Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Luís
2009
Equipe de elaboração
Licenciatura Plena em
Química e Especialização
Káthia Cristina Marques Carvalho CVT – São Luís
MBA Executivo em Gestão
Tecnológica e Inovação.
Licenciatura Plena em
Química, Mestrado em
Química Analítica e
Luciana Protázio Barbosa CETECMA - São Luís
Especialização MBA Executivo
em Gestão Tecnológica e
Inovação.
Licenciatura Plena em
Matemática com
Manoel Machado Amorim CETECMA - São Luís Especialização MBA Executivo
em Gestão Tecnológica e
Inovação.
Licenciatura Plena em
Química, Mestrado em
Romer Pessoa Fernandes CETECMA - São Luís
Química Analítica e
Doutorando em Química.
Bacharel em Direito e
Rubem Rodrigues Ferro UNIVIMA – São Luís Biblioteconomia, Mestre em
Biblioteconomia.
Horário de Aula
1
1.1 NORMALIZAÇÃO DO TRABALHO E APRESENTAÇÃO
GRÁFICA
Tendo em vista que este estudo se direciona aos alunos dos cursos de capacitação e
técnicos de nível médio, excetuando-se apêndices e anexos, somente serão vistos os
elementos obrigatórios os quais são imprescindíveis para a elaboração de um trabalho.
1.1.1.1.1 Capa
2
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DO MARANHÃO
CENTRO DE CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA DO MARANHÃO
São Luís
2008
Modelo 1 – Capa
3
1.1.1.1.2 Folha de Rosto
1.1.1.1.3 Sumário
Deve apresentar a mesma fonte e tipo de letra indicativos das diferentes seções do
corpo do trabalho seguidos da página onde se inicia uma determinada seção (Modelos 4 e 5).
4
BERNARDO ALVES LIMA
JÚLIO SIMÕES OLIVEIRA
NAIR DINIZ CAMPOS
OTÁVIO RAMOS DE MELO
Caxias
2008
Modelo 2 – Folha de rosto sem subtítulo
5
ANA PAULA PEREIRA AQUINO
DANTE PEREIRA SILVA
MARIANA JUNQUEIRA DE SÁ
SEBASTIÃO DUARTE SILVA
São Luís
2008
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 3
2.1 Bactérias............................................................................................................. 5
2.1.4 Crescimento......................................................................................................... 7
2.1.5 Reprodução.......................................................................................................... 8
2.2 Bolores................................................................................................................ 10
2.2.2 Formas.................................................................................................................. 12
2.2.3 Crescimento......................................................................................................... 13
2.2.4 Reprodução.......................................................................................................... 14
3 SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS...................................................................... 16
4 CONCLUSÃO...................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 21
ANEXOS............................................................................................................... 23
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 3
2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................ 4
3 PROPOSIÇÃO......................................................................................................................... 20
4 MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................................... 21
4.1 Material................................................................................................................................... 22
4.2 Métodos................................................................................................................................. 23
5 RESULTADOS...................................................................................................................... 26
6 DISCUSSÃO.......................................................................................................................... 32
7 CONCLUSÕES........................................................................................................................ 37
REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 40
APÊNDICES............................................................................................................................... 43
ANEXOS..................................................................................................................................... 47
8
1.1.1.2 Elementos Textuais
Estes elementos constituem o texto do trabalho propiamente dito. Compreendem os
diferentes tópicos contemplados no “desenvolvimento do tema abordado, de forma lógica, de
acordo com a metodologia adotada e com o bom senso do autor” (NAHUZ; FERREIRA, 2007,
p.72).
É a parte principal do trabalho e também a mais extensa, pois visa expor e explorar o
tema estudado. A estrutura do texto depende do estudo do autor e da profundidade da
abordagem. No entanto, qualquer trabalho monográfico, independente de sua extensão, deve
ser constituído de três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão, “os
quais, embora autônomos e com finalidades específicas estão intimamente relacionados, como
partes integrantes de uma estrutura lógica” (NAHUZ; FERREIRA, 2007, P.76).
1.1.1.2.1 Introdução
É a parte inicial do trabalho, ou seja, do texto. Objetiva dar ao leitor uma visão clara e
precisa do tema do trabalho. Em trabalhos escolares, a introdução deve, no mínimo, informar
sobre:
a) importância do tema;
b) justificativa da escolha do tema;
c) objetivos do estudo;
d) breve descrição das principais seções do trabalho.
1.1.1.2.2 Desenvolvimento
9
experimento]. Consiste, portanto, na discussão completa do material e
métodos utilizados.
---------------------------------------------------------------------------------------------------
[...] descreve, em ordem cronológica, as etapas da pesquisa já
desenvolvidas, deve ser redigido com o verbo no tempo passado e poderá
conter divisões.
1.1.1.2.3 Conclusão
10
1.1.1.3.1 Referências
Para que uma referencia possa ser elaborada corretamente deve ser consultada a
NBR 6023/02 da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Em caso de dúvidas ou
dificuldades de acesso a essa norma o bibliotecário da instituição deverá ser consultado.
1.1.1.3.2 Apêndices
Elemento opcional foi incluído por ser freqüente sua utilização em trabalhos
monográficos. Trata-se de um “documento autônomo, elaborado pelo próprio autor, a fim de
completar sua argumentação, sem prejuízo da unidade do trabalho” (CURTY; CRUZ, 2001, p.
37, grifo nosso). São questionários, formulários, roteiros de entrevista, modelos, textos e outros
documentos elaborados pelo autor, com relação direta ao tema abordado, mas que não fazem
parte do texto (Modelo 7).
De acordo com Nahuz e Ferreira (2007, p. 87-88), “os apêndices devem figurar em
folha independente, com a palavra APÊNDICE em caixa alta, seguida da letra maiúscula
consecutiva que o identifica, de travessão e do respectivo título em caixa baixa", exceto a
primeira letra e quando da presença do nome próprio (Modelo 7).
Quando do trabalho constar mais de um apêndice estes devem ser precedidos por
uma folha contendo a palavra APÊNDICES, centralizada e em caixa alta (Modelo 8).
1.1.1.3.3 Anexos
11
REFERÊNCIAS
12
APÊNDICE A: Minuta de regimento escolar do Centro de Capacitação
Tecnológica do Maranhão CETECMA
TÍTULO I
DA INSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I
DENOMINAÇÃO, MANTENEDORA E SEDE
CAPÍTULO II
DA MISSÃO E DA FINALIDADE
Modelo 7 - Apêndice
13
1.1.2 Apresentação Gráfica
A forma como se apresenta um trabalho monográfico é essencial para sua
compreensão e valorização. Portanto, durante o processo de sua elaboração, certas normas
devem ser observadas a fim de garantir essa correta apresentação. Convém ressaltar que o
autor é o responsável pelo projeto gráfico do trabalho devendo, portanto, fazer tantas revisões
e correções quantas forem necessárias para que o produto final tenha a qualidade desejada.
As fontes recomendadas para serem utilizadas no texto são Times New Roman ou
Arial, tamanho 12. No caso de citações longas (destacadas do texto), notas de rodapé,
paginação e legendas de ilustrações recomenda-se o uso da fonte Tamanho 10. As margens a
serem observadas deverão ter a seguinte configuração: margens superior e esquerda, 3 cm;
margens inferior e direita, 2 cm (Modelo 10).
Os títulos das seções e subseções devem ser separados do texto por dois espaços
duplos.
No caso do texto conter siglas, quando estas aparecem pela primeira vez devem vir
entre parênteses, precedidas do nome completo da instituição.
Exemplo
Exemplo
CH3 - O - CH3
Log6216 = x
14
APÊNDICES
15
ANEXO A – Questionário de avaliação
2. É de fácil manuseio?
[ ] SIM [ ] NÃO
Em caso negativo, por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Numere na lista abaixo, em ordem crescente, as partes do livro que você mais utiliza:
[ ] Elaboração do trabalho técnico, científico e cultural
[ ] Tipos de trabalho
[ ] Organização dos originais
[ ] Elaboração de resumos
[ ] Ilustrações
[ ] Citação
[ ] Notas de rodapé
[ ] Referências bibliográficas
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1. Nome e instituição (opcional):
_________________________________________________________________________
2. Profissão:
_________________________________________________________________________
3. Cargo atual:
[ ] Diretor
[ ] Chefe
[ ] Professor
[ ] Coordenador de curso de pós-graduação
[ ] Coordenador de curso de graduação
[ ] outro
4. Área de atuação:
[ ] Saúde [ ] Humana [ ] Tecnológica
5. Data: _____________________________________________________
6. Assinatura (opcional):
Modelo 9 - Anexo
16
3 cm
3 cm 2 cm
2 cm
Modelo 10 - margens
17
1.2.2.4 Ilustrações
Denominam-se ilustrações os “componentes destacados graficamente em um texto,
que têm por objetivo apresentar informação condensada que permita pronta inteligibilidade ao
leitor” (CURTY; CRUZ, 2001, p. 69).
Exemplos:
1.2.2.4.1 Figuras
120
96,1 96,71 93,18 94,15
100 92,72
87,25 85,88 86,06 87,36
82,35
80
60
40
17,65 12,75 14,12 13,94
20 12,64
3,90 3,29 6,82 5,85 7,28
0
ia
s
jo
is
ro
ês
da
s
iz
ia
od
nd
ra
Lu
re
ei
tr
In
or
ax
ei
B
ra
nh
ilâ
o
C
dr
pe
nt
ça
Sã
Pi
do
Pe
Sa
Im
A
ra
Aprovados (%)
ar
B
1.2.2.4.2 Tabelas
No caso de uma mesma tabela não caber em uma folha, “deve ser continuada na
folha seguinte e, nesse caso, não é delimitada por traço horizontal na parte inferior e o título,
bem como o cabeçalho devem ser repetidos na folha seguinte” (CURTY; CRUZ, 2001, p.70).
18
Tabela 1 – Quantitativo de Pessoal em Exercício nos CETECMAs – out - 2008
Técnico
Centro Total Coordenador Secretário Instrutor
Gestão Auxiliar
Açailândia 10 1 1 6 1 1
Barra do Corda 9 1 1 5 1 1
Brejo 10 1 1 6 1 1
Caxias 11 1 1 7 1 1
Codó 11 1 1 7 0 2
Imperatriz 11 1 1 7 1 1
Pedreiras 10 1 0 7 1 1
Pinheiro 10 1 1 6 1 1
Santa Inês 12 1 1 8 1 1
São Luís 11 1 1 7 1 1
TOTAL 104 10 9 66 9 11
Fonte: SECTEC – Coordenação de Integração do CETECMA
1.1.3.1 Citações
Entende-se por citação a menção de uma informação extraída de outra fonte (ABNT,
2002b, p. 1). De acordo com sua natureza podem ser classificadas em: citações diretas,
citações indiretas e citação de citação.
Citações Curtas
São aquelas que ocupam até três linhas. Devem ser incorporadas ao texto,
entre aspas, sem destaque, com a indicação da fonte de onde foram transcritas.
Exemplos de citações curtas são encontrados, entre outros, nos itens 1.1.1.2 e
1.1.1.2.1 deste módulo;
Citações Longas
São aquelas que ocupam mais de três linhas. São transcritas destacadas do
texto, em parágrafo isolado, com recuo de 4cm da margem esquerda, terminando
na margem direita da folha. Nesse tipo de citação não utilizam aspas e a fonte
deve ser menor do que a do texto do trabalho, recomendando-se o Tamanho 10.
19
Por outro lado, se a citação contiver alguma palavra ou frase em destaque, ao final da
indicação da fonte consultada, deverá ser colocada a expressão grifo do autor.
Em citações longas pode-se fazer supreções tendo-se porém o cuidado de não lhes
alterar o sentido. As supreções são indicadas por reticências, entre colchetes (ver exemplos no
item 1.1.1.2.2 deste módulo).
Acréscimos também podem ser feitos devendo sua indicação ser feita entre colchetes
9ver exemplos no item 1.1.1.2.2 deste módulo).
Em citações diretas, tanto curtas quanto longas, quando existem aspas, na sua
transcrição, estas devem ser substituídas por aspas simples (ver exemplo no item 1.1.1.2.2).
Exemplo:
Porém, há relação de uma experiência bem sucedida com a geração de produção científica a
partir do ensino da metodologia da pesquisa, conforme descrito por Santos e Clos (1994).
Para apresentação da citação de citação utiliza-se a expressão latina apud (citado por,
segundo, de acordo) seguida da indicação da obra efetivamente consultada.
Exemplo:
A forma da apresentação das notas de rodapé de acordo com Nahuz e Ferreira (2007,
p.114) é a seguinte:
20
c) separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por um traço de 3cm, a
partir da margem esquerda;
d) precedidas de algarismos arábicos ao alto ou ao lado,[...] de acordo com a forma
utilizada no texto;
e) numeradas em seqüência única para cada capítulo ou parte, não se iniciando a
numeração a cada folha.
___________________
1
Fundado em 1948 pelo empresário Franco Zampari, em São Paulo. Exerceu grande
influência no panorama do teatro brasileiro de sua época, não só elevando o nível
profissional do teatro nacional, como requintando a produção dos espetáculos, desde o
repertório até a concecpção cênica.
2
Grupo Teatral fundado em São Paulo, por José Renato, no início da década de 50.
Nesse sistema a entrada tanto pode vir incluída no texto do trabalho como ao final da
citação, tendo cada uma apresentação específica. Os exemplos a seguir, ilustram ambas as
formas.
De acordo com Nahuz e Ferreira (2007, p.87-88) “os apêndices devem figurar em
folha independente, com a palavra APÊNDICE, em caixa alta, seguida da letra
maiúscula que o identifica, de travessão e do respectivo título em caixa baixa”.
21
EXERCÍCIO 1
2) Com base no Modelo 6 deste módulo, elaborar três referências (uma delas em meio
eletrônico), da seguinte forma:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
22
EXERCÍCIO 2
f. Quando devem ser colocados os títulos das ilustrações e das tabelas constantes
de um trabalho monográfico?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
23
EXERCÍCIO 3
3) De que forma devem ser feitas as supressões ou acréscimos em uma citação constante do
texto do trabalho?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
24
1.2 COMO PESQUISAR NA INTERNET
1.2.1 Introdução
A Internet se configura atualmente como o maior repositório de informação do mundo,
recebendo entre 10-20 milhões de novos documentos diariamente.
O que torna mais interessante o uso das tecnologias digitais é o acesso instantâneo a
grandes volumes de informação. A forma com que se pode chegar a uma palavra ou frase é
incomparável com as abas dos livros ou os índices remissivos. É possível captar idéias
específicas em meio a um oceano de informação, muito além daquilo que está incluído no
índice convencional dos livros e revistas. Os mecanismos de busca em documentos digitais
também permitem indexar e localizar informações que não foram consideradas relevantes no
momento da classificação ou arquivamento.
O lugar onde está armazenada a informação que você acessa na web, chama-se URL
(Uniform Resource Locator). É o endereço que aparece no box do alto de seu navegador. As
letras "http://" significam documento hipertexto, que é como são designados os documentos
usados na Internet. WWW significa World Wide Web ou "rede de alcance mundial". Não é
necessário digitar "http://" se o endereço começar por "www". Vale dizer que, por questões
técnicas, em alguns servidores não é necessário digitar “www" depois do “http://”.
a) ter em mente quais são as palavras-chaves e sua melhor combinação para encontrar
os resultados mais relevantes com respeito ao objeto pesquisado;
25
As pesquisas na web podem ser feitas principalmente de duas formas: através dos
próprios sites que hospedam os documentos procurados, ou através dos index dos sites de
busca.
O Power Point revolucionou estes tipos de apresentações, pois ele permite que
palavras e imagens ganhem movimentos e sons, deixando a apresentação muito mais
interessante. Para isto basta criar na tela a imagem que você deseja que seja mostrada,
colocar em movimento e som e então utilizar um datashom (ou canhão) que é ligado ao
computador, e a imagem que se vê na tela do computador também é vista no telão.
26
Com o Power Point é possível fazer:
b) Slides - Páginas individuais da apresentação que podem ter títulos, textos, elementos
gráficos, clipart (desenhos) e muito mais
1.3.2.1 Slide
É cada página em uma apresentação. Uma apresentação pode ter tantos slides quanto
sejam necessários.
É identificado quando ao clicar dentro da caixa de texto uma barra vertical do tipo |
aparece esperando pela digitação do texto.
1.3.2.5 AutoLayout
São os responsáveis pelo alinhamento e posicionamento do texto e dos objetos no
slide.
Caso você queira inserir um novo slide, clique sobre o botão . Não
27
1.3.3 Janela do Power Point
1) Barra de títulos
2) Barra de menus
3) Botões de controle
4) Barras de ferramentas de formatação
5) Painel de estrutura de tópicos e slides
6) Painel de slides
7) Painel de anotações
8) Botões de modos de exibição
9) Painel de tarefas
10) Barras de rolagem
11) Barra de status
28
1.3.4 Conhecendo a lista de Layout do Power Point
Dentro da caixa de diálogo Layout do Slide encontram-se 27 estilos diferentes de
Layouts. Para verificar as demais opções, utilize a barra de rolagem. E para saber o nome de
cada Layout, basta posicionar o ponteiro do mouse em cima do respectivo Layout e clicar na
opção desejada.
29
1.3.4.7 Título, texto e clip-art
Nesse tipo de slide existem dois espaços reservados, um para texto e outro para figura
(clip-art).
1.3.4.9 Em branco
Esse tipo de slide permite a criação livre de caixas de texto, clip-art, entre outros
objetos.
Obs – Com exceção do slide “Em branco” e “Objeto grande”, todos os outros slides possuem
um espaço reservado para o título. Os espaços reservados também podem ser excluídos e
substituídos por outros objetos, tais como: autoforma, figura, texto, entre outros.
Trabalha somente com os títulos dos slides e os textos que farão parte da
apresentação. Podemos digitar, excluir e corrigir os textos como estivéssemos em um
processador de texto.
Trabalha com um slide de cada vez, é o modo mais utilizado, pois nela podemos digitar
textos, adicionar gráficos, desenhos e figuras geométricas.
Este modo permite que façamos as suas anotações que nos auxiliarão no momento da
apresentação. Estas anotações poderão ser impressas e estão divididas em duas partes: a
primeira contém o slide na área superior e a outra, logo abaixo, contém o texto explicativo.
30
1.3.5.5 Modo de Apresentação de Slide
Abrirá ao lado da janela o painel de tarefas design do slide, onde o usuário poderá
escolher um modelo de design, esquemas de cores ou esquemas de animação.
1 – Modelo de design
2 – Esquemas de cores
3 – Esquemas de animação
31
1.3.7.2 Plano de fundo
Para inserir um slide mestre, abra o menu exibir e depois clique em slide mestre.
32
1.3.9 Animação e transição de slide
1.3.9.1 Personalizar animação
33
Aonde teremos os seguintes itens:
Remover – caso deseje remover algum dos efeitos, clique sobre o número do efeito, em
seguida no botão remover
O botão inicio define como será o inicio da apresentação de cada objeto. Pode-se
escolher iniciar a apresentação de um objeto junto ou após o anterior, ou se preferir, apresenta
apenas quando clicar com o mouse:
Autovisualização:
Aplicar aos slides selecionados – permite escolher que efeito será aplicado na passagem de
um slide para outro. Para isto, basta usar a barra de rolagem.
34
Modificar a transição:
• O botão velocidade define se a transição de um slide para outro será lenta, média ou
rápida
• O botão som define qual efeito de áudio irá acompanhar a transição
Avançar slides – define se a apresentação vai esperar que o usuário dê um clique antes de
exibir slide ou se simplesmente vai aguardar até um tempo definido em segundos ou minutos
Executar – permite visualizar como ficará a transição de cada slide quando for apresentado
EXERCÍCIO
1. Criar uma pasta em meus documentos com o nome “power”. Fazer uma apresentação com
3 slides, apenas com fundo:
a. Usando o esquema de cor que desejar. Salvar na pasta power com o nome “power
01”.
b. Usando o efeito de preenchimento que desejar. Salvar na pasta power com o nome
“power 02”.
c. Usando o modelo de design que desejar. Salvar na pasta power com o nome
“power 03”.
2. Usando qualquer texto, inclusive letra de música, poesia, formatar as frases escolhendo
fonte, tamanho e cor, conforme desejar.
a. No arquivo power 01, inserir uma frase em cada slide. Salve o arquivo.
b. No arquivo power 02, inserir duas frases diferentes em cada slide. Salve o arquivo.
c. No arquivo power 03, inserir outras duas frases também diferentes em cada slide.
Salve o arquivo.
4. Nos arquivos:
a. Power 01, inserir em cada slide um arquivo de imagem e animá-lo com efeitos
diferentes. Salve o arquivo.
b. Power 02, inserir em cada slide um clipart e animá-los com efeitos diferentes.
Salve o arquivo.
c. Power 03, inserir em cada slide um arquivo de imagem e um clipart, e animá-los
com efeitos diferentes. Salve o arquivo.
6. Nos próximos três exercícios, deve-se escolher em avançar slide a opção automaticamente
após nos arquivos:
a. Power 01, aplicar um efeito de transição em todos os slides. Salve o arquivo.
b. Power 02, aplicar um efeito de transição diferente do anterior em todos os slides.
Salve o arquivo.
c. Power 03, aplicar um efeito de transição diferente dos anteriores em todos os
slides. Salve o arquivo.
35
1.4 PLANILHAS ELETRÔNICAS - NOÇÕES BÁSICAS
1.4.1 Introdução
Uma planilha é simplesmente um conjunto de linhas e colunas, e cada junção de uma
linha com uma coluna chama-se célula, que é a unidade básica da planilha, onde ficam
armazenados os dados. Cada célula possui um endereço próprio, formado pela letra da coluna
e pelo número de linha.
Uma planilha tem como função substituir o processo manual ou mecânico de registrar
contas comerciais e cálculos, sendo mais utilizadas para formulações de projeções tabelas,
folhas de pagamento, etc.
O Excel é uma poderosa planilha eletrônica que pode ser imaginada como uma grande
folha de papel dividida em 256 colunas e 65.536 linhas nas quais podemos armazenar textos e
números. Mas a grande vantagem do Excel está no fato de que os valores e textos
armazenados nele podem ser manipulados da forma que o usuário achar melhor para o seu
propósito, através de um grande número de fórmulas disponíveis para serem usadas a
qualquer momento que se fizer necessário.
A tela do Excel é composta pela barra de título, que contém o nome do programa, o
nome dos arquivos e os botões que fecham, maximizam e minimizam a janela. Logo a seguir,
estão a barra de menus, a barra de ferramentas padrão e a barra de formatação.
Abaixo da barra de fórmulas está a janela da planilha na qual criamos nossas tabelas.
Ela é composta por barras de rolagem e horizontal, além da indicação do nome de cada uma
das colunas e o número de cada uma das linhas.
Um pouco mais abaixo está a barra de status que exibe informações sobre os estado
atual do programa. A parte esquerda desta barra apresenta mensagens indicando a atividade
em curso, ou o último comando selecionado na barra de menus do Excel. Já o lado direito da
barra de status contém uma série de quadros que abrigam indicadores de teclas, como por
exemplo, Num Lock, Caps Lock e Scroll Lock , sinalizando se estão ou não ativas.
36
1.4.3 A tela do Excel
A tela do Excel apresenta os seguintes componentes:
Toda pasta inicia com três planilhas, mas pode-se acrescentar excluir, mover.
Para isto, clique com o botão direito sobre uma planilha e escolha a opção desejada.
Para inserir nova pasta: Arquivo – Novo – Pasta de trabalho
1.4.4 Célula
A planilha eletrônica é um conjunto de colunas e linhas, cuja intersecção denominou-se
de células. Cada célula possui um endereço único ou referência.
Cada célula tem o seu endereço particular que é formado pela letra da coluna mais o
número da linha que a originou. Por exemplo, a célula que se forma com o cruzamento da
coluna “A” com a linha 10 é reconhecida pelo endereço “A10”.
37
Tecla Movimentação
Seta para baixo Uma célula abaixo
Seta para cima Uma célula acima
Seta para direita Uma célula à direita
Seta para esquerda Uma célula à esquerda
Home Célula na coluna A da linha atual
Ctrl + Home Primeira célula da planilha (A1)
PgUp Uma tela acima na mesma coluna
PgDn Uma tela abaixo na mesma coluna
Ctrl + PgUp Uma tela à esquerda na mesma linha
Ctrl + PgDn Uma tela à direta na mesma linha
Ctrl + → Primeira célula ocupada à direita na mesma linha
Ctrl + ← Primeira célula ocupada à esquerda na mesma linha
Ctrl + ↑ Primeira célula ocupara acima na mesma coluna
Ctrl + ↓ Primeira célula ocupada abaixo na mesma coluna
Para que uma célula se torne ativa, dê um clique com o botão esquerdo do mouse ou
use as teclas de direção, até que a borda da célula esteja destacada.
É muito simples inserir conteúdo em uma célula. Para isso você precisa torná-la ativa,
em seguida, basta digitar o conteúdo.
O Excel sempre classificará tudo que está sendo digitado dentro de uma célula em
quatro categorias: um número, um texto ou um título, uma fórmula, um comando.
O Excel consegue diferenciar um número de um texto, pelo primeiro caractere que está
sendo digitado. Como padrão, ele alinha um número à direita e um texto à esquerda da célula.
Para alterar a formatação das células, selecione as células, entre no menu Formatar /
célula, escolha e clique em uma das opções.
Número: Formatar/Célula/Número
Algumas formatações são reconhecidas automaticamente na digitação (datas, horários,
moedas), porém, permanecem mesmo se apagarmos seu conteúdo e digitarmos outro valor
qualquer.
Borda: define como será aplicada a linha de contorno nas células selecionadas.
Proteção:
• travar - tem a função de evitar que a célula selecionada seja alterada, movida,
redimensionada ou excluída.
• ocultar - tem a função de ocultar uma fórmula em uma célula de maneira que
ela não apareça na barra de fórmulas quando a célula for selecionada.
38
1.4.6 Criando planilha
Os dados digitados numa planilha podem ficar mais elaborados. Para isso, basta saber
utilizar algumas ferramentas que são indispensáveis para esta transformação.
A seguir, formate como indicado a seguir: mesclar, centralizar, negrito, itálico, estilo
moeda, borda externa, todas as bordas.
Mesclar - Combina duas ou mais células adjacentes selecionadas para criar uma única
célula.
EXERCICIO
39
2. Considere a fórmula de conversão de temperatura entre graus Celsius e Fahrenheit:
C/5 = (F - 32) / 9.
Construa uma tabela com as informações:
3. Elabore a planilha com o formato especificado abaixo aplicando as funções SOMA, MÉDIA
e acrescente uma coluna com o cabeçalho RESULTADO FINAL onde você aplicará a
função SE; nessa coluna deverá aparecer o resultado APROVADO, se o aluno atingiu
média igual ou superior a 7,0 e REPROVADO caso não tenha atingido 7,0.
Produto Vr. Unitário Imposto Vr. Imposto Vr. a pagar Quant. Total
40
1.5 GESTÃO DA QUALIDADE - TQM
A gestão da qualidade total consiste numa estratégia de administração orientada a criar
consciência de qualidade em todos os processos da empresa. O TQM (Total Quality
Management) tem sido amplamente utilizado em indústria, educação, governo e serviços.
Chama-se total porque o seu objetivo é a implicação não só da empresa inteira mais também a
organização estendida envolvendo fornecedores, distribuidores e demais parceiros de
negócios.
• planejamento
• organização
• controle
• liderança
Tanto qualidade quanto manutenção são qualificadas de total porque cada empregado
que participa é diretamente responsável pela realização dos objetivos da empresa. A fábrica
Toyota (Japão) foi a primeira a empregar o TQM. No fordismo, ao contrário do TQM, esta
responsabilidade é limitada à gerência. No TQM os funcionários possuem uma maior gama de
qualificações. Então a comunicação organizacional (em todos os níveis) torna-se uma peça
chave da estrutura da empresa.
Atualmente a gestão da qualidade está sendo uma das maiores preocupações das
empresas, sejam elas voltadas para a qualidade de produtos ou de serviços. A
conscienciatização para a qualidade e o reconhecimento de sua importância, tornou a
certificação de sistemas de gestão da qualidade indispensável para as micro e pequenas
empresas de todo o mundo.
Os requisitos exigidos pela norma ISO 9000 auxiliam numa maior capacitação dos
colaboradores, melhoria dos processos internos, monitoramento do ambiente de trabalho,
verificação da satisfação dos clientes, colaboradores, fornecedores e entre outros pontos, que
proporcionam maior organização e produtividade que podem ser identificados facilmente pelos
clientes.
Uma organização que se propõe a implementar uma política de gestão voltada para a
"qualidade" tem consciência de que a sua trajetória deve ser reavaliada. As mesmas precisam
pôr em prática atividades que visam estabelecer e manter um ambiente no qual as pessoas,
trabalhando em equipe, consigam um desempenho eficaz na busca das metas e missões da
organização.
41
1.6 FUNDAMENTOS DE DIFERENTES PROGRAMAS
APLICADOS NA INDÚSTRIA (5S, ISO 9000, ISO 14000)
1.6.1 Definição da ISO
A ISO, cuja sigla significa International Organization for Standardization, é uma
entidade não governamental criada em 1947 com sede em Genebra - Suíça. O seu objetivo é
promover, no mundo, o desenvolvimento da normalização e atividades relacionadas com a
intenção de facilitar o intercâmbio internacional de bens e de serviços e para desenvolver a
cooperação nas esferas intelectuais, científicas, tecnológicas e de atividade econômica.
As normas ISO não são de caráter imutável. Elas devem ser revistas e revisadas ao
menos uma vez a cada cinco anos. No caso específico das normas da série 9000, inicialmente
publicadas em 1987, a última revisão ocorreu em 1994.
As normas ISO 9000 podem ser utilizadas por qualquer tipo de empresa, seja ela
grande ou pequena, de caráter industrial, prestadora de serviços ou mesmo uma entidade
governamental.
Deve ser enfatizado, entretanto, que as normas ISO série 9000 são normas que dizem
respeito apenas ao sistema de gestão da qualidade de uma empresa, e não às especificações
dos produtos fabricados por esta empresa. Ou seja, o fato de um produto ser fabricado por um
processo certificado segundo as normas ISO 9000 não significa que este produto terá maior ou
menor qualidade que um outro similar. Significa apenas que todos os produtos fabricados
segundo este processo apresentarão as mesmas características e o mesmo padrão de
qualidade.
As normas individuais da série ISO 9000 podem ser divididas em dois tipos:
• Diretrizes para seleção e uso das normas (ISO 9000) e para a implementação de um
sistema de gestão de qualidade (ISO 9004). Esta última usa frases do tipo: “O sistema
de qualidade deve...”.
• Normas contratuais (ISO 9001, ISO 9002, ISO 9003). Chamadas assim por se
tratarem de modelos para contratos entre fornecedor (que é a empresa em questão) e
cliente. Utilizam frases do tipo: “O fornecedor deve...”.
• ISO 9001: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba as áreas de
projeto/desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica.
• ISO 9002: esta norma é um modelo de garantia da qualidade que engloba a produção
e a instalação.
Pode-se dizer que a ISO série 9000 é um modelo de três camadas em que a ISO 9001
engloba a ISO 9002 que, por sua vez, engloba a ISO 9003.
A decisão sobre qual das normas contratuais da série ISO 9000 utilizar depende da
finalidade das atividades da indústria em questão. A ISO 9002 é a mais apropriada para a
maioria das fábricas baseadas em processos de manufatura bem estabelecidos. A ISO 9001
42
por sua vez é mais apropriada para processos que envolvem atividades de pesquisa e
desenvolvimento. A ISO 9003 engloba somente a inspeção e ensaios finais e, por isso, tem um
valor limitado. Na prática esta norma não é mais utilizada.
Deve conhecer as Normas ISO 9000, tomar a decisão, conseguir apoio de consultoria,
junto da respectiva associação empresarial, fazer formação de quadros e de todo o pessoal,
definir um cronograma, organizar o seu Manual da Qualidade e pedir auditoria a um organismo
de certificação credível. A certificação de empresas não é obrigatória - a decisão de certificar
uma empresa é facultativa, devendo ser tomada pelo seu responsável máximo.
1.6.4 As auditorias
Os sistemas de gestão da qualidade propostos (baseados nas normas da ISO série
9000) são avaliados por auditorias. As características destas auditorias são:
43
1.6.5 Os benefícios da ISO 9000
Alguns dos benefícios trazidos para uma empresa certificada com relação às normas
da série ISO 9000 são:
44
1.7 PRINCIPAIS ELEMENTOS DE UM SGA
1.7.1 Comprometimento e Política
1.7.2 Planejamento
1.7.3 Implementação
• Responsabilidades
• Capacitação / treinamento
• Ações de apoio
• Documentação e preparação para emergências
• Monitoramento
• Manutenção de registros
• Auditoria
ATIVIDADES
c) O que é GQT?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
45
e) Como se implanta Gestão da Qualidade Total?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
1.8 PROGRAMA 5S
1.8.1 O que é 5S?
Pode-se criar um ambiente de qualidade em torno de si, usando as mãos para agir, a
cabeça para pensar e o coração para sentir, por meio do programa 5S. É só colocar em ação os
CINCO SENSOS que estão dentro de cada um de nós: Seiri, Seiton, Seisou, Seiktsu e
Shitsuke.
1.8.2 Vantagens do 5S
1.8.3.1 Seiri
• Utilização
• Arrumação
• Organização
• Seleção
46
“Guardar" é um instinto natural das pessoas. Portanto, o Senso de Utilização pressupõe
que além de identificar os excessos e/ou desperdícios, estejamos preocupados em identificar “o
porquê”, para que medidas preventivas possam ser adotadas para evitar que voltem a ocorrer.
EMPRESA
É identificar materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios, informações e
dados necessários e desnecessários, descartando ou dando a devida destinação
àquilo considerado desnecessário ao exercício das atividades.
Basta verificar aquele espaço da casa onde colocamos tudo que não serve: os
CASA
brinquedos quebrados que não usamos mais, a roupa velha que guardamos, as
revistas e jornais que jamais serão lidos novamente, dentre outros exemplos que você
já deve estar imaginando.
NA VIDA
amizade, sinceridade, companheirismo, compreensão, descartando aqueles
sentimentos negativos e criando atitudes positivas para fortalecer e ampliar a
convivência, apenas com sentimentos valiosos.
1.8.3.2 Seiton
• Ordenação
• Sistematização
• Classificação
Significa "cada coisa no seu devido lugar". É definir locais apropriados e critérios para
estocar, guardar ou dispor TUDO de modo a facilitar o uso, manuseio, a procura, a localização e
a guarda de qualquer item.
EMPRESA
Na definição dos locais apropriados, adota-se como critério a facilidade para
estocagem, identificação, manuseio, reposição, retorno ao local de origem após uso,
consumo dos itens mais velhos primeiro.
agenda, dos crachás, dos cadernos, das chaves, do uniforme. E na hora de declarar
o imposto de renda? E as idas e vindas ao mercado? Cada hora falta alguma coisa
para comprar.
família, aos amigos. É ainda não misturar suas preferências profissionais com as
pessoais, ter postura coerente, serenidade nas suas decisões, valorizar e elogiar os
atos bons, incentivar as pessoas e não somente criticá-las.
47
1.8.3.3 Seisou
• Limpeza
• Zelo
Ter Senso de Limpeza é eliminar a sujeira e sua fonte ou objetos estranhos para manter
limpo o ambiente.
O mais importante neste conceito não é o ato de limpar, mas o ato de “não sujar”. Isto
significa que além de limpar é preciso identificar a fonte de sujeira e as respectivas causas.
EMPRESA
É eliminar a sujeira ou objetos estranhos para manter limpo o ambiente (parede,
armários, o teto, gaveta, estante, piso), bem como manter dados e informações
atualizados para garantir a correta tomada de decisões.
EM CASA
Também é eliminar a sujeira ou objetos estranhos para manter limpo o ambiente
(parede, armários, o teto, gaveta, estante, piso), usar roupas, lençóis, lingerie, limpos e
passados, manter lixeiras, quintal e banheiro sempre limpos.
NA VIDA
É procurar ser honesto ao se expressar, ser transparente, cordial, prestativo, sem
segundas intenções, com os amigos, com a família, com os subordinados, com os
vizinhos, etc.
1.8.3.4 Seiketsu
• Asseio • Saúde
• Higiene
Significa criar condições favoráveis à saúde física e mental, garantir ambiente não
agressivo e livre de agentes poluentes, manter boas condições sanitárias nas áreas comuns,
zelar pela higiene pessoal e cuidar para que as informações e comunicados sejam claros, de
fácil leitura e compreensão.
48
1.8.3.5 Shitsuke
• Autodisciplina • Compromisso
• Educação
EMPRESA EM CASA
Seguir os procedimentos, regras e normas da empresa, bem como a cultura,
buscando contribuir sempre para melhoria do ambiente de trabalho com sugestões e
instruindo os colegas com boas práticas.
NA VIDA
Desenvolver o autocontrole (contar sempre até dez), ter paciência, ser persistente
na busca de seus sonhos, anseios e aspirações, respeitar o espaço e a vontade alheia.
EXERCICIO
49
7) Quantos funcionários são envolvidos?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
13) Quais as diferenças e os benefícios entre as certificações ISO 14000 e ISO 14001?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
15) Qual o procedimento para se obter um certificado ISO 9000 OU ISO 14000?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
18) Se o 5S é uma coisa natural, por que devemos insistir em aprender a praticá-lo?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
50
REFERÊNCIAS
51
52
CAPÍTULO 2 – QUÍMICA GERAL
Horário de Aula
53
2.1 INTRODUÇÃO
O rápido crescimento da Ciência ocorrido nos últimos 100 anos foi acompanhado por
uma educação formal focada cada vez mais na memorização de fatos. É necessário romper
com este método e familiarizar o estudante com a prática da Ciência, destacando o prazer e a
utilidade da descoberta, formando cidadãos capazes de responder às necessidades do mundo
atual. Para tanto, devem-se abandonar as aulas baseadas na simples memorização de nomes,
informações e conceitos, vinculando-as aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia dos
alunos. É dessa forma, interagindo com o mundo cotidiano, que os alunos encontram
motivação para o aprendizado – fator essencial para o sucesso escolar – e desenvolvem seus
primeiros conhecimentos científicos.
A idéia de que para fazer Ciência é preciso ser gênio é um mito que só atrapalha o
ensino. Há muita mistificação da Ciência e do cientista, tanto na escola como na sociedade.
Temas e práticas descontextualizadas e muito distantes da realidade, do dia-a-dia dos alunos,
não contribuem para que eles tomem consciência da presença da Ciência e da tecnologia na
atualidade, de como elas são produzidas e afetam a nossa sociedade. Isso contribui, apenas,
para a reprodução de uma concepção totalmente equivocada da Ciência e do cientista.
54
2.1.2 A ciência química
O termo Química sempre assusta a maioria das pessoas, não pela sua complexidade,
mas sim, pelo emprego errado da palavra Química e algumas vezes, pela falta de
conhecimento do assunto.
A palavra Química é, algumas vezes, empregada para fazer referências a coisas ruins,
mas não é bem assim. As pessoas acreditam que a Química está em produtos perigosos,
tóxicos, venenosos e em drogas. Isso é verdade, pois ela está nestes compostos também. No
entanto, não é somente aí que ela se encontra.
Muitas pessoas conhecem a Química como Ciência e sabem da sua importância para
a humanidade. É conhecido que a Química é a ciência que estuda diversos fenômenos e são
alguns desses fenômenos que possibilitaram a existência e sobrevivência de seres vivos em
nosso planeta. É também importante lembrar que a Química estuda desde uma pequena
molécula até um complexo organismo, tal como é o corpo humano.
Algumas pessoas dizem que detestam a Química, mas por que será? Será que é por
que conhece a ciência e realmente não gosta do que ela trata? Ou, será por que não conhece
o conteúdo e aí fica fácil falar que não gosta de alguma coisa que não conhece? Esta última
opção é uma boa justificativa para muitos, uma vez que a maioria das pessoas não consegue
aprender Química durante o Ensino Médio e tomam a disciplina como chata e difícil.
Perceba que a Química está em quase tudo que se pense, e que ela não é um objeto
ou produto, mas sim, uma ciência que estuda transformações e fenômenos do nosso dia-a-dia,
ou que nunca pensamos existirem.
A Química como ciência tem grande responsabilidade sobre o mundo, como visto
anteriormente. E é a partir da sua utilização que poderão sair soluções para problemas
enfrentados por todos nós. A Química interligada com a Biologia, com a Geologia, ou com a
Física ganha cara nova e pode ser de grande ajuda para, por exemplo, o meio ambiente, que
cada vez é mais valorizado.
A partir disso, pode-se tirar uma conclusão errada sobre a Química, pois esta ciência
não pode ser tratada e vista como a mais importante, como a ciência que explica quase tudo
que vemos e não vemos. Mas, ela deve ser tratada como uma ferramenta para o entendimento
e melhoria do mundo em que vivemos, assim como deve ser feito com outras ciências.
55
2.1.3 O método científico
A ciência busca respostas e interpretações para o que ocorre na natureza, ou seja, os
fatos. A própria palavra ciência deriva do latim e significa conhecer, saber. Essa busca do
saber, do conhecer, entretanto, tem que ser feita com critério, e esse critério é o método
científico.
Comecemos pela primeira etapa: a observação. Todas as pessoas sabem fazê-la, mas,
na maioria das vezes, de forma ocasional. A observação cientifica ocorre com objetivos claros,
o que a faz dirigida, rigorosa e precisa. Ela pode ser feita simplesmente com o uso dos nossos
sentidos, mas há ocasiões em que é necessário o apoio de instrumentos, tais como
microscópio, telescópio, balança, termômetro, etc.
Porém, quando a pessoa sabe que tipo de material está olhando, a observação pode
ser feita com mais rigor.
Quando iniciamos uma observação, não fazemos uma simples coleta de fatos: é
necessário selecionar o que é relevante, tendo em vista o objetivo proposto. Também temos
que interpretar o que vemos, já que nem todos os dados são retirados de forma óbvia; nem
tudo é o que parece ser.
Existem fatos em ciência que possuem leis universais, e a partir delas é possível prever
e explicar acontecimentos e também determinar suas conseqüências. Usar a lógica para isso é
fazer uma dedução.
56
Hipóteses comprovadas transformam-se em leis ou teorias. Em ambos os casos faz-se
necessária a confirmação experimental. As primeiras são tiradas de casos particulares e nem
sempre atingem rigor.
As teorias são mais abrangentes e agrupam leis especiais. Uma teoria pode partir de
um pressuposto diferente de outra sem necessariamente invalidá-la. É preciso verificar em que
condições uma teoria se estabelece.
Teorias podem ser ultrapassadas, completadas ou até limitadas por outras. Isso nos
mostra que não há o absolutamente correto e infalível na ciência. Entrar num laboratório de
posse desse conhecimento é contar com um valioso pré-requisito.
Podemos dizer que, em linhas gerais, o método científico segue as seguintes etapas:
• observação de um fato
57
Imagem Nome e definição
58
Imagem Nome e definição
59
Imagem Nome e definição
60
Imagem Nome e definição
Vidro de relógio - Peça de vidro de forma côncava,
é usada em análises e evaporações em pequena
escala, além de auxiliar na pesagem de substâncias
não voláteis e não higroscópicas. Não pode ser
aquecida diretamente.
61
Imagem Nome e definição
EXEMPLOS
1
Ex.1 - H = 1,00797 u
24
Ex.2 - Mg = 23, 9847 u
23
Ex.3 - Na = 22,9898 u.m.a.
Observa-se que os valores de massa atômica são muito próximos dos valores dos
23
respectivos números de massa. Pode-se, então, escrever: a massa de um átomo de Na = 23
u.m.a..
62
2.3.2 Massa Molecular
A massa molecular corresponde à soma das massas atômicas de todos os átomos que
formam a molécula.
EXEMPLO
2.3.3 Mol
É a unidade de quantidade de matéria existente em um sistema que corresponde a
23
6,02 x10 partículas.
EXEMPLO
23
Ex.1 - 1 mol de H20 = 6,02x10 moléculas
23
Ex.2 - 1 mol de Ag = 6,02x10 átomos
23 24
Ex.3 - 5 mol de elétrons = 5 x 6,02x10 elétrons = 3,010 x 10 elétrons
Como 1 mol está relacionado ao número de Avogadro, podemos dizer então que a
23
massa molar de qualquer amostra é a massa que contém 6,02x10 partículas (átomos,
moléculas ou fórmula iônicas mínima).
63
Relação entre massa de um gás e volume ocupado, segundo a constante de Avogadro:
23
6,02 x10 moléculas de gás, C.N.T.P.: 22,4 l
EXEMPLO
2.4 ESTEQUIOMETRIA
Está relacionada ao cálculo das quantidades de substâncias que envolvem uma reação
química. A palavra estequiometria deriva do grego STOICHEON, que significa a medida dos
elementos químicos, ou seja, as quantidades envolvidas de cada substância em uma reação
química. A estequiometria nada mais é do que a aplicação das leis ponderais e volumétricas,
uma vez que estas foram deduzidas daquelas. As substâncias participam de uma reação
química sempre em proporções definidas.
EXEMPLO
C = 12x1 = 12
CH 4 ⇒ ⇒ 12 + 4 = 16 → massa molecular (MM)
H = 1x4 = 4
O carbono participa com 12 e o hidrogênio com 4, com isso, temos:
64
2.4.1.2 Fórmula mínima ou empírica
Indica a menor proporção, em números inteiros de mol, dos átomos dos elementos que
constituem uma substância.
EXEMPLO
m
Sabendo-se que: n =
M
2,4 g 0,6 g
Então temos que Carbono ⇒ n = ⇒ n = 0,2 mol e Hidrogênio ⇒ n = ⇒ n = 0,6 mol
12 g/mol 1 g/mol
Portanto, o menor valor encontrado foi 0,2 mol. Com isso os valores ficarão:
EXEMPLO
A + B C + D
mA mB mC mD
mA + mB = mC + mD
65
onde:
mA = massa de A;
mB = massa de B;
mC = massa de C e,
mD = massa de D.
EXEMPLO
CaO + H2O Ca(OH)2
56 g 18 g 74 g
74 g 74 g
EXEMPLO
Ca + H2O Ca(OH)2
a
1 experiência 56 g + 18 g 74 g
a
2 experiência 280 g + 90 g 370 g
Proporção 28 : 9 : 37
EXEMPLO
EXEMPLO
66
Pode-se observar que:
EXERCÍCIOS
3) Num certo experimento, mediram-se as massas dos reagentes e produtos, dos quais 20 g
de um reagente A reagiram com 8,5 g de um reagente B, produzindo 2,3 g de C e 26,2 g
de D. Verifique se esses resultados estão de acordo com a Lei de Lavoisier, justificando
sua resposta.
67
2.6 SOLUÇÕES
A maioria das soluções preparadas em um laboratório é feita utilizando como solvente
a água, por isso devemos saber qual o comportamento das substâncias em meio aquoso.
EXEMPLO
Os não-eletrólitos são aqueles que não conduzem corrente elétrica após serem
solubilizados. Isto significa que eles não sofrem qualquer alteração química na dissolução. É o
caso da maioria dos compostos orgânicos, como a glicose, a manose e a glicerina, entre
outros.
EXEMPLO
• Ácidos: a maioria dos ácidos são eletrólitos fracos, com exceção do HCl, HBr, HI,
H2SO4, HClO4, HClO3, HBrO3 e HNO3.
• Bases: a maioria das bases são eletrólitos fracos, com exceção dos hidróxidos de
metais alcalinos e alcalinos terrosos.
• Sais: os sais inorgânicos são, em geral, eletrólitos fortes, com exceção de haletos,
cianetos e tiocianatos de mercúrio (Hg), zinco (Zn) e cádmio (Cd).
68
Existem várias maneiras de expressar concentração.
m
d=
v
d = densidade
m = massa da solução [massa do soluto (m1) + massa do solvente (m2)]
v = volume da solução
3
Obs - A densidade de uma solução é comumente expressa em g/mL ou g/cm .
m1
C=
v
C = concentração comum
m1 = massa de soluto
v = volume da solução
69
2.6.2 Preparo e padronização de soluções
Para que as análises efetuadas possam ter uma maior precisão, quando utilizamos as
soluções ácidas ou básicas preparadas, temos que padronizar essas soluções a fim de evitar
erros nas análises. A padronização tem que ser com uma solução padrão, cuja substância
deve ser quimicamente pura e com composição bem definida. Estas substâncias são
conhecidas, como PADRÃO PRIMÁRIO e devem possuir certas características:
Existem poucos padrões primários disponíveis. Como exemplo, podemos citar: o ácido
benzóico hidrogenoftalato de potássio, carbonato de sódio, oxálato de sódio, biftalato de
potássio, entre outros. Deste modo, pode-se então usar determinadas soluções cujas
concentrações são rigorosamente conhecidas, na qual foram padronizadas a partir de um
padrão primário.
Para HCl:
Na2CO3 = HCl
V x N = V’ x N’
V x N x f = V’x N’x f’
Para NaOH:
70
II. Devemos conhecer todos os dados necessários para a correção:
- os valores reais dos fatores;
- os volumes restantes das soluções;
- as concentrações das soluções.
1) Fator alto
EXEMPLO
fc 1 ------------ 4 g
fc 1,08----------x = 4,32 g
m 4,32
= V.eg/l = V.0,1 V = 1080 mL
eg 40
c) álculo da quantidade de água que deve ser adicionada ao volume restante de solução
V ideal = 1080 mL
V real = 1000 mL
V ret. = 800 mL
V ideal - V real = H2O para V real
1 000 mL ------------- 80 mL
8 00 mL --------------- V = 64 mL
VR x f alto - VR = H2O
d) correção da solução
2) Fator baixo
EXEMPLO
71
b) cálculo da massa de substância necessária para corrigir o fator.
e) correção da solução
Adiciona-se 0,66 mL de HCl concentrado aos 800 mL de solução restante; depois titula-
se novamente com o carbonato de sódio.
HA
+
H + A
-
Ka = [H+ ][A-]
+ - [HA]
Na Na + A
Kw [HA][OH-]
-
A + H2O HA + OH
- Kb = =
Ka [A-]
+ + - -
[H ] + [Na ] = [A ] + [OH ]
-
Cácido = [HA] + [A ]
-
Como: [HA] >> [A ]
Então:
Cácido ≈ [HA]
-
Csal = [A ] + [HA]
Então:
-
Csal ≈ [A ]
72
Considerando-se:
Cácido ≈ [HA]
-
Csal ≈ [A ]
[H+][A-]
Ka =
[HA]
Kw [BOH][H+]
-
B + H2O BOH + H
+
Ka = =
Kb [B+]
Considerando-se:
Então teremos:
73
2.8 CINÉTICA QUÍMICA
O conhecimento e o estudo da velocidade das reações se fazem necessários por
estarem relacionados ao nosso cotidiano. Quem nunca desejou que transformações, tais como,
o estrago de alimentos, a queima de velas, o descascamento de pinturas e a ferrugem da
lataria dos automóveis ocorressem um pouco mais lentamente? E quem já não desejou que a
cicatrização de feridas, o cozimento de batatas, o endurecimento do concreto, o crescimento de
plantas e a desintegração dos plásticos e outros objetos jogados no lixo ocorressem mais
rapidamente? As velocidades das reações químicas podem ser extremamente lentas ou
extremamente rápidas. Portanto, a velocidade de uma reação é a rapidez com que os
reagentes são consumidos ou a rapidez com que os produtos são formados. A velocidade de
uma reação depende não só da natureza das substâncias participantes, mas também das
condições em que elas ocorrem.
A B
Quantidade
A B
INICIO: t = 0 MÁXIMA ZERO
DURANTE DIMINUI AUMENTA
FINAL ZERO MÁXIMA
[ ] [ ]
GRAFICAMENTE
t t
Concluímos então que a velocidade de uma reação pode ser calculada pela diminuição
da quantidade dos reagentes ou pelo aumento da quantidade dos produtos, por unidade de
tempo.
∆[ _ ] [final] − [inicial]
Vm = ⇒ Vm = (mol / l)
∆t t final − tinivcial
Em uma reação é possível calcular sua velocidade média, bem como, para cada um
dos participantes. Temos uma reação genericamente representada, por:
aA + bB cC
A meia-vida de uma reação é definida como sendo o período de tempo necessário para
que a concentração do reagente diminua a metade do seu valor inicial. Para as reações de
primeira ordem, temos que levar em consideração a relação concentração-tempo; nestas
reações, a meia-vida é independente da concentração inicial do reagente. Mas para as reações
de segunda ordem, a meia-vida depende da concentração inicial do reagente.
74
A ordem de uma reação é a soma dos expoentes aos quais estão elevadas as
concentrações, na equação da velocidade. A ordem em relação a uma espécie é o expoente
da concentração dessa espécie na equação. Exemplificando, a reação cuja equação de
velocidade é:
d[X]
- = K[X].[Y]2
dt
Alguns fatores podem influenciar numa reação química, fatores estes que podem
acelerar ou retardar a velocidade da reação.
Por isso recomenda-se que os alimentos sólidos devem ser mastigados várias vezes,
antes de serem ingeridos, os macrobióticos, recomendam que se mastigue um alimento cerca
de 70 à 100 vezes a cada “garfada”. Está recomendação não é por acaso, pois ao triturarmos
os alimentos na boca, aumentamos sua superfície de contato, o que torna a digestão mais
rápida.
2.8.1 Temperatura
Quem primeiro relacionou a temperatura com a velocidade das reações foi Van’t Hoff:
o
“um aumento de 10 C faz com que a velocidade de uma reação dobre”. Um alimento cozinha
mais rapidamente numa panela de pressão (a água ferve a uma temperatura maior). Para
conservarmos um alimento, colocamos em freezeres, pois diminuindo a temperatura,
estaremos diminuindo a velocidade das reações responsáveis pela decomposição. Uma
contusão de um atleta frequentemente é tratada com aplicação de gelo - o mais rápido possível
- sobre o local atingido, porque as reações que causam a inflamações ocorrem lentamente em
temperaturas menores, causando, portanto, menos danos aos tecidos. Após um ou mais dias,
costuma-se aplicar compressas quentes nas áreas afetadas, o que favorece a dispersão dos
fluídos acumulados no edema.
2.8.2 Eletricidade
Aumenta a energia de colisão entre as moléculas, portanto, aumenta a velocidade das
reações. A faísca elétrica fornece energia para que algumas moléculas possuam condições de
reagir (formação de complexo ativado).
O airbag é inflado pelo gás N2 produzido numa reação praticamente instantânea que
ocorre entre o nitreto de sódio e o óxido de ferro III.
faísca
6 NaN3 (L) + Fe2O3 3 Na2O (s) + 2 Fe (s) + 9 N2 (g)
2.8.3 Catalisador
É a substância que aumenta a velocidade de uma reação,sem sofrer qualquer
transformação em sua estrutura, ou seja, sem serem consumidas. O aumento da velocidade é
conhecido como catálise.
75
A catálise pode ser:
O catalisador acelera a reação, mas não altera o rendimento; ele produz a mesma
quantidade de produto, como também não altera o ∆H da reação.
Considerando a reação:
Vd = velocidade direta
Vd
aA + bB cC + dD
Vi = velocidade indireta
Vi
A velocidade da reação entre A e B é proporcional as suas atividades:
a b
vd = K1 [A] [B]
Em dado momento, vd se tornará igual a vi. Neste ponto dizemos que o sistema atingiu
o equilíbrio, e como vd = vi :
a b c d
K1 [A] [B] = K2 [C] [D]
K1 [C]c [D]d
=
K2 [A]a [B]b
76
K1
Como K1 e K2 são constantes, a relação também é constante. A nova constante é
K2
denominada de constante de equilíbrio (K ou Kc), com isso, temos:
[C]c [D]d
K =
[A]a [B]b
[SO 2 ] 2 [O 2 ]
2SO3(g) 2SO2(g) + O2(g) K =
[SO 3 ] 2
[CO 2 ]
C(s) + O2(g) CO2(g) K =
[O 2 ]
[1]
CaO(s) + CO2(g) CaCO3(s) K =
[CO 2 ]
C + O 2 → CO 2 ↑ + E
Neste exemplo se observa que os produtos são difíceis de serem mantidos: um é o gás
carbônico, que poderia ser confinado, e o outro é a grande quantidade de energia gerada na
forma de calor e luz, além de outras formas de energia. A dificuldade em manter os produtos
formados faz com que o equilíbrio não possa ser mantido, impedindo, assim, a reversão da
reação.
77
2.9.1.2 Temperatura
Para reações endotérmicas, o aumento da temperatura favorece o equilíbrio no sentido
da formação dos produtos; para as reações exotérmicas, a diminuição da temperatura favorece
a formação de produtos. Observa-se, portanto, que variações de temperatura influenciam
diretamente na constante de equilíbrio das reações.
2.9.1.3 Pressão
Obs - Os catalisadores não interferem no equilíbrio, pois favorecem os dois sentidos da reação.
Eles funcionam no sentido de aumentar a velocidade da reação como um todo, isto é, alcança-
se o equilíbrio mais rapidamente.
[H+ ][OH− ]
H2O ↔ H+ + OH− ⇒ K =
[H2O]
1000 g
18 g/mol
[H2O] = = 55,6 mol/l
1l
Então,
78
+ -
Sabendo-se que, em água pura, [H ] = [OH ]:
K w = [H+ ]2
[H+ ] = 10 − 4 = 10 − 7
[H+ ] = [OH− ] = 10 −7
+ -7
Assim, para a água pura com concentração de H igual a 10 , tem-se pH igual a 7,0. A
mesma consideração pode ser feita para os íons hidroxila, de forma que temos:
pOH = −log[OH− ] ou [OH− ] = 10−pOH
MEIO pH
Vinagre 3,0
Vinho 3,5
Tomate 4,3
Café 5,0
79
MEIO pH
Lagrima 7,4
Sabonete 10
Água de lavadeira 11
Limpa forno 13 - 14
2.10 TERMOQUÍMICA
É a parte da química que estuda as quantidades de calor liberadas ou absorvidas
durante as reações químicas.
Joule(J) é o trabalho realizado pela força de 1 Newton, que ao ser aplicado a um corpo,
desloca-o na sua direção pela distância de 1m.
∆H = Hf - Hi
Onde Hf, é a soma das entalpias dos produtos da e Hi, é a soma das entalpias dos
reagentes da reação.
80
Essa Variação de Entalpia (∆H), pode ser negativa ou positiva, conforme a reação se
realize respectivamente com liberação ou absorção de calor; podendo então ser: reações
exotérmicas e reações endotérmicas, respectivamente.
As reações exotérmicas, como o nome já diz, exo, significa “para fora”. Assim sendo,
podemos, então definir como aquelas reações que liberam energia na forma de calor.
A + B C + D + calor
Hi Hf
Com base na Lei da Conservação da Energia, podemos afirmar que: “a energia total
dos reagentes é igual a energia total dos produtos”. Com isso, podemos concluir que, como,
numa reação exotérmica, a entalpia dos produtos é menor que a entalpia dos reagentes, pois
uma parte da energia que estava “contida” nos reagentes foi liberada na forma de calor quando
eles se transformaram em produtos.
H
Hi A+B
∆H < 0
C+D
Hf
Caminho da reação
As reações endotérmicas, como o nome já diz, endo, significa “para dentro”. Assim
sendo, são aquelas reações que absorvem energia na forma de calor. Podemos representá-las
da seguinte forma:
A + B + calor C + D
Hi Hf
Uma vez que a energia total se conserva do primeiro para o segundo membro de
qualquer reação química, podemos afirmar que, numa reação endotérmica, a entalpia dos
produtos é maior que a entalpia dos reagentes.
81
2.10.1.2 Representação gráfica de uma reação endotérmica em função do
caminho da reação:
H
Hf C +D
∆H > 0
A+B
Hi
Caminho da reação
O valor da variação de entalpia (∆H), de uma reação química está sujeita a variações,
conforme mudem as condições em que a reação é realizada. Esses fatores são os seguintes:
• entalpia de formação;
• entalpia de combustão;
• entalpia de neutralização.
82
A A A + A ∆H = + KJ
energia
A+A A A ∆H = - KJ
energia
Sendo que:
∆H2
C D
∆H3
∆H1
∆Hx
A B
∆H4 ∆H5
E
83
2.11 ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
84
2.11.2 Preparo e padronização de soluções
OBJETIVOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Para que as análises efetuadas possam ter uma maior precisão, quando utilizamos as
soluções ácidas ou básicas preparadas, temos que padronizar essas soluções a fim de evitar
erros nas análises. A padronização tem que ser com uma solução padrão, cuja substância
deve ser quimicamente pura e com composição bem definida. Estas substâncias são
conhecidas, como PADRÃO PRIMÁRIO e devem possuir certas características:
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
85
• Pesar em um becker de 50 mL a quantidade de massa calculada, em uma balança
analítica, adicione uma certa quantidade de água destilada ao becker e dissolva-o
• Transferir para um balão volumétrico de 250 mL sempre lavando o becker várias
vezes, transportando sempre a água de lavagem para o balão e completar até menisco
com água destilada
• Homogeinizar, colocar em um frasco e etiquetar
Obs - Pode ser utilizado o indicador fenoftaleina para efetuar está padronização. Mas,
neste caso, se faz necessário multiplicar o volume gasto por 2, para se obter o volume de
HCl equivalente ao Na2CO3.
86
2.11.3 Determinação do ácido acético no vinagre
OBJETIVOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O vinagre é uma solução muito usada no nosso cotidiano, para temperarmos saladas,
carnes entre outros. É produzido pela fermentação de algumas bebidas alcoólicas,
particularmente do vinho. O teor de ácido acético no vinagre é determinado pela titulação com
uma solução padrão de hidróxido de sódio, utilizando o indicador fenoftaleina.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Reação:
Cálculo:
87
2.11.4 Determinação do teor de ácido acetilsalisílico no comprimido
AAS
OBJETIVOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Reação:
Cálculo:
88
2.11.5 Fatores que influenciam na velocidade de uma reação
química
OBJETIVOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
São vários os fatores que podem modificar a velocidade de uma reação, tornando-a
mais lenta ou mais rápida.
Este procedimento é muito utilizado nos laboratórios, como também nas indústrias.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PARTE B – TEMPERATURA
PARTE C – CONCENTRAÇÃO
PARTE D – CATALISADOR
89
• Aguardar 24 horas e verificar o aspecto da clara de ovo nos dois tubos e anotar na
tabela
Superfície de contato
Temperatura
Concentração
Catalisador
QUESTIONAMENTOS
• Faça a equação da reação que ocorreu entre o magnésio e o ácido clorídrico e diga
qual gás é liberado
90
2.11.6 Titulação de ácidos e bases utilizando pHmetro e indicadores
OBJETIVOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O pHmetro mede o pH de uma solução usando um eletrodo de íon seletivo (EIS) que
+
responde para a concentração de íons hidrogênio, [H ], da solução. O eletrodo de pH produz
+
uma voltagem que é proporcional à [H ]. Portanto, as medidas de pH são uma forma de
POTENCIOMETRIA. O eletrodo de pH é conectado através de controle eletrônico do pHmetro
para converter a voltagem medida em leituras de pH, as quais podem ser lidas no visor do
pHmetro.
+
Um pHmetro consiste de uma membrana seletiva para H , um eletrodo de referência
interno, um eletrodo de referência externo e um medidor com controle e mostrador eletrônico.
Eletrodos de pH comerciais geralmente combinam todos os eletrodos em uma unidade
compactada, a qual é conectada ao pHmetro.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
• Colocar na bureta a solução de NaOH 0,1 mol/l, que foi preparada e padronizada nas
aulas anteriores
• Colocar 20 mL da solução de HCl 0,1 mol/l, que foi preparada e padronizada em aulas
anteriores, no erlenmeyer de 250 mL e adicionar 3 gotas do indicador fenolftaleina
• Titular até viragem e anotar o volume gasto da bureta
• Efetuar os cálculos
• Calibrar o pHmetro
• Colocar na bureta a solução de NaOH 0,1 mol/l, que foi preparada e padronizada nas
aulas anteriores
• Colocar no becker 20 mL do HCl 0,1 mol/l da solução que foi preparada e padronizada
nas aulas anteriores + 20 mL de H2O destilada
• Mudar para mV no pHmetro
• Adicionar volumes da bureta como: 5 mL, 10 mL, sucessivamente, sempre de acordo
com o professor e anotando os valores em função do volume adicionado
• Efetuar cálculos e gráfico, conforme anotações
91
TITULAÇÃO COM pHmetro COM INDICADOR
• Calibrar o pHmetro
• Colocar na bureta a solução de NaOH 0,1 mol/l, que foi preparada e padronizada nas
aulas anteriores
• Colocar no becker 20 mL do HCL 0,1 mol/l, da solução que foi preparada e
padronizada nas aulas anteriores + 20 mL de H2O destilada e 3 gotas de fenolftaleina
• Mudar para mV no pHmetro
• Adicionar volumes da bureta como: 5 mL, 10 mL, sucessivamente, sempre de acordo
com o professor e anotando os valores em função do volume adicionado
• Efetuar cálculos e gráfico, conforme anotações
• Calibrar o pHmetro
• Colocar na bureta a solução de NaOH 0,1 mol/l, que foi preparada e padronizada nas
aulas anteriores
• Colocar no becker 20 mL do HCL 0,1 mol/l, da soluçao que foi preparada e
padronizada nas aulas anteriores + 20 mL de H2O destilada
• Mudar para pH no pHmetro
• Adicionar volumes da bureta como: 5 mL, 10 mL, sucessivamente, sempre de acordo
com o professor e anotando os valores em função do volume adicionado
• Efetuar cálculos e gráfico, conforme anotações
QUESTIONAMENTOS
92
2.11.7 Identificação de reações exotérmicas e endotérmicas
OBJETIVOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
TUBO 1
TUBO 2
TUBO 3
QUESTIONAMENTOS
93
REFERÊNCIAS
AMARANTE JUNIOR, Ozelito; CRISTINA, Tereza. Apostila de química analítica II. São Luís:
Edufma, 2004. 1 v.
AUTOLABOR-SOLUÇÕES INTELIGENTES (Santa Catarina). Manual de atividades práticas
de química para o laboratório didático móvel - LDM. São José: Autolabor, 2006. 3 v.
FELTRE, Ricardo. Química: química orgânica. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006. 3 v. (3ª).
94
95
CAPÍTULO 3 – SEGURANÇA DO TRABALHO EM
LABORATÓRIOS QUÍMICOS
Horário de Aula
96
3.1 SEGURANÇA NOS LABORATÓRIOS
97
3.1.4 Uso de material de vidro
⇒ Não utilize material de vidro quando trincado
⇒ Coloque todo o material de vidro inservível no local identificado para este fim;
⇒ Não deposite cacos de vidro em recipiente de lixo
⇒ Proteja as mãos (com luvas de amianto, preferivelmente) quando for necessário
manipular peças de vidro que estejam quentes
⇒ Use luvas grossas (de raspa de couro) e óculos de proteção sempre que:
o atravessar ou remover tubos de vidro ou termômetros em rolhas de borracha
ou cortiça
o remover tampas de vidro emperradas
o remover cacos de vidro de superfícies, neste caso usar também pá de lixo e
vassoura
⇒ Não deixe frascos quentes sem proteção sobre as bancadas do laboratório, coloque-os
sobre placas de amianto
⇒ Tome cuidado ao aquecer recipiente de vidro com chama direta. Use, sempre que
possível, uma tela de amianto
⇒ Não pressurize recipientes de vidro sem conhecer a resistência dos mesmos
3.1.5.4 Muflas
98
⇒ Não evapore líquidos na mufla
⇒ Empregue para calcinação somente cadinhos ou cápsulas de material resistente à
temperatura de trabalho
99
o
Combustíveis: ponto de fulgor > 70 C, quando aquecidos acima do ponto de fulgor,
comportam-se como inflamáveis
o o
Substância Ponto de Fulgor ( C) Substância Ponto de Fulgor ( C)
Obs 2 - Use a capela para trabalho com líquidos inflamáveis que exijam aquecimento
Obs 3 - Use protetor facial e luvas de couro quando for necessária a agitação de frascos
fechados contendo líquidos inflamáveis e/ou extremamente voláteis
Obs 4 - Nunca jogue líquidos inflamáveis na pia. Guarde-os em recipiente próprios para
resíduos de inflamáveis
100
Tabela 2 - Produtos tóxicos comumente utilizados em laboratório
Grau de risco
Ácido cianídrico 4 4 2 4
Ácido fluorídrico 4 4 4 4
Ácido fórmico 4 3 4 4
Ácido oxálico 3 3 3 3
Acroleína 4 3 3 4
Anidrido ftálico 3 - 2 3
Anilina 3 3 2 2
Benzeno 3 2 2 2
Bromo 4 4 4 4
Cianeto de potássio - 4 3 4
Cloro 4 - 3 4
Cloronitrobenzeno 4 3 3 3
Etanolamina 3 2 2 3
Fenol 2 3 4 4
Flúor 4 - 4 4
Formaldeído 3 3 3 3
Hidrocarbonetos 4 3 2 3
Iodo 4 4 4 4
Iodometano 4 - - -
Isocianatos 4 - 3 3
Mercúrio 4 1 - 1
Nitrobenzeno - 4 3 4
Piridina 3 2 2 3
Toluidina 3 3 2 2
Vapores nitrosos 4 - 2 3
1. lesão mínima
2. lesão leve
3. lesão moderada
4. lesão grave
101
3.1.10 Produtos corrosivos
Os corrosivos podem ocasionar queimaduras de alto grau por ação química sobre os
tecidos vivos. Podem também ocasionar incêndios, quando colocados em contato com material
orgânico (madeira, por exemplo) ou outros produtos químicos.
⇒ Use luvas para trabalhar com estes produtos, pois provocam queimaduras graves em
contato com a pele
⇒ Adicione lentamente o gelo seco ao líquido refrigerante, para evitar projeções
⇒ Não derrame nitrogênio líquido sobre mangueiras de borracha, elas ficarão
quebradiças e poderão ocasionar acidentes
102
microorganismos de relevância epidemiológica e com riso de disseminação, que foram
submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica.
Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais,
com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 cm ou idade gestacional menor
que 20 semanas, que não tenham valor cientifíco ou legal e não tenha havido requisição pelo
paciente ou familiares.
3.2.4 Solventes
⇒ Separar em clorados e não clorados
⇒ Armazenar em local apropriado segundo as características de toxicidade,
inflamabilidade e outras do produto
⇒ Informar ao Diretor Administrativo que estes resíduos existem, para serem
encaminhados à incineração. Informar local onde estão armazenados, composição e
quantidade
3.3 A CIPA
3.3.1 Objetivo
A CIPA (Comissão Interna para Prevenção de Acidentes) tem por objetivo desenvolver
atividades voltadas não apenas para a prevenção de acidentes do trabalho, mas também à
proteção da saúde dos trabalhadores, diante dos riscos existentes nos locais de trabalho.
103
3.3.2 Algumas Atribuições
⇒ Discutir os acidentes ocorridos
⇒ Sugerir medidas de prevenção de acidentes e/ou proteção da saúde
⇒ Promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança
⇒ Despertar o interesse de todos pela prevenção de acidentes e de doenças
ocupacionais
⇒ Investigar as causas, circunstâncias e conseqüências dos acidentes e doenças
ocupacionais, acompanhando a execução das medidas corretivas
3.3.3 Composição
A CIPA é composta por membros indicados pelo Diretor e membros eleitos pela
comunidade (votam somente os funcionários e docentes), em igual número.
104
3.4.3.2 Respingo em qualquer região do corpo
3.4.3.3 Queimaduras
3.4.3.4 Cortes
⇒ Encaminhar ao pronto-socorro
⇒ Ou, chamar o resgate
Os agentes oxidantes são considerados os mais perigosos nesse sentido, pois, durante
uma reação química, fornecem oxigênio, um dos elementos necessários à uma formação de
fogo. Algumas vezes, esse suprimento de oxigênio pode ser muito elevado, com forte
desprendimento de calor, o que pode provocar uma explosão.
Bromatos
Nitratos
Bromo
Perbromatos
Cloratos e Percloratos
Periodatos
Cromatos
Permanganatos
Dicromatos
Peróxidos
Iodatos
Obs - para armazenar produtos químicos, deve-se observar a seguinte regra geral: “não
guardar substâncias oxidantes próximos a líquidos combustíveis”.
105
Tabela 4 - Incompatibilidade entre produtos químicos.
Bromo
Cloro
Acetileno Flúor
Mercúrio
Prata
Ácido Crômico
Ácido Nítrico
Ácido Perclórico
Ácido Acético
Etileno Glicol
Permanganatos
Peróxidos
Ácido Acético
Álcool
Glicerina
Ácido Crômico
Naftaleno
Benzina
Líquidos Combustíveis
Ácido Acético
Ácido Cianídrico
Ácido Crômico
Ácido Nítrico
Carvão
Materiais Inflamáveis
Anilina
Sais de Mercúrio
Ácido Oxálico
Sais de Prata
Álcool
Anídrico Acético
Ácido Perclórico Bismuto e suas ligas
Madeira
Material Orgânico
106
SUBSTÂNCIA INCOMPATIBILIDADE COM
Iodo
Prata
Mercúrio
Cloro
Amônia
Bromo
Ácido Fluorídrico
Ácido clorídrico
Hipoclorito de Cálcio
Metano
Acetileno
Amônia
Benzina
Benzeno
Bromo
Butadieno
Butano
Hidrogênio
Metais em pó
Propano
Agentes Oxidantes
Carvão Ativado
Hipoclorito de Cálcio
Amoníaco
Acetileno
Butadieno
Metano
Cloro Propano
Hidrogênio
Benzina de Petróleo
Benzeno
Metais em pó
107
SUBSTÂNCIA INCOMPATIBILIDADE COM
Acetileno
Cobre
Peróxido de Hidrogênio
Enxofre
Fósforo
Cloratos
Ácido Crômico
Bromo
Hidrocarbonetos Cloro
Peróxido de Sódio
Halogênios
Acetileno
Iodo
Amônia Aquosa ou Anidra
Ácido Crômico
Nitrato de Amônia
Ácido Nítrico
Líquidos Inflamáveis Peróxido de Sódio
Halogênios
Peróxido de Hidrogênio
Oxigênio
Amônia
Mercúrio Acetileno
Hidrogênio
Água
Dióxido de Carbono
Metais alcalinos (sódio, potássio), alumínio e
Halogênios
magnésio em pó.
Hidrocarbonetos
Tetracloreto de Carbono
Graxas
Hidrogênio
Oxigênio
Óleos
Materiais Inflamáveis
108
SUBSTÂNCIA INCOMPATIBILIDADE COM
Benzaldeído
Permanganato de Potássio Etileno Glicol
Glicerina
Anilina
Cobre
Cromo
Peróxido de Hidrogênio
Ferro
Materiais Combustíveis
Materiais Inflamáveis
Acetato de Etila
Ácido Acético Glacial
Álcool Melítico
Dissulfeto de Carbono
Etileno Glicol
Peróxido de Sódio
Furfural
Glicerina
Acetona de Metila
Benzaldeído
Hidrocarbonetos
Acetileno
Ácido Oxálico
Prata
Ácido Tartárico
Compostos de Amônia
Água
Sódio
Gás Carbônico
Ácido Nítrico
Sulfeto de Hidrogênio
Agentes Oxidantes
3.6 PPRA
3.6.1 DEFINIÇÃO
PPRA é a sigla de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Este programa é
regulamentado pela Norma Regulamentadora 9 (NR- 9) da Portaria 3.214/78. Seu objetivo é
estabelecer uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade dos
trabalhadores, frente aos riscos dos ambientes de trabalho. Dentre os riscos ambientais
citamos os agentes físicos, químicos e biológicos, variáveis quanto a natureza, concentração
ou intensidade e tempo de exposição.
109
3.6.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS
O PPRA é obrigatório em todas as empresas, inclusive instituições de ensino,
independente do número de empregados ou do grau de risco de suas atividades e deve estar
articulado com o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional pois, a partir daí, pode-se
relacionar a doença às condições de trabalho.
Este documento deve ser apresentado e discutido na CIPA (se houver), sendo anexado
cópia em livro ata. Este documento deve estar acessível às autoridades competentes para
fiscalização. O PPRA deve ser analisado globalmente, pelo menos uma vez ao ano para
avaliar seu desenvolvimento, para os ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e
prioridades.
⇒ Agentes Químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substância sou
compostos ou produtos químicos em geral, absorvidos por via respiratória, pela pele ou
pelo trato gastrointestinal (ingestão) com ação nociva
110
forma inadequada, como agentes tóxicos ou resíduos químicos; presença de animais
peçonhentos.
A NBR 10.004 classifica como perigosos os resíduos químicos que pelas suas
características de inflamabilidade, reatividade, corrosividade ou toxicidade podem apresentar
risco à saúde pública, provocando ou contribuindo para um aumento de mortalidade ou
111
incidência de doenças e/ou efeitos adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou
dispostos de forma perigosa.
112
REFERÊNCIAS
113
114
CAPÍTULO 4 - MATEMÁTICA
Horário de Aula
115
4.1 HISTÓRICO DOS SISTEMAS DE PROPORÇÕES
MATEMÁTICAS
A matemática é uma das ferramentas mais importantes do homem, pois, através dela,
buscamos compreender o mundo e a nós mesmos. Todas as leis da Física só são possíveis
graças ao entendimento do universo pela matemática. Nossa estrutura psicológica requer um
conceito de ordenação e de harmonia: nós obtemos este conceito através da matemática, mais
especificamente através dos sistemas de proporções matemáticas. Logo, podemos ter na
matemática a linguagem humana mais abstrata e que utilizamos para entender a tudo que nos
cerca.
Na busca pela harmonia, nos deparamos com dois estados que, à primeira vista,
parecem antagônicos, porém, especialmente dentro do universo das artes, complementam-se.
O desejo pela beleza e ordem se misturam entre um instinto irracional tanto quanto um impulso
intelectual. E é no meio artístico que podemos ver como eles se relacionam: o artista, através
da sua habilidade (controlada pela razão) tenta exprimir seus sonhos no suporte de sua arte - a
consciência que guia o inconsciente, o lado humano controlando e trabalhando o lado
irracional.
É no universo das artes que podemos ver o ser humano em suas facetas racional e
irracional atuando juntas.
Outra questão que precisa ser explicitada já de início é a diferença entre razão e
proporção. Basicamente, razão é uma divisão, o quociente de dois números. Já um sistema
proporcional consiste em relacionar duas razões dentro de uma igualdade, criando assim um
elo entre elas.
a x a x
α ⇒ =
b y b y
À esquerda, dois exemplos de razões. À direita, as mesmas razões se ligam pela
igualdade, formando assim uma proporção.
116
Podemos ver muitos valores religiosos dentro da cultura do Egito Antigo, assim como
em várias outras civilizações que antecederam a Grécia Antiga.
Pitágoras de Samos (582 a.C. - 497 a.C.) é considerado o fundador da geometria teórica.
Em seus pensamentos sobre a estrutura do universo, razões e proporções, ele elaborou
uma teoria que vinculava a música, o espaço e os números. Em duas cordas, de mesmo
material, sob mesma tensão e sendo a primeira o dobro do comprimento da segunda,
quando tocadas, a corda mais curta irá emitir um tom uma oitava acima da corda mais
longa, devido a sua freqüência ter o dobro do valor. Ou seja, a relação de 1:2 compreende
a relação sonora de uma oitava. Se dividirmos a corda mais curta pela metade, obtendo a
relação de 2:4, o tom será de duas oitavas acima da corda inicial. Por outro lado, a relação
de 3:4 nos dá um tom uma quarta acima do tom inicial, e a relação de 2:3 apresenta um
tom uma quinta acima. Desta maneira, Pitágoras elaborou relações entre sons, o tamanho
das cordas e as razões de 1:2:3:4. Ainda sobre os pensamentos pitagóricos, podemos
obter três tipos de proporções:
• A proporção geométrica se estabelece entre oitavas de um tom, ou seja, 1:2:4 (o tom, uma
oitava acima e duas oitavas acima);
• A proporção aritmética, ao se apropriar da relação de 2:3:4, se estabelece ao trabalhar o
som de uma oitava em uma quinta e uma quarta;
• Por fim, a proporção harmônica envolve a diferença dos valores das frações medianas, isto
é, na relação de 6:8:12, 8 excede 6 em um terço da mesma maneira que 12 excede 8
também em um terço.
Platão (427 a.C. - 347 a.C.) elaborou o pensamento pitagórico, vinculando matemática e
misticismo na tentativa de compreensão humana do universo. Citando seus pensamentos,
"os números governam o mundo". Através de seu raciocínio, obteve os sólidos platônicos,
volumes espaciais compostos por apenas uma única figura geométrica regular.
Platão buscou nos sólidos regulares a explicação para a origem do universo. Abaixo e da
esquerda para a direita, modelos de um tetraedro, um octaedro, um icosaedro, um cubo (ou
hexaedro) e um dodecaedro.
Euclides de Alexandria (365 a.C. - 300 a.C.) também teve grande importância para a
história da geometria. Ele elaborou a teoria da proporção áurea, onde dois números (X e Y,
por exemplo) estão em proporção áurea se a razão entre o menor deles sobre o maior for
igual ao maior sobre a soma dos dois (ou seja, X = X ). Esta proporção estabelece um
Y X+Y
coeficiente áureo, onde se pode analisar que, basicamente, tudo que se encontra na
natureza está inscrito nesta proporção, seja o corpo humano, uma colméia de abelhas,
uma estrela do mar, uma concha, etc.
117
4.1.2 A Matemática Durante o Processo de Continuidade Histórica
Após o período clássico, as bases matemáticas se mantiveram e foram endossadas ou
negadas, de acordo com os períodos históricos e suas respectivas conjunturas sociais,
políticas, culturais, religiosas e econômicas. Antes de iniciarmos este capítulo, devemos nos
atentar para mais um conceito que nos servirá de base para uma melhor compreensão destes
períodos: a continuidade histórica.
A estética medieval (um período em que as idéias religiosas tinham grande peso) se
apoiou nas bases do pensamento platônico como a estrutura de sua ideologia. Quadrados e
triângulos eqüiláteros serviram de base para a construção de igrejas medievais, seja como
elementos simples, seja como trama reticulada. Outra figura geométrica de grande importância
neste período foi o triângulo pitagórico, o único triângulo retângulo que tem lados em
progressão aritmética (3, 4 e 5 ou múltiplos destes valores). Podemos ver também nas igrejas
góticas mais uma regra: a inscrição de quadrados menores nas diagonais de quadrados
maiores.
Não existe um sistema correto em meio a tantos outros. Para cada momento histórico
uma situação gerou ideologias dominantes, mas como toda ideologia dominante, esta era
apenas a visão da maioria. O que muda são apenas os contextos, enquanto as filosofias
acabam por se complementar ao longo dos séculos, engrandecendo a história da humanidade.
4.2 PROPORÇÕES
4.2.1 Introdução
O conceito de proporção tem uma importância muito grande, não apenas em
Matemática, como também no cotidiano.
Quando fazemos uma justa critica de uma estátua, dizendo que “ela tem uma cabeça
muito grande”, não estamos nos referindo à medida absoluta da cabeça. Em uma estátua, a
118
cabeça pode ser “muito grande”, mesmo medindo a metade, um quarto ou um décimo da
cabeça verdadeira; é “muito grande” proporcionalmente ao conjunto da própria estátua.
4.2.2 Razões
4.2.2.1 Razões de dois números
Razão do número a para o número b (diferente de zero) é o quociente de a por b.
Representamos por a/b ou a:b.
EXEMPLO
240 1
240:1200 = = (de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi aprovado).
1200 5
EXEMPLO
1
Razão entre 1 e 4: 1:4 ou ou 0,25.
4
A razão entre dois números racionais pode ser expressa com sinal negativo, desde que
seus termos tenham sinais contrários.
EXEMPLO
1
a) A razão entre 1 e -8 é − .
8
1
−
1 1 4
b) A razão entre − e é 5 =− .
5 4 1 5
4
119
4.2.2.2 Termos de uma razão
Observe a razão:
a
a:b = (lê-se "a está para b" ou "a para b").
b
a
Na razão a:b ou , o número a é denominado antecedente e o número b é
b
denominado conseqüente. Veja o exemplo:
3
3:5 = (o antecedente é 3 e o conseqüente é 5)
5
Leitura da razão: 3 está para 5 ou 3 para 5
EXEMPLO
3 7 3 7
e São razões inversas, pois x = 1 .
7 3 7 3
Verifique que nas razões inversas o antecedente de uma é o conseqüente da outra, e
vice-versa.
Obs 2 - Para determinar a razão inversa de uma razão dada, devemos permutar (trocar) os
seus termos.
EXEMPLO
2 5
O inverso de é .
5 2
EXEMPLO
5 10 5 10
a) = ⇒ e são razões equivalentes.
6 12 6 12
15 3 15 3
b) = ⇒ e são razões equivalentes.
35 7 35 7
120
EXERCICIOS
EXEMPLO
a) Calcular a razão entre a altura de dois anões, sabendo que o primeiro possui uma altura
h1= 1,20 m e o segundo possui uma altura h2= 1,50 m.
b) Determinar a razão entre as áreas das superfícies das quadras de vôlei e basquete,
2
sabendo que a quadra de vôlei possui uma área de 162 m e a de basquete possui uma
2
área de 240 m . A razão entre as áreas da quadra de vôlei e basquete é:
EXEMPLO
a) Consumo médio:
Beatriz foi de São Paulo a Campinas (92 km) no seu carro. Foram gastos nesse
percurso 8 litros de combustível. Qual a razão entre a distância e o combustível consumido? O
que significa essa razão?
b) Velocidade média:
Moacir fez o percurso Rio - São Paulo (450 km) em 5 horas. Qual a razão entre a
medida dessas grandezas? O que significa essa razão?
121
c) Densidade demográfica:
Um cubo de ferro de 1 cm de aresta tem massa igual a 7,8 g. Determine a razão entre
a massa e o volume desse corpo. O que significa essa razão?
EXERCICIOS
4.2.5 Proporção
Dados, em certa ordem, quatro números (a, b, c e d) diferentes de zero, dizemos que
eles formam uma proporção quando a razão entre os dois primeiros (a e b) é igual à razão
entre os dois últimos (c e d).
EXEMPLO
Rogério e Claudinho passeiam com seus cachorros. Rogério pesa 120 kg, e seu cão,
40 kg. Claudinho, por sua vez, pesa 48 kg, e seu cão, 16 kg.
Representamos assim:
a c ou a:b=c:d
=
b d
(lê-se "a está para b assim como c está para d")
122
Os números a, b, c e d são os termos da proporção, sendo:
• b e c os meios da proporção.
• a e d os extremos da proporção.
EXEMPLO
3 27
Dada a proporção = , temos:
4 36
Leitura: 3 está para 4 assim como 27 está para 36.
Meios: 4 e 27
Extremos: 3 e 36
5 15
a) Determine o valor de x na proporção: =
8 x
x−3 4 1
b) Determine o valor de x na proporção: = , sendo x ≠ −
2x + 1 5 2
123
c) Os números 5, 8, 35 e x formam, nessa ordem, uma proporção. Determine o valor de x.
Assim, temos que proporção contínua é toda a proporção que apresenta os meios
iguais.
a b
=
b c
4.2.5.7 Terceira proporcional
Dados dois números naturais a e b, não-nulos, denomina-se terceira proporcional
desses números o número x tal que:
a b
=
b x
EXEMPLO
124
4.2.5.8 Média geométrica ou média proporcional
a b
Dada uma proporção contínua = , o número b é denominado média geométrica ou
b c
média proporcional entre a e c.
EXEMPLO
Demonstração
a c b d
Considere as proporções = e = , adicionando 1 a cada membro obtemos:
b d a c
a c b d
+1= +1 e +1= +1 ⇒
b d a c
a+b c +d b+a d+c
⇒ = e = ⇒
b d a c
a+b c +d a+b c +d
⇒ = e =
b d a c
EXEMPLO
x 3
Determine x e y na proporção = , sabendo que x + y = 84.
y 4
4.2.6.2 Propriedade II
Numa proporção, a diferença dos dois primeiros termos está para o 2º (ou 1º) termo,
assim como a diferença dos dois últimos está para o 4º (ou 3º).
Demonstração
a c b d
Considere as proporções = e = , subtraindo 1 a cada membro obtemos:
b d a c
a c b d
−1= −1 e −1= −1 ⇒
b d a c
a −b c −d b−a d−c
⇒ = e = ⇒
b d a c
125
a −b c −d a−b c−d
= e =
b d a c
EXEMPLO
x 5
Sabendo-se que x - y = 18, determine x e y na proporção = .
y 2
Numa proporção, a soma dos antecedentes está para a soma dos conseqüentes,
assim como cada antecedente está para o seu conseqüente.
Demonstração
a c
Considere a proporção: =
b d
a b
Permutando os meios, temos: = .
c d
a+c b+d
Aplicando a 1ª propriedade, obtemos: = .
c d
a+c c a
Permutando os meios, finalmente obtemos: = = .
b+d d b
4.2.6.4 Propriedade IV
Demonstração
a c
Considere a proporção: =
b d
a b
Permutando os meios, temos: = .
c d
a−c b−d
Aplicando a 2ª propriedade, obtemos: = .
c d
a−c c a
Permutando os meios, finalmente obtemos: = = .
b−d d b
EXEMPLO
a b
Sabendo que a - b = -24 determinem a e b na proporção = .
5 7
126
4.2.6.5 Propriedade V
Numa proporção, o produto dos antecedentes está para o produto dos conseqüentes,
assim como o quadrado de cada antecedente está para quadrado do seu conseqüente.
Demonstração
Considere a proporção:
a c
=
b d
a
Multiplicando os dois membros por , temos:
b
a a c a a 2 a.c
. = . ⇒ 2 =
b b d b b b.d
Assim:
a.c a 2 c 2
= =
b.d b 2 d 2
Obs - A 5ª propriedade pode ser estendida para qualquer número de razões.
EXEMPLO
a.c.e a 3 c 3 e 3
= = =
b.d.f b 3 d 3 f 3
127
EXERCICIOS
x y z
5. Calcule o valor de x, y e z, sabendo que = = e x + y + z = 420.
9 11 15
6. Determine os antecedentes de uma proporção, sabendo que sua soma é 47 e que os
conseqüentes são 2 e 8.
2
7. Determine dois números, sabendo que sua soma é 60 e que a razão entre eles é .
3
a b c
8. Calcule a, b e c, sabendo que a + b + c = 180 e = = .
5 3 1
9. Determine os conseqüentes de uma proporção, sabendo que sua soma é 60 e que os
antecedentes são 108 e 72.
18
10. Determine dois números, sabendo que a razão entre eles é e que sua soma é 30.
90
11. Determine a razão entre os números:
a) 226 e 1.017 2 3 15 5
b) 1,25 e 0,75 d) ( + ) e ( - 2 )
5 4 4 8
12 9
c) e
30 12
12. Calcule a razão entre as seguintes grandezas:
3
a) 80 m e 48 dam c) 0,725 m e 5.000 L
2
b) 150 m e 45 ares d) 9 d 17 h 20 min e 8 d 12 h 10 min
3
13. Verifique se a razão de 6 m 20 d para 3 a 5 m 20 d é igual à razão de 640 L para 2 m .
128
15. Escreva os produtos abaixo sob forma de proporção:
2 3 4 7
a) x = x
3 5 7 10
2 2
b) (1 + ) x (1 - ) = 0,5 x 2
3 5
16. Verifique se os quatro números formam uma proporção; em caso afirmativo, escreva a
proporção correspondente:
a) 8, 5, 16 e 10
2 5
b) , 2, e 0,5
3 2
c) 3, 5, 8 e 10
129
21. Calcule x e y, sabendo que:
x y
a) = e x + y = 187
5 12
1 1
1
b) 2 = 3 e x + y =
x y 6
x y
c) = e x – y = 85
8 3
4
22. Calcule dois números, sabendo que sua soma é 169 e que a razão é .
9
3
23. Dois números, cuja soma é 28, guardam entre si a relação . Quais são esses números?
4
8
24. Dois números, cuja diferença é 12, estão na relação . Quais são esses números?
5
5
25. A idade de um pai está para a de seu filho como 7 está para . Se a soma das idades é
3
52, qual a idade de cada um?
35 3
26. Decomponha o número em duas partes, tais que a razão entre elas seja .
6 2
27. Qual é o número que, aumentado de 2 unidades, está para 5 assim como 28 está para 20?
28. Qual é o número que, diminuído de 3 unidades, está para o seu consecutivo assim como 5
está para 6?
29. A soma de três algarismos é igual a 555. O primeiro está para o segundo como 8 está para
5. A diferença entre esses dois números é igual a 69. Quais são os três números?
30. A importância de R$ 588,00 foi dividida entre três pessoas. Sabendo que a parte da
primeira está para a da segunda como 5 para 7, e que a parte da segunda está para a da
terceira como 7 para 9, determine as três partes.
130
4.3 GRANDEZAS PROPORCIONAIS
4.3.1 Introdução
A maioria dos problemas que se apresentam em nosso dia-a-dia liga duas grandezas
relacionadas de tal forma que, quando uma delas varia, como conseqüência varia também a
outra.
Em nosso dia-a-dia quase tudo se associa a duas ou mais grandezas. Por exemplo:
quando falamos em: velocidade, tempo, peso, espaço, etc, estamos lidando diretamente com
grandezas que estão relacionadas entre si.
EXEMPLO
Y = kx
EXEMPLO
a) 1 kg de carne custa “Y”, se a pessoa comprar 2 kg de carne então ela pagará “2.y”.
EXEMPLO
131
EXERCICIOS
3. A soma de dois números é diretamente proporcional a cada uma das parcelas? Por que?
132
4.4 REGRA DE TRÊS
4.4.1 Definição
Podemos definir como REGRA DE TRÊS ao cálculo ou processo matemático utilizado
para resolver problemas que envolvam duas ou mais grandezas diretas ou grandezas
inversamente proporcionais.
EXEMPLOS
EXEMPLO
Certo alimento tem o custo de R$ 5,00 por 5 kg. Calcular o preço de 10 kg deste
alimento.
133
EXEMPLO
Certo homem percorre uma via de determinada distância com uma bicicleta. Sabendo-
se que com a velocidade de 5 km/h, ele demora 06 horas, quanto tempo este homem gastará
com sua bicicleta para percorrer esta mesma distância com uma velocidade 3 km/h.
Este tipo de cálculo de regra de três envolve mais de duas grandezas proporcionais.
EXEMPLO
EXEMPLO
134
EXERCÍCIOS
6. Trabalhando 6 h por dia um operário pode fazer um trabalho em 24 dias. Em quantos dias,
nas mesmas condições, poderia fazê-lo, trabalhando 8 h por dia?
7. Em um acampamento militar com 300 soldados há víveres para 20 dias. Tendo chegado
mais 140 soldados, a quanto se deve reduzir a ração diária para que o alimento dure ainda
o mesmo tempo?
4 5
9. Se de uma obra foram avaliados em R$ 268.400,00, qual é o valor de da mesma
5 11
obra?
10. As dificuldades de dois trabalhos estão na razão de 3 para 4. Um operário, que faz 20 m do
primeiro trabalho, quantos metros fará do segundo, no mesmo tempo?
11. Duas polias, de 16,8 cm e 11,2 cm de diâmetro, respectivamente, estão ligadas por uma
correia de transmissão. Enquanto a maior dá 540 voltas, quantas voltas dá a menor?
13. Comparando-se os preços pelos quais são vendidas diversas frutas, verificamos que 15
peras valem 9 maçãs; 25 abacates valem 15 maçãs; e 16 laranjas valem 12 abacates.
Quantas laranjas poderão ser trocadas por 9 peras?
14. Um motoqueiro, numa velocidade de 80 km/h, percorreu certa distância em 6 dias, viajando
1 1
4 h por dia. Diminuindo a sua velocidade em e viajando 6 h por dia, quantos dias
2 10
levará para percorrer a mesma distância?
15. Certo trabalho é executado por 8 máquinas iguais, que trabalham 6 h diárias, em 15 dias.
Quantos dias levariam 10 máquinas do mesmo tipo para executar o triplo do trabalho
1
anterior, trabalhando 5 h diárias, com a velocidade que torna o rendimento maior?
8
135
4.5 LOGARITMOS
4.5.1 Um pouco da história dos logaritmos
Os logaritmos, como instrumento de cálculo, surgiram para realizar simplificações, uma
vez que transformam multiplicações e divisões nas operações mais simples de soma e
subtração.
1
Napier foi um dos que impulsionaram fortemente seu desenvolvimento, perto do início
do século XVII. Ele é considerado o inventor dos logaritmos, muito embora outros matemáticos
da época também tenham trabalhado com ele.
Já antes dos logaritmos, a simplificação das operações era realizada através das
conhecidas relações trigonométricas, que relacionam produtos com somas ou subtrações.
Esse processo de simplificação das operações envolvidas passou a ser conhecido como
2
prostaférese , sendo largamente utilizado numa época em que as questões relativas à
navegação e à astronomia estavam no centro das atenções. De fato, efetuar multiplicações ou
divisões entre números muito grandes era um processo bastante dispendioso em termos de
tempo. A simplificação, provocada pela prostaférese, era relativa e, sendo assim, o problema
ainda permanecia.
PA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
PG 2 4 8 16 32 64 128 256 512 1024 2048 4096 8192 16394
Assim, 256x32=8192 resultado esse que foi encontrado através de uma simples
operação de adição.
1
John Napier (1550-1617) - Barão escocês, Napier foi teólogo e matemático. Em toda a sua obra, o conceito de função logarítmica
está implícito, embora isso não fosse o fato mais importante para Napier. Na verdade, seu intuito era apenas o de simplificar
computações, especialmente de produtos e quocientes.
2
Prostaférese - Adição e subtração em grego.
3
Howard Eves é o autor do livro “Introdução à História da Matemática”. A referência é da tradução de Hygino H. Domingues, 2ª
edição, editora da UNICAMP, Campinas, SP, 1997.
136
7 7 1 L
Assim, o logaritmo de Napier de 10 é 0 e o de 10 .(1 - 7
) é 1.
10
Enquanto Napier trabalhava com uma progressão geométrica onde o primeiro termo
7 4
era 10 .b e a razão b, ao que parece de forma independente, Bürgi também lidava com o
problema dos logaritmos.
-4
Bürgi empregou uma razão um pouco maior do que 1, qual seja 1,0001=1+10 . O
8
primeiro termo de sua PG era 10 e ele desenvolveu uma tabela com 23027 termos.
Como Napier, Bürgi considerou uma PG cuja razão era muito próxima de 1, a fim de
que os termos da seqüência fossem muito próximos e os cálculos pudessem ser realizados
com boas aproximações.
5
Posteriormente, Napier, juntamente com Briggs , elaboraram tábuas de logaritmos
mais úteis de modo que o logaritmo de 1 fosse 0 e o logaritmo de 10 fosse uma potência
conveniente de 10, nascendo assim os logaritmos briggsianos ou comuns, ou seja, os
logaritmos dos dias de hoje.
Ainda segundo Eves, durante anos ensinou-se a calcular com logaritmos na escola
média ou no início dos cursos superiores de matemática; também por muitos anos a régua de
cálculo logarítmica foi o símbolo do estudante de engenharia do campus universitário.
Hoje, porém, com o advento das espantosas e cada vez mais baratas e rápidas
calculadoras, ninguém mais em sã consciência usa uma tábua de logaritmos ou uma régua de
cálculo para fins computacionais.
A função logarítmica, porém, nunca morrerá pela simples razão de que as variações
exponencial e logarítmica são partes vitais da natureza e da análise. Conseqüentemente, um
estudo das propriedades da função logarítmica e de sua inversa, a função exponencial,
permanecerá sempre uma parte importante do ensino da matemática.
4
Jost Bürgi (1552-1632) - O suíço Bürgi, foi matemático e fabricante de instrumentos astronômicos. Acredita-se que a idéia de
logaritmos tenha ocorrido a Bürgi seis anos antes de Napier começar a trabalhar na mesma direção. Porém, Bürgi publicou seus
resultados em 1620, apenas seis anos depois de Napier ter publicado sua obra sobre esse assunto. Por isso, Bürgi tem sido
considerado um descobridor independente, que não teve créditos devido à antecipação de Napier em publicar os resultados obtidos.
As principais diferenças entre Bürgi e Napier estão nas terminologias e nos valores numéricos adotados para o início do trabalho.
5
Briggs (1561 - 1631) - Briggs, juntamente com Napier, discutiram em 1615 sobre possíveis modificações no método dos
logaritmos. Concordaram em utilizar potências de dez e que logaritmo de 1 deveria ser zero e o logaritmo de dez deveria ser 1. Foi o
primeiro a construir uma tabela de logaritmos. Começou com log 10=1 e depois achou outros logaritmos. Em 1617, ano da morte de
Napier, ele publicou uma obra que continha os logaritmos de 1 a 1000, cada um com 14 casas decimais. Em 1624, publicou
Arithmetica logarithmica, que continha os logaritmos, também calculados com 14 casas decimais, de 1 a 20000 e de 90000 a
100000. A partir de então, todos os estudos envolvendo logaritmos, tais como se conhece hoje, puderam ser realizados com o
auxílio das tabelas de Briggs.
6
Claude Elwood Shannon (1916 - 2001) - Nascido nos Estados Unidos, formou-se em Matemática e Engenharia Elétrica em 1936
pela Universidade de Michigan. Em 1937 ele estabeleceu uma ligação entre os circuitos elétricos e o formalismo lógico. Ao longo
da Segunda Guerra Mundial, seus estudos deram origem a um ramo de estudos conhecido como Teoria da Informação.
137
S
Cmáx = B.log2 ( )
N
Muitos devem estar pensando... Mas que inutilidade? Afinal, para que servem os
logaritmos?
Para expressar a acidez (ou alcalinidade) de uma solução, usa-se uma escala que
recebe o nome de escala de pH. Essa escala, baseada na concentração de íons de
hidrogênio, é definida por:
+
pH = - log [H ]
Todo meio ácido tem pH < 7, e todo meio alcalino, pH > 7. A escala de pH estende-se
de um mínimo de 0 a um máximo de 14. O termo de comparação é a água pura, cujo pH é 7.
pH = potencial hidrogeniônico
EXEMPLO
+ -8,2
A concentração de hidrogênio de uma solução é [H ] = 1,0x10 . Essa solução é ácida
ou básica?
pH = - (-8,2xlog10)
Como log 10 = 1, teremos que pH = 8,2, que é maior que 7 (pH > 7), portanto a solução
é alcalina (ou básica).
Inseri este exemplo, só para terem uma noção de que as ciências são intimamente
ligadas. Conhecimentos de matemática são utilizados constantemente na física, na química, na
biologia e em demais matérias.
Sabemos que 5 elevado à potência 2, resulta 25, agora mudamos o contexto e vou
fazer uma pergunta:
- Qual o número (expoente) que devemos elevar o 5 para obtermos 25? Você deve estar
pensando:
138
Sim, porque essa é bem fácil, as difíceis não saem tão simples assim. Vamos começar
de baixo.
log5 25 = x
Onde "x" é o expoente que devemos elevar a base 5 para obtermos 25.
Como sabemos que devemos elevar o 5 ao quadrado (ou seja, à potência 2) para
obtermos 25, chegamos à conclusão que o logaritmo de 25 na base 5 é 2:
log5 25 = 2
Note que, anteriormente, dissemos que "x" é o expoente de "b", e na figura acima está
escrito que "x" é o "logaritmo". Isso acontece, pois o LOGARITMO É UM EXPOENTE.
Agora, com esta breve introdução, podemos escrever uma primeira definição de
logaritmo ( ainda não é a oficial, mas é o que temos até agora):
Esta é a apenas uma definição. Você deve ter entendido bem o que está escrito acima
dela para ir ao próximo capítulo de estudo.
139
Para mostrar quais são estas condições, vamos dar um EXEMPLO ERRADO para
cada restrição existente, para que você veja o absurdo que seria se elas não existissem.
EXEMPLO
Ou seja, queremos saber qual o expoente que devemos elevar o número 4 para
obtermos -16. Você viu no capítulo de potenciação que não há valor para este expoente.
Chegamos então a um absurdo.
Por causa deste tipo de absurdo, há uma restrição quanto ao sinal do logaritmando:
Veja que esta primeira restrição já inclui o fato de que o logaritmando deve ser
diferente de ZERO. Duvida? Experimente encontrar o logaritmo de ZERO na base 3 (log3 0).
Ou seja, queremos saber qual o expoente que devemos elevar o número -4 para
obtermos 4. Novamente chegamos em um absurdo, não há expoente que faça isso.
c) Calcule log1 4.
Queremos saber qual o expoente que devemos elevar a base 1 para obtermos 4.
Como visto no capítulo de potenciação, a base 1 elevada a qualquer expoente resulta 1, ou
seja, não existe expoente para a base 1 que resulte 4. Absurdo!
d) Calcule log0 4.
Traduzindo, qual o expoente que devemos elevar a base 0 para obtermos 4. Absurdo!
Com estes três exemplos sobre a base do logaritmo, chegamos na segunda condição
de existência:
Note que é dito que a base deve ser um número positivo, ou seja, não pode ser ZERO
também.
CONDIÇÕES DE EXISTÊNCIA
logb N = x
1° N>0
2° b>0
3° b ≠1
140
Lembrando que domínio é o conjunto dos números para os quais a função existe,
devemos apenas aplicar as condições de existência no logaritmo para encontrar seu domínio.
EXEMPLO
2
Qual o domínio da função real definida por f(x) = log5(5x – x – 6)?
Vemos que a base já está definida, vale 5. Portanto, não devemos aplicar a condição
2 2
de existência na base, somente no logaritmando: 5x – x – 6 > 0, arrumando teremos: - x + 5x
– 6 > 0.
Desenhando a parábola:
Portanto, os valores nos quais a parábola retorna valores positivos estão no intervalo
entre 2 e 3. Este será o domínio: Domínio = {x ∈ R / 2 < x < 3}.
Note que temos nesta expressão exatamente as duas maneiras de mostrar a pergunta
feita no início do estudo de logaritmos: "Qual o expoente x que devemos elevar a base b para
resultar N".
Veja que, a flecha indicada nessa propriedade está nos dois sentidos, ou seja, você
pode transformar logaritmo em exponencial e exponencial em logaritmos.
EXEMPLOS
a) Qual o logaritmo de 216 na base 6?
x
b) Qual o valor de "x" na equação 5 = 6?
141
EXERCÍCIOS
a) loga81 = 4 c) loga10 = 2
b) loga1024 = 20 1
d) log9a 27 =
2
9 1
4) O número real x, tal que logx( )= ,é
4 2
81 1 81
a) c) e) −
16 2 16
3 3
b) − d)
2 2
log a -2
5) (PUCRS) Escrever b b = b equivale a escrever:
1
a) a =
b2
2
b) b=a
2
c) a=b
2
d) b =-a
1
e) b= 2
a
(x + 1) b
6) (PUCRS) A solução real para a equação a = , com a>0, a≠1 e b>0, é dada por:
a
a) loga b
b) loga (b + 1)
c) loga (b) + 1
d) loga (b) + 2
e) loga b) - 2
142
4.5.5 Conseqüências da Definição
Considerando a definição do logaritmo e todas as condições de existência, existem
algumas propriedades que os logaritmos sempre obedecem.
1ª Conseqüência: logb1 = 0
A pergunta feita por este logaritmo é: Qual o expoente que devemos elevar a base "b"
para obter 1? Como sabemos que qualquer número elevado à ZERO é um, então o logaritmo
de 1 em qualquer base é ZERO também. Esta propriedade está provada.
Utilizando a equivalência fundamental para provar que resulta ZERO. Então vamos
igualar a x:
logb1 = x
x
Aplicamos a equivalência fundamental 1 = b .
Agora devemos recordar que qualquer base elevada à ZERO resulta 1, logo x = 0.
2ª Conseqüência: logb b = 1
Qual o expoente que devemos elevar a base "b" para obtermos "b"? Se não houve
modificação no número, então o expoente é 1.
logbb = x → b = b → x = 1
x
m
3ª Conseqüência: loga (a ) = m
m
Qual o expoente devemos elevar a base a para obtermos a ? É uma pergunta quase
óbvia, o expoente é m.
m m x
Equivalência fundamental: loga (a ) = x ⇒ a = a ⇒ x = m
4ª Conseqüência: a
log ab
=b
Esta é a mais importante das propriedades, e sua demonstração não é tão trivial assim.
Vou tentar mostrar com uma questão:
EXEMPLO
log 3
- Qual o valor de x na expressão x = 5 5 .
Com isso podemos cortar os logaritmos de base 5 dos dois lados da igualdade e
obtermos x = 3.
143
Ou seja, quando tivermos uma potência, em forma de logaritmo com a mesma base
desta potência, podemos cortar.
Trocando em miúdos, podemos dizer que, quando temos um logaritmo de cada lado da
igualdade, ambos a mesma base, podemos "cortar" os logaritmos e igualar os logaritmandos.
logab = logac ↔ b =c
Imagine você, sem calculadora, tendo que fazer a multiplicação de dois números
grandes! Não seria mais fácil somá-los? Ou ter a posse de dois números que, somados, dão o
mesmo resultado que o produto desejado?
Aqui temos a Prostaférese. Veja que do lado esquerdo da igualdade temos log de uma
multiplicação, e na direita uma soma de logaritmos.
Para provar essa propriedade não é tão difícil. Tente acompanhar o raciocínio.
Faz de conta que temos um número x que é a soma de dois logaritmos que estão na
mesma base b:
X = logbA + logbB
Se temos esta igualdade, podemos colocar a mesma base b dos dois lados como
potenciação:
(logb A + logbB)
x
b =b
Agora podemos pode aplicar a propriedade de potenciação: b x = b(logb A ) .b(logb B ) .
144
x
E ficamos com: b = A.B
A
2ª Propriedade: logb ( ) = logbA - logbB
B
Esta é quase a mesma coisa que a anterior, mas em vez de multiplicação temos a
divisão e no lugar da soma vira subtração. A demonstração é extremamente parecida com a 1°
propriedade. Tente demonstrar você, siga os passos da anterior.
n
3ª Propriedade: logb(A ) = n.logbA
Poderíamos ter saído da primeira linha diretamente para a última, essa é a facilidade
de saber esta propriedade.
145
EXEMPLOS
x
a) (UFRGS) A raiz da equação 2 = 12 é:
a) 6
b) 3,5
c) log 12
d) 2log23
e) 2 + log23
a) a+b
b) 2a + b
c) a + 2b
d) a.b
e) a/b
+
Líquidos [H ]
-7
Água pura 1,0 x 10
-8
Água do mar 1,0 x 10
-3
Coca-cola 1,0 x 10
-12
Água sanitária 1,0 x 10
-5
Café preparado 1,0 x 10
146
EXERCÍCIOS
log 3
1) (UCS) O valor de ( 2) 2
é:
3 d) 2
a) 3
e) 2
b) 2
c) 6
a) 4a + b 4a + 3b
b) 12a + 3b d)
3
a + 4b
c) 4a + b
3 e)
3
a3
3) (PUCRS) Se log a = 4 e log b = 1, então log 3 é igual a:
b
1 c) 3
a)
5 d) 3
11 e) 5
b)
3
log x log 4x
4) (PUCRS) A solução da equação 8 8 . 8 8 = 1 pertence ao intervalo:
a) [ -2, 0) 1 1
1 d) [ , ]
b) [ − , 0) 4 2
2 e) [2, 4]
1
c) [0, )
2
5) Dado log 5 = P, calcule o valor de log 200 em função de P:
a) 5P d) 3 – P
b) 200P e) 5 - P
c) P – 3
x + y = 13
6) (CAJU) A solução para o sistema de equações: é:
log x + log y = log 36
a) (7, 6) d) (1, 12)
b) (6, 7) e) (0, 36)
c) (9, 4)
147
4.5.7 Mudança de Base
Em algumas questões, pode ser apresentado um logaritmo que possui uma base não
muito boa para a resolução da questão.
Neste tópico iremos aprender o que fazer para colocarmos qualquer base que
quisermos no logaritmo da questão.
A regra é a seguinte:
log c a
Mudança de base logb a =
log c b
A base nova "c" pode ser qualquer número que satisfaça a condição de existência da
base, ou seja, c > 0 e c ≠ 1.
x
E aplicar novamente a 4ª conseqüência, agora no lado direito: a = [b] .
EXEMPLO
a) L + M M L
b) L – M d) e)
L M
c) L.M
148
4.5.8 Conseqüência da Mudança
A mudança de base nos dá mais algumas ferramentas para utilizar calculando
expressões que envolvam logaritmos.
1
1ª Conseqüência: loga b =
log b a
log b b
logab =
log b a
1
Mas sabemos que logb b =1, portanto: . Como queríamos demonstrar.
log b a
Veja como pode cair no vestibular esta propriedade através do exemplo abaixo:
EXEMPLO
Quando temos uma multiplicação de dois logaritmos em que um deles possui a base
igual ao logaritmando do outro, podemos cortar estes dois e transformar em um logaritmo só.
E trocamos os dois logaritmos para uma base comum qualquer. Pode ser qualquer
uma. Vou escolher a base a, ou seja, trocamos as bases dos dois logaritmos para a base a (no
caso, o primeiro logaritmo já está na base a, portanto, não precisamos mexer nele):
149
log a c
logba.
log a b
Agora os dois termos logb a podem ser cortados, e sobra: logac, Como queríamos
demonstrar.
EXEMPLO
Para resolver este tipo de equação não existe um mecanismo geral, algo que dê pra
dizer, aplique isso e você acertará.
Uma regra que deve sempre ser seguida ao terminar a resolução de uma equação
logarítmica, é a seguinte:
EXEMPLOS
2 1
1) O conjunto solução da equação logarítmica log4(x + x ) = é:
2
a) {-1; 2} c) {-2} e) { }
b) {-2; 1} d) {1}
x
2) O número real x que satisfaz a equação log2 (12 – 2 ) = 2x é:
a) log2 5 c) 2 e) log2 3
b) log2 3 d) log2 5
3) A equação log3 x = 1 + logx 9 tem duas raízes reais. O produto dessas raízes é:
a) 0 d) 6
1 e) 3
b)
3
c) 9
150
4.5.10 Gráfico da Função logarítmica
A representação gráfica de um logaritmo pode ser de duas formas. Veja os gráficos
abaixo mostrando as duas formas para a função y = logb x:
CRESCENTE DECRESCENTE
E o eixo y é uma assíntota vertical, ou seja, a curva não toca o eixo y nunca, apenas
vai chegando cada vez mais perto, sem tocar.
EXEMPLO
(B) (D)
151
Obs - Devemos saber também que, quanto maior a base de um logaritmo, mais próximo de
ambos os eixos estará seu gráfico. Veja a figura abaixo:
E com isso, chegamos ao intervalo da resposta. Essa regra é para todas inequações.
152
EXEMPLO
- Qual o intervalo solução da inequação: log (x + 1) + log (x – 3) ≤ log (x) – log (2)
153
EXERCÍCIOS
154
4.5.12 Cálculo com logaritmos decimais
Em todos os problemas resolvidos até aqui, tanto em equação quanto em inequação
logarítmica, foi possível a obtenção de bases iguais nos dois membros. Entretanto, a operação
ou cálculo de logaritmos requer atenção a dois problemas básicos:
Para resolver tais problemas iremos utilizar uma tabela também chamada de tábua de
7
logaritmos. Podemos ainda utilizar uma calculadora cientifica .
Seja n = 10 , onde c ∈ Z.
c
c
Então: log n = log 10 = c.log 10 = c. 1 = c ⇒ log n = c
O resultado é um número inteiro.
EXEMPLO
a) n = 10.000
1
b) n =
1.000
c) n = 0,001
-4
d) n = 10
Ao número 0,m, tal que 0 < m < 1, chamamos de mantissa do logaritmo decimal de
n (a palavra mantissa significa excedente, sobra).
zero.
7
Normalmente, toda calculadora científica possui a função que permite calcular o valor do logaritmo decimal ou de
base 10 de um número.
155
4.5.12.3 Propriedades da característica
1º. Se x > 1, então a característica do log x é igual ao número de algarismos da parte inteira
de x, menos 1.
EXEMPLO
2º. Se 0 < x < 1, então a característica do log x é o oposto da quantidade de zeros que
precedem o primeiro algarismo significativo de x.
EXEMPLO
Isso implica dizer que os logaritmos de dois números cujas representações decimais
diferem apenas pela posição da vírgula têm mantissas iguais.
EXEMPLO
a) log 3 =
b) log 30 =
c) log 300 =
d) log 3000 =
e) log 0,3 =
f) log 0,03 =
156
EXERCÍCIOS
100
4) Qual o número de algarismos do número 2 ?
157
4.6 ERROS E TRATAMENTOS DE DADOS
4.6.1 Introdução
A palavra incerteza significa dúvida. Expressa a dúvida na validade do resultado de
uma medição. Em geral, a incerteza consiste de vários componentes que podem ser
agrupados em duas categorias gerais:
Esse texto tratará basicamente dos componentes que podem ser estimados por
métodos estatísticos.
-1 -1
Medida Viscosidade (g.cm .s )
A 9,8 ± 0,2
B 12,3 ± 4,0
Padrão 9,3
No caso acima, apesar da medida A estar aparentemente mais próxima do padrão, sua
incerteza e respectivo intervalo de confiança, indica um provável erro de medida (Erro de
medida é a discordância de uma medição relativamente ao seu valor verdadeiro), enquanto
que o valor da medida B, apesar de ter uma incerteza maior, concorda com o valor do padrão.
8
É uma notação amplamente utilizada no mundo da Ciência. Torna-se uma arma bastante eficaz quando queremos
expressar números muito grandes ou muito pequenos, esta notação faz uso de potências de 10. Qualquer número
pode ser expresso em notação científica, ou seja, em um número compreendido entre 1 e 10 multiplicado por uma
potência de 10, como descrito a seguir: X · 10n (onde 1 ≤ X < 10).
158
e arredondando o valor em alguma casa decimal) e multiplicando tudo pela potência de dez
adequada.
Por exemplo, o comprimento de uma estrada vale 14.269.513 mm ou, usando notação
7
científica e mantendo apenas os algarismos significativos 1,427x10 mm.
Note que foram usados apenas três algarismos após a vírgula sendo que o último foi
arredondado para “cima” uma vez que 1,4269 está mais próximo de 1,427. Note que ao truncar
e arredondar as casas decimais, perdemos algo da informação inicial, mas isso pode ser
remediado usando quantos algarismos forem necessários depois da vírgula, como por
7
exemplo, 1,4269513 x 10 mm que reproduz o valor com toda a precisão inicial (se é que a
estrada foi de fato medida com precisão milimétrica)
EXEMPLO
-5
a) O número 1,57 x 10 contém 3 algarismos significativos que são os números 1, 5 e 7
sendo o número 7 o algarismo duvidoso.
a) Entre 0 e 1 cm
b) Entre 1 e 2 cm
c) Entre 1,5 e 1,6 cm
d) Entre 1,54 e 1,56 cm
e) Entre 1,546 e 1,547 cm
Você acertou se optou pela alternativa (d). Isso porque, na leitura de uma escala, o
algarismo significativo mais à direita de um número deve sempre ser o duvidoso (não esqueça:
o algarismo duvidoso também é significativo!). Resumindo: Qualquer medida por comparação
entre um objeto e uma escala deve incluir além dos dígitos exatos (1,5 nesse caso) uma
estimativa do algarismo duvidoso. Uma vez que a régua foi marcada em milímetros você deve
estimar o comprimento fracionário (em décimos de mm) que melhor expressa sua medição.
Você pode não precisar se o valor é 1,54, 1,55 ou mesmo 1,56.
a) Entre 0 e 2 cm
b) Entre 1 e 2 cm
c) Entre 1,9 e 2,0 cm
d) Entre 1,92 e 1,94 cm
e) Entre 1,935 e 1,945 cm
No exemplo acima podemos afirmar que a metade da menor divisão é uma estimativa
da nossa incerteza: portanto o diâmetro da moeda pode ser expresso como:
1,92 ± 0,005 cm
159
d) A medida 2, 35 cm apresenta três algarismos significativos (2, 3 e 5), sendo dois
algarismos corretos (2 e 3) e um algarismo duvidoso (5).
e) A medida 0,00057 mm apresenta somente dois algarismos significativos (5 e 7), sendo um
correto (5) e um duvidoso (7). Observe que os zeros à esquerda não são algarismos
significativos, pois servem apenas para posicionar a vírgula no número. Nesse caso, é
-4
aconselhável escrever a medida em notação científica: 5,7X10 mm.
f) A medida 150,00 km apresenta cinco algarismos significativos, sendo os quatro primeiros
corretos, e o último zero é o algarismo duvidoso. Em notação científica escrevemos:
2
1,5000X10 km. Note que ao escrevermos um número usando as potências de 10
mantemos a quantidade de algarismos significativos deste número, ou seja, mantemos sua
precisão.
• todo algarismo diferente de zero será considerado algarismo significativo de uma medida
• todos os zeros localizados à extrema esquerda de uma medida não serão considerados
algarismos significativos
EXEMPLOS
a) Um corpo pesou 2,2 g numa balança analítica cuja sensibilidade é de ±0,1 g e outro 0,1145
g ao ser pesado em uma balança analítica. Calcular a massa total dos dois corpos, nestas
condições.
160
b) Um pedaço de polietileno pesou 6,8 g numa balança cuja incerteza é de ±0,1 g. Um
pedaço deste corpo foi retirado e pesado em uma balança analítica cuja massa medida foi
de 2,6367 g. Calcular a massa do pedaço de polietileno restante.
Suponha que desejemos, por exemplo, multiplicar 3,67 por 2,3. Realizando
normalmente a operação encontramos: 3,67 x 2,3 = 8,441.
Entretanto, procedendo desta maneira, aparecem, no produto, algarismos que não são
significativos. Para evitar isto, devemos observar a seguinte regra: verificar qual o fator que
possui o menor número de algarismos significativos e, no resultado, manter apenas um número
de algarismos igual ao deste fator. No nosso caso, o fator que possui o menor número de
algarismos significativos é 2,3, tal que devemos manter, no resultado, apenas dois algarismos,
ou seja: 3,67 x 2,3 = 8,4.
EXEMPLOS
b) Na titulação de 24,98 mL de HCl foram gastos 25,50 mL de solução de NaOH 0,0990 mol/l.
Calcular a concentração da solução de HCl.
161
EXERCÍCIOS
2) Faça o arredondamento dos seguintes números para que contenham quatro, três e dois
algarismos significativos:
a) 12,9994 d) 4.702.801
b) 3,00828 e) 0,0030452
c) 38.655
3) Sabendo que a densidade do clorofórmio é de 1,4832 g m/l a 20ºC, qual seria o volume
necessário para ser usado num procedimento extrativo que requer 59,69 g deste solvente?
4) Expresse cada um dos seguintes números em notação científica, e mostre qual será o
número de algarismos significativos em cada um deles:
a) 0,0002009 c) 0,020580
b) 40.883.000 d) 8.040
3
6) Um aluno pretendia medir 5 cm de uma dada solução com a maior precisão possível.
Sabendo que tinha à sua disposição uma proveta de capacidade 20 mL (± 0,15 mL ),
pipetas graduadas de 10 mL (± 0,05 mL ) e pipetas graduadas de 20 mL (± 0,08 mL ), qual
o instrumento que deveria escolher? Por quê?
3
7) O João mediu 15 cm de água usando uma proveta graduada de 20 mL (± 0,15 mL ) e o
3
Tiago mediu 10 cm de água usando uma pipeta de transferência de 10 mL (± 0,05 mL ).
a) Qual dos dois procedeu a uma medição com maior rigor? Justifique, com base na
incerteza relativa em cada caso.
b) Exprima o resultado de cada uma das medições efetuadas com o número correto de
algarismos significativos.
8) Foi realizada uma medida do comprimento de uma mesa, e observado na régua o valor de
2,30 m. O instrumento usado era graduado em centímetros. Escreva o valor do
comprimento da mesa.
9) A medida x = 0,3002 cm, escrita com apenas dois algarismos significativos e em notação
cientifica, é melhor expressa pela alternativa:
-1
a) 0,30 cm c) 0,3 cm e) 3,2X10 cm
-1 1
b) 3,0X10 cm d) 3,0X10 cm
162
4.6.4 Como expressar a incerteza no resultado de uma medição
Quantos algarismos significativos devem ter a incerteza de uma medida?
• caso o primeiro dígito significativo da incerteza for maior ou igual a 3, podemos usar
UM ou DOIS algarismos significativos para a incerteza
Qualquer que seja o caso sempre podemos usar dois significativos para expressar a
incerteza.
Mas atenção, quando a incerteza for resultado de uma estimativa ou apenas indicativa,
tal como a metade da menor divisão de um instrumento, sugerimos usar apenas UM dígito
significativo.
Não tem sentido, por exemplo, expressar a incerteza de uma régua milimetrada com
DOIS significativos (0,50 mm), basta escrever 0,5 mm.
• O resultado de uma medição pode ser expresso como um valor, seguido de sua
incerteza, ambos multiplicados por uma potência de dez e a unidade de medida física
2
correspondente: por exemplo, X = (1,34 ± 0,04)x10 km
• Usar a mesma potência de dez tanto para o valor da grandeza como para sua
incerteza
• O número de dígitos decimais no resultado de uma medição tem que ser o mesmo que
na incerteza
Uma medida terá sentido somente quando se puder determinar, de uma forma ou de
outra, o erro de que está afetada.
Quando efetuamos uma medida ou várias medidas (nas mesmas condições, de uma
mesma grandeza), o valor dessa grandeza deve ser expresso pela relação:
X = ( X ± σ X ) unidade
No caso de uma única medida X é a própria medida e para várias medidas é a média
dos valores medidos, e σ X , chamada de incerteza para uma única medida, e de desvio para
várias medidas. Como obter tais quantidades é o que veremos a seguir. E para isso
primeiramente vamos falar a respeito da classificação das medidas e de estatísticas de erros.
4.6.4.2 Definições
163
Ao leitor interessado em aprofundar seus conhecimentos ou ansioso por outros
exemplos, recomendamos fortemente consultar a referência citada.
4.6.4.2.1 Medição
• Medição: conjunto de ações que têm por objetivo determinar um valor de uma
grandeza.
• Estimativa: valor de uma estatística (uma conta) utilizada para estimar um parâmetro
(uma média, por exemplo) da totalidade de itens (em geral finito), obtido como
resultado de uma operação sobre uma amostra (em geral um conjunto limitado de
dados) supondo um determinado modelo estatístico de distribuição (distribuição normal
ou Gaussiana, por exemplo).
164
• Condições de repetitividade incluem:
⇒ mesmo procedimento de medição
⇒ mesmo observador
⇒ mesmo instrumento de medição sob as mesmas condições
⇒ mesmo local
⇒ repetição em curto período de tempo
Deve-se atentar e distinguir com cuidado os termos “erro” e “incerteza”. Esses termos
não são sinônimos, ao contrário, representam conceitos completamente diferentes. Não devem
ser confundidos nem mal empregados.
4.6.4.2.3.1 Erro
Uma medição tem imperfeições que dão origem a um erro no resultado da medição. O
erro de uma medição é sua diferença para o valor verdadeiro (que em geral não é acessível). O
erro de uma medição costuma ser classificado em dois componentes: erro aleatório e erro
sistemático. O erro aleatório tem origem em variações imprevisíveis também chamados efeitos
aleatórios.
O desvio padrão da média representa, sim, uma medida da incerteza da média devido
aos efeitos aleatórios. O erro sistemático, em geral, não pode ser eliminado, mas pode
eventualmente ser reduzido modificando o processo de medição ou, caso seja identificado,
deve ser corrigido.
O parâmetro pode ser um desvio padrão (ou um múltiplo dele) ou a metade do intervalo
de uma escala.
Em geral a incerteza de uma medição consiste de vários componentes que podem ser
agrupados em duas categorias gerais: os que podem ser avaliados com auxílio de métodos
estatísticos e os que necessitam de outros meios.
165
4.6.5.1 Medida Direta
Quando somente uma leitura é suficiente. Ex. Medida da largura de uma mesa. Basta
medirmos uma única vez.
É quando uma medida é obtida com o auxílio de uma equação. Por exemplo: a
determinação da velocidade final de um corpo preso por um fio, em translação na direção
2h
vertical (aceleração constante). A velocidade final é expressa por V = . Para determinar a
t
velocidade, utilizamos as medidas da altura e do tempo médio de queda.
Ocorrem sempre num mesmo sentido. Podem ser devido ao experimentador, como
atraso (ou antecipação) ao acionar um cronômetro; a um erro de paralaxe ou erro de
calibração.
166
4.6.7 Variáveis estatísticas
4.6.7.1 Uma única medida (incerteza)
O critério é o seguinte: Quando efetuamos uma única medida, tomamos como incerteza da
medida a metade da menor subdivisão.
EXEMPLO
Necessitamos primeiramente tirar a média das medidas (que será o valor mais provável da
medida) e calcular o desvio, assim vejamos como se calculam essas quantidades.
4.6.7.2.1 Média
Vamos representar uma medida da grandeza x por x1, uma segunda medida realizada
nas mesmas condições de x1 da mesma grandeza x será representada por x2 e
sucessivamente para as demais medidas. Dessa forma, x1, x2, x3, x4, x5, ..........., xn
representam um conjunto de medidas realizadas, da mesma forma e com as mesmas
condições, de uma dada grandeza x. Se tivermos diferentes medidas para uma mesma
grandeza, como expressamos o valor dessa grandeza? Para isso, utilizamos o valor médio.
Uma vez que todas as medidas foram obtidas da mesma forma (com as mesmas condições), o
peso atribuído a cada medida será o mesmo. Portanto, a média que utilizaremos será uma
média aritmética simples:
X 1 + X 2 + X 3 + ... + X n 1 n
X=
n ∑
= . xi
n i =1
Obs - A barra horizontal sobre a grandeza X indica valor médio e o símbolo ∑ significa
somatório.
n
∆x = ∑ ∆x
i =1
i
167
4.6.7.2.3 Desvio Relativo
Desvio Absoluto
δr =
Valor (médio) da medida
Para obter o desvio relativo percentual, basta multiplicar o valor do desvio relativo por
100%.
∑ (x
i =1
i − x) 2 corresponde à somatória de todos os desvios quadráticos. Essa expressão será
utilizada na definição de desvio padrão que trataremos a seguir.
∑ (x − x)
i =1
i
2
Obs - Utilizaremos o símbolo σ para o desvio padrão embora seja também representado
pelos símbolos σ , s e σ n-1. São todos equivalentes e expressos pela relação (1). Utilizamos
esta equação quando temos menos de 100 medidas, ou seja, poucas medidas, sendo a
equação que utilizaremos neste curso.
Quando temos mais de 100 medidas, a incerteza ou desvio padrão da medida é expressa
por:
n
σ
∑ (x − x)
i =1
i
2
σx = =
n n.(n − 1)
Quando efetuamos várias medidas, nas mesmas condições, de uma mesma grandeza, o
valor dessa grandeza deve ser expresso pela relação:
x = ( x ± σ x ) unidade
4.6.7.2.7.1 Quantas casas depois da vírgula se devem utilizar quando efetuamos uma
medida?
Isso será de acordo com a precisão do instrumento de medida, muitas vezes anotadas
no próprio instrumento ou no manual do instrumento.
168
Por exemplo, o paquímetro possui um desvio de 0,05 mm, assim a medida deve ser
expressa também com duas casas após a vírgula.
Quando este valor não está anotado, observe quantas casas de precisão o instrumento
fornece.
No caso da trena, seria a metade da menor divisão, então 0,5 mm, tal que o resultado
da medida deve ser expresso com uma casa após a vírgula.
169
EXERCÍCIOS
c) O desvio relativo ( dr );
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
170
3) Numa experiência, a medida do comprimento de uma barra, repetida 5 vezes ( N = 5 ),
forneceu a tabela:
n 1 2 3 4 5
Ln (m) 2,21 2,26 2,24 2,22 2,27
4) Suponhamos que uma série de medidas de um tecido fosse: 3,02 m; 2,98 m; 2,99 m; 3,01
m; 3,05 m. Determine o valor médio, o desvio da medida e o desvio relativo.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5) Ao medir a altura de um armário alto foram obtidos os seguintes valores com uma trena:
2,055 m; 2,100 m; 2,035 m; 2,120 m; 2,105 m. Determine a altura média, o desvio da
medida e o desvio relativo.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
171
TÁBUA DE LOGARITMOS
n log n log n log n log n log
0 50 698970 100 000000 150 176091 200 301030
1 000000 51 707570 101 004321 151 178977 201 303196
2 301030 52 716003 102 008600 152 181844 202 305351
3 477121 53 724276 103 012837 153 184691 203 307496
4 602060 54 732394 104 017033 154 187521 204 309630
5 698970 55 740363 105 021189 155 190332 205 311754
6 778151 56 748188 106 025306 156 193125 206 313867
7 845098 57 755875 107 029384 157 195900 207 315970
8 903090 58 763428 108 033424 158 198657 208 318063
9 954243 59 770852 109 037426 159 201397 209 320146
10 000000 60 778151 110 041393 160 204120 210 322219
11 041393 61 785330 111 045323 161 206826 211 342482
12 079181 62 792392 112 049218 162 209515 212 326336
13 113943 63 799341 113 053078 163 212188 213 328380
14 146128 64 806180 114 056905 164 214844 214 330414
15 176091 65 812913 115 060698 165 217484 215 332438
16 204120 66 819544 116 064458 166 220108 216 334454
17 230449 67 826075 117 068186 167 222716 217 336460
18 255273 68 822509 118 071882 168 225309 218 338456
19 278754 69 838849 119 075547 169 227887 219 340444
20 301030 70 845098 120 079181 170 230449 220 342423
21 322219 71 851258 121 082785 171 232996 221 344392
22 342423 72 857332 122 086360 172 235528 222 346353
23 361728 73 863323 123 089905 173 238046 223 348305
24 380211 74 869232 124 093422 174 240549 224 350248
25 397940 75 875061 125 096910 175 243038 225 352183
26 414973 76 880814 126 100371 176 245513 226 354108
27 431364 77 886491 127 103804 177 247973 227 356026
28 447158 78 892095 128 107210 178 250420 228 357935
29 462398 79 897627 129 110590 179 252853 229 359835
30 477121 80 903090 130 113943 180 255273 230 361728
31 491362 81 908485 131 117271 181 257679 231 363612
32 505150 82 913814 132 120574 182 260071 232 365488
33 518514 83 919078 133 123852 183 262451 233 367356
34 531479 84 924279 134 127105 184 264818 234 369216
35 544068 85 929419 135 130334 185 267172 235 371068
36 556303 86 934498 136 133539 186 269513 236 372912
37 568202 87 939519 137 136721 187 271842 237 374748
38 579784 88 944483 138 139879 188 274158 238 376577
39 591065 89 949390 139 143015 189 276462 239 378398
40 602060 90 954243 140 146128 190 278754 240 380211
41 612784 91 959041 141 149219 191 281033 241 382017
42 623249 92 963788 142 152288 192 283301 242 383815
43 633468 93 968483 143 155336 193 285557 243 385606
44 643453 94 973128 144 158362 194 287802 244 387390
45 653213 95 977724 145 161368 195 290035 245 389166
46 662758 96 982271 146 164353 196 292256 246 390935
47 672098 97 986772 147 167317 197 294466 247 392697
48 681241 98 991226 148 170262 198 296665 248 394452
49 690196 99 995635 149 173186 199 298853 249 396199
50 698970 100 000000 150 176091 200 301030 250 397940
172
n log n log n log n log n log
250 397940 300 477121 350 544068 400 602060 450 653213
251 399674 301 478566 351 545307 401 603144 451 654177
252 401401 302 480007 352 546543 402 604226 452 655138
253 403121 303 381443 353 547775 403 605305 453 656098
254 404834 304 482874 354 549003 404 606381 454 657056
255 406540 305 484300 355 550228 405 607455 455 658011
256 408240 306 485721 356 551450 406 608526 456 658965
257 409933 307 487138 357 552668 407 609594 457 659916
258 411620 308 488551 358 553883 408 610660 458 660865
259 413300 309 489958 359 555094 409 611723 459 661813
260 414973 310 491362 360 556303 410 612784 460 662758
261 416641 311 492760 361 557507 411 613842 461 663701
262 418301 312 494155 362 558709 412 614897 462 664642
263 419956 313 495544 363 559907 413 615950 463 665581
264 421604 314 496930 364 561101 414 617000 464 666518
265 423246 315 498311 365 562293 415 618048 465 667453
266 424882 316 499687 366 563481 416 619093 466 668386
267 426511 317 501059 367 564666 417 620136 467 669317
268 428135 318 502427 368 565848 418 621176 468 670246
269 429752 319 503791 369 567026 419 622214 469 671173
270 431364 320 505150 370 568202 420 623249 470 672098
271 432969 321 506505 371 569374 421 624282 471 673021
272 434569 322 507856 372 570543 422 625312 472 673942
273 436163 323 509203 373 571709 423 626340 473 674861
274 437751 324 510545 374 572872 424 627366 474 675778
275 439333 325 511883 375 574031 425 628389 475 676694
276 440909 326 513218 376 577188 426 629410 476 677607
277 442480 327 514548 377 576341 427 630428 477 678518
278 444045 328 515874 378 577492 428 631444 478 679428
279 445604 329 517196 379 578639 429 632457 479 680336
280 447158 330 518514 380 579784 430 633468 480 681241
281 448706 331 519828 381 580925 431 634477 481 682145
282 450249 332 521138 382 582063 432 635484 482 683047
283 451786 333 522444 383 583199 433 636488 483 683947
284 453318 334 523746 384 584331 434 637490 484 684845
285 454845 335 525045 385 585461 435 638489 485 685742
286 456366 336 526339 386 586587 436 639486 486 686636
287 457882 337 527630 387 587711 437 640481 487 687529
288 459392 338 528917 388 588832 438 641474 488 688420
289 460898 339 530200 389 589950 439 642465 489 689309
290 462398 340 531479 390 591065 440 643453 490 690196
291 463893 341 532754 391 592177 441 644439 491 691081
292 465383 342 534026 392 593286 442 645422 492 691965
293 466868 343 535294 393 594393 443 646404 493 692847
294 468347 344 536558 394 595496 444 647383 494 693727
295 469822 345 537819 395 596597 445 648360 495 694605
296 471292 346 539076 396 597695 446 649335 496 695482
297 472756 347 540329 397 598791 447 650308 497 696356
298 474216 348 541579 398 599883 448 651278 498 697229
299 475671 349 542825 399 600973 449 652246 499 698101
300 477121 350 544068 400 602060 450 653213 500 698970
173
n log n log n log n log n log
500 698970 550 740363 600 778151 650 812913 700 845098
501 699838 551 741152 601 778874 651 813581 701 845718
502 700704 552 741939 602 779596 652 814248 702 846337
503 701568 553 742725 603 780317 653 814913 703 846955
504 702431 554 743510 604 781037 654 815578 704 847573
505 703291 555 744293 605 781755 655 816241 705 848189
506 704151 556 745075 606 782473 656 816904 706 848805
507 705008 557 745855 607 783189 657 817565 707 849419
508 705864 558 746634 608 783904 658 818226 708 850033
509 706718 559 747412 609 784617 659 818885 709 850646
510 706718 560 748188 610 785330 660 819544 710 851258
511 708421 561 748963 611 786041 661 820201 711 851870
512 709270 562 749736 612 786751 662 820858 712 852480
513 710117 563 750508 613 787460 663 821514 713 853090
514 710963 564 751279 614 788168 664 822168 714 853698
515 711807 565 752048 615 788875 665 822822 715 854306
516 712650 566 752816 616 789581 666 823474 716 854913
517 713491 567 753583 617 790285 667 824126 717 855519
518 714330 568 754348 618 790988 668 824776 718 856124
519 715167 569 755112 619 791691 669 825426 719 856729
520 716003 570 755875 620 792392 670 826075 720 857332
521 716838 571 756636 621 793092 671 826723 721 857935
522 717671 572 757396 622 793790 672 827369 722 858537
523 718502 573 758155 623 794488 673 828015 723 859138
524 719331 574 758912 624 795185 674 828660 724 859739
525 720159 575 759668 625 795880 675 829304 725 860338
526 720986 576 760422 626 796574 676 829947 726 860937
527 721811 577 761176 627 797268 677 830589 727 861534
528 722634 578 761928 628 797960 678 831230 728 862131
529 723456 579 762679 629 798651 679 831870 729 862728
530 724276 580 763428 630 799341 680 832509 730 863323
531 725095 581 764176 631 800029 681 833147 731 863917
532 725912 582 764923 632 800717 682 833784 732 864511
533 726727 583 765669 633 801404 683 834421 733 865104
534 727541 584 766413 634 802089 684 835056 734 865686
535 728354 585 767156 635 802774 685 835691 735 866287
536 729165 586 767898 636 803457 686 836324 736 866878
537 729974 587 768638 637 804139 687 836957 737 867467
538 730782 588 769377 638 804821 688 837588 738 868056
539 731589 589 770115 639 805501 689 838219 739 868644
540 732394 590 770852 640 806180 690 838349 740 869232
541 733197 591 771587 641 806858 691 839478 741 869818
542 733999 592 772322 642 807535 692 840106 742 870404
543 734800 593 773055 643 808211 693 840733 743 870989
544 735599 594 773786 644 808886 694 841359 744 871573
545 736397 595 774517 645 809560 695 841985 745 872156
546 737193 596 775246 646 810233 696 842609 746 872739
547 737987 597 775974 647 810904 697 843233 747 873321
548 738781 598 776701 648 811575 698 843855 748 873902
549 738781 599 777427 649 812245 699 844477 749 874482
550 740363 600 778151 650 812913 700 845098 750 875061
174
n log n log n log n log n log
750 875061 800 903090 850 929419 900 954243 950 977724
751 875640 801 903633 851 929930 901 954725 951 978181
752 876218 802 904174 852 930440 902 955207 952 978637
753 876795 803 904716 853 930949 903 955688 953 979093
754 877371 804 905256 854 931458 904 956168 954 979548
755 877947 805 905796 855 931966 905 956649 955 980003
756 878522 806 906335 856 932474 906 957128 956 980458
757 879096 807 906874 857 932981 907 957607 957 980912
758 879669 808 907411 858 933487 908 958086 958 981366
759 880242 809 907949 859 933993 909 958564 959 981819
760 880814 810 908485 860 934498 910 959041 960 982271
761 881385 811 909021 861 935003 911 959518 961 982723
762 881955 812 909556 862 935507 912 959995 962 983175
763 882525 813 910091 863 936011 913 960471 963 983626
764 883093 814 910624 864 936514 914 960946 964 984077
765 883661 815 911158 865 937016 915 961421 965 984527
766 884229 816 911690 866 937518 916 961895 966 984977
767 884795 817 912222 867 938019 917 962369 967 985426
768 885361 818 912753 868 938520 918 962843 968 985875
769 885926 819 913284 869 939020 919 963316 969 986324
770 886491 820 913814 870 939519 920 963788 970 986772
771 887054 821 914343 871 940018 921 964260 971 987219
772 887617 822 914872 872 940516 922 964731 972 987666
773 888179 823 915400 873 941014 923 965202 973 988113
774 888741 824 915927 874 941511 924 965672 974 988559
775 889302 825 916454 875 942008 925 966142 975 989005
776 889862 826 916980 876 942504 926 966611 976 989450
777 890421 827 917506 877 943000 927 967080 977 989895
778 890980 828 918030 878 943495 928 967548 978 990339
779 891537 829 918555 879 943989 929 968016 979 990783
780 892095 830 919078 880 944483 930 968483 980 991226
781 892651 831 919601 881 944976 931 968950 981 991669
782 893207 832 920123 882 945469 932 969416 982 992111
783 893762 833 920645 883 945961 933 969882 983 992554
784 894316 834 921166 884 946452 934 970347 984 992695
785 894870 835 921686 885 946943 935 970812 985 993436
786 895423 836 922206 886 947434 936 971276 986 993877
787 895975 837 922725 887 947924 937 971740 987 994317
788 896526 838 923244 888 948413 938 972203 988 994757
789 897077 839 923762 889 948902 939 972666 989 995196
790 897627 840 924279 890 949390 940 973128 990 995635
791 898176 841 924796 891 949878 941 973590 991 996074
792 898725 842 925312 892 950365 942 974051 992 996512
793 899273 843 925828 893 950851 943 974512 993 996949
794 899821 844 926342 894 951338 944 974972 994 997386
795 900367 845 926857 895 951823 945 975432 995 997823
796 900913 846 927370 896 952308 946 975891 996 998259
797 901458 847 927883 897 952792 947 976350 997 998695
798 902003 848 928396 898 953276 948 976808 998 999131
799 902547 849 928908 899 953760 949 977266 999 999565
800 903090 850 929419 900 954243 950 977724 1000 000000
175
REFERÊNCIAS
COLÉGIO SÃO FRANCISCO (São Paulo). ALGARISMOS significativos e Notação
científica: Operações e representação. Disponível em:
<www.csasp.g12.br/servicos/eol/multiplaEscolha/questao.asp?multiplaEscolhaID=30>. Acesso
em: 11 jan. 2009.
CRESPO, Antônio Arnot. Matemática Comercial e Financeira: Fácil. 13ª ed. São Paulo:
Saraiva 1999. 238 p.
176
177
CAPÍTULO 5 – QUÍMICA ORGÂNICA
Horário de Aula
178
5.1 INTRODUÇÃO
O cientista Torben Olof Bergman no ano de 1777 foi quem empregou o termo Química
Orgânica. Era considerada à química dos produtos de origem dos organismos vivos, animal ou
vegetal.
A Teoria da Força Vital surgiu através de John Jacob Berzelius ( 1779-1848 ), que
acreditava que os organismos vivos (plantas e animais) continham uma “força vital” que
caracterizava todos os compostos produzidos por eles. Deste modo, não se admitia a
possibilidade de compostos orgânicos virem a ser sintetizados em laboratório.
•
o
1 composto orgânico sintetizado artificialmente
NH2
+ - ∆ O=C
NH4 CNO
NH2
Cianeto de amônio uréia
Com está descoberta foi quebrado a teoria da força vital, deixando claro que os
compostos orgânicos não precisam necessariamente ser obtidos só a partir de organismos
vivos.
A partir desta descoberta procurou-se um novo conceito para a Química Orgânica. Foi,
em 1848, que Leopold Gmelin estudando os compostos orgânicos já descobertos, notou que
todos continham carbono, por isso, em 1859, AUGUST KEKULÉ definiu a Química Orgânica,
como sendo, à parte da química que estuda os compostos do elemento carbono.
A Química Orgânica tem grande importância para o universo, pois está envolvida em
todas as áreas de estudos, como: corantes, produtos farmacêuticos, papel, vestuários,
borrachas, gasolina, etc.
Sendo o carbono, elemento presente nos compostos orgânicos, faz-se necessário um
estudo mais detalhado desse elemento, para que possamos entender a Química Orgânica.
Kekulé
Kekulé foi aclamado, na sua época, como um dos melhores professores de Química do
mundo. Porém, atualmente, ele é mais reconhecido por suas explicações sobre como os
átomos se ligam, pela noção de valência (1858) e, principalmente, por ter resolvido um dos
problemas teóricos que mais desafiaram os cientistas, em meados do século passado: a
estrutura do benzeno.
Em 1865, ele propôs uma fórmula estrutural satisfatória para o benzeno, o que foi
conseguido através de um sonho, depois de muito tempo estudando o assunto.
O texto a seguir foi extraído de um discurso feito por Kekulé na prefeitura de Berlim, em
1890, em comemoração ao 25º aniversário do anúncio da fórmula do benzeno:
179
teoria da valência e estrutural. O que mais eu poderia ter feito com as valências não
utilizadas? Durante minha estada em Londres, eu residi em Clapham Road...
Freqüentemente, no entanto, passava as noites com meu amigo Hugo Mueller... Nós
conversávamos sobre muitas coisas, mas, com mais freqüência, de nossa amada
química. Em um agradável anoitecer de verão, estava retornando no último ônibus,
sentado do lado de fora, como de costume, trafegando pelas ruas desertas da cidade...
Eu caí em devaneio, e vejam só, os átomos estavam saltando diante dos meus olhos!
Até agora, sempre que esses seres diminutos haviam aparecido para mim, estavam
sempre em movimento; mas até aquele momento eu não fora capaz de perceber a
natureza de seus movimentos. Agora, entretanto, eu via como, freqüentemente, dois
átomos menores uniam-se para formar um par; como um maior abraçava os outros dois
menores; como outros ainda maiores retinham três ou mesmo quatro dos menores;
enquanto o conjunto mantinha-se girando em uma dança vertiginosa. Vi como os
maiores formavam uma cadeia, arrastando os menores atrás de si, mas somente nos
finais da cadeia... O grito do motorista: “Clapham Road” acordou-me do sonho; mas
passei uma parte da noite colocando no papel pelo menos o esboço dessas formas de
sonho. Essa foi a origem da “teoria estrutural”.
2 → camada k
o
N atômico → 6 4 → camada L
Nº de massa → 12,011 C → Símbolo
Carbono → nome do elemento
180
Distribuição eletrônica nos subníveis
Estado fundamental
2 2 2
1s 2s 2p
camada K camada L
Obs - Para provar o primeiro postulado de Kekulé é preciso fazer a hibridização, ou seja,
excitar os elétrons para que passe de um subnível para outro para que fique na forma
hibridizada.
Estado hibrido
C C C
C C
C C
C C
181
5.2.3 Tipos de ligações do carbono
O carbono pode fazer 4 ligações simples, 4 δ ( sigma ).
δ
δ C δ
δ
•
3
Hibridação: sp
• Ângulo entre ligações: 109°28’
• Geometria: tetraédrica
δ
δ
C
δ π
•
2
Hibridação: sp
• Ângulo entre ligações: 120°
• Geometria: trigonal plana
O carbono pode fazer duas ligações duplas ou uma simples e uma tripla, 2δ ( sigma ) e 2
π ( Pi )
δ δ π
δ
C ou C δ
π π π
• Hibridação: sp
• Ângulo entre ligações: 180°
• Geometria: linear
C C
C C C
C C C
182
• Carbono quaternário: está ligado a quatro outros carbonos
C C C
•
1
Hidrogênio: 1H = 1s → monovalente H
•
2 2 4
Oxigênio: 8O: 1s 2s 2p → bivalente O
•
2 2 3
Nitrogênio: 7N: 1s 2s 2p → trivalente N
Outros elementos que também formam compostos orgânicos, mas em menor número.
• Enxofre: S → bivalente
• Fósforo: P → trivalente
• Cloro: Cl → monovalente
• Bromo: Br → monovalente
• Iodo: I → monovalente
EXEMPLO
N NH2
O C ou O C
N NH2
Uréia
Obs - Nem todo composto que apresenta o carbono é necessariamente orgânico, embora
maior parte dos compostos de carbono seja assim considerado.
EXEMPLO
183
5.2.7 Principais características dos compostos orgânicos
EXEMPLO
5.2.8 Heteroátomo
É um átomo diferente do carbono, mas localizado entre eles (está dentro da cadeia
carbônica).
EXERCÍCIOS
OH
CH3 CH3
Resposta:
CH3 OH H H
CH3 C CH C CH C N CH CH3
184
d) (UFCE) Na estrutura abaixo as ligações representadas pelos algarismos 1,2 e 3 são,
respectivamente:
1 2 3
CH2 C CH CH2
NH2
a) simples, dupla, simples
b) dupla, simples, dupla
c) simples tripla, dupla
d) dupla, tripla, simples
5) Indique o número de ligações sigma (δ) e pi (π) das moléculas esquematizadas abaixo:
H
H
H C C C H δ ________________
H π ________________
O
C H
HO
H
δ ________________
CH3 – CH2 – CH(CH3) – CH2 – CO – CH2 – C(CH3)2 – CH3
π ________________
H O H δ ________________
C C O C C C N π ________________
H H H
O
CH3 – CH2 –C
OH
185
• Heterogênea - é a cadeia que possui heteroátomo
EXEMPLOS
O
b) CH3 – CH2 – C
OH
• Insaturada - é a cadeia que possuí dupla e/ou tripla ligação entre os carbonos.
EXEMPLO
a) H3C – CH = CH2
b) H3C - CH2 - C ≡ C - C H3
• Cadeias Aromáticas - são aquelas que possuem pelo menos um núcleo aromático.
186
Obs – O Núcleo aromático é formado por 6 átomos de carbono ligados entre si ciclicamente.
H H
H C H H C H
C C C C
C C C C
H C H H C H
H H
EXEMPLO
H C H
C C
C C
H C H
H H
H C C H
C C C
C C C
H C C H
H H
H C H
C C
H H
187
• Insaturada - se possuir pelo menos uma ligação dupla ou tripla.
H C C H
H C C H
H H
H C H
C C
H H
H H H
H C C H
C C H
H
H H
C C
H C H
H H
H H
H
H C C N
H
H C C H
H H
H
H
H C N C H
H
H C C H
H H
188
EXERCÍCIOS
CH3 – C = CH – O – CH3
CH3
189
o o
n de átomos n de átomos
Prefixo Prefixo
de carbono de carbono
Met 1 Tridec 13
Et 2 Tetradec 14
Prop 3 Pentadec 15
But 4 Eicos 20
Pent 5 Heneicos 21
Hex 6 Doeicos 22
Hept 7 Tricont 30
Oct 8 Tetracont 40
Non 9 Pentacont 50
Dec 10 Hexacont 60
Undec 11 Nonacont 90
Dodec 12 Hect 100
O hidrocarbonetos
Ol álcoois
Ona cetonas
Al aldeídos
190
EXERCÍCIOS
a a
Associe a 1 coluna de acordo com a 2 coluna.
São substâncias apolares e suas moléculas se mantêm unidas por forças de Van der
Waals. Possuem, portanto, baixo ponto de fusão e ebulição em comparação a compostos
polares.
EXEMPLOS
Prefixo: but –
Infixo: - an – butano
Sufixo: - o
b) CH2 = CH – CH3
Prefixo: prop -
Infixo: - en - propeno
Sufixo: - o
191
5.3.2.1 Classificação dos hidrocarbonetos
5.3.2.1.1 Alcanos
EXEMPLO
5.3.2.1.2 Alcenos
São hidrocarbonetos de cadeia aberta que possuem uma ligação dupla ( infixo – en - ),
apresentam fórmula geral CnH2n.
EXEMPLO
b) CH2 = CH2 eteno também conhecido com etileno (usado para amadurecimento
artificial de frutas)
Tem os mesmos nomes, ou seja, BUTENO, mas são substâncias distintas, como fazer
então para diferenciá-las?
Devemos indicar em qual carbono está a dupla ligação. Para isso, precisamos
enumerar a cadeia.
1 2 4
3
CH2 = CH – CH2 – CH3 but-1-eno (o número representado é sempre o menor)
1 2 4
3
CH3 – CH = CH – CH3 but-2-eno (tanto faz enumerar da esquerda para direita ou vice-versa)
4 3 2 1
Outros exemplos:
5 4 3 2 1
CH3 - CH2 – CH = CH - CH3 Pent-2-eno
6 5 4 3 2 1
CH3 - CH2 – CH2 – CH2 – CH = CH2 Hex-1-eno
192
5.3.2.1.3 Alcinos (Alquinos)
São hidrocarbonetos de cadeia aberta que possuem uma ligação tripla ( infixo in ),
apresentam fórmula geral CnH2n-2.
EXEMPLO
b) HC ≡ C – CH3 propino
4 3 2 1
c) CH3 – CH2 – C ≡ CH but-1-ino
5.3.2.1.4 Alcadienos
São hidrocarbonetos de cadeia aberta que possuem duas ligações duplas infixo (- dien
-) apresentam fórmula geral CnH2n-2.
EXEMPLO
1 2 3 4
b) CH2 = CH – CH = CH2 but-1,3-dieno
1 2 3 4
c) CH2 = C – CH = CH3 but-1,2-dieno
1 2 3 4 5 6 → soma: 2 + 5 = 7
CH3 – CH = CH – CH2 – CH = CH2
6 5 4 3 2 1 ← soma: 1 + 4 = 5
A menor soma foi da esquerda para a direita, então o nome do composto é: hex-1,4-
dieno.
Outro exemplo:
CH3 – CH2 - CH = CH – CH2 – CH = CH – CH2 – CH3
193
EXERCÍCIOS
a) Hept-3-eno
b) Pent-2-eno
c) hept-3-ino
d) but-1,2-dieno
São hidrocarbonetos de cadeia fechada que possuem apenas ligações simples ( infixo -
an - ), tem fórmula geral CnH2n.
EXEMPLO
H H
194
5.3.2.1.6 Ciclenos (cicloalcenos)
São hidrocarbonetos de cadeia fechada, que possuem uma ligação dupla (infixo–en-),
sua fórmula geral CnH2n - 2.
EXEMPLO
H H
EXEMPLOS
EXERCÍCIOS
a)
b)
c)
a) ciclopentano
b) ciclobutano
195
c) ciclobuteno
d) ciclohexeno
e) benzeno
f) ciclopent-1,3-dieno
g) ciclopent-1,2-adieno
5.3.2.1.8 Radicais
EXEMPLOS
Radical livre
Obs - Os nomes dos radicais são formados por um prefixo (que indica o número de carbonos)
seguido da terminação: - il ou - ila.
EXEMPLO
CH3 CH2
CH3
Radicais
Nome do composto:
• inicia-se com os radicais;
• cadeia principal que contém o maior número de carbonos.
196
PROCEDIMENTO
Cadeia principal
C C C C
C C
Se houver insaturações (ligações duplas ou triplas), essas ligações deverão fazer parte
da cadeia principal.
C C C C C C Cadeia principal
Quando houver um ou mais radicais, a cadeia principal será a que tiver acompanhada
do maior número de radicais.
a) radical
C
C C
radical
C
radical
C
b)
C C C C C radical
C C radical
C
cadeia de 5 carbonos e 3 radicais
III - Nomear o radical: Use a terminação - il. Havendo mais de dois radicais iguais coloque os
prefixos di-, tri-, etc.
EXEMPLO
197
V - Formar o nome do composto: Se houver mais de um radical, listar em ordem alfabética.
EXEMPLO
2)
CH3 – CH – CH – CH3
CH3 CH3
C C C C
C
(a) (b) (c) (d) (e)
Radical: metil
CH3
3)
CH3 CH CH CH CH3
CH2 CH3
CH3
(f) (g)
(f) (g)
198
Pode-se escolher então: ________________, _______________, _____________ e
__________________.
4) CH3 CH CH CH CH3
CH3 CH3
EXERCÍCIOS
CH3 CH3
R __________________________________
b) CH3 CH CH CH CH3
R ___________________________________
CH2
R ____________________________________
CH2 CH2
CH2
R ________________________________________
199
2- De a fórmula estrutural do composto 2,2- dimetilbutano
CH3
R ________________________.
CH3
CH2
200
● Radicais Arilas: são radicais derivados dos hidrocarbonetos aromáticos.
fenil benzil
CH2
α-naftil β-naftil
CH3
CH3 CH3
CH3 CH3
1
dimetil-1,2-benzeno ou ortodimetilxileno
CH3 ou ortoxileno ou o-xileno (orto- indica as
2
posições 1,2)
metilbenzeno ou tolueno
CH3
1
dimetil-1,4-benzeno ou
CH3 paraxileno ou p-xileno
1 dimetil-1,3-benzeno ou (para- indica as
metadimetilbenzeno ou posições 1,4)
metaxileno ou m-xileno
(meta- indica as
3 posições 1,3) 4
CH3
CH3
Obs - Os prefixos orto -, meta – e para -, só devem ser utilizados no benzeno, desde que ele
possua apenas dois radicais.
201
EXERCÍCIOS
1- De o nome do composto:
CH2 CH CH C CH2
CH2 CH2
CH2
R. _______________________________
c) ortodietilbenzeno
5.3.2 Álcoois
Fórmula geral: R – OH
202
EXEMPLO
a)
b)
c)
d)
e)
_______________________________
f)
____________________________
203
EXERCÍCIOS
OH CH2
R _____________________________
b) CH2 CH CH CH CH2
CH2 CH2 OH
CH2
R. ___________________________
c) CH2
OH CH2
R. ___________________________
d) OH
R. ___________________________
e)
OH
CH3
R. __________________________
204
4.3.3.1 Classificação dos álcoois
OH OH OH OH
CH2 - CH – CH2
OH OH OH
CH3 – CH2 – OH
CH3 - CH – CH3
OH
CH3
CH3 - CH – CH3
OH
CH2 CH2 OH
205
OH
OH
CH3
CH2 OH
d) Insaturados: são álcoois que possuem dupla ligação entre os carbonos. Essa dupla
ligação, não poderá estar no mesmo carbono que possuí o grupo –OH.
CH2 = CH – CH2 – OH
CH3 – CH = CH – CH – CH3
OH
4.3.3.2 Outras nomenclaturas dos álcoois: a de KOLBE
206
4.3.4 Fenóis
São compostos orgânicos que possuem o grupo funcional – OH ligado diretamente a
um carbono aromático.
OH
OH
CH3
1-hidroxi-2-metilbenzeno ou 2-metilfenol ou o-metilfenol ou o-cresol
OH
CH3
OH
CH3
207
OH
3-etil-1-hidroxi-4-metilbenzeno ou 3-etil-4-metilfenol
CH2 CH3
CH3
Para dar nome a fenóis formados a partir do naftaleno, as posições são numeradas
assim:
1 α
2 β
ou
2 β
1 α
EXEMPLOS
OH
1-hidroxinaftaleno ou α-naftol
OH
2-hidroxinaftaleno ou β-naftol
OH
2-hidroxi-2-metilnaftaleno ou β-metil-β-naftol
CH3
208
EXERCÍCIOS
a) OH b)
CH2 CH3
CH3
OH
________________________ _______________________________
C2H5
c)
OH
_____________________________
2) ( FUVEST ) Dentre as formulas abaixo, aquela que representa uma substância utilizada
como combustível e componente de bebidas é:
O
a) b) CH3 CH2 OH c) CH3 C d) CH3 CH
b) OH
O
OH
3) (FUVEST) O composto orgânico com a formula molecular C3H7OH deve ser classificado
como:
209
4.3.5 Ácidos carboxílicos
São compostos orgânicos que apresentam grupo funcional denominado carboxila.
O
C
OH
O
R C ou R - COOH
OH
Nomenclatura oficial:
Nomenclatura Tradicional:
EXEMPLOS
210
EXEMPLOS
O
2 1 O
4 3 Ácido-3-metilbutanóico ou
CH3 CH CH2 C ou
ácido-β-metilbutanóico
OH
CH3 OH
2 1 O
4 3
CH3 CH CH C ácido-2-butenóico
OH
O
ácido-4-metilbenzóico ou
CH3 C
ácido parametilbenzóico
OH
O
ácido benzóico (utilizado
C
para conservar alimentos)
OH
OH
1 O
3 2
C ácido-2-hidroxipropanóico
CH3 CH
ou ácido láctico
OH
EXERCÍCIOS
a) ácido propanoíco
b) ácido pentanoíco
c) 2,3,3-trimetilpentanoíco
O O
a) CH3 CH CH C b) CH3 C C CH C
OH OH
CH3 CH3 CH2 CH3 CH2
CH3 CH3
_______________________________ _____________________________
211
c) O
C
OH
CH3
______________________________
O O
cátion
R C R C
- +
OH O cátion
sai H
Para dar nome ao sal assim formado: substitui-se o sufixo – ico por - ato,
acrescentando-se o nome do cátion
EXEMPLOS
5 4 3 2 1 O
O O CH3 – CH = C – CH - C
- +
CH3 C CH3 C O Na
CH2 CH3
- + - +
O Na OK
CH3
Etanoato de sódio Etanoato de potássio 3-etil-2-metil-3-
(acetato de sódio) (acetato de potássio) pentenoato de sódio
O
C
- +
O Na
benzoato de sódio
(é utilizado como conservante em catchup)
212
4.3.7 Aldeídos
São compostos que apresentam o grupo funcional aldoxila.
O
R C ou R − CHO
H
Nomenclatura oficial
EXEMPLOS
A cadeia principal deve ser a mais longa possível que apresentar o grupo funcional.
Para cadeias ramificadas, devemos numerar pela extremidade que contenha o grupo funcional.
213
4.3.8 Cetona
São compostos que apresentam o grupo funcional carbonila.
R−C−R
Onde R são radicais
Nomenclatura oficial:
radical + prefixo + infixo + sufixo - ona
Nomenclatura tradicional:
radical menor + radical maior + cetona
EXEMPLOS
O
O O 6
1 3 4 5
CH3 – C – CH2 – CH2 – CH – CH3
CH3 − C − 2
CH3 − C − CH3
CH3
propoanona ou fenilmetilcetona
dimetilcetona ou cetona 5-metal-hexan-2-ona
EXERCÍCIOS
a) pentanal
b) pentan -2-ol
c) pentan-2-ona
d) ácido pentanóico
e) 2,3- dimetilpentanal
f) 3,4,4-trimetil-pentan-2-ona
214
b) CH3 – CH2 – CH2 – CH – CH – COOH
CH3 CH3
c) CH3 – CH – CH – CO – CH3
CH3 CH2
CH3
d) CH3 – CH = CH – CH – CH – CHO
CH3 CH3
O
e) CH3 – CH – CH – CH2 – C
H
CH2 CH2
CH3 CH3
O O
f) C - CH2 – CH2 - C
H H
O CH3
a) C , H , O b) C , O , S c) C , H , N d) C , H , S e) H , N , O
4) ( PUCC ) Na manteiga rançosa encontramos: CH3 – CH2 – CH2 – COOH, o nome desse
composto é:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 3 e) 5
a) 3-propil-hexan-2-ona
CH3 – CH2 - CH – CH2 – CH2 – CH3
b) 3-etil-hexanal
c) 3-etil-hexan-2-ona C=O
d) 4-etil-hexan-5-ona
e) n.d.a CH3
215
4.3.9 Éteres
São compostos orgânicos que possuem o grupo funcional – O – . Apresentam fórmula
genérica R – O – R, onde R são os radicais.
Nomenclatura oficial:
prefixo com menor número de carbonos + oxi + prefixo com maior número de carbonos + infixo
+ sufixo – O
Nomenclatura tradicional
EXEMPLOS
CH3
– O – CH3
___________________ ou ___________________
4.3.10 Éster
São compostos derivados dos ácidos carboxílicos que possuem o grupo funcional
carboxilato. Apresentam fórmula geral:
Nomenclatura oficial: radical + prefixo + infixo + sufixo – oato + de + prefixo + sufixo – ila
EXEMPLOS
216
EXERCÍCIOS
a) propanoato de etila
b) etanoato de propila
c) propanoato de metila
d) propanoato oxietano
e) metilpentanona
4.3.11 Aminas
São compostos orgânicos nitrogenados que possuem os grupos funcionais
- NH2 (chamado amino) , NH e N .
EXEMPLOS
NH2 CH3
H3C − NH2 H3C − NH − CH3 H2C − CH2 − NH2 H2C − NH − CH3
metilamina dimetilamina etilenociamina etilmetilamina
As aminas aromáticas nas quais o nitrogênio se liga diretamente ao anel benzênico Ar–
NH2 são, geralmente, nomeadas como se fossem derivadas da amina aromática mais simples:
a Anilina (fenilamina).
217
Para aminas mais complexas, consideramos o grupo NH2 como sendo uma
ramificação, chamada de amino.
4.3.12 Amidas
São compostos orgânicos que possuem o grupo funcional amida:
O O
C ou C
NH2 N
EXEMPLOS
Butanodiamida-1,4 Dietanamida
Succinamida Succinimida Ftalimida
Diacetamida
4.3.13 Nitrilas
São compostos orgânicos que possuem o grupo funcional C ≡ N −
218
EXEMPLOS
4 3 2 1
CH3 − C ≡ N CH3 − CH − CH2 − C ≡ N
EXERCÍCIOS
b) N _____________________________________
O
c) CH3 − CH = CH − C
OH
O
d) CH3 − CH = CH − C
- +
O Na
O
e) CH3 − C = C − C
OH
CH3 CH3
CH3
219
EXEMPLOS
Cl
Cl Cl
CH3 − CH2 − Cl
C =C F−C−F
CH3 − CH2 − Cl Br Cl Cl
Cloroetano ou cloreto 2-bromopropano ou tetracloroeteno Cl
de etila brometo de isopropila Diclorodifluormetano (freon,
o gás do aparelho de ar
condicionado e geladeira)
EXEMPLOS
4.3.16 Nitrocompostos
São compostos orgânicos que possuem o grupo funcional: NO2
EXEMPLOS
CH3 − CH − CH2
O O O
220
EXEMPLOS
O O
CH3 C CH3 C
O O
CH3 C CH3 − CH2 C
O O
1 Tipo - Série homologa → São aqueles compostos que pertencem à mesma função
o
EXEMPLOS
1 carbono e 2 1 carbono e 2
hidrogênios de hidrogênios de
diferença diferença
1 carbono e 2 1 carbono e 2
hidrogênios de hidrogênios de
diferença diferença
221
c) Série homologa dos álcoois
1 carbono e 2 1 carbono e 2
hidrogênios de hidrogênios de
diferença diferença
2 Tipo - Série isóloga → São aqueles compostos que pertencem à mesma função química,
o
Exemplo
2 hidrogênios 2 hidrogênios
de diferença de diferença
3 Tipo - Série heteróloga → São aqueles compostos que pertencem à diferentes funções e
0
Exemplos
CH3 − CH − CH3 CH3 − CH − CH3 CH3 − CH − CH3
Cl OH NH2
Álcool isopropilico Isopropilamina
Cloreto de isopropila
(álcool) (amina)
(haleto orgânico)
EXERCÍCIOS
CH3 Cl CH2
CH2
CH3
222
c) CH3 – CH2 – CH = CH – CH2 – Br d) CH3 – CH – CH2 – CH2
NO2 CH2
CH3
R: _______________________________________
CH3 Cl
CH3 – CH2 – C – C = C – CH3
CH3 CH2
CH2
CH3
ácido – amida – éster – nitrilo – aldeído – cetona – amina – álcool – haleto orgânico
O
4 3 2 1
CH3 − CH − CH2 − C
CH3 − CH2 − C − CH2 − OH
Cl OH
O
Ácido-3-clorobutanóico 1-hidroxi-2-butanona
ou
ácido-β-clorobutanóico
EXEMPLOS
pentanoíco
O
5 4 3 2 1
C − C − C − C −C
OH
223
0
2 passo - Localizar os radicais e decifrá-los
EXERCÍCIOS
a) ácido-3-bromo-2-cloro-4-fenilpentanóico
b) pentaclorofenol
c) 2,4,6-trinitrotolueno
5.6 PETRÓLEO
O petróleo é uma substância oleosa menos densa que a água, constituída
essencialmente pela mistura de milhares de compostos orgânicos formados pela combinação
de moléculas de carbono e hidrogênio ( os hidrocarbonetos ). Sua cor varia de acordo com a
origem, oscilando do negro ao âmbar. Apresenta-se sob a forma fluída ou semi-sólida, de
consistência semelhante ás das graxas, podendo ser encontrado em depósitos no subsolo, em
profundidade variáveis. As condições necessárias à formação e acumulação do petróleo ou
gás estão intimamente vinculados as rochas sedimentares. Por isso o petróleo só pode ser
encontrado em regiões cujo subsolo seja constituído de apreciável pacote ( 2 ou 3 mil metros )
dessas rochas, isto é, nas bacias sedimentares.
224
O petróleo só poderá ser encontrado nas áreas em que, no decorrer das diferentes
eras geológicas, houve deposição de rochas sedimentares e acúmulo de restos orgânicos.
O petróleo é retirado das jazidas por meio de perfurações na crosta terrestre, através
das quais se atinge o poço petrolífero. Inicialmente, o petróleo jorra espontaneamente, em
razão da grande pressão de seus gases; depois de certo tempo, a pressão interna torna-se
insuficiente para levar o petróleo à superfície da crosta terrestre, e a extração é feita por meio
de bombas. Obtém-se, assim, o petróleo bruto.
Pode-se, porém, obter maior rendimento em gasolina no petróleo. Isto é feito pelo
processo de cracking do petróleo, que consiste no aquecimento entre 450 °C a 700 °C das
frações menos voláteis que a gasolina. Estas frações contêm hidrocarbonetos com maior
cadeia carbônica e durante o processo dá-se a pirólise dos mesmos, formando-se
hidrocarbonetos com menores cadeias carbônicas, constituintes da gasolina. No cracking
empregam-se catalisadores especiais que aumentam o rendimento da gasolina.
Simultaneamente com o cracking faz-se a hidrogenação catalítica para transformar os alcenos
em alcanos.
5.7 HULHA
O carvão mineral é formado por materiais ricos em carbono que ocorrem na crosta
terrestre em forma de depósitos e que resultam da fossilização da madeira. Observe o teor de
carbono encontrado em diferentes fontes:
225
Na química orgânica, a fração mais importante obtida da destilação seca da hulha é o
alcatrão, que representa a fonte natural mais importante para a obtenção dos compostos
aromáticos.
e) resíduos ou Piche
5.8 POLÍMEROS
São macromoléculas (moléculas grandes) obtidas pela combinação de um número
muito grande de moléculas menores denominadas monômeros. O processo em que isso é feito
chama-se polimerização.
Esse processo é conhecido em laboratório desde 1860, mas foi em 1864 que se
desenvolveu o primeiro polímero com aplicações práticas: o celulóide.
5.8.1 Polietileno
Os polímeros do etileno chamam-se polietilenos. Os polímeros de massa molecular
relativamente baixa são ótimos óleos lubrificantes. Os de massa molecular média assemelham-
se às ceras. Os de cadeia maior são duros e resistentes à temperatura. Empregando-se
catalisadores especiais, consegue-se a polimerização em uma pressão próxima a da
atmosfera.
Pressão
n(CH2 = CH2) (- CH2 - CH2)n
Catalisador Polietileno
Etileno ∆
226
H H
H H
n Catalisador
C=C -C–C-
H Cl H Cl
n
5.8.3 PVC
O cloreto de vinila é um gás que polimeriza rapidamente em presença de peróxido,
resultando em uma resina chamada cloreto de polivinila (PVC).
É usado em toalhas de mesa, garrafas d’água, cortina para banheiros, tubos, couro
artificial para estofamento etc.
Por estiramento, os fios de náilon adquirem grande resistência à tração. Queima com
dificuldade, tem boa resistência aos agentes químicos, à água quente e aos óleos.
H H O O O
O
n N – (CH2)4 – N + n C – (CH2)4 - C - N – (CH2)4 – N – C – (CH2)4 – C + nH2O
H H HO HO H H
n
O
Como o grupo −C−N− é uma ligação amídica, diz-se que o náilon é uma
poliamida.
5.8.5 Silicones
São polímeros com silício e são obtidos pela condensação do dimetilsiloxana.
n HO – Si – O – Si - OH n H2O + - O – Si – O - Si -
227
5.9 ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
5.9.1 Diferença entre compostos orgânicos e inorgânicos
INTRODUÇÃO
Podemos citar a parafina como exemplo pois tem ponto de fusão baixo, é insolúvel em
água e solúvel em querosene.
OBJETIVO
MATERIAIS E REAGENTES
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
I - AÇÃO DO CALOR
1- Colocar pequenas quantidades de amido, parafina, açúcar, giz, sulfato de cobre e óxido de
zinco em seis tubos de ensaio respectivamente.
2- Fixar um dos tubos de ensaio na pinça de madeira, submetendo-o à chama do bico de gás.
3- Anotar as alterações observadas no quadro abaixo.
4- Repetir os itens 2, 3 e 4 com os demais tubos, observando e depois anotando no quadro
abaixo.
II – COMBUSTIBILIDADE
1- Colocar em 4 tampinhas metálicas, dez gotas de etanol, benzina e água; na última tampa
colocar um pedaço de giz.
228
3- Observar e colocar no Quadro abaixo
1- Colocar em seis placas de petri diferentes, pequenas quantidades de açúcar, amido, papel,
cal de construção, giz e sulfato de cobre pentahidratado, respectivamente.
2- Pingar algumas gotas de ácido sulfúrico concentrado sobre cada umas das substâncias.
229
5.9.2 Bafômetro
INTRODUÇÃO
O teste do bafômetro descartável, usado para identificar motoristas que dirigem depois
de ingerir bebidas alcoólicas, é baseado na mudança de cor que ocorre na reação de oxidação
do etanol com dicromato de potássio em meio ácido produzindo etanal.
OBJETIVOS
MATERIAIS E REAGENTES
• Erlenmeyer de 125 mL
• Conjunto de rolha e mangueira
• Canudo de refrigerante
• Tubo de ensaio
• Potinho dosador
• Suporte para um tubo de ensaio
• Solução de dicromato de potássio (K2Cr2O4)
acidificada*
• Álcool de cereais
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1) Colocar solução de dicromato de potássio no tubo de ensaio até 1/8 do seu volume. No
potinho dosador colocar álcool de cereais até a marca e transferi-lo para o erlenmeyer.
Montar o sistema de acordo com a figura ao lado.
230
5.9.3 Teor de álcool na gasolina
INTRODUÇÃO:
O álcool etílico, umas das substâncias adicionadas à gasolina tem vital papel na sua
combustão, pois sua função é aumentar a octanagem em virtude do seu baixo poder calorífico.
Além disso, o fato propicia uma redução na taxa de produção de CO. A porcentagem de álcool
é regulamentada por Lei, e recentemente foi estabelecido um novo padrão que é de 18 a 24%.
Se por um lado existem vantagens, existem as desvantagens também, como maior propensão
à corrosão, maior regularidade nas manutenções do carro, aumento do consumo e aumento de
produção de óxidos de nitrogênio.
Disso tudo, nota-se a importância para a frota automotiva brasileira e para o meio
ambiente, o rigoroso controle dessa porcentagem.
OBJETIVO
MATERIAL UTILIZADO:
PROCEDIMENTO
231
5.9.4 Carbonização da madeira
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MATERIAIS E REAGENTES
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
massa de carvão
Rendimento percentual = x 100
massa de madeira
232
5.9.5 ESPELHO DE PRATA
INTRODUÇÃO
Antigamente utilizavam-se placas de metal polido como espelho, mais tarde passaram-
se a usar o vidro coberto com uma camada de mercúrio e estanho, sendo este método de
custo elevado. Atualmente utiliza-se um processo que usa uma solução amoniacal de nitrato de
prata, pois nesta solução há uma substância essencial ao processo de espelhação.
OBJETIVO
MATERIAL UTILIZADO
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Solução 01:
Obs - A solução deverá ficar incolor após vigorosa agitação com bastão de vidro.
Solução 02:
• Aquecer a solução II até a ebulição, retire 10 mL com uma proveta e misture à solução
I.
233
5.9.6 Produzindo plástico
INTRODUÇÃO
A caseína é uma das proteínas presentes no leite, é um polímero formado pela união
de aminoácidos. As moléculas de caseína encontram-se no leite bem separadas uma das
outras, com a adição do ácido acético as moléculas se aglutinam formando grumos
(coagulação da proteína) que após lavada com água morna remove os componentes do leite
que são solúveis em água e exposta ao ar endurece. Por isso ainda hoje é muito utilizada na
fabricação de adesivos, gomas, vernizes, etc.
OBJETIVO
MATERIAIS E REAGENTES
• Béquer 100 mL
• Pipeta de 10 mL
• Bastão de vidro
• Conta gotas
• Bico de bunsen
• Tela de amianto
• Pano
• Vidro de relógio
• Ácido acético
• Formaldeído
• Vidro com tampa
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
234
5.9.7 A nicotina – substância nociva do cigarro
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
• 1 Chave de fenda
• Fósforos
• 2 Frascos com tampas plásticas, desses de maionese.
• 4 Canudos largos com dobra sanfonada
• Algodão
• Suco fresco e coado de repolho roxo
• Cigarros, com ou sem filtro.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
• Com a chave de fenda aquecida, faça dois orifícios nas tampas dos dois frascos. Os
orifícios devem ser um pouco menores que o diâmetro dos canudos;
• Forre o fundo de um dos frascos com algodão e no outro, coloque o suco de repolho roxo;
• Encaixe canudos nos orifícios das tampas e faça a ligação entre eles;
• Sugar a ponta livre de um dos canudos do frasco onde está o suco até que se forme um
fluxo constante de fumaça como mostra a ilustração;
• Observe o que acontecerá nos dois frascos;
• Repita o experimento com várias marcas de cigarro, inclusive com aqueles que se dizem
de baixos teores de alcatrão e de nicotina.
235
REFERÊNCIAS
Hartwig, Dácio Rodney. Química: Química orgânica, 3 / Hartwig, Souza, Mota – São Paulo:
Scipione, 99.
AUTOLABOR-SOLUÇÕES INTELIGENTES (Santa Catarina). Manual de atividades práticas
de química para o laboratório didático móvel - LDM. São José: Autolabor, 2006. 3 v.
BRINK MOBIL - TECNOLOGIA EDUCACIONAL (Paraná). Roteiros experimentais com uso
de microscópio para química, biologia e física: MOBILAB - Laboratório Interdisciplinar.
Curitiba: Brink Mobil, 2006. 1 v.
Usberco, João. Química Essencial/João Usberco, Edgard Salvador – 1. ed. – São Paulo:
Saraiva, 2001.
236
CAPÍTULO 6 – MICROBIOLOGIA BÁSICA
Horário de Aula
237
6.1 INTRODUÇÃO
Os microrganismos são minúsculos seres vivos, individualmente muito pequenos para
serem vistos a olho nu. Apesar de uma estrutura simples e pequena, estes seres vivos fazem
parte de inúmeros fenômenos ao nosso redor, fornecendo contribuições cruciais para o bem-
estar dos habitantes do mundo e manutenção do equilíbrio entre os organismos vivos e o meio
ambiente.
Cada grupo possui características particulares que devem ser entendidas com o objetivo
de entender como esses pequenos seres vivos são atuantes para manutenção da vida na terra.
o Formas:
cocos: bactérias esféricas
bacilos: forma de bastonete
espirilos: forma espiralada
vibriões: em forma de vírgula.
o Arranjo:
cadeia: estreptococos
dupla: diplococos
tétrade
sarcina
238
Figura 1: Forma das bactérias.
239
6.2.2 Fungos
Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras, ou
multinucleados, como se observa entre os fungos filamentosos ou bolores. Seu citoplasma
contém mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso. São heterotróficos e nutrem-se de
matéria orgânica morta (fungos saprofíticos), ou viva (fungos parasitários).
6.2.3 Bolores
• Forma - Possuem células cilíndricas e estão ligadas nas extremidades para formar
um filamento microscópico denominado hifa. Um conjunto de hifas reunidas é visível a
olho nu, denominado de micélio. As colônias de bolores crescem de forma
espalhadas e aveludadas semelhantes a algodão.
6.2.4 Leveduras
• Forma - Esses fungos têm a forma esférica a ovóide. Quando crescem em meios de
cultura laboratoriais, as colônias de leveduras assemelham-se às bactérias, são lisas
e brilhantes. Elas não são móveis, pois não possuem flagelos e nem outro tipo de
locomoção.
240
• Reprodução - As leveduras se multiplicam assexuadamente, através da formação de
brotos ou gemas, como podemos observar na Figura 3. A célula mãe pode dar
origem até 20-25 células-filhas.
6.2.5 Protozoários
• Forma - Alguns protozoários são ovais ou esféricos, outros, alongados, ou ainda tem
forma distinta dependendo do seu ciclo de vida. Os protozoários móveis, locomovem-
se na água por meio de apêndices curtos e finos chamados cílios ou apêndices longos,
os flagelos.
6.2.6 Algas
• Habitat e Importância - As algas são seres vivos que podem ser unicelulares e
microscópicas (cianofícias ou algas azuis) ou multicelulares. As algas crescem em
muitos ambientes diferentes (solo, água doce e salgada, ambientes quentes e frios),
mas a maioria é aquática e constitui-se em fonte de alimentação para os animais.
Esses seres vivos causam problemas quando crescem em excesso, pois muitas
espécies liberam substâncias químicas tóxicas em leitos de água e podem causar a
morte de muitos peixes e outros seres vivos.
241
• Forma e reprodução - As algas são seres vivos que contém clorofila, pigmento verde
que participa do processo de fotossíntese, e apresenta uma parede celular rígida que
confere uma variedade de tamanhos e formas. Reproduzem-se de forma sexuada e
assexuada.
6.2.7 Vírus
Os vírus não possuem célula como os outros microorganismos. São constituídos por
ácido nucléico (DNA ou RNA) envolvidos por uma capa de proteínas. São considerados os
menores seres vivos existentes. Utilizam células de animais, vegetais e mesmo de
microrganismos para se multiplicarem. Portanto, são considerados parasitas intracelulares
obrigatórios, pois precisam de uma célula viva para se desenvolver.
242
O uso em larga escala de herbicidas e pesticidas na agricultura tem resultado na
poluição do solo e da água. Alguns microrganismos do solo podem decompor essas
substâncias e ainda podem ser utilizados no controle de insetos que prejudicam a lavoura.
A água utilizada pelo homem vem de fontes naturais de água doce, tais como poços,
lagos e rios. Por segurança, essa água deve ser tratada com cloro para eliminar
microrganismos potencialmente patogênicos. A potabilidade da água consiste em determinar a
presença ou ausência de microrganismos indicadores de poluição de origem fecal. São
necessárias análises microbiológicas para classificar se a água está ou não apta para o
consumo humano. O mesmo procedimento é feito para as águas utilizadas para recreação e
atividades esportivas (balneabilidade), tais como praias, rios e lagos. Corpos d'água
contaminados por esgoto doméstico ao atingirem as águas das praias podem expor os
banhistas a bactérias, vírus e protozoários. Crianças e idosos, ou pessoas com baixa
resistência, são as mais suscetíveis a desenvolver doenças ou infecções após terem nadado
em águas contaminadas.
243
• são facilmente evidenciados por técnicas laboratoriais padronizadas.
244
6.6 MÉTODOS DE ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA
Entende-se por meio de cultura, a associação equilibrada de agentes químicos
(nutrientes, pH, etc.) e físicos (temperatura, viscosidade, atmosfera, etc.) que permitem o
cultivo de microorganismos fora de seu habitat natural.
245
6.7 ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
6.7.1 Método de coloração de bactérias e fungos
Método Gram
Procedimento:
246
6.7.2 Esquema de análise microbiológica da água – contagem bacteriana
em placas e coliformes
247
248
REFERÊNCIAS
TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. 8. ed. São Paulo: Artmed, 2006,
894p.
249
CAPÍTULO 7 – BIOQUIMICA BÁSICA
Horário de Aula
250
7.1 INTRODUÇÃO
A BIOQUIMICA é uma ciência que estuda principalmente a química dos processos
biológicos que ocorrem em todos os seres vivos.
7.2 BIOQUÍMICA
À primeira vista tem -se a noção que seres vivos são “máquinas químicas” constituídas
por moléculas. Essas “máquinas” recebem outras moléculas do ambiente, transformando-as
constantemente, e despejam no ambiente os resíduos.
Enfim organismos vivos funcionam como verdadeiras usinas químicas, sendo essa
atividade chamada de metabolismo.
Na natureza dos seres viventes, a água é o componente químico que entra em maior
quantidade, mas as substâncias orgânicas predominam em variedade, pois é grande o número
de proteínas, ácidos nucléicos, lipídios e carboidratos diferentes que formam a estrutura
das células e dos organismos.
O estudo da composição química dos organismos tem a sua maior parte fundamentada
na bioquímica da célula ou Citoquímica. Afinal, os seres viventes têm a sua estrutura
basicamente organizada e estabelecida na célula.
É o que acontece nos compostos iônicos como o cloreto de sódio (NaCl – sal de
cozinha).
251
7.3 COMPOSIÇÃO QUÍMICA ELEMENTAR MÉDIA DA CÉLULA
Oxigênio...........................................65,00%
Carbono...........................................18,00%
Hidrogênio.......................................10,00%
Água............................................65%
Nitrogênio..........................................3,05%
Potássio (K)........................................0,35%
Enxofre (S).........................................0,25% Carboidratos..................................6%
Sódio (Na)..........................................0,15%
Cloro (Cl)............................................0,15% Sais Minerais.................................5%
Magnésio (Mg)...................................0,05%
Flúor (F)...........................................0,007% Outros............................................1%
Ferro (Fe).........................................0,005%
Subtotal......................................... 3,962%
TOTAL................................................100% TOTAL.......................................100%
7.4 ÁGUA
"Hidróxido de Hidrogênio" ou "Monóxido de Hidrogênio" ou ainda "Protóxido de
Hidrogênio" é uma substância líquida que parece incolor a olho nu em pequenas quantidades,
inodora e insípida, essencial a todas as formas de vida, composta por Hidrogênio e Oxigênio.
252
7.4.1 Solvente universal
A água dissolve vários tipos de substâncias polares e iônicas (hidrofílicas), como vários
sais e açúcares, e facilita sua interação química, que ajuda metabolismos complexos.
É a quantidade de calor necessária para que uma substância passe de estado líquido
para o estado de vapor. Devido ao elevado calor de vaporização da água, uma superfície se
resfria quando perde água na forma de vapor.
7.4.2.3 Capilaridade
7.4.2.4.3 Termoregulação
7.4.2.4.4 Lubrificante
253
7.4.2.4.5 Variações na taxa de água
ESPÉCIE
IDADE
7.4.2.4.6 Metabolismo
A queda do teor de água, nas células e no organismo, abaixo de certo limite, gera uma
situação de desequilíbrio hidrossalino, com repercussões nos mecanismos osmóticos e na
estabilidade físico-química (homeostase). Isso caracteriza a desidratação e põe em risco a vida
da célula e do organismo.
Ao fim das reações de síntese protéica, glicídica e lipídica, bem como ao final do
processo respiratório e da fotossíntese, ocorre a formação de moléculas de água. Por isso o
teor de água no citoplasma é proporcional à atividade celular. Nos tecidos muscular e nervosos
sua proporção é de 70 a 80%, enquanto que no tecido ósseo é de cerca de 25%.
254
A proporção varia também com a idade do indivíduo. Nos embriões, a quantidade de água é
maior do que nos adultos.
Na+/K+
⇒ Equilíbrio osmótico
⇒ Bomba de Na+ e K+
⇒ Na+ = mais freqüente em animais
⇒ K+ = mais freqüente em vegetais
Mg++
⇒ Componente da clorofila
⇒ Interação das subunidades dos ribossomos
Ca++
⇒ Coagulação sangüínea
⇒ Contração Muscular
⇒ Componente de ossos e dentes
255
Fe++
F-
⇒ Anticariogênico
⇒ O excesso causa anomalias dentais (fluorose)
I-
⇒ Componente de hormônios da tireóide
⇒ A carência leva a bócio carêncial
PO4-3
⇒ São obtidos pela ingestão de água e junto com alimentos como frutos, cereais, leite,
peixes, etc.
⇒ Os sais de iodo têm papel relevante na ativação da glândula tireóide, cujos hormônios
possuem iodo na sua fórmula. A falta de sais de iodo na alimentação ocasiona o bócio.
⇒ Os íons fósforo fazem parte da molécula do ATP (composto que armazena energia) e
integra as moléculas de ácidos nucléicos (DNA e RNA).
C H2C - OH
HC - OH C=O
HC - OH HC - OH
HC - OH HC - OH
H2C - OH H2C - OH
Observe que este composto Observe que este composto
possui vários grupos CH (álcool) possui vários grupos CH (álcool)
e um grupo C = O (aldeído). e um grupo C = O (cetona).
257
H-C=O CH2OH
H - C - OH C=O
HO - C - H HO - C - H
H - C - OH H - C - OH
H - C - OH H - C - OH
CH2OH CH2OH
glicose frutose
H-C=O CH2OH
H - C - OH C=O
H - C - OH CH2OH H-C=O
H - C - OH
H - C - OH C=O H - C - OH
H - C - OH
7.6.2 Dissacarídeos
7.6.3 Polissacarídeos
7.7 OS LIPÍDIOS
Os lipídios ou lípides são compostos orgânicos que têm a natureza de ésteres, pois
são formados pela combinação de ácidos (graxos) com álcoois. Ácidos graxos são ácidos
orgânicos que revelam longas cadeias, variando entre 14 e 22 carbonos.
258
7.7.1 Ácidos graxos saturados
São os que não possuem qualquer ligação dupla entre os átomos de carbono, o que
significa que não têm disponibilidade para receber mais átomos de hidrogênio.
Fórmula estrutural:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
259
O O
O O
O O
Nos animais homotermos, existe uma camada adiposa sob a pele que tem a função de
isolante térmico, evitando a perda excessiva de calor.
7.7.3.1 Glicerídeos
Compreendem as gorduras e os óleos. As gorduras são derivadas de ácidos graxos
saturados e os óleos de ácidos graxos insaturados. As gorduras se mostram sólidas à
temperatura ambiente, enquanto os óleos se apresentam líquidos. Existem gorduras animais
(banha de porco) e gorduras vegetais (gordura de coco), bem como óleos animais (óleo de
fígado de bacalhau) e óleos vegetais (de oliva, soja, milho, etc.).
óleo de algodão
vegetais óleo de amendoim
comestível óleo de soja
animais
óleo de baleia
Óleos
óleo de fígado de bacalhau
óleo de linhaça
secativos óleo de cânhamo
óleo de tungue
260
gordura de coco
vegetais
manteiga de cacau
banha de porco
Gorduras
animais manteiga do leite
sebo de boi
cataliador
Óleo + H2 gordura
O catalisador é o níquel.
Exemplo:
Exemplos
7.7.3.3 Fosfolipídios
Possuem um radical fosforado, integrando uma cadeia nitrogenada. Constituem
exemplos: a lecitina, integrante da membrana plasmática de todas as células animais e
vegetais; a cefalina e a esfingomielinas, encontradas na estrutura do encéfalo e da medula
espinhal.
261
7.7.4 Reação de saponificação de um glicerídeo
É a reação que ocorre entre um glicerídeo e uma base forte, geralmente o hidróxido de
sódio (NaOH) ou o hidróxido de potássio (KOH):
Exemplo
262
Logo, o DNA tem uma função eminentemente genética, mas que só é exercida pela
atividade dos RNA, que são sintetizadores de proteínas.
As unidades estruturais de um ácido nucléico são as mesmas, tanto numa bactéria
como em um mamífero. Todos os ácidos nucléicos são constituídos de filamentos longos nos
quais se sucedem, por polimerização, unidades chamadas nucleotídeos.
⇒ As bases púricas são a adenina (A) e a guanina (G), ambas encontradas tanto no DNA
como no RNA.
Dessa forma surgem duas moléculas de DNA, cada uma das quais com uma nova
espiral proveniente de uma molécula-mãe desse ácido. Cada uma das duas novas moléculas
formadas contém metade do material original. Por esse motivo, o processo recebe o nome de
síntese semiconservativa.
A autoduplicação do DNA ocorre sempre que uma célula vai iniciar os processos de
divisão celular (mitose ou meiose).
263
7.9 AMINOÁCIDOS
São ácidos orgânicos formados por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e
nitrogênio. Alguns tipos de aminoácidos contêm também átomos de enxofre e fósforo que
aparecem, portanto na composição das proteínas. São moléculas pequenas com PM de
aproximadamente 130.
Exemplo
São aqueles que podem ser sintetizados pelos animais. São de 10 a 12 AAs
encontrados em suas proteínas.
Alanina Leucina
Arginina Lisina
Asparagina Metionina
Cisteína Treonina
Glicina Triptofano
Glutamina Valina
Histidina
Prolina
Serina
Tirosina
264
7.9.2 Classificação com relação à cadeia
7.9.2.1 Aminoácidos alifáticos
EXEMPLO
EXEMPLO
EXEMPLO
265
• Solúveis em água.
• Insolúveis em solventes orgânicos.
• PF e PE altos (características dos sais).
7.10 PROTEÍNAS
Constituem o componente orgânico mais abundante na célula e isso se explica porque
são as principais substâncias sólidas que formam, praticamente, todas as estruturas celulares.
Ainda que possam fornecer energia, quando oxidadas, as proteínas são muito mais
compostos plásticos ou estruturais e que têm relevantes funções na organização, no
funcionamento, no crescimento, na conservação, na reconstrução e na reprodução dos
organismos.
Apresentam sempre elevado peso molecular, já que são formadas pela polimerização
de centenas de aminoácidos, constituindo moléculas enormes de estrutura complexa.
266
O O O
H H H H H H
n.R C C + n.R C C N C C N C +
OH OH CH3 CH3
NH2 H NH
aminoácido aminoácido Polímero (proteína) n
C N
O H
Nos animais, um aminoácido é considerado essencial quando não pode ser sintetizado
pelas células, tendo que ser absorvido através da alimentação, e natural quando pode ser
sintetizado pelas células. Nos seres humanos, o fígado é o responsável pelas reações de
transaminação ou síntese de aminoácidos.
7.10.1 Enzimas
Enzimas são proteínas especiais que têm ação catalisadora (biocatalizadores
orgânicos), estimulando ou desencadeando reações químicas importantíssimas para a vida,
que dificilmente se realizariam sem elas. São sempre produzidas pelas células, mas podem
evidenciar sua atividade intra ou extracelularmente. Realizada a sua ação, a enzima
permanece intacta. Ela acelera a reação, mas não participa dela. Assim, uma mesma molécula
de enzima pode atuar inúmeras vezes.
• Atividade reversível - A atividade enzimática pode ocorrer nos dois sentidos da reação
(a+b=c ou c=a+b).
267
7.10.2 Anticorpos
Outro grupo importante de proteínas são os anticorpos.
Desde que um certo antígeno tenha penetrado uma primeira vez no organismo,
provocando a fabricação de anticorpos, o organismo guarda uma ‘lembrança’ da proteína
invasora. Ocorrendo novas invasões, o organismo se defende com os anticorpos formados.
Diz-se que o organismo ficou imunizado.
Se a ação do antígeno for muito rápida, perigosa ou letal, a ciência recorre a vacinas e
soros.
7.11 VITAMINAS
São substâncias orgânicas especiais que atuam a nível celular como desencadeadores
da atividade de enzimas (coenzimas).
São produzidas habitualmente nas estruturas das plantas e por alguns organismos
unicelulares.
Algumas vitaminas são obtidas pelos animais na forma de provitamina, substância não
ativa, precursora das vitaminas propriamente ditas. Assim acontece com a vitamina A, que é
encontrada como provitamina A ou caroteno; e a vitamina D2 (calciferol), obtida de certos óleos
vegetais na forma de ergosterol ou provitamina D2. A falta de determinada vitamina no
organismo humano causa distúrbios que caracterizam uma avitaminose ou doença carêncial. A
melhor forma de se evitar as avitaminoses é consumir uma dieta rica em frutos, verduras,
cereais, leite e derivados, ovos e carnes.
•
0
É termoestável, pois suporta temperaturas de até 100 C.
268
• É importante nos processos de cicatrização e entra na composição da
rodopsina ou púrpura visual, substância formada na retina e necessária para o
bom funcionamento da visão.
269
7.11.6 Vitamina C (ácido ascórbico)
• Ela atua estimulando a absorção dos sais de cálcio nos intestinos, regulando a
sua fixação nos ossos e nos dentes.
270
7.12 COENZIMAS
Muitas enzimas são proteínas conjugadas e na sua constituição tem um cofator, esse
cofator quando é de origem orgânica denomina-se coenzima.
É de salientar que estas vitaminas são coenzimas para todos os seres vivos, mas
apenas vitaminas para alguns, pois a carência em longo prazo de uma vitamina (avitaminose)
causa um conjunto de anomalias no organismo por este precisar dessa mesma vitamina para
catalizar certas reações.
Sem enzimas e coenzimas as reações seriam muito lentas comprometendo assim uma
boa saúde (Olhar quadros 1, 2 e 3)
Vitamina (hidrossolúveis)
Coenzimas das
Principais funções ou fator de crescimento
oxidorredutases
relacionado
Nicotinamida-adenina-
Vitamina PP (ácido nicotínico)
dinucleótido (NAD)
Nicotinamida-adenina-
Vitamina PP (ácido nicotínico)
dinucleótido-fosfato (NADP)
Oxirredução (desidrogenases,
Flavina-mononucleótido
cadeia respiratória) Riboflavina (vitamina B2)
(FMN)
Flavina-adenina-dinucleótido
Riboflavina (vitamina B2)
(FAD)
Coenzimas quinônicas -
271
Vitamina (hidrossolúveis)
Coenzimas das
Principais funções ou fator de crescimento
transferases
relacionado
Descarboxilação,
Pirofosfato de tiamina (TPP) Vitamina B1 (tiamina)
transcetolização
Vitamina (lipossolúveis) ou
Coenzimas Principais funções fator de crescimento
relacionado
Visão, crescimento e
Retinal Vitamina A
reprodução, antioxidante.
Metabolismo do cálcio e do
1, 2, 5-dihidroxilcolecalciferol Vitamina D
fosfato
Descoberto por Sir Hans Adolf Krebs (1900-1981). O ciclo é executado na mitocôndria
dos eucariotes e no citoplasma dos procariotes.
272
O ciclo de Krebs é uma rota anfibólica, catabólica e anabólica, com a finalidade de
oxidar a acetil-CoA (acetil coenzima A), que se obtém da degradação de carboidratos, ácidos
graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2.
Este composto vai reagir com o oxaloacetato que é um produto do ciclo anterior
formando-se citrato.
Reagentes/ Produtos/
Passo Substrato Enzima Tipo da reação
Coenzimas Coenzimas
Acetil CoA
1 Oxaloacetato Citrato sintase Condensação + CoA-SH
H2O
Isocitrato + +
3 Isocitrato Oxidação NAD NADH + H
desidrogenase
Isocitrato +
4 Oxalosuccinato Descarboxilação H CO2
desidrogenase
+ +
α- α-Cetoglutarato Descarboxilação NAD + NADH + H
5
Cetoglutarato desidrogenase oxidativa CoA-SH + CO2
Succinato
7 Succinato Oxidação FAD FADH2
desidrogenase
Malato + +
9 L-Malato Oxidação NAD NADH + H
desidrogenase
273
7.13.2 Esquema Gráfico9
Preparação e
isomerização
Preparação
1ª Oxidação
3ª Oxidação
Descarboxilação
Descarboxilação,
adição de coenzima A
Liberação de coenzima A 2ª oxidação
Transformação de GDP em GTP
Transformação de ADP em ATP
A entrada deste composto no ciclo de Krebs ocorre pela combinação do ácido acético
com o oxalacetato presente na matriz mitocondrial. Esta etapa resulta na formação do primeiro
produto do ciclo de Krebs, o citrato. A coenzima A, sai da reação como CoASH.
Esta etapa acontece para que a molécula de citrato seja preparada para as reações de
oxidação seguintes.
9
Esquema modificado
274
O αcetoglutarato sofre uma descarboxilação, liberando um CO2. Também ocorre uma
desidrogenação com um NAD originando um NADH, e o produto da reação acaba sendo o
Succinato.
• Succinil-Coa → Succinato
• Succinato → Fumarato
Nesta etapa entra FAD. O succinato sofre oxidação através de uma desidrogenação
originando fumarato e FADH2. O FADH2 é formado a partir da redução do FAD.
• Fumarato → Malato
• Malato → Oxalacetato
Nesta etapa entra NAD. O malato sofre uma desidrogenacão originando NADH, a partir
do NAD, e regenerando o oxalacetato.
A eventual retirada desses intermediários pode ser compensada por reações que
permitem restabelecer o seu nível.
Entre essas reações, que são chamadas de anapleróticas por serem reações de
preenchimento, as mais importantes é a que leva à formação de oxaloacetato a partir do
piruvato e que é catalisada pela piruvato carboxilase.
275
7.13.5 O ciclo de Krebs e a respiração
A influência do ciclo de Krebs no processo da respiração celular começa com a
glicólise, processo ocorrido no citoplasma de uma célula, onde a glicose, obtida através dos
alimentos ingeridos, passa por uma série de dez reações químicas que culminam na formação
de duas moléculas de ácido pirúvico.
Esta molécula de ATP então é que fornecerá a energia para a vida da célula e o
transporte ativo de substâncias pelo corpo.
276
7.14 ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
7.14.1 PORCENTAGEM DE ÁGUA
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MATERIAL
• Tubos de ensaio
• Suporte para tubos de ensaio
• Vidro de relógio
• Fonte de aquecimento
• Pinça de madeira
• Rolha
• Balança
PROCEDIMENTOS
QUESTÕES
1 - Complete com os fatos observados:
277
7.14.2 IDENTIFICAÇÃO DE AÇÚCARES I
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MATERIAL
• Açúcar de cana
• Tubo de ensaio
• Água
• Reagente de Benedict
• Álcool
• Pinça de madeira
• Amido
• Bico de bunsen
• Conta-gotas
• Glicose
• Estante para tubos de ensaio
• Sacarose
PROCEDIMENTOS
RESULTADO
03 CALDO DE CANA
04 SUCO DE FRUTA
278
7.14.3 IDENTIFICAÇÃO DE AÇÚCARES II
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MATERIAL
• Pipetas
• Tubos de ensaio
• Suporte para tubos de ensaio
• Conta-gotas
• Bico de bunsen
• Solução saturada de iodo ou tintura de iodo
• Leite puro
• Leite puro + amido
PROCEDIMENTOS
INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO
279
7.14.4 LIPÍDEOS
INTRODUÇÃO
Os lipídios ou lípides são compostos orgânicos que têm a natureza de ésteres, pois
são formados pela combinação de ácidos (graxos) com álcoois. Ácidos graxos são ácidos
orgânicos que revelam longas cadeias, variando entre 14 e 22 carbonos. Alguns ácidos graxos
são saturados e outros são insaturados.
OBJETIVO
MATERIAL
• Tubos de ensaio
• Suporte para tubos de ensaio
• Béquer
• Bico de bunsen
• Pinça de madeira
• Proveta
• Pipeta
• Hidróxido de sódio – NaOH – 49%
• Amostras (óleo de oliva e óleo de coco)
PROCEDIMENTOS
280
7.14.5 IDENTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MATERIAL
PROCEDIMENTOS
RESULTADOS
TUBO AMOSTRA COR + REAGENTE
01 Clara de ovo
02 Sacarose
03 Água
281
7.14.6 DETERMINAÇÃO DA PUREZA DO MEL PELA REAÇÃO DE LUND
INTRODUÇÃO
O mel é um dos mais antigos produtos naturais e dos melhores que o homem tem
conhecido como edulcorante. Lamentavelmente, durante o transcorrer dos tempos, esse
excepcional alimento vem sofrendo adulterações mediante a mistura com açúcar de cana ou
glicose, por falsificadores que, a procura de lucros fáceis, comprometem, no entanto, a saúde
dos consumidores.
OBJETIVO
MATERIAL
PROCEDIMENTOS
282
7.14.7 DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ DO MEL ATRAVÉS DO pHmetro
INTRODUÇÃO
O mel pode ser definido como uma mistura complexa de açúcares altamente
concentrada, produzido a partir do néctar e outras exsudações naturais das plantas que são
coletadas, processadas e armazenadas pelas abelhas. Além de sua finalidade alimentar,
possuindo potencial calórico superior ao açúcar cristalizado, propriedades medicinais do mel
estão sendo descobertas e estudos com esta finalidade têm dado grande ênfase ao mel de
meliponíneos.
OBJETIVO
• determinar a acidez do mel
MATERIAL
• béquer de 250 mL
• bastão de vidro
• bureta de 10 mL
• proveta graduada de 100 mL
• balança analítica
• pHmetro
• solução de NaOH 0,1 M
• agitador magnético
PROCEDIMENTOS
283
7.14.8 DETERMINAÇÃO DA VITAMINA C
INTRODUÇÃO
Sua carência provoca o escorbuto, caracterizado por lesões da mucosa intestinal com
hemorragias digestivas, vermelhidão das gengivas que sangram facilmente e enfraquecimento
dos dentes.
OBJETIVO
MATERIAL
PROCEDIMENTOS
• Em outro béquer colocar 100 mL de água destilada, aquecer até aproximadamente 70-
80°C, retirar do aquecimento e então adicionar ½ co lher de chá de amido de milho.
Homogeneizar de deixe esfriar
284
• Utilizando o conta-gotas, adicione uma gota de iodo comercial (2%) no béquer 1 e
agite. Se a coloração azul/roxa desaparecer adicione mais uma gota e agite
285
REFERÊNCIAS
286
CAPÍTULO 8 – PRINCIPIOS DA ÉTICA PROFISSIONAL E
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL
Horário de Aula
287
8.1 ÉTICA PROFISSIONAL
A ação diária de um indivíduo, dentro do contexto social em que se acha inserido,
enfrenta, além de outros desafios, uma série de mudanças. Esta realidade, aliada a falta de
conhecimentos deontológicos (princípios, fundamentos e sistemas de moral) e dos deveres
éticos gera, com certeza, dificuldades no exercício profissional, o que exige um esforço enorme
e que só será vitorioso se alicerçado na busca de conhecimentos. Este desafio a ser vencido e
que deve ter o seu início na formação profissional, deve ser preconizado através da busca
pelos aperfeiçoamentos morais, éticos e democráticos.
288
Palavra de origem grega e tem duas origens possíveis, segundo Moore (apud GOLDIN,
2000, p.2), "ETHOS" com E curto pode ser lido como costume. "ETHOS" com E longo é
entendido como propriedade de caráter. Esta segunda é que orienta o atual entendimento de
ética, no dizer do professor José Roberto Goldin(2000, p.2).
Ao mesmo tempo, estas limitações, ou esta aparente falta de liberdade, sob o olhar da
ética, colocam o profissional diante de inúmeras oportunidades para exercitar a moral plena,
não só a pessoal ou a de seu cliente. Mas, também lhe oportunizada a aprimorar e aperfeiçoar
a liberdade social em busca de uma justiça íntegra que no final, é a felicidade social almejada.
8.1.1 Definição
A ÉTICA PROFISSIONAL é um conjunto de normas de conduta que deverão ser
postas em prática no exercício de qualquer profissão; ação "reguladora" da ética agindo no
desempenho das profissões, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante quando
no exercício da sua profissão.
Ela atinge todas as profissões e quando falamos de ética profissional estamos nos
referindo ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir
de estatutos e códigos específicos.
10
Moralis – Tradução do grego éthicos para o latim mores. usos e costumes
289
Sendo a ética inerente à vida humana, sua importância é bastante evidenciada na vida
profissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais e responsabilidades
sociais, pois envolvem pessoas que dela se beneficiam.
Para ser uma pessoa ética, devemos seguir um conjunto de valores. Ser ético é
proceder sem prejudicar os outros. Algumas das características básicas de como ser um
profissional ético é ser bom, correto, justo e adequado.
Honestidade
Sigilo
O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser
desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois se trata de algo muito importante. Uma
informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.
Competência
Prudência
Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança. A prudência faz com que o
profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma mais
profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das decisões a serem
tomadas. A prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os
julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.
290
Coragem
Todo profissional precisa ter coragem, pois o homem que evita e teme a tudo, não
enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde. A coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando
injustas, e a nos defender dignamente quando estamos cônscios de nosso dever. Nos ajuda a
não ter medo de defender a verdade e a justiça, principalmente quando estas forem de real
interesse para outrem ou para o bem comum. Temos que ter coragem para tomar decisões,
indispensáveis e importantes, para a eficiência do trabalho, sem levar em conta possíveis
atitudes ou atos de desagrado dos chefes ou colegas.
Perseverança
Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está sujeito a
incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o
profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas. É louvável a
perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os problemas do subdesenvolvimento.
Compreensão
Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele
dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no
relacionamento profissional.
É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para que o profissional não
se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para eficiência do seu trabalho,
para que não se percam os verdadeiros objetivos a serem alcançados pela profissão.
Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. A
compreensão que se traduz, principalmente em calor humano pode realizar muito em benefício
de uma atividade profissional, dependendo de ser convenientemente dosada.
Humildade
O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono da
verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedades de um grande número de
pessoas.
Imparcialidade
Otimismo
291
8.1.3 Código de Ética Profissional
8.1.3.1 Infrações
• Deveres do profissional.
• Deveres em relação aos colegas.
• Deveres em relação à classe.
• Deveres em relação aos usuários e clientes.
• Deveres em relação aos honorários profissionais.
• Obrigações profissionais.
• Respeito aos direitos do profissional.
• Proibições ao profissional.
• O exercício profissional.
• Práticar atos que dignifiquem a profissão e a classe moral, ética e profissionalmente.
• Observar os ditames da ciência e da técnica.
• Respeitar as leis e normas estabelecidas para o exercício das profissões.
• Respeitar as atividades dos seus colegas e de outros profissionais.
• Contribuir para o desenvolvimento da sociedade e dos princípios legais do País.
292
8.1.3.1.3 Deveres em Relação à Classe
Exigir justa remuneração por seu trabalho e firmar previamente acordos (por escrito)
sobre os honorários e salários, considerando:
293
• Formular avaliações críticas e/ou propostas às autoridades competentes para
assegurar a qualidade do desempenho profissional e a preservação do bom
atendimento.
• Apresentar defesa quando acusado de falta prevista no Código de Ética, pautando-se
pelo princípio do contraditório.
8.1.3.2 Conclusão
Cabe, portanto, rever alguns conceitos, tanto de ordem moral como éticas na formação
dos novos profissionais. É sabido, por outro lado que comportamento ético não se adquire só
nos bancos escolares e sem dúvida é algo, muito além disso, que, porém, não pode servir de
escape e deixar que a formação profissional seja ignorada.
Necessária também uma reflexão sobre a formação deste profissional, que dentro da
sociedade tem a obrigação de ser bem sucedido para ser reconhecido, decorrente da formação
tradicional e dado à influência do sistema. É grande o desafio, tanto dos estudantes como dos
profissionais, para atentar ao desafio dos novos tempos, quando, principalmente em nosso
294
mundo ocidental, valores tradicionais, em nome do progresso e da modernidade estão sendo
esquecidos e desvirtuados. Cabe a todos, a fundamental participação, para as mudanças
exigidas nos atuais quadros para alcançar em futuro próximo, equilíbrio necessário e
indispensável que dê ao ser humano o seu lugar destacado na cadeia da evolução social.
8.2.1 Conceitos
COMUNICAÇÃO - Do lat. communicatio de communis =
comum significa a ação de tornar algo comum a muitos. É o
estabelecimento de uma corrente de pensamento ou mensagem,
dirigida de um indivíduo a outro, com o fim de informar, persuadir ou
divertir. Significa, também, a troca de informações entre um
transmissor e um receptor, e a inferência (percepção) do significado
entre os indivíduos envolvidos.
Além das palavras, existe um mundo infinito de nuances e prismas diferentes que
geram energias ou estímulos que são percebidos e recebidos pelo outro, através dos quais a
comunicação se processa.
Assim, a comunicação não estará completa enquanto o receptor não tiver interpretado
(percebido) a mensagem.
295
• Fonte de informações: como algumas pessoas contam com mais credibilidade do que
outras (status), temos tendência a acreditar nessas pessoas e descontar de
informações recebidas de outras.
a) Redundância
b) Feedback (Retroalimentação)
296
• Usar canais múltiplos para estimular vários sentidos do receptor (audição, visão etc.);
• Escuta ativa
• Empatia
• Reflexão
Uma das formas de se aplicar à escuta ativa é reformular sempre a mensagem que
tenha recebido. A chave é refletir sobre o que foi dito sem incluir um julgamento, apenas para
testar o seu entendimento da mensagem.
• Feedback (Retroalimentação)
Esteja preparado para receber feedback, visto que o seu comportamento pode estar
contribuindo para o comportamento do receptor.
Ao encerrar o feedback, faça um resumo e reflita sobre a sessão, para que tanto você
quanto os receptores estejam deixando a reunião com o mesmo entendimento sobre o
que foi decidido.
• Timidez
297
pensamentos e sentimentos e não interaja ativamente;
• Saber ouvir
• Voz
• Corpo
Deve-se tomar cuidado, pois muitas vezes a boca diz uma coisa, mas o corpo fala
outra completamente diferente.
• Vícios
• Prolixidade
• Controle Emocional
298
• Motivação e Auto-estima
A auto-estima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como
sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau, o que encontra expressão no
comportamento.
A relação é intrínseca entre este dois fatores e, sendo o indivíduo um ser social que
exerce e sofre influência dos demais, a falta destes implicará em desafios para a boa
comunicação interpessoal.
8.2.6 Conclusão
Uma boa comunicação interpessoal e as várias técnicas para diminuir o ruído
(interferência no significado do que se quer transmitir), capacitam-nos a transmitir e receber as
idéias, sentimentos e emoções, com mais clareza e determinação, imprescindíveis para a
vivência em grupo.
Por esse motivo, as empresas têm, cada vez mais, valorizado os profissionais que,
além da competência técnica, apresentem domínio sobre suas emoções e as habilidades aqui
apresentadas.
299
REFERÊNCIAS
ANDRADE FILHO, Francisco Antônio de. Ética Profissional: enfoque filosófico da tarefa
advocatícia. Disponível em:< http://users.hotlink.com.br/fico/ref10051.htm>. Acesso em: 6 jan.
2004.
AQUINO, Carlos Pessoa; Profissional Público – Sua independência e sua imunidade – Artigo –
Repertório de Jurisprudência IOB; IOB – Informações Objetivas Publicações Jurídicas Ltda.
São Paulo.– n. ° 9/2003 – Volume III pág. 225/229- 1. ª Quinzena de Maio de 2003.
ARISTOTELES - Ética a Nicômaco. Texto Integral, São Paulo; Coleção Obra Prima de cada
Autor, v. 53, Ed. Martin Claret, Trad. Pietro Nassetti, 2002.
ASLOP, Ronald. Depois dos escândalos, Ética Ganha Importância. O Estado de São Paulo,
São Paulo, 17.09.2003, Caderno B, p. 10.
BERGAMINI, C. W.; BERALDO, D. G. R. Avaliação de desempenho humano na empresa. 4.
ed. São Paulo: Atlas, 1988.
BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado
Federal, 2001.
CARVALHO, Miguel Ângelo Farage de. A Independência do Profissional Público. Revista
Jurídica Consulex, São Paulo, Ano VI, n. 134, p. 6-8, ago. 2002. Entrevista concedida para
Revista CONSULEX.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. São Paulo: Campus, 2004.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. Vol. 2. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
DOVAL, Paulo César Marques; Ética Profissional. Palestra proferida em 24.05.2008, São Luís
– MA.
FREITAS, A. B. A psicologia, o homem e a empresa. São Paulo: Atlas, 1988. 141 p.
GOLDIN, José Roberto; Ética. p. 1.Disponível em: <http://www.ufrgs.br/HCPA/gppg/ etica.htm>.
Acesso em: 6 jan. 2003.
MAROCLO, Luiz Carlos; Estatuto da Advocacia e da OAB e legislação complementar. OAB,
Conselho Federal, Brasília – DF. 2001.
MENDES, E.; JUNQUEIRA, L. A. C. Comunicação sem medo: um guia para você falar em
público com segurança e maturidade. São Paulo: Editora Gente, 1999. 191 p.
RAMOS, Gisela Gondin; Ética e Disciplina – A Primeira Causa do Profissional – Revista da
OAB, Florianópolis n.103. p. 6-12, 2001.
ROBBINS, S. P. Fundamentos do Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall,
2004.
SCHERMERHORN, J. R.; HUNT, J. G.; OSBORN, R. N. Fundamentos de comportamento
organizacional. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 1999. 328 p.
SOIBELMAN, Leib, 1926-1986; Enciclopédia do Profissional. – 5. ed. rev. e atual. A. Fontes, M.
Delmas, R. Reis Freide – Rio de Janeiro, Biblioteca Universidade Estácio de Sá, 2.
reimpressão, 1996.
WEINBERG Mônica & BRASIL, Sandra; O Segundo Vestibular. Veja, São Paulo. Disponível
em:< http://www.veja.com.br. Abril>. Acesso em: 10 dez. 2003.
300
301