Você está na página 1de 34

INSTITUTO PEDAGÓGICO DE

MINAS GERAIS

Módulo Específico
Apostila 5 - Meio Ambiente e Cidadania
Coordenação Pedagógica – IPEMIG
Em parceria com a FACEL

Belo Horizonte - 2010


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3
1 A SITUAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E DO MUNDO ....................................... 4
1.1Ações que minimizam os impactos ambientais ............................................. 5
2 PLANETA TERRA ........................................................................................ 6
2.1 População .................................................................................................. 6
2.2 O desgaste ambiental e o crescimento populacional ................................... 6
2.2.1 Controle populacional x preservação ambiental ........................................ 8
2.3 Reflexão ....................................................................................................... 9
2.4 Zona Urbana e Zona Rural ........................................................................... 9
2.5 Sustentabilidade das Cidades .................................................................... 11
2.5.1 Curiosidades ........................................................................................... 12
2.6 A qualidade de vida .................................................................................... 12
2.6.1 Reflexão: meio ambiente e Pobreza ....................................................... 13
2.7 Conceitos Ambientais do planeta Terra...................................................... 14
3 CIDADANIA NO AMBIENTE ......................................................................... 16
4 GESTÃO AMBIENTAL .................................................................................. 18
4.1 Princípios que orientam o gerenciamento ambiental .................................. 19
4.2 Gestão ambiental e conflitos ...................................................................... 20
5 CONSUMO SUSTENTÁVEL ......................................................................... 22
5.1 Pobreza e consumo sustentável ................................................................ 22
5.2 Consumo responsável ................................................................................ 23
6 ACORDOS MUNDIAIS .................................................................................. 25
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 28
AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 30
3

INTRODUÇÃO

Prezados alunos,

O Instituto Pedagógico de Minas Gerais oferece o Curso de Pós Graduação


em MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE aos profissionais das áreas
relacionadas ao meio ambiente.

A Educação Ambiental é um instrumento de melhoria da qualidade de vida, a


partir da formação de cidadãos conscientes de sua participação local no contexto de
conservação ambiental global.

Para ela, o desafio do educador ambiental é com o futuro da vida, já que tem
o intuito de formar uma atitude ecológica nas pessoas. Um dos propósitos desse
educador é a visão socioambiental, que afirma que o meio ambiente é um espaço de
relações culturais, sociais e naturais.

Em 1988, a Constituição Federal e a Constituição de alguns Estados da


Federação, declaram a garantia a todos do direto ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado em que a educação ambiental está calcada. Em 1994 foi criado o
PRONEA – Programa Nacional de Gestão Ambiental e em 27 de abril de 1999, foi
instituída a Política Nacional de Educação Ambiental, estabelecendo as linhas de
atuação formal e não formal, para promover ações que estimulem a visão crítica e a
postura pró-ativa por todos os setores da sociedade.

Assim, o Curso tem como objetivos capacitar profissionais para a prática


pedagógica relacionada à preservação ambiental.

Então, o IPEMIG elaborou esse material condizente com a especialização em


Gestão Ambiental em que há conteúdos sobre o meio ambiente relacionados à
diferentes autores. A apostila oferece recursos teóricos e metodológicos e reforça o
conhecimento da área.

Ao final, há uma avaliação contendo 10 questões fechadas (múltipla escolha)


bem como o gabarito a ser preenchido. Vocês terão dois meses a contar do
recebimento da apostila para responder as questões, as quais salientamos,
encontram-se todas no decorrer da apostila e enviar suas respostas, no gabarito,
para o endereço eletrônico abaixo ou via Correios (ECT).
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
4

1 A SITUAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E DO MUNDO

A natureza está se alterando por causa das intervenções desastrosas


causadas pelo ser humano. A ambição desenfreada e a desvalorização da vida tem
contribuído muito para a destruição do meio ambiente. Então o Planeta Terra pede
socorro!

Os problemas ambientais comprometem a qualidade de vida de toda a


sociedade. Dentre eles pode-se citar a chuva ácida, o aquecimento global,
desmatamento, problema da água, buraco na camada de ozônio e lixo.

A chuva ácida é provocada principalmente pela atividade humana através da


industrialização e uso de transportes que usam combustíveis fósseis. Ela empobrece
a vegetação e prejudica a pesca.

A grande quantidade de gases poluentes que são emitidos diariamente causa


o aquecimento global. As consequências são catastróficas, pois leva ao aumento do
número de furações, desertificação, ondas violentas de calor e derretimento das
calotas polares.

O desmatamento causa degradação do solo, extinção de várias espécies e


danos ao clima.

A água no futuro será muito valorizada. Já existem países em que ela é


escassa. Infelizmente quem tem muito não dá importância e a desperdiça de uma
forma inconsequente. A poluição aquática tem aumentado muito e com isso
aumenta os casos de doenças veiculadas pela água, intoxicação por metais
pesados e gastos para o tratamento da mesma.

A destruição da camada de ozônio é causada principalmente pela eliminação


do gás clorofluorcarbono, conhecido como CFCs, usados em aparelhos de
refrigeração e sprays. Isto pode afetar o sistema imune, causar câncer de pele e
mutações nos seres vivos.

O lixo quando não colocado em seu devido lugar traz mau cheiro, polui a
água, atrai ratos e insetos, contribui para o aparecimento de doenças e pode
contaminar os solos também.
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
5

É necessário mudar a forma com que exploramos os recursos naturais e o


nosso comportamento em relação a natureza. A educação ambiental, voltada
especialmente para a sustentabilidade e, a adoção de uma nova ética, contribuirão e
muito para conseguirmos ter um planeta habitável no futuro.

1.1 Ações que minimizam os impactos ambientais

economia de energia
uso de transporte coletivo
fazer reciclagem do lixo
não desperdiçar água
preferir produtos naturais a industrializados
reduzir o consumo de carne vermelha
não poluir
plantar árvores no quintal de casa
não caçar
não ser consumista e ser altruísta

Estamos todos interligados e dependemos um do outro. Não há dúvida de


que nossa ação local refletirá globalmente. Se todos fizerem a sua parte, viveremos
em um mundo melhor.

A preocupação da preservação do Planeta Terra é motivo de conferências e


reuniões mundiais para que sejam adotados procedimentos racionais para a
utilização dos recursos naturais.

O conhecimento do funcionamento dos ecossistemas requer estudo sobre o


ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentável dos seus
recursos.

Então, a Gestão Ambiental - ramo da educação - surge a partir do crescente


interesse do homem em assuntos relacionados ao meio ambiente, devido às
grandes catástrofes naturais que têm ocorrido no mundo nas últimas décadas.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
6

2 PLANETA TERRA

2.1 População

O hábitat humano se restringe à biosfera; que é a camada da Terra composta


da atmosfera, litosfera e hidrosfera, ou seja; camada de vida do Planeta Terra. É o
único hábitat das espécies e inclusive do homem. A característica mais significativa
da biosfera é seu tamanho relativamente pequeno e a exiguidade de recursos que
oferece. Em termos terrestres a comunidade humana não ocupa toda a extensão
desta camada, pois grande parte da biosfera não é habitada pelos humanos, como
os oceanos, desertos e geleiras.
Então, o homem está instalado numa limitada porção do planeta, onde
mantém relações entre si, com outras espécies e com os fatores abióticos, ou seja;
com o meio ambiente.

No início da existência da espécie humana, no período paleolítico, o


crescimento populacional era muito baixo, inibido pelos deslocamentos constantes
dos caçadores. Somente quando o homo sapiens passou a se fixar em
determinadas áreas, tornando-se sedentário, é que a população começou a crescer
de modo cada vez mais rápido. E depois da introdução da agricultura, ela chegou a
duplicar a cada mil anos, atingindo a marca de 100 milhões de pessoas por volta do
ano 500 a.C.

Foi, portanto, com o desenvolvimento da agricultura que o crescimento


populacional deu seu primeiro salto. E o segundo só ocorreu muitos séculos depois,
com o desenvolvimento industrial. Tanto assim que, do início da era industrial, no
século XVIII, até os dias atuais, a população mundial já ficou oito vezes maior. E
hoje somos, aproximadamente, seis bilhões de pessoas na Terra. (TOYNBEE,1980)

2.2 O Desgaste ambiental e o crescimento populacional

O desgaste ambiental gerado pelo esgotamento dos recursos naturais face às


necessidades de sobrevivência de determinada população, já ocasionou a extinção
de muitas civilizações.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
7

O aumento recente do número de seres humanos e de suas respectivas


atividades teve um enorme impacto no meio ambiente. Em menos de 200 anos o
mundo perdeu seis milhões de quilômetros quadrados de florestas, e o volume de
terra desgastada pela erosão triplicou o volume de sedimentos nos principais rios do
planeta. A esses problemas ambientais somam-se graves problemas sociais, com
dois terços da população da Terra sofrendo para conseguir comida, abrigo e
cuidados médicos.

É importante destacar que a análise da relação entre a questão populacional


e os impactos ambientais não pode estar desvinculada da análise do modelo atual
de desenvolvimento econômico. Basta lembrar que os países desenvolvidos, com
menores taxas de crescimento populacional, demandam a maior parte das matérias-
primas do planeta e consomem o maior volume de produtos. Esses países
concentram um quarto da população global, mas consomem 80% da energia do
mundo. Proporcionais a esse consumo são as emissões de gases para o ambiente.
Aproximadamente 40% de todo o dióxido de carbono emitido para a atmosfera
provêm de sete países ricos da América do Norte e Europa Ocidental, que
constituem apenas 11% de toda a população mundial.

Nesse sentido, não podemos afirmar que o aumento populacional é a


principal causa dos impactos ambientais. Além dos níveis de crescimento
populacional, fatores econômicos e sociais, como o próprio modelo de
desenvolvimento preconizado, e o nível de consumo e de qualidade de vida da
população devem contribuir para o entendimento dos problemas ambientais.

A relação entre os níveis de qualidade de vida e de desenvolvimento social de


uma sociedade e os seus problemas ambientais torna-se evidente, por exemplo, ao
analisarmos o tema da concentração populacional nos centros urbanos (êxodo
rural).

A essa enorme concentração populacional, causada pelo crescimento


desordenado das cidades, associam-se muitos problemas ambientais e sociais,
como o aumento de todos os tipos de poluição e dos níveis de pobreza.

Atualmente, com o crescimento das cidades de porte médio no Brasil, o ritmo


dessa tendência vem diminuindo. Ainda assim, as regiões metropolitanas são áreas
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
8

de concentração de pobreza, uma vez que 70,9% dos pobres vivem nas cidades,
dos quais 29,2% em áreas metropolitanas.

2.2.1- Controle populacional x preservação ambiental

Segundo TOYNBEE (1980), as campanhas de controle de crescimento da


população, geralmente são conduzidas de forma autoritária, como é o caso das
campanhas de esterilização em massa de mulheres. Na China, por exemplo, adota-
se a política de permitir apenas um filho por casal, o que acaba gerando sérios
problemas sociais, como o abandono e o assassinato de inúmeros bebês do sexo
feminino.
De acordo com esse autor, no Brasil, por exemplo, as campanhas de controle
da natalidade, obtiveram resultados satisfatórios, mas não se percebe nenhuma
melhoria quanto à utilização dos recursos naturais e à preservação do meio
ambiente, e nem quanto às condições de vida das camadas mais pobres da
população brasileira. Isso confirma que o controle da natalidade, sozinho, não é um
parâmetro para a preservação ambiental.

Entretanto, o que mais preocupa em termos de degradação ambiental não é a


taxa de natalidade dos países pobres, mas sim o aumento de consumo dos países
ricos, uma vez que não há uma relação necessária entre crescimento demográfico e
aumento da pressão sobre os recursos naturais. São processos distintos. A pressão
de consumo aumenta muito rapidamente nos países desenvolvidos, cujo
crescimento populacional está estabilizado, enquanto nos países subdesenvolvidos
o consumo quase não cresce, apesar de o crescimento populacional ainda ocorrer.

Atualmente, países desenvolvidos do hemisfério norte alcançaram níveis de


prosperidade econômica que nem podiam ser sonhados há 500 anos. Mas essa
prosperidade vem causando problemas ambientais graves, como o aquecimento
global, a destruição da camada de ozônio, a perda da biodiversidade e outros mais.
O consumo de bens duráveis e não duráveis é um dos principais indicadores
utilizados pelas sociedades capitalistas para medir a prosperidade econômica. A

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
9

questão, portanto é: o que, além da circulação de bens econômicos, poderia definir a


prosperidade ou a afluência de uma sociedade? (TOYNBEE,1980).

2.3- Reflexão

Você tem fome de quê?

A sociedade de mercado se baseia na permanente recriação da escassez, ou


seja, para que os produtos de consumo circulem e alimentem as trocas mercantis, é
necessário comportamento de consumo, o desejo de consumir os valores materiais
e simbólicos que prometem os produtos. Como sabemos, a sociedade humana não
produz apenas para satisfazer necessidades biológicas.

Como diz a música dos Titãs, “a gente não quer só comida”, mas também
diversão e arte. Consumir indica, também, modos de apropriar-se de bens
simbólicos que alimentam identidades, corpos e mentes preconizados pela cultura e
pela contracultura. Assim, por exemplo, nas sociedades de consumo, as exigências
dos indivíduos que aderem aos valores materialistas hegemônicos podem se tornar
ilimitadas. Mas, também as necessidades humanas têm sido frequentemente
reinterpretadas dentro destas mesmas sociedades por segmentos críticos que
valorizam circuitos de consumo contra-hegemônicos, como é o caso das feiras
ecológicas, produtos étnicos, mercados solidários, moeda social, entre outros. O que
você consome? Que tal se perguntar, analisando seus hábitos de consumo e projeto
de vida: você tem fome de quê?
Fonte: SENAC/2009

2.4 Zona Urbana e Zona Rural

Como já citado pelo autor TOYNBEE (1980), vivemos um processo de


adensamento da população em centros urbanos. Estes podem tomar a forma de
grandes metrópoles, cidades médias e pequenas. Mas, para além de seu tamanho
em território geográfico e populacional, também podemos pensar os assentamentos
humanos de acordo com o seu perfil socioespacial. Os urbanos se caracterizam pelo
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
10

adensamento populacional, presença de diversos sistemas de transporte,


equipamento cultural, escolas, parque industrial e uma diversidade de serviços que
implicam em grandes segmentos de trabalhadores assalariados e maior oferta de
emprego e educação.
Já as cidades e agrupamentos rurais, por sua vez, possuem baixa densidade
populacional, menor oferta de serviços e equipamentos culturais e educacionais,
atividades produtivas voltadas à agricultura, criação de animais, turismo rural, entre
outras ocupações ligadas à produção rural (trabalhador rural, produtor familiar,
proprietário de terra, entre outras).

O espaço urbano tem sido, frequentemente, uma fonte de preocupação.


Reflete uma situação de uso intensivo dos recursos naturais, é visto como gerador
de profundo desequilíbrio e insustentabilidade em termos ambientais. A
concentração industrial e o adensamento populacional traçam um quadro de
aumento exponencial dos impactos ambientais do mundo urbano. Do mesmo modo,
as contradições e desigualdades sociais também se evidenciam no tecido urbano,
principalmente considerando o processo de migração campo-cidade que, no Brasil,
inverteu esta relação entre os anos 1950 e 1980. Setenta por cento da população
brasileira nos anos 50 era rural e nos anos 80 a situação se inverte, com 70% da
população em zonas urbanas.

Desta forma, o urbano vai se constituindo cada vez mais como pólo de
visibilidade, associado à modernização, enquanto o rural tem sido objeto de uma
visão muitas vezes estereotipada que, em contraposição, o toma como um resíduo,
um espaço social em extinção, sobrevivência de um passado, ora valorizado pela
harmonia perdida no mundo urbano, ora desvalorizado como sinal de atraso. Contra
essa visão preconceituosa e simplificadora é importante não esquecer que a
construção do urbano se dá em constante relação com o mundo rural, que também
se transforma a partir dos processos de modernização da sociedade como um todo
e da própria relação urbano-rural. (REIGOTA, 2001)

O autor citado acima, afirma que observar as diferenças entre os processos


urbano e rural não significa deixar de ver suas interessantes imbricações. Alguns
estudiosos chegam a propor um conceito de novo rural ou rururbano, destacando

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
11

como uma tendência a transformação do mundo rural em direção às dinâmicas de


serviços e negócios do tipo urbano.

Na medida em que as populações urbanas projetam sobre a vida rural o ideal


de vida simples e “ecológica”, cresce a oferta de serviços como turismo rural, de
aventura, ecológico, pousadas rurais, hotéis fazenda, pesque-pague, trilhas
ecológicas, etc.

2.5- Sustentabilidade das cidades

Segundo Reigota (2001) dizer que uma cidade é sustentável engloba


diferentes definições. Isto indica que não há um acordo sobre o que seria
sustentabilidade. Pode-se definir estes conceitos desde ênfases diferentes, como,
por exemplo, a sustentabilidade como eficiência eco energética, sustentabilidade
como conservação dos recursos naturais, ou ainda a sustentabilidade
socioambiental vista como busca da justiça social e ambiental..
Do ponto de vista socioambiental, a sustentabilidade das cidades poderia ser
definida como envolvendo a gestão, na qual o uso de recursos, bem como os meios
tecnológicos e institucionais estejam voltados para o atendimento das necessidades
humanas, e a distribuição equitativa dos recursos sociais e ambientais,
considerando, também o compromisso intergeracional que projeta o uso futuro
reconhecendo o direito das gerações que virão.

Já as cidades são insustentáveis, uma vez que elas não produzem tudo o que
consomem, poluem o ar e não reciclam a água nem outros materiais como
deveriam. Também dependem de matérias-primas e manufaturados produzidos em
áreas muitas vezes distantes geograficamente.

A transformação do modelo atual de cidades insustentáveis, em cidades


sustentáveis requer um esforço coletivo. Tanto os governos precisam assumir os
princípios da sustentabilidade e da solidariedade socioambiental em todos os seus
trabalhos e esforços, como os cidadãos precisam mudar valores e atitudes. É
necessário aprender a reduzir o consumo de água e de energia, escolher produtos
locais, optar pelo transporte coletivo, gerar menos lixo, etc. Mas esses novos hábitos
só serão adquiridos se houver uma estratégia por parte dos governos para estimulá-
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
12

los e fazer com que seja mais fácil e mais barato agir de forma sustentável, sem
transferir os ônus de suas opções para vizinhos mais pobres, como ocorre no caso
dos envio de resíduos e produtos tóxicos para os chamados países
subdesenvolvidos.

Como garante nossa Constituição; uma cidade sustentável seria,


principalmente, um espaço justo, social e ambientalmente. (REIGOTA, 2001).

2.5.1 Curiosidades

Uma entidade britânica denominada Local Government Management Board


(LGMB), ou seja, Conselho de Gerenciamento dos Governos Locais – dedicada à
gestão das cidades – definiu as características de uma comunidade sustentável:
- não desperdiça recursos e produz pouco lixo;
- limita a poluição de forma que possa ser absorvida pelos sistemas naturais;
- valoriza e protege a natureza;
-atende às necessidades localmente, sempre que possível;
- provê casa, comida e água limpa para todos;
- dá oportunidades para que todos trabalhem com o que gostem, valorizando o
trabalho doméstico;
- protege a saúde de seus habitantes, enfatizando a higiene e a prevenção;
- provê meios de transporte acessíveis para todos;
- dá segurança, de modo que todos vivam sem medo de crimes ou perseguições;
- possibilita que todos tenham acesso igual às oportunidades;
- dá acesso ao processo de decisão para todos;
- dá oportunidades de cultura, lazer e recreação para todos.
Fonte: Senac/2009

2.6 A qualidade de vida

A qualidade de vida, segundo PNUD (1998), se refere viver de modo


sustentável, ou seja, compatibilizando a qualidade ambiental com o desenvolvimento
econômico. O meio ambiente sadio é parte fundamental do bem-estar humano, e

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
13

também é importante pensar sobre indicadores para uma sociedade ecologicamente


sustentável. Para isso, algumas organizações não governamentais avaliam que uma
sociedade sustentável seria aquela que:
- conservasse a biodiversidade e os sistemas de suporte à vida;
- assegurasse que o uso dos recursos renováveis fosse sustentável e que a
degradação dos recursos não renováveis fosse minimizada;
- se mantivesse dentro dos limites da capacidade de suporte dos ecossistemas.

2.6.1 Reflexão: Meio ambiente e pobreza

São consideradas pobres aquelas pessoas cujo rendimento mensal é igual ou


inferior a um terço do salário mínimo. Esse patamar de rendimento constitui a
chamada linha de pobreza. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra domiciliar
(PNAD-IBGE) de 1990, o número de pobres no Brasil era, naquele ano, de 39,2
milhões, o que correspondia a 27% da população brasileira (142,4 milhões). São
pessoas que não têm suas necessidades básicas atendidas: possuem alimentação
insuficiente, moradia precária, falta-lhes saneamento básico e cuidados médicos,
não têm acesso ao sistema educacional ou não possuem qualificação profissional
para se inserir no mercado.
Estima-se que 80% dos indivíduos mais pobres do mundo vivem em países
da Ásia, África e América Latina. A maioria da população pobre da Ásia, África e
América Latina vive em áreas de alta vulnerabilidade ecológica, ou seja, áreas onde
a destruição ambiental – como erosão do solo, desertificação, redução da fertilidade
da terra, desmatamento, queimadas, assoreamento dos rios, etc. – ameaça o bem-
estar e a qualidade de vida da própria população. Nesse caso, há uma relação direta
entre perda de qualidade de vida e degradação ambiental.

Por outro lado, o meio ambiente é geralmente fonte de renda e/ou


subsistência da população pobre mundial. No caso do Brasil, algumas iniciativas,
como a das reservas extrativistas, dos comitês de bacias hidrográficas, a criação de
cooperativas de catadores e de sistemas de reciclagem do lixo e outras, apontam
para a possibilidade de se alcançar, ao mesmo tempo, aumento da qualidade de
vida e sustentabilidade ambiental.
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
14

A redução da pobreza e a proteção do meio ambiente são desafios de


grande complexidade, quando se busca aumentar os níveis de desenvolvimento
humano e a qualidade de vida dos países em desenvolvimento.

Assim, além das experiências mencionadas, você identifica outras iniciativas


no Brasil e/ou no mundo que estão tentando articular a superação da pobreza com a
qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental?
Fonte: Senac/2009

2.7 Conceitos Ambientais do Planeta Terra

Segundo Mineiro (2001), o ambiente da Terra é agrupado em Espaço


ambiental, pegada ecológica e capacidade de suporte.
O espaço ambiental diz respeito à quantidade de recursos não renováveis,
energia e terras que se pode obter da Biosfera, de maneira ambientalmente
sustentável. Indica o consumo per capita destes recursos dentro de um intervalo que
não ultrapasse um teto (quantidade máxima per capita) e um piso (quantidade
mínima per capita). Pelo princípio da equidade, todo ser humano teria direito ao uso
equitativo dos recursos naturais, patrimônio comum da Humanidade, considerando a
finitude destes recursos.

Ainda segundo o autor citado acima, a pegada ecológica se define como a


área de terra e água ecologicamente produtiva que se necessita de forma contínua
para proporcionar os recursos energéticos e materiais consumidos, e absorver todos
os resíduos gerados por esta população.

O consumo das comunidades, empresas e governos entram no cálculo, pois a


pegada ecológica busca mensurar as demandas de capital natural da população em
questão em relação ao território que ocupa. O tamanho da pegada não é fixo, mas
depende do ingresso financeiro e valores socioculturais, assim como do estado da
tecnologia disponível. Ao contrário do espaço ambiental, o cálculo da pegada
demonstra que não existe um piso nem um teto ambiental.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
15

Hoje, segundo os cálculos da pegada ecológica, a humanidade já excederia a


capacidade global de carga do planeta, impondo altos custos às gerações futuras.

A capacidade de suporte avalia a quantidade de seres vivos que um


ecossistema pode sustentar para desenvolver sua capacidade produtiva ao máximo.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
16

3- CIDADANIA NO AMBIENTE

Segundo Bordenave (1995), ser cidadão é ter consciência de seus direitos e


deveres e participar ativamente de todas as questões da sociedade; participar das
decisões que interferem na vida de cada um.

Atualmente os cidadãos vivem na democracia; um sistema social e político


que os institui como sujeitos de direitos e considera que onde não existam estes
direitos, tem-se o direito de lutar por eles. Esse regime de governo prevê eleições,
partidos políticos, divisão dos três poderes da República, respeito à vontade da
maioria e das minorias. Contudo, a democracia não se esgota nas regras do regime
de governo, isto é, ela é mais do que uma democracia formal, já que institui direitos.

O processo democrático, portanto, deve dar oportunidades aos cidadãos para


participarem da vida pública. Ao envolver moradores e outros setores da sociedade
organizada em parcerias com o governo local para lidar com os desafios básicos do
desenvolvimento, tais como moradia, desemprego, lixo, água e poluição do ar, pode-
se mobilizar novos recursos para solucionar esses problemas, criando uma cultura
mais participativa, transparente e responsável (SOUZA,1996).

Contudo, existem limites para o que o cidadão comum pode fazer sozinho. É
necessário contar com o apoio do poder público e do setor produtivo para que haja
uma mudança em direção à sustentabilidade.

Em relação às questões ambientais, nos países em que os cidadãos se


envolveram na discussão de temas como poluição ambiental e efeitos da exploração
indiscriminada da natureza, o poder público se viu forçado a considerar a opinião da
população. Essa politização resultou em novas leis e medidas para minimizar os
impactos ambientais.

Para Bordenave (1995), muitos países já descobriram que a interação entre


governo e cidadãos pode ser benéfica e que existe muito apoio da sociedade para
assumir uma responsabilidade compartilhada na solução dos problemas ambientais.
Nesse contexto democrático, o poder da opinião pública vem ganhando cada vez
mais força. Ameaçadas de boicote, várias empresas que agridem o meio ambiente
podem mudar suas estratégias e ações.
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
17

Um ambiente saudável diz respeito a todos e é responsabilidade de todos.


Mas o processo não é automático. Todas as pessoas envolvidas têm que se
esforçar, e o governo precisa reconhecer que nem todos os cidadãos são
especialistas no assunto. Para que todos se envolvam na formulação e na aplicação
de políticas ambientais, é necessário que a educação aborde as condições do meio
ambiente, as consequências da poluição e, sobretudo, os modos como se pode
contribuir de forma individual e coletiva.

Ribeiro (1998) afirma que a cidadania diz respeito ao exercício democrático


de decidir sobre os assuntos comuns, ou seja, aqueles que interessam a todos. O
meio ambiente é um importante espaço comum, de convivência com os outros
humanos e não humanos. Nossas ações e escolhas relativas aos assuntos
ambientais influem nos rumos das decisões que se discutem na esfera pública, ao
mesmo tempo em que somos afetados pelo conjunto das outras ações e decisões.
Assim, meio ambiente, política e cidadania estão profundamente relacionados.

Reforça ainda que Educar para a cidadania é construir a possibilidade da


ação política, no sentido de contribuir para formar uma coletividade capaz,
informada, crítica e responsável pelo mundo que habita. Ter uma atitude ecológica é
assumir essa responsabilidade, que se exerce em todo o tempo e lugar, sendo
cidadão. A educação de um modo geral tem um papel fundamental na formação do
sujeito cidadão, e a educação ambiental em particular, na formação de um sujeito
cidadão ecologicamente orientado.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
18

4- GESTÃO AMBIENTAL

Segundo Quintas (2003), gestão é o ato de administrar. É o uso de um


conjunto de princípios, normas e funções para obter determinados resultados. Numa
gestão, os princípios são a base das ações e o que nos ajuda a tomar as decisões
mais acertadas.

Por exemplo, quando muitas pessoas se juntam para decidir sobre o seu
futuro, é importante que todas tenham os mesmos princípios, pois assim, quando
tiverem que tomar uma decisão, elas vão pensar nesses princípios para fazerem as
melhores escolhas. Para fazer a gestão de uma cidade é preciso administrá-la de
modo a evitar que se deteriore, conservando as características que se deseja
manter e aprimorando as que necessitam de melhoria.

Para isso, ainda segundo o autor citado acima, é preciso consciência e


ciência, capacitação dos administradores e de seus funcionários para que possam
desempenhar seu papel, suas responsabilidades e atribuições.

Uma gestão participativa entende que poder local não é apenas a Prefeitura,
mas o conjunto de poderes instituídos – Prefeitura e Legislativo –, a sociedade civil
organizada, outras esferas sociais, o poder público estadual e federal e as relações
que estabelecem entre si.

Da mesma forma, uma gestão ambiental eficaz e eficiente também depende


da ação conjunta desses diferentes atores sociais. Significa também internalizar nas
políticas públicas ações que visem à redução dos impactos ambientais e ao fomento
do desenvolvimento harmonizado com o ambiente.

Dentre as atribuições da gestão ambiental temos aquelas voltadas para o


cuidado das áreas obviamente ecológicas e de outras menos óbvias, porém muito
importantes para o equilíbrio ambiental das cidades e para a qualidade de vida dos
cidadãos. Esse é o caso, por exemplo, de áreas como o ordenamento do solo, o
saneamento e o zoneamento, tão necessárias para fomentar o desenvolvimento
sustentável de uma cidade (QUINTAS, 2003).

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
19

Além disso, de uma forma geral o sucesso de uma gestão ambiental local
depende tanto das circunstâncias gerais políticas, socioeconômicas, culturais e
psicossociais em que a administração pública é exercida, quanto da maior ou menor
eficiência da máquina administrativa pública. As primeiras circunstâncias
caracterizam o que é chamado pelos cientistas políticos de condições de
governabilidade. Já o grau de eficiência da máquina administrativa está associado
ao que se denomina condições de governança.

4.1- Princípios que orientam o gerenciamento ambiental

- Prevenção
Segundo a Constituição Federal (artigo 225, parágrafo 1), é melhor prevenir a
destruição e a poluição, diminuindo os riscos de degradação do meio ambiente.

- Precaução
Segundo Quintas (2003), quando há dúvidas sobre as consequências ambientais de
uma ação, deve-se agir com cautela. Não se deve autorizar ou continuar uma
atividade, ou escolher uma técnica, quando não se sabe ao certo sobre seus
possíveis impactos.

- Poluidor-pagador
O princípio do poluidor-pagador se refere que o responsável pela poluição deve
arcar com os custos para remediar o estrago causado. Precisamos ficar atentos ao
fato de que a degradação também deve ser considerada como poluição. Cortar uma
floresta, por exemplo, não causa poluição direta, mas degrada o meio ambiente.

- Solidariedade
Todas as pessoas devem estar comprometidas com um meio ambiente saudável e
devem agir para prevenir danos. Os problemas ambientais não têm limites
geográficos ou burocráticos.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
20

- Gestão e Meio Ambiente:


Trabalhar dentro do ecossistema. Todo recurso ambiental tem uma
capacidade de suporte, que é a velocidade máxima com que podemos explorar o
recurso sem esgotá-lo ou usá-lo para absorver ou limpar poluentes sem destruí-lo.
Sustentabilidade é não aumentar nossas demandas indefinidamente, mas criar
políticas que mantenham o desenvolvimento dentro dos limites da capacidade de
suporte.

- Igualdade intra e entre gerações:


Ainda segundo Quintas (1993), a igualdade se refere à justiça e às
oportunidades. Descreve uma relação entre pessoas, e não um padrão mínimo. É
importante que a justiça social seja um dos princípios pelo qual basearemos nossas
decisões. Para assegurar a igualdade entre gerações, a geração atual deve
assegurar que a saúde, a diversidade e a produtividade do meio ambiente sejam
mantidas ou então melhoradas, em benefício das gerações futuras.

4.2- Gestão ambiental e conflitos

“A Constituição Federal, em seu artigo 225, estabelece o meio ambiente


ecologicamente equilibrado como direito do povo brasileiro, bem de uso comum e,
ainda, essencial à sadia qualidade de vida. Determina, também, que cabe ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações. A Constituição Federal, no parágrafo primeiro deste artigo (225),
definiu sete tarefas cuja realização pelo Poder Público e somente por ele, deve
assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, na
qualidade de bem de uso comum. As sete incumbências são as seguintes:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo


ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País, e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
21

permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a


integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
VI – promover a Gestão Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoque a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.

Nesta perspectiva, o Poder Público e consequentemente seus agentes,


estarão sempre lidando com conflitos implícitos ou explícitos, institucionalizados ou
não, onde de um lado está o interesse público, que obriga a defesa e preservação
de uma qualidade específica de um bem (e de um direito) – o meio ambiente
ecologicamente equilibrado – e de outro, o acesso e uso dos seus elementos
constituintes, por um, por poucos ou por muitos, porém, não por todos os brasileiros.
A existência de modo agudo e/ou latente de conflito entre o interesse público e
privado institui a necessidade do Estado assumir o papel central na gestão
ambiental pública”.

Fonte: Senac/2009

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
22

5 CONSUMO SUSTENTÁVEL

A Agenda 21, principal documento assinado na Rio-92, propõe a incorporação


do consumo sustentável pelas sociedades atuais, apontando os padrões
insustentáveis de consumo e de produção como a principal causa da degradação
ambiental, especialmente nos países industrializados.

De acordo com as Diretrizes das Nações Unidas para a Proteção do


Consumidor, o consumo sustentável significa o atendimento das necessidades das
gerações presentes e futuras, no que se refere a bens e serviços, de uma forma
sustentável econômica, social e ambientalmente.

Algumas ações colaboram para a definição de um consumo sustentável:

- ser ecologicamente seletivo nas compras;


- adquirir produtos de empresas responsáveis que tenham processos de gerência
ambiental;
- diminuir a produção de lixo por meio do incentivo a processos produtivos mais
racionais;
- valorizar a reutilização e a reciclagem de produtos.

Em seu capítulo 4, a Agenda 21 (1997) destaca:

“O recente surgimento, em muitos países, de um público consumidor mais


consciente do ponto de vista ecológico, associado a um maior interesse, por parte
de algumas indústrias, em fornecer bens de consumo mais saudáveis
ambientalmente, constitui acontecimento significativo que deve ser estimulado em
todos os países.”

5.1 Pobreza e consumo sustentável:

Nos países em desenvolvimento, o tema da incorporação de um consumo


sustentável pela sociedade é uma questão controversa. No Brasil, por exemplo,
enquanto uma pequena parcela da população consome em níveis equivalentes aos

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
23

padrões europeus e norte-americanos, gerando impactos ambientais


correspondentes, uma grande parte da sociedade ainda não tem suas necessidades
básicas atendidas.
Em nível mundial, estima-se que um quinto da humanidade tem um estilo de
vida que caracteriza o consumo excessivo; três quintos vivem de forma equilibrada;
e o último quinto vive mal, sem atendimento das necessidades básicas. São mais de
um bilhão de pessoas sem acesso à água de qualidade e um número ainda maior
sem esgoto e energia.

Nesse contexto, a discussão acerca da incorporação de padrões de consumo


sustentável pelas sociedades em desenvolvimento pode parecer uma questão falsa.
No entanto, a proposta que está sendo esboçada é a de compatibilizar
desenvolvimento sustentável com qualidade ambiental e acesso de todos aos bens
e serviços.

A ideia de um consumo sustentável passa, necessariamente, pelo direito de


acesso da população ao próprio consumo de bens e serviços, mas não dentro de um
modelo já saturado.

Então, cada vez mais, a sustentabilidade depende das mudanças no padrão


de consumo (CANCLINI,1995).

5.2- Consumo responsável

A responsabilidade pelo consumo sustentável deve ser compartilhada por


toda a sociedade, especialmente os governos, empresas, sindicatos, organizações
de consumidores e organizações ambientais. Os governos, em conjunto com as
empresas e as organizações da sociedade civil, devem elaborar e implementar
políticas que promovam o consumo sustentável, mediante uma combinação de
políticas que podem incluir regulamentos, instrumentos econômicos e sociais,
políticas setoriais em relação ao uso do solo, transporte e moradia, e a eliminação
de subsídios que promovam padrões insustentáveis de consumo e produção.
Além da promoção de políticas públicas adequadas, os governos e os setores
empresariais podem também promover o desenvolvimento e o uso de produtos e

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
24

serviços eficientes em termos de consumo de energia e de recursos seguros e não


tóxicos, levando em conta seu ciclo de vida integral e a extração de matérias-primas,
produção, distribuição, uso e disposição final.

Alguns progressos já vêm acontecendo nesse sentido, como, por exemplo, a


produção de geladeiras sem CFC, para diminuir a emissão de gases que aumentam
o efeito estufa, ou de automóveis com nível de poluição muito mais baixo. Mas tudo
isso também significa avançar na pesquisa científica para descobrir novas formas de
energia, novos combustíveis, novos materiais mais adequados a um modelo
produtivo mais sustentável.

As organizações de consumidores e ambientalistas têm a responsabilidade de


promover a participação do público no debate sobre consumo sustentável, devendo
divulgar informações aos consumidores e colaborar com o governo e com as
empresas no esforço de alcançar esse objetivo. Para isso, precisam adotar critérios
e metodologias que permitam avaliar os impactos ambientais e também as
exigências de recursos durante a totalidade dos processos e ao longo do ciclo de
vida dos produtos.

Os resultados de tal avaliação devem ser transformados em indicadores


claros para informação dos consumidores e das pessoas responsáveis pela tomada
de decisões.

Fonte: CONSUMO Sustentável. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente de São


Paulo, 1998.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
25

6 ACORDOS MUNDIAIS

Um dos principais objetivos da Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e


Desenvolvimento (também conhecida como Eco-92 ou Rio-92) foi chegar a um
equilíbrio justo entre as necessidades econômicas, sociais e ambientais das
gerações atuais e futuras. Outro objetivo era estabelecer as bases para uma
associação mundial entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, e também
entre governos e setores da sociedade civil, fundamentadas nas necessidades e
interesses comuns. Três grandes acordos que deveriam regular os trabalhos futuros
foram aprovados no Rio de Janeiro por 172 governos, incluindo 108 chefes de
Estado e de Governo. Esses acordos eram:

- a Agenda 21, um plano de ação mundial para promover o desenvolvimento


sustentável;
- a Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que agrupa
princípios relativos a direitos civis e obrigações dos Estados;
- uma declaração de princípios relativos às florestas, que reúne indicações para um
manejo mais sustentável das florestas do mundo.

Também na conferência do Rio de Janeiro foram assinadas duas convenções


com força jurídica: a Convenção sobre Mudanças Climáticas e a Convenção sobre
Biodiversidade. Ao mesmo tempo, foram iniciadas as negociações para uma
Convenção contra a Desertificação, que ficou aberta a assinaturas até outubro de
1994, passando a vigorar em dezembro de 1996.

- Agenda 21
A Agenda 21 não é somente uma agenda ambiental, mas uma agenda que
convoca os governos a adotarem estratégias nacionais para o desenvolvimento
sustentável. Ela prevê ações concretas a serem implementadas pelos governos e
pela sociedade civil, em todos os níveis – federal, estadual e local. Há um papel para
cada um: governos, empresários, sindicatos, cientistas, professores, povos
indígenas, mulheres, jovens e crianças.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
26

Fonte: Agenda 21 Brasileira. Bases para a discussão, da Comissão de Políticas de


Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional. Brasília: 2000.

- Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento

Trata-se de uma Carta com 27 princípios que definem os direitos e as


obrigações dos Estados em relação aos princípios básicos do meio ambiente e do
desenvolvimento. Estabelece que os Estados-membros têm o direito soberano de
aproveitar seus próprios recursos, mas sem causar danos ao meio ambiente de
outros Estados.

Declara que a plena participação das mulheres é imprescindível para se


alcançar o desenvolvimento sustentável, e que a paz, o desenvolvimento e a
proteção ambiental são interdependentes.

- Declaração dos Princípios para o Manejo Sustentável das Florestas

Embora a declaração não tenha força jurídica obrigatória, ela se constituiu no


primeiro consenso mundial sobre a questão. Ela diz, fundamentalmente, que todos
os países, especialmente os desenvolvidos, deveriam esforçar-se por recuperar a
Terra mediante o reflorestamento e a conservação florestal; que os Estados têm o
direito de desenvolver suas florestas conforme suas necessidades socioeconômicas;
e que se devem garantir aos países em desenvolvimento recursos financeiros
destinados a estabelecer programas de conservação florestal.

- Convenção sobre Mudanças Climáticas

Essa convenção fundamenta-se na necessidade de reduzir a concentração,


na atmosfera, de gases que causam efeitos nocivos e adversos aos ecossistemas
naturais e à humanidade. O acúmulo desses gases pode aumentar o aquecimento
da superfície da Terra, causando a elevação do nível das águas dos oceanos,
turbulências na atmosfera e maior ocorrência de furacões e chuvas intensas.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
27

Fonte: Convenção sobre mudança do clima, vol. 4 da “Série Entendendo o meio


ambiente”. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 1997.

- Convenção da Biodiversidade

Os objetivos desse instrumento internacional abrangem três aspectos


fundamentais: a conservação da diversidade biológica; a utilização sustentável de
seus componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da
utilização dos recursos genéticos.

- Comissão de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas

A Comissão de Desenvolvimento Sustentável foi estabelecida depois da Rio-


92. Seu objetivo é apoiar, encorajar e supervisionar governos, organizações das
Nações Unidas e setores, como o comercial e industrial, as organizações não
governamentais e outros segmentos da sociedade civil no que diz respeito às
medidas adotadas para aplicar quaisquer acordos firmados.

A Comissão é formada por representantes de 53 países, eleitos entre os


Estados-Membros das Nações Unidas, respeitando-se uma representação
geográfica equitativa. Os relatórios apresentados anualmente pelos governos
desses países são a base para a avaliação dos progressos obtidos no âmbito dos
acordos ambientais.

Com a colaboração da Organização Mundial do Comércio, da Conferência


das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento e do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente, a Comissão de Desenvolvimento Sustentável vem
estendendo a Agenda 21 a outras esferas e promovendo a coerência e o apoio
mútuo às atividades de comércio.

Fonte: TRIGUEIRO/2003

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
28

REFERÊNCIAS

Agenda 21 Brasileira. Bases para a discussão, da Comissão de Políticas de


Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional. Brasília: 2000.

BORDENAVE, Juan E. Díaz. O que é participação? São Paulo: Editora Brasiliense,


1995.

CANCLINI, N. G. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização.


Rio de Janeiro: UFRJ, 1995.

CONSUMO Sustentável. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo,


1998.

Convenção sobre mudança do clima, vol. 4 da “Série Entendendo o meio ambiente”.


São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 1997.

DAJOZ, R. Ecologia geral.Rio de janeiro 1977.

DARST, J. Antes que a natureza Morra, São Paulo: Edusp,1973.

LEONARDI, M. L. A. A educação ambiental como um dos instrumentos de


superação da insustentabilidade da sociedade atual. In: CAVALCANTI, C. Meio
ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo, Cortez,
1997.

MINEIRO, Procópio. A crise anunciada. Revista Senac e a Gestão Ambiental, Rio de


Janeiro, nº 2, 2001.

PNUD. Desenvolvimento humano e condições de vida: indicadores brasileiros.


Documento. Brasília: Pnud/ Ipea/Fundação João Pinheiro, 1998

QUINTAS, J.S. Educação no processo de gestão ambiental: uma proposta de


Educação Ambiental Transformadora e Emancipatória. (Texto apresentado no I
Encontro Nacional de Avaliação de Políticas de Meio Ambiente, promovido pelo
Núcleo de Estudos e de Políticas de Desenvolvimento Agrícola e Meio
Ambiente/Universidade de Brasília, em Goiânia, 27 e 28/08/03).

REIGOTA, Marcos. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 2001.

RIBEIRO, Maurício Andrés. Ecologizar, pensando o ambiente humano. Belo


Horizonte: Roma Editora, 1998.

SAMPAIO, Shaula. Notas sobre a fabricação de educadores/as ambientais:


identidades sob rasuras e costuras. Porto Alegre: UFRGS, 2005. Dissertação,
Mestrado em Educação – Faculdade de Educação, 2005

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
29

SOUZA, Herbert de. Democracia: cinco princípios e um fim. São Paulo: Editora
Moderna, 1996.

TOYNBEE, A. A humanidade e a mãe Terra. Rio de Janeiro: Ed.Jorge Zahar, 1980

TRIGUEIRO, A. Meio ambiente no século XXI. Rio de Janeiro: Sextante, 2003 . pp


183-197, e Mousinho, P. Glossário - pp 333-367].

VERNIER, J. O Meio Ambiente.Ed Papirus. 7ª Ed. Campinas, 1994.


WWW.senac.com.br
WWW.presidencia.gov.br

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
30

AVALIAÇÃO
Questão 01:
ASSINALE a alternativa INCORRETA sobre a Agenda 21:
a) O processo de Agenda 21 deve contar, exclusivamente, com o apoio do governo
local. Vontade política é o fator mais decisivo para o sucesso ou fracasso da
iniciativa.
b) Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-92,
ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a
importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a
forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os
setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas
sócio-ambientais.
c) Agenda 21 vem se constituindo em um instrumento de fundamental importância
na construção dessa nova ecocidadania, num processo social no qual os atores vão
pactuando paulatinamente novos consensos e montando uma Agenda possível
rumo ao futuro que se deseja sustentável
d) Agenda 21, que tem provado ser um guia eficiente para processos de união da
sociedade, compreensão dos conceitos de cidadania e de sua aplicação, e é hoje
um dos grandes instrumentos de formação de políticas públicas no Brasil.

Questão 2: ASSINALE a alternativa INCORRETA sobre cidadania e meio ambiente:


a) O advento da crise ambiental impulsionou a necessidade de maior
participação da sociedade nas esferas organizacionais do Estado para que o
processo de desenvolvimento seja alcançado de forma sustentável e com maiores
controles dos efeitos nocivos ao meio ambiente.
b) É perceptível, que o cidadão preocupa-se com os assuntos concernentes ao
meio ambiente e ao mesmo tempo, conscientiza-se da necessidade e da
importância em intervir nos atos da política ambiental do Estado, por meio do
instrumento da ação popular ambiental.
c) A poluição de rios, a extinção de animais e a degradação da natureza
despertam inquietude na sociedade. A necessidade de direcionar-se um novo rumo
na conduta da civilização é premente, sob pena de desencadear uma generalizada
perda da qualidade de vida para todos.
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
31

d) Os bens naturais, que são dispostos graciosamente pela natureza, têm sido
utilizados de maneira provida de sustentabilidade e extraídos no limite do
necessário, mesmo com uma busca desenfreada e inconseqüente do consumo e
pelo verossímil lucro, numa evidente progressão de desperdício.

Questão 3: Todas as alternativas estão corretas, EXCETO:


a) Os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o
desenvolvimento sustentável. Têm o direito a uma vida saudável e produtiva em
harmonia com o meio ambiente.
b) O meio ambiente é um bem de uso comum do povo, assegurando a todos o
direito ao meio ambiente equilibrado, impondo ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo à presente e às futuras gerações e ampliar as
ações judiciais na tutela ambiental.
c) O tema ambiental é um dos mais importantes na última década do século XX,
revelando os impactos negativos provocados no ambiente natural pelo crescimento
sem limites que impôs forte domínio sobre a natureza além de suas necessidades.
Este crescimento se mostrou ecologicamente predatório, socialmente perverso e
politicamente injusto, e o esgotamento deste modelo é o que caracteriza a
sociedade global atuante e não às gerações futuras.
d) A questão ambiental ocupa hoje um importante espaço político; juntamente
com as questões de sexo e de raça, constitui-se como ponto crucial da Biopolítica.
Tornou-se um movimento social que expressa as problemáticas relacionadas aos
"riscos de grande conseqüência", e exige a participação de todos os indivíduos, pois
o Direito ao Ambiente é um "Direito Humano Fundamental".

Questão 4:
ASSINALE a alternativa que não se enquadra na Gestão Ambiental:
a) A Gestão Ambiental é a administração do exercício de atividades econômicas
e sociais de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais, renováveis ou
não.
b) A gestão ambiental deve visar o uso de práticas que garantam a conservação
e preservação da biodiversidade, a reciclagem das matérias-primas e a redução do
impacto ambiental das atividades humanas sobre os recursos naturais.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
32

c) Fazem parte também do arcabouço de conhecimentos associados à gestão


ambiental técnicas para a recuperação de áreas degradadas, técnicas de
reflorestamento, métodos para a exploração sustentável de recursos naturais, e o
estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos
ou ampliação de atividades produtivas.
d) A gestão ambiental é uma prática muito recente, que vem ganhando espaço
nas instituições públicas e privadas. Através dela é possível a mobilização das
organizações para se adequar à promoção de um meio ambiente ecologicamente
equilibrado.Seu objetivo é a busca de melhoria ambiental; foca no ambiente natural.

Questão 5:
As afirmativas abaixo interferem na qualidade de vida da sociedade, EXCETO:
a) Aquecimento Global
b) Chuva Ácida
c) Êxodo Rural
d) Consumo Consciente

Questão 6:
ASSINALE a alternativa que indica Preservação Ambiental:
a) Controle da Natalidade
b) Controle populacional
c) Reutilização e reciclagem de produtos
d) Aquecimento Global

Questão 7:
ASSINALE o item que se enquadra na pegada ecológica:
a) A Pegada Ecológica foi criada para calcular o quanto de recursos da natureza
utilizamos para sustentar nosso estilo de vida.
b) Representa as ações que devem ser tomadas pelos governos para aliar a
necessidade de crescimento dos países com a manutenção do equilíbrio do meio
ambiente.
c) Todos os fatores Bióticos e Abióticos de um ecossistema representam a
pegada ecológica.

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
33

d) O uso de recursos, naturais e os meios tecnológicos se enquadram na


pegada ecológica.

Questão 8:
A Constituição Federal,definiu sete tarefas cuja realização pelo Poder Público e
somente por ele, deve assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, na qualidade de bem de uso comum. Assinale a
ALTERNATIVA que não representa objetivo da constituição federal:
a) preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas.
b) preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País, e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético.
c) controlar apenas a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportem risco ao meio ambiente.
d) promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente.

Questão 9:
Dentre os princípios que orientam o gerenciamento ambiental, o objetivo instituido
em que os problemas ambientais não têm limites geográficos ou burocráticos, se
refere:
a) Prevenção
b) Cooperação
c) Precaução
d) Poluidor-pagador

Questão 10:
Ações que minimizam os impactos ambientais, EXCETO:
a) Empresas terem um gestor ambiental
b) Melhoria das condições financeiras;superação da pobreza.
c) Diminuir a atividade da pecuária
d) Acordos mundiais sobre o meio ambiente

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"
34

GABARITO

Nome do aluno:_______________________________________
Matrícula:___________
Curso:_______________________________________________
Data do envio:____/____/_______.
Ass. do aluno:
______________________________________________

MEIO AMBIENTE E CIDADANIA


1)___ 2)___ 3)___ 4)___ 5)___

6)___ 7)___ 8)___ 9)___ 10)___

IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br


(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma"

Você também pode gostar