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FACULDADE DE POSTGRADO

CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA


APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ELISANGELA DA SILVA MOREIRA ANDRADE

ASUNCION– PY
2022
ELISANGELA DA SILVA MOREIRA ANDRADE

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA


APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Projeto de tese apresentado ao Curso de


Mestrado da Universidad San Carlos, como
requisito parcial para obtenção do Título de
Mestre em Educação
Orientador: Profa. Dra. Stânia Nágila
Vasconcelos Carneiro

ASUNCION– PY
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
1.1 DELIMITAÇÕES DO TEMA...................................................................................6
1.2 PROBLEMA............................................................................................................7
1.3 HIPÓTESES...........................................................................................................9
1.4 JUSTIFICATIVA...................................................................................................10
2 OBJETIVOS............................................................................................................11
2.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................................11
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................11
3 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................12
3.1 ENTENDENDO JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS.............................12
3.2 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.......15
3.3 O JOGO E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL..................................................17
3.4 COMO ACONTECE APRENDIZAGEM NA VISÃO DE VIGOSTSKY.................19
3.5 ANÁLISE DE KISHIMOTO SOBRE A TEORIA DE PIAGET...............................21
4 EDUCAÇÃO INFANTIL: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.........................................23
4.1 O BRINCAR, O BRINQUEDO, O JOGO E O LÚDICO NO COTIDIANO DA
CRIANÇA DA EDUCAÇÃO INFANTIL.......................................................................24
4.1.1O BRINCAR........................................................................................................26
4.1.2 O BRINQUEDO.................................................................................................27
4.1.3 JOGO.................................................................................................................28
4. 1.4 LUDICO............................................................................................................29
5. O PAPEL DO PROFESSOR NA MEDIAÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
NA EDUCAÇÃO INFANTIL.......................................................................................31
6 METODOLOGIA.....................................................................................................33
6.1 TIPO DE PESQUISA............................................................................................33
6.1.1 QUANTO A ABORDAGEM...............................................................................33
6.1.2 QUANTO AOS OBJETIVOS.............................................................................33
6.1.3 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS..............................................34
6.2 LOCAL DE PESQUISA........................................................................................34
6.2.1 O MUNICIPIO....................................................................................................34
6.2.2 A ESCOLA PESQUISADA................................................................................35
6.3 POPULAÇÃO.......................................................................................................37
6.3.1 Critérios de Inclusão..........................................................................................37
6.3.2 Critérios de Exclusão.........................................................................................37
6.4 COLETA DE DADOS...........................................................................................37
6.5 ANÁLISE DE DADOS...........................................................................................38
6.6 RISCOS E BENEFÍCIOS......................................................................................38
6.7 COMITÊ DE ÉTICA..............................................................................................39
8 CRONOGRAMA......................................................................................................40
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................42
APÊNDICES...............................................................................................................43
4

1 INTRODUÇÃO

A presente temática delimita-se a compreender como se promove os jogos e


brincadeiras das crianças na educação infantil no Centro de Educação Infantil
Francisca Arruda de Pontes no município de Redenção-Ceará. Como os
professores compreendem a real importância da aplicação dos jogos e brincadeiras
na sala de aula para melhorar a aprendizagem das crianças.

Os jogos e brincadeiras são fontes de felicidades e prazer que se


fundamentam no exercício da liberdade e, por isso, representam a conquista de
quem pode sonhar, sentir, decidir, arquitetar, aventurar e agir.

Brincar é colocar a imaginação em ação. As brincadeiras são uma forma de


linguagem, onde os envolvidos se expressam, se comunicam no mundo, e na
sociedade, sendo relevante na Educação Infantil. As mesmas desenvolvem uma
conscientização e valorização na criança. Onde ela se depara com essa vivência
desde o seu nascimento, sendo assim, é através dos brinquedos, das brincadeiras e
dos jogos com regras preestabelecidas, as crianças aprendem a esperar sua vez, a
ganhar e perder, desenvolvem os fatores cognitivos e de afetividade no cotidiano da
vida infantil.

O brincar está desde cedo presente na vida da criança e são as brincadeiras


que vão estimulando as mesmas a se relacionarem com o mundo dos adultos e a
partir das mesmas a criança começa a compreender os eventos que acontecem ao
seu redor.

Considerando que o brincar está inserido desde a tenra idade na vida da


criança é possível afirmar que as mesmas podem se apresentar como importante
elemento agregador na formação da criança tendo em vista que a brincadeira que
se pode utilizar na escola vai além do entretenimento considerando que as mesmas
se apresentam sob diferentes aspectos e o momento também deve ser o mais
adequado para que se insira nesse processo de desenvolvimento da criança haja
vista que é preciso ter a clara compreensão que o brincar não tem apenas um
objetivo de trazer leveza e descontração na vida da criança na escola. É
fundamental que os professores tenha a ciência de tal metodologia pode se
5

apresentar de maneira bastante positiva para sanar dificuldades até mesmo nos
relacionamentos dentro da sala de aula pois é importante ressaltar por se tratar de
um ambiente diferente da qual a criança está acostumada a conviver a escola
precisa oferecer um espaço alegre e que remeta a criança a aspectos do ser
criança, ou seja, o brincar faz com que a mesma entenda que é possível conviver
em diferentes ambientes e que estes possam proporcionar momentos aprazíveis
para ela. Não somente no que tange o aspecto formador, mas também lúdico, pois
das inúmeras publicações existentes é possível apontar que o lúdico é fundamental
no desenvolvimento nos primeiros anos da criança na escola tanto como adaptação
como também como responsável pelos aspectos sociais, psicológicos e motor da
criança em desenvolvimento.

O ato de brincar passou a exercer um papel fundamental na escola. Por outro


lado, quando os educadores propõem a criação de espaços lúdicos como forma de
implantar projetos pedagógicos inovadores, deparam-se com inúmeras dúvidas que
normalmente estão calcadas na relação teoria-prática, ou seja, teoricamente
reconhecem o valor dos jogos no processo de aprendizagem, mas falta-lhes as
estratégias práticas, pois na sua formação acadêmica as práticas lúdicas raramente
faziam parte das atividades de formação, deixando uma lacuna nesse quesito. Isto
significa que, ao valorizar as atividades lúdicas nos processos de desenvolvimento e
aprendizagem, concomitantemente, é preciso pensar na preparação daqueles que
se dispõem atuar nesse campo emergente.

Ao tratar de jogos, brinquedos e dinâmicas em sala de aula é preciso situar a


nessa pesquisa sobre as formas pelas quais as abordagens teóricas e práticas
desse tema foram tratadas no campo do desenvolvimento e aprendizagem. A
intenção é abordar as principais questões norteadoras do processo educacional
quando a temática está voltada para o campo da ludicidade.

Nesse sentido a pesquisa direciona-se em desenhar um breve panorama


sobre a importância do lúdico na educação infantil, e o papel em que os jogos e
brincadeiras assumem nas práticas pedagógicas, as possibilidades do
desenvolvimento escolar na aprendizagem das crianças, e como os professores
podem desenvolver estas atividades assegurando assim uma aprendizagem de
qualidade e satisfatória.
6

1.1 DELIMITAÇÕES DO TEMA

A importância dos jogos e brincadeira na aprendizagem das crianças nas


turmas de Educação Infantil V, compreendendo 03 turmas no C.E.I Francisca
Arruda de Pontes. Município de Redenção Ceará.

1.2 PROBLEMA

Por meio de observações com crianças em sala de aula, na vivência do


estágio na Educação Infantil, analisamos a importância do brincar, o brinquedo e o
jogo como recurso na realização das tarefas. Em seu artigo, A importância dos
jogos e brincadeiras na Educação Infantil, Pimenta (2013) relata que o brincar
acontece no campo da imaginação. Ao brincar a criança faz uso de uma linguagem
simbólica.

Segundo Kishimoto (2011), o brinquedo incorpora um mundo imaginário da


criança e do adulto e ao mesmo tempo representa certas realidades, criador do
objeto lúdico, assim o brinquedo cria uma relação íntima com a criança. O jogo pode
ser visto como o resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um
contexto social, um sistema de regras, um objeto. Kishimoto (2011) continua
afirmando que o lúdico através do brinquedo propicia diversão, prazer e até
desprazer, podendo assim dizer que o lúdico, abrange os conceitos de brincar,
brinquedo e jogo

Assim, em várias pesquisas observa-se que o professor pode compreender e


contribuir para o desenvolvimento da criança, através dos jogos e brincadeiras na
Educação Infantil.

A motivação central para a realização deste estudo foi demonstrar que por
meio da brincadeira a criança desvenda um mundo ao seu redor cheio de
experiências e novas emoções, justificando também, através, dessa temática o
direito da criança de brincar, se divertir e desenvolver o processo de aprendizagem,
7

no qual a uma integração social, cultural, cognitiva e também aprimorar suas


habilidades manuais e motoras.

Em algumas situações o brincar, dentro da sala de aula, se torna, para


alguns professores, um processo de perda de tempo na aplicação do conteúdo que
deve ser cumprido no decorrer dos dias, fazendo com que o modo prazeroso de se
aprender fique de lado como um obstáculo para a aprendizagem dos alunos.

Diante das questões apontadas, qual a concepção dos professores quanto


ao uso de jogos e brincadeiras para o processo de aprendizagem e
desenvolvimento das crianças na Educação Infantil? Por que essa ação pedagógica
não tem se efetivado devidamente na rotina da escola? Qual o verdadeiro papel do
educador na mediação das brincadeiras.

1.3 HIPÓTESES

As pesquisas indicam que cada vez mais as brincadeiras favorecem o


desenvolvimento da criança no âmbito escolar, desde que os profissionais da área
venham introduzir o lúdico como uma das ferramentas essenciais para o
crescimento saudável das crianças, em seus conteúdos dados em sala de aula.

1.4 JUSTIFICATIVA

Os jogos constituíram sempre uma forma de atividade do ser humano, tanto


no sentido de recrear e de educar ao mesmo tempo. A relação entre o jogo e a
educação são antigas, Gregos e Romanos já falavam da importância do jogo para
educar a criança. Portanto a partir do século XVIII que se expande a imagem da
criança como ser distinto do adulto o brincar destaca-se como típico da idade. As
brincadeiras acompanham a criança pré-escolar e penetram nas instituições infantis
criadas a partir de então.

Nesse período da vida da criança, são relevantes todos os aspectos de sua


formação, pois como ser bio-psico-social-cultural dá os passos definitivos para uma
futura escolarização e sociabilidade adequadas como membro do grupo social que
pertence.
8

Os jogos constituíram sempre uma forma de atividade do ser humano, tanto


no sentido de recrear e de educar ao mesmo tempo. Durante as décadas de 80 e 90
era muito comum ver crianças brincando nas ruas, na maior alegria, pulando,
correndo, gritando, aprendendo umas com as outras através da interação nas
brincadeiras.

E hoje é muito difícil ver isso acontecer, pois os pais têm medo de deixar os
filhos soltos na rua, por causa da criminalidade que vem assustando e fazendo
vítimas inocentes. Por conta disso, as crianças ficam sem se exercitar, tornando-se
sedentárias dentro de casa, em frente à televisão, o computador e games, perdendo
assim, a liberdade de se expressar, usar a imaginação e aprender interagindo com
as demais crianças.

Esse projeto pretende compreender como isto acontece e, assim, contribuir


com a melhoria do aprendizado entre crianças da educação infantil e analisar a
utilização da proposta pedagógica lúdica e sua relação com a reflexão acerca do
jogo e das brincadeiras no campo da educação infantil. Como os jogos cooperativos
estimulam a socialização e colaboração para a diminuição da animosidade entre
seus participantes.
9

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a contribuição dos jogos e brincadeiras para a aprendizagem das


crianças na Educação Infantil.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Avaliar como os jogos e brincadeiras podem proporcionar a aprendizagem


das crianças na educação infantil;
 Verificar a frequência dos jogos e brincadeiras que os professores utilizam na
educação infantil;
 Discutir o papel do professor como articulador dos jogos e brincadeiras no
processo de aprendizagem na educação infantil.
10

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 ENTENDENDO JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS

As brincadeiras sempre estiveram presentes em todas as épocas entre os


povos e estudiosos, sendo de grande importância no desenvolvimento do ser
humano desde educação infantil e na sociedade. Os jogos e brinquedos sempre
estiveram presentes no ser humano desde a antiguidade, mas nos dias de hoje a
visão sobre o brincar é diferente. Implicam-se o seu uso e em diferentes estratégias
em torno da pratica no cotidiano.

Brincando, a criança vai construindo os alicerces da compreensão e


utilização de sistemas simbólicos como a escrita, assim como da capacidade e
habilidade em perceber, criar, manter e desenvolver laços de afeto e confiança no
outro. Esse processo tem início desde o nascimento, com o bebê aprendendo a
brincar com a própria mãozinha e, mais adiante, com a mãe. Assim como aos
poucos vai coordenando, agilizando e dotando seus gestos de intenção e precisão
progressivas, vai aprendendo a interagir com os outros, inclusive com seus pares,
crescendo em autonomia e sociabilidade. (OLIVEIRA, 2002,).

As atividades lúdicas representadas pelos jogos, brinquedos e dinâmicas são


manifestações presentes no cotidiano das pessoas e, portanto, na sociedade desde
o inicio da humanidade. Todo o ser humano sabe o que é o brincar, como se brinca,
por que se brinca, mas a grande dificuldade surge no momento em que se pretende
formular um conceito claro sobre o lúdico. Nesse momento, as palavras são
insuficientes, pois há necessidade de abandonar a emoção e mergulhar nas trilhas
da razão.

Ao formular um conceito referente as atividades lúdicas, alguns teóricos


acreditam que o brincar não se define em palavras por se tratar de atividades que
tem origem na emoção. Outros definem o brincar como uma atividade espontânea,
natural e descomprometida de resultados. Ainda há aqueles que diferenciam o
brinquedo do jogar, colocando que o brincar é uma atividade espontânea e sem
regras e que o jogador se caracteriza pelo cumprimento de regras.
11

Atualmente, essas ideias não são suficientes para se ter uma visão
atualizada do conceito de brincar. O que se pode dizer é que o “jogo” significa a
ação lúdica e não somente a ideia de regras ou competição. Assim, o jogar ou
brincar são ações lúdicas que se fundem e confundem. Nesse sentido, em
educação, as expressões “brincadeiras, jogos e brinquedos” guardam os mesmos
significados, pois são ações lúdicas que preservam as mesmas qualidades e
seguem os mesmos padrões de entendimento.

Assim, os jogos, brincadeiras, brinquedos e dinâmicas podem apresentar


concepções diferentes, segundo a ótica de cada autor. Diz-se ainda que o brincar é
primeira conduta inteligente do ser humano.

Quando a criança nasce, suas brincadeiras tornam-se essenciais


como o sono e a alimentação. Portanto, na escola, a criança precisa
continuar brincando para que seu desenvolvimento e crescimento
físico, intelectual, afetivo e social possam evoluir e se associar à
construção do conhecimento de si mesmo, do outro e do mundo;
enfim, do campo de possibilidades que a vida lhe reserva.
(SANTOS, 2010, p.12)

Concordamos com Santos (2010) em todos os aspectos o brincar precisa


estar presente na vida da criança oportuniza a mesma um desenvolvimento
saudável , pois devemos considerar que é justamente nessa fase de crescimento
que a criança é mais propensa a absorver os conhecimentos que lhe são
apresentados sendo a mesma capaz de interagir, se envolver e dessa forma
contribuir para além de sua socialização.

A escola tem se preocupado pouco com o valor prático da ludicidade. Os


educadores exigem que os alunos prestem atenção, contém histórias, demonstrem
memória, tenham pensamento lógico, criatividade e imaginação, mas quando
oferecem atividades lúdicas, estas estão dissociadas do contexto do aluno e,
também de qualquer tipo de aprendizagem. Eles não têm o hábito de desenvolver
habilidades e nem de usar jogos como estratégias de intervenção psicopedagógica.
Portanto, não aproveitam o lúdico para afiar as habilidades e desenvolver
competências e inteligências.

Por outro lado, as instituições já reconhecem o valor do brincar. Sabem que


brincando a criança pode pensar, criar, simbolizar e aprender. Então não é justo
que, ao crescerem, os alunos fiquem distanciados das atividades lúdicas,
permanecendo como ouvintes das aulas, desempenhando o papel de expectador
12

passivo, recebendo informações. O modelo tradicional precisa ceder espaço para


alternativas metodológicas que desenvolvam as aptidões necessárias para o
crescimento harmônico do aluno. A evolução das ideias precisa alcançar as práticas
escolares.

Dessa forma compreende-se que é cada dia mais urgente que essa nova
corrente possa está cada dia mais presente nas instituições de educação infantil,
não como um modelo meramente para distrair as crianças, mas como metodologia
comprovadamente eficaz por diversas pesquisas que através do lúdico a criança é
capaz de desenvolver diferentes competências e habilidades já que o brincar faz
parte desde muito cedo da vida da mesma.

Vale ressaltar ainda que não há um consenso entre os educadores que o


brincar deve ser incorporado como algo que pode desencadear um processo
permanente de educar. Ao analisar os preceitos da pedagogia tradicional que ainda
persistem na escolas, percebe-se que existe uma restrição ao uso dos jogos e
brincadeiras, há ainda questões que precisam ser aprofundadas e discutidas, pois
tantos os pais como alguns educadores ainda não tem clareza sobre os
pressupostos que unem ludicidade e educação e, em se tratando de ludicidade,
ainda pensam como se pensava no passado.

É muito comum se ouvir dizer que os jogos não servem para nada e não tem
significado alguma dentro das escolas, a não ser nas aulas de educação artística e
educação física, talvez por preconceito culturalmente estabelecido quanto a essas
disciplinas ou por considera-las pouco nobres. O brinquedo só é aceito por todos
quando se refere ao recreio, isto é, quando é para descansar ou recrear.

Mesmo não tendo consciência, os educadores deixam transparecer, em suas


concepções de ensino, práticas que determinam, de certa forma, o que eles pensam
sobre educação e sobre o brincar na escola. São essas concepções que
determinam a utilização do lúdico nas propostas pedagógicas, havendo nesse
processo, no mínimo dois enfoques: um que enfatiza o brincar por brincar e o outro,
que enfatiza o brincar para aprender e resolver problemas. Dai decorre todo o
processo metodológico que envolve os conteúdos a serem trabalhadas e tais
elementos como jogos, brincadeiras e brinquedos.
13

3.2 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

A infância é a idade das brincadeiras. Por meio delas, as crianças satisfazem


grande parte de seus desejos e interesses particulares. “o aprendizado da
brincadeira, pela criança, propicia a liberação de energias, a expansão da
criatividade, fortalece a sociabilidade e estimula a liberdade do desempenho”
(GARCIA & MARQUES, 1990, p.11).

De acordo com as autoras, a palavra brincar não se relaciona apenas as


atividades da criança, pois em todas as idades as pessoas brincam. Também os
jogos estão presentes em todas as faixas etárias, embora as crianças os pratiquem
de forma mais frequente e com mais liberdade.

Quando as crianças brincam, observa-se a satisfação que elas experimentam


ao participar das atividades. Sinais de alegria, risos, certa excitação são
componentes desse prazer, embora a contribuição do brincar vá bem mais além de
impulsos parciais. A criança consegue conjugar seu mundo de fantasia com a
realidade, transitando, livremente, de uma situação a outra. Há uma ação psicofísica
na consecução dos objetivos: no ato de brincar, a criança propõe-se a fazer algo e
procura cumprir sua proposição (GARCIA & MARQUES, 1990, p.11).

Segundo as autoras, o significado da atividade lúdica na vida da criança pode


ser compreendido melhor considerando os seguintes aspectos:

 Preparação para a vida;

 Liberdade de ação;

 Prazer obtido;

 Possibilidade de repetição de experiências;

 Realização simbólica de desejos.

Considerando a abrangência desses aspectos, as atividades lúdicas infantis


oferecem uma fonte para estudos em diferentes direções: do ponto de vista
sociológico, da perspectiva psicológica, numa abordagem antropológica.

Para a criança, as brincadeiras proporcionam um estado de prazer, o que


leva à descontração e, consequentemente, ao surgimento de novas ideias criativas
14

que facilitam a aprendizagem de novos conteúdos e interações conscientes e


inconscientes, favorecendo a confiança em si e no grupo em que está inserida.

Diante disto, a escola precisa se dar conta que através das brincadeiras as
crianças têm chances de crescerem e se adaptarem ao mundo coletivo. As
brincadeiras devem ser consideradas como parte integrante da vida do homem não
só no aspecto de divertimento ou como forma de descarregar tensões, mas também
como uma forma de penetrar no âmbito da realidade, inclusive na realidade social.

O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará


garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será
feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os
fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes
para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso
adiante (ALMEIDA, 2000, p.63)
Por meio de uma brincadeira de criança, pode-se assimilar como ela vê e
constrói o mundo o que ela gostaria que ele fosse quais as suas preocupações e
que problemas a estão aborrecendo. Pela brincadeira, ela expressa o que tem
dificuldade de traduzir em palavras. Nenhuma criança brinca espontaneamente só
para passar o tempo, embora ela e os adultos que a observam possam pensar
assim.

Mesmo quando participa de uma brincadeira, em parte para preencher


momentos vagos, sua escolha é motivada por processos internos, desejos,
problemas, ansiedades. O que se passa na mente da criança determina suas
atividades lúdicas, brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo
que não a entendemos. E é a partir dessas atividades que a criança vai construindo
seu conhecimento. Deve-se compreender a importância que tais aspectos
apresentam para a construção do saber da criança considerando que esse mundo
da ludicidade, das brincadeiras faz parte desde muito cedo da vida das mesmas,
pois a brincadeira está inserida no dia a dia da criança fazendo com que ela
aprenda brincando, pois aspectos importantes dessas atividades estão
intrinsecamente relacionados ao mundo real dela.

Para Piaget (1977), as atividades lúdicas fazem parte da vida da criança. O


autor identifica três tipos de brincadeiras: brincadeiras de exercícios, brincadeiras
simbólicas e brincadeiras de regras.
15

3.3 O JOGO E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Para Kishimoto (1996), tentar definir o jogo não é tarefa fácil. Pode-se falar
em jogos de adultos, como xadrez, futebol, dominó, jogos de baralho, etc., como
também em jogos de crianças, como amarelinha, jogos com bolinhas de gude,
brincadeiras de rodas e uma infinidade de outros. Embora todos recebam a mesma
denominação, cada um tem sua especificidade. A complexidade da definição
aumenta quando se tenta definir os materiais lúdicos, alguns usualmente chamados
de jogos e outros de brinquedos, ou quando se procura estabelecer um paralelo
entre o brincar e jogar.

Para a autora, o jogo pode ser visto como:

1) O resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto


especifico;

2) Um sistema de regras;

3) Um objeto. No primeiro caso, há uma linguagem específica que descreve


um conjunto de fatos e atitudes que são entendidos da mesma forma
pelas pessoas do grupo que não conhecem o jogo. Isso resulta num
conjunto de termos específicos que se referem aos jogos de futebol). Em
segundo lugar, o sistema de regras identifica a estrutura sequencial que
permite diferenciar cada modalidade de jogo. Esse sistema determina
também quem ganha e quem perde (ou seja, o resultado do jogo), o que,
para as pessoas envolvidas, às vezes é mais importante do que a própria
atividade de jogar.

Froebel (s/d) apud, (Negrine, 1994, p. 18) reconheceu o valor dos jogos em
atividades espontâneas, “uma vez que favorece o desenvolvimento cerebral
contribui para a formação do caráter”, enquanto pedagogo sua contribuição consiste
em relacionar o jogo e o desenvolvimento.

O jogo permite a expressão ludo criativo, podendo abrir novas perspectivas


do uso dos códigos simbólicos. Mas, para que estas ideias se consolidem, é
importantíssimo compreender os diferentes estágios de desenvolvimento mental
infantil e adequar os brinquedos às potencialidades das crianças e, sobretudo,
16

buscar diversificá-los com o objetivo de explorar novas inteligências e áreas ainda


não desenvolvidas.

É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É


no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de agir
numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e
não por incentivos fornecidos por objetos externos (VYGOTSKY, 1989: 109).

As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo com a


zona de desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se perceber a
importância de o professor conhecer a teoria de Vygotsky. No processo da
educação infantil o papel do professor é de suma importância, pois o mesmo deverá
oferecer as crianças brincadeiras criativas onde as mesmas devem criar do nada,
algo que venha de dentro, algo que causa prazer quando estar desenvolvendo suas
habilidades mesmo sem saber. Criando os espaços, disponibilizando materiais,
participando das brincadeiras, ou seja, fazendo a mediação da construção do
conhecimento.

A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do


conhecimento estruturado e formalizado, ignora as dimensões educativas da
brincadeira e do jogo, como forma rica e poderosa de estimular a atividade
construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor procure ampliar cada
vez mais a vivência da criança com o ambiente físico com brinquedos e brincadeiras
com outras crianças.

Pelo ato de brincar, a criança pode desenvolver a confiança em si mesma,


sua imaginação, a autoestima, o autocontrole, a cooperação e a criatividade, o
brinquedo revela o seu mundo interior e leva ao aprender fazendo. A escola que
respeitar este conhecimento de mundo prévio da criança e compreende o processo
pelo qual a criança passa até alfabetizar-se, propiciando-lhe enfrentar e entender
com maior tranquilidade e sabor os primeiros anos escolares poderá ser
considerado um verdadeiro ambiente de aprendizagem.
17

3.4 COMO ACONTECE APRENDIZAGEM NA VISÃO DE VIGOSTSKY

No brincar a criança está sempre acima de sua idade média, acima de seu
comportamento diário. Assim, na brincadeira de faz-de-conta, as crianças
manifestam certas habilidades que não seriam esperadas para sua idade. Nesse
sentido, a aprendizagem cria a zona de desenvolvimento proximal, ou seja, a
aprendizagem desperta vários processos internos de desenvolvimento.

Deste ponto de vista, aprendizagem não é desenvolvimento;


entretanto o aprendizado adequadamente organizado resulta em
desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de
desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de
acontecer (VYGOTSKY apud OLIVEIRA, 2002, p. 132)
Concorda-se com Vygotsky (APUD ALMEIDA 2002) é necessário se ter a
compreensão de que o desenvolvimento acontece de forma paulatina e depende
muito de como a aprendizagem da criança é conduzida, de que forma a metodologia
e a aplicabilidade da mesma em sala de aula contribui para seu desenvolvimento
para que seja possível a maturação desses processos.

Dessa forma compreende-se a necessidade de repensar das práticas que


são desenvolvidas pela escola no processo de aprendizagem da criança, levando
em consideração os aspectos elencados pelos autores.

Um conceito central para a compreensão das concepções vigotskianas sobre


o funcionamento psicológico é o conceito de mediação. Para o autor a mediação,
em termos genéricos, é o processo de intervenção de um elemento intermediário
numa relação; a relação deixa, então de ser direta e passa a ser mediada por esse
elemento. Exemplificando seu entendimento o autor cita como exemplo, um
indivíduo que ao aproximar sua mão da chama de uma vela e a retira rapidamente
ao sentir dor, está estabelecida uma relação direta entre o calor da chama e a
retirada da mão, sua própria experiência e as lembranças do evento. Mas se
acontecer o contrário, o indivíduo só retira a mão quando alguém o avisa que vai se
queimar, dar-se-á nesse momento o processo de intervenção de outra pessoa.
Nesse entendimento está aí o entendimento da experiência vivenciada pelo próprio
indivíduo.

Em ambos os casos a presença de elementos mediadores introduz


um elo a mais nas relações organismos/meio, tornando-as mais
complexas. Ao longo do desenvolvimento do indivíduo as relações
mediadas passam a predominar sobre as relações diretas.
(VYGOTSKY apud OLIVEIRA, 2002, p. 27)
18

Nesse sentido entende-se que para Vygotsky (2002) que a relação do


homem com o mundo não é uma relação direta, mas fundamentalmente, uma
relação mediada. As funções psicológicas superiores apresentam uma estrutura tal
que entre o homem e o mundo real existem mediadores, ferramentas auxiliares da
atividade humana. Nesse caso, ele distingue dois tipos de elementos mediadores:
os instrumentos e os signos. Embora exista uma analogia entre esses dois tipos de
mediadores, ele tem características bastante diferentes e merecem ser tratados
separadamente.

Ainda segundo Vygotsky (apud Oliveira, 2002) ao longo da evolução da


espécie humana e do desenvolvimento de cada indivíduo, ocorrem, entretanto, duas
mudanças qualitativas fundamentais no uso dos signos. Por outro lado, a utilização
de marcas externas vai se transformar em processos internos de mediação; esse
mecanismo é chamado pelo autor de processo de internalização. Paralelamente,
são desenvolvidos sistemas simbólicos, que organizam os signos em estruturas
complexas e articuladas.

Ao longo do processo de desenvolvimento, o indivíduo deixa de necessitar de


marcas externas e passa a utilizar signos internos, isto é, representações mentais
que substituem os objetos do mundo real.

O processo pelo qual o individuo internaliza a matéria-prima fornecida pela


cultura não é, pois, um processo de absorção passiva, mas de transformação, de
síntese. Esse processo é, para Vygotsky, um dos principais mecanismos a serem
compreendidos no estudo do ser humano. É como se, ao longo de seu
desenvolvimento, o indivíduo “tomasse posse” das formas de comportamento
fornecidas pela cultura, num processo em que as atividades externas e as funções
interpessoais transformam-se em atividades internas, intrapsicológicas.

Para Vygotsky a origem e o desenvolvimento psicológico da criança são


construídos ao longo da história da espécie humana e da história individual. É o que
ele chamou de abordagem genética, comum também a outras teorias genéticas. Ao
lado de sua preocupação com a questão do desenvolvimento, o autor também
enfatiza, a importância dos processos de aprendizagem. Para o autor, desde o
nascimento da criança, existe uma intrínseca relação entre desenvolvimento e
aprendizagem e é “um aspecto necessário e universal do processo de
19

desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e


especificamente humanas”. Existe um percurso de desenvolvimento, em parte pelo
processo de maturação do organismo individual, pertencente a espécie humana,
mas é o aprendizado que possibilita o despertar dos processos internos de
desenvolvimento que, não fosse o contato do indivíduo com certo ambiente cultural,
não aconteceria.

Compreende-se assim que para Vygotsky o meio em que a criança vive e


convive e suas relações são preponderantes para o seu processo de
desenvolvimento e aprendizagem.

3.5 ANÁLISE DE KISHIMOTO SOBRE A TEORIA DE PIAGET

Segundo Kishimoto (1992, p. 30): Ao observar as brincadeiras infantis e a


capacidade imitativa da criança, o século XVIII exige o conhecimento da criança
como via de acesso à origem da humanidade. Supondo existir uma equivalência
entre povos primitivos e a infância, poder- se- ia entender a infância como idade do
imaginário, da poesia à semelhança dos povos de tempo da mitologia.

Daí ter sentido a afirmação de que o jogo é uma conduta espontânea, livre,
de expressão de tendências infantis que parte do princípio de que o mundo, em sua
infância, era composto de povos poetas. Kishimoto (1992, p. 32) fez uma análise
sobre a teoria de Piaget e chegou à conclusão que: Na teoria piagetiana, a
brincadeira não recebe uma conceituação especifica. Entendida como ação
assimiladora, a brincadeira aparece como forma de expressão da conduta dotadas
de características metafóricas como espontânea, prazerosa, semelhante às do
romantismo e da Biologia. Ao colocar a brincadeira dentro do conteúdo da
inteligência e não da estrutura cognitiva, Piaget distingue a construção de
conhecimentos. A brincadeira, enquanto processo assimilativo participa do conteúdo
da inteligência, à semelhança da aprendizagem.

Como podemos observar Piaget não discute o brincar em si, e sim a


manifestação lúdica baseando- se em estágios por faixa etária. Para muitos
educadores, os jogos lúdicos ainda são tidos como distração, sem valor nenhum. Na
realidade, os jogos lúdicos estimulam a percepção psicomotora cognitiva da criança,
elevando o prazer de aprender, principalmente quando se trata de crianças
pequenas, os jogos e brincadeiras tornam- se essenciais para a educação infantil. O
20

desenvolvimento da aprendizagem na criança se dar a partir da transição de uma


forma para a outra do lúdico para aquisição do conhecimento, sendo que a
imaginação é o ponto em ação da criança.

Pelo ato de brincar, a criança pode desenvolver a confiança em si mesma,


sua imaginação, a autoestima, o autocontrole, a cooperação e a criatividade, o
brinquedo revela o seu mundo interior e leva ao aprender fazendo. A escola que
respeitar este conhecimento de mundo prévio da criança e compreende o processo
pelo qual a criança passa até alfabetizar-se, propiciando-lhe enfrentar e entender
com maior tranquilidade e sabor os primeiros anos escolares poderá ser
considerado um verdadeiro ambiente de aprendizagem.
21

4 EDUCAÇÃO INFANTIL: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Atualmente, a pedagogia está caracterizada por debates contínuos sobre a


melhor maneira de educar as crianças e por discussões sobre o tipo de prática que
mais contribui para o desenvolvimento delas e sua aprendizagem. Esses são
fenômenos complexos e nenhuma teoria é suficiente para explica-los.
Historicamente muitos educadores tem adotado suas próprias teorias e práticas.

A pedagogia é um conceito complexo e existem diversas definições


contemporâneas. A mesma inclui prática e princípios, teorias, percepções e desafios
que informam e moldam o ensino e a aprendizagem.

De acordo com Jackson e Tasker (2004) a pedagogia é a base de


conhecimento distintiva da educação. Considera-se que a pedagogia é a provisão
total de ensino, inclui métodos, atividades materiais e todas as questões práticas
tencionadas para alcançar a aprendizagem; enquanto, simultaneamente, leva em
consideração o desenvolvimento do aprendiz (POLLARD, 2002). Esses processos
educacionais interativos entre professor aluno e ambiente de aprendizagem
precisam estar entrelaçados com o cuidado e com os valores pessoais, culturais e
comunitários (SIRAJ-BLATCHFORD, 2004).

Educadores necessitam mais do que o conhecimento baseado em matérias;


eles precisam ter uma boa compreensão de como conceitos, conhecimento,
habilidades, processos e atitudes se encaixam na aprendizagem e no ensino. Eles
também precisam ser bons “construtores de andaimes”, no sentido de serem
mentalmente flexíveis e capazes de considerar como a sua prática pode ser vista do
lado do aprendiz desta relação.

Existem uma variedade de modelos curriculares em todo o mundo e que


influenciaram a prática educacional e as abordagens internacionais de ensino e
aprendizagem. As origens desses modelos curriculares são os mais diversos. Vale
ressaltar que os modelos de currículo que tiveram impacto especifico nos
estabelecimentos da Inglaterra são o High/Scope, Montessori, Reggio Emília e as
escolas da Floresta Dinamarquesa.

Montessori desenvolveu uma variedade de recursos materiais, exercícios e


métodos baseados no que ela observou como realizações baseados no que ela
observou como realizações naturais das crianças, sem o auxilio de adultos. Seus
22

educadores desempenhavam o papel de facilitadores, proporcionando um ambiente


especialmente preparado com os materiais, promovendo a independência, a
concentração e habilidades para a resolução de problemas.

Já o currículo de high/Scope é uma abordagem à educação que é


amplamente desenvolvida nos Estados Unidos, mas que também foi desenvolvida
em outros países. É um currículo cognitivamente orientado, baseado vagamente na
teoria piagetiana com uma pedagogia construída sobre uma sequência de
atividades “planeja-faça-revise”. As crianças planejam o que eles pretendem fazer,
colocam o planejamento em execução e então refletem a respeito do que elas
realizaram. Isso faz com que elas tenham interações pessoais diretas com uma
reflexão sobre o seu aprendizado para aumentar a compreensão do mundo ao seu
redor.

Seja qual for as práticas desenvolvidas e escolhidas pelo professor para lidar
com essas crianças o que realmente deve ser levado em consideração é a
capacidade de fazer com elas interajam com as outras crianças, consigam se
desenvolver a medida em que é estimulada na realização das tarefas propostas
dando-lhes a oportunidade de se tornarem cada dia mais autônomas e assim serem
capazes de construir seu próprio aprendizado.

Vale ressaltar que a mediação do professor e suas práticas assertivas para


essa etapa são determinantes para o desenvolvimento da criança, por isso a
responsabilidade da escolha, no planejamento e no comprometimento com as
competências e a criança precisa adquirir nessa etapa do seu conhecimento para
que vá oportunizando as mesmas construir diferentes saberes a partir de sua
própria construção pessoal, claro, mediada por uma prática pedagógica que
favoreça suas necessidades.

4.1 O BRINCAR, O BRINQUEDO, O JOGO E O LÚDICO NO COTIDIANO DA


CRIANÇA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

A infância é a idade das brincadeiras. Por meio delas, as crianças satisfazem


grande parte de seus desejos e interesses particulares. “o aprendizado da
brincadeira, pela criança, propicia a liberação de energias, a expansão da
criatividade, fortalece a sociabilidade e estimula a liberdade do desempenho”
(GARCIA E MARQUES, 1990, p.11)
23

De acordo com as autoras quando as crianças brincam, observa-se a


satisfação que elas experimentam ao participar das atividades. Sinais de alegria,
risos, certa excitação são componentes desse prazer, embora a contribuição do
brincar vá bem mais além de impulsos parciais. A criança consegue conjugar seu
mundo de fantasia com a realidade, transitando, livremente, de uma situação a
outra. Há uma ação psicofísica na consecução dos objetivos: no ato de brincar, a
criança propõe-se a fazer algo e procura cumprir sua proposição (GARCIA E
MARQUES, 1990, p.11).

Segundo elas, o significado da atividade lúdica na vida da criança pode ser


compreendido melhor considerando os seguintes aspectos:

 Preparação para a vida;

 Liberdade de ação;

 Prazer obtido;

 Possibilidade de repetição das experiências;

 Realização simbólica dos desejos.

Considerando a abrangência desses aspectos, as atividades lúdicas infantis


oferecem uma fonte para estudos em diferentes direções: do ponto de vista
sociológico, da perspectiva psicológica, numa abordagem antropológica.

Existem termos que, por serem empregados com significados diferentes,


acabam se tornando imprecisos como o jogo, o brinquedo e a brincadeira. A
variedade de jogos conhecidos como faz-de-conta, simbólicos, motores, sensório-
motores, intelectuais ou cognitivos, de exterior, de interior, individuais ou coletivos,
metafóricos, verbais, de palavras, políticos, de adultos, de animais, de salão e
inúmeros outros mostra a multiplicidade de fenômenos incluídos na categoria jogo.
A perplexidade aumenta quando observamos diferentes situações receberem a
mesma denominação.

Freud atribuía uma enorme importância ao ato da criança brincar, o que o


aproximava, neste aspecto, de Piaget, Vygotsky e tantos outros. Para Freud, a
maneira como somos e pensamos e a maneira como nos comportamos e
construímos nossa alta ou baixa-estima é produto da relação entre nosso
24

consciente e nosso inconsciente, e assim somo que dirigidos por determinações que
fogem ao império de nossa vontade ou intenção.

Assim entre a satisfação total de tudo quando se anseia e do que é possível


na vida, existe um componente de energia (libido) que, sem se aquietar, pode
desviar-se de um alvo sexual para atividades espirituais ou socialmente úteis,
através de um processo a que se chamou de sublimação.

A linguagem de Piaget e de Vygotsky, certamente de Maria Montessori


também, ainda diferentes da de Freud, caminhava em igual direção e ampliava o
imenso universo que hoje se descobre na importância do brincar. Desde o início do
século XX, quando os adultos teimavam em ver na criança um cérebro imaturo e
ofereciam brinquedos tão somente para o lazer, esses educadores ressaltavam a
enorme influência do brinquedo no desenvolvimento da aprendizagem, na
sociabilidade e na criatividade infantil.

4.1.1O BRINCAR

Vygotsky, já em 1933, produziu um campo teórico no qual privilegia a


linguagem e o significado no desejo de brincar, mostrando que sem esse recurso
seria muito mais áspera a transposição mental entre os significados e os recursos
significantes. Olhando em outra direção, Jean Piaget destacava a ação sobre o
brincar como elemento que estrutura a situação simbólica inerente à brincadeira.

A criança que brinca está desenvolvendo sua linguagem oral, seu


pensamento associativo, suas habilidades auditivas e sociais, construindo conceitos
de relações de conservação, classificação, seriação, aptidões visuoespaciais e
muitas outras.

Mas é importante salientar que o brincar pelo brincar é a prática mais


utilizada na escola, pois, atualmente, o jogo ainda é usado nos espaço menos
nobres, em horários livres, no recreio, ou no final do dia, na sexta-feira ou para
descansar e logo retornar as atividades sérias. O jogo, desenvolvido dessa forma na
escola, representa apenas modismo, no mesmo caso, a preocupação não se
direciona para a qualidade do aprender brincando, mas para a quantidade de jogos
oferecidos. Se o educador experimentasse colocar as atividades lúdicas no início
das aulas certamente os alunos teriam mais vontade de desenvolver outras
25

atividades. É importante oferecer o lúdico para despertar das habilidades, da


iniciativa, da descoberta e não como prêmio ou recompensa.

4.1.2 O BRINQUEDO

O brinquedo, entende-se, não como uma função para dar prazer a criança, as
de libertá-la de frustrações, canalizar suas energias, dar motivo a sua ação, explorar
sua criatividade e imaginação.

Pela força dessas ideias, e de outras muitas que a consolidam, é que é


importante compreender os diferentes estágios do desenvolvimento mental infantil,
proporcionar brinquedos adequados a essa potencialidade e, sobretudo, diversifica-
los na tarefa de explorar áreas e inteligências diferenciadas. Atirar qualquer
brinquedo, a qualquer criança pode agradar seu sentimento de posse, mas
compreender a mente dessa criança e, com cuidado e critério, selecionar esse
brinquedo, ensinando-o a brincar, é ir muito mais além, é, em verdade, educar.

Existe uma enorme dificuldade quando se trata dos temos brinquedo, jogo
tendo em vista que os mesmos são percebidos como sinônimos e quando nos
deparamos com as mais diferentes publicações que utilizam as mesmas definições
tanto para jogos, brinquedos e brincadeiras.

No Brasil, estudos de Bomtempo, Hussein e Zamberlain (1986), Oliveira


(1984) e Rosamilha (1979) apontam para indiferenciação no emprego de tais
termos. Segundo o dicionário Aurélio (HOLANDA, 1983, p. 228), o termo brinquedo
pode significar indistintamente objeto que serve para as crianças brincarem; jogo de
criança e brincadeiras. O sentido usual permite que a língua portuguesa referende
os três termos como sinônimos. Essa situação reflete o pouco avanço dos estudos
na área.

Para evitar tal indeferenciação, entenderemos o brinquedo como objeto,


suporte de brincadeira, brincadeira como a descrição de uma conduta estruturada,
com regras, e o jogo infantil para designar tanto como o objeto como as regras do
jogo da criança. (brinquedos e brincadeiras).

Segundo a definição de Beart (apud CAMPAGNE, 1989, p.28), o brinquedo é


o suporte da brincadeira, quer seja concreto ou ideológico, concebido ou
simplesmente utilizado como tal ou mesmo puramente fortuito.
26

Essa definição, bastante completa, incorpora não só brinquedos criados pelo


mundo adulto, concebidos especialmente para brincadeiras infantis, como os que a
própria criança produz de qualquer material ou investe de sentido lúdico. No último
caso, colheres, pratos e panelas tem servido como suporte de brincadeira,
adquirindo o sentido lúdico, representando, por exemplo, instrumentos musicais,
pente, entre outros.

É possível entender o brinquedo em outra dimensão, como objeto cultural.


Segundo (1979, p.5), o brinquedo não pode ser isolado da sociedade que o criou e
reveste-se de elementos culturais e tecnológicos do contexto histórico social.
Estudos como o de Oliveira (1986) mostram o brinquedo nessa perspectiva.

Outra vertente que explora o brinquedo provém de estudos históricos. O


interesse em conhecer a origem e a evolução de brinquedos e jogos antigos como a
boneca, a pipa ou o pião merecem alguns esclarecimentos.

Granje (na obra JAULIN, 1979, p-224-276) mostra a impossibilidade de


escrever a história do brinquedo, focando na pesquisa sobre um objeto ou todos os
objetos pertencentes a essa categoria, estudando sobre um objeto ou todos os
objetos pertencentes a essa categoria, estudando circunstâncias e variações
segundo o tempo e o lugar. À semelhança do jogo, o brinquedo não pertence a uma
categoria única de objetos. Com várias manifestações, existência efêmera, como
fazer séries históricas de milênios de brinquedos confeccionados com materiais
perecíveis, esquecidos, como raminhos, seixos, raízes, vegetais, castanhas e
espigas? Essa história deveria incorporar também objetos do mundo doméstico que
passam a ter o sentido do brinquedo quando a função lúdica sobre eles incide.

Para Granje (apud JAULIN 1979, p. 268) brinquedo conota criança. O


brinquedo tem sempre como referência a criança e não se confunde com a miríade
de significados que o termo jogo assume. A história do brinquedo só pode ser feita
em estreita ligação com a história da criança.

4.1.3 JOGO

Em nossa cultura a palavra “jogo” habitualmente é confundida com


“competição”. A ideia do jogo na educação não se confunde com o sentido popular
da palavra.
27

Para Antunes (2012) do ponto de vista educacional, a palavra jogo se afasta


do significado de competição e se aproxima de sua origem etimológica latina, com o
sentido de gracejo, ou mais especificamente, divertimento, brincadeira, passatempo.
Desta maneira, os jogos infantis podem até excepcionalmente visam estimular o
crescimento e a aprendizagem e seriam melhor definidos se afirmássemos que
representam relação interpessoal entre dois ou mais sujeitos realizada dentro de
determinadas regras.

Entendendo o jogo dessa forma se percebe que se passa grande parte do


tempo “jogando” porque estamos muitas vezes interagindo dentro de regras. S
politica internacional é sempre insinuante jogo e a própria vida biológica na natureza
nada mais é que um admirável jogo de regradas relações múltiplas. Quando se joga
com crianças ou se media esses jogos tem-se, pois, que ter em mente que “vencer”
ou “não vencer” constitui acidente irrelevante diante da magnitude de regras que se
cumpriu. O jogo possui implicações importantíssimas em todas as etapas da vida
psicológica da criança e representa erro inaceitável considera-lo como atividade
trivial ou perda de tempo.

Outra importante consideração ainda segundo Antunes (2012) esta


relacionada a ideia de que existe uma relação entre jogo e aprendizagem. Não pode
existir no educador a ideia classificatória de “jogos que divertem” e “jogos que
ensinam”, pois se o jogo que aplica envolve de forma equilibrada o respeito pelo
amadurecimento da criança, exercita e coloca em ação desafios a sua experiência.,
promove sua relação interpessoal exaltando as regras do convívio, será sempre um
jogo educativo- ainda que possa simultaneamente ensinar e divertir. Jogos bem
organizados ajudam a criança a construir novas descobertas, a desenvolver e
enriquecer sua personalidade, e é jogando que se aprende a extrair da vida o que a
vida tem de essencial. Nesse sentido, toda essência do jogo se sintetiza em suas
regras, pois é operando dentro de algumas regras e percebendo com clareza sua
essência que se vive e os relaciona bem com o mundo. Jogar é plenamente viver.

4. 1.4 LUDICO

Ao se discutir no meio acadêmico sobre formação docente e as práticas


pedagógicas recorrentes na educação infantil, não seria possível se furtar o papel
do lúdico no contexto educacional infantil.
28

O lúdico e o desenvolvimento infantil são discutidos por diversos autores


como Kramer (2006), Khullmann (1998), Piaget (1975), Wallon (2007) entre outros.
Vários são os questionamentos acerca do real valor dessas abordagens,
considerando que é fundamental o desenvolvimento infantil integral, porém de que
forma esse desenvolvimento pode ser potencializado considerando as interações
lúdicas dirigidas, o faz-de-conta, o jogo, a música, a dança, as cores, a postura de
quem conduz o processo de aprendizagem infantil.

O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer “jogo”. Se
achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao
jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo, porém abordagens mais amplas estão
sendo discutidas (KISHIMOTO, 1994).

A partir dos estudos de Vygotsky (1896-1934), mais especificamente sobre


sua teoria sócio-histórico-cultural será possível compreender o papel do lúdico no
desenvolvimento potencial infantil a partir do aprendizado da natureza social sob
sua perspectiva. Piaget (1896-1980) colabora com seus estudos do
desenvolvimento cognitivo, já era fascinado por estágios do desenvolvimento da
inteligência: sua teoria ficou conhecida como teoria do construtivismo genético e
Wallon (1879-1962), sendo um grande pesquisador, despertou seu interesse por
formas de desenvolvimento mental e motor da infância.
29

5. O PAPEL DO PROFESSOR NA MEDIAÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS


NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A formação docente bem como a formação profissional traz vários


fragmentos históricos sobre a luta da profissão professor para sua consolidação e
sob quais bases estão firmadas. Muito são os questionamentos sobre quais
interesses auxiliaram para a ascensão do professor e para a formação docente
instituída.

São várias as indagações sobre a formação docente, porém falando


especificamente sobre a primeira etapa da educação básica, a
educação infantil de cunho pedagógico, instituída a partir da LDBEN
9394/96 no Brasil, pergunta-se qual a trajetória dessas professoras e
professores que hoje ainda lutam pelo reconhecimento de
competência profissional. (BARBOSA, 2016. p.48)

Embora se possa dizer que as mudanças teóricas e as exigências legais vão


surgindo a medida em que os anos vão passando e a necessidade de um olhar
mais cuidadoso sobre essa etapa ainda se deixa muito a desejar. Os professores
que normalmente são designados para atender a essa clientela são aqueles menos
preparados de certa forma, como dito, por alguns profissionais, como se não
existisse relevância a etapa em questão.

Atualmente existem muitas dúvidas de que o brincar deve ser incorporado a


educação como algo que pode desencadear um processo permanente de educar.
Ao analisar os preceitos da pedagogia tradicional que ainda persistem nas escolas,
percebe-se que existe uma restrição ao uso dos jogos e brinquedos na educação,
por isso, na relação aprendizagem e brincadeira, há ainda questões que precisam
ser aprofundadas e discutidas, pois tanto os pais como alguns educadores ainda
não têm clareza sobre os pressupostos que unem ludicidade e educação e, em se
tratando de ludicidade, ainda pensam como se pensava no passado.

É muito comum ouvirmos dizer que os jogos não servem para nada e não
tem significação alguma dentro das escolas, a não ser nas aulas de educação
artística e educação física, talvez por preconceito culturalmente estabelecido quanto
30

a essas disciplinas ou por considera-las pouco nobres. O brinquedo só é aceito por


todos quando se refere ao recreio, isto é, quando é para descansar ou recrear.

Mesmo não tendo consciência, os educadores deixam transparecer, em suas


concepções de ensino, práticas que determinam, de certa forma, o que eles pensam
sobre educação e sobre o brincar na escola.

São essas concepções que determinam a utilização do lúdico nas


propostas pedagógicas, havendo nesse processo, no mínimo, dois
enfoques: um enfatiza o brincar por brincar e o outro, que enfatiza o
brincar para aprender a resolver o problema. Dai decorre o processo
metodológico que envolve os conteúdos trabalhados. (SANTOS,
2010, p.16).

Portanto a partir desse entendimento e da postura que o professor adota na


sala de aula para a aprendizagem das crianças é que se observa a compreensão
que o mesmo tem da aprendizagem tendo o lúdico como ponto de partida, já que
inúmeros estudos apontam a importância de trabalhar com a criança desde cedo
com essa concepção. E o professor como mediador desse processo precisa
acreditar e desenvolver esse espirito dentro da sua sala de aula.

A criança se desenvolve desde cedo a partir de brincadeiras, brincadeiras


essas que fazem parte do seu cotidiano e em seu mundo de fantasia ela é
percebida como algo real. E ao chegar na escola essa realidade é levada, suas
experiências, as emoções e tudo que fez parte do seu crescimento e
desenvolvimento. O professor precisa está atento a todo esse comportamento e
contribuir através do seu conhecimento ou da busca dele que já não se concebe o
aprender sem sentido nos primeiros anos de vida da criança, pois aquilo que
verdadeiramente dá sentido a vida da criança são suas experiências onde em sua
infância foi possível trazer muitas informações que a escola, ou especificamente o
professor precisa traduzir para a mesma de maneira alegre, prazerosa e com
sentido.
31

6 METODOLOGIA

6.1 TIPO DE PESQUISA

O Projeto de Pesquisa será feito através de levantamentos bibliográficos de


autores que falam sobre o tema proposto e revisão de literatura, buscando adquirir
informações e explicações para solucionar as dúvidas que surgiram diante da
escolha do tema, no qual esclarecerá os principais problemas enfrentados na
educação infantil com relação ao brincar.
Será feita uma pesquisa de campo com educadores da área da educação
infantil, para saber quais os procedimentos utilizados por eles, para mediar às
brincadeiras e resgatar o brincar como forma de aprendizado, interligando os
conteúdos propostos pela instituição escolar.

6.1.1 QUANTO A ABORDAGEM

A pesquisa será de abordagem qualitativa tendo em vista que a mesma não


se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da
compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.

Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao


pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já
que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma metodologia
própria. (GOLDENBERG, 1997, p. 34)

6.1.2 QUANTO AOS OBJETIVOS

A pesquisa que se propõe é descritiva quanto aos objetivos, tendo em vista


que a mesma exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja
pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de
determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987).

Para Triviños (1987, p. 112), os estudos descritivos podem ser criticados


porque pode existir uma descrição exata dos fenômenos e dos fatos. Estes fogem
da possibilidade de verificação através da observação. Ainda para o autor, às vezes
32

não existe por parte do investigador um exame crítico das informações, e os


resultados podem ser equivocados; e as técnicas de coleta de dados, como
questionários, escalas e entrevistas, podem ser subjetivas, apenas quantificáveis,
gerando imprecisão.

6.1.3 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

De acordo com Fonseca (2002), a pesquisa possibilita uma aproximação e


um entendimento da realidade a investigar, como um processo permanentemente
inacabado. Ela se processa através de aproximações sucessivas da realidade,
fornecendo subsídios para uma intervenção no real. Será adotado um questionário
com 30 perguntas, sendo as mesmas abertas e fechadas. No primeiro momento far-
se-á uma pesquisa bibliográfica para aprofundamento do tema que está sendo
pesquisado. Posterior realizar-se-á um estudo de campo com os professores de
uma escola municipal.

6.1.3.1 Pesquisa Bibliográfica

A pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado, como


livros, artigos, periódicos, internet, etc. Pode dizer que essa categoria de pesquisa é
um tipo de revisão bibliográfica ou levantamento bibliográfico.

Neste mesmo sentido, Gil (2007, p. 44) explica que os exemplos mais
característicos desse tipo de pesquisa são: investigações sobre ideologias ou
pesquisas que se propõem à análise das diversas posições sobre um problema.

6.1.3.2 Pesquisa de campo

A pesquisa de campo se caracteriza pelas investigações realizadas através


da coleta de dados junto às pessoas, somando à pesquisa bibliográfica e/ou
documental.

6.1.3.3 Estudo de caso

 Envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos. O


objetivo é buscar um detalhamento aprofundado do assunto. Por isso é amplamente
usada nas ciências biomédicas e sociais, visto que tem o foco em conhecer com
33

profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser


única em muitos aspectos.

Para a autora Alves-Mazzotti (2006, p. 640), os exemplos mais comuns para


esse tipo de estudo são os que focalizam apenas uma unidade: um indivíduo (como
os casos clínicos descritos por Freud), um pequeno grupo (como o estudo de Paul
Willis sobre um grupo de rapazes da classe trabalhadora inglesa), uma instituição
(como uma escola, um hospital), um programa (como o Bolsa Família) ou um evento
(a eleição do diretor de uma escola).

6.2 LOCAL DE PESQUISA

A referida pesquisa irá se realizar no Centro de Educação Infantil Francisca


Arruda de Pontes, no município de Redenção/Ceará.

6.2.1 O MUNICIPIO

Redenção está localizada na região dos sopés do Maciço de Baturité e ao


redor das margens do Rio Acarape/Rio Pacoti era habitada por diversas etnias
como os Potyguara, Jenipapo, Kanyndé, Choró e Quesito, recebeu a partir do
século XVII diversas expedições militares e religiosas.

Com a implementação da pecuária no Ceará no século XVII, as terras de


Redenção também foram beneficiadas com a agricultura da cana-de-açúcar. A partir
do século XIX, engenhos de Redenção tiveram como mão de obra escravos
africanos, desta forma senzalas e pelourinhos vieram a fazer parte do modelo
urbano. O povoado que deu origem à vila foi um distrito policial criado em 1842 e
depois desmembrado de Baturité em 1868 com o nome de "Acarape". No ano de
1871 foi criada a Câmara Municipal da cidade.

Em 1882 é criada a "Sociedade Redentora Acarapense". Em 1 de janeiro de


1883, chegavam à então Vila Acarape, abolicionistas como Liberato Barroso,
Antônio Tibúrcio, Justiniano de Serpa, José do Patrocínio e João Cordeiro, com a
finalidade de assistirem a alforria de 116 escravos do lugarejo. A partir daquele ato,
em frente à igreja matriz local, não haveria mais escravos ali, ganhando a vila o
nome de Redenção, pioneira em libertar seus escravos no País.
34

Em reconhecimento ao fato de ter sido a primeira cidade do Brasil a abolir a


escravidão, Redenção sedia a UNILAB -Universidade Federal de Integração Luso-
Afro-Brasileira desde 2009.

Redenção é um município brasileiro do estado do Ceará. Localiza-se a uma


altitude de 88 metros acima do nível do mar e a 55 km de distância de Fortaleza
capital do Ceará. Faz parte do Polo Serra de Guaramiranga.

O município recebe esse nome por ter sido a primeira cidade brasileira a
libertar todos os seus escravos. O nome Redenção vem do fato de que este (antiga
vila do Acarape. Do tupi-guarani acará + pe, caminho dos peixes) foi o primeiro
município do Brasil a libertar os escravos.

O município tinha 26415 habitantes no último Censo. Isso coloca o município


na posição 71 dentre 184 do mesmo estado. Em comparação com outros
municípios do Brasil, fica na posição 1203 dentre 5570. Sua densidade demográfica
é de 117.24 habitantes por quilômetro quadrado, colocando-o na posição 15 de 184
do mesmo estado. Quando comparado com outros municípios no Brasil, fica na
posição 614 de 5570.

6.2.2 A ESCOLA PESQUISADA

O Centro de Educação Infantil foi construído no ano de 1991 e inaugurado


em 1993, na gestão do Prefeito José Afonso Bezerra, com o nome de Creche
Municipal de Redenção. Na época, sua finalidade era atender nos turnos manhã e
tarde a 160 crianças carentes do município, do maternal ao Pré II, através de um
convênio estadual da Fundação do Bem-Estar do Menor no Ceará – FEBEM/CE.

Em 1999 passou a ser denominado Creche Municipal Francisca Arruda de


Pontes, fazendo homenagem a uma cidadã redencionista, cujo filho – Professor
José Américo de Pontes (In Memoriam) foi um dos grandes historiadores do
município de Redenção.

Em 2010, a escola passou por uma obra de reforma e ampliação (gestão da


Prefeita Francisca Torres Bezerra), onde foram construídas mais 02 salas de aula,
01 refeitório/cozinha, banheiros infantis, 01 banheiro para crianças com
necessidades especiais, 02 depósitos, 01 sala de recursos multifuncionais, 01 salão
de recepção, 01 secretaria e 01 diretoria. Em 2017, parte do seu espaço físico foi
cedido à Secretaria de Educação do município, cuja área ora destina-se a projetos
35

desenvolvidos pela “Casa Encantada”, em parceria com a Universidade Integração


as lusofonia afro-brasileira- UNILAB, bem como a realização de atendimentos feitos
por psicólogos do município.
36

O espaço da sala multifuncional, por sua vez, foi disponibilizado para o


depósito da merenda escolar. O espaço escolar atual compreende 06 salas de aula,
01 sala de leitura e brinquedoteca, 01 salão de recepção, 01 secretaria, 01 diretoria,
02 depósitos, 02 banheiros infantis, 01 refeitório/cozinha, 01 pátio coberto e uma
área externa, com parque infantil (inativo). No ano de 2019, na gestão do Prefeito
David Benevides a CEI passou por um serviço de reforma, incluindo retelhamentos,
pinturas, reposição de portas e portões, ajustes nos banheiros, dentre outras. Assim
a instituição ficou mais atraente e lúdica para receber as crianças.

Ao longo da história a instituição teve como grupo de gestores professoras do


município: Maria Lucileide Silva, Lúcia de Fátima Costa e Silva, Ana Lourdes
Bernardo Chagas, Maria Auxiliadora Nogueira Saraiva, Maria Marly de Sena
Medeiros, Marlucia Maria Seixas e Maria Antonia Ferreira Bernardino dos Santos,
Sônia Maria Carvalho Tinôco Silva e Marta Caetano da Silva. E atualmente o Núcleo
Gestor é constituído pelo professor Antonio Flávio Maciel de Souza Júnior (Diretor)
e a professora Maria Célia de Sousa Fernandes (Coordenadora Pedagógica). No
quadro docente em exercício, contamos com 02 professoras efetivas e 06
contratadas, todas graduadas em Pedagogia com especialização na área e 01
Agente de Desenvolvimento Infantil – ADI. Essas profissionais atendem atualmente
a um total de 175 crianças, distribuídas nos turnos manhã (7 às 11h) e tarde (13 às
17 h).

A organização das turmas é realizada de acordo com a divisão etária


estruturada na BNCC (2017), na qual reforça a ideia de especificidade do processo
de ensino e aprendizagem das crianças organizando os objetivos de aprendizagem
e 10 11 desenvolvimento: bebês (zero a 1 ano e 6 meses), crianças bem pequenas
(1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11
meses), esses são divididos em dois grupos: Creches e pré escola. Em se tratando
de uma escola de Educação Infantil, possui uma proposta pedagógica pautada na
formação de caráter através de valores humanos, por meio da educação amorosa e
das práticas de cuidado e educação, na perspectiva da integração entre os aspectos
físicos, afetivos, emocionais, cognitivos, linguísticos e sociais da criança.
37

Considera também, a inclusão como direito da criança com necessidades


especiais, através da adaptação dos espaços e equipamentos; formação de
professores; estratégias e materiais adequados; atividades adaptadas às
especificidades das crianças; cuidadores e encaminhamento para psicólogos ou
neuropediatras do município, bem como para tratamento e acompanhamento na
Sociedade de Assistência e Proteção à Infância de Fortaleza – SOPAI, hospital
infantil.

6.3 POPULAÇÃO

Será feita entrevista com os professores do Infantil V, (Crianças de 5 anos


– Infantil V A, B e C) no Centro de Educação Infantil Francisca Arruda de Pontes
no município de Redenção/Ceará. Ao todo a pesquisa contemplará 06
professores, e 06 auxiliares da sala.
Em aspectos gerais, as famílias das crianças que atendemos na escola
são famílias assistidas por programas do governo federal, como o bolsa família.
Alguns complementam essa renda com a agricultura, trabalhos domésticos,
pequenos comércios e autônomos. Desse modo o perfil socioeconômico das
crianças da escola varia de um contexto de extrema vulnerabilidade social a
contextos que os pais vivem em condições de vida mais favoráveis e melhores.

6.3.1 Critérios de Inclusão

Participarão da pesquisa os professores lotados na Creche Municipal


Francisca Arruda de Pontes das turmas do infantil V, IV, III, 02 professoras
auxiliares, e 01 coordenadora pedagógica.

6.3.2 Critérios de Exclusão

Não participarão da pesquisa professores que estejam em período de


estágio, cuidadores, ou professores substitutos. Embora ambos apresentem uma
relação direta com os alunos não se enquadram no objetivo proposto nessa
pesquisa.

6.4 COLETA DE DADOS


38

A realização da pesquisa irá acontecer através de uma investigação de


campo, onde será utilizado entrevistas com os professores do infantil III, IV,V,
professores auxiliares e a coordenadora da escola e observação da realização das
atividades em sala de aula.

No primeiro momento a pesquisadora irá a escola e se apresentará a


direção da mesma explicando sua pesquisa e a necessidade do livre consentimento
para a realização da mesma.

Em seguida solicitará após o consentimento dos documentos da escola para


um levantamento sobre a história da mesma. Comunicará ainda a necessidade de
realizar um trabalho de campo, ou seja, uma pesquisa com os professores das salas
escolhidas, as salas do Infantil V e seus professores.

Será feito um levantamento sobre a escola pesquisada, através do estudo


do seu PPP e da observação diária de como funciona a instituição.

No segundo momento a pesquisa elencaremos alguns autores importantes


que discorreram sobre o tema a ser pesquisado onde será elaborado um fichamento
para uma maior organização quando da elaboração da redação preliminar.

De posse das informações necessárias iremos realizar uma entrevista


semiestruturadas, a entrevista semiestruturada é o momento em que o entrevistador
realiza uma série de questionamentos ao entrevistado sem a necessidade de seguir
rigorosamente uma lista de perguntas previamente estruturadas . para conhecer
melhor os entrevistados e seu ponto de vista sobre o trabalho que vem realizando
no âmbito da instituição, suas dificuldades e suas perspectivas.

É importante ressaltar que antes da entrevista o pesquisador acompanhará


algumas aulas nas turmas elencadas neste trabalho para poder perceber de perto o
desenvolvimento das atividades desenvolvidas pelos professores aqui selecionados
e ver na prática se estes trabalham realmente a ludicidade na sala de aula, para que
seja possível consolidar os resultados apresentados com as respostas obtidas na
entrevista que será realizada com os mesmos.

6.5 ANÁLISE DE DADOS

De posse das anotações, dar-se-á início à transcrição literal das entrevistas


individuais. Após a transcrição, será realizada a leitura das entrevistas,
39

estabelecendo-se um primeiro contato com os textos, na tentativa de apreensão dos


sentidos que os sujeitos deixarão transparecer em suas falas.

Na segunda fase, terá início a separação das ideias, frases e parágrafos que
identifiquem as convergências e divergências dos participantes em relação à
temática do encontro e do estudo. Na terceira e última etapa, será feita a
organização e o mapeamento das falas dos sujeitos, com o objetivo de apresentar
as principais ideias que supostamente responderiam às questões da pesquisa.

6.6 RISCOS E BENEFÍCIOS

Todos os dados usados serão secundários, sem identificação pessoal e de


domínio público, o que conforme a resolução n 510/2016 do Conselho Nacional de
Saúde, dispensa a necessidade prévia de aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos. No entanto, caso algum participante se sinta
constrangido este poderá ser encaminhado ao setor de atendimento psicológico
municipal ou mesmo da escola.

Os benefícios da pesquisa residem no fato de que ao entendermos o


universo dos jogos lúdicos na aprendizagem das crianças os achados contribuirão
efetivamente para que educadores e futuros pesquisadores reforcem essa
compreensão de que a metodologia em questão é um elemento além de agregador,
motivador para a criança na educação infantil .

6.7 COMITÊ DE ÉTICA


O projeto será encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa via
Plataforma Brasil para apreciação. As informações obtidas para o presente
estudo serão coletadas somente após consentimento por escrito dos
participantes. A aceitação será registrada através da assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, sendo garantido o sigilo aos entrevistados
com relação à sua identidade.
Também será assegurado o direito de não participação ou desistência a
qualquer momento do estudo sem prejuízo ou despesa. Essa pesquisa está em
concordância com as normas do Conselho Nacional de Saúde, e de acordo
com a Resolução 466/12, dessa forma, cumprindo as exigências das diretrizes
da pesquisa com seres humanos.
40

8 CRONOGRAMA

IDENTIFI- 2021 JUL SET NOV 2022 JAN MAR MAI JUL SET NOV
CAÇÃO DA AGO OUT DEZ FEV ABR JUN AGO DEZ 2023 JUL
ETAPA OUT

Levantamento X X X X X
bibliográfico

Leitura e X X X X X X X
fichamento de
obras
Elaboração
do X X
projeto de
pesquisa

Submissão ao X
Comitê de
Ética

Coleta de X X X X
Dados e
Análise dos
Dados

Apresentação
pré banca

Analise
Crítica do
Material

Redação
provisória

Entrega ao
orientador

Revisão
redação final

Entrega final
ao orientador

Apresentação
do TCC
41

9. RELAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS(ORÇAMENTO)

ITENS CUSTOS (r$)


PAPEL 500fls 40
XEROX 100fls 100,00
TINTA 4 un 250,00
IMPRESSÃO 03 250,00
ENCADERNAÇÃO 03 150,00
LIVROS 10 400,00
NOTEBOOK 01 3.000,00
INTERNET 01 200,00
DESLOCAMENTO 06 350,00
PARA A ESCOLA
(combustível)
REVISÃO 0 500,00
ORTOGRÁFICA
FORMATAÇÃO 02 350,00

CUSTO TOTAL 5. 590,00


42

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação Lúdica, Técnicas e Jogos Pedagógicos. São


Paulo: Loyola, 1995.

BROCKER, Avril... [et.al]; tradução Fabiana Karan; revisão técnica: Maria Carmem
Silveira Barbosa. Brincar para a vida. Porto Alegre: Penso, 2011.

FROEBEL, apud Negriene, Airton. Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil:


Simbolismo e Jogos. Porto Alegre: Prodil, 1994.

KISHIMOTO, T. M. Jogos tradicionais infantis: o jogo, a criança e a educação.


Petrópolis: Vozes, 1993.

OLIVEIRA, Vera Barros de (org.). O Brincar e a Criança do Nascimento aos Seis


Anos. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

VYGOTSKY, L. 1989. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.


43

APÊNDICES
44

ENTREVISTA COM OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL


COMO REQUISITO PARA O CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO.

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA APRENDIZAGEM DAS


CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
1. SUA FORMAÇÃO?
2. HÁ QUANTO TEMPO TRABALHA NA ESCOLA ATUAL?
3. QUAL SUA SITUAÇÃO? CONTRATADA OU EFETIVA?
4. QUANTOS ANOS DE EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL?
5. TEM ALGUMA FORMAÇÃO ESPECIFICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL?
6. VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE ALGUMA OUTRA PESQUISA VOLTADA PARA A ÁREA DA EDUCAÇÃO
INFANTIL?

7. VOCÊ SABE O QUE É LUDICIDADE?


( ) SIM ( ) NÃO

8. VOCÊ ACREDITA QUE ELA CONTRIBUI NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA?


( ) SIM ( ) NÃO

9. VOCÊ TRABALHA SÓ ATIVIDADES LÚDICAS OU VOCÊ ACREDITA QUE ELA É APENAS UM


COMPLEMENTO? PARA VOCÊ EXISTEM MÉTODOS MELHORES E MAIS EFICAZES?

10. EM SUA OPINIÃO AS CRIANÇAS CONSEGUEM DEMONSTRAR MAIOR INTERESSE QUANDO DO USO DA
METODOLOGIA LÚDICA?
( ) SIM ( ) NÃO
11. QUAIS AS BRINCADEIRAS QUE VOCÊ CONSIDERA INDISPENSÁVEL E QUE CONTRIBUI PARA A
APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS?
12. A ESCOLA PESQUISADA É UMA INSTITUIÇÃO ESPECIFICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL? COMO VOCÊ
ATRIBUI AS CONDIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES?
( ) BOM ( ) REGULAR ( ) ÓTIMO

13. A ESCOLA DISPÕE DE MATERIAL LÚDICO PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES?


( ) SIM ( ) NÃO

14. VOCÊ CONTA COM APOIO PEDAGÓGICO PARA QUE AS ATIVIDADES PROPOSTAS POSSAM SER
REALIZADAS?
( ) SIM ( ) NÃO
15. QUAIS SÃO SUAS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA LIDAR COM ESSA METODOLOGIA LÚDICA?
16. COMO OS PAIS RECEBEM ESSE TIPO DE EDUCAÇÃO OFERTADA AS CRIANÇAS NESSA ETAPA?
17. A CULTURA LÚDICA É VALORIZADA NA ESCOLA QUE VOCÊ TRABALHA?
( ) SIM ( ) NÃO
18. SE VOCÊ TIVESSE QUE ACRESCENTAR ALGUMA INFORMAÇÃO A ESSA ENTREVISTA O QUE VOCÊ DIRIA
PARA AQUELES PROFESSORES QUE AINDA RESISTEM AS ATIVIDADES LÚDICAS NA SALA DE AULA? OU
VOCÊ É UMA DELAS? JUSTIFIQUE?
45

ENTREVISTA COM A COORDENADORA DA ESCOLA


COMO REQUISITO PARA O CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO.

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA APRENDIZAGEM DAS


CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1. SUA FORMAÇÃO?
2. HÁ QUANTO TEMPO TRABALHA NA ESCOLA ATUAL?
3. QUAL SUA SITUAÇÃO? CONTRATADA OU EFETIVA?
4. VOCÊ SABE O QUE É LUDICIDADE?
( ) SIM ( ) NÃO
5. COMO VOCÊ SE TORNOU COORDENADORA?

( ) INDICAÇÃO ( ) CONCURSO ( ) SELEÇÃO


6. COMO VOCÊ ACOMPANHA O TRABALHO DAS PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL?
7. O QUE VOCÊ PENSA DA METODOLOGIA LÚDICA?
8. VOCÊ ACREDITA QUE ELA CONTRIBUI NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA?
( ) SIM ( ) NÃO
9. VOCÊ OFERECE SUBSIDIOS PARA O PROFESSOR TRABALHAR O LÚDICO?
10. EM SUA OPINIÃO AS CRIANÇAS CONSEGUEM DEMONSTRAR MAIOR INTERESSE QUANDO DO USO DA
METODOLOGIA LÚDICA?
( ) SIM ( ) NÃO
11. QUAIS AS BRINCADEIRAS QUE VOCÊ CONSIDERA INDISPENSÁVEL E QUE CONTRIBUI PARA A
APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS?
12. A ESCOLA PESQUISADA É UMA INSTITUIÇÃO ESPECIFICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL? COMO VOCÊ
ATRIBUI AS CONDIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES?
( ) BOM ( ) REGULAR ( ) ÓTIMO

13. A ESCOLA DISPÕE DE MATERIAL LÚDICO PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES?

( ) SIM ( ) NÃO

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