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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
BANCA EXAMINADORA
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Prof.ª Dr º Adalberto Pinheiro
Orientador (a)
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Prof. (Nome do Avaliador)
Examinador
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Prof. (Nome do Avaliador)
Examinador
Dedico este trabalho a Deus e familiares,
por ser essencial em minha vida, e
principalmente pela força para essa longa
caminhada.
AGRADECIMENTOS
Esta é uma fase muito especial da minha vida e não posso deixar de agradecer
primeiro a Deus pela vida que Ele me concedeu, pela saúde e força para superar as
dificuldades.
Quero agradecer a minha família e amigos que sempre estiveram ao meu lado
me apoiando ao longo de toda a minha trajetória.
Deixo um agradecimento especial ao meu orientador Prof.ª Drº Adalberto
Pinheiro pela sua orientação e contribuições para elaboração da pesquisa científica.
A todos os professores e tutores demonstro minha eterna gratidão pelos
acompanhamentos, paciência e disponibilidade. Sem eles não seria possível está aqui
hoje de coração repleto de orgulho!
“A interação, durante o brincar, caracteriza o
cotidiano da infância, trazendo consigo
muitas aprendizagens e potenciais para o
desenvolvimento integral das crianças.
(BRASIL, 2018).
RESUMO
Playing is the essential axis for learning since Early Childhood Education, being part
of the human condition. In this aspect, this research seeks to specify situations in which
heuristic play stimulates development and provides opportunities for the child's
learning to go through the stages of development, providing improvements in physical
and mental skills, leading them to establish relationships in their discoveries and
curiosities. This research aims to investigate the importance of playfulness in children's
development, especially in Early Childhood Education; emphasize the importance of
play for the development and learning of children in the period of Early Childhood
Education; emphasize on the need for encouragement and participation of teachers in
the games performed. The theoretical basis for carrying out this study will be built
through bibliographic research, based on the reflection of reading books, articles,
magazines and websites, as well as research by great authors on this topic. In this
way, this study will provide a more conscious reading about the importance of playing,
understanding that heuristic play through its teaching and learning is relevant to early
childhood education, for children as a possibility for their development and learned
skills.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
1 INTRODUÇÃO
O ato de brincar começa desde que a criança esteja na barriga da mãe, quando
o bebe na 17ª semana, através de puxões e toques começa a criar relação com o
mesmo. Para Machado (2003) a própria mãe brinca com o bebê antes de ele nascer
e no princípio, a relação ocorre pelo que a própria mãe faz desse filho seu próprio
brinquedo e assim, estabelece interações que a criança permite a aprender a brincar.
A cultura pertence a todos por isso é compreendida em finalidades comuns,
brincar é uma das primeiras formas de demonstração da cultura, uma linguagem de
expressão gradativa.
Para Kishimoto (2004), o jogo nomeado como tradicional faz parte da cultura
de um povo que transmite suas características de geração a geração sucedendo em
uma manifestação cultural no dia a dia das crianças.
As influências dos povos portugueses, índios e negros chegaram a inserir na
cultura alguns jogos, brinquedos, versos, parlendas, amarelinha, pião, e outros, além
dos jogos simbólicos e as brincadeiras na natureza. Kishimoto (2004, p.23), afirma
que essas influências são resultado da interação entre os diferentes povos o que
permitiu termos uma variedade de jogos, brinquedos e brincadeiras.
É por isso que, Vygotsky (1998) considera que a criança se desenvolve através
das interações que institui com os adultos tão logo. O conhecimento sócio-histórico
começa com a interação quando os pais instigam seus filhos a aprender por meio da
brincadeira, tornam assim mediadores deste processo auxiliando na passagem de um
estágio para outro.
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Quanto mais o nível social for elevado mais o acesso da criança aos diferentes
brinquedos que existem, entre eles são os diversos jogos eletrônicos, jogos de
computador, de vídeo- game, entre outros são brinquedos que permite que a criança
brinque tanto em grupo com sozinhos também.
Mediante a variedade de brinquedos não só ricos como também as demais
camadas sociais conquistaram espaço de aquisição de brinquedos. Segundo Almeida
(2003) enfatiza que, a realidade em que a criança de hoje vive vem tendo o brinquedo
como “objeto de consumo”, cuja brincadeira em si tem deixado seu lado lúdico por
meio dos brinquedos contemporâneos.
O brincar inicia desde uma atividade livre até chegar aos jogos com regras e
normas. Os jogos, por exemplo, são ótimos para desenvolver o raciocínio lógico e o
desenvolvimento físico, social e cognitivo.
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Tudo aquilo do mundo real que for usado pela criança para fazer suas
experiências e descobertas, para expressar-se e lidar com seu mundo interno
e subjetivo diante da realidade desses objetos, das coisas concretas e
objetivas, podem ser considerando brinquedo. (MACHADO, 20003, p. 35)
Cognitivo:
• Posturas e atitudes egocêntricas, concentrando as atenções em si;
• Pouca capacidade de conservar a atenção e a concentração por muito
tempo, exigindo troca constante e rápida de ações ou atividades;
• Transição do jogo simbólico para o jogo com regras.
Motor:
• Desenvolvimento e melhora da coordenação viso-motora para
atividades que estimulam abrir, fechar, empilhar e encaixar;
• Apreciação das atividades que envolvem equilíbrio, subir em árvores e
saltar com uma perna só;
• Desenvolvimento da coordenação fina.
Socioafetivo:
• Início de vínculos afetivos com adultos;
• Participação em jogos por pequenos grupos;
• Linguagem verbal para expressão de sentimento às pessoas mais
próximas
• Gosta de brincadeiras de aventura, por se sentir independente.
Para alguns educadores tanto o jogo como o brinquedo são considerados como
iguais, pois possuem a sua essência no lúdico. Brincar é uma invenção do ser
humano. Segundo Goellner (1999) o brincar é um ato de intencionalidade e
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Para Vygotsky (1998), a brincadeira cria para criança uma forma de desejo ou
no futuro próximo tornará seu nível real e moral, relacionando o que é hoje desejo em
um posterior valor da realidade.
O jogo lúdico está presente no comportamento infantil em forma permanente e
constituí como completos meios educacionais na formação da criança favorecendo
seu desenvolvimento, conhecimento, controle corporal, organização perceptiva e do
espaço.
Oliveira (2000) aponta que, o ato de brincar, como um processo de
humanização, no qual a conciliação da brincadeira com vínculos afetivos, assim, ela
desenvolve capacidades de raciocinar, de julgar, de argumentar e chegar a um
consenso próprio.
O brincar torna importante ao desenvolvimento da criança à medida que vão
surgindo gradativamente desde os básicos até os de regras. Sendo assim, tanto a
brincadeira como o brinquedo são fontes excelentes da interação lúdica e afetiva.
O ensino quando ocorre de forma lúdica e é compreendido, adquire um aspecto
significativo e afetivo no desenvolvimento da inteligência do educando, já que modifica
no ato transformador da ludicidade, ou seja, no próprio jogo, afirma Carvalho (1992).
As ações em relação ao jogo devem ser constantemente tanto criadas como
recriadas para ampliar suas descobertas e se transformem em um novo jogo, uma
nova maneira de jogar. Quando a criança vai brincar, ela mesma acaba fornecendo
várias formas de demonstrá-la e cabe estimular seu desenvolvimento integral, tanto
no ambiente familiar, como também no escolar.
Outra prática bastante comum é sugerir que as crianças brinquem livremente
na sala quando a atividade proposta para o segundo horário termina antes do tempo
previsto, visando preencher o restante da carga horária. Essas práticas têm
demonstrado que questões importantes como desenvolvimento social, moral, afetivo
e cognitivo que o brincar pode proporcionar para as crianças não são percebidas pelo
professor.
Ele não planeja esta atividade, não se envolve e nem observa o que as crianças
dizem, sentem e demonstram estar pensando nesses momentos. Apesar de a maioria
dos professores terem relatado, em encontros pedagógicos ou em momentos de
resgate de memórias, que as brincadeiras de faz-de-conta, regras e jogos de
construção fizeram parte da sua infância e lembrarem-se dessa fase de suas vidas
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O Heurístico vem da palavra “Eureca”, sendo uma palavra grega que significa
descoberta. Os brinquedos heurísticos proporcionam para criança a exploração dos
objetos do cotidiano e oportunidade para expressar suas ideias, percepções e
sensações.
Os brinquedos heurísticos não contemplam o plástico e suas experiências está
nas capacidades sensoriais mediante exploração, curiosidade e atenção da criança
com os objetos.
Elinor Goldschmied conseguiu participar da concretização dos cestos dos
tesouros e jogos heurísticos, já as bandejas de experimentação foram dadas as
continuidades por suas companheiras de estudos, Pepa Òdena e Tere Majem
(FOCHI, 2018).
Sendo assim para contemplar as modalidades do brincar heurísticos, podem
ser classificadas por modalidades, sendo elas: os cestos dos tesouros, os jogos
heurísticos e as bandejas de experimentação.
como molho de chave. Azedo como limão ou adocicado como uma maçã.
(Goldschmied e Jackson, 2006, p. 112).
É amplitude de materiais que se enriquecem as pesquisas e faz as crianças
entrarem e desbravarem o mundo que é só seu, adicionar ao cesto uma ou duas frutas
ou legumes inteiros não se desmanche, como por exemplo a laranja, maçã e
maracujá. Assim como saquinhos de tecido com chá, ajuda na composição para
provocar o olfato e paladar, além dos outros sentidos.
pode ser um bom espaço para organizar as sessões quando não for possível mudar
de ambiente, seja pela estrutura da escola ou por outros fatores, uma das
possibilidades é realizar a sessão na própria sala de referência.
No entanto o restante do grupo que não participar daquela sessão deverá ir
para outro local, como por exemplo o pátio. Se for inevitável manter todas as crianças
na mesma sala, é necessário um pequeno espaço para que participam enquanto os
demais pode se culpar de outros materiais no restante dela. Portanto, o uso de um
tapete móveis que criam certas barreiras são exemplos de circunscrição do espaço.
E quanto mais se preza por um atendimento singular mais evidencia o atendimento
de qualidade (FOCHI, 2018, p. 55).
Tendo o espaço preparado é hora de iniciar e pensar em como convidar a
criança para brincadeira. A professora pode acompanhar a criança nessa sessão
conversar diretamente com ela dizendo que vão sair um pouco da sala indo para o
ambiente brincar com cesto de tesouro e comunicar que ela está por perto nesse
momento ponto assim, passo a tomar consciência do que está acontecendo consigo
e no seu entorno, gerando segurança emocional com apoio de algum adulto as
crianças são levadas ao local que irá acontecer a sessão. (TARDOS, 2016, p.67).
As sessões do cesto do Tesouro são oportunidades para que o professor
possa observar cada criança em sua singularidade. As condições em que se dá a
sessão favorece que o adulto ocupa esse papel. Por isso, é importante não comparar
as crianças umas com as outras, cada um tem seu tempo, seu modo de explorar, seus
limites e suas possibilidades.
Sendo os materiais que devem compor os tapetes em várias sessões para que as
crianças explorem os objetos de diferentes formas. A troca de um material ou mais
deve ser feita quando o professor perceber que este está sendo deixado de lado pelas
crianças.
O jogo Heurístico destina-se as crianças que engatinham, por isso é realizado em
tapetes em área segura para as explorações do objeto em si e começar perceber seu
ato e gestos mediante ao objeto (MAJEM, ODENA, 2010, p.18).
Sendo assim, o jogo heurístico colabora para estruturação do pensamento e
linguagem, além da autonomia potencializando ações espontâneas, ao brincar
livremente e estabelecendo relações com seus aprendizados.
O benefício que as crianças podem ter com o jogo é reconfortante de experiências
na satisfação da escolha de objetos e na qualidade que a proposta pode oferecer para
criança, Edwards, Gandini e Forman (2016, p. 68).
Os materiais do jogo heurístico são similares ao cesto dos tesouros, porém no
cesto se utiliza de pouco plástico para tornar-se melhor a exploração pelas crianças.
No tapete é preciso aproximadamente 40 itens; sendo os receptáculos (recipientes
como potes, latas, tampas, etc, para colocar outros menores) e os entráculos
(prendedores, palitos, rolhas, para colar dentro dos receptáculos). (FOCHI, 2018).
Articula- se, entretanto, que nos contextos Investigativos por meio das
brincadeiras as crianças desenvolvem capacidades importantes como a
memorização, a imaginação, a noção de espaço, a percepção, a atenção, a
capacidade de contar, ordenar, seriar, classificar e comparar, desenvolvendo o
raciocínio lógico, a autonomia intelectual.
A escola deve enfatizar mais o potencial educativo da brincadeira, que por meio
das observações, o professor irá desenvolver mecanismos e procedimentos
necessários de forma que atenda a verdadeira necessidade do aluno, defende Borba
(2006).
O jogo é uma atividade que tem sua razão própria em si mesma e no objeto.
Isto indica, que existe a necessidade de os educadores conhecerem primeiro os
comportamentos das crianças, diante as fases de seu desenvolvimento. Também criar
perspectivas para que a própria criança interaja e tome suas decisões mediante o
fortalecimento de sua autonomia.
Os educadores que trabalham e brincam com as crianças têm, portanto, um
papel importante na tomada de decisões sobre a didática apropriada e os ambientes
para brincar. Eles precisam levar em consideração as disposições e autoestima das
crianças, baseando-se na diversidade.
Para Doherty (2011), o legado e as experiências reconhecidas pelas crianças
irão torná-las mais confiantes, assim como sua valorização as novas experiências que
elas trazem em seu dia a dia que está inserida.
É preciso oferecer um ambiente favorável, que proporcione tempo e materiais
para que as crianças brinquem interativamente e desenvolvam sua competência
social. A teoria sociocultural, segundo Olusoga (2011), apresenta o desenvolvimento
e o brincar como processo social e de identidade.
Os bons profissionais são praticamente peritos em aproveitar esse querer das
crianças e promover formas de a criança brincar seja de forma espontânea,
estruturada, imaginada e até mesmo criativa.
Também é importante saber o que as crianças pensam enquanto brincam, não
apenas de uma perspectiva do prazer, mas também dos conteúdos e justificativo que
fazem brincando. Bons profissionais oferecem uma plataforma de apoio para o
aprendizado infantil promove seu pensamento nas experiências lúdicas, enfatiza
Doherty (2011).
As crianças precisam tanto das brincadeiras livres como também dos desafios
das intervenções dos adultos. Um envolvimento adequado pode expandir seu modo
de brincar, fazendo-as travar diálogos por meio de perguntas de sondagem e refletir
sobre seu próprio aprendizado através do brincar.
Os profissionais devem, portanto, estar bem informados sobre a pedagogia do
brincar. Para um profissional contemporâneo, este é um processo de constante
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Sendo assim devemos usar o que é mais importante para a criança; que é o
brincar. Por meio das atividades lúdicas, Kishimoto (2004, p.121) afirma que “as
crianças podem eventualmente ter desempenho em alguns papeis de cooperação e
socialização”. Sendo assim quando se estimula a importância do brincar no meio
escolar o desenvolvimento de suas potencialidades são mais claros e coesos.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Casa do Psicólogo, 1992.
GOELLNER, S.V. Bela, maternal e feminina. In: Revista Educação Physica. Ijuí:
Unijuí, Coleção Educação Física, 2003.
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LIMA, M. Brincando na Sala de Aula. In: Revista do professor, Porto Alegre, vl. 20,
nº.78, abr/jun, 1993.
MAJEM, Tere; ÒDENA, Pepa. Descobrir brincando. São Paulo: Autores Associados,
2010.
OLUSOGA, Yinka.. (Org.). Brincar: Aprendizagem para a vida, Porto Alegre: Penso,
2011.
SILVA, Marta Regina Paulo da. Cesto de tesouros. Cesto dos tesouros: entre
encantamentos, surpresas e descobertas. Rio de Janeiro: Albatroz, 2013.
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de todos. SP: Phorte, 2017.
TARDOS, Ana. As atividades dirigidas. In.: FALK, Judit (Org.). Abordagem Pikler:
Educação Infantil. São Paulo: Omnnisciência, 2016.