PORTARIA N° 255/2024 SALVADOR, TERÇA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2024 - ANO CVIII - No 23.

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Estabelece normas, procedimentos e cronograma para a realização das eleições

para a escolha de líder de classe, vice-líder de classe, líder de classe do campo,
líder de classe com deficiência, líder de classe indígena, líder de classe quilombola
e líder de classe LGBTQIAPN+, dentre os integrantes do correspondente alunato,
no âmbito de cada unidade escolar vinculada ou pertencente à Rede Pública
Estadual de Ensino do Estado da Bahia.

A SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA, no uso das atribuições que

lhe são conferidas pela alínea “h” do inciso I do art. 18 do Regimento da Secretaria da
Educação, aprovado pelo Decreto nº 8.877, de 19 de janeiro de 2004, e tendo em vista o
disposto no Instrução Normativa nº 01/2017, publicada no Diário Oficial do Estado de 25
de março de 2017,

RESOLVE:
Art. 1º - Esta Portaria se refere à realização de eleição para a escolha de líder de classe,
vice-líder de classe, líder de classe do campo, líder de classe com deficiência, líder de
classe indígena, líder de classe quilombola e líder de classe LGBTQIAPN+, dentre os
integrantes do correspondente alunato, no âmbito de cada turma, unidade escolar,
município e território pertencente à Rede Pública Estadual de Ensino, do Estado da Bahia,
e deverá ocorrer no período de 26 de fevereiro a 28 de março de 2024.

Art. 2º - Todas as unidades escolares deverão realizar eleição, de forma presencial, para
a escolha de líder de classe, vice-líder de classe, líder de classe do campo, líder de classe
com deficiência, líder de classe indígena, líder de classe quilombola e líder de classe
LGBTQIAPN+ e informar no Sistema Escolar os nomes dos (as) líderes eleitos (as)

§ 1º A escola anexa também deverá realizar a eleição de líder de classe, vice-líder de

classe, líder de classe do campo, líder de classe com deficiência, líder de classe indígena,
líder de classe quilombola e líder de classe LGBTQIAPN+.

§ 2º A eleição de líderes de classe é obrigatória em todas as unidades escolares.

§ 3º Os dados cadastrais dos líderes de classe eleitos conforme o disposto nesta Portaria,
deverão ser cadastrados no Sistema Escolar e enviados ao Núcleo Territorial de
Educação correspondente e a Coordenação de Políticas Públicas para Juventude em
Processos Educacionais da Secretaria de Educação do Estado da Bahia através do e-
mail politicasparajuventude_@enova.educacao.ba.gov.br.

Art. 3º - Os (as) líderes de classe, em conformidade com o disposto nos artigos 1º e 2º

desta Portaria, terão o respectivo mandato válido até o início do ano letivo de 2025.
§ 1º Excepcionalmente, os estudantes concluintes terão mandato válido até o fim do ano
letivo de 2024.

Art. 4º - É obrigatório que em todas as eleições referentes a líderes de classe seja

garantido o critério de equidade de gênero e étnico-racial, bem como a representatividade
identitária, para o exercício das atividades da citada referência de líder.

Art 5º - O líder de classe, vice-líder de classe, líder de classe do campo, líder de classe
com deficiência, líder de classe indígena, líder de classe quilombola e líder de classe
LGBTQIAPN+, que foram eleitos (as) em 2023 poderão se candidatar para as eleições
de 2024.

§ 1º Fica vedada a eleição de líderes, em qualquer uma das etapas, que tenham sido
eleitos com mandato por três ou mais anos consecutivos.

Art. 6º - Para participar da eleição de líderes de classe, o (a) estudante deverá estar
matriculado (a) em uma das unidades referidas no Artigo 1º deste Regimento e,
simultaneamente, constar no Sistema Escolar.

Art. 7º - São atribuições dos líderes:

§ 1º líder de classe: representar e estabelecer diálogo com sua turma, mediando

conflitos, coletando informações e sugestões, para representá-los (as) em decisões junto
a coordenação pedagógica e gestão escolar.

§ 2º líder escolar: representar e estabelecer diálogo com os (as) líderes de classe,

mediando conflitos, coletando informações e sugestões, para representá-los (as) em
decisões junto a coordenação pedagógica e gestão escolar, estimular o bom
relacionamento entre os (as) estudantes, propor projetos de intervenção social e fomentar
a criação de grêmio estudantil na unidade escolar.

§ 3º líder municipal: representar e estabelecer diálogo com os (as) líderes escolares de

seu município na proposição de melhorias nas unidades escolares do município,
mediando conflitos, coletando informações e sugestões, para representá-los (as) em
decisões junto aos líderes territoriais e ao Núcleo Territorial de Educação, estimular o bom
relacionamento entre os (as) estudantes e propor projetos de intervenção social para as
unidades escolares.

§ 4º líderes territoriais: representar e estabelecer diálogo com os (as) líderes municipais

e escolares na proposição de melhorias para as unidades escolares do território de
identidade, mediando conflitos, coletando informações e sugestões, para representá-los
(as) em decisões junto ao Colegiado Estadual de Líderes Baianos, ao Núcleo Territorial
de Educação e a Secretaria da Educação do estado da Bahia, estimular o bom
relacionamento entre os (as) estudantes e propor projetos de intervenção social para as
unidades escolares de seu território e do estado da Bahia.

Art. 8º - Em cada etapa eleitoral poderão ser eleitos (as) até 07 (sete) líderes. Em todas
as etapas das eleições deverão ser eleitos (as):

a) líder
b) vice-líder
c) líder do campo, quanto às salas de aula nas quais existam estudantes da zona rural
e/ou escolas do campo e EFAs,
d) líder com deficiência, quanto às salas de aula nas quais existam estudantes com
deficiência;
e) líder indígena, quanto às salas de aula nas quais existam estudantes indígenas (de
comunidades reconhecidas ou em processo de reconhecimento);
f) líder quilombola, quanto às salas de aula nas quais existam estudantes quilombolas
(de comunidades reconhecidas ou em processo de reconhecimento);
g) líder LGBTQIAPN+ quanto às salas de aula nas quais existam estudantes
LGBTQIAPN+.

PARÁGRAFO ÚNICO - O líder e o vice-líder de classe, poderão ser, estudantes do

campo, com deficiência, indígena, quilombola e/ou LGBTQIAPN+. As representações
identitárias garantem a presença da diversidade de público da rede estadual, contudo,
não exclui que as representações identitárias sejam eleitas aos cargos de líder e vice-
líder.

Art. 9º As eleições deverão ocorrer nos períodos e modalidades descritas a seguir:

a) LÍDER DE CLASSE - de 26 de fevereiro a 06 de março de 2024;

b) LÍDER ESCOLAR - de 07 a 15 de março de 2024;
c) LÍDER MUNICIPAL - de 18 a 22 de março de 2024;
d) LÍDER TERRITORIAL - de 25 a 28 de março de 2024.

§ 1º É vedada a eleição referida no artigo 9º alínea c nos casos em que exista apenas
uma unidade escolar no município. Nesse caso, os líderes escolares serão,
simultaneamente, líderes municipais.

§ 2º As eleições de líder de classe mencionadas no artigo 9º, alínea a, b, c e d deverão

ocorrer na forma prevista no artigo 7º e 8º.

Art. 10 - A unidade escolar que não conseguir realizar as eleições descritas nesta Portaria
deverá comunicar, em tempo hábil, ao correspondente Núcleo Territorial de Educação as
condições determinantes da dita não-realização e, também, propor datas possíveis para
realizá-las até a data limite para finalização das eleições previstas no cronograma do
artigo 9º.

Art. 11 - Todas as unidades escolares deverão organizar uma comissão eleitoral

composta por 01 (uma) pessoa da gestão escolar e/ou coordenação pedagógica, 02
(dois) professores e 02 (dois) estudantes para prever e coordenar a realização das
eleições definidas nesta Portaria.

Art. 12 - A comissão eleitoral designada pela unidade escolar deverá registrar em ata o
procedimento de cada eleição e encaminhar ao Núcleo Territorial de Educação
correspondente.

Art. 13 - A direção de cada unidade escolar deverá atribuir a um único e respectivo

integrante do corpo docente e/ou coordenação pedagógica, a coordenação das
atividades dos líderes de classe, concernentes ao ano letivo de 2024.

Art. 14 - Apenas os líderes de classe (líder de classe, vice-líder de classe, líder de classe
do campo, líder de classe com deficiência, líder de classe indígena, líder de classe
quilombola e líder de classe LGBTQIAPN+ que forem eleitos pelas salas de aulas
poderão concorrer às atividades de líderes da escola.

Art. 15 - Os estudantes que desejarem se candidatar a líderes de classe deverão

encaminhar os nomes à comissão eleitoral formada pela unidade escolar para
concorrerem.

Art. 16 - No processo eleitoral, além dos votos dos (as) estudantes serão contabilizados
indutores com pontuações para eleição dos líderes de classe. Se o (a) estudante se
encaixar em algum deles, ganhará pontos ao total da pontuação

§ 1º O (a) estudante mais votado (a) receberá a pontuação de 60 pontos, o (a) segundo
mais votado (a) 50 pontos, o (a) terceiro mais votado (a) 40 pontos, o (a) quarto (a) mais
votado (a) 30 pontos e o (a) quinto (a) mais votado (a) 20 pontos.

§ 2º Cada estudante receberá 5 pontos, que poderão ser cumulativos, a depender dos
seguintes critérios:

a) mulher,
b) negro (auto declarado preto ou pardo),
c) pertencer a povos e comunidades tradicionais,
d) quilombola (de comunidade quilombola reconhecida ou em processo de
reconhecimento),
e) indígena (de comunidade indígena reconhecida ou em processo de reconhecimento),
f) pessoa com deficiência,
g) LGBTQIAPN+,
h) campo (estudante morador da zona rural ou de escola do campo e/ou Escola Família
Agrícola - EFAs).

Art. 17 - Nas eleições para líderes de classe, o (a) estudante que tiver a maior pontuação
será classificado (a) como líder de classe e o (a) segundo (a) mais votado (a) como vice-
líder de classe.

§ 1º As eleições de líderes de classe mencionadas no Art. 17 se referem a todas as

etapas: turma, escolar, municipal e territorial.
§ 2º As eleições das representações identitárias - campo, quilombolas, indígenas, pcds e
LGBTQIAPN+ - se darão através de votação específica por segmento.

Art. 18 - Cada estudante somente poderá votar para líder de classe, vice-líder de classe,
líder de classe do campo, líder de classe com deficiência, líder de classe indígena, líder
de classe quilombola e líder de classe LGBTQIAPN+ na turma que estiver matriculado.

Art. 19 - Para as eleições subsequentes somente poderão concorrer os eleitos nas

eleições anteriores.

Art. 20 - Na etapa escolar da eleição para líder de classe, vice-líder de classe, líder de
classe do campo, líder de classe com deficiência, líder de classe indígena, líder de classe
quilombola e líder de classe LGBTQIAPN+ escolar, deverão votar todos (as) os (as)
estudantes matriculados (as) na unidade escolar (sede e anexo).

Art. 21 - A direção de cada Núcleo Territorial de Educação - NTE - deverá coordenar a

eleição dos correspondentes líderes municipais e líderes territoriais.

Art. 22 - Para concorrer à eleição de líder de classe, vice-líder de classe, líder de classe
do campo, líder de classe com deficiência, líder de classe indígena, líder de classe
quilombola e líder de classe LGBTQIAPN+ municipal, o (a) estudante deverá ter sido
eleito (a) nas etapas classe e escolar.

Art. 23 - Na eleição para líder de classe, vice-líder de classe, líder de classe do campo,
líder de classe com deficiência, líder de classe indígena, líder de classe quilombola e líder
de classe LGBTQIAPN+ municipal, poderão se candidatar e deverão votar todos (as) os
(as) líderes eleitos (as) na etapa escolar.

Art. 24 - Para concorrer a eleição de líder de classe, vice-líder de classe, líder de classe
do campo, líder de classe com deficiência, líder de classe indígena, líder de classe
quilombola e líder de classe LGBTQIAPN+ territorial, o (a) estudante deverá ter sido eleito
(a) nas etapas classe, escolar e municipal.

Art. 25 - Na eleição para líder de classe, vice-líder de classe, líder de classe do campo,
líder de classe com deficiência, líder de classe indígena, líder de classe quilombola e líder
de classe LGBTQIAPN+ territorial, poderão se candidatar e deverão votar todos (as) os
(as) líderes eleitos (as) na etapa escolar.

Art. 26 - Em caso de empate, em qualquer etapa, deverão ser utilizados os seguintes

critérios para desempate:

a) o ano ou série superior;

b) não ter sido eleito (a) líder de classe no ano de 2023;
c) a maior pontuação de indutores.

PARÁGRAFO ÚNICO - Caso continue o empate, caberá à comissão eleitoral prever e

indicar outros critérios para desempate.
Art. 27 - Em caso de desistência ou de abandono do cargo de líder de classe deverá
assumir o (a) vice-líder de classe.

§ 1º Se o líder de classe e o vice-líder de classe desistirem ou abandonarem o cargo

deverá assumir os líderes de representação identitária (quilombola, indígena, PCD, rural,
LGBTQIAPN+).

§ 2º Se todos (as) os (as) líderes de classe desistirem ou abandonarem o cargo deverá

ser realizada uma nova eleição.

Art. 28 - Os líderes de classe, vice-líderes de classe, líderes de classe do campo, líderes

de classe com deficiência, líderes de classe indígena, líderes de classe quilombola e
líderes de classe LGBTQIAPN+ eleitos (as) em cada instância (turma, escolar, municipal
e territorial) formarão o Colegiado dos Líderes de Classe, em suas respectivas instâncias.
É função do Colegiado:

§ 1º Realizar reuniões periódicas (semanal, quinzenal ou mensal) com registro em ata;

§ 2º Criar um plano de ação, após a realização das eleições, que deverá ser executado
pelo Colegiado;

§ 3º Acompanhar, divulgar e monitorar as ações, atividades, programas e políticas que

serão executadas pelas unidades escolares, Núcleos Territoriais de Educação e
Secretaria da Educação do estado da Bahia;

§ 4º Fomentar a criação de grêmios estudantis nas unidades escolares,

§ 5º Emitir posicionamento dos estudantes, os (as) representando e buscando a

mediação e resolução de conflitos com a gestão escolar

Art. 29 - Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

Salvador, 19 de fevereiro de 2024.

Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro
Secretária Estadual da Educação