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INSTITUTO EDUCACIONAL SANTA CATARINA

FACULDADE GUARAÍ
CURSO DE PEDAGOGIA

JAKELINE VICENTE
YASMIM CAMELO

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM REGÊNCIA

GUARAÍ - TO
2019
INSTITUTO EDUCACIONAL SANTA CATARINA
FACULDADE GUARAÍ
CURSO DE PEDAGOGIA

JAKELINE VICENTE
YASMIM CAMELO

RELATÓRIO FINAL: ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM REGÊNCIA

Relatório Final de Estágio Apresentado


ao Curso de Licenciatura Plena em
Pedagogia do Instituto Educacional
Santa Catarina – IESC/FAG.
Apresentado a Professora Esp. Geysa
Ferreira da Paixão, como Requisito
parcial para aprovação da Disciplina.

GUARAÍ - TO
2019
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM REGÊNCIA
INTRODUÇÃO
Ao longo das disciplinas teóricas já estudadas em no curso de Pedagogia, vem
sendo, preparado para exercer a profissão de professor/ pedagogo. Além disso, os
diversos estágios já realizados certamente contribuíram para a inserção na prática
profissional e para o conhecimento detalhado da realidade escolar. Nessa etapa do
curso, foi feito um estágio supervisionado diferenciado, pois se refere à atuação do
pedagogo em contextos não escolares, nos quais experimentaram e vivenciaram, na
prática, outros ambientes de trabalho, fora da escola, em que ocorrem atividades
profissionais do licenciado em Pedagogia.
O presente trabalho apoiou-se na pesquisa bibliográfica, utilizando-se de artigos e
periódicos da internet, assim como, de uma pesquisa de campo, através da aplicação
de um questionário contendo perguntas fechadas e abertas, aplicadas em uma escola
de Pedro Afonso para 10 crianças do 3° ano do ensino fundamental de forma
individual e outro para educadores do município do Guaraí. Ambos visaram colher
dados para melhor compreensão da importância do brinquedo e das intervenções
realizadas na brinquedoteca para a aprendizagem e desenvolvimento das crianças do
ciclo do 3 ano do ensino fundamental.
A pergunta norteadora foi: O brincar, dentro da educação, que está presente em
várias teorias, defesas e na própria BNCC, pode ser trabalhado fora da sala de aula e
ter bons resultados de aprendizagens?
Objetivo geral foi apontar novas propostas para se desenvolver a aprendizagem,
através do brincar, fora da sala de aula com foco em intervenções pedagógicas. A
brinquedoteca, pode ser um lugar onde intervenções podem acontecer de forma
tranquila e com resultados fantásticos.
A justificativa o estágio supervisionado, desenvolvido em espaço não escolar,
proporcionou um contato direto com um espaço onde o lúdico se faz presente. Foi na
brinquedoteca da IESC, que tudo aconteceu. As crianças eram encaminhadas pelas
médicas pediatras e pelas escolas, com um relatório de dificuldades de aprendizagens
e dificuldades cognitivas. Sobre as orientações da professora supervisora de estágio
estas crianças eram atendidas na forma de avaliação para identificar a causa de tais
dificuldades. Em alguns casos era feito uma intervenção utilizando os materiais
(brinquedos pedagógicos) para tais intervenções.
Nem sempre na brinquedoteca se encontravam todos os materiais para tais
intervenções, foi que surgiu a necessidade de um projeto de intervenção para
aquisição dos brinquedos que faltavam, assim como também criar novas propostas
para se desenvolver a aprendizagem em ambientes como estes.
Dúvidas e certezas foram se as escolas e/ou locais onde as crianças são levadas para
aprender estão se dando o real valor ao desenvolvimento não cognitivo e pedagógico,
como a curiosidade, saber lidar com situações conflituosas, stress?
O brincar, sem dúvida, é a forma mais eficaz de se desenvolver a aprendizagem nas
séries iniciais. Através da brincadeira a criança desenvolve a socialização, a cognição,
a coordenação e a alfabetização inicial. Mas além destas funções o brincar também
proporciona momentos de socialização onde são trabalhados questões e valores que
as crianças poderão levar para o resto de suas vidas como a aceitação da perca,
caráter, responsabilidades, preparando-as para a vida e para saber conquistar seus
espaços.
Foi realizada na escola X uma pesquisa de campo de cunho quantitativa descritiva
para levar dados acerca da utilização do brinquedo como instrumento de ensino-
aprendizagem. Foi aplicado um questionário para 10 crianças do 3° ano do ensino
fundamental de forma individual.
O estágio é uma forma de aperfeiçoar o processo de formação profissional e
humana do estudante, visa proporcionar ao estudante experiências e práticas que
complementem o seu aprendizado. Obteve-se por escolha o CRAS, CONSELHO
TUTELAR e o ESPAÇO SAÚDE, onde ambos são espaços não escolares que visam
aos estagiários às áreas de atuação disponíveis na futura profissão. A pergunta
norteadora que impulsionou foi: Quais benefícios às atividades físicas trazem a
terceira idade? Neste sentido objetivou-se conscientizar os idosos da real importância
das atividades físicas e informá-los dos benefícios que tais atividades trazem.
A falta de oportunidade de praticar atividade física na terceira idade faz com que
os idosos desanimem ainda que tenham muita vontade de viver, e para essas pessoas
a atividade física é um modo de mostrar que ainda são capazes de fazer coisas
extraordinárias. As pessoas de mais idade sofrem bastante, ocorrendo ainda restrições
quanto a sua capacidade de locomoção, o que pode implicar em quedas e dificuldades
na realização de atividades da vida diária, levando a total incapacidade funcional.
Por isso, devemos trabalhar no objetivo de obter um melhor estilo e qualidade
de vida aos idosos, e em posse do conhecimento acerca das atividades físicas, inserir
uma rotina de exercícios para essa população. O motivo que levou as acadêmicas a
desenvolver esse tema foi perante a observação de uma caminhada que é
desenvolvida todas nas segundas pela manhã, onde a equipe do CRAS leva os idosos
para fazer uma caminhada ao ar livre. Questionou-se eles tinham desenvolvido alguma
palestra para a valorização das caminhadas desenvolvida, os mesmos disseram que
não, então surgiu a ideia da palestra com outros tipos de atividades físicas para
mostrar a eles de forma clara quão é importante tais exercícios.
Resta dúvidas quanto à contribuição que o projeto trará a vida dessas pessoas,
se conseguiremos conscientizá-los quanto à introdução de atividades físicas no seu
dia a dia. Tem se a certeza que esse projeto será de suma importância para promoção
da valorização da saúde na terceira idade através de atividades físicas. Pois sabe se
do quanto às atividades físicas ajudam a promover a boa saúde não só na terceira
idade, mas em todas as idades.
O Estágio curricular supervisionado V: espaço não escolar, possibilita aos
acadêmicos e futuros pedagogos uma prática de conhecimento, visando o
aprendizado dos mesmos em espaços que irão trabalhar.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

Conceito de brinquedoteca
Dicionário Aurélio: Coleção de brinquedos e de variados jogos colocada numa
sala ou num espaço específico para fazer com que a criança seja estimulada a brincar.
A sala ou local onde se localiza essa coleção.
O laboratório da brinquedoteca é um espaço lúdico para as crianças, com jogos,
brinquedos e brincadeiras que influenciam na aquisição da construção de
conhecimento e formações da personalidade das crianças. Esse espeço lúdico que
propicia uma gama de construção de ideias e formas de pensar e agir diante as
dificuldades das crianças em aprender determinado conhecimento do ensino
pedagógico da escola. Autores como Almeida até all (2002, p.1) conceituam a
Brinquedoteca como “um espaço que permite o brincar livremente com todos os
estímulos a manifestação de suas potencialidades e necessidades lúdicas, com
presença de muitos variados e diversas materiais, permitem a expressão da
criatividade”.
Para Santos (1997, p. 97) ressalta: A Brinquedoteca é sempre um lugar
prazeroso, onde os jogos, brinquedos e brincadeiras fazem a magia do ambiente.
Todas ela tem como objetivo comum o desenvolvimento das atividades lúdicas e a
valorização do ato de brincar, independentemente do tipo de brinquedoteca e do lugar
onde está instalado, seja num bairro, numa escola, no hospital, numa clínica ou numa
universidade. Todas as estratégias para atingir seus fins, portanto cada brinquedoteca
apresenta o perfil da comunidade que lhe dá origem.
Guida Scarlath e Damasceno (2012) retrata que a Brinquedoteca: É um espaço
especifico para suporte pedagógico. Possui brinquedos e jogos específicos para a
estimulação de motricidade e grafismo, serve de apoio para o desenvolvimento de
raciocínio lógico-matemático, apoio para a alfabetização, leitura e escrita,
desenvolvimento de noção e conceitos do mundo físico e conhecimentos gerais.

Como montar uma brinquedoteca?


A brinquedoteca, destinada para brincadeiras e atividades lúdicas, desperta o
interesse das crianças e favorece a aprendizagem. Para isso, esse espaço deve ser
construído de forma que promova o brincar livre ao mesmo tempo que estimula a
criatividade. Levando em consideração que nesse local os professores exercerão seu
papel educativo deve-se montar uma brinquedoteca que instigue as crianças a
aprender brincando.
Mais do que um simples espaço para brincadeiras, a brinquedoteca exerce um
papel fundamental na formação das crianças, pois estimula o seu desenvolvimento
social, motor e cognitivo. No momento de planejar como montar uma brinquedoteca,
foque na autonomia, incentive a resolução de problemas e o desenvolvimento das
linguagens de expressão. É uma forma de alavancar o protagonismo dos pequenos,
para que se tornem mais curiosas, observadoras, concentradas e comprometidas,
características que as acompanharão na idade adulta.
A brinquedoteca deve ser um ambiente livre, onde os estudantes exercem seu
poder de escolha. Para isso, é fundamental que os móveis, brinquedos e tudo mais
que for compor o ambiente não coloque em risco a segurança dos pequenos. O
espaço pode ter uma área para habilidades artísticas: desenho, pintura, colagens.
Disponibilize mesas e cadeiras adequadas à altura das crianças, lembre-se que os
móveis devem ter cantos arredondados. Reserve um espaço para expor os trabalhos,
neste mesmo local as pinturas poderão ficar secando. A seção de jogos também
desperta muito interesse, ofereça jogos de tabuleiro e quebra-cabeças, jogos de
construção, entre outras opções, assim a mesa fica livre para o uso. Para estimular o
faz de conta, uma boa pedida é ter um espaço para teatro e circo, com palco,
fantasias, objetos para os truques mágicos.
A brinquedoteca pode ter também a área de fantoches e contação de histórias,
as crianças podem inclusive ensaiar e fazer apresentações para os amigos. O canto
dos brinquedos também tem lugar cativo na brinquedoteca, reunindo desde bonecas,
carrinhos, petecas, até brinquedos em madeira que permitam a criança aprender
brincando.
A preocupação maior deve ser a segurança da criança: objetos pontiagudos,
brinquedos quebrados (partidos ou faltando pedaços) e peças pequenas (no caso das
crianças menores) devem ser abolidos, para prevenir os famosos acidentes
domésticos. Também é muito importante que o espaço de brincar seja limpo
frequentemente, para evitar alergias e problemas respiratórios, pois brinquedos
costumam ter pequenos orifícios que acumulam bastante poeira.
O piso da brinquedoteca deve ser, preferencialmente, emborrachado, que
minimiza o risco de quedas e amortece o impacto. Tapetes de atividades coloridos são
ótimas opções. Para que seja um local seguro, invista em poucos móveis (sem quinas
e com proteção) e em brinquedos que tenham o selo de aprovação do Inmetro.
Logo, a brinquedoteca deve ser atraente, sem ser cansativa para a criança. Por
isso, abusar das cores de forma desordenada pode deixar o ambiente pesado e até
irritá-las, devido ao excesso de estímulo visual. É importante trabalhar com as cores
de maneira planejada, priorize os tons claros com estímulos visuais específicos que
tenham significado para a criança. Quadros e pinturas com formas geométricas são
boas opções. E deixe o colorido para os brinquedos e alguns mobiliários.

O brinquedo no desenvolvimento cognitivo


Quando falamos em desenvolvimento cognitivo logo se percebe as habilidades
e competências mentais que o indivíduo pode atingir, que é capaz de desenvolver
através de alguns métodos, como a percepção, atenção, raciocínio, associação, juízo,
imaginação, pensamentos e linguagens. Para isso é necessária uma estimulação
diária para lapidar sempre a capacidade da criança em buscar o aprimoramento de
suas competências. Acredita-se que o brinquedo é uma das formas mais lúdico-
dinâmicas para desenvolver todos esses conhecimentos na criança. Embora para
muitos pais o brinquedo seja apenas para distrair e deixar as crianças quietas em um
local, ele na verdade passa a ser um instrumento de aprendizagem, onde estimula a
criança a aprender de várias formas, pelo tato, audição e visual.
Dessa maneira os conhecimentos adquiridos vão aprimorando suas
habilidades cognitivas. O brinquedo sendo bem trabalhado desenvolve a capacidades
de o indivíduo raciocinar toda e qualquer forma de resolver um problema, ou seja, ele
organiza a mente da criança de forma a solucionar cada problema que o docente
deseja alcançar na criança em cada momento de estudo.
O Brinquedo também contribui no desenvolvimento da autonomia da criança, a
mesma passa a querer resolver cada problema que o professor repassa a elas e com
essa técnica o docente vai trabalhando a identidade da criança através de sua
autonomia, por esse motivo, essa ferramenta passa ser de suma importância no
desenvolvimento cógnito da criança, ela vai aprender a raciocinar toda e qualquer
situação proporcionada. Desse modo Oliveira (2000, p. 19) afirma que:

O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia,
favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui
para a não formação e até quebra de estruturas defensivas.
Ao brincar de que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina
não apenas imita e se identifica com a figura materna, mas
realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos,
e de ser uma mãe boa, forte e confiável.
Em vista disso o desenvolvimento cognitivo deve ser feito na infância, pois é
nessa faixa-etária que a criança tem uma quantidade maior de facilidade no
desenvolvimento mental, a imaginação e a criatividade estão tomando conta nessa
fase e estimular a curiosidade dessas crianças ajuda a mesma a querer aprender
todos os dias.
A infância é, portanto, a fase mais fértil de desenvolver as descobertas e a
aprendizagem. Dessa maneira, toda criança ira se desenvolver ao longo da vida
através de evoluções de fases complexas, consequência disso, pode-se compreender
a importância dos recursos lúdicos no desenvolvimento cognitivo da criança. Sendo
assim, o brinquedo tem sua maior contribuição nessas evoluções, ele providencia os
estímulos sensórios dos quais as crianças precisam para formar mais sinapses e
aprender e na medida em que a criança cresce, os brinquedos vão oferecendo
oportunidades de aprendizagem adequadas a cada nível de compreensão.
O brinquedo ajuda a estimular movimentos que contribuirá na lapidação de
habilidades motoras e essa refinação não para conforme a criança cresce por esse
motivo o brinquedo auxilia nas habilidades físicas e motoras importantes da infância e
beneficia no desenvolvimento cognitivo e amadurecendo dos pequenos,
consequentemente brincar é um jeito natural que a criança tem de adquirir suas
habilidades e estimular seu bem-estar. Á vista disso “A essência do brinquedo é a
criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção
visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais” Vygotsky (1998, p.
137).
Com isso, é possível entender que o brincar ampara a criança no ensino-
aprendizado, ela vai proporcionar situações imaginarias em que ocorrerá no
desenvolvimento cognitivo e facilitando a interação com pessoas, as quais contribuirão
para um acréscimo de conhecimento. Brincar não é apenas ter um momento
reservado para deixar a criança à vontade em um espaço com ou sem brinquedos e
sim um momento que podemos ensinar e aprender muito com elas.
Deste modo, considera-se que o pedagogo tem que utilizar e proporcionar esse
momento lúdico para a criança, dessa maneira estará preparando a criança para a
vida, pois se sabe que a brincadeira é uma ferramenta importante na formação de
personalidade, tornando-se uma forma de construção de conhecimento.

Da para melhorar a concentração brincando?


A concentração é como um músculo que requer exercício regular para
fortalecer. Algumas crianças nascem “mais fortes” nessa área do que outras, mas
todas as crianças podem aprender estratégias, é a partir daí que entra as brincadeiras
no intuito de melhorar a concentração brincando. A chave é envolvê-las em práticas
que ajudam a melhorar a capacidade de se concentrar e sustentar sua atenção,
escolher brincadeiras divertidas e interessante fazendo com que o aluno pense, e crie
estratégia dentro da brincadeira, trazendo para a criança o prazer em aprender e
estimulando seu conhecimento.
A maioria das crianças conseguem se concentrar em atividades divertidas e
intrinsecamente agradáveis. São os exercícios mais chatos, difíceis ou menos
agradáveis que realmente desafiam seu foco. No entanto, essa capacidade de
concentrar e manter a atenção em todos os tipos de tarefas é muito importante, porque
ajuda as crianças a aprenderem, o que leva à autoconfiança e à autoestima positiva. É
no prazer ao brincar que se consegue extrair e aflorar na criança suas capacidades.
Quando a tarefa que a crianças fazem não são divertidas, elas ficam entediadas e
rapidamente mudam sua atenção para algo mais interessante, ao contrário dos
adultos, que concluem as tarefas, gostando ou não pois sabem de sua
responsabilidade para a execução destas. De acordo com PIAGET:
Devido à existência de representações simbólicas, este
estádio marca o início do pensamento. A criança pode
representar as ações e objetos através de símbolos. Não
necessita de agir imediatamente. Ela exerce a função
simbólica ao falar, ao brincar ao faz de conta, ao desenhar.
(PIAGET, 1978, p. 58)

Dessa forma, existem maneiras de ajudar a melhorar a concentração dos


alunos com rapidez e facilidade através das brincadeiras; em diversas formas contribui
no crescimento intelectual e cognitivo da criança.
Além disso, como as crianças aprendem mais brincando, é sempre uma boa
ideia tentar tornar suas atividades um pouco mais divertidas. Mantenha dispositivos,
tablets e computadores longe e permita que as crianças brinquem com brinquedos
comuns, atividades que melhorem a concentração e exercícios de concentração. O
professor pode treinar e fortalecer a concentração dos alunos jogando jogos que
exigem pensamento, planejamento e uso da memória. Palavras cruzadas, quebra-
cabeças e jogos de cartas como ‘Memória’ e ‘Uno’ realmente melhoram a atenção
para palavras, números e imagens, e diversos outros jogos contribuem para melhorar
o efetivo aprendizado da criança. Dessa força pode se dizer que os jogos contribuem
sim melhorando a concentração das crianças.
Talvez os dois pesquisadores mais transcendentes que teorizaram sobre
brincadeiras, jogos, aprendizado e pedagogia foram Piaget (1976) e Vygotsky (1978).
Embora tenham opinado de maneira diferente sobre esse relacionamento, suas teorias
ilustram o suficiente para ajudar a entender o básico do desenvolvimento de
concentração, aprendizagem e o quão significativo às brincadeiras e jogos
desempenham na vida das crianças.
Piaget em 1976 estabeleceu como princípios para o desenvolvimento
educacional, a boa relação entre a maturação do sistema nervoso e a experiência que
é fornecida às crianças, para que através dela possa ser possível entender os
fenômenos da física e lógica, interação social, equilíbrio e afetividade.
Enquanto, Vygotsky (1984) afirmou que é o aprendizado que precede o
desenvolvimento, e focou sua teoria nos dois níveis de desenvolvimento, o atual e o
potencial. A teoria do desenvolvimento atual coincide basicamente com a de Piaget.
No entanto, o autor argumentou que o desenvolvimento potencial de crianças é
condicionado pela aprendizagem.
Assim, torna-se necessário despertar estímulos, mudar a tática e observar como
o aluno absorve melhor, respeitando a deficiência e a faixa etária de cada um.
Primeiro, a brincadeira aparece como egocêntrica e evolui para uma socialização, no
qual se pode construir situações e imitar caracteres que não estão presentes no
momento em que as crianças estão brincando (LAMAS, 2017). Essa nova capacidade
desenvolvida nas brincadeiras simbólicas os ajuda na sua aprendizagem, em
particular, conseguem internalizar, entender o mundo ao seu redor e abstrair maior
conhecimento.
Neste sentido, a utilização de jogos, como uma estratégia de ensino
aprendizagem pode contribuir para despertar os interesses dos alunos pelas
atividades escolares e melhorar de forma significativa o desempenho dos mesmos,
facilitando o entendimento.
Segundo Kishimoto (1997 apud RAU 2007, p.36):
O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No
contexto cultural e biológico é uma atividade livre, alegre que
engloba uma significação. É de grade valor social, oferecendo
inúmeras possibilidades educacionais, pois favorece o
desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a
inteligência, contribui para adaptação ao grupo, preparando a
criança para viver em sociedade[...]

Trabalhar a utilização de jogos como instrumento pedagógico se torna muito


instigante para a aprendizagem. O uso dos jogos como instrumentos contribui para
que professores deixem suas aulas mais dinâmicas e assim, as aulas saia da rotina e
a aprendizagem se torne mais espontânea.
Sendo assim, o jogo como atividade lúdica estimula a curiosidade das crianças,
e iniciativa à autoconfiança. Proporcionando aprendizagem, desenvolvimento da
linguagem, do pensamento, da atenção e a concentração.
Ao professor, é importante que ele sempre busque maneiras de ampliar seus
conhecimentos sobre o lúdico e utilize com mais frequência técnicas que envolvam
jogos em suas aulas, proporcionando o desenvolvimento de forma integral de seus
alunos.
Considerando todos os elementos básicos para obter um bom desenvolvimento,
conclui-se que em relação ao que a criança aprende, as mais significativas são a
experiência e a interação social. Com isso, faz-se necessário que o docente conheça e
aproxime de seu aluno, buscando novas metrologias que despertem interesse,
concentração e prazer em aprender.
É notório na realidade das escolas encontrar discursos sobre as diversas
dificuldades na aprendizagem dos alunos. São diversos os motivos que denunciam a
presença desses obstáculos na hora de aprender, entre elas pode ser citado questões
relacionadas a memória, ou seja, compreensão dos acontecimentos e ações ao redor,
a aprendizagem propriamente dita, que requer lembrar-se do que foi aprendido. O
desenvolvimento da memória é essencial para que a aprendizagem seja efetivada.
Memória e aprendizagem se desenvolvem juntos. O modo como avalia-se o
aprendizado do aluno prova o se o mesmo aprendeu tudo o que lhe foi ensinado.
Especialistas em memória nos diz que o homem sobreviveu através do seu processo
de aprendizagem, sem ela não teríamos desenvolvido linguagem, ferramentas,
transporte e tudo o que nos torna sociedade. A memória é o que permite adquirir e
armazenar informações, aprender através de experiências
As crianças, por exemplo, possuem uma diversidade de estímulos à sua
disposição, que podem tanto colaborar, quanto prejudicar a memória e
consequentemente a aprendizagem, todas as informações contidas no ambiente em
que a criança está inserida, pode interferir. Por isso, há a necessidade de ater-se a
esses artifícios de incentivos e utilizá-los a favor de uma aprendizagem significativa e
que contribua para o desenvolvimento cognitivo.
Entre a pluralidade de instrumentos colaborativos para o desenvolvimento da
criança, inclui a utilização do lúdico, dos brinquedos. Esse recurso é essencial, já que
o brincar é algo característico da criança e gera prazer a elas. Treinar a memória, além
de ser relevante para a aprendizagem, garante diversão.
Os jogos e brincadeiras podem proporcionar as crianças, aprender de
diversificada e prazerosa. Por meio do uso de jogos e brincadeiras é possível criar um
processo um processo de interação entre as crianças, podendo assim desenvolver
suas habilidades e ampliar seu intelecto de forma não lhe “obrigar” a aprender, por
acontecer de forma espontânea. Com o auxílio dos jogos criança compreende e passa
a estabelecer regras por si mesmas ou pelo grupo, possibilitando a criança a resolver
conflitos desencadeados no momento do jogo. Permitindo que a criança desenvolva a
sua imaginação para que ela possa sonhar sentir, decidir, se aventurar e agir,
recriando o tempo e o espaço da brincadeira, colocando toda sua imaginação em
ação.
Já que aprender através da brincadeira é bem melhor e significativo para os
pequenos. Pode ser citado aqui alguns exemplos de brinquedos que favorecem a
aprendizagem e estimulam a memória.

1. Jogo da Memória
Este instrumento é bem conhecido. Pode ser associado para o desenvolvimento
também da interatividade, por ser um jogo que pode envolver a participação de outras
pessoas. Pode ser associado o jogo com personagens do gosto da criança, assim
facilitará o interesse;

2. Canções infantis.
A ideia é incentivar a memorizar várias canções infantis para que as cantem
várias vezes ao dia. O objetivo é melhorar a memória auditiva, incorporar
conhecimentos (que se referem a língua, matemática e inclusive idiomas). Mais para
frente, você também pode empregar essa técnica para inventar estrofes com o
conteúdo que as crianças têm que memorizar durante os primeiros anos da escola;

3. Repetição de palavras.
É sabido que as crianças aprendem por repetição. Exatamente isso pode se
tornar uma brincadeira se você incentivar o pequeno a repetir uma frase como um
desafio;

4. Brinquedos com sons e cores.


Esse jogo é bom para estimular a memorização das crianças do som ouvido
após tocar determinada parte do brinquedo ou uma cor específica;

5. Quebra-cabeça.
É uma das brincadeiras que melhoram a memória mais populares entre os
adultos. Você pode começar oferecendo ao pequeno o mais simples e ir aumentando
a dificuldade à medida que vai desenvolvendo novas habilidades analíticas e
estratégicas. Recomenda-se adquirir inicialmente um quebra-cabeças de cores vivas e
com poucas peças com o objetivo de estimular a memória visual;
6. Jogos de perguntas e respostas.
São aqueles que contam com diferentes temas e categorias, e que se tornam
um interessante desafio para a criança.

7. Xadrez.
A idade ideal para ser iniciado nesse jogo espetacular é aos quatro anos. O
primeiro objetivo é que a criança aprenda e lembre as bases do jogo, os movimentos
aceitos das peças, etc. Desse modo, cria-se uma memória prática, em que não
somente se requer a repetição ou aplicação de jogadas previamente aprendidas, mas
também é necessária a criatividade a todo instante.

8. Poesias, trava-línguas e adivinhações.


Essas brincadeiras têm o dom de estimular a memória auditiva na medida em
que nossos filhos retêm todo tipo de informação. Por isso, é possível usar livros
infantis de rimas e poesias ou ensiná-los trava-línguas. Ou seja, esses maravilhosos
jogos de palavras se transformam em uma ferramenta útil para potencializar a
memória infantil. A ideia é que o pai recite em voz alta o trava-línguas para que os
pequenos os repitam.

De que forma o brincar pode ajudar as crianças a desenvolver habilidades para a


vida?
No que se refere ao desenvolvimento de habilidades, o brincar oferece
contribuição em vários aspectos e a falta desta atividade pode ocasionar graves
consequências para o futuro da criança, pois o brincar promove o desenvolvimento da
inteligência, permitindo que criança vivencie experiências e trocas com o meio e com
os outros que promovem a construção do conhecimento e faz valer as suas
características individuais.
Nesse sentido, o brincar inicialmente é o principal meio de estabelecer relações
com o mundo, perceber que é diferente do outro, fazer a própria construção de
indivíduo, pois ela aprende a interagir, a conviver e principalmente brincar, pois é
através da brincadeira que a criança cria sua visão de mundo, desenvolve a
imaginação, e isso tudo lhes dá à possibilidade de ser tornar uma criança organizada,
responsável, equilibrada e principalmente desde pequena ter sua autonomia
desenvolvida,
Diferentes autores como Santos (1997), Almeida (2002), entre outros,
caracterizam o brincar, como uma atividade social e humana e fundamental para o
processo de interação da criança com o meio, sendo imprescindível na construção da
pessoa, pois permite o desenvolvimento de inúmeras potencialidades individuais e
sociais. 
Assim o brincar está estritamente ligado ao fator social, pois é um meio
utilizado pela criança para que ela possa relacionar com o ambiente físico e social no
qual está inserida, despertando assim sua curiosidade e ampliando seus
conhecimentos e habilidades motoras, cognitivas ou linguísticas, além de permitir
expressar as diferentes expressões vivenciadas em seu contexto sociocultural.
O brincar é parte fundamental no desenvolvimento infantil, pois, através das
brincadeiras, a criança começa a estabelecer uma relação com o mundo externo.
Para Gomes e Castro:
À medida que brinca, a criança vai se apropriando de suas
potencialidades, construindo interiormente o seu mundo.
Aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire
iniciativa e autoconfiança, proporcionando seu
desenvolvimento. Por isso o brincar é considerado um dos
meios mais propícios à construção do conhecimento. Ele não
contribui apenas no desenvolvimento cognitivo e psíquico,
como também no nível motor, afetivo e social. (GOMES e
CASTRO, 2010)

No entanto o brincar é muito importante para a criança, já que é através


desse brincar que vai criar seu imaginário, desempenhando papéis, expressando sua
criatividade e sentimentos. E nesse mundo imaginário, nesse brincar, percebe as
questões, não só atitudinais, mas emocionais, psicomotoras e cognitivas.
Almeida (2010) reafirma que “Quando brinca, a criança prepara-se para a vida,
pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e
social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas. ” Assim,
destacamos que quando a criança brinca, parece mais madura, pois entra, mesmo que
de forma simbólica, no mundo adulto que cada vez se abre para que ela lide com as
diversas situações. Vygotsky (1998) diz que “a criança reorganiza suas experiências.
Oferecer oportunidades para a criança brincar é criar espaço para a reconstrução do
conhecimento”. Portanto essa habilidade desenvolvida através do brincar a criança
leva para a vida toda.

PESQUISA COM QUESTIONÁRIOS PARA AS CRIANÇAS DO 3º ANO DO ENSINO


FUNDAMENTAL.
Foi realizada na escola X uma pesquisa de campo de cunho quantitativa
descritiva para levar dados acerca da utilização do brinquedo como instrumento de
ensino-aprendizagem. Foi aplicado um questionário para 10 crianças do 3° ano do
ensino fundamental de forma individual.

TEM ALGUM BRINQUEDO QUE VOCÊ MAIS


GOSTA? QUAIS?
Banco Imobiliário

Fazendinha

Panelinhas

Quebra cabeça

Livro

Memória

Elástico

Boneca/Boneco
0 1 2 3 4 5 6 7
QUAIS OS BRINQUEDOS E JOGOS QUE VOCÊ
GOSTARIA QUE TIVESSE NA SUA
BRINQUEDOTECA DOS SONHOS?

Queimada

Sala com decorações

Lego

Quebra cabeça

Bola

Elástico

Dama

0 1 2 3 4 5 6

Quais os brinquedos e jogos que você gostaria que


tivesse na sua brinquedoteca dos sonhos?
0 1 2 3 4 5 6

Xadrez
Caça palavras
Jogos educativos
Dama silabica
Pega
Carreta de cavalo
Livro
Boneca
Corda
Memória
Jogo da Velha
0 2 4 6 8 10 12

METODOLOGIA
O presente trabalho apoiou-se na pesquisa bibliográfica, utilizando-se de artigos
e periódicos da internet, assim como, de uma pesquisa de campo, através da
aplicação de um questionário contendo perguntas fechadas e abertas, aplicadas em
uma escola de Pedro Afonso para 10 crianças do 3° ano do ensino fundamental de
forma individual e outro para educadores do município do Guaraí. Ambos visaram
colher dados para melhor compreensão da importância do brinquedo e das
intervenções realizadas na brinquedoteca para a aprendizagem e desenvolvimento
das crianças do ciclo do 3 ano do ensino fundamental.
3. PROPOSTO E VIVIDO

 O Estágio Supervisionado V é de suma importância para a formação


acadêmica, pois proporciona ao formando de Pedagogia observar e refletir como está
sendo construída a nova identidade profissional do pedagogo em espaços não
escolares. Pode-se perceber que essa nova identidade está em processo de
construção e que há muitos desafios a serem superados e um deles é de o curso de
Pedagogia oferecer mais suporte para atender a essa nova área de atuação
profissional. Para que esse profissional atenda a esses diferentes espaços educativos
e necessários saberes que envolvam o “saber” e o “saber fazer” nessa prática.
Saberes que entrecruzem teoria e prática, tendo em vista a perspectiva do pedagogo
como cientista da educação (LEITE, 2007).
O trabalho do pedagogo em espaços não escolares trata-se de um novo desafio
para esse profissional, pois está atuando em espaços extraescolares, é um caminho
para encontrar a nova identidade desse profissional. Apesar de ser uma prática um
pouco diferente da educação escolar, não impede que haja planejamentos, didáticas,
metodologias, embasamento teórico em fim competências para assumir uma
pedagogia social. O filósofo e educador José Carlos Libâneo f az várias indagações
sobre o que vem a ser o pedagogo e define:

O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática


educativa, direta ou indireta mente ligadas à organização e aos processos d
e transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista
objetivos de formação humana previamente definido se em sua
contextualização histórica. (LIBÂNEO, 2007, p. 11).

Libâneo ainda aborda o que vem a ser pedagogia, diferenciando o trabalho


pedagógico do trabalho docente, desmitificando que o pedagogo necessariamente
precise trabalhar numa escola, exercendo à docência. Ele reafirma que a escola de
hoje necessita, sim, de bons pedagogos escolares que tenham como premissa a arte
de educar.
A importância de observar a atuação do pedagogo em espaços não escolares
se faz necessário para nossa formação acadêmica, pois sabemos que ser pedagogo
na atual realidade implica na construção de saberes, competências e habilidades que
extrapolam a   profissão docente. Nesse contexto, a pedagogia social (MOURA e
ZUCHETTI, 2006) “apresenta-se como uma possibilidade de realização de práticas
pedagógicas em diferentes espaços sociais”.
         Assim, é necessário a aproximação desses espaços no processo de formação
inicial. Para isto o Estágio Supervisionado V foi realizado no CRAS- Centro de
Referência Assistência Social, Espaço Saúde- FAG, com o intuito de perceber a
atuação e o desenvolvimento do trabalho pedagógico em espaços não escolares.
          O primeiro momento do estágio foi um período de observação que tinha como
objetivo a instituição como um todo (espaço físico, infra -estrutura, funcionamento,
organização administrativa e projetos pedagógicos).

A princípio podemos demarcar seus campos de desenvolvimento: a educação


formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdo previamente
demarcados; a informal como aquela que os indivíduos aprendem durante seu
processo de socialização na família, bairro, clube, amigos etc., carregada de
valores e culturas próprias, de pertencimento e sentimentos herdados; e a
educação não-formal é aquela que se aprende no mundo da vida, via
processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e
ações coletivos cotidianas. GOHN (2016, p.2-3).
O Estágio Supervisionado é uma oportunidade concreta da vivência e exercício
da profissão. Ele prepara os acadêmicos para o mercado de trabalho, fazendo com
que realizem uma atuação transformadora, ajudando no desenvolvimento integral do
aluno.
A teoria apresentada durante as aulas do curso de Pedagogia proporciona ao
estagiário um olhar cientifico da verdadeira realidade presenciada na escola, podendo
assim, compreender a complexa relação que há entre a teoria e a pratica no trabalho
de um docente no Espaços não escolares.
Padilha (2007) explica que quando abordamos a educação não formal:

“... estamos nos referindo a toda e qualquer experiência e ação educacional


que acontece na sociedade, que esteja fora das escolas regulares”. Dessa
maneira, todo processo educativo para além dos muros escolares, que
aconteça de forma intencional, corresponde à educação não formal. Ainda
expõe que: “São geralmente, iniciativas da sociedade civil, institucionais ou
não, com ou sem apoio do Estado, que oferecem cursos voltados para as mais
diversas modalidades educacionais. ” (PADILHA, 2007, p. 90).

Alguns hospitais disponibilizam uma “sala hospitalar” ou uma “brinquedoteca”,


nas quais os pacientes podem buscar, de forma lúdica, o apoio emocional, a
continuidade nos estudos, a recreação, o lazer etc. Cabe ao pedagogo ser o mediador
desse ambiente, oferecendo apoio escolar, bem como atividades prazerosas.
O pedagogo também pode atuar em presídios e instituições correcionais,
porém, os cursos de pedagogia não oferecem formação específica para essa área.
Os educadores sociais das penitenciárias são servidores públicos que prestam
concurso para trabalhar com detentos, assessorando com educação, palestras de
conscientização, aulas (alfabetização de adultos), tutores de EAD, dentre outras
funções. Entretanto, na realidade há poucas vagas para esse mercado de trabalho e
os educadores, muitas das vezes, acabam tendo desvio de função, cumprindo, entre
outras funções, com o papel administrativo dentro da instituição penitenciária.
Pode-se concluir que o pedagogo, diferente do que muitos pensam, possui
outras possibilidades de atuação além da escola. Faz se necessário que este
profissional se imponha no mercado de trabalho e não se deixe diminuir, pois, assim
como outros profissionais, possui uma formação acadêmica que lhe possibilita atuar
em outras áreas que não a área da educação. Cabe a ele ser eficiente, criativo,
demonstrar dinamismo, habilidade de planejamento, monitoramento e avaliação,
dentre outros aspectos. O perfil, como fora descrito acima, é abrangente, tendo como
exigências posturas e atitudes necessárias a qualquer profissional.
De uma forma geral, o perfil do pedagogo está mais consolidado tendo em vista
essa gama de possibilidade de atuação. Como propõe Ceroni (2006)
... o pedagogo precisa assumir um perfil, além daquele de sua formação
específica, de um profissional flexível, com boa comunicação, com om
comprometimento, sabendo administrar conflitos, conseguir trabalhar sobre
pressão (resiliência), ser eficiente e eficaz, ser criativo, demonstrar dinamismo,
habilidade de planejamento, monitoramento e avaliação, dentre outros
aspectos. Ceroni (2006).

O perfil, como fora descrito acima, é abrangente, tendo como exigências


posturas e atitudes necessárias a qualquer profissional. Assim, dentre essas
características postas no próprio perfil do pedagogo, faz-se necessário refletir também
sobre a necessidade que os próprios cursos de Pedagogia têm de se atualizar e
adequar às diretrizes e cargas horárias e às novas exigências do mercado de trabalho.
Ministrar essa disciplina no curso de graduação e m Pedagogia foi de grande valia,
pois os próprios alunos matriculados neste curso não tinham a dimensão do campo de
atuação que o pedagogo pode ter nas diferentes esferas sociais. Desse modo, o
educador, com enfoque n a pedagogia social, pode atuar em diferentes locais, como
fora mencionado aqui (museus, circos, presídios, hospitais, empresas, editoras, etc.),
ampliando os horizontes educacionais, extrapolando o âmbito de atuação
exclusivamente escolar.
Enfim, as características do perfil exposto acima são postas para o pedagogo
atuar tanto em espaços escolares como não escolares, cabendo perfeitamente em
qualquer área de atuação, para que tenhamos em nossa sociedade profissionais de
qualidade, que primem por uma profissão de responsabilidade e compro misso social,
sob uma perspectiva holística, isto é, visando à formação integral dos indivíduos
(física, intelectual, afetiva e social).
O momento de observação é de grande importância para que o estágio seja
desenvolvido de forma eficaz, pois, como dizia (LIBÂNEO, 2007, p.26) ”. É um campo
de conhecimentos sobre a problemática educativa na sua totalidade, pois ninguém
escapa da educação. “
Na instituição do CRAS (CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA
SOCIAL) Avenida dos Girassóis, Centro em Fortaleza do Tabocão –TO, no dia 02 de
setembro, observou-se como é feito o trabalho de um pedagogo neste local, como
projeto de fortalecimento de vínculos ajudou-se na ornamentação do CRAS para o
setembro amarelo, depois ajudou-se na organização da reunião do bolsa família e
participou-se também da reunião. Ajudou-se também na organização da audiência
pública da assistência social que aconteceu na Câmara Municipal, participou-se
também da audiência. Depois com os idosos participou-se do desfile do 7 de
setembro. Participou-se de uma confraternização dos idosos com almoço.
No Espaço Saúde a observação aconteceu no dia 23 a 25 de setembro, sabe-
se que é um espaço importante para o aprendizado de um pedagogo, a brinquedoteca
é um espaço onde o brincar torna-se significativo, e por isso deve-se expor neste
trabalho qual a sua importância para o desenvolvimento da criança, o que este meio
pode proporcionar de novo, de atraente para as crianças, para o seu aprendizado
escolar, que a sala de aula não contempla, compreendendo assim a necessidade de
criação da brinquedoteca em escolas, hospitais, entre outras.
Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições
existentes, e prever as formas alternativas de ação para superar as
dificuldades ou alcançar os objetivos desejados. Portanto, o planejamento é
um processo mental que envolve análise, reflexão e previsão. Nesse sentido,
planejar é uma atividade tipicamente humana, e está presente na vida de
todos os indivíduos, nos mais variados momentos. (HAYDAT, 2015 p.94).

No dia 19 de setembro participou-se de um seminário na Câmara Municipal de


Guaraí-TO sobre Educação Prisional, foi muito interessante o assunto. Onde
conheceu mais uma área que o Pedagogo pode se desenvolver seus conhecimentos.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Gostaria de enfatizar que as principais atividades e laboradas no estágio, que


foram analisar participar, observar a realizações feita pela equipe de não escolar,
serão de todo modo primordial para formação de todo docente. Não é fácil lidar com
estudantes de todas as categorias, ainda mais no mundo de hoje, porém esse é um
mercado que está crescendo cada vez mais, na qual há uns tempos atrás não tinha
muita mão de obra para assumir tai s tarefas.
Enfim, considerou-se o estágio como forma de reflexão crítica para atuação
como profissional, superou todas as expectativas iniciais, pois teve-se receio quanto
poderia contribuir e o quanto contribuiria para a formação, foi um período de
aprendizagem e de desafios, quanto concede as observações.
Nesse sentido, permite-se que tome consciência do que é, do que foi e do que
pode vir, é sentir desafiada a refletir acerca da necessidade de um profissional,
capacitado e comprometido com a educação, para atuar nos espaços não escolares.
Percebeu-se também, que o fazer pedagógico no espaço não escolar está diretamente
relacionado às atividades que envolvem trabalho em equipe, as experiências da vida
de cada um, tanto pessoais, quanto profissionais, acabam determinando seu
desempenho e comportamento dentro das organizações, marcando assim, o olhar que
tem em relação ao espaço não escolar vivenciado.
Aprendeu-se que o pedagogo precisa ter seu foco nos processos educativos,
métodos e maneiras de ensinar.

YASMIM

Analisando as perspectivas de execução do trabalho entre educação formal e


educação não formal, espaço escolar e espaço não escolar, supõem que ambos
sinalizam a importância da cooperação e da complementaridade na busca de uma
educação mais justa e mais democrática. Sabe-se, então, que a educação não formal
está compõe diferentes âmbitos, racionalidades, políticas e pedagógicas em disputa,
exigindo, com isso, educadores capazes e socialmente comprometidos com a reflexão
e ideias emancipatórias.
Entretanto, as possibilidades estão diretamente ligadas às necessidades de
cada local de trabalho. Cabe ao profissional demarcar seu espaço e construir sua
forma de trabalho. É fundamental manter a formação do educador voltada para a
atuação em diferentes contextos culturais e sociais, destacando a formação
generalista desse profissional, ampliando assim sua visão de mundo, pois as
possibilidades de ensino-aprendizagem estão em todas as partes, não sendo
prioridade unicamente do ambiente escolar. Sendo assim, confirma-se a necessidade
do trabalho pedagógico em qualquer espaço em que os objetivos principais sejam a
concretização e argumentação de ideias e a formação humana.
Assim, com a experiência vivenciada no estágio, identifica-se o papel da
educação na reconstituição de profissionais envolvidos com o princípio democrático e
com a aprendizagem dos alunos, deve desenvolver em sua prática a capacidade de
interação e comunicação com os pares, participar ativamente dos grupos de trabalho
ou de discussões na escola e fora dela, objetivando acompanhar a política
educacional e normatizações dos sistemas de ensino; desenvolver capacidades e
habilidades de liderança; compreender os processos envolvidos nas inovações
organizativas, pedagógicas e curriculares.
Contudo o espaço não escolar deve estar aberto às novas aprendizagens como
a de tomar decisões sobre os problemas da organização e prática na sala de aula e
fora dela, dentre outras; conhecer, informar-se e dominar o conteúdo das discussões
para ser um participante atuante e crítico; dominar métodos e procedimentos de
pesquisa, bem como, as modalidades e instrumentos de avaliação do sistema de
ensino, da organização e da aprendizagem; elaborar plano, com metas e ações
educativas e sociais.

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VYGOTSKY, L. S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar.


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ANEXOS
ANEXOS - QUADRO DE CONCEITOS
PALAVRA- CHAVES CONCEITO DO CONCEITO NA CONCEITO
DICIONÁRIO LITERATURA PRÓPRIO
ESPECIFICA

Brinquedoteca Coleção de brinquedos E um ambiente Nesse sentido


e de variados jogos para  a
colocada numa sala ou estimular a brinquedoteca
num espaço específico criatividade, e e um espaço
para fazer com que a deve ser que se
criança seja estimulada preparado de destina à
a brincar. A sala ou forma criativa, com ludicidade ao
local onde se localiza espaços que prazer, às
essa coleção. incentivem a emoções, às
brincadeira de "faz vivências
de conta", a corporais que
dramatização, a ajudam no
construção, a desenvolvime
solução de nto da
problemas, e a imaginação,
sociabilização. da criatividade
CUNHA, 2010) da autoestima
da criança.
Brincar Divertir-se, folgar: as De acordo com É evidente
crianças gostam de LIMA (2010), o que o brincar
brincar. brincar é um ato é essencial
tão espontâneo e para uma
natural para a criança, uma
criança quanto vez que ela
comer, dormir, interage com
andar ou falar outras
crianças, viaja
no mundo de
sua
imaginação
ajudando no
desenvolve
físico e
mental.
Brinquedo Objeto destinado a Dessa forma O uso do
divertir uma criança. brinquedo e Brinquedo a
brincadeira criança se
relacionam-se com envolve,
a criança e não se emocionalment
e, interagindo
confunde com jogo
de forma viva e
(KISHIMOTO, real
2010).
QUADRO BIBLIOGRÁFICO

TEMA AUTOR FONTE CITAÇÃO VISÃO DO


ALUNO
A importância Vera Oliveira “O brincar e O brincar, por E Importante
do brincar para de Barros a criança do ser uma considerar
a aprendizagem nascimento atividade livre que o brincar
cognitiva e para aos seis que não inibe a e um recurso
a vida. anos.” fantasia, pedagógico e
(2000, p. 19) favorece o um meio
fortalecimento eficaz para
da autonomia estimular para
da criança e as
contribui para a aprendizagens
não formação e específicas
até quebra de dos alunos.
estruturas
defensivas.
Oliveira (2000,
p. 19).
PIAGET, J. A formação A criança pode Acredito que
do símbolo representar as todas as
na criança. ações e objetos situações de
(PIAGET, através de aprendizado
1978, p. 58) símbolos. Não que são
necessita de interpretadas
agir pelas crianças
imediatamente. existe algo
Ela exerce a relacionado do
função qual pode tirar
simbólica ao experiências.
falar, ao brincar
ao faz de conta,
ao desenhar.
(PIAGET, 1978,
p. 58)
ANEXOS”B” FICHAS

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