Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Plano de Estudo:
● O papel social do professor;
● A identidade do professor;
● Os saberes da docência;
● A práxis pedagógica.
Objetivos de Aprendizagem:
Proporcionar aos alunos e alunas uma reflexão sobre a importância da identidade
docente que o/a auxilie no entendimento dos desafios que a formação implica para a sua
profissionalização.
INTRODUÇÃO
Olá, caro (a) aluno (a), é com muita alegria que irei conduzi-lo pelo caminho do
conhecimento, iremos refletir sobre assuntos muito importantes para sua formação
profissional e, no final da unidade, deixarei algumas sugestões de filmes e livros. Espero
que goste!
O tema da nossa unidade é: O papel social do professor- entre a teoria e a prática,
como o nome da unidade já sugere, estudaremos sobre vários aspectos teóricos e
práticos que fazem parte do trabalho docente.
Você refletirá sobre o quanto nossa profissão é importante para a mudança de
vida das pessoas e perceberá que temos um grande poder em nossas mãos, mas para
fazer isso será necessário possuir alguns saberes específicos e eu irei ajudá-lo a
percebê-los, distingui-los e compreendê-los. Aprenderemos também sobre a identidade
docente e sobre quais são os aspectos que contribuem para que ela seja formada e,
para finalizar, ver sobre a práxis pedagógica, que é uma ação docente reflexiva e que
visa transformar a realidade.
Bons estudos!
1 O PAPEL SOCIAL DO PROFESSOR
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/black-teacher-protective-face-mask-teaching-
1798363267
v
ID da foto stock livre de direitos: 1965705043
Figura 2 - Goiânia, Goiás / Brasil - 24 de agosto de 2019: Multidão segura cartazes escritos em
português em protesto pela proteção da floresta amazônica
ID da foto stock livre de direitos: 1486957508
Figura 3 - São Paulo, SP, Brasil - 03 de junho de 2018: Pessoas na Parada do Orgulho LGBT
na Avenida Paulista em São Paulo em um dia ensolarado
Dessa forma, percebemos a poderosa arma que o docente tem em mãos, ser
professor hoje é diferente, não é nem mais fácil, nem mais difícil do que antigamente,
pois é necessário ir moldando-se e reconstruindo-se, numa ação/reflexão constante
sobre a prática, incluir novas tecnologias, novos métodos de ensino e ter uma boa
relação professor-aluno também é imprescindível com respeito e diálogo.
Para que isso aconteça, é necessário que o professor participe continuamente de
atividades de formação continuada, em que em paralelo com as funções de docente
também se coloca em lugar de discente, porque conhecimento não é estático, sendo
assim professor é um ser que está sempre em transformação e, para tanto, é necessário
garantir uma constante atualização teórica e prática e isso se refletirá na melhor
formação dos alunos.
Segundo Perrenoud (1993, p. 200):
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/conference-discussion-talking-sharing-ideas-
concept-380394427
Refletindo com as palavras lidas acima do educador Paulo Freire, podemos iniciar
nossos estudos compreendendo que educador é um ser em constante transformação,
que vai sendo moldado com experiências vividas na prática, numa constante
ação/reflexão, a partir da significação social da profissão. Proença e Mello (2009, p. 58)
salientam que “o fato de passar por um curso de formação não faz com que alguém
venha a ser professor” em consonância com o exposto acima, podemos compreender e
concluir que nos tornamos professor ao longo de nossa experiência, e isso não acontece
ao nos formarmos e receber um título.
Ao formar-se como professor, podemos compreender que dedicamos um tempo,
estudando em algum curso superior, conhecemos as teorias, as legislações, temos
conhecimento sobre algum assunto específico e o queremos ensinar para alguém; já
quando digo que me tornarei professor, precisamos ter a compreensão de que seremos
um profissional em constante formação, pois a prática pedagógica forma-nos e
transforma-nos a cada dia, porque torno-me cada vez melhor de acordo com as
experiências que vou adquirindo, informações que troco com os colegas de profissão,
exemplos que vejo e incluo em minha prática, formações que participo e reflito sobre a
prática e na prática, enfim a identidade docente é formada a partir das muitas variáveis
a que somos expostos e desenvolve-se tanto no individual quanto no coletivo.
Garcia (2010, p. 18) afirma que nossa identidade profissional surge de um
processo de construção e podemos confirmar no trecho abaixo:
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/group-happy-students-applauding-their-lecturer-
1937720896
Caro (a) aluno (a), para chegar ao curso superior você já teve aula com muitos
professores, em vários níveis de ensino diferentes e é um costume de que observemos
suas práticas e os rotulamos como: Ah! Esse sabe o conteúdo, mas não sabe ensinar,
ou seja, não tem uma boa didática (só sabe para ele), esse não domina muito o conteúdo,
fica perdido na explicação, não responde perguntas com propriedade, mas é tão
compreensivo e humano que faz com que toda a sala torne-se amiga dele e releve, e
tem sempre aquele que não gosta de um relacionamento pessoal mais próximo e está
sempre com feição fechada e tem também aquele a quem aguardamos ansiosos pelo
dia de sua aula, porque para você ele é o melhor professor do mundo.
Com certeza ao ler esse parágrafo, você lembrou-se de alguns professores que
passaram na sua vida, não é? Mas...E o que quero dizer com tudo isso? Quero que você
reflita um pouco, porque você provavelmente já chegou a esse curso com uma ideia
prévia de como deve ser, ou não, um bom professor e alguns deles inspiraram-lhe
positiva ou negativamente também e você teve exemplos de como gostaria de ser um
dia ou como não seria de jeito nenhum.
Segundo Salgueiro (2001, p. 89) “torna-se necessário um grande esforço para
construir a competência docente capaz de responder aos novos desafios”. Pois os novos
desafios da atualidade, fazem com que seja necessário aliar teoria e prática, organizar e
diversificar os conteúdos, fazer adaptações de acordo com as necessidades da turma,
compreender a realidade que cerca seus alunos, elogiar as conquistas, demonstrar
carinho e atenção para que o ambiente seja agradável e exista respeito mútuo entre
outras competências, já que “Educar é guiar os alunos em uma jornada interior em
direção a um modo mais sincero de ver e estar no mundo” (PALMER, 2012, p. 22).
Sendo assim, reflitamos agora sobre o termo docência segundo Tardif e Lessard:
[...] como uma forma particular de trabalho sobre o humano, ou seja, uma
atividade em que o trabalhador se dedica ao seu ‘objeto’ de trabalho, que é
justamente um outro ser humano, no modo fundamental da interação humana
(TARDIF e LESSARD, 2005, p. 8).
Percebemos mediante este conceito, que não basta que os futuros docentes
saibam apenas o conteúdo, pois é indispensável saber também como o aluno aprende,
como organizar situações de aprendizagens significativas, como avaliar o
desenvolvimento, porque se deve ensinar esse ou aquele conteúdo e qual a sua
relevância para a formação do aluno.
Iniciaremos explanando sobre o saber da experiência como aluno e como
professor, conforme foi citado acima, quem já ouviu a expressão que diz: Ensinar se
aprende ensinando! Pense sobre isso e reflita com o que será explanado agora a partir
da ideia de Dewey: “Não é suficiente insistir na necessidade da experiência, nem
inclusive da atividade na experiência. Tudo depende da qualidade da experiência que se
tenha” (DEWEY, 1938, p. 27).
Ou seja, segundo o pensamento do autor a qualidade das experiências é mais
importante do que a quantidade, e podem ser divididas em duas vertentes: o quanto
agradável ela foi para o sujeito tanto como aluno, quanto para professor e quais efeitos
que tais experiências trarão para mim, a fim de que possam ser refletidas e utilizadas em
ações posteriores a ela. Também devemos levar em consideração o que aquela
experiência fez ou faz com que eu refletisse e mudasse algo em minha prática docente?
Tardif diz que esses saberes não provêm das instituições de formação nem dos
currículos. [...] não se encontram sistematizados em doutrinas ou teorias” (2011, p. 48-
49). Assim,podemos entender que o professor tem duas funções: a de ser produtor e a
de ser sujeito, construindo experiências que agregam para sua prática docente.
Continuemos com o pensamento do referido autor dizendo que as experiências “[...]
fornecem aos professores certezas relativas a seu contexto de trabalho na escola de
modo a facilitar sua integração” (2011, p. 50).
Sobre o conhecimento específico, Amaral (2005) explica que:
A sabedoria popular diz que para ensinar bem, basta conhecer bem a matéria,
mas nós sabemos e estamos vendo que não é necessário apenas isso, pois temos outros
conhecimentos tão importantes quanto esse como: conhecer o contexto dos alunos onde
se ensina, compreender seu reconhecimento social perante determinada comunidade e
também saber como se ensina, ou seja, qual a melhor metodologia a ser utilizada para
que eu atinja os objetivos propostos.
Magnusson, Krajcih e Borko (2003) dizem que o conhecimento do conteúdo inclui
a forma que se organiza os conteúdos para serem ensinados, os problemas que surgem,
ou os imprevistos e também os diferentes interesses e habilidades que cada aluno
possui. Então, conhecimento de conteúdo vai muito além do próprio conteúdo em si, não
basta ser um professor conhecedor dos conteúdos e tê-los na “ponta da língua”, mas,
sim, ser aquele professor que consegue articular o conhecimento que tem, com a
maneira correta de apresentá-los, respeitando a individualidade de cada um e suscitando
o interesse do aluno.
Para confirmar o que foi dito acima leia o pensamento deste grande pesquisador:
[...] um saber é sempre ligado a uma situação de trabalho com outros (alunos,
colegas, pais, etc.), um saber ancorado numa tarefa complexa (ensinar), situado
num espaço de trabalho (a sala de aula, a escola), enraizado numa instituição e
numa sociedade (TARDIF, 2011, p. 15).
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/teacher-his-pupils-work-on-programable-695764750
Caro (a) aluno (a), chegamos ao último tópico desta unidade; já refletimos sobre
o papel social do professor, sobre como sua identidade docente é formada e sobre os
saberes necessários para exercer esse ofício. Agora estudaremos sobre a práxis
pedagógica, ou seja, sobre a prática em si associada à teoria, quais são as ações
necessárias na prática e sobre a prática que é preciso que o professor faça para chegar
ao seu objetivo: a aprendizagem do aluno.
Para iniciar vamos ler esta citação que diz:
Ou seja, o referido autor quer nos dizer que, o professor precisa ter o
conhecimento acadêmico, mas é necessário também possuir o pensamento prático,
deve conseguir articular ambos rapidamente com criatividade refletindo sobre a prática
e na prática, para fazer as intervenções necessárias.
Segundo Alarcão (2003) esse seria o professor reflexivo, numa escola reflexiva,
em desenvolvimento e aprendizagem, organizada como um grupo onde alunos,
professores e comunidade têm papéis ativos na construção do processo educativo. A
definição de escola reflexiva para ela é:
Uma teoria não é o conhecimento, ela permite o conhecimento. Uma teoria não
é uma chegada, é a possibilidade de uma partida. Uma teoria não é uma solução,
é a possibilidade de tratar um problema. Uma teoria só cumpre o seu papel
cognitivo, só adquire vida, com o pleno emprego da atividade mental do sujeito.
E é essa intervenção do sujeito que confere[...] seu papel indispensável.
Quando o professor exerce uma práxis pedagógica consciente, percebe que teoria
e a prática são indissociáveis, para produzir mudanças, se utilizar somente o prático,
sujeito e objeto se separam, transformando nossa consciência dos fatos e das coisas,
mas não sobre os fatos e as coisas. A esse respeito, Konder (1992, p. 116) afirma:
O resultado ideal, que se pretende obter, existe primeiro idealmente, como mero
produto da consciência, e os diversos atos do processo se articulam ou
estruturam de acordo com o resultado que se dá primeiro no tempo, isto é, o
resultado ideal.
O estudo da história é fundamental, pois por meio dela sabemos o que os homens
foram e fizeram, e isso nos ajuda a compreender o que podemos ser e fazer, ela ajuda
na conscientização dos homens para construir um mundo melhor e uma sociedade mais
justa (NEVES; COSTA, 2002).
#SAIBA MAIS#
REFLITA
Fonte: 8 Vícios do Professor e do Ensino de História. Ensinar História, 2015. Disponível em:
https://ensinarhistoria.com.br/8-vicios-do-professor-e-do-ensino-de-historia/. Acesso em: 14 out. 2021.
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro (a) aluno (a), chegamos ao término da unidade I, foi um grande prazer ajudá-
lo a construir esses conhecimentos.
Aprendemos como o professor tem um papel social muito importante na
transformação da sociedade em que atua e na vida de seus alunos, vimos que a
identidade profissional docente começa a ser construída antes de nos formarmos, pois
carregamos exemplos de professores que tivemos e que ela é formada durante toda
nossa carreira, sendo mutável.
Refletimos sobre os saberes docentes, que são aqueles saberes necessários para
se tornar um bom professor: saberes da experiência que são aqueles que adquirimos
tanto nas experiências como aluno e como docente; o conhecimento específico que é
aquele adquirido enquanto estamos em formação, ou seja , o que é preciso saber para
lecionar aquela disciplina; e, por último, vimos sobre o saber pedagógico, que também
podemos chamar de conhecimento prático, que são aqueles conhecimentos sobre
metodologias, técnicas e ferramentas que utilizamos em sala de aula, é saber articular
tudo isso as outras variáveis que incidem sobre a aprendizagem: a interação, a
experiência e uma boa relação professor-aluno.
LIVRO
• Título: MUCIZE
• Ano: 2015.
• Sinopse: Enviado por sua família a uma cidade remota nas montanhas, o professor
Mahir ajuda os moradores locais a construir uma escola e faz renascer neles a
esperança.
REFERÊNCIAS
BACICH, L.; MORAN, J. (orgs). Metodologias ativas para uma educação inovadora:
uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente. Elementos para uma teoria
da docência como profissão de interações humanas. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
Plano de Estudo:
• Contexto histórico e político da formação de professores;
• A importância da formação inicial e continuada;
• A importância do Projeto Político Pedagógico frente à formação e atuação do professor;
• O papel do pedagogo frente à formação continuada dos professores e os aspectos que
envolvem o processo de ensino e de aprendizagem.
Objetivos de Aprendizagem:
• Contextualizar historicamente a formação dos professores;
• Compreender a influência da formação inicial e continuada aos docentes;
• Estabelecer a importância do Projeto Político Pedagógico para a atuação do
professor.
INTRODUÇÃO
Bons estudos!
1 CONTEXTO HISTÓRICO E POLÍTICO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Caro (a) aluno (a), iniciamos os estudos dessa unidade refletindo sobre a
formação dos professores em seu contexto histórico e político. É necessário saber qual
foi a evolução da história da educação para compreender melhor os rumos tomados pela
educação no presente.
O início da organização social e educativa remete aos tempos da Grécia antiga,
principalmente, da cidade de Esparta e Atenas, essa organização serviu de modelo para
as sociedades por muitos séculos. Em Esparta tinha-se o foco em códigos de condutas
de militares, devido ao seu poder militar e caráter guerreiro, eles estimulavam as
competições entre os alunos e tinham uma disciplina rígida. Já em Atenas o foco era o
conhecimento, exercitavam a palavra, a retórica e a polêmica, como herança dessa
educação surgiram os sofistas mestres da retórica e da oratória (arte de se comunicar
de forma persuasiva, ou de bem argumentar).
A profissão de professor existe há mais de 25 séculos e iniciou-se com o filósofo
Grego Sócrates, que foi professor de Platão. Naquela época, Sócrates ensinava em
lugares públicos como ginásios e praças, onde fazia perguntas que provocavam seus
discípulos, obrigando-os a pensar, valorizando os conhecimentos prévios e suas
experiências.
Figura 1 - Filósofo grego antigo conversando com estudantes
O primeiro modelo de educação no Brasil vem dos jesuítas, que eram contra a
reforma e seu currículo era centrado na Teologia cristã, Filosofia, artes sacras e nas
línguas e esteve presente por mais de 200 anos. No Brasil, a formação de professores
começou a ser uma preocupação após a proclamação da independência, ocorrida em
07 de setembro de 1822 e intensificou-se depois da proclamação da República ocorrida
em 15 de novembro de 1889, em que era parte do projeto de construção de uma nação.
Para compreendermos melhor sobre o histórico de formação de professores,
iremos dividi-los em três grandes períodos:
Primeiro período: Foi originada como a criação das escolas normais e presença
das concepções iluminista e positivista na educação, que se estende no período de 1890
a 1930. Elas foram pioneiras no quesito formação docente no Brasil, mas não obtiveram
bons resultados, um dos motivos para essa falta de sucesso foi que a população trazia
consigo marcas totalmente agrárias, marcas da escravidão e pouco interesse e incentivo
para a carreira no magistério.
Tanuri (1979, p. 22) afirma que: “nenhum aproveitamento notável tinham elas
produzido até então”, sendo assim a escola normal era ainda uma instituição “quase
completamente desconhecida”. As ideias iluministas defendiam que a escola deveria ser
laica, livre e de qualidade para todos, as ideias positivistas rejeitavam a formação dada
pela igreja, porque passavam apenas conhecimentos restritos, a fim de não formar seres
pensantes.
Para Oliveira (2010):
No Art. 62 atual diz que para atuar na Educação Infantil e nos cinco primeiros anos
do ensino fundamental e não nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, como
está na redação datada em 1996. Porém, ainda descrevendo sobre o contexto histórico.
Analisando os artigos 64-66 veremos que:
A LDB fala a respeito do espaço ocupado pela formação continuada nas políticas
públicas educacionais, em que é direito do docente e também um meio de valorização
da carreira do magistério. Em seu Art. 67 são relatados elementos que regem a
valorização do magistério como: Piso salarial profissional, progressão funcional,
condições adequadas de trabalho e aperfeiçoamento profissional continuado.
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da
educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos
de carreira do magistério público: I- Ingresso exclusivamente por concurso
público de provas e títulos; II- Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive
com licenciamento periódico remunerado para esse fim; III- Piso salarial
profissional; IV- Progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na
avaliação do desempenho; V- Período reservado a estudos, planejamento e
avaliação, incluído na carga de trabalho; VI- Condições adequadas de trabalho
(BRASIL, 2017).
Isso foi uma grande vitória para os profissionais da educação, pois abriu espaço
para a formação continuada entre as políticas públicas e definiu que os sistemas de
ensino seriam responsáveis pelo desenvolvimento e pela oferta dela.
2 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA
Caro (a) aluno (a), neste tópico da unidade, continuaremos a estudar sobre a
importância da formação inicial e continuada. Quero começar parabenizando-o por sua
disposição e dedicação com sua formação, isso é início para ser um ótimo docente!
Uma boa formação inicial é imprescindível para formar uma base sólida em que o
professor se apoiará para exercer seu cargo, ela define-se como uma política pública e
é adquirida a partir de estudo de renomados autores da educação, pesquisas sobre o
âmbito escolar, história da educação, políticas públicas, compreensão de seu papel na
sociedade e muito mais. A formação inicial proporciona também um alinhamento entre
teoria e prática nos estágios supervisionados, primeiro observação e depois o estágio
profissional exercendo a função docente (GADELHA, 2020).
Mas, já é sabido que a formação de um professor está longe de acabar nessa
formação inicial, porque o professor se forma também no dia a dia da sala de aula e nos
momentos de estudos coletivos ou individuais. De acordo com Freire (2001, p. 27) “Não
haveria educação se o homem fosse um ser acabado”. Todos somos seres inacabados,
ainda mais o professor, pois se depara em sala de aula com muitos desafios e sempre
precisa continuar estudando para conseguir superá-los e alcançar o objetivo que é a
aprendizagem do aluno.
A formação privilegia a construção de saberes e competências básicas
necessárias para desenvolver uma boa prática, incluindo a construção da parceria
professor e aluno e levando em consideração o nível de ensino em que se leciona, que
aproxima o graduando ao mundo da escola. Além disso, essa formação permite aos
docentes analisar suas práticas docentes, para buscar sempre novos conhecimentos
(GADELHA, 2020).
Nesse contexto, de acordo com Pimenta (1997):
O ponto de vista que nos interessa reforçar é que a escola não tem mais
possibilidade de ser dirigida de cima para baixo e na ótica do poder centralizador
que dita as normas e exerce o controle técnico e burocrático. A luta da escola é
pela descentralização em busca de sua autonomia e qualidade (VEIGA, 1995, p.
18).
A escola deve abrir suas portas e derrubar suas paredes não apenas para que
possa entrar o que passa além de seus muros, mas também para misturar-se
com a comunidade da qual faz parte. Trata-se “simplesmente”, de romper o
monopólio do saber, a posição hegemônica da função socializadora, por parte
dos professores, e construir uma comunidade de aprendizagem no próprio
contexto. (IMBERNÓN, 2000, p.95)
Avalie como é necessário que isso reflita para a comunidade, que seja algo que
atinja o meio social a que está inserida.
4 O PAPEL DO PEDAGOGO FRENTE À FORMAÇÃO CONTINUADA DOS
PROFESSORES E OS ASPECTOS QUE ENVOLVEM O PROCESSO DE ENSINO E
DE APRENDIZAGEM
Caro(a) aluno (a), refletiremos agora sobre o papel do pedagogo frente à formação
continuada e os aspectos que envolvem o processo de ensino-aprendizagem. Já é
sabido que professor é um ser em constante formação e a aprendizagem contínua
colabora para o desenvolvimento docente e da sociedade em geral.
De acordo com Nóvoa (2017), as propostas de formação continuada devem
atender a dinamicidade presente no século XXI, favorecendo a reflexão contínua sobre
a prática e baseadas nas necessidades que surgem no cotidiano. A respeito disse,
Alarcão (2007) nos chama a atenção dizendo que:
Nóvoa (1992) nos diz ainda que é necessário investir positivamente nos saberes
que o professor detém, trabalhando e desenvolvendo-os de um ponto de vista teórico e
conceptual, para que esses saberes tornem-se práticas pedagógicas mais significativas
e primordiais, a fim de atender às demandas da sociedade atual.
O papel do pedagogo na formação continuada é o de planejar e acompanhar a
execução dos processos, sejam eles didáticos, políticos, pedagógicos ou sociais; ele é
um articulador e condutor do processo de formação continuada, contribuindo para uma
prática reflexiva coerente planejando ações coletivas.
Nesse contexto, Franco (2012, p. 110) esclarece-nos alguns pontos sobre o papel
do pedagogo: O pedagogo será́ aquele profissional capaz de mediar teoria pedagógica
e práxis educativa e deverá estar comprometido com a construção de um projeto político
voltado à emancipação dos sujeitos das práxis na busca de novas e significativas
relações sociais desejadas pelos sujeitos.
Libâneo (1999) ratifica essa compreensão:
Em concordância com ele, Mizukami (2003, p. 74) afirma ser preciso possibilitar
oportunidades reais e apropriadas de aprendizagem profissional, que devem estar
inseridas na organização de seu trabalho diário, o que estimulará competências de
investigar, experimentar, consultar e avaliar. Nessa maneira de analisar, o papel do
pedagogo é de suma importância para dar suporte ao desenvolvimento coletivo e
individual tendo como ponto de partida os saberes, experiências e os problemas do
cotidiano da escola.
Fazendo dessa maneira o papel do professor muda, conforme dito por Nóvoa: “os
professores não são apenas consumidores, mas também produtores de saber; não são
apenas executores, mas também criadores de instrumentos pedagógicos; não são
apenas técnicos, mas são também profissionais críticos e reflexivos” (NÓVOA, 1992, p.
31).
Sendo assim, o trabalho ativo e intencional do pedagogo aliado com o projeto
político pedagógico da escola colabora para que o professor tome consciência sobre sua
ação e atuação. Pinto (2011, p. 153) afirma que “a atuação do pedagogo junto aos
professores só faz sentido, se não perder de vista seu fim último, a melhoria da
aprendizagem dos alunos”. Então, o objetivo da mediação do pedagogo é a melhoria
das práticas docentes e como consequência a qualidade do processo de ensino e
aprendizagem.
SAIBA MAIS
Fonte: FREIRE, Paulo. Paulo Freire: o que diz a filosofia do educador brasileiro? Politize, 2021. Disponível
em: https://www.politize.com.br/paulo-freire/. Acesso em: 14 out. 2021.
REFLITA
O foco de atuação do licenciado é sim a docência, mas isso não impede que ele
realize outras atividades relacionadas a sua habilidade, como consultorias, pesquisas e
também o serviço público por meio de concursos que exigem apenas a graduação.
Pense nisso!
Fonte: QUER ser professor? Veja 7 curiosidades dos cursos de licenciatura. São Judas, 2021. Disponível
em: https://www.usjt.br/blog/quer-ser-professor-veja-7-curiosidades-dos-cursos-de-licenciatura/ Acesso
em: 15 out. De 2021.
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno (a), chegamos ao final de mais uma unidade, a qual trouxe-nos
reflexões sobre como política, história e educação andam lado a lado; uma não existe
sem a outra.
Voltamos no tempo para aprender onde surgiram os primeiros professores no
mundo e no Brasil, quais foram seus caminhos traçados pela educação em nosso país
desde o tempo dos Jesuítas, vimos sobre os três grandes períodos da evolução da
formação de professores. Compreendemos que é de suma importância para o
desenvolvimento da educação, passamos pelos períodos de formação no magistério, a
escola nova com o Manifesto do Pioneiros e a concepção pedagógica produtivista,
ressaltamos sobre alguns artigos da LEI LDB 9394/96 e baseamo-nos nela para
compreender sobre os processos.
Foi abordado sobre o papel da formação inicial e continuada na carreira do
professor; e quais foram suas implicações para executar boas práticas pedagógicas.
Vimos sobre a construção do Projeto Político da Escola, ressaltamos que ele é muito
mais que um documento; é um norte para a escola nos aspectos pedagógicos e para
gestores, que é montado com a ajuda de todos os membros envolvidos na instituição
escolar : docentes, discentes, gestão e comunidade; refletirmos sobre sua importância
e implicações para o futuro.
E, por fim, falamos sobre a função do pedagogo na instituição escolar, como ele
pode vir a contribuir na formação continuada dentro da escola e qual a sua importância.
Foi um prazer ajudá-lo(a) a construir esses conhecimentos!
A formação dos professores precisa estar alinhada com o Projeto Político Pedagógico,
cada vez mais, valorizando uma educação transformadora. O artigo ‘Os Modelos de
Formação de Professores/as da Educação Básica: quem formamos?’ escrito por Camila
Lima Coimbra, da Universidade Federal de Uberlândia, discute como identificar o lugar
– ou os lugares – da formação de professores/as para a Educação Básica no Brasil.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/edreal/a/xJnsTVj8KyMy4B495vLmhww/?format=pdf&lang=pt .
Acesso em: 07 dez. 2021.
LIVRO
• Título: Preciosa
• Ano: 2009.
• Sinopse.O filme conta a trajetória de Claireece “Preciosa” Jones, uma garota negra que
sofre abusos e violências pelos pais. Pobre, ela por uma série de discriminações por ser
analfabeta e acima do peso. Com muita coragem e a ajuda de uma educadora que
acredita na sua possibilidade de mudança, Preciosa dá a volta por cima.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino
de 1º e 2º graus, e dá outras providências. MEC. Ensino de 1º e 2º grau. Brasília, DF,
ago. 1971.
FREIRE, P. Educação e mudança. 24. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para quê? São Paulo: Cortez, 1999.
OLIVEIRA, C. G de. A matriz positivista na educação brasileira: uma análise das portas
de entrada no período republicano. Diálogos Acadêmicos, v. 1, n. 1, p. 1-17, 2010.
Plano de Estudo:
• Contexto histórico e político;
• O professor e o processo de ensino e de aprendizagem;
• As contribuições de Paulo Freire;
• Educação humanizada.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar Paulo Freire;
• Compreender a concepção de Freire para a formação docente;
• Estabelecer a importância da contribuição de Freire para a educação humanizada.
INTRODUÇÃO
Imagem do Tópico:
Fonte: Cherries/shutterstock
Mas, apenas no começo de 1963 que o nome de Paulo Freire passou a ecoar com
grande destaque em território nacional, por conta de seu método inovador de
alfabetização de adultos, cujo sucesso levou ao amplo uso pela Secretaria de Educação
do Estado do Rio Grande do Norte.
O que se observou nos anos seguintes foi a popularização de sua metodologia
pela maioria dos movimentos educativos que adotavam práticas mais populares. Seus
métodos abusavam da conexão da didática com práticas cotidianas, defendendo a
necessidade de uma conscientização que com o uso de seu método,o qual defende a
busca por uma sociedade mais justa, seria viável, alcançável (SCOCUGLIA, 1999).
Vale ressaltar que o contexto político brasileiro sempre influenciou a atuação de
Paulo Freire e com a queda da ditadura de Vargas, a Campanha de Educação de Adultos
foi capaz de manter a política por ele instituída, que, embora centralizadora, tinha por
objetivo e diretrizes o estabelecimento dos critérios gerais a serem aplicados por seus
estados e municípios.
A campanha tinha por objetivo “[...] estender às massas letradas o domínio das
técnicas elementares de leitura, a escrita e os rudimentos de cálculo, além de noções
básicas de higiene, saúde e conhecimentos gerais” (GUMIERO; ARAÚJO, 2018, p. 04).
A aplicação do material didático da Campanha de Educação de Adultos começou
a ser aplicado na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte, mesmo que a princípio,
com o uso de folhas mimeografadas (uma forma de reprodução de folhas que utilizava a
pressão de uma matriz e álcool). Mas pouco tempo depois materiais estruturados foram
disponibilizados, como:
O que Freire desejava ressaltar era, naquele momento, que a relação do homem
com a educação e a sociedade, em geral, não deveria ser passiva, ou seja, o homem
deve se deixar marcar e marcar ao mesmo tempo. Nesse sentido, o homem deve
prevalecer em sua relação com sua realidade, sobre seus outros mundos, como um
criador de culturas, e na humanidade que realiza com os outros homens. De acordo com
Beisiegel (1982 - 2008):
Em seus estudos e nas suas práticas pedagógicas, Freire também considera suas
reflexões sobre as modalidades de consciência e sobre as características de uma
educação comprometida com o processo de conscientização: “[...] uma
consciência que não percebe nem pode perceber, claramente, pelo menos, o que
há nas ações humanas de respeito a desafios e a questões que a vida apresenta
ao homem”.(BEISIEGEL, 1982-2008, p. 81 apud GUMIERO;
ARAÚJO, 2018, p. 04)
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
Além de uma sequência didática lógica, cada ficha continha seu significado, seu
objetivo, como identificar objetos na cultura e na natureza, por exemplo, ou mudanças
de atitude, autoconsciência. Para Freire, esses debates, oferecidos pelas fichas,
deveriam girar em torno da aquisição da experiência humana pela dimensão cultural, que
vem da comunicação escrita como a melhor via para se somar às experiências
acumuladas.
Um grande destaque do método proposto por Freire estava na sua abordagem quase
que artesanal do ensino, em que era conduzido um estudo sobre a vida da comunidade
que receberia o trabalho. Nesse estudo, informações sobre a região, costumes locais e
sobre os futuros alunos, mas se expandia ao ponto de incluir usos e costumes locais,
religião e política.
A necessidade do estudo se via na prática ao permitir a melhor escolha das palavras,
que poderiam carregar significados diferentes na região, ou seja, estabeleceram um
universo vocabular mínimo, que, de acordo com Beisiegel (2010):
Levantado esse ‘universo vocabular’, procedia-se à seleção das ‘palavras
geradoras’. Os mecanismos da linguagem escrita eram estudados por meio do
progressivo desdobramento das ‘palavras geradoras’ em sílabas e, quando fosse
necessário, em vogais que, reunidas depois, pelos próprios educandos,
possibilitavam, em novas associações, a formação de novas
palavras.(BEISIEGEL, 2010 apud GUMIERO; ARAÚJO, 2018, p. 06)
Imagem do Tópico:
Fonte: Natursports/Shutterstock
Freire apresentou a premissa de que a cultura do aluno não deveria ser vista, e
nem era, melhor ou pior que a do professor, o que representou, naquele momento, que
o professor, além do aluno, também deveria aprender neste método de ensino e
aprendizagem, não apenas o aluno, o que representou “[...] uma das grandes inovações
da pedagogia freiriana, considerar que o sujeito é fruto da criação cultural, nunca é
individual” (RUGUT, OSMAN, 2013, apud LIRA et al., 2019, documento on-line).
Portanto, podemos concluir que o processo de ensino e aprendizagem freiriano
valorizava a cultura do aluno como fator preponderante para o progresso da
conscientização, mesmo que, a princípio, o método fosse destinado a adultos. Esse
método se propôs a encontrar e validar as palavras-chave dos alunos, também
chamadas de palavras geradoras, capazes de promover as experiências da vida comum
desses alunos.
Grande parte do conceito que Freire adotou no desenvolvimento dessa abordagem para
a educação de adultos está centrada no fato de que o ser humano é um ser inacabado,
ou seja, está sempre construindo sua história, aprendendo, ensinando (LIMA; BRAGA,
2016). Para Paulo Freire (1987, p. 43 apud LIRA et al., 2019, documento on-line), o
ensino deve valorizar:
Mas, o processo pedagógico que permite tal humanização depende de que sejam
modificadas as relações socioculturais dentro da prática pedagógica vigente e, com isso,
deve passar a manter tanto o docente quando o discente, como figuras ativas no
processo, para que tanto as significações quanto as ressignificações sejam mútuas.
Assim, vale destacar que Paulo Freire considera esse processo com um foco maior na
concepção da educação plena, em que o ato de educar deve representar o depósito do
saber no aluno, mas onde se faz necessário complementar tal consideração, como o
pensamento e o conhecimento (LIMA; BRAGA, 2016). O complemento dessa educação
plena significa falar da realidade estática, passada, mas sem a inquietação e em que o
educador posiciona-se como um agente responsável por encher os alunos de seu
conteúdo, sua narrativa.
Para a educação em massa, desafios como a exclusão, desfragmentação e
desarticulação das comunidades escolares, Freire apresenta mais uma contribuição
quando desenvolve um projeto de uma educação libertadora, em que eleva em
importância o uso do recurso de aprendizagem pela leitura, e pela escrita, sem deixar de
lado a politização do educando.
Para Freire, ao observar sua atuação e construções metodológicas, a educação não é
neutra, pois deve se originar das diferentes realidades, de seus significados, e cujas
diferentes reflexões tendem a transformar, lhe dar forma. Nessa perspectiva, frisa-se
que:
[...] que o espaço da sala de aula precisa ser democrático, dialógico e criativo
para poder fluir e a escola possa se tornar viva. Afinal, é possível aprender a ser
democrata com métodos que produzam o autoritarismo. Neste contexto, a
educação precisa ser compreendida ao mesmo tempo como um ato político,
como um ato de conhecimento e como um ato criador e mais eficaz (LIRA et al.,
2019, documento on-line).
Essa questão de o educando ser o seu próprio ponto focal, ser o ator principal do
enredo de sua própria educação perdura nos dias de hoje, e não tira a importância do
educador, apenas o coloca em uma posição em que consegue ser muito mais efetivo:
na posição de mediador dessa aprendizagem. Assim, o aluno passa a ser visto como
indivíduo, e não como o objetivo de uma estatística, de uma política pública, pois ele é
parte do processo ensino-aprendizagem para esta concepção progressista.
A sociedade atual aceitaria melhor um Paulo Freire vivo, do que a sociedade de seu
tempo?
Estes conceitos e conclusões nos permitem compreender que o maior trabalho de Paulo
Freire não foi necessariamente sua metodologia, mas sim demonstrar onde deveriam
estar às importâncias, os valores, no processo pedagógico que necessitava ser
problematizador e transformador, o que mais uma vez permitiu-se visualizar o porquê
esta educação não deveria ser neutra. E de acordo com Dunham (2018, apud LIRA et
al., 2019, documento on-line):
[...] deve-se considerar que este deve ser um processo global, dinâmico, pessoal,
gradativo, acumulativo e contínuo. O professor em sala, deve fazer uso desse
processo para melhor desenvolver seu ato de ensinar e respaldar o de aprender
na busca de ressignificar a aprendizagem (MERRIAM, 2017, apud LIRA et al.,
2019, documento on-line).
Imagem do Tópico:
O professor aprendendo com os alunos é um conceito que ainda desperta receio e medo
em muitos docentes, mas é parte vital ao processo de ensino-aprendizagem
humanizado, com isso recomendo o artigo do IFPB sobre “Ser professor é aprender com
os alunos, pois eles têm muito a ensinar”.
Fonte: NETO, A. G. Ser Professor é aprender com os alunos, pois eles têm muito a ensinar, 2016.
Disponível em: https://www.ifpb.edu.br/joaopessoa/noticias/2016/10/201cser-professor-e-aprender-com-
os-alunos-pois-eles-tem-muito-que-ensinar201d. Acesso em: 16 out. 2021.
#SAIBA MAIS#
Dessa forma, Freire acredita que a formação docente deve promover professores
que sejam aprendizes pensantes, tal como se espera de seus alunos, e complementa
afirmando que o bom professor jamais fica à espera de manuais e guias que lhe digam
o que deve ser feito, e que o pensar certo vai nascer de sua comunhão com o educando.
Dessa forma, devemos compreender que os professores por profissão, embora
estejam, na maioria das vezes, aplicando conhecimentos que foram outrora produzidos
por outros, devem assumir uma prática pedagógica de acordo com os significados de
seu meio, do meio de seus educandos, em que vale ressaltar que:
[...] deter o conhecimento não basta, é importante saber transmitir a alguém, é
importante e necessário entender o conhecimento sendo capaz de organizá-lo,
reorganizá-lo, elaborar e reelaborá-lo e adaptá-lo sempre que necessário em
sala de aula (SILVA; BARBOSA, 2019, p.167).
Freire defende que ensinar significa que o educador possui autonomia, dignidade,
algo ético e não uma benfeitoria, pois o docente em sua prática colabora seu saber com
seus valores, conhecimentos e deve buscar a melhora na qualidade do ensino oferecido,
portanto, tal prática é muito mais orgânica do que técnica.
De acordo com Gohn (2009, p. 21 apud SILVA e BARBOSA, 2019, p.168), “O
professor é visto por Freire como alguém ao lado do aluno, um ser que também busca e
também aprende; o aluno passa a ser sujeito das ações educativas e não mais objeto,
ele ganha dignidade no processo educativo”.
Portanto, o professor necessita de uma formação sólida, mas isso não se resume
ao conteúdo científico de suas disciplinas, e sim em sua didática, de suas significâncias,
que o levem a uma formação constante (SAUL; SAUL, 2016) e, portanto, existe uma
multiplicidade dessa formação, compreendida como:
Imagem do Tópico:
Fonte: Master1305/shutterstock
[...] as práticas sociais (em especial aquelas realizadas pela via da educação)
são capazes de mudar toda uma realidade social. Percebe que o fazer
pedagógico como ato de educar se efetiva por meio de ações e de intervenções
claras, objetivas e contínuas. Propiciar uma educação autêntica, capaz de
promover a dignidade das pessoas de forma que vivam humanamente, é um
grande desafio, que requer um conjunto de ações e de intervenções bem
estruturadas e planejadas.(BRAGA, 2015 apud SANTOS, 2020, p.181)
SAIBA MAIS
Fonte: PAULA, Natáli de. Ensino humanizado: definições, benefícios e como implantar, 2020.
Disponível em: https://rubeus.com.br/blog/ensino-humanizado/ Acesso em: 16 out. 2021.
#SAIBA MAIS#
Dessa forma, o educador precisa buscar que sua formação também seja
humanizadora, ou seja, necessita ser um docente proativo, e que para Fagundes (2009
apud Santos 2020, p.182), “[...] a proatividade e a ética são dois elementos essenciais
no quesito educação humanizadora, pois esses processos são perfeitamente capazes
de transformar a realidade social”.
Filosoficamente falando, a educação humanizadora é capaz de abrir as portas do
coração e com isso permitir ao educador e educando a construção de uma sociedade
elevadamente humanizada. Portanto, educar não mais é simplesmente um ato de se
transmitir conteúdos didáticos, pois isso não inclui emoções e sensações.
Sendo a educação conduzida como necessita, representa a chave para o
progresso da sociedade como um todo, principalmente, um progresso ético, moral, social
de cada indivíduo que a constitui. E, dessa forma, devemos compreender que muito do
que se espera dessa nova educação, está nos ombros dos docentes que ainda resistem
ao modelo, a necessidade de se humanizar o processo de ensino-aprendizagem. Assim,
a educação dentro dessa perspectiva humanista resultará de um trabalho de muitos
esforços, com criação e recriação de valores e significados; em outras palavras, é um
trabalho de doação (SANTOS, 2020). Ainda, segundo Santos (2020), Paulo Freire
considera o conhecimento como a capacidade de criar, de se inventar e reinventar; de
se aprender.
Concluindo, temos que a educação deve ser vista como complexa, para que todos
seus atores compreendam que existem várias nuances e pormenores que devem ser
endereçados para que seja efetiva, humanizadora e, principalmente: que não seja vista
como a transmissão de conhecimento, e sim um profundo processo de mudança do
indivíduo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a atuação de toda a vida profissional de Paulo Freire, podemos concluir que
necessitamos que a educação seja verdadeiramente humanizadora, mas que
infelizmente Paulo Freire partiu sem ver isso ser uma regra. Sem a educação
humanizadora, a cada dia percebemos o declínio da sociedade e de como nosso
progresso, enquanto seres humanos dependem desta perspectiva.
É possível que existam outras formas de se elevar a qualidade social do ser
humano sem a educação humanística, mas ainda não foi inventado, e como temos todos
os postulados de Freire e outros autores, podemos nos fazer valer e aplicar essa
metodologia.
Assim, o que falta é uma sociedade que compreenda a vital importância que a
escola tem na sociedade e de como deve ser transformada para valorizar as
experiências, o indivíduo, seja educador ou educando.
LEITURA COMPLEMENTAR
CARVALHO, V. C. A de; MIRA, A. P. de; SANTOS, G. M. T dos. Gestão escolar inclusiva: desafios e
possibilidades para a educação humanizadora. Educação em Debate, v. 40, n. 77, p. 91-108, 2018.
Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/39943/1/2018_art_vcacarvalhoapmira.pdf
Acesso em: 16 out. 2021.
LIVRO
• Portal Todos pela Educação é um portal web de uma organização civil independente,
sem fins lucrativos, apartidária que tem por objetivo de provocar mudanças que permitam
a evolução da educação. Neste site podemos encontrar artigos e iniciativas diversas.
• Link do site: https://todospelaeducacao.org.br/. Acesso em: 07 dez. 2021.
REFERÊNCIAS
LIMA, Maria Socorro Lucena; BRAGA, Maria Margarete Sampaio de Carvalho. Relação
ensino-aprendizagem da docência: traços da Pedagogia de Paulo Freire no Ensino
Superior. Educar em Revista, n. 61, p. 71-88, 2016.
LIRA, Joselma Dantas Braga de. et al. Concepções de Paulo Freire acerca das teorias
da aprendizagem. Revista ESPACIOS, v. 40, n. 5, p. 1-10, 2019. Disponível em:
http://asesoresvirtualesalala.revistaespacios.com/a19v40n05/19400511.html. Acesso
em: 16 out. 2021.
SAUL, Ana Maria; SAUL, Alexandre. Contribuições de Paulo Freire para a formação de
educadores: fundamentos e práticas de um paradigma contra-hegemônico. Educar em
revista, n. 61, p. 19-35, 2016.
SILVA, Karina da; BARBOSA. Viviane Almeida. Paulo Freire: saberes da docência no
ensino superior, uma reflexão na prática. Ensino de Ciências e Humanidades, v. 5, n.
2, p. 164-182, 2019. Disponível em:
https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/rech/article/download/6800/4790/. Acesso em:
12 ago. 2021.
UNIDADE IV
OS DESAFIOS DA DOCÊNCIA PARA DO USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS
Professora Esp. Daislene Rodrighero de Carvalho
Plano de Estudo:
• Contexto histórico e político sobre a relação entre a educação e as tecnologias;
• O papel e a formação docente para o uso das tecnologias;
• Os desafios da docência no século XXI e as tecnologias digitais;
• Tecnologias digitais e seus diferentes usos.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar a inserção das tecnologias na educação;
• Compreender a importância na evolução da formação docente para o uso das
tecnologias;
• Estabelecer a importância do uso das diversas tecnologias digitais na superação dos
desafios educacionais.
INTRODUÇÃO
Bons estudos!
1 CONTEXTO HISTÓRICO E POLÍTICO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO
E AS TECNOLOGIAS
Todo e qualquer aspecto da vida humana evolui junto com as tecnologias que são
criadas. Relações sociais, empregos, profissões, alimentação, comportamento de
consumo, política, pobreza, riqueza, tudo muda conforme mudam as tecnologias que
movem o planeta, e a educação não pode ser diferente.
Mas vale ressaltar que tecnologia não significa apenas computadores, máquinas,
pois engloba tudo o que o homem é capaz de criar, utilizando diversos recursos naturais,
o que faz com que, até mesmo, a linguagem, o pensamento, possam ser classificados
como tecnologias, e que passem por evoluções.
A humanidade vive sua era mais tecnológica, portanto, sua qualidade de vida e
conquistas vem dependendo de como consegue transpor seus desafios, utilizando de
suas novas tecnologias. Grande parte dos avanços dos últimos anos vem se
concentrando no que chamamos de tecnologias digitais de comunicação e informação,
o que antigamente tratávamos por microeletrônica.
A educação vem fazendo um uso intenso das tecnologias de Informação e
Comunicação, as TIC, e com isso está fazendo uma verdadeira revolução em suas
metodologias, sempre reforçando que para o processo de ensino-aprendizagem, as TIC
atuam de forma a promover a mediação do processo educacional pedagógico. Segundo
Brito e Purificação (2011 apud ARAUJO et al., 2017, p. 924):
#REFLITA#
SAIBA MAIS
Fonte: FARIA, Adriano. Entrevista: uso do rádio para educação durante a pandemia. Rádio Senado,
2020. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/radio/1/conexao-senado/2020/08/04/entrevista-uso-
do-radio-para-educacao-durante-pandemia. Acesso em: 14 out. 2021.
#SAIBA MAIS#
SAIBA MAIS
Seja qual for o uso, a internet é uma poderosa ferramenta: capaz de oferecer o melhor
em diversão, negócios, pesquisa científica e uma poderosa ferramenta pedagógica. Para
saber mais sobre como a internet pode ser destaque no ensino, leia o artigo a seguir:
Fonte: PORTELA, Priscila; NÓBILE, Márcia. O uso da internet por estudantes de Ensino Fundamental:
reflexão sobre a internet como ferramenta pedagógica. Educação Pública, 2019. Disponível em:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/19/33/o-uso-da-internet-por-estudantes-de-ensino-
fundamental-reflexao-sobre-a-internet-como-ferramenta-pedagogica. Acesso em: 14 out. 2021.
#SAIBA MAIS#
O facilitador é que grande parte dos professores desejam que suas formações
curriculares tenham grande teor tecnológico, eles desejam estar conectados e querem
que sua sala de aula seja também conectada, pois sabem que seus alunos são
conectados.
REFLITA
#REFLITA#
Essa latente necessidade não é algo novo, embora esteja sendo melhor tratada
agora, o que se comprova pelo fato do tema estar sendo mais frequentemente debatido
“[...] entre pesquisadores da área da educação, devido a sua importância e complexidade
de questões, esse estudo está relacionado aos desafios, as dificuldades e
complexidades que envolvem o uso das tecnologias na formação dos docentes”.
(NUNES; KLINSKI, 2019, p. 04)
Sob a perspectiva de Paulo Freire e a ideia de que a escola deve, com sua prática
pedagógica, promover a libertação, humanização, emancipação do educando, as novas
tecnologias são mais do que bem-vindas a esse cenário. Assim, os objetivos de Freire
podem ser conquistados, inclusive os relativos à formação docente.
O que se percebe é que o uso das TIC nas escolas deriva tanto do modelo
pedagógico adotado, da formação docente orientada a tais objetos, e da vontade do
professor em integrar as ferramentas na realidade de seus alunos. A grande realidade
da revolução da educação pela tecnologia é que se trata de um aprendizado global, tanto
em termos do desenvolvimento de novas metodologias, quanto da busca dos
professores pela capacitação.
O aprendizado também está no sentido humanístico do processo de ensino-
aprendizagem, pois o aspecto humano precisa se integrar ao tecnológico, assim como
ao aspecto social, grupal.
3 OS DESAFIOS DA DOCÊNCIA NO SÉCULO XXI E AS TECNOLOGIAS DIGITAIS
REFLITA
A realidade de vida de muitos brasileiros ainda os afasta das novas tecnologias.
Assim, cabe à escola apresentar esse mundo ao estudante e, com isso, permitir-lhe um
total potencial de futuro.
#REFLITA #
SAIBA MAIS
Robótica
#SAIBA MAIS#
A existência de diversas tecnologias não pode ser vista pela instituição de ensino
como um problema e, sim, como a oportunidade de se apresentar, transmitir o
conhecimento de maneiras mais envolventes, condizentes com a realidade do aluno, o
que podemos complementar com os dizeres de Bitencourt e Albino (2017, p. 209), ao
afirmar que “Há algum tempo as mídias digitais estão disponíveis para a utilização em
vários locais, como: empresas, supermercados, em casa, em terminais de agência
bancária, para compra de ingressos de shows, teatros e cinema e tantos outros”.
Porém, a realidade é que o ambiente acadêmico ainda faz pouco uso do potencial
que as TIC têm a oferecer a qualquer modelo educacional que pretenda ser moderno.
As tecnologias estão transformando a sociedade, o que significa que as instituições estão
buscando aplicar modelos educacionais construídos para uma sociedade que não existe
mais.
4 TECNOLOGIAS DIGITAIS E SEUS DIFERENTES USOS
Ela não poderá mais ser uma instituição que apenas detém o conhecimento e o
transmite. A nova escola terá que incentivar e trabalhar a capacidade de análise,
resolução de problemas, ao aprende-a-aprender e, principalmente, adaptar-se
às novas formas de trabalhar com os alunos, ou seja, trabalhar em equipes. Não
poderá mais pensar em uma escola apenas que visa à memorização.
(BADALOTTI, 2017, p.18).
A escola passa a ser uma consumidora de tecnologia e deve trabalhar para que
seu educando faça bom uso dos recursos e que tais recursos coloquem estes alunos em
contato com o mundo, uma das maiores vantagens da internet. Assim, os alunos de
escolas que investem em metodologias tecnológicas têm maior possibilidade de
compartilhar suas experiências, sua cultura com outros alunos e suas outras culturas,
experiências.
REFLITA
Se determinada tecnologia faz parte do dia a dia do aluno, deve fazer parte de
sua experiência pedagógica!
#REFLITA #
Quando se trata de tecnologia o que o consenso apresenta por conceito, exemplo,
são máquinas, equipamentos, mas softwares também são tecnologias e vem passando
por grandes revoluções e evoluções nos últimos anos, o que inclui os Softwares
Educacionais (SILVA; LEITE FILHO, 2020). Os softwares educacionais fazem com que
a aplicação da informática nas escolas seja muito mais proveitosa, focada, pois
apresentam inúmeras atividades, estimulam a criatividade das crianças, oferecem
acesso a desenhos, histórias e, com o uso da internet, permitem estender ainda mais a
sala de aula, colocando o aluno em contato com um mundo muito maior que sua
comunidade.
Mas com relação ao professor, os softwares educacionais necessitam de
integração na metodologia da escola assim como estarem dentro das habilidades, do
conhecimento do professor que vai usar tal recurso (MAZIERO; ANDRADE; RUBIO,
2020). Badalotti (2017) também defende que o bom uso dos softwares educacionais
depende da capacidade de percepção do professor em utilizar e relacionar a tecnologia
a sua proposta educacional. Por meio dos softwares podemos ensinar a aprender,
simular, estimular a curiosidade ou, simplesmente, produzir trabalhos com qualidade. A
respeito das características e aplicabilidades, os softwares podem ser classificados em
grandes grupos:
SAIBA MAIS
#SAIBA MAIS#
Mas vale ressaltar que o professor precisa integrar-se com a ferramenta, ter boa
habilidade de uso para que seja capaz de potencializar os efeitos e alcançar os objetivos
pedagógicos, mesmo sendo um componente curricular que está deixando de ser um
acessório e passando a ser padrão no ensino. O fato é que, de acordo com Badalotti
(2017):
Escolas conectadas à internet conseguem atingir novos horizontes. Essas
escolas têm a oportunidade de acessar grandes bibliotecas pelo mundo, antes
apenas acessadas fisicamente. Os alunos, através desta conexão com a
internet, podem estar ligados ao contexto atual, podendo se transformar em
pessoas ativas e críticas na sociedade. (BADALOTTI, 2017, p. 21)
ARAUJO, Sérgio Paulino de; VIEIRA, Vanessa Dantas; KLEM, Suelen Cristina dos
Santos; KRESCIGLOVA, Silvana Binde. Tecnologia na educação: contexto histórico,
papel e diversidade. III Seminário de Pesquisa do CEMAD, fev. 2017. Disponível em:
http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/IV%20Jornada%20de%20Did
atica%20Docencia%20na%20Contemporaneidade%20e%20III%20Seminario%20de%2
0Pesquisa%20do%20CEMAD/TECNOLOGIA%20NA%20EDUCACAO%20CONTEXTO
%20HISTORICO%20PAPEL%20E%20DIVERSIDADE.pdf. Acesso em: 21 ago. 2021.
NUNES, Felipe Becker; KLINSKI, Cláudia dos Santos. Formação Docente e o uso das
Tecnologias no Âmbito Escolar. Revista de Gestão e Avaliação Educacional, v. 8, n.
17, p. 1-15, 2019. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/336313389_Formacao_docente_e_o_uso_da
s_tecnologias_no_ambito_escolar. Acesso em: 22 ago. 2021.
SILVA, Reinaldo Franco da; CORREA, Emilce Sena. Novas tecnologias e educação: a
evolução do processo de ensino e aprendizagem na sociedade contemporânea.
Educação & Linguagem, v. 1, n. 1, p.23-35, 2014. Disponível em:
<https://www.fvj.br/revista/wp-content/uploads/2014/12/2Artigo1.pdf> Acesso em: 16
out. 2021.
SILVA, Josué de Paulo Bailo da; LEITE FILHO, Dionisio Machado. Softwares educacionais e
suas aplicações em tempos de pandemia: estudo sobre possibilidades de aplicação. Brazilian
Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 50866-50878, 2020. Disponível em:
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/13835/11577 Acesso em: 16 out.
2021.
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),