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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Ana Caroline Guimarães


Civa Guimarães
Luciana Lessa
Rosana Aparecida Ribeiro
Tuane Medeiros

Proposta didática voltada para as brincadeiras e socialização das


crianças

Apresentação do Projeto Integrador - vídeo:


https://youtu.be/AOrSeGRtCgc

Bananal - SP
2019
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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Observando e entendendo o desenvolvimento dos campos de


experiências do brincar não estruturado na natureza

Relatório Técnico - Cientifico apresentado na


disciplina de Projeto Integrador para o curso de
Licenciatura em Pedagogia da Fundação
Universidade Virtual do Estado de São Paulo
(UNIVESP).

Tutor: Priscila Aparecida Casciatori Frassatto

Bananal - SP
2019
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GUIMARÃES, Ana Caroline; GUIMARÃES, Civa; LESSA, Luciana; Ribeiro, Rosana;


MEDEIROS, Tuane. Proposta didática voltada para as brincadeiras e
socialização das crianças. Relatório Técnico-Científico Licenciatura em Pedagogia
– Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Priscila Aparecida
Casciatori Frassatto. Bananal, 2019.

RESUMO

Este projeto tem a finalidade de abordar o tema “Proposta didática voltada para as
brincadeiras e socialização das crianças”. As atividades lúdicas que acontecem no
ambiente escolar promovem as relações sociais entre as crianças, criam vínculos de
afetividade e amizade, é extremamente importante no momento de adaptação
escolar, torna-se uma ferramenta importante na mediação do conhecimento,
estimulando a criança a desenvolver a imaginação, competência cognitiva,
favorecendo a autoestima. O jogar e brincar, nesta fase, enriquece o trabalho
interdisciplinar, criando oportunidade de aprendizado significativo para as crianças
de forma prazerosa e dinâmica. A metodologia utilizada foi qualitativa. Pode-se
observar o entusiasmo da turma em participar, cumprir as tarefas, ajudar os colegas
a realizar e acertar. Sempre com a alegria e a criatividade peculiar das crianças.
Chega-se à conclusão que a fase do brincar nas escolas de educação infantil é
primordial na formação dos conceitos e valores. É neste período que a criança
começa a construir um ser social em um ambiente fora do contexto familiar.

PALAVRAS-CHAVE: Brincadeiras; Aprendizagem; Crianças,Jogar.


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GUIMARÃES, Ana Caroline; GUIMARÃES, Civa; LESSA, Luciana; Ribeiro, Rosana;


MEDEIROS, Tuane. Didactic proposal focused on children's play and
socialization. Technical-Scientific Report (Licenciatura em Pedagogia) –
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Priscila Aparecida Casciatori
Frassatto. Bananal, 2019.

ABSTRACT

This project has the purpose of addressing the theme “Didactic proposal focused on
children's play and socialization”. The playful activities that take place in the school
environment promote social relations between children, create bonds of affection and
friendship, is extremely important at the time of school adaptation, becomes an
important tool in mediating knowledge, stimulating the child to develop imagination,
cognitive competence, favoring self-esteem. Playing and playing at this stage
enriches interdisciplinary work, creating meaningful learning opportunities for children
in a pleasurable and dynamic way. The methodology used was qualitative. One can
observe the group's enthusiasm to participate, accomplish tasks, help colleagues
accomplish and get it right. Always with the joy and creativity peculiar to children. We
have come to the conclusion that the phase of play in early childhood schools is
paramount in the formation of concepts and values. It is during this period that the
child begins to build a social being in an environment outside the family context.

KEYWORDS: Play; Learning; Children, Play.


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1–ESCOLA MUNICIPAL EMEIF PROF. ZENÓBIA DE PAULA FERREIRA ............21


FIGURA 2 – BAMBOLÊS COLORIDOS E QUADRADOS DE EVA COLORIDOS ................... 22
FIGURA 3 – ÁREAS NA ESCOLA PARA AS BRICADEIRAS ............................................. 24
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................7
1.1 Problema e objetivos.............................................................................................. 9
1.2. Justificativa............................................................................................................9
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................10
2.1. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador................................20
3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS...........................................................21
4. ANÁLISES E DISCUSSÕES DE RESULTADOS..................................................25
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................27
6. REFERÊNCIAS......................................................................................................28
7. APÊNDICE.............................................................................................................31
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1. INTRODUÇÃO

A creche e a pré-escola que antigamente eram vistas como lugares de


depósito de crianças, apenas para essas serem tratadas fisicamente enquanto suas
mães trabalhavam, atualmente, modificou os seus métodos, e é um espaço
dedicado para o bem-estar e desenvolvimento infantil. Neste local são promovidas a
aprendizagem e a interação entre as crianças. Para que esta proposta seja realizada
da melhor forma possível, é preciso que os educadores estejam bem preparados
com metodologias atualizadas, uma vez que, estão trabalhando com crianças e, no
cenário da educação infantil, a principal forma de aprendizagem ocorre por meio de
brincadeiras, músicas e jogos. Segundo Vygotsky (1991), a brincadeira é entendida
como atividade social da criança, cuja natureza e origem específicas são elementos
essenciais para a construção de sua personalidade e compreensão da realidade na
qual se insere.
A atividade de brincar é uma insinuação criativa e recreativa de caráter
físico e mental que se desenvolve com facilidade, onde o final nem sempre pode ser
previsto, já que o objetivo da criança é a prática da atividade em si, isto é, algo ainda
visto apenas como uma característica da infância. Entretanto, esse processo traz
diversas vantagens para a sua construção, proporcionando a capacitação de uma
série de conhecimentos que irão contribuir para o seu desenvolvimento futuro.
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades
intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa. Dar valor
ao lúdico durante os processos de ensino significa considerá-lo na perspectiva das
crianças, sendo vivido na sala de aula como algo espontâneo, permitindo-lhes
imaginar, fantasiar, realizar desejos e viver como crianças de verdade.
As brincadeiras e atividades lúdicas que ocorrem no ambiente escolar
facilitam as relações sociais entre as crianças, criam vínculos de afeto e amizade, o
que é muito importante no momento de adaptação escolar. Pode-se destacar a
necessidade de garantir aos alunos o direito à infância, assegurando uma educação
que ocorra em ambiente adequado, resguardando ainda as grandezas do cuidar e
educar, onde o lúdico torna-se uma ferramenta importante na mediação do
conhecimento, estimulando a criança a desenvolver a imaginação, competência
cognitiva, favorecendo a autoestima. O jogar e brincar, nesta fase, enriquece o
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trabalho interdisciplinar, criando oportunidade de aprendizado significativo para as


crianças de forma prazerosa e dinâmica (ANDRADE; SOUSA, 2011).
Neste contexto, o presente projeto tem relevância para a atualidade, pois
promove a reflexão sobre a importância do brincar para o desenvolvimento cognitivo
da criança. O trabalho foi realizado na escola municipal EMEIF Prof. Zenóbia de
Paula Ferreira, com a turma de Pré II, na cidade de Bananal, estado de São Paulo.
Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, com entrevistas e pesquisa de
campo. O presente trabalho focou na construção de uma proposta didática
relacionada às teorias de aprendizagem que priorize o estímulo das crianças, nos
sentidos sensoriais e afetivos.
Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi apresentar uma
proposta didática voltada para as brincadeiras e socialização das crianças, que são
competências exploradas na Educação Infantil, tendo como pilares os campos de
experiência da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o brincar na natureza e o
brincar de forma não estruturada. Neste trabalho foi desenvolvida uma brincadeira
que consiste em separar a turma em times, após é distribuído bambolês, para que
as crianças construam um caminho no chão, e quadrados EVA (Etil, Vinil e Acetato)
que as crianças distribuírem dentro dos bambolês. Após colocar as crianças em fila,
cada criança avança no caminho dos bambolês e a criança escolhe um e este tem
perguntas simples sobre o espaço onde está acontecendo a brincadeira. A criança
deve seguir a tarefa para que o próximo da fila possa avançar e pegar a plaquinha.
Ninguém ganha ou perde, o objetivo é o envolvimento da criança com o ambiente da
natureza onde acontece a brincadeira. As colaborações com as perguntas são para
todos. Espera-se que, mesmo sem muita estrutura, as crianças possam interagir e
brincar livremente, pensando e refletindo sobre essa relação com o meio ambiente.
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1.1 Problema e objetivos

Este projeto integrador tem como objetivo refletir sobre as contribuições


das brincadeiras no processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
Analisar as razões que se fazem necessários brinquedos, brincadeiras e jogos no
cotidiano das crianças na educação infantil, além de utilizar a brincadeira como um
recurso escolar é aproveitar uma motivação própria das crianças para tornar a
aprendizagem mais atraente.
Entretanto, a escola encontra dificuldades que impedem a utilização do
recurso da brincadeira como um facilitador para a aprendizagem, foram encontradas
áreas malcuidadas, espaço pequeno e inadequado para o número de crianças
gerando problemas logísticos de horário.

1.2 Justificativa

Na Educação Infantil, as atividades lúdicas ocupam um papel ativo no


desenvolvimento cognitivo, pessoal e social das crianças. A partir desses
instrumentos pedagógicos criam-se condições para que a criança possa, dentro de
um ambiente seguro, conhecer o próprio corpo e construir uma imagem corporal que
consista em comunicar-se por meio dos gestos e movimentos aos quais atribui um
significado. O desenvolvimento motor envolve a afetividade e a relação com o
ambiente e com as pessoas ao redor.
É com esse objetivo que jogos, brincadeiras e demais atividades
sugeridas dão grande importância à motricidade e a todos os aspectos relacionados
ao deslocamento e ao movimento do corpo, como a organização espaço-temporal, a
importância dessa relação espaço-tempo, o uso de uma ordem que caminhe da
esquerda para a direita, além das percepções auditivas e visuais. Esses elementos
fornecem também para a criança a capacidade de reconhecer formas, tamanhos e
números, compreender ordens sequenciais e associar formas a sons.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Soares (2010), desde a Grécia Antiga, é incentivada a


aprendizagem por meio de brincadeiras e jogos, por considerarem importante a
atividade lúdica no processo de formação da criança. Os jogos contribuíram
notadamente com aspectos formativos do ser humano, principalmente, a educação
infantil. Os objetivos dos jogos eram, além do desenvolvimento corporal, o
crescimento moral, auxiliando assim na formação da criança e do jovem. A partir do
século XVIII, ganharam força as ideias sobre a importância do lúdico na educação.
De acordo com Costa (2001), a médica psiquiatra e pedagoga Maria
Montessori desenvolveu, entre os anos de 1907-1952, recursos e métodos
pedagógicos que buscavam atender aos princípios da Escola Nova, primeira
proposta para educação infantil, que tinha como ideal educar para a liberdade.
Muitos desses recursos atualmente têm sido trabalhados dentro do ambiente
escolar, materiais concretos, o lúdico, jogos e brincadeiras, o Material Dourado,
números e letras de lixa, de compensado, alfabeto móvel e muitos outros. Um
conhecimento estudado e pesquisado por ela que transmite fontes e saberes de
suma importância para o docente trabalhar em sala de aula e faz parte de todo o
contexto educacional. (LEAL, 2017)
No método estabelecido por Montessori, o ambiente é disposto
especialmente para as crianças, o professor trabalha com cada uma em particular,
proporcionando a ajuda necessária quando é requerida. A partir de observações
sobre o caminhar das crianças, Montessori criou o método lúdico da “Linha ou aula
rítmica” por meio da qual é trabalhada a consciência da criança em sua realidade,
segundo a pedagoga. É constituída por cinco fases: 1) atenção busca chamar a
atenção das crianças; 2) concentração sem esforço, andar na linha naturalmente; 3)
concentração com esforço, movimento mais forte da linha e trabalha o domínio dos
menores gestos e o cuidado com seu corpo e o do outro (o colega); 4)
desconcentração, momento em que a criança se expande, usa a criatividade e a
espontaneidade; 5) relaxamento, momento em que as crianças são convidadas a
ficarem em silêncio, concentradas (COSTA, 2001).
A partir da segunda metade do século XIX, o quadro das instituições
destinadas à primeira infância era formado basicamente da creche e do jardim de
infância ao lado de outras modalidades educacionais, que foram absorvidas como
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modelos em diferentes países. No Brasil, por exemplo, a creche foi criada


exclusivamente com caráter assistencialista, o que diferenciou essa instituição das
demais criadas nos países europeus e norte-americanos, que tinham nos seus
objetivos o caráter pedagógico. Essas diferenças exigem que seja analisada na sua
especificidade, para que se possa compreender a trajetória desse nível de ensino no
caso brasileiro e na relação que estabelece com o contexto universal (PASCHOAL;
MACHADO, 2009).
Pensar sobre o brincar é algo natural em todos os ciclos e etapas da vida
do ser humano. É uma ação natural e necessária para o pleno desenvolvimento da
criança em sua vida escolar e pessoal. Para se chegar à situação atual, levou-se
muito tempo de estudos, de registros e melhoramentos nas leis que amparam as
crianças e nas diretrizes que regem a educação infantil e básica. São esses
caminhos que na história do brincar foram ganhando novas formas, conceitos e
modificações necessárias para as melhorias contínuas dentro do ambiente social e
cognitivo.
De acordo com Sant’anna e Nascimento (2011), as teorias de Vygotsky
afirmam que o ser humano se desenvolve a partir do aprendizado, através de
contato direto ou indireto com outros seres humanos e que o jogo cria na criança
uma zona de desenvolvimento proximal (ZDP), e que ao vencer desafios, ela chega
à zona de desenvolvimento real (ZDR) que é a capacidade de realizar tarefas de
forma independente.
Sant’anna e Nascimento (2011) também destacam a importância do
brincar no desenvolvimento da criança, pois, para eles, é necessário para a
motivação, autoestima e até mesmo para desempenho da criança na escola, essa
função é favorecida quando bem trabalhada, logo no período da Infância, pois
favorece aspectos cognitivos, afetivos e sociais.
O brincar estimulou novas maneiras de lazer e prazer entre as pessoas na
sociedade, cada qual com sua forma de vivenciar, com maneiras diferentes, culturas
e recursos que existiam em cada época.
Por interferência da escola, buscou-se atribuir a um período da etapa
infantil um novo termo: alunos. A partir de então, ser ou não escolarizado passou a
ser regra de inserção na sociedade. Era dever do Estado prover escolas e criar
condições de acesso e permanência das crianças nelas. Foram produzidos
diferentes identificadores para a criança: ser obediente, comportada, frequentar
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escolas, ser bom filho e bom aluno. Um aspecto relevante era a pobreza da
população e o emprego do trabalho infantil, o que resultava na frequência irregular a
escola (VEIGA, 2007).
A partir do advento da modernidade, foram geradas dinâmicas sociais e
culturais que culminaram em uma crescente preocupação com a educação e um
maior interesse médico em preservar a saúde da criança. A confluência dessas
atitudes levou ao desenvolvimento de uma racionalidade, especialmente no período
do crescimento, que levaram a intervenções mais específicas e eficazes
(FERREIRA; GONDRA, 2007).
A escola é um amplo espaço para a socialização, é neste espaço que o
aluno sai de sua zona de conforto e começa a se relacionar com pessoas diferentes,
culturas diversificadas e a partir daí acontece o choque cultural, porém essas
relações devem abranger o sentido mais amplo da questão, ou seja, respeitar e
entender as diferenças.
Para Maranhe e Moraes (2009), a educação centrada apenas no respeito
e boa convivência com o semelhante a nós mesmos, ou seja, centrada na
“identidade”, soa cada vez mais estranha num mundo em que nosso próximo é cada
vez mais diferente de nós. O mundo de hoje exige que cada vez mais as pessoas,
consigam se relacionar com as outras respeitando seus princípios e valores, não
cabendo nesse diálogo, qualquer forma de discriminação. Os autores apontam o
brincar como um dos instrumentos de grande relevância para o processo físico,
cognitivo e social do ser humano na história da civilização, pois sempre existiu e não
se tem uma data correta para dizer quando e como começou, mas muitos estudos
mostram que o brincar faz parte de toda história de vida de qualquer indivíduo.
O brincar é muito importante para a criança, pois permite que ela se sinta
segura, confiante, ela faz do brincar o seu mundo imaginário. É tão importante para
a criança quanto o estudar, o comer e o conviver com a família, torna o ambiente
alegre e mais propício para a aprendizagem e formação do indivíduo.
As explicações sobre o brincar vão muito além de um simples conceito
lúdico, há uma interligação com o pensamento, organismo e comportamento da
criança em sua etapa de crescimento. De fato, o brincar não pode ser mero
resultado de algo imaginado ou inventado pela criança, mas pela lógica está
compondo uma notável vontade de a criança se desenvolver com alegria, participar
e interagir, o que poderá aguçar sua inteligência e seu estilo de vida.
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Segundo Borba (2007) a criança quando brinca está aprendendo alguma


coisa, não é algo utópico e nem menos importante, pois a dimensão do brincar na
vida da criança tem um significado de aprendizagem, relevante para seu
desenvolvimento, para seu corpo (físico), para seu cognitivo (pensamento) e ainda
para seu processo de conhecimento que favorecem a autonomia e a identidade
nessa etapa da infância.
O brinquedo é entendido como objeto de suporte da brincadeira, uma
vez que, através da inter-relação da criança como o mesmo é criado um vínculo de
afinidade simbólica, “o faz de conta”, sem que haja uma cobrança de regras
definidas no seu desenvolvimento quanto ao uso.
Para Vygotsky (2007, p.113), “é no brinquedo que a criança aprende a
agir numa esfera cognitiva, em vez de uma esfera visual externa, dependendo das
motivações e tendências internas”. Ainda de acordo com o autor, antes de aprender
a falar e escrever, a criança sabe como fazer coisas, sem perceber que sabe. No
brinquedo, ela usa sua capacidade de separar significado do objeto, fala em prosa,
mesmo sem prestar atenção às palavras que diz, ou seja, através do brinquedo, a
criança começa a dominar funções como conceitos, objetos e palavras que entende
e começa a desenvolvê-los.
De fato, o brincar não é apenas um conjunto de instrumentos que podem
ser manuseados, mas de práticas e ações que vão ao encontro do processo de
aprendizagem da criança, logo quando sua identidade está sendo formada, pois o
brincar pode se figurar em qualquer objeto, em qualquer forma, estilo, cultura,
valores e etnias que estão cada vez mais presentes no cotidiano pedagógico e
escolar (KISHIMOTO, 1995).
O planejamento de atividades lúdicas e o acompanhamento do brincar
cabem ao educador, para que toda criança consiga se desenvolver, objetivo este
que tem inicialmente a educação infantil, durante a qual o brincar deve ser parte
integrante do planejamento pedagógico, para poder proporcionar o crescimento da
criança no ambiente escolar.
No entendimento de Santos:

Brincar é experimentar-se, relacionar-se, imaginar-se, expressar-se,


compreender-se, confrontar-se, é negociar, e se transformar, é de extrema
importância no desenvolvimento e aprendizagem (pois facilita a construção
da reflexão, da autonomia e da criatividade) na educação infantil. E como
sabemos as mudanças da sociedade e das práticas sociais atualmente
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andam extinguindo o brincar da vida do homem e tais mudanças foram


incorporadas à infância, antes brincar era uma coisa típica que hoje é rara, é
nossa responsabilidade, enquanto adultos e enquanto sociedade não deixar
que o brincar desapareça. Para isso temos que elaborar a organização de
tempo e espaços para a brincadeira, pois se não o fizermos a criança não o
fará sozinha, temos que colocar a brincadeira na rotina das crianças na
escola (no planejamento), organizar o ambiente para que a brincadeira
aconteça, brincadeira é o processo de educação da criança e temos que
reconhecer o brincar em toda a sua possibilidade e o seu potencial
educativo. É necessário que os educadores infantis realizem um vasto
trabalho para informar à sociedade que o “brincar” não é uma perda de
tempo, mas um processo pelo qual a criança deve passar (2013, p.01)

Sendo assim, é papel do professor de educação infantil estruturar, intervir,


favorecer o brincar da criança na escola. A brincadeira é uma ação educativa para a
infância, e o professor precisa se conscientizar e passar a propiciar a brincadeira
todos os dias, em formatos diversificados, podendo ser aplicada de forma livre ou
dirigida.
O brincar faz parte do contexto social e pedagógico do educando, as
oportunidades que são oferecidas no brincar tornam a criança mais interativa, mais
questionadora e não se limita ao processo de aprendizagem, já que o brincar
favorece a autonomia e a identidade do mesmo.
O brinquedo é um objeto que faz parte da história da humanidade e,
desde a antiguidade é desenvolvido por uma variedade de materiais, como a
madeira, o vidro a pedra, até os mais modernos como o plástico e, posteriormente,
os eletrônicos. De acordo com Santos (2013), o brinquedo não é apenas um
instrumento evidente para a criança, pois tem valor, sentimentos, emoções e
comportamentos que podem ser vistos quando a criança está brincando. O
brinquedo favorece a autonomia, acentua o cognitivo e a imaginação, como também
propicia momentos de alegria e prazer. Em uma ampla variedade de brinquedos
mais modernos, a sua evolução é vista como um recurso pedagógico, podendo o
professor trabalhar com esse instrumento de modo que possa favorecer o estímulo
da criança em sala de aula, e tornar o ambiente mais prazeroso para o
desenvolvimento da autonomia e formação desse indivíduo. (LEAL, 2017).
De acordo com Moraes et al. (2014), Piaget (1998) as brincadeiras se
modificam de acordo com a idade da criança. A partir das brincadeiras, a criança
recria o real, mas, precisam existir regras a serem desempenhadas de acordo com a
idade. Segundo Andrade e Sousa (2011), os jogos e brincadeiras superam as
atividades como treinamento, que durante muito tempo serviram para memorização
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e aprendizado. O professor precisa estar atento ao desenvolvimento cognitivo da


criança, valorizar a infância e a criatividade, e para isso, deve lançar mão de
brincadeiras e jogos para ensinar. “As brincadeiras sempre fizeram e farão parte das
crianças. Sendo assim, usar o lúdico para educar impulsiona um crescimento
saudável e transformador” (ANDRADE; SOUSA, 2011, p. 94).
O desenvolvimento físico/motor deve ser estimulado durante a infância e
no ambiente escolar o educador precisa ter consciência de que por meio de
atividades lúdicas as crianças adquirem mobilidade corporal, orientando-se pelo
próprio corpo. Atividades como pular corda, andar sobre uma linha no chão, pular
com um só pé, deixam os alunos felizes e auxiliam no seu desenvolvimento motor
(ANDRADE; SOUSA, 2011).
Segundo Kishimoto (1995), brincadeira é a ação que a criança
desempenha enquanto joga, enquanto faz de conta, é o lúdico em ação. “A
brincadeira contribui para o desenvolvimento e para a construção do conhecimento
infantil” (KISHIMOTO, 1995, p. 111).
Na etapa infantil, através de todo o processo de desenvolvimento com as
brincadeiras, jogos e brinquedos o indivíduo irá concretizar a sua criatividade e
identidade. Quando a criança chega à escola é iniciada uma sondagem pelos
professores, por meio de um trabalho de observação dos alunos, para conhecê-los
melhor. É somente a partir de um trabalho pedagógico planejado e organizado que o
professor conseguirá fazer uma avaliação contínua, para estabelecer tipos de
atividades adequadas às idades, conforme série e turma, bem como adaptações de
jogos e brincadeiras importantes para o desenvolvimento do educando (TEIXEIRA,
2017).
Considera-se que a utilização de jogos e brincadeiras não pode ser
definida apenas como um ato, mas como ação e prática educativas, desenvolvidas
para que os alunos alcancem sentido, essas ações são importantes ferramentas que
podem enriquecer o processo de desenvolvimento físico, cognitivo, emocional, assim
como a criatividade, a autonomia e a formação da criança (ANDRADE; SOUSA,
2011).
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem o objetivo de nortear os
currículos e propostas pedagógicas de todas as escolas brasileiras, da educação
infantil ao ensino médio, pode-se destacar que uma qualidade respeitável da BNCC
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é conferir à brincadeira um papel crucial na educação infantil, como já preconizara


as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI).
É direito da criança conforme a BNCC, “brincar cotidianamente de
diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros
(crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais,
seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências
emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais” (p.
36).
Esse direito deve ser assegurado à criança da educação infantil nas
creches e pré-escolas brasileiras através da proposição de “campos de
experiências”, isto é, uma forma de organização curricular que também já estava
indicada nas DCNEI e que “acolhe as situações e as experiências concretas da vida
cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que
fazem parte do patrimônio cultural. ” (p. 38).
Acredita-se que, assim, os bebês (crianças de 0 a 1 ano e 6 meses),
crianças bem pequenas (de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e crianças
pequenas (de 4 anos a 5 anos e 11 meses) contarão com as condições
necessárias para que “aprendam em situações nas quais possam
desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar
desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam
construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural. ” (p.35).
Baseada nos princípios de interação e brincadeira, a organização
curricular da BNCC está estruturada em cinco campos de experiências, nos quais se
delibera os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento: (1) o eu, o outro e o nós;
(2) corpo, gestos e movimentos; (3) traços, sons, cores e formas; (4) escuta, fala,
pensamento e imaginação; e (5) espaços, tempos, quantidades, relações e
transformações. Esses campos abrigam as situações e as experiências reais da vida
cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que
fazem parte do patrimônio cultural.

O eu, o outro e o nós:


É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão
constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem
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outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme
vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na
coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros,
diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres individuais e
sociais. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados
pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de
reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na Educação Infantil,
é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros
grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e
rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. Nessas
experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro,
valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos
constituem como seres humanos.

Corpo, gestos e movimentos:


Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou
intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o
mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se,
brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social
e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por
meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras
de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo,
emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e funções
de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas potencialidades e
seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro
e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação Infantil, o corpo das
crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas
pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não
para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover oportunidades ricas
para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação
com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos,
olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e
uso do espaço com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, engatinhar,
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escorregar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar,


equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.).

Traços, sons, cores e formas


Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas,
locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por
meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e
linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a
música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas
experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias
produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com
sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos,
modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas
experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam
senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade
que as cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das
crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação
artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e
da expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem,
permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar
repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas.

Escuta, fala, pensamento e imaginação


Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas
cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de
interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o
sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação
do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo seu
vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da
língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação.
Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças
possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na
escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas
elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas
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linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente


a um grupo social. Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à
cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos
textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo
sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita,
dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura
escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam
transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador,
mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto
pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo.
Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a
familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre
ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de
manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão
construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e
garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não
convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de
representação da língua.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações


As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes
dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais e socioculturais.
Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro,
cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã etc.). Demonstram também
curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os
animais, as plantas, as transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais
e as possibilidades de sua manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as relações
de parentesco e sociais entre as pessoas que conhece; como vivem e em que
trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus costumes; a diversidade
entre elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas outras, as crianças
também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem,
ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos
e de comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas geométricas,
conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que
20

igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover


experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos,
investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de
informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a
instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus
conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu
cotidiano.
Para o desenvolvimento e planejamento de um jogo ou brincadeira é
importante buscar o diálogo com os cinco campos de experiências propostos na
BNCC.

2.1. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador

O projeto está apoiado nos conhecimentos adquiridos nas disciplinas


Avaliação Educacional da Aprendizagem, Fundamentos da Educação Infantil I,
Psicologia da Educação e Teorias da Aprendizagem.
Em Avaliação Educacional da Aprendizagem aprendemos que o ato de
avaliar teve um papel estruturante na organização do sistema de ensino,
constituindo um aspecto importante da nossa cultura escolar e das memórias que
temos das experiências vivenciadas como alunos. Em Fundamentos da Educação
Infantil I podemos analisar o uso de brinquedos e brincadeiras, o que implica
conhecer as concepções de Educação Infantil e de criança. Ao trabalhar com a
temática de jogos, espera-se analisar a relevância do planejamento das ações de
ensino e aprendizagem, no contexto do processo de desenvolvimento cognitivo,
analisando as diferenças e as especificidades das faixas etárias das crianças da
Educação Infantil.
Em Psicologia da Educação analisamos os conhecimentos de
Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem para compreensão das
características do desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e físico dos alunos dos
anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e em Teorias da Aprendizagem
compreendemos os fenômenos educativos e os processos de aprendizagem tendo
em vista as transformações que marcam o contexto do mundo contemporâneo,
estudar os processos de aprendizagem considerando os pressupostos da
interdisciplinaridade, da transversalidade, das múltiplas linguagens, bem como
21

a reorganização dos espaços, tempos e relações interpessoais que perpassam


os espaços educativos.

3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS

A coleta de dados foi feita na escola municipal EMEIF Prof. Zenóbia de


Paula Ferreira que atende desde Pré I e Pré II da Educação Infantil e de 1 ao 5 ano
do Ensino Fundamental (Figura 1).

Figura 1 – Escola Municipal EMEIF Prof. Zenóbia de Paula Ferreira

A Escola está situada na cidade de Bananal no Estado de São Paulo, com


população estimada em 10.945 habitantes em 2019. As crianças que frequentam a
escola pertencem, em sua maioria, às classes mais humildes. A cidade não tem
muitos lugares de lazer ao ar livre que possibilitem o bem-estar das crianças e
jovens. Como dito anteriormente o brincar na natureza traz inúmeros benefícios para
a saúde das crianças.
Os dados foram coletados através de entrevista feita com a professora
Maria Aparecida Candido, que trabalha com a turma de Pré II (crianças de 4 e 5
anos) no período da manhã, através de um questionário, onde foram feitas
perguntas como:
1. Faz atividades com os alunos nas áreas externas da escola?
2. Com que frequência?
3. Em quais momentos?
4. Qual a importância/influência dessas atividades no ensino
aprendizagem?
22

5. Quais dificuldades para o desenvolvimento dessas atividades?

A professora reconhece a importância de brincar em contato com a


natureza e enumerou vários benefícios como: a melhora da saúde física e mental;
melhora na aprendizagem e no desempenho escolar, além de um importante
estímulo ao convívio social. Relatou que, sempre que possível, leva os alunos ao ar
livre para completar os conteúdos apresentados na sala de aula. Nesses momentos
as crianças se mostram entusiasmadas e se sentem mais livres para atuar e
interagir através das brincadeiras. Apesar do esforço da professora em inserir
brincadeiras na natureza para ampliar o aprendizado, percebe-se que esta prática
não é parte do currículo ou do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola. Relatou
também que leva os alunos para a quadra esportiva de forma aleatória quando acha
necessário de acordo com a disponibilidade do espaço e conteúdo da disciplina
ensinada e com seu plano de aula.
A professora explica que as áreas externas da escola não são grandes o
bastante para todas as turmas e muitas vezes tem que compartilhar espaços com
crianças mais velhas o que dificulta a logística das atividades. As áreas externas
também carecem de cuidados como corte de grama constante, acesso melhor à
uma área de mata acima da escola que poderia ser mais usada, construção de um
parquinho, caixa de areia, entre outros recursos para melhor atender as
necessidades tantos dos professores como também dos alunos.
A seguir é explicado como foi desenvolvida a brincadeira, onde serão
necessários os seguintes materiais: bambolês coloridos e quadrados de EVA
coloridos. (Figura 2)

Figura 2 - Bambolês coloridos e quadrados de EVA coloridos


23

A brincadeira consiste em separar a turma em dois times por sorteio.


Distribuir os bambolês para que as crianças construam um caminho no chão. Pedir
para as crianças distribuírem os quadrados de EVA dentro dos bambolês. Cada
criança avança no caminho do bambolê, no meio dos bambolês tem vários
quadrados de EVA e a criança escolhe um e este contém perguntas simples sobre o
espaço onde está acontecendo a brincadeira tais como:
Podemos jogar lixo na natureza?
Podemos atear fogo na natureza?
Como preservar o meio ambiente?
Nós precisamos da natureza?
Como podemos ajudar o nosso planeta?
Podemos prender passarinhos em gaiolas?
Como devem ser tratados os animais que vivem na natureza?
Colocar as crianças em fila. Cada criança avança no caminho do
bambolê, escolhe um quadrado de EVA de uma cor, que embaixo dele tem uma
pergunta ou imagem de coisas relacionada a natureza em que a criança pega e com
ajuda do professor diz algo sobre a pergunta ou imagem, como por exemplo: a
criança escolhe o EVA amarelo que tem a pergunta ou a imagem de alguém
jogando lixo no rio, o professor irá perguntar a ela se isso está correto, ela dará sua
opinião, então o professor discute com a turma algumas questões do tipo porque
não podemos jogar lixo nos rios. Assim cada criança da fila irá escolher uma cor de
EVA e responder com a turma a pergunta sobre a natureza, até que todos tenham
participado da brincadeira. Ninguém ganha ou perde, o objetivo é o envolvimento da
criança com o ambiente da natureza onde acontece a brincadeira. As colaborações
com as perguntas são para todos.
Espera-se, mesmo sem muita estrutura, que as crianças possam interagir
e brincar livremente, pensando e refletindo sobre essa relação com o meio ambiente.
Áreas na escola para as brincadeiras (Figura 3).
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Figura 3 - Áreas na escola para as brincadeiras.

A entrevista foi feita com a professora do Pré II, as crianças de 4 a 5


estudam no período da manhã. Dessa entrevista levantamos algumas informações:

1. A professora reconhece a importância de brincar em contato com a


natureza para o desenvolvimento dos alunos. Relatou que, sempre que
possível, leva os alunos ao ar livre para complementar os conteúdos
apresentados na sala de aula. Nesses momentos as crianças se mostram
entusiasmadas e se sentem mais livres para atuar e interagir através das
brincadeiras. Apesar do esforço da professora em inserir brincadeiras na
natureza para ampliar o aprendizado, percebemos que esta prática não é
parte do currículo ou do perfil profissiográfico previdenciário (PPP) da
escola. A professora leva os alunos para a quadra de forma aleatória
quando acha necessário de acordo com a disponibilidade do espaço e de
acordo com o conteúdo da disciplina ensinada e com seu plano de aula
próprio.
25

2. A professora explica que as áreas externas da escola não são grandes o


bastante para todas as turmas e muitas vezes tem que compartilhar
espaços com crianças mais velhas o que dificulta a logística das
atividades. As áreas externas também carecem de cuidados como corte
de grama constante, acesso melhor à uma área de mata acima da escola
que poderia ser mais usada, construção de um parquinho, etc.

4. ANÁLISES E DISCUSSÕES DE RESULTADOS

Para desenvolvermos o projeto e levantarmos as necessidades dos


alunos, marcamos uma visita na EMEIF Professora Zénobia de Paula Ferreira, no
período da manhã. Fizemos uma entrevista com a professora Aparecida Cândido,
que leciona para o Pré II, do Ensino Infantil e, diante do exposto por ela, observamos
as dificuldades e qual seria a solução. A professora apontou que a escola tem
carência de um espaço físico onde as crianças possam praticar atividades ao ar
livre, que sejam benéficas para o desenvolvimento psicomotor.
Com base no exposto e, avaliando as possibilidades, optamos
primeiramente por adaptar um espaço que fosse seguro e possível, dentro das
limitações da escola, para desenvolvermos um jogo.
A brincadeira consiste em separar a turma em dois times por sorteio e
distribuir bambolês para que as crianças construam um caminho no chão. Cada
bambolê terá um quadrado de EVA em seu interior com perguntas relacionadas ao
Meio Ambiente, e só avançam na trilha caso acertem as perguntas.
Na prática a professora fez uma rodinha com os alunos, e conversou
sobre a importância de cuidar da natureza e como funcionaria a brincadeira. Ela
conduziu os alunos até o espaço onde seria realizada a dinâmica e os alunos
ajudaram na construção da trilha com os bambolês e em cada bambolê colocaram
um cartão de EVA virado para baixo. Ela dividiu a sala em dois grupos e começou a
atividade com os alunos. Em fila, cada criança escolheu um bambolê e avançando
até ele, pegando a plaquinha em EVA, e entregando-a para a professora, que fez a
pergunta que estava na plaquinha. Respondendo à pergunta, o próximo da fila daria
sequência à brincadeira. As perguntas eram do tipo “Devemos atear fogo na
natureza? ” “Podemos prender passarinhos em gaiolas? ” “Podemos jogar lixo no
chão? ” “Podemos jogar lixo nos rios? ” “Nós fazemos parte da natureza? ” “Nós
26

precisamos da natureza? ” “Podemos desperdiçar água? ”. A cada pergunta a


professora fez uma pequena explicação, conscientizando os alunos.
Os alunos gostaram bastante da brincadeira, foram participativos e
ficaram bem conscientes da importância de cuidar da natureza. A professora disse
que usará essa brincadeira em seus próximos anos letivos, principalmente na
semana do Meio Ambiente.
Confrontados com estes dados, pensamos em como podemos contribuir
para que a experiência das crianças nas áreas externas da escola propicie melhor e
maior aprendizagem e desenvolvimento de suas habilidades. Que a brincadeira não
seja um apêndice do conteúdo disciplinar da sala de aula mas tenha caráter pleno
em si mesma.
A estratégia didática apresentada é uma brincadeira que envolve
desenvolvimento motor, colaboração, pensamento lógico e matemático enfocando
os campos de experiência “corpos, gestos e movimento”, “traços, sons, cores e
formas”, “escuta, fala, pensamento e emoções”.
27

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Aplicando a brincadeira, observou-se o entusiasmo do grupo em


participar, cumprir as tarefas e ajudar os colegas a realizar e acertar. As crianças
ficaram muito empolgadas com a aula fora de sala, a brincadeira fez com que eles
ficassem mais ativas e observadoras com o que estava sendo feito, sempre com a
alegria e a criatividade peculiar das crianças. Cada uma cumprindo as tarefas de seu
jeito e interessadas nas performances dos colegas. Intui-se o quanto estar ao ar livre
e brincar instiga as crianças em todos os níveis: motor, social, afetivo, cognitivo,
além de tornar a aula mais interativa. A dinâmica do brincar e interagir em ambiente
não limitado por paredes e cadeiras só corrobora todos os estudos sobre a
importância do lúdico no universo infantil, isso ajuda para que a criança tenha
interesse no aprender, e abra a mente para que elas vejam que podem aprender de
um jeito mais divertido que é brincando. Percebe-se que aula assim feita resulta na
interação do professor com o aluno que talvez não haja em sala.
28

6. REFERÊNCIAS

ANDRADE, Núbia Aparecida do Nascimento Vilela; SOUSA, Cristina Soares. A


Importância do Lúdico na Educação Infantil com crianças de cinco anos. Cadernos
da FUCAMP. v.10. n. 13. 2011 p. 91-106. Disponível em: http://www.fucamp.edu.br/
editora/index.php/ cadernos/article/view/264. Acesso em: 10 DEZ 2019.

BORBA, Ângela M. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: (Org.)
BEAUCHAMP, Jeanete; RANGEL, Sandra Denise; NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro
do. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de
seis anos de idade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Básica, 2007. 135 p.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é


a base. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br /images / BNCC _
publicacao.pdf>. Acesso em: 12 Dez 2019.

COSTA, Magda Suely Pereira. Maria Montessori e seu método. In: Portal da UNB.
Linhas Críticas. Disponível em :http://periodicos.unb.br/index.php/ linhascriticas/
article/viewFile/6544/5274. Acesso em: 10 Dez 2019.

FERREIRA, Antônio; GONDRA, José. Idades da vida, infância e a racionalidade


médico: higiénica em Portugal e no Brasil (séculos XVII-XIX). In: LOPES, Alberto;
FARIA FILHO, Luciano Mendes de; FERNANDES, Rogério. Para a compreensão
histórica da infância. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. Jogo, brinquedo e


brincadeira. Revista Perspectiva. UFSC/CED. NUP. n. 22, 1995. p. 105-128.
Disponível em: https://periodicos.ufsc.br /index.php/ perspectiva/ article/download/
10745/102. Acesso em: 27 Out. 2019.

LEAL, Patrícia Maristela de Freitas. O Brincar na Educação Infantil e o


Desenvolvimento Integral da Criança / Patrícia Maristela de Freitas Leal. Pouso
Alegre: 2017 80 f.
29

MARANHE, E.A.; MORAES, M.S.S.(Orgs.). Introdução conceitual para educação


na diversidade e cidadania. São Paulo: UNESP, 2009, v.2.

PASCHOAL, J. D; MACHADO, M. C. G. A história da educação infantil no Brasil:


avanços, retrocessos e desafios dessa modalidade educacional. Revista
HISTEDBR On-line, Campinas, n.33, p.78-95. 2009. Disponível em:
https://periodicos.sbu. unicamp.br › index.php › histedbr › article › download. Acesso
em: 27 Nov, 2019

SANT’ANNA, Alexandre; NASCIMENTO, Paulo Roberto de. A história do lúdico na


educação. REVEMAT, e ISSN 1981-1322, Florianópolis (SC), v. 06, n. 2. p. 19-36.
2011. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/19400
Acesso em: 10 Out. 2019.

SANTOS, Claudinéia Roque Maciel. O Cuidar, o brincar e o educar na prática


pedagógica. Webartigos. 2013. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/o-
cuidar-o-brincar-e-o-educar-na-pratica-pedagogica/116441/. Acesso em: 31 Out.
2019.

SOARES, Jiane Martins. A Importância do Lúdico na Alfabetização Infantil. 2010.


Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1869.
Acesso em: 04 Out. 2019.

TEIXEIRA, Cheila Cristina dos Santos. A importância da brincadeira no


desenvolvimento cognitivo infantil. 2016. Id on Line Revista Multidisciplinar de
psicologia. v. 10. n. 33. p. 94-102. 2017. Disponível em:
http://idonline.emnuvens.com.br/id . Acesso em: 10 Dez 2019.

VEIGA, Cynthia Greive. Cultura escrita: representações da criança e o imaginário de


infância. Brasil, século XIX. In: LOPES, Alberto; FARIA FILHO, Luciano Mendes de;
FERNANDES, Rogério. Para a compreensão histórica da infância. Belo
Horizonte: Autêntica, 2007.
30

VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
31

APÊNDICE

Ana Caroline Guimarães


Civa Guimarães
Luciana Lessa
Rosana Aparecida Ribeiro
Tuane Medeiros

Facilitadora: Gisele Guimarães


Tutora: Priscila Ap Crasciatori Frassatto
Professora Dra.: Suzana Ursi

Projeto Integrador para Pedagogia II


32

1. Contexto

Esta aula está inserida no contexto da brincadeira não estruturada na


natureza. Espera-se que os alunos possam interagir entre si, com o meio ambiente e
com a professora de forma livre e criativa, desfrutando de todas as possibilidades
lúdicas que o ambiente natural oferece. A expectativa é que construindo, atuando e
compreendendo a brincadeira com os colegas e sob a mediação da professora no
espaço natural, as crianças aprendam conceitos iniciais de cuidado com a natureza.

2. Objetivos

A brincadeira como recurso pedagógico é fundamental para o


ensino/aprendizagem de todos, principalmente das crianças. Durante as brincadeiras
e jogos, percebe-se o desenvolvimento de todos os campos de experiência que
estruturam a organização curricular na BNCC (Base Nacional Comum Curricular):
a. O eu, o outro e nó
b. Corpo, gestos e movimentos
c. Traços, sons, cores e formas
d. Escuta, fala, pensamento e imaginação
e. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Em nosso projeto focamos em dois campos para análise durante a ação
pedagógica proposta: “o eu, o outro e nós” e “espaços, tempos, quantidade, relações
e transformações”.
A brincadeira tem como objetivo que a s crianças aprendam cuidados básicos
que se deve ter com o meio ambiente. Como o princípio de uma brincadeira é a
interação, os alunos devem construir a situação de jogo, aceitando e entendo as
várias contribuições dos pares para este fim em comum. Inseridos na brincadeira em
um espaço natural, os alunos manipulam vários tipos de objetos, de várias
quantidades, cores e tamanhos, exploram o meio, precisam atuar com um tempo
para cada etapa, desenvolver hipóteses para responder cada indagação formulada,
desenvolvendo assim um sentido de respeito e a cuidado com a natureza.
33

3. Materiais Necessários

15 bambolês de várias cores (quanto mais colorido melhor para a alegria da


brincadeira e para percepção de cores)
15 quadrados de EVA coloridos (também de várias cores)
Escrever no verso dos quadrados de EVA perguntas simples de cuidados com
a natureza como por exemplo:
“Devemos atear fogo na natureza? ”
“Podemos prender passarinhos em gaiolas? ”
“Podemos jogar lixo no chão? ”
“Podemos jogar lixo nos rios? ”
“Nós fazemos parte da natureza? ”
“Nós precisamos da natureza? ”

4. Dinâmica

A professora inicia a atividade reunindo os alunos e explicando sobre o meio


ambiente, sua importância e questionando os alunos sobre suas ideias e percepções
sobre o tema. Explica que farão uma atividade em área externa ligada ao assunto
conversado. Leva os alunos para o lugar do jogo e explica que todos vão participar
para construir e participar. Divide a sala em dois grupos aleatórios, coloca os
bambolês no chão e pede que cada grupo construa uma trilha com os mesmos da
forma que quiserem. Depois, distribui uma placa de Eva para cada criança e pede
que coloque dentro de um bambolê com a parte escrita para baixo. Organiza em fila
dos 2 grupos e uma criança de cada grupo se dirige para um bambolê, pega a placa
e leva para a professora ler. Todos podem dar sua opinião e discutir sobre o
conceito apresentado. A professora deve observar as respostas e as atitudes dos
alunos para mediar uma construção do conceito de preservação, importância,
respeito e pertencimento ao meio ambiente.
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5. Referências

FERNANDES, Odara de Sá; ELALI, Gleici Azambuja; Reflexões sobre o


comportamento Infantil em um pátio escolar: o que aprendemos observando o
comportamento das crianças, Paidéia (2008), 18(39), 41-52. Disponível em
www.scielo.br/paideia. Acesso em 10 de dez. 2019.

Base Nacional Comum Curricular. Disponível em https://drive. Google . com /file /d


/ 1OYfaSKSj1oIDmIqvglz-UZ9Wo5C2y7Bt/preview. Acesso em 10 de dez. 2019.

6. Fontes de Materiais Utilizados


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7. Recurso Didático

Para aplicar a brincadeira é necessário acesso à uma área externa em


ambiente de natureza. Pode ser na escola ou, com a logística adequada, em local
fora da área da instituição. O contato coma a natureza torna a brincadeira mais rica
em interações e percepções da criança, inclusive com exemplos de atuação como:
retirar algum lixo do chão, observar o estado de conservação do lugar e o que mais
o professor entender como pertinente. As crianças devem participar ativamente na
construção do caminho de bambolês e na distribuição das placas de Eva, na divisão
dos grupos e na dinâmica da brincadeira. Essa atividade remete ao item 5 dos
campos de experiência da BNCC, pois as crianças lidam com formas, quantidades,
cores, tempos para o efetivo elaborar e desenvolver o jogo. O Foco no item 1 da
BNCC vem com a interação com os pares em todos os momentos, no entendimento
dos conceitos de cuidado e preservação do meio ambiente, na participação e
apresentação de suas vivências e percepções do tema e contato com as percepções
e vivências do outro para construção de nova visão após a brincadeira.

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