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CASTANHAL
2023
FERNANDA EVELLYN FERREIRA DA SILVA
CASTANHAL
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. CONDIÇÕES DE ESTÁGIO
3. O LOCAL DO ESTÁGIO
4. DESENVOLVIMENTOS DAS ATIVIDADES
4.1. OBSERVAÇÃO
4.2. ESTÁGIO DE DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXO
1 INTRODUÇÃO
Preparo que não se esgota nos cursos de formação, mas para o qual o curso pode ter
uma contribuição específica enquanto conhecimento sistemático da realidade do
ensino-aprendizagem na sociedade historicamente situada, enquanto possibilidade
de antever a realidade que se quer (estabelecimento de finalidades, direção de
sentido), enquanto identificação e criação das condições técnico-instrumentais
propiciadoras da efetivação da realidade que se quer. (PIMENTA, 2006, p. 105).
2 CONDIÇÕES DE ESTÁGIO
Com relação às condições de estágio, elas foram bastante satisfatórias desde a entrega
do ofício até os momentos de entrevistas e de observação. Eu escolhi essa escola, pois já
estagiava nela há mais de um ano e meio. Dessa forma, a coordenação e a professora regente
da turma foram bastante receptivos em aceitar que eu realizasse e relatasse o que vivenciei
durante o meu período de estágio na instituição.
Por isso, foi de suma importância que eu, ao desenvolver as atividades na escola em
questão, tivesse postura e habilidades de uma pesquisadora para que eu pudesse analisar,
compreender e problematizar as situações que eu observei e vivenciei durante esse período.
3 LOCAL DO ESTÁGIO
O estágio foi desenvolvido no Colégio Physics Castanhal, o qual faz parte de uma rede
de ensino que está localizada em outros municípios, essa unidade foi inaugurada no dia 17 de
janeiro de 2022, no município de Castanhal, no estado do Pará. A escola está legalizada para
atender aos alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental Anos Iniciais e Anos Finais,
do Ensino Médio e do Pré-vestibular. Na figura 1, temos uma imagem da fachada da escola.
Figura 1 - Fachada do Colégio Physics Castanhal
4.1 OBSERVAÇÃO
O estágio em sala de aula ocorreu durante o ano de 2023, de janeiro até outubro, na
turma de Pré I que conta com a presença de 13 alunos, sendo importante destacar que três
deles possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), sob a regência da professora, que é
recém-formada em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Paulista (UNIP).
É importante destacar que durante muito tempo, a educação infantil foi vista apenas de
maneira assistencialista, como se a professora fosse apenas uma cuidadora daqueles alunos.
Contudo, a BNCC diz que os campos que regem a educação infantil são as interações e as
brincadeiras e que assim, deve haver um vínculo entre o cuidar e o educar.
Dessa forma, as atividades da graduanda envolviam os vínculos entre cuidar e educar
pautados pela BNCC, sendo eles: auxílio no preenchimento da agenda, na organização da
sala, na higiene pessoal, na organização do momento do lanche e no desenvolvimento das
aulas, tanto da professora regente quanto dos professores especialistas. Contudo, a minha
função primordial em sala era ser mediadora de um dos alunos com TEA, tendo que auxiliar
ele nas atividades da sala de aula e no desenvolvimento e aquisição de novas habilidades.
Quando abordamos a questão da rotina em sala de aula, é possível destacarmos que as
crianças só conseguem ter uma noção da primeira coisa que irão fazer no decorrer do dia:
preencher a agenda e participar da acolhida com brinquedo de sala. Mas, enquanto a manhã
vai passando, nota-se a ansiedade das crianças em querer saber os próximos passos do dia, se
irão ao parque ou não, se irão ter atividades fora de sala, se terão aula de inglês ou de
educação física.
Por ser uma turma de educação infantil é comum presenciarmos inúmeros conflitos, os
quais muitas vezes são causados pois as crianças ainda estão em desenvolvimento e não
possuem diversas habilidades de regulação das emoções. Mas é importante destacar que
também ocorrem birras.
A turma vem passando por um momento de agressão de um dos alunos, o qual muitas
vezes vai em direção aos colegas, pois sabe que vai irritá-los, porém é perceptível que essa
criança busca uma atenção que não possui em casa, tendo em vista que os pais viajam muito.
Quando tiramos essa criança do conflito e a levamos para conversar, ela muda totalmente o
seu comportamento, pede desculpas e não repete mais aqueles atos no dia em questão.
Contudo, durante o meu período de observação consegui analisar várias vezes a professora
tendo uma postura equivocada para resolver os conflitos, como pedir pra ignorarem o aluno
causador ou simplesmente excluí-lo das atividades em sala naquele dia.
Além disso, a questão da inclusão deveria ser uma realidade em sala de aula, porém é
notável que a professora busca priorizar o aprendizado e desenvolvimento de uma das
crianças por ela ser “mais fácil de lidar” e com isso, ela direciona a mediadora da criança
“mais difícil de lidar” para outras funções, com a desculpa de que a criança está atrapalhando
o desenvolvimento da aula e dos outros alunos.
É neste contexto que se entende a importância da atuação do pedagogo na educação
infantil, a partir da garantia de mediação do desenvolvimento cognitivo, corporal, afetivo, ao
aprimorar as habilidades e competências, tais como coordenação motora fina e grossa,
inteligência emocional, autonomia e afetividade, e como a falta de preparação adequada para
isso prejudica as crianças.
Segundo Linhares e Macedo (2014) é essencial:
Uma formação que dê as bases para que o docente identifique que
necessita construir um emocional equilibrado, a fim de que possa
ensinar boas ações e formas éticas para que a criança aprenda sob a
ótica de uma concepção de educação libertadora, que se educa para a
vida, do individual para o coletivo e vice versa (LINHARES;
MACEDO. 2014, p. 3).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS