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UNIVERSIDADE PAULISTA

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

NAIR DE LOURDES FERREIRA SOUZA RA 2036269

ENSINO E APRENDIZAGEM ATRAVÉS DO BRINCAR HEURÍSTICO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP


2022
UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

NAIR DE LOURDES FERREIRA SOUZA RA 2036269

ENSINO E APRENDIZAGEM ATRAVÉS DO BRINCAR HEURÍSTICO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial para
obtenção do Título de Pedagogia.
Universidade Paulista - Polo São José dos
Campos.
Orientação: Prof.ª Dr º Adalberto Pinheiro.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP


2022
FICHA CATALOGRÁFICA

Biblioteca da Universidade Paulista- UNIP

Ensino e aprendizagem através do Brincar Heurístico. / Nair de


Lourdes Ferreira Souza. São José dos Campos, 2022.
45 f. : il.color

1. Brincar Heurístico. 2. Criança. 3. Educação Infantil. I. Biblioteca da


Universidade Paulista UNIP.
NAIR DE LOURDES FERREIRA SOUZA RA 2036269

ENSINO E APRENDIZAGEM ATRAVÉS DO BRINCAR HEURÍSTICO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial para
obtenção do Título de Pedagogia.

São José dos Campos,____de


______________2022

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________
Prof.ª Dr º Adalberto Pinheiro
Orientador (a)

_____________________________________________
Prof. (Nome do Avaliador)
Examinador

_____________________________________________
Prof. (Nome do Avaliador)
Examinador
Dedico este trabalho a Deus e familiares,
por ser essencial em minha vida, e
principalmente pela força para essa longa
caminhada.
AGRADECIMENTOS

Esta é uma fase muito especial da minha vida e não posso deixar de agradecer
primeiro a Deus pela vida que Ele me concedeu, pela saúde e força para superar as
dificuldades.
Quero agradecer a minha família e amigos que sempre estiveram ao meu lado
me apoiando ao longo de toda a minha trajetória.
Deixo um agradecimento especial ao meu orientador Prof.ª Drº Adalberto
Pinheiro pela sua orientação e contribuições para elaboração da pesquisa científica.
A todos os professores e tutores demonstro minha eterna gratidão pelos
acompanhamentos, paciência e disponibilidade. Sem eles não seria possível está aqui
hoje de coração repleto de orgulho!
“A interação, durante o brincar, caracteriza o
cotidiano da infância, trazendo consigo
muitas aprendizagens e potenciais para o
desenvolvimento integral das crianças.
(BRASIL, 2018).
RESUMO

O brincar é o eixo essencial para a aprendizagem desde a Educação Infantil, fazendo


parte da condição humana. Nesse aspecto essa pesquisa busca especificar situações
nas quais o brincar heurístico estimulam o desenvolvimento e oportunizando no
aprendizado da criança ao passar pelas etapas do desenvolvimento, proporcione
melhorias nas aptidões físicas e mentais, levando-as a estabelecer relações em suas
descobertas e curiosidades. Essa pesquisa tem como objetivo investigar a importância
da ludicidade no desenvolvimento das crianças principalmente na Educação Infantil;
ressaltar a importância do lúdico para o desenvolvimento e da aprendizagem das
crianças no período da Educação Infantil; enfatizar sobre a necessidade de estímulo
e participação dos professores nas brincadeiras realizadas. O embasamento teórico
para a realização deste estudo será construído através da pesquisa bibliográfica,
fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites, bem como
pesquisa de grandes autores referente a este tema. Desta forma, este estudo
proporcionará uma leitura mais consciente acerca da importância do brincar
compreendendo que o brincar heurístico por meio de seu ensino e aprendizagem são
relevantes a educação infantil, para criança como possibilidade de seu
desenvolvimento e capacidades aprendidas.

PALAVRAS-CHAVE: Brincar Heurístico, Criança e Educação infantil.


ABSTRACT

Playing is the essential axis for learning since Early Childhood Education, being part
of the human condition. In this aspect, this research seeks to specify situations in which
heuristic play stimulates development and provides opportunities for the child's
learning to go through the stages of development, providing improvements in physical
and mental skills, leading them to establish relationships in their discoveries and
curiosities. This research aims to investigate the importance of playfulness in children's
development, especially in Early Childhood Education; emphasize the importance of
play for the development and learning of children in the period of Early Childhood
Education; emphasize on the need for encouragement and participation of teachers in
the games performed. The theoretical basis for carrying out this study will be built
through bibliographic research, based on the reflection of reading books, articles,
magazines and websites, as well as research by great authors on this topic. In this
way, this study will provide a more conscious reading about the importance of playing,
understanding that heuristic play through its teaching and learning is relevant to early
childhood education, for children as a possibility for their development and learned
skills.

KEYWORDS: Play Heuristic, Child and Early Childhood Education.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

2 CAPÍTULO I - O HISTÓRICO DO LUDICO NO BRINCAR ................................. 13

2.1 A importância da Educação infantil, a infância e a criança ........................... 17

3. CAPÍTULO II - MODALIDADES DO BRINCAR HEURÍSTICO ........................... 25

3.1 Cestos de Tesouros ............................................................................................. 25

3.2 Jogo heurístico ..................................................................................................... 28

3.3 Bandeja de experimentação ............................................................................... 29

4. CAPÍTULO III – PAPEL DO PROFESSOR NO BRINCAR ................................. 31

CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 42


11

1 INTRODUÇÃO

Toda criança aprende a brincar desde os primeiros anos de vida, porém é


preciso exercer sua capacidade heurística ao descobrir, inventar ou resolver
diferentes situações mediante sua criatividade.
O ensino proporcionado pelo brincar heurístico, busca-se em seu significado
de encontrar e descobrir, requer na prática da aprendizagem como processo que pode
ser transformado, conforme a criança vai descobrindo maneiras de resolver-se e
agregar valores em seu aprendizado.
O objetivo geral é investigar qual a importância do Brincar Heurístico em
relação ao ensino e aprendizagem. Os objetivos específicos são ressaltar a
importância do brincar heurístico no desenvolvimento da aprendizagem, identificar a
necessidade do aprender por descobertas e reconhecer o papel do professor nas
práticas como organizador e propiciador de oportunidades para as crianças criarem
novas possibilidades com diferentes materiais.
Sendo assim, o contexto mostra que o educador deve incentivar e inovar nas
brincadeiras, desenvolvendo propostas onde cada um possa manipular objetos,
comparar e criar, procurando sempre valorizar a expressão individual de cada um.
O brincar heurístico por sua vez proporciona de forma criativa o aprender, por
isso, foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica, em pesquisas de livros,
tese de doutorado e revistas científicas para que as contribuições teóricas se
ressaltam na análise no assunto abordado no trabalho. Os autores que fundamentam
são: Fochi (2018), Edwards, Gandini e Forman; (2016) e Majem e Òdena (2010).
A justificativa é evidenciada em que, no cenário contemporâneo, percebe-se
que para estimular as crianças a prática de brincadeiras no cotidiano escolar da
Educação Infantil torna-se fundamental uma vez que, a criança traz seus
conhecimentos prévios a ludicidade e sendo importante que as crianças aprendam
brincando, seja por meio da brincadeira ou do jogo. As atividades com jogos
costumam ser mais dinâmicas, possibilitando a socialização, afetividade e
aprendizagem por meio do seu imaginário.
O problema de pesquisa diante deste contexto, o trabalho tem como proposta
responder o seguinte questionamento: Quais as práticas do brincar heurísticos
utilizadas na escola para auxiliar no processo do ensino e aprendizagem?
12

É a partir dos questionamentos que a pesquisa percorre como um trabalho que


facilite e faça perceber o processo de aprendizagem desde a educação infantil
partindo do ensino nas modalidades do brincar heurístico.
O trabalho está dividido em três capítulos, sendo eles através do método
qualitativo, tendo como instrumento o levantamento de pesquisa bibliográfica por
pesquisadores da área. O capítulo 1 enfatizando o histórico sobre o brincar, a
importância da educação infantil, a infância e a criança, o capítulo 2 sobre as
modalidades do brincar heurístico para o ensino e aprendizagem e já o capítulo 3 com
o papel do Professor em relação ao brincar heurístico; Metodologia, Resultados e
Discussão e a Conclusão. O público alvo deste trabalho são os docentes interessados
em ensino e aprendizagem, brincar heurístico e educação infantil por meio dos
acervos no contexto educacional.
13

2 CAPÍTULO I - O HISTÓRICO DO LUDICO NO BRINCAR

Durante muito tempo, as brincadeiras eram consideradas em sua


universalidade a cultura de um povo, ou seja, de um país. Na Grécia, por exemplo,
os arqueólogos no século IV a.C., descobriram brinquedos (bonecos) nos túmulos das
crianças. Conforme Wajskop (2007), a brincadeira, desde a antiguidade, foi usada
para o ensino, mas só depois que se começou a valorizar a brincadeira como parte
do aprendizado.

“Nossa organização social é de tal modo ‘adultocêntrica’, que nossas


reflexões sobre a criança e seu universo cultural correm sempre o risco de,
repetindo a organização social, situar a criança em condição passiva face à
cultura. Pensamos sempre na criança recebendo (ou não recebendo) cultura,
e nunca na criança fazendo cultura ou, ainda, na criança recebendo e fazendo
cultura ao mesmo tempo”. (PERROTTI,1990, p.18)

O ato de brincar começa desde que a criança esteja na barriga da mãe, quando
o bebe na 17ª semana, através de puxões e toques começa a criar relação com o
mesmo. Para Machado (2003) a própria mãe brinca com o bebê antes de ele nascer
e no princípio, a relação ocorre pelo que a própria mãe faz desse filho seu próprio
brinquedo e assim, estabelece interações que a criança permite a aprender a brincar.
A cultura pertence a todos por isso é compreendida em finalidades comuns,
brincar é uma das primeiras formas de demonstração da cultura, uma linguagem de
expressão gradativa.
Para Kishimoto (2004), o jogo nomeado como tradicional faz parte da cultura
de um povo que transmite suas características de geração a geração sucedendo em
uma manifestação cultural no dia a dia das crianças.
As influências dos povos portugueses, índios e negros chegaram a inserir na
cultura alguns jogos, brinquedos, versos, parlendas, amarelinha, pião, e outros, além
dos jogos simbólicos e as brincadeiras na natureza. Kishimoto (2004, p.23), afirma
que essas influências são resultado da interação entre os diferentes povos o que
permitiu termos uma variedade de jogos, brinquedos e brincadeiras.
É por isso que, Vygotsky (1998) considera que a criança se desenvolve através
das interações que institui com os adultos tão logo. O conhecimento sócio-histórico
começa com a interação quando os pais instigam seus filhos a aprender por meio da
brincadeira, tornam assim mediadores deste processo auxiliando na passagem de um
estágio para outro.
14

Com a modernidade, a sociedade em geral passou a permitir as crianças a


conviver com outras crianças, por meio das unidades escolares tirando-as da
atividade de trabalho. Enquanto no passado, as crianças tinham maior liberdade de
brincar, amplos espaços em ruas e praças. Já atualmente, por falta de espaços se
limita apenas ao espaço da escola. Influenciando consideravelmente, na mídia e com
os brinquedos agora eletrônicos e se isso assim acaba na própria falta de tempo seja
por atividades não com tempo estipulado para brincar.
O ritmo de cada um teve mudanças e com isso acabou atingindo também o
modo de fazer brincadeira e com a urbanização trouxe certo desespero aos pais em
limitar as ruas, já que não são tão adequadas para permanência das crianças.
As próprias crianças, o espaço e as limitações fizeram com que as crianças
passassem a brincar apenas em quintais, dentro da própria casa com brinquedos
industrializados, computador e demais jogos eletrônicos.
A influência pela mídia deixou as crianças possuir vários brinquedos e
novidades que ao longo vai se perdendo sua graça e a exigência pela troca de outro
brinquedo é cada vez maior.

As condições sociais das crianças estão associadas à utilização de


brinquedos industrializados ou artesanais e das crianças pobres, a
brinquedos construídos a partir de materiais facilmente disponíveis na
natureza, como o barro. (KISHIMOTO, 2004, p.87)

Quanto mais o nível social for elevado mais o acesso da criança aos diferentes
brinquedos que existem, entre eles são os diversos jogos eletrônicos, jogos de
computador, de vídeo- game, entre outros são brinquedos que permite que a criança
brinque tanto em grupo com sozinhos também.
Mediante a variedade de brinquedos não só ricos como também as demais
camadas sociais conquistaram espaço de aquisição de brinquedos. Segundo Almeida
(2003) enfatiza que, a realidade em que a criança de hoje vive vem tendo o brinquedo
como “objeto de consumo”, cuja brincadeira em si tem deixado seu lado lúdico por
meio dos brinquedos contemporâneos.
O brincar inicia desde uma atividade livre até chegar aos jogos com regras e
normas. Os jogos, por exemplo, são ótimos para desenvolver o raciocínio lógico e o
desenvolvimento físico, social e cognitivo.
15

Em geral, os jogos no cotidiano escolar estão restritos as atividades dirigidas


que contribuem pouco para o desenvolvimento da independência, cultura e
criatividade.
O ambiente escolar é um espaço onde diversos personagens interagem de
forma que haja a troca de saberes. Assim a convivência dos funcionários, alunos e
professores proporcionam experiências únicas para vidas destas pessoas.
As crianças deste modo, não brincam mais explorando e nem criando repostas
aos seus pensamentos, pois tudo já está pronto, a criança torna-se espectadora e não
interage com o mesmo. Neste contexto, a contemporaneidade revela uma infância
tecnológica, onde as crianças desde pequenas se utilizam de meios eletrônicos.
Ao passo dos avanços da tecnologia e a introdução do computador em massa,
esse recurso tem feito parte das crianças desde muito cedo, seja na casa ou no
colégio. Como um produto inovador, o computador apresenta uma nova fase da
realidade das crianças.
O sentido do brinquedo está em fazer com que faça parte da criança, muitas
vezes a criança se sente sozinha ou por morar em apartamento ou sem grandes
espaços e que não permite brincadeiras ao ar livre ou até mesmo em grupo, esta
brincadeira ou brinquedo não terá valor algum.

Tudo aquilo do mundo real que for usado pela criança para fazer suas
experiências e descobertas, para expressar-se e lidar com seu mundo interno
e subjetivo diante da realidade desses objetos, das coisas concretas e
objetivas, podem ser considerando brinquedo. (MACHADO, 20003, p. 35)

É necessário acima de tudo estimular a reflexão dos pais e professores, para


que as transformações venham influenciar na importância de esse brincar para as
crianças. Se de um alado o avanço tecnológico permite o conforto ao mesmo tempo
será que está deixando a criança ser mais ativa.
Sendo assim, a oportunidade que a criança tem para desenvolver um ser
pensante e a criatividade dependerá dessa interação da criança com o brincar. É
necessário incentivar a criança a realizar na própria casa ou na escola as brincadeiras
e jogos, que permitam compreender e vivenciar o brincar como forma de aprendizado.
O brincar é um direito adquirido, sendo assim um direito da criança, por isso,
Leontiev (2006), ressalta que a principal atividade das crianças ainda pequenas é que
impulsiona para outra fase do desenvolvimento, assim como o brincar é preciso para
16

desenvolver a comunicação, situar a criança num contexto social e cultural mediante


o brincar explora assim, sua maneira espontânea e divertida.
O brincar historicamente é social, pois a criança brinca com o outro, com o
ambiente, traz uma história, estabelece relação ao brincar e é mediado por isso na
escola.
É importante ressaltar a qualidade e realmente ofereça oportunidade de
aprendizagem no contexto da escolar, entendendo que a Unidade da Educação
Infantil respeite os direitos e necessidades das crianças favorecendo o brincar.
A questão da ludicidade é uma conquista que nacionalmente exerce sua forma
na educação infantil, por ser essência da infância, o brinquedo, possibilita a
independente de sua época fazer parte da vida da criança, pois vivem em um mundo
de fantasias, alegria e encantamento.
Mediante as mudanças aceleradas em que vive, a criança permeia adquirir
conhecimentos novos e novas competências. A utilização da brincadeira e jogos no
seu processo pedagógico desperta o gosto de enfrentar desafios pela vida.
As crianças ao brincar, possibilita estabelecer vínculos socioemocionais com o
outro, também a descoberta de um mundo do desenvolvimento e imaginação em seus
diferentes aspectos.
Quando o lúdico é bem trabalhado na escola estimula o desenvolvimento
integral da criança. Ao incluir brincadeiras diversas e jogos na prática pedagógica
pode contribuir para diferentes aprendizagens, além de estabelecer relações entre o
lúdico e o conteúdo trabalhado.
Ressalta Santos (1997) e confirma que o brincar como essencial ao
desenvolvimento integral da criança em sua aprendizagem, socialização e
criatividade, enfim, em todos os momentos da vida do ser humano.
As atividades lúdicas podem ser através de uma brincadeira, um jogo ou outra
forma que estimule a vivência do mesmo, interação com a ação e o pensamento. As
dinâmicas em grupo, jogos e exercícios físicos como as cirandas, por exemplo, tem
finalidades não competitivas e sim lúdicas.
Essa prática lúdica é fundamento ao desenvolvimento global da criança e
natural considerando o brincar como parte do seu cotidiano. O brincar é essencial
tanto para as crianças como para os adultos e como educadores é necessário
entender e colocá-lo em prática.
17

2.1 A importância da Educação infantil, a infância e a criança

Entende-se por Educação Infantil, sendo a primeira etapa da educação Básica


e como base não uma preparação, mas o próprio processo em que a criança se
desenvolve e aprende o novo a todo o momento, sempre envolvendo o lúdico e as
novas descobertas. Na infância a criança possui comportamentos imaginativos
ajudando em seu desenvolvimento.
Para Silva (2017), as características que compreendem crianças de 03 a 06
anos para seu desenvolvimento são:

Cognitivo:
• Posturas e atitudes egocêntricas, concentrando as atenções em si;
• Pouca capacidade de conservar a atenção e a concentração por muito
tempo, exigindo troca constante e rápida de ações ou atividades;
• Transição do jogo simbólico para o jogo com regras.

Motor:
• Desenvolvimento e melhora da coordenação viso-motora para
atividades que estimulam abrir, fechar, empilhar e encaixar;
• Apreciação das atividades que envolvem equilíbrio, subir em árvores e
saltar com uma perna só;
• Desenvolvimento da coordenação fina.

Socioafetivo:
• Início de vínculos afetivos com adultos;
• Participação em jogos por pequenos grupos;
• Linguagem verbal para expressão de sentimento às pessoas mais
próximas
• Gosta de brincadeiras de aventura, por se sentir independente.

Para alguns educadores tanto o jogo como o brinquedo são considerados como
iguais, pois possuem a sua essência no lúdico. Brincar é uma invenção do ser
humano. Segundo Goellner (1999) o brincar é um ato de intencionalidade e
18

curiosidade que resultam num processo criativo para modificar a realidade e o


presente.
O lúdico é, portanto, o espaço da fantasia humana onde construímos nossas
situações imaginárias à imagem da realidade que nós vivemos. Por isso, os jogos são
fundamentais no processo educativo, contribuindo significativamente para o
desenvolvimento cognitivo, social e psicológico da criança, além de representarem
atividades atrativas e instigantes, propicias à aprendizagem espontânea. Além de
serem ações típicas da infância.
A criança, de forma geral, tem a necessidade de brincar e jogar sem que isso
possa impedir sua imaginação simbólica, por que é um instrumento que fornece o real
desejo e interesses.
Ainda a criança é sujeito de direitos que tem seu potencial, plasticidade e desejo
nas curiosidades e capacidade de maravilhar-se ao se expressar sua linguagem e
aberta a reciprocidade (EDWARDS, GANDINI E FORMAN, 2016, p.108).
Para Lima (1993), é necessário que as crianças brincam expressando suas
fantasias, desejos e experiências, e que possam demonstrar suas emoções com
quem convivem na realidade de seus interiores. Reforça também, que as crianças
brincam por gostar de brincar, pois a brincadeira é o melhor meio de satisfação das
necessidades que vão surgindo em sua realidade.
Um espaço de aprendizagem faz com que a criança ultrapassa o
comportamento cotidiano de sua própria idade, onde ela age como se fosse mais
velha representando de modo simbólico o que mais tarde irá realizar, confirma
Vygotsky (1998).
Já Costa (2013), analisa a brincadeira e o jogo e observa que na infância ela
corresponde ao impulso natural da infância, satisfazendo assim suas necessidades
interiores. A criança tem o jogo como um momento de conquista e autonomia na sua
reação, eleva sua imaginação, o fazer e o refazer na busca da realidade própria.
Desde muito pequenas as crianças podem se deparar com um mundo social,
relações e sentimentos, com o que se mantém na construção da sua identidade, por
isso, o jogo, é necessidade vital no período infantil ressalta Lima (1993, p. 73), e assim:

A brincadeira infantil constitui-se em uma atividade lúdica em que as crianças


sozinhas ou em grupos interagem entre si e procuram compreender o mundo
em que vive e as ações humanas nas quais se inserem cotidianamente.
(COSTA, 2013, p. 188)
19

Para Vygotsky (1998), a brincadeira cria para criança uma forma de desejo ou
no futuro próximo tornará seu nível real e moral, relacionando o que é hoje desejo em
um posterior valor da realidade.
O jogo lúdico está presente no comportamento infantil em forma permanente e
constituí como completos meios educacionais na formação da criança favorecendo
seu desenvolvimento, conhecimento, controle corporal, organização perceptiva e do
espaço.
Oliveira (2000) aponta que, o ato de brincar, como um processo de
humanização, no qual a conciliação da brincadeira com vínculos afetivos, assim, ela
desenvolve capacidades de raciocinar, de julgar, de argumentar e chegar a um
consenso próprio.
O brincar torna importante ao desenvolvimento da criança à medida que vão
surgindo gradativamente desde os básicos até os de regras. Sendo assim, tanto a
brincadeira como o brinquedo são fontes excelentes da interação lúdica e afetiva.
O ensino quando ocorre de forma lúdica e é compreendido, adquire um aspecto
significativo e afetivo no desenvolvimento da inteligência do educando, já que modifica
no ato transformador da ludicidade, ou seja, no próprio jogo, afirma Carvalho (1992).
As ações em relação ao jogo devem ser constantemente tanto criadas como
recriadas para ampliar suas descobertas e se transformem em um novo jogo, uma
nova maneira de jogar. Quando a criança vai brincar, ela mesma acaba fornecendo
várias formas de demonstrá-la e cabe estimular seu desenvolvimento integral, tanto
no ambiente familiar, como também no escolar.
Outra prática bastante comum é sugerir que as crianças brinquem livremente
na sala quando a atividade proposta para o segundo horário termina antes do tempo
previsto, visando preencher o restante da carga horária. Essas práticas têm
demonstrado que questões importantes como desenvolvimento social, moral, afetivo
e cognitivo que o brincar pode proporcionar para as crianças não são percebidas pelo
professor.
Ele não planeja esta atividade, não se envolve e nem observa o que as crianças
dizem, sentem e demonstram estar pensando nesses momentos. Apesar de a maioria
dos professores terem relatado, em encontros pedagógicos ou em momentos de
resgate de memórias, que as brincadeiras de faz-de-conta, regras e jogos de
construção fizeram parte da sua infância e lembrarem-se dessa fase de suas vidas
20

como algo prazeroso e criativo, não percebemos em suas práticas nenhuma


preocupação com o brincar no planejamento e execução do seu trabalho diário.
Como afirma Brougére (1998) a experiência docente precisa ser um espaço
gerador e produtor de conhecimentos. Deste modo, a prática docente deve configurar-
se num espaço em que o professor, pelos desafios impostos pelo cotidiano de sala de
aula, torne-se um especialista do seu fazer, articulando teoria e prática.
Em geral, o brincar é visto somente pelo seu aspecto do movimento corporal, e
tido apenas como momento de pura diversão. É descartada a hipótese de que a
criança aprende a brincar e tem consciência de que brinca, agindo nesta atividade em
função da imagem de uma pessoa ou objeto e de situações que são evocadas,
revivendo sentimentos e significados vivenciados.
Segundo Vygotsky (1998), o brinquedo é muito mais a lembrança de alguma
coisa que realmente aconteceu do que imaginação. É mais a memória em ação do
que uma situação imaginária nova. Pensar em política de formação profissional para
a Educação Infantil requer, antes de tudo, questionar concepções de criança e pré-
escola.
O professor de Educação Infantil deve conduzir um trabalho voltado para o
brincar, visando atender todas as necessidades dessa faixa etária, tendo em vista que
as brincadeiras propiciam a fantasia e a criatividade da criança, possibilitando também
que estas adquiram o domínio da linguagem simbólica.
A prática pedagógica torna-se mais prazerosa com a presença das
brincadeiras, uma vez que possibilita ao professor aproximar-se do mundo da criança
e observá-la com mais propriedade.
Para tanto, ele precisa conhecer a criança, de onde ela vem, como pensa, seus
valores, histórias de vida, as representações que ela faz do mundo, para intervir de
forma consistente, influenciando na construção do sujeito, na formação de sua
história. Para criar situações de aprendizagens significativas o educador precisa não
somente de conhecimento teórico sobre o nível de desenvolvimento da criança, mas
também de experiências práticas relativas às possibilidades de exploração que as
brincadeiras podem oferecer, relata Maluf (2008).
O professor que trabalha com a primeira infância precisa estar aberto para
perceber que a natureza infantil é complexa e exige de nós, adultos, postura de
observador bastante apurada, a fim de apreendermos o que é ser criança e como
devemos lidar com elas. Segundo Maluf (2008), aprendemos quando somos capazes
21

de elaborar uma representação pessoal sobre um objeto da realidade que


pretendemos aprender.
Essa elaboração implica aproximar-se de tal objetivo ou conteúdo com a
finalidade de quem aprendeu. Nesse processo, não só modificamos o que já
possuíamos, mas também interpretamos o novo de forma peculiar, para poder integrá-
lo e torná-lo nosso.
A formação inicial do professor não vem oferecendo subsídios ou respaldo
teórico que o leve a compreender qual o lugar ocupado pelo brincar na infância. É
importante que este professor tenha consciência ou conhecimento do que significou
suas brincadeiras de tempo de criança para sua construção pessoal e até profissional.
A ressignificação do brincar nas instituições de Educação Infantil, sobretudo
por parte dos professores, requer estudo e compreensão de que sua intervenção na
brincadeira é necessária. Essa intervenção tem de ser pautada na observação das
brincadeiras infantis, visando oferecer material adequado e espaço que permita o
enriquecimento das competências imaginativas.
O brincar se torna essencial para a educação infantil, pois irá proporcionar o
seu desenvolvimento motor e mental da criança. O professor pode utilizá-lo como
recurso pedagógico em seus planejamentos e na sua prática com os alunos.
A origem do brincar na educação infantil tem no que a criança vive, na situação
imaginaria, um faz de conta criada pela criança que graças a ela é absolvido por meio
das interações.
O lúdico em sua origem “ludus” quer dizer “jogo”, refere ao jogar, brincar e
também nos movimentos espontâneos, o lúdico passou a ser reconhecido como
comportamento humano e passou a extrapolar o brincar apenas espontâneo, relata
Almeida (2003).
O lúdico permite estabelecer relação com o mundo externo integrado com sua
personalidade. Através do jogo, a criança forma conceitos, integra suas percepções,
faz estimativa e vai se socializando.
Os professores devem resgatar atividades de brincar de maneira global,
utilizando com um antecedente da aprendizagem que virá como a alfabetização.
Utilizando muitas vezes os jogos e brincadeiras, os professores poderão estimular às
crianças para uma aprendizagem muito mais fácil. O brincar é uma atividade normal
do ser humano. Ao brincar a criança fica tão envolvida com que está fazendo que
coloque na ação seu sentimento e emoção.
22

A atividade artística, assim como o brincar, é um integrador entre os aspectos


motores, cognitivos, afetivos e sociais. Por isso, parte-se do pressuposto de que
brincando a criança ordena o mundo a sua volta, assimilando experiências,
informações e sobre tudo incorporando atividades e valores.
O êxito do processo ensino-aprendizagem depende em grande parte da
interação professor-aluno, sendo que nesse relacionamento, a atividade do professor
é fundamental.
O professor deve antes de tudo ser um facilitador da aprendizagem, criando
condições para que as crianças explorem seus movimentos, manipulem materiais,
interagem com seus companheiros e resolvam situações-problemas.
Com o ato brincar, espera-se que as relações entre as crianças possam
contribuir nas atividades apresentadas pelos professores para enriquecer à dinâmica
das relações sociais na sala de aula. Cada dia na vida de uma criança é cheio de
atividades e de novas situações de aprendizagem, a criança aprende vivendo,
experimentando, fazendo descobertas, agindo, construindo seu conhecimento a partir
da leitura que faz do mundo, ou seja, de sua realidade.
Nenhum fato vivenciado pode ser ligado sem a construção de um quadro lógico
onde a criança relaciona, mede ou enumera esse fato, colocando-o em relação com
o seu conhecimento. Quando se introduz uma brincadeira, a criança passa por uma
fase de adaptação e reconhecimento, sendo interessante que ela o faça livremente,
explorando todas assuas possibilidades, pois o brincar implica ação.
Brincar é lazer, mas é simultaneamente fonte do conhecimento e é a dualidade
que leva o professor a considerar o brincar como parte integrante da atividade
educativa, revela Kishimoto (2000).
Para o professor a criança brincando na escola vai possibilitar o
desenvolvimento do processo de aprendizagem e também uma situação em que a
criança constitui tanto para a assimilação dos papéis sociais e compreensão das
relações afetivas que ocorrem no seu meio, como para a construção do conhecimento.
O brincar não pode ser aleatório e desprovido de regras e conteúdos, pois o
brincar pelo brincar não se mantém. O professor tem que ter objetivos traçados, o que
espera alcançar com determinadas brincadeiras, assim ele o apresenta como a
metodologia mais adequada para ajudar o desempenho de suas tarefas, pois é inútil
organizar um conteúdo para as crianças, levando em consideração os padrões de
assimilação, pois a criança pensa diferente do adulto.
23

O brincar se torna essencial para a educação infantil, pois irá proporcionar o


seu desenvolvimento motor e mental da criança. O professor pode utilizá-lo como
recurso pedagógico em seus planejamentos e na sua prática com os alunos.
A forma prazerosa de convivência lúdica da aprendizagem irá favorecer a
criança estabelecer relações cognitivas por meio das experiências vivenciadas, e
também com as demais produções simbólicas compatíveis a uma prática.
Segundo Teixeira (1995), várias são as razões que levam os educadores a
recorrer às atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo de ensino-
aprendizagem:

• As atividades lúdicas correspondem a um impulso natural da criança, e


neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, pois o ser humano
apresenta uma tendência lúdica;
• O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o
esforço espontâneo;
• As situações lúdicas mobilizam esquemas mentais. Sendo uma atividade
física e mental, a ludicidade aciona e ativa as funções psico-neurológicas
e as operações mentais, estimulando o pensamento.

O elemento que divide o jogo pedagógico de seu caráter lúdico é desenvolver


o jogo com a intenção de aprendizagem significativa e construção do conhecimento
em sua capacidade operatória, ou seja, que possibilita compreensão na questão dos
fenômenos sociais e que ajuda construir conexões.
Vygotsky (1998), fala ainda que a criança experimente as regras ao deixar de
algo que deseja, é uma maneira de agir por impulso imediato que assim mediará
estabelecendo prazer pela brincadeira.

A criação de uma situação imaginária não é fortuita na vida da criança; pelo


contrário, é a primeira manifestação da criança em relação às restrições
situacionais em que ele vivencia no seu dia a dia na sua infância em relação
a brincadeira. (VYGOTSKY, 1998, p.130)

O desenvolvimento da criança não se faz de uma linearidade, pois no início o


pensamento da criança ainda não é conceitual, mas durante seu crescimento e
vivência única, ela passa a reconhecer esses processos, enfatiza Piaget (1994).
24

Piaget (1994), descreveu vários estágios do desenvolvimento afirmando que o


desenvolvimento ocorre em estruturas anteriores, ou seja, uma etapa que a criança
passa será superada como uma preparação para o estágio seguinte. Estes estágios
são:
• Período sensório-motor (0 a 2 anos): representa a conquista através da
percepção e dos movimentos, de todo o Universo prático que cerca a
criança. Isto é, a formação dos esquemas sensoriais- motores irá
permitir ao bebê a organização inicial dos estímulos ambientais,
permitindo que, ao final do período, ele tenha condições de lidar, embora
de modo rudimentar, com a maioria das situações que lhe são
apresentadas.

• Período pré-operacional (2-7 anos): ao se aproximar dos 24 meses a


criança estará desenvolvendo ativamente a linguagem, o que lhe dará
possibilidades de, além de utilizar a inteligência prática decorrente dos
esquemas sensoriais-motores formados na fase anterior, iniciar a
capacidade de representar uma coisa por outra, ou seja, formar
esquemas simbólicos.

A criança com dois anos começa a se utilizar da sua fala, inicia-se a


organização, associação e ação do pensamento, tem interesse nas diferentes
histórias contadas ou representadas. Por volta dos três anos, ela já começa a
reconhecer sua imagem corporal, sobretudo na frente do espelho.
Entre os quatro e cinco anos, o desenvolvimento nos aspectos físico, emocional
e cognitivo da criança, atua ao máximo de interação demonstrando flexibilidade,
pensamento simbólico e consegue partilhar socialmente suas aprendizagens fruto da
comunicação.
Com cinco anos a criança já é capaz de reconhecer as cores, texturas e seu
vocabulário aumenta conforme suas experiências e interações em meio as
brincadeiras lúdicas.
25

3. CAPÍTULO II - MODALIDADES DO BRINCAR HEURÍSTICO

O Heurístico vem da palavra “Eureca”, sendo uma palavra grega que significa
descoberta. Os brinquedos heurísticos proporcionam para criança a exploração dos
objetos do cotidiano e oportunidade para expressar suas ideias, percepções e
sensações.
Os brinquedos heurísticos não contemplam o plástico e suas experiências está
nas capacidades sensoriais mediante exploração, curiosidade e atenção da criança
com os objetos.
Elinor Goldschmied conseguiu participar da concretização dos cestos dos
tesouros e jogos heurísticos, já as bandejas de experimentação foram dadas as
continuidades por suas companheiras de estudos, Pepa Òdena e Tere Majem
(FOCHI, 2018).
Sendo assim para contemplar as modalidades do brincar heurísticos, podem
ser classificadas por modalidades, sendo elas: os cestos dos tesouros, os jogos
heurísticos e as bandejas de experimentação.

3.1 Cestos de Tesouros

O Cesto de Tesouros, proposta criada por Elinor Goldschmied (2006), é um


exemplo concreto conforme suas perspectivas que acredita que a criança enquanto
um sujeito ativo. Isso significa que os meninos e meninas têm capacidade de agir a
partir do seu próprio interesse. São ainda vistos na sua inteireza, ou seja, não há
dissociação da sua experiência corporal com a cognitiva, emocional e social. (Tardos,
2016, p.49).

As experiências dos primeiros anos constituem as condições fundamentais


para a formação posterior dos conceitos de pensamento abstrato. Cada vez
há mais idades que provam que os objetos, quer dizer, as imagens visuais
dos objetos, tudo aquilo que rodeia a criança, tem um sentido para ela quando
pode ush-In, quando "far" com "aso alguma cona, quando a imagem do objeto
se associa com algum dos seus movimentos com alguma das suas atividades
(TARDOS, 2006, p.70)
26

Por isso, Tardos (2016, p.71) acrescenta que para o desenvolvimento da


criança, elas têm que ter vivido algumas experiências concretas. E preciso que
disponham de conhecimento adquiridos por explorações práticas da natureza, dos
materiais do meio, a partir dos quais poderão fazer abstrações generalizações.
Essas são algumas das diferentes dimensões que pode-se encontrar em
distintas abordagens pedagógicas. A experiência com o Cesto de Tesouros, repleto
de objetos escolhidos do cotidiano, que proporciona interação da criança com esses
objetos ou entre elas, permite ao bebê protagonizar sua própria jornada de
aprendizagem.
No Cesto de Tesouros são colocados "objetos-tesouros", cujas possibilidades
de peso, textura, tamanho, som, cor, cheiro, bem como for matos diversos, oferecem
aos bebês a chance de investigar e descobrir "o que é" de cada item. O propósito
destas coleções de objetos é despertar ao selecionar os materiais, e deve se
preocupar com a segurança, das crianças que costumam colocar os brinquedos a sua
boca, então os objetos devem ter um tamanho, peso, forma adequada para evitar
acidente. (Goldschmied e Jackson, 2006, p. 110).
Deve-se também está atento a constante higienização dos mesmos. O cesto
de vime deve ser forte e firme, com bordas baixas para que as crianças mesmo de
barriga para baixo consigam olhar e retirar os objetos de dentro. O importante é que
as crianças tenham fácil acesso aos materiais.
Além disso, sua base pode ser maior em seu diâmetro do que o indicado
aproximadamente 50 cm, para que se oferece a possibilidade de ser virado até
encostar sua borda ao chão, facilitando assim, ou acesso das crianças que preferem
ficar na posição de barriga para baixo ponto o importante é compreender que a
diversidade de materiais é imprescindível.
Metais, vidros fortes, madeira, materiais naturais, tecido oferecem e
informações relativas a textura, ao peso e a cheiros diversos e, com isso, enriquecem
as experiências das crianças nas exploração dos objetos do sexto. Materiais de pesos
de instinto, leve feito pluma e pesado como pedra, porém as crianças sejam capazes
de manusear. (Goldschmied e Jackson, 2006, p. 111).
Liso como um pedaço de madeira e ásperos como uma lixa. Aconchegante com
um pedaço de pano e frios como um pedaço de corrente. Macio como uma escova de
cabelo infantil e duro como uma colher de pau como um rolo de cabelo e barulhento
27

como molho de chave. Azedo como limão ou adocicado como uma maçã.
(Goldschmied e Jackson, 2006, p. 112).
É amplitude de materiais que se enriquecem as pesquisas e faz as crianças
entrarem e desbravarem o mundo que é só seu, adicionar ao cesto uma ou duas frutas
ou legumes inteiros não se desmanche, como por exemplo a laranja, maçã e
maracujá. Assim como saquinhos de tecido com chá, ajuda na composição para
provocar o olfato e paladar, além dos outros sentidos.

É uma atividade de exploração. Para realizá-la, deve-se encher uma cesta


com objetos de uso cotidiano, escolhidos com a finalidade de proporcionar
estímulo e experiência aos cinco sentidos da criança: o descobrimento e o
desenvolvimento do tato, do paladar, do olfato, da audição, da visão, e do
sentido do movimento do corpo (MAJEM, ODENA,2010, p.11).

Para organização do cesto é necessário diferentes materiais de acordo com


pesos, formas, cores e temperaturas, sons e consistências para que desde o bebê
possa se interessar pelo que observa em sua frente e poderá aprender sozinho, por
si mesmo, pois o professor interfere o menos possível (SILVA, 2013, p.10).
Em relação a confecção de qualquer coisa com o fim determinado, como é o
caso de chocalho, deve ser prestar atenção para não estruturar demasiadamente o
objeto. Diferentemente de quando deixa cair um objeto no chão ou quando bate uma
peça na outra e, aos poucos, vai compreendendo que o som está na sua ação, um
objeto como o chocalho já carrega em si a ideia de exploração sonora.
É importante ter em mente que o propósito é sempre que a criança possa
explorar e descobrir a sua relação com o objeto, é atividade da criança e quanto a sua
permanência o sexto precisa ir se transformando gradativamente com os objetos
novos que aguçam a curiosidade e possibilitem outras ações da criança, ao mesmo
tempo, alguns dos objetos permanecem. (Goldschmied e Jackson, 2006, p. 115).
Para iniciar uma sessão é preciso escolher o espaço Onde irá acontecer ponto
é importante ser em um local silencioso, sem a circulação ou intervenção de pessoas,
livre de outros atrativos, seguro e agradável para que as crianças se sintam
confortáveis durante suas ações. Quando possível, pode-se ir a outra sala reservada
para esse momento.
É importante frisar que o sexto com seus objetos deve ser o centro das
atenções, sem decorações, brinquedos ou outros objetos que não foram selecionados
para este fim lembre-se que o refeitório costuma passar boa parte do dia vazio esse
28

pode ser um bom espaço para organizar as sessões quando não for possível mudar
de ambiente, seja pela estrutura da escola ou por outros fatores, uma das
possibilidades é realizar a sessão na própria sala de referência.
No entanto o restante do grupo que não participar daquela sessão deverá ir
para outro local, como por exemplo o pátio. Se for inevitável manter todas as crianças
na mesma sala, é necessário um pequeno espaço para que participam enquanto os
demais pode se culpar de outros materiais no restante dela. Portanto, o uso de um
tapete móveis que criam certas barreiras são exemplos de circunscrição do espaço.
E quanto mais se preza por um atendimento singular mais evidencia o atendimento
de qualidade (FOCHI, 2018, p. 55).
Tendo o espaço preparado é hora de iniciar e pensar em como convidar a
criança para brincadeira. A professora pode acompanhar a criança nessa sessão
conversar diretamente com ela dizendo que vão sair um pouco da sala indo para o
ambiente brincar com cesto de tesouro e comunicar que ela está por perto nesse
momento ponto assim, passo a tomar consciência do que está acontecendo consigo
e no seu entorno, gerando segurança emocional com apoio de algum adulto as
crianças são levadas ao local que irá acontecer a sessão. (TARDOS, 2016, p.67).
As sessões do cesto do Tesouro são oportunidades para que o professor
possa observar cada criança em sua singularidade. As condições em que se dá a
sessão favorece que o adulto ocupa esse papel. Por isso, é importante não comparar
as crianças umas com as outras, cada um tem seu tempo, seu modo de explorar, seus
limites e suas possibilidades.

3.2 Jogo heurístico

O jogo heurístico contempla a modalidade que utiliza materiais não estruturados


para estimular a curiosidade da criança. Os materiais estruturados podem ser
materiais variados que são utilizados para intervenções com as crianças,
transformando os objetos em brinquedos propõe variedade de objetos dispostos ao
ambiente cuidadosamente planejado.
A proposta qualifica-se como oportunidade educativa que favorece na
concentração e da atividade autônoma das crianças pelo arranjo das crianças
explorarem os elementos no espaço (FOCHI, 2018).
29

Sendo os materiais que devem compor os tapetes em várias sessões para que as
crianças explorem os objetos de diferentes formas. A troca de um material ou mais
deve ser feita quando o professor perceber que este está sendo deixado de lado pelas
crianças.
O jogo Heurístico destina-se as crianças que engatinham, por isso é realizado em
tapetes em área segura para as explorações do objeto em si e começar perceber seu
ato e gestos mediante ao objeto (MAJEM, ODENA, 2010, p.18).
Sendo assim, o jogo heurístico colabora para estruturação do pensamento e
linguagem, além da autonomia potencializando ações espontâneas, ao brincar
livremente e estabelecendo relações com seus aprendizados.
O benefício que as crianças podem ter com o jogo é reconfortante de experiências
na satisfação da escolha de objetos e na qualidade que a proposta pode oferecer para
criança, Edwards, Gandini e Forman (2016, p. 68).
Os materiais do jogo heurístico são similares ao cesto dos tesouros, porém no
cesto se utiliza de pouco plástico para tornar-se melhor a exploração pelas crianças.
No tapete é preciso aproximadamente 40 itens; sendo os receptáculos (recipientes
como potes, latas, tampas, etc, para colocar outros menores) e os entráculos
(prendedores, palitos, rolhas, para colar dentro dos receptáculos). (FOCHI, 2018).
Articula- se, entretanto, que nos contextos Investigativos por meio das
brincadeiras as crianças desenvolvem capacidades importantes como a
memorização, a imaginação, a noção de espaço, a percepção, a atenção, a
capacidade de contar, ordenar, seriar, classificar e comparar, desenvolvendo o
raciocínio lógico, a autonomia intelectual.

3.3 Bandeja de experimentação

A bandeja de experimentação é organizada em mesas para elevar a altura das


crianças que já caminham com maior desenvoltura. Nas mesas podem conter: as
pedras, tampinhas, prendedores e os materiais não estruturados, além dos
incontáveis (farinha, areias, café, etc), e seus utensílios (funis, peneiras, copos e
outros).
30

Nessa modalidade, as crianças, já começam a indagar sobre os materiais e


suas organizações e começam a nomear com termos matemáticos, por exemplo,
colocar mais areia no pote, retirar a farinha de dentro e deixar mais com outro objeto.
(FOCHI, 2018).
As bandejas podem estimular o raciocínio lógico e o pensamento das crianças
pela intencionalidade de causa e consequência e as hipóteses pelos fenômenos de
suas experimentações, sendo a pesquisa bem evidente.
A brincadeira heurística pode provocar as experiencias de exploração
permitindo consultas para satisfação das curiosidades e indagações que podem
ocorrem durante o contato das crianças nessas mesas de experimentação.
Para Majem e Odena (2010), Goldschmied ao propor a possibilidade da
exploração da curiosidade tanto no cesto de tesouro, como no jogo heurístico e em
suas pesquisas que deixou como legado para posteriormente a continuidade com
outros materiais como com o uso de bandejas propõe de forma espontânea a
investigação e imaginação da criança no cotidiano.
A brincadeira tem a função importante da infância, em que as crianças criam,
imaginam e podem relacionar as suas rotinas, combinados e formas de brincar
conforme seu desenvolvimento, nas suas elaborações e hipóteses do cotidiano.
31

4. CAPÍTULO III – PAPEL DO PROFESSOR NO BRINCAR

O brincar deve ser planejado concomitantemente com as outras áreas, pela


articulação de temas e projetos que permitam registrar toda a evolução das
brincadeiras bem como aspectos relevantes de linguagem, socialização, atenção e
envolvimento pessoal que dão pistas com relação ao ambiente sociocultural no qual
a criança está inserida.
As atividades lúdicas como recursos da prática educativa devem estar
presentes no cotidiano das salas de aula da Educação Infantil visando não só o
desenvolvimento emocional dos alunos, como também a compreensão por parte dos
educadores sobre os limites e as possibilidades de trabalhar as questões afetivas no
contexto escolar.
Ser professor é preciso ter a responsabilidade, enquanto formador de
consciência crítica, físico e emocional da criança em toda sua complexidade. Na
educação infantil perceber esse processo da criança em sua própria perspectiva para
ajudá-lo em seu aprendizado em sintonia ao seu desenvolvimento.
Diante disso, surge à necessidade do desenvolvimento de uma metodologia de
trabalho capaz de dar mais significado, sem dúvida, sua participação, haja no
processo que promova a autoestima do aluno. Para que isso aconteça, segundo
Miranda (2011) é necessário o professor ver a questão de diferentes tipos nos espaços
e quais os diferentes objetos, por meio de uma seleção.
Muitos educadores desvalorizam os jogos e as brincadeiras por acreditarem
que o mais importante é ensinar a ler para o Pré II (5 anos), escrever o nome para o
Maternal (3 anos) e Pré I (4 anos), direcionando um trabalho com proibições e regras,
não enfatizando o sentido próprio da brincadeira.
O professor, também, muitas das vezes, não deve atribuir esta culpa a ele e
sim analisar a qualidade de sua própria formação que não contempla as informações
necessárias referente ao brincar.
Para Kishimoto (2001), atualmente existe uma preocupação da escola com o
brincar como algo pedagógico no sentido de trazer apenas conteúdos escolares e não
incentivar a capacidade criadora das crianças durante a brincadeira.
É necessário, que os educadores se conscientizem e se preocupem em colocar
as crianças em situações que ela aprenda de forma mediada, reelaborada e
principalmente que promova seu prazer.
32

A escola deve enfatizar mais o potencial educativo da brincadeira, que por meio
das observações, o professor irá desenvolver mecanismos e procedimentos
necessários de forma que atenda a verdadeira necessidade do aluno, defende Borba
(2006).
O jogo é uma atividade que tem sua razão própria em si mesma e no objeto.
Isto indica, que existe a necessidade de os educadores conhecerem primeiro os
comportamentos das crianças, diante as fases de seu desenvolvimento. Também criar
perspectivas para que a própria criança interaja e tome suas decisões mediante o
fortalecimento de sua autonomia.
Os educadores que trabalham e brincam com as crianças têm, portanto, um
papel importante na tomada de decisões sobre a didática apropriada e os ambientes
para brincar. Eles precisam levar em consideração as disposições e autoestima das
crianças, baseando-se na diversidade.
Para Doherty (2011), o legado e as experiências reconhecidas pelas crianças
irão torná-las mais confiantes, assim como sua valorização as novas experiências que
elas trazem em seu dia a dia que está inserida.
É preciso oferecer um ambiente favorável, que proporcione tempo e materiais
para que as crianças brinquem interativamente e desenvolvam sua competência
social. A teoria sociocultural, segundo Olusoga (2011), apresenta o desenvolvimento
e o brincar como processo social e de identidade.
Os bons profissionais são praticamente peritos em aproveitar esse querer das
crianças e promover formas de a criança brincar seja de forma espontânea,
estruturada, imaginada e até mesmo criativa.
Também é importante saber o que as crianças pensam enquanto brincam, não
apenas de uma perspectiva do prazer, mas também dos conteúdos e justificativo que
fazem brincando. Bons profissionais oferecem uma plataforma de apoio para o
aprendizado infantil promove seu pensamento nas experiências lúdicas, enfatiza
Doherty (2011).
As crianças precisam tanto das brincadeiras livres como também dos desafios
das intervenções dos adultos. Um envolvimento adequado pode expandir seu modo
de brincar, fazendo-as travar diálogos por meio de perguntas de sondagem e refletir
sobre seu próprio aprendizado através do brincar.
Os profissionais devem, portanto, estar bem informados sobre a pedagogia do
brincar. Para um profissional contemporâneo, este é um processo de constante
33

desenvolvimento, no qual ele se mantém atualizado com sua complexidade e a


reflexão crítica sobre a sua aprendizagem envolve o conhecimento e a compreensão
do brincar para as crianças.
O pensamento crítico sobre a pedagogia do brincar promove a análise e o
discurso, apoiando a busca por novos entendimentos permitindo um envolvimento
com diferentes perspectivas e pesquisa sobre o brincar.
Segundo Brock (2011), é relevante haver compreensão ampla e profunda na
questão do brincar e seu envolvimento com as variadas teorias promoverá
compreensão crítica e equilibrada do brincar com experiências práticas e
profissionais.
O educador precisa estar preparado para utilizar todos os tipos de brincadeiras
e todos os materiais que dispõe para ter uma gama maior de estratégias a sua
disposição. A educação infantil deve respeitar a criança como um todo e assim
promover o seu desenvolvimento integral e é por isso que não se deve levar à
padronização de hábitos que não são mais utilizados pelos professores.
A criança aprende brincando e assim vai respeitando regras, ampliando seu
relacionamento social e a respeitar tanto seu a redor como ela própria. No universo
lúdico, a criança se expressa com muita facilidade, ouvir, discordar, respeitar opiniões
e lideranças compartilhando assim a sua alegria em brincar.
A criança brinca com aquilo que vê e imagina, tem a oportunidade de brincar,
estará preparada emocionalmente para vivenciar e controlar sua atitude e emoções
dentro de um contexto moral e social.
Na visão de Vygotsky (1998), o jogo simbólico é típico da infância e do
desenvolvimento, sua aquisição estritamente simbólica impulsiona na imitação, sendo
a assim cria uma zona de desenvolvimento proximal, cujas funções ainda não
amadureceram, mas encontra em processo de maturação ao alcançá-lo no futuro.
O aprendizado e o desenvolvimento estão duplamente interligados, pois a
aprendizagem da criança se inicia muito cedo na escola e são interpretadas em sua
história de vida e em suas experiências.
A criança se torna mais autônoma e passa dirigir seu próprio comportamento
também dando significado a determinada situação.

“No brinquedo, no entanto, os objetos perdem sua força determinadora. A


criança vê. Assim, é alcançada uma condição em que ela começa a agir de
34

acordo com a sua compreensão de mundo inicialmente e independente


daquilo que vê.” (VYGOTSKY, 1998, p. 127)

No brincar, a criança consegue perceber e separar seu pensamento dando


significado aos objetos, e a ação surge das ideias e não mais das coisas, exercendo
assim potencialidades desenvolvendo através dos desafios provocando ações
essenciais para o aprender.
Outra prática bastante comum é sugerir que as crianças brinquem livremente
na sala quando a atividade proposta para o segundo horário termina antes do tempo
previsto, visando preencher o restante da carga horária. Essas práticas têm
demonstrado que questões importantes como desenvolvimento social, moral, afetivo
e cognitivo que o brincar pode proporcionar para as crianças não são percebidas pelo
professor.
Ele não planeja esta atividade, não se envolve e nem observa o que as crianças
dizem, sentem e demonstram estar pensando nesses momentos. Apesar de a maioria
dos professores terem relatado, em encontros pedagógicos ou em momentos de
resgate de memórias, que as brincadeiras de faz-de-conta, regras e jogos de
construção fizeram parte da sua infância e lembrarem-se dessa fase de suas vidas
como algo prazeroso e criativo, não percebemos em suas práticas nenhuma
preocupação com o brincar no planejamento e execução do seu trabalho diário.
Como afirma Brougére (1998) a experiência docente precisa ser um espaço
gerador e produtor de conhecimentos. Deste modo, a prática docente deve configurar-
se num espaço em que o professor, pelos desafios impostos pelo cotidiano de sala de
aula, torne-se um especialista do seu fazer, articulando teoria e prática.
Em geral, o brincar é visto somente pelo seu aspecto do movimento corporal, e
tido apenas como momento de pura diversão. É descartada a hipótese de que a
criança aprende a brincar e tem consciência de que brinca, agindo nesta atividade em
função da imagem de uma pessoa ou objeto e de situações que são evocadas,
revivendo sentimentos e significados vivenciados.
Segundo Vygotsky (1998), o brinquedo é muito mais a lembrança de alguma
coisa que realmente aconteceu do que imaginação. É mais a memória em ação do
que uma situação imaginária nova. Pensar em política de formação profissional para
a Educação Infantil requer, antes de tudo, questionar concepções de criança e pré-
escola.
35

O professor de Educação Infantil deve conduzir um trabalho voltado para o


brincar, visando atender todas as necessidades dessa faixa etária, tendo em vista que
as brincadeiras propiciam a fantasia e a criatividade da criança, possibilitando também
que estas adquiram o domínio da linguagem simbólica.
A prática pedagógica torna-se mais prazerosa com a presença das
brincadeiras, uma vez que possibilita ao professor aproximar-se do mundo da criança
e observá-la com mais propriedade.
Para tanto, ele precisa conhecer a criança, de onde ela vem, como pensa, seus
valores, histórias de vida, as representações que ela faz do mundo, para intervir de
forma consistente, influenciando na construção do sujeito, na formação de sua
história.
Para criar situações de aprendizagens significativas o educador precisa não
somente de conhecimento teórico sobre o nível de desenvolvimento da criança, mas
também de experiências práticas relativas às possibilidades de exploração que as
brincadeiras podem oferecer, relata Maluf (2008).
O professor que trabalha com a primeira infância precisa estar aberto para
perceber que a natureza infantil é complexa e exige de nós, adultos, postura de
observador bastante apurada, a fim de apreendermos o que é ser criança e como
devemos lidar com elas. Segundo Maluf (2008), aprendemos quando somos capazes
de elaborar uma representação pessoal sobre um objeto da realidade que
pretendemos aprender.
Essa elaboração implica aproximar-se de tal objetivo ou conteúdo com a
finalidade de quem aprendeu. Nesse processo, não só modificamos o que já
possuíamos, mas também interpretamos o novo de forma peculiar, para poder integrá-
lo e torná-lo nosso.
A formação inicial do professor não vem oferecendo subsídios ou respaldo
teórico que o leve a compreender qual o lugar ocupado pelo brincar na infância. É
importante que este professor tenha consciência ou conhecimento do que significou
suas brincadeiras de tempo de criança para sua construção pessoal e até profissional.
A ressignificação do brincar nas instituições de Educação Infantil, sobretudo
por parte dos professores, requer estudo e compreensão de que sua intervenção na
brincadeira é necessária. Essa intervenção tem de ser pautada na observação das
brincadeiras infantis, visando oferecer material adequado e espaço que permita o
enriquecimento das competências imaginativas.
36

O brincar deve ser planejado concomitantemente com as outras áreas, pela


articulação de temas e projetos que permitam registrar toda a evolução das
brincadeiras bem como aspectos relevantes de linguagem, socialização, atenção e
envolvimento pessoal que dão pistas com relação ao ambiente sociocultural no qual
a criança está inserida.
As atividades lúdicas como recursos da prática educativa devem estar
presentes no cotidiano das salas de aula da Educação Infantil visando não só o
desenvolvimento emocional dos alunos, como também a compreensão por parte dos
educadores sobre os limites e as possibilidades de trabalhar as questões afetivas no
contexto escolar.
Ser professor é preciso ter a responsabilidade, enquanto formador de
consciência crítica, físico e emocional da criança em toda sua complexidade. Na
educação infantil perceber esse processo da criança em sua própria perspectiva para
ajudá-lo em seu aprendizado em sintonia ao seu desenvolvimento.
Diante disso, surge à necessidade do desenvolvimento de uma metodologia de
trabalho capaz de dar mais significado, sem dúvida, sua participação, haja no
processo que promova a autoestima do aluno. Para que isso aconteça, segundo
Miranda (2011) é necessário o professor ver a questão de diferentes tipos nos espaços
e quais os diferentes objetos, por meio de uma seleção.
Muitos educadores desvalorizam os jogos e as brincadeiras por acreditarem
que o mais importante é ensinar a ler para o Pré II (5 anos), escrever o nome para o
Maternal (3 anos) e Pré I (4 anos), direcionando um trabalho com proibições e regras,
não enfatizando o sentido próprio da brincadeira.
O professor, também, muitas das vezes, não deve atribuir esta culpa a ele e
sim analisar a qualidade de sua própria formação que não contempla as informações
necessárias referente ao brincar.
Para Kishimoto (2001), atualmente existe uma preocupação da escola com o
brincar como algo pedagógico no sentido de trazer apenas conteúdos escolares e não
incentivar a capacidade criadora das crianças durante a brincadeira.
É necessário, que os educadores se conscientizem e se preocupem em colocar
as crianças em situações que ela aprenda de forma mediada, reelaborada e
principalmente que promova seu prazer.
A escola deve enfatizar mais o potencial educativo da brincadeira, que por meio
das observações, o professor irá desenvolver mecanismos e procedimentos
37

necessários de forma que atenda a verdadeira necessidade do aluno, defende Borba


(2006).
O jogo é uma atividade que tem sua razão própria em si mesma e no objeto.
Isto indica, que existe a necessidade de os educadores conhecerem primeiro os
comportamentos das crianças, diante as fases de seu desenvolvimento. Também criar
perspectivas para que a própria criança interaja e tome suas decisões mediante o
fortalecimento de sua autonomia.
Os educadores que trabalham e brincam com as crianças têm, portanto, um
papel importante na tomada de decisões sobre a didática apropriada e os ambientes
para brincar. Eles precisam levar em consideração as disposições e autoestima das
crianças, baseando-se na diversidade.
Para Doherty (2011), O legado e as experiências reconhecidas pelas crianças
irão torná-las mais confiantes, assim como sua valorização as novas experiências que
elas trazem em seu dia a dia que está inserida.
É preciso oferecer um ambiente favorável, que proporcione tempo e materiais
para que as crianças brinquem interativamente e desenvolvam sua competência
social. A teoria sociocultural, segundo Olusoga (2011), apresenta o desenvolvimento
e o brincar como processo social e de identidade.
Os bons profissionais são praticamente peritos em aproveitar esse querer das
crianças e promover formas da criança brincar seja de forma espontânea, estruturada,
imaginada e até mesmo criativa.
Também é importante saber o que as crianças pensam enquanto brincam, não
apenas de uma perspectiva do prazer, mas também dos conteúdos e justificativo que
fazem brincando. Bons profissionais oferecem uma plataforma de apoio para o
aprendizado infantil promove seu pensamento nas experiências lúdicas, enfatiza
Doherty (2011).
As crianças precisam tanto das brincadeiras livres como também dos desafios
das intervenções dos adultos. Um envolvimento adequado pode expandir seu modo
de brincar, fazendo-as travar diálogos por meio de perguntas de sondagem e refletir
sobre seu próprio aprendizado através do brincar.
Os profissionais devem, portanto, estar bem informados sobre a pedagogia do
brincar. Para um profissional contemporâneo, este é um processo de constante
desenvolvimento, no qual ele se mantém atualizado com sua complexidade e a
38

reflexão crítica sobre a sua aprendizagem envolve o conhecimento e a compreensão


do brincar para as crianças.
O pensamento crítico sobre a pedagogia do brincar promove a análise e o
discurso, apoiando a busca por novos entendimentos permitindo um envolvimento
com diferentes perspectivas e pesquisa sobre o brincar.
Segundo Brock (2011), é relevante haver compreensão ampla e profunda na
questão do brincar e seu envolvimento com as variadas teorias promoverá
compreensão crítica e equilibrada do brincar com experiências práticas e
profissionais.
O educador precisa estar preparado para utilizar todos os tipos de brincadeiras
e todos os materiais que dispõe para ter uma gama maior de estratégias a sua
disposição. A educação infantil deve respeitar a criança como um todo e assim
promover o seu desenvolvimento integral e é por isso que não se deve levar à
padronização de hábitos que não são mais utilizados pelos professores.
Os professores devem resgatar atividades de brincar de maneira global,
utilizando com um antecedente da aprendizagem que virá como a alfabetização.
Utilizando muitas vezes os jogos e brincadeiras, os professores poderão estimular às
crianças para uma aprendizagem muito mais fácil. O brincar é uma atividade normal
do ser humano. Ao brincar a criança fica tão envolvida com que está fazendo que
coloque na ação seu sentimento e emoção.
A atividade artística, assim como o brincar, é um integrador entre os aspectos
motores, cognitivos, afetivos e sociais. Por isso, parte-se do pressuposto de que
brincando a criança ordena o mundo a sua volta, assimilando experiências,
informações e sobre tudo incorporando atividades e valores.
O êxito do processo ensino-aprendizagem depende em grande parte da
interação professor-aluno, sendo que nesse relacionamento, a atividade do professor
é fundamental.
O professor deve antes de tudo ser um facilitador da aprendizagem, criando
condições para que as crianças explorem seus movimentos, manipulem materiais,
interagem com seus companheiros e resolvam situações-problemas.
Com o ato brincar, espera-se que as relações entre as crianças possam
contribuir nas atividades apresentadas pelos professores para enriquecer à dinâmica
das relações sociais na sala de aula. Cada dia na vida de uma criança é cheio de
atividades e de novas situações de aprendizagem, a criança aprende vivendo,
39

experimentando, fazendo descobertas, agindo, construindo seu conhecimento a partir


da leitura que faz do mundo, ou seja, de sua realidade.
Nenhum fato vivenciado pode ser ligado sem a construção de um quadro lógico
onde a criança relaciona, mede ou enumera esse fato, colocando-o em relação com
o seu conhecimento. Quando se introduz uma brincadeira, a criança passa por uma
fase de adaptação e reconhecimento, sendo interessante que ela o faça livremente,
explorando todas assuas possibilidades, pois o brincar implica ação.
Brincar é lazer, mas é simultaneamente fonte do conhecimento e é a dualidade
que leva o professor a considerar o brincar como parte integrante da atividade
educativa, revela Kishimoto (2000).
Para o professor a criança brincando na escola vai possibilitar o
desenvolvimento do processo de aprendizagem e também uma situação em que a
criança constitui tanto para a assimilação dos papéis sociais e compreensão das
relações afetivas que ocorrem no seu meio, como para a construção do conhecimento.
O brincar não pode ser aleatório e desprovido de regras e conteúdos, pois o
brincar pelo brincar não se mantém. O professor tem que ter objetivos traçados, o que
espera alcançar com determinadas brincadeiras, assim ele o apresenta como a
metodologia mais adequada para ajudar o desempenho de suas tarefas, pois é inútil
organizar um conteúdo para as crianças, levando em consideração os padrões de
assimilação, pois a criança pensa diferente do adulto.
Ao brincar incentivo o campo da imaginação fazendo se necessário o uso de
uma linguagem mais simbólica. A criança quando brinca sua atuação não só emite a
diversão como também uma aprendizagem para vida toda sendo sujeito social e
cognitivo. Sob estes aspectos tanto Vygostsky (1998, p.142) quanto Piaget (1971,
p.145) em suas teorias sobre o brincar observa que “a criança enquanto brincar tem
a oportunidade de se conhecer além do mundo em sociedade explorando a
construção necessária ao conhecimento global”.
Nesta modalidade, Queiroz (2009, p.26), aponta que “o professor deve estar
ciente dos benefícios do lúdico tanto para o desenvolvimento, tanto para o
aprendizado.
Já Mora e Silva (2005, p.98), enfoca que as atividades lúdicas auxiliam para
autonomia da criança, pois a criança em sua essência é ativa, e por isso ela se torna
prática em suas atitudes.
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Sendo assim devemos usar o que é mais importante para a criança; que é o
brincar. Por meio das atividades lúdicas, Kishimoto (2004, p.121) afirma que “as
crianças podem eventualmente ter desempenho em alguns papeis de cooperação e
socialização”. Sendo assim quando se estimula a importância do brincar no meio
escolar o desenvolvimento de suas potencialidades são mais claros e coesos.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil:

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e


aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e
estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e
confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da
realidade social e cultural. Referencial Curricular Nacional da Educação
Infantil (BRASIL, 1998, p. 23).

Portanto, o lúdico pode ser utilizado como uma estratégia de ensino e


aprendizagem, assim o ato de brincar na escola sob a perspectiva Vygostsky (1998,
p.131) “relaciona ao professor que deve apropriar-se de subsídios teóricos que
consigam convencê-lo e sensibilizá-lo sobre a importância dessa atividade para
aprendizagem e para o desenvolvimento da criança”. Assim é preciso que ele repense
em toda sua prática e compreenda a maneira de reconstruir o conhecimento por meio
do brincar.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O brincar heurístico coloca a frente a complexidade que envolvem a ação do


professor. Encontra-se no papel de organizador e pesquisador da ação livre das
crianças exige reflexão, sutileza e sensibilidade, sendo ainda um caminho a ser
percorrido junto à ação-reflexão.
Percebe-se ainda que as ações das crianças não são aleatórias quando
brincam com os brinquedos heurísticos, pelo contrário, possuem intencionalidade. As
crianças no Cesto do tesouro criam hipóteses provisórias sobre o que acontecem com
os objetos e continuam explorando com a intenção de comprovar sua ação.
As simples ações de colocar o objeto, pegar e lançar pode demonstrar na
análise e observação do professor o sentido no cotidiano. Observar o grupo de
crianças permite olhar com mais individualidade para cada uma e na intenção com o
outro, assim como enxergar com mais clareza o percurso investigativo de cada criança
e sua ação no tempo e espaço, ao conhecer a criança se compreende melhor o modo
como elas aprendem em seu entorno.
A criança constrói sua personalidade brincando. Para ela significa a busca de
novas descobertas, ou a troca de experiências, quando essas dividem umas com as
outras, pois a criança aprende a ser tudo aquilo que ela vive. É brincando que a
criança vive sua infância, torna-se um adulto seguro e suportara muito melhor as
responsabilidades e terá maior criatividade para resolver problemas futuros.
Contudo, o brincar possibilita a construção do conhecimento de uma forma
muito prezadora e interessante, que garante a motivação para uma ótima
aprendizagem É de extrema importância a utilização das brincadeiras e dos jogos;
toda brincadeira com algo lúdico estimula o aprendizado, pois ao mesmo tempo em
que a criança brinca ela aprende.
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