ou pouco preocupante: quando a espécie não sofre ameaça de
extinção (STEIN, 2018).
34
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
35
BRASIL. Lei nº 11.284, de 2 de março de 2006. Dispõe sobre a gestão de florestas
públicas para a produção sustentável; institui, na estrutura do Ministério do Meio
Ambiente, o Serviço Florestal Brasileiro - SFB; cria o Fundo Nacional de
Desenvolvimento Florestal - FNDF; altera as Leis n° 10.683, de 28 de maio de 2003,
5.868, de 12 de dezembro de 1972, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, 4.771, de 15
de setembro de 1965, 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 6.015, de 31 de dezembro
de 1973; e dá outras providências. 2006.
BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos
I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza e dá outras providências. 2000.
CAIN, M. L.; BOWMAN, W. D.; HACKER, S. D. Ecologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed,
2018.
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FAPESP, 2011.
37
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Textos, 2006.
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Svalbard. jpg, 2015, Wikipedia. Licenciado sob CC-BY-SA-4.0, via Wikimedia
Commons.
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espécies exóticas invasoras. Natureza & Conservação, [s. l.], v. 5, n. 2, p. 8-15,
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